SECRETION REMOVAL TECHNIQUES IN NEWBORN AND CHILDREN UNDER NON-INVASIVE MECHANICAL VENTILATION: WHAT IS THE CURRENT EVIDENCE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10214534
Ruandra Ramos de Souza1
Rosileide Alves Livramento2
RESUMO
Introdução: Os recém-nascidos são definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pré-termos (RNPT), como indivíduos que nasceram vivos anteriormente das 37 semanas totais de gestação, contribuindo com a probabilidade de aumento de risco de Síndromes do Desconforto Respiratório (SRD). Objetivo: Demonstrar os efeitos da intervenção terapêutica em recém-nascidos sobre ventilação mecânica através das técnicas de remoção. Metodologia: A pesquisa utilizou como fonte de informação artigos que se encontravam na biblioteca virtual Scientific Electronic Library On-line (SCIELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS) e portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: As técnicas fisioterapeutas atuais ELpr (A3 e A6), o AFE diminuem sintomas e estimulam escore de gravidade em neonatos com bronquiolite viral aguada, as mesmas são preferidas pelos profissionais por alcançarem efeitos duradouros no tratamento de crianças sob ventilação mecânica. Conclusão: A fisioterapia em neonatos de alto risco objetiva reduzir o tempo de internação, prevenindo alterações, algumas delas, são corrigidas, além de acompanhar o desenvolvimento neural e psicomotor dos bebês. É relevante serem realizadas mais pesquisas, sobre quais técnicas de remoção a serem recomendadas em neonatos sobre ventilação mecânica na UTI NEO.
Descritores: “UTI Neonatal”; “Recém-nascido” e “Ventilação Não-invasiva”.
ABSTRACT
Introduction: Newborns are defined by the World Health Organization (WHO) as preterm (PTNB), as individuals who were born alive before the total 37 weeks of gestation, contributing to the probability of increased risk of Respiratory Distress Syndromes (SRD). Objective: To demonstrate the effects of therapeutic intervention in newborns on mechanical ventilation through removal techniques. Methodology: The research used as a source of information articles that were found in the virtual library Scientific Electronic Library On-line (SCIELO) and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS) and the Virtual Health Library (VHL) portal. Results: Current physiotherapeutic techniques ELpr (A3 and A6), AFE reduce symptoms and improve severity scores in newborns with watery viral bronchiolitis. They are preferred by professionals for achieving lasting effects in the treatment of children under mechanical ventilation. Conclusion: Physiotherapy in high-risk newborns aims to reduce hospitalization time, preventing changes, some of which are corrected, in addition to monitoring the neural and psychomotor development of babies. It is important to carry out more research on which removal techniques should be recommended in neonates on mechanical ventilation in the NEO ICU.
Descriptors: Neonatal ICU”; “Newborn”; “Non-invasive ventilation”.
1 INTRODUÇÃO
A pneumonia pode ser ocasionada por fungos, vírus, micro organismos e bactérias considerados atípicos, incomuns, no entanto, apontados casos mais sérios, aqueles de princípio bacteriano, além de serem um dos fatores mais comuns e graves de infecção respiratória aguda pelo acúmulo de secreção no espaço subglótico em neonatos é uma variável ligada ao alto risco de evolução de pneumonia ligada a ventilação mecânica que pode conduzir a um conjunto de alterações, broncoespasmo e atelectasias que reduzem o auxílio de oxigênio, conduzindo a hipoxemia ou ao obtivo (LANZA, GAZOTTI, PALAZZIN 2019).
A Ventilação Mecânica não Invasiva (VNI é uma das técnicas mais utilizadas nos prematuros afetados por alterações pulmonares. É o suporte ventilatório aplicados a pacientes sem a utilização de prótese endotraqueal. A VNI promove aos neonatos em UTI, diversos benefícios com complicações reduzidas como: redução do número de perigos em 62% e de erros em 50%; permanência reduzida na UTI; redução a estadia na unidade hospitalar em 3 dias aproximadamente, dentre outros benefícios (CORDEIRO et al., 2022).
Nesse contexto, a fisioterapia respiratória atua desde a prevenção, até o tratamento das patologias pulmonares, empregando técnicas e recursos terapêuticos que possui como objetivo a recuperação de um padrão ventilatório funcional, visando minimizar os gastos energéticos no período da inspiração e a expiração. Sobretudo, contribui para que os indivíduos realizem diversas atividades cotidianas sem considerar as desordens e repercussões negativas a homeostase do seu organismo, se desenvolvido a partir da percepção dos profissionais (DUARTE, 2019).
As técnicas de remoção, são indispensáveis ao ocorrerem aumento da secreção brônquica e cuidados com a prevenção de complicações ligadas à ventilação pulmonar mecânica (VPM). Atuando no bloqueio de vias áreas ocasionadas pela existência de secreção e colaborando para a redução das medidas ventilatórias (VPM), evitando alterações no pós-operatório como, infecções pulmonares e atelectasia. Entre as técnicas desobstrutivas utilizadas está o Aumento do Fluxo Expiratório (AFE), criada por Barthe et al. (1990) com objetivo de mobilizar, carrear e extinguir as secreções traqueobrônquicas, com ou sem o auxílio de um fisioterapeuta (CRUZ et al., 2022).
Para Assunção (2013) a outra técnica denominada de vibrocompressão manual tem como finalidade, possibilitar uma melhor deflação pulmonar, para resultar um desenvolvimento das secreções vias aéreas médias para as vias áreas proximais, em efeito irá para a traqueia, contribuindo para facilitar o processo de extermínio de secreção. A técnica de hiperinsuflação manual (HM), denominada “bag squeezing” ou “bagging“, foi inicialmente apresentada como uma ferramenta para melhorar a oxigenação pré e pós-aspiração traqueal, reexpandir áreas pulmonares afetadas e mobilizara a quantidade de secreção brônquica (NUNES; BOTELHO; SCHIVINSKI, 2013).
A técnica de aspiração endotraqueal é direcionada para a extração de secreções mais espessas em recém-nascidos traque ostomizados ou entubados que não tem capacidade de extrair apropriadamente as secreções pulmonares, já que, eles estão impossibilitados de tossir efetivamente, apresentando uma tosse ineficaz no processo de ventilação mecânica (GONÇALVES; TSUZUKI; CARVALHO, 2015).
Santos e Otto (2019) afirmam que a fisioterapia na UTI neonatal é de grande importância, pois auxilia na recuperação do recém-nascido crítico, com técnicas que abrangem a função respiratória e motora do paciente, tornando o tempo de internamento o menor possível. A atuação do fisioterapeuta intensivista se baseia em condutas que necessitam de avaliações e reavaliações recorrentes, demandando atenção do profissional e da equipe envolvida, atuando nos vários seguimentos do tratamento intensivo, no suporte ventilatório ele pode auxiliar na condução da ventilação mecânica na UTI NEO.
Este estudo se justifica em pesquisar como a ventilação não invasiva pode contribuir para a melhora da situação de recém-nascidos na UTI neonatal. Neste contexto, está o papel do fisioterapeuta respiratório ao promover o desenvolvimento a partir das tecnologias no tratamento de neonatos. Devido à necessidade de novos estudos sobre essa temática, torna-se indispensável entender a eficácia da intervenção terapêutica em recém-nascidos, como tratamento de expansão pulmonar.
Deste modo, este estudo tem como objetivo demonstrar os efeitos da intervenção terapêutica em recém-nascidos sobre ventilação mecânica através das técnicas de remoção.
2 METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada a partir de uma Revisão Literária, usando o método de pesquisa hipotético, dedutivo, usando como bases de dados várias plataformas de cunho qualitativo, pois visa a produção acadêmica de vários autores, se direcionando em temáticas ligadas ao exposto trabalho.
O estudo utilizou como fonte de informação artigos, teses e trabalhos de conclusão de curso, que se encontravam em plataformas de pesquisas, e nas buscas na biblioteca virtual Scientific Electronic Library On-line (SCIELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências em Saúde (LILACS) e portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Com os descritores: “UTI Neonatal”; “Recém-nascido” e “Ventilação Não-invasiva”
Os critérios de inclusão foram: artigos, dissertações, teses, completos que abordam especificamente técnicas de remoção de secreção e ventilação mecânica em recém nascidos e crianças, nos idiomas, português, espanhol e inglês, no período de 2013 a 2023. Os critérios de exclusão eram: artigos incompletos, fora deste recorte de tempo e que não estava de acordo com os descritores.
Os estudos escolhidos passaram por uma avaliação de conteúdo, uma análise a partir do título, em seguida, foi realizada a leitura dos resumos, sendo lidos completamente. Depois, foram selecionados artigos para formar a estrutura desse trabalho. Os resultados serão descritos em um quadro, após, será realizada a discussão da presente pesquisa.
Inicialmente, foram encontrados, com a palavra-chave “UTI Neonatal”, 160 artigos na revista SciELO, na plataforma LILACS foram encontrados 1.882 materiais, BVS 14.510 artigos. Na base de dados SciELO, foram achados 1.880 artigos, utilizando a palavra chave “Recém-nascido” e na plataforma LILACS 18.619 artigos e BVS 33.462.
Com a palavra-chave “Ventilação Não-invasiva”, na base de dados SciELO, foram encontrados 37 materiais e na revista eletrônica LILACS, 539 acervos e na BVS, 539 artigos. No total, foram encontrados na revista eletrônica SciELO, 2.077 artigos, na plataforma LILACS 21.040 materiais e na BVS 48.511.
A seleção dos artigos importantes ao estudo foi realizada a partir dos resumos, incluindo somente 22 publicações que tinham relação com os descritores e com a temática, para a leitura íntegra, sendo que, entre eles, foram utilizados, 10 artigos para a realização deste estudo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor visualização e compreensão dos resultados do trabalho, os artigos selecionados foram ordenados a partir dos objetivos do estudo, e serão caracterizados em forma de quadro, os dados são apresentados segundo o título, ano e resultados conforme Quadro- 1 respondem ao seguinte objetivo da temática, demonstrar os efeitos da intervenção terapêutica em recém-nascidos sobre ventilação mecânica através das técnicas de remoção.
Quadro 1- Apresentação dos resultados quanto às características dos materiais analisados
N | Título | Autor/Ano/ Idioma | Base de dados | Resultados |
Comparação dos | ||||
efeitos da | ||||
fisioterapia | ||||
1 | respiratória | Fabrizzi, | A técnica de crescimento do fluxo | |
convencional com | Émilie Cristina | SciELO | expiratório (AFE) em curto prazo | |
aumento do fluxo | Simonetti. | demonstram contribuição elevada do | ||
expiratório em | 2017 | que as técnicas tradicionais. | ||
parâmetros | Português | |||
cardiorrespiratórios | ||||
de crianças sob | ||||
ventilação | ||||
mecânica invasiva | ||||
e ventilação | ||||
não-invasiva. | ||||
Fisioterapia | Bouzas, | A vibrocompressão torácica manual é | ||
Pediátrica -Coleção | M.L.S.B.; | SciELO | uma técnica é realizada utilizado | |
2 | de Manuais da | Albergaria, | movimentos oscilatórios rápidos e | |
Fisioterapia. | T.F.S. | rítmicos. | ||
2019 | ||||
Português | ||||
A aspiração endotraqueal é uma | ||||
Aspiração | técnica mecânica aplicada para | |||
endotraqueal em | Lins, R.G.; et | remover secreções em neonatos que | ||
3 | recém-nascidos | al. | SciELO | não tem capacidade de removerem |
intubados. | 2015 | apropriadamente | ||
Português | as secreções | |||
pulmonares, orofaríngeas e | ||||
traqueobrônquicas. | ||||
Nunes |
4 | Hiperinsuflação manual: revisão de evidências técnicas e clínicas. | G.S.; Botelho, G.V.; Schivinski, C.I.S. 2013. Português | SciELO | A técnica de HM é aplicada por uma elevada quantidade de profissionais por atuar na mobilização de secreções traqueobrônquicas, em que existe diferença de movimento entre a expiração e inspiração estimula o apuramento da secreção. |
5 | Comparação entre o Método Reequilíbrio Toracoabdominal e a Técnica de Drenagem Autógena Assistida sobre os Parâmetros Fisiológicos e Desconforto Respiratório em Recém-Nascidos Pré-Termo: Ensaio Clínico Randomizado | Azambuja, K.C.O.; et al. 2021 Inglês | BVS | A Drenagem Autógena Assistida (DAA) é a técnica de Reequilíbrio Toracoabdominal (RTA) se baseia em manuseios que colaboram com sinergismo da musculatura abdominal e respiratória, contribuindo com a higiene brônquica e melhoria do custo energético. |
6 | Influência da aspiração endotraqueal por sistema aberto e fechado nos sinais vitais de recem-nascidos submetidos á ventilação mecânica invasiva. | Anjos, E.; Oliveira, A.C. 2017 Português | BVS | Na frequência respiratória, ocorreu significância entre as formas de aspiração endotraqueal, sendo que, o sistema de aspiração aberto, demonstra elevada alteração, no estudo insolado dos sistemas, essa técnica apresentou considerável crescimento com o aumento dos estágios de P1 para P2 e com redução de P2 para P3. |
7 | Frequência e caracterização da utilização de cânulas traqueais com balonete em unidades de terapia intensiva neonatais e pediátricas do Brasil | Rodrigues, J.P.B.B.; et al. 2020 Português | SCIELO | Grande parte das unidades de saúde, utiliza as cânulas traqueais com balonete, com predominância de utilização das unidades de terapia intensiva pediátricas. |
8 | Hiperinsuflação manual e o papel da fisioterapia nas unidades de terapia intensiva e emergência. | Cruz, R.V.S.; et al. 2017 Inglês | SCIELO | A hiperinsuflação manual é um procedimento fisioterapêutico aplicado no setor de terapia intensiva e emergência. |
9 | Técnicas em fisioterapia respiratória para a remoção de secreção em recém-nascidos internados na UTI neonatal: uma revisão de literatura | Dias, L.S.; et al. 2022 Português | SCIELO | As técnicas de secreção mais utilizadas pelos fisioterapeutas são a vibro compressão manual, aumento do Fluxo expiratório lento (AFE Lento), hiperinflação manual (HM) e a aspiração endotraqueal. |
10 | Técnicas de Remoção de | Marques, K.M.S.; | SCIELO | Entre as técnicas atuais evidenciam-se a ELpr (A3 e A6), o AFE (A1, A2 e A5), e a DRR (A3), |
Secreções em Crianças com Bronquiolite Viral Aguda: Revisão de Literatura. | 2020 Português | possibilitam a soltura e o retirada das secreções das vias aéreas de baixo calibre para elevado calibre frente as variedades dos fluxos. |
Fonte: Resultados da pesquisa (2023).
Rodrigues et al. (2020) evidenciam que nas unidades de terapia intensiva pediátricas brasileiras, é mais recorrente, o uso e acompanhamento das cânulas traqueais com balonete, bem como, a introdução de protocolo para fiscalização do balonete é mais recorrente nas UTIS, com fisioterapeuta específico e com período de trabalho por 24 horas por dia.
Segundo Shi et al. (2016), o uso de tubos traqueais com balonete possibilita melhor vedação da traqueia, o que como efeito reduz o risco de broncoaspiração, contribuindo com o controle da pressão desenvolvida sobre a mucosa traqueal a partir do acompanhamento da pressão do cuff, reduzindo o risco de estridor depois da extubação, desde que a pressão do cuff esteja de acordo com as capacidades de segurança.
Para Cruz et al. (2017), foi constatado que a hiperinsuflação manual (HM) é um procedimento usado nas práticas profissionais dos fisioterapeutas, sendo a posição supina, o posicionamento mais comum. As contribuições mais comuns são: o estímulo a tosse, retirada de secreção, o cuidado mais recorrente é o alto pico de pressão inspiratória.
De acordo com Lorena, Frade e Silva (2021), a hiperinsuflação manual (HM) é usada em unidades de terapia intensiva neonatais e pediátricas para possibilitar o viés de fluxo expiratório, contribuindo para à desobstrução das vias áreas. Visa expandir o pulmão e estimular a pressão de distensão pulmonar (pressão transpulmonar), favorecendo o desenvolvimento do fluxo aéreo para a atelectasia regiões a partir dos canais colaterais e da redistribuição e renovação do tensoactivo nos alvéolos.
Nunes, Botelho e Schivinski (2013), evidenciam que a HM é integrante do cotidiano de UTI no cuidado com os neonatos em ventilação mecânica, e tem como benefícios a prevenção de pneumonias, desobstrução brônquica, tratamento de atelectasia. Deste modo, é relevante o conhecimento das indicações e métodos
clínicos essenciais para conduzir os profissionais no que se refere ao manejo realizada na UTI neo.
Segundo Anjos e Oliveira (2017), o sistema de aspiração aberto demonstrou modificação considerável em saturação de oxigênio e assistência respiratória, e mesmo que, as mudanças se encontrem de acordo com os limites aceitáveis, este sistema ocasionou maior variabilidade nos neonatos envolvidos, no entanto, pela baixa quantidade da amostra, não se pode considerar que o sistema de aspiração fechado seja recomendado para os bebês.
De acordo com Senna (2014), o sistema de aspiração aberto (SAA) é descartável e carece de separação do ventilador, no entanto, seu sistema de variação apresenta elevada variada, no estudo isolado de sistema, esse sistema demonstrou consideráveis resultados no crescimento dos períodos de P1 para P1, e com redução de P2 para P3.
Para Dias et al. (2022), a AFE é uma metodologia voltada para neonatos prematuros, com a finalidade impedir qualquer probabilidade de crescimento da pressão intracraniana. A vibrocompressão torácica manual é um método que envolve principalmente deslocamentos oscilatórios, ligeiros e rítmicos, que são introduzidos de forma manual sobre o tórax do neonato no decorrer do estágio expiratório e a HM manual é usada na reversão de atelectasias contínuas em recém-nascidos em ventilação mecânica invasiva.
É o que afirmam Santos et al. (2019), várias técnicas da fisioterapia podem ser aplicadas na terapia do recém-nascido como a drenagem postural, higiene brônquica, vibração, tapotagem, crescimento do fluxo expiratório (AFE), aspiração e bag squeezing. A assistência fisioterapêutica tem uma função essencial na atenção ao neonato, permitindo a partir da manobra de higiene brônquica (HB), a preservação nas variáveis hemodinâmicas, como a manutenção funcional da circulação cerebral e frequência cardíaca.
Segundo Fabrizzi (2017), a AFE demonstra contribuições sobre os padrões cardiorrespiratórios de crianças com insuficiência respiratória aguda quando relacionada com a técnica convencional de fisioterapia. É uma técnica de desobstrução brônquica que precisa ser introduzida no começo do diagnóstico da patologia pulmonar que percorre a obstrução das vias em neonatos, ela demonstra crescimento da SpO2 em pacientes com pneumonia, sendo evidentes benefícios após 30 minutos de sua execução técnica, ao elevar a SpO2 e reduzir frequência
cardíaca e respiratória. Marques (2020) destaca os métodos recentes ELpr (A3 e A6), o AFE (A1, A2 e A5), e a DRR (A3), permitem a liberação e extração das secreções das vias aéreas de baixo calibre para alto calibre diante as diversidades dos fluxos.
A abordagem fisioterapêutica em pediatria é diferenciada substancialmente nas ações utilizadas em adultos, considerando os fatores fisiológicos, anatômicos, doenças pulmonares, idade do paciente e desenvolvimento neuropsicomotor. No tratamento fisioterapêutico da patologia, existem diversas técnicas que contribuem com o indivíduo com FC, entre elas, podem ser destacados, o crescimento do fluxo expiratório (AFE) a partir da diversidade do fluxo expiratório, que possibilita a retirada de secreções distais (lenta), drenagem autógena (DA) baseada em parâmetros fisiológicos das várias taxas do sistema respiratório em que o tipo de fluxo se modifica (ANJOS; OLIVEIRA, 2017).
Bouzas, Alberganha e Motta (2019), afirmam que a vibrocompressão torácica manual é uma técnica que envolve principalmente movimentos rítmicos, oscilatórios e acelerados, que são introduzidos manualmente sobre o tórax do paciente no decorrer do período expiratório. É utilizado a palma das mãos ou os dedos perpendicularmente sobre o tórax, realizando uma contração isométrica do antebraço e gerando várias onde mecânicas que se poem pelo tórax.
Segundo Assunção et al. (2013), a vibrocompressão manual é benéfica no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica, pela ausência de efeitos deletérios no desconforto e na dor respiratória. Pode-se considerar que as técnicas fisioterapêuticas de vibrocompressão manual aplicadas em lactentes no pós-operatório de cirurgia cardíaca, não alteraram a SpO2 e a FR e não apresentam sinais de dor e desconforto respiratório.
Para Lins et al. (2015), a aspiração endotraqueal é um procedimento mecânico manual em que há a inserção de uma sonda estéril a partir da via área, em conjunto com a introdução da pressão subatomosférica no correto momento em que sucede a extração com a finalidade básica de absorver as secreções.
É o que afirmam Busanello et al. (2021), a aspiração endotraqueal é um método que visa extrair secreções do trato respiratório para estabelecer as vias aéreas pérvias e impedir infecções, recomendada para pacientes com dificuldade de eliminar secreções. Essencial para assegurar a permeabilidade das vias áreas das crianças, que deve ser realizada com fundamentos em pesquisas científicas,
evitando perigos de falhas e alterações como instabilidade hemodinâmica, lesões mucosas, infecções, hipoxemia e sepse.
A técnica de Drenagem Autógena Assistida (DAA) mostrou resultado satisfatório na SpO, dado que suas condutas possuem riscos ao neonato na UTI, não ocorrendo intercorrências em sua realização, e instabilidade hemodinâmica (AZAMBUJA et al., 2021).
A pesquisa de Menezes et al. (2021), evidenciam que a Drenagem Autógena Assistida (DAA), como uma metodologia classificada em três estágios com taxas de respirações diferenciados para que os neonatos distintos possam “descolar” e expectorar as secreções brônquicas.
É de grande importância, a fisioterapia em uma UTI neonatal, dado que, contribui na reabilitação do recém-nascido crítico, com procedimentos que envolvem o papel respiratório e motor do paciente, tornando o período de internação o menor possível. O profissional que vem conquistando evidência no manejo com os neonatos, pois, tem capacidade de envolver a sua capacidade reabilitadora conquistam em sua formação, com o cuidado com outras doenças (SANTOS; OTTO, 2019).
A atuação do fisioterapeuta intensivista baseia-se em condutas que necessitam de avaliação e reavaliações recorrentes, demandando atenção do profissional e da equipe envolvida, atuando nos vários segmentos do tratamento intensivo, no suporte ventilatório ele pode auxiliar na condução da ventilação mecânica (LAGUNA, 2018). Entre os métodos utilizados pelos fisioterapeutas para a população neonatal, a VNI alcança destaque, em que pode ser usada pela pressão positiva contínua, pela ventilação por pressão positiva intermitente nasal ou em vias aéreas nasais, com interfaces que utilizam máscaras (nasais ou faciais) e prongas, também pode ser aplicada como terapia de expansão pulmonar (TEP) ou como forma de suporte respiratório. Atualmente, pesquisas recomendam que a VNI pode ser útil como primeira escolha de suporte ventilatório em casos escolhidos para a prevenção de intubação orotraqueal e instituição da VMI (VIEIRA; SOUZA, 2017).
4 CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos nessa revisão, foi constatado que o auxílio não invasivo é um método usado em prematuros com SDR como maneira primária de tratamento, indispensável a aplicação dessa terapêutica impossibilitando que prematuros sejam sujeitos à VM. Apesar de não ocorrer consenso de qual técnica se apresenta como superior a outra.
Com a aplicação da ventilação não invasiva no tratamento de expansão nos neonatos prematuros, ocorre o avanço na manutenção e oxigenação no decorrer da introdução e posterior, a VN. Percebe-se que a ventilação não invasiva possui eficácia no tratamento de recém-nascidos na UTIs neonatais, frente a comprovação nas evidências científicas da redução da quantidade de erros de extubação dos pacientes que utilizaram este método.
Identificou-se que a fisioterapia demonstra efeitos favoráveis nos distúrbios respiratórios e na evolução neuropsicomotora dos recém-nascidos, afirmando assim sua intervenção em conjunto com a equipe interdisciplinar para beneficiar a melhora nas UTIs neonatais. Sendo assim, são indispensáveis pesquisas recentes sobre a atuação da fisioterapia na UTI, contribuindo para alta precoce do RN.
REFERÊNCIAS
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FILIAÇÃO