FEMORAL ILIAC SUTURE TECHNIQUE OF HIP LUXATION IN DOGS: CASE REPORT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202502231712
Luiz José Lacerda Piancó1; Daniely da Silva Barbosa2; Gabrielle Cardoso dos Santos3; Annielle Regina da Fonseca Fernandes4; Jovanna Karine Pinheiro5; Luana Vieira Cruz6, 7; Emerson Timoteo de Alcântara8; Helizadora Magalhães Rosado Monteiro9; Felipy Handerson de Melo Alencar10; Vinícius Tenório Máximo11
Resumo
A luxação coxofemoral (LCF) em cães é uma deslocação do fêmur da sua posição normal na articulação do quadril, na maioria das vezes causadas por traumas como acidentes, quedas ou brigas, mas também pode ser adquirida de formas congênitas devido a idade ou predisposição de algumas raças. A doença é comum em cães de qualquer idade e não tem predileção, podendo ser adquirida de diversas formas. A afecção tem elevado grau de acometimento principalmente por traumas com alto poder de luxação e de realizar fraturas. Apesar da luxação trazer bastante dor e risco ao paciente, a melhor forma de redução é a cirúrgica, existem vários métodos como, sutura ílio femoral e colocefalectomia sendo as mais utilizadas na ortopedia veterinária. O diagnóstico é inicialmente clínico, com o exame físico revelando assimetria dos quadris, dor intensa à manipulação e encurtamento do membro. Exames de imagem, como radiografias, são essenciais para confirmar a luxação e avaliar o estado das estruturas ao redor. O prognóstico depende de alguns fatores, contudo, costuma ser bom a reserva, apesar de existem diferentes formas de tratamento para o LCF, os melhores prognósticos estão associados a tratamentos precoces e cirúrgicos. O presente trabalho, tratase de um relato de um caso de luxação coxofemoral em um canino, macho, Beagle de 14 kg e aproximadamente 9 meses, atendido na Clínica Specialle Pet, localizada em Crato- CE. Nele é descrito todo o processo clínico de diagnóstico, e de terapêutica, desde o início dos sinais em julho de 2024 até a melhora clínica do paciente.
Palavras-chave: Articulação coxofemoral. Cirurgia. Ortopedia. Trauma.
Abstract
Coxofemoral luxation (CFL) in dogs is the displacement of the femur from its normal position in the hip joint, most often caused by trauma such as accidents, falls, or fights, but it can also occur due to congenital factors related to age or breed predisposition. This condition is common in dogs of any age and does not have a specific predilection for certain animals, being acquired in various ways. The condition is primarily seen in cases of severe trauma that cause significant displacement and even fractures. Although the luxation causes considerable pain and risk to the patient, the best form of reduction is surgical. There are several methods, including iliofemoral suture and femoral head and neck excision, which are the most commonly used in veterinary orthopedics. The diagnosis is initially clinical, with a physical exam revealing hip asymmetry, intense pain upon manipulation, and limb shortening. Imaging tests, such as X-rays, are essential to confirm the luxation and evaluate the condition of surrounding structures. The prognosis depends on several factors but is generally good to reserved. Although there are different treatment options for CFL, the best outcomes are associated with early and surgical treatment. This work presents a case report of coxofemoral luxation in a male Beagle, weighing 14 kg and approximately 9 months old, treated at Specialle Pet Clinic, located in Crato-CE. It describes the entire clinical process of diagnosis and treatment, from the onset of symptoms in July 2024 until the patient’s clinical improvement.
Keywords: Hip joint, surgery, orthopedics, trauma.
1 INTRODUÇÃO
Ainda que as luxações coxofemorais não sejam classificadas como emergências, é essencial tratá-las com rapidez. Pois uma complicação evidente, é a ocorrência de formação de uma pseudoartrose, levando à diferentes níveis de disfunção do membro afetado. O tratamento varia conforme o tempo decorrido desde o deslocamento traumático, seja ele agudo ou crônico ou antigo. Quanto mais tempo o quadril permanecer deslocado, mais difícil será sua redução, devido à contração muscular e à fibrose local (Wallace,1991; Manley,1998; Whittick, 1978;Wadsworth, 1996 ).
A luxação coxofemoral traumática demonstra sinais clínicos característicos, como, dor, deformidade anatômica do quadril, claudicação ou impotência do membro e crepitação. Os sinais demonstrados variam de acordo com a classificação da luxação ( Tobias, 2017 ). Essa afecção pode ser classificada de acordo com o sentido de deslocamento da cabeça do fêmur em relação ao acetábulo. A luxação craniodorsal é a mais comum, correspondendo a 73 a 90% das luxações. Luxação caudodorsal, caudoventral e cranioventral também podem ocorrer ( Piermattei,2016 ). O diagnóstico da luxação pode ser realizada através do histórico, as manifestações clínicas e avaliação ortopédica é bastante sugestiva, porém a realização do exame radiográfico simples em duas projeções permite a diferenciação da luxação entre outras lesões como fraturas, determinam a classificação da luxação, permitindo a escolha da melhor técnica para sua correção ( Fossum,2014 ).
O tratamento pode ser feito pela redução fechada, aberta ou procedimentos cirúrgicos. A redução fechada é recomendada como método preferencial em situações onde os danos aos tecidos moles, articulares e ósseos são mínimos. Esse procedimento pode ser realizado até 48 horas após o trauma ou dentro dos primeiros quatro a cinco dias. Após a redução de luxação usa-se a bandagem de Ehmer, quando nos casos de luxação caudoventral a aplicação não será necessária. Em casos de falha dessa terapia com permanência de deslocamento, prioriza-se a redução aberta. A redução aberta é indicada em casos de avulsão da fóvea da cabeça femoral ou quando uma redução fechada não conseguiu manter a redução do quadril. Se possível, a articulação coxofemoral deve ser reduzida antes do procedimento cirúrgico, o que facilita a dissecção (Wadsworth, 1996; Wallace,1991; Brinker et al., 1999; Manley, 1998 ).
A sutura ílio-femoral consiste em uma técnica de estabilização extra articular, caracterizada por uma sutura entre o ílio e o fêmur. Suturas não absorvíveis ou absorvíveis podem ser utilizadas, e a técnica é conduzida por túneis perfurados no ílio na direção láterodorsal para ventromedial e outro na base do trocânter maior femoral em direção caudocranial. Diante do exposto o objetivo deste estudo é relatar um caso clínico da técnica cirúrgica sutura ílio-femoral com fio poliester 5 AG para estabilização de luxação coxofemoral traumática em cão ( Bojrab, 2005; Fossum, 2014; Maia et al., 2020; Slatter, 2007; Rocha et al., 2020; Barbosa & Schossler, 2009; Johnson & Hulse, 2014).
Objetiva-se com esse trabalho, relatar um caso de Luxação coxo femoral em membro pélvico direito de um cão, descrevendo a cirurgia realizada, sutura ílio-trocantérica e todo o processo clínico de diagnóstico, e de terapêutica. Têm-se como objetivo, também, incrementar a literatura existente com este relato. Complementarmente ao objetivo, foi realizada uma revisão de literatura acerca do tema, discutindo aspectos clínicos e cirúrgicos relevantes à luxação coxofemoral.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA
2.1 ETIOPATOGENIA
A luxação coxofemoral em cães (luxação do quadril) como já mencionado ocorre quando a cabeça do fémur se desloca da cavidade acetabular do osso coxal. Essa afecção ocorre devido principalmente a acidentes automobilísticos, quedas e traumas direto no quadril são as causas mais comuns, especialmente em animais jovens e adultos, dentre outros fatores como predisposição genética, mas também pode ser causado por erros de manejo e doenças degenerativas. No trauma de alta energia, o deslocamento da articulação pode ocorrer devido à força exercida sobre o quadril. (Piermattei et al., 2009; Ash et al., 2012; Fossum, 2014; Libardoni et al., 2016; Uwagie-Ero et al., 2018).
A anatomia da região é composta por dois ossos, fêmur e pelve, na qual a junção dos mesmos formam a região de articulação coxofemoral (Figura 1). Nas luxações, os caninos apresentam um maior índice de LCF traumática do que felinos. Em cães os deslocamentos de cabeça do femur traumáticas podem ocorrer em qualquer raça, idade e sexo, como mostra na (Figura 2) diferentes angulos de luxação, porém, algumas raças de cães apresentam uma prédisposição para o desenvolvimento da lesão, Golden retriever, Rottweiler, Pastor alemão, Labrador, Dogue alemão, São bernado, Bernese mountain dog. (Barbosa & Schossler, 2009). Esses animais predispõe de afecções articulares congênitas ou adquiridas como, displasia coxofemoral, cães com displasia hereditária tem a articulação do quadril malformada, o que predispõe à lesão, causando instabilidade e tornando-a mais suscetível ao deslocamento, mesmo com traumas leves ou movimentos normais.
Desde os primeiros relatos de displasia coxofemoral canina, há mais trabalhos escritos a respeito desta afecção do que sobre qualquer outra enfermidade relacionada à ortopedia de pequenos animais. No entanto, não se afirma seguramente qual a exata etiologia da DCF (Schnelle em 1937).
Figura 1: Imagem ilustrativa de articulação coxofemoral, fêmur e pelve.
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Figura 2: Luxação Coxofemoral. A, Luxação craniodorsal, vista dorsal. B, Luxação craniodorsal, vista lateral. C, posição comumente encontrada em cães com luxação craniodorsal. D Luxação caudodorsal, vista dorsal. E, Luxação caudodorsal, vista lateral. F, Luxação ventral, vista ventral. G, Luxação ventral, vista lateral.
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2.2 EPIDEMIOLOGIA
Existem indícios comprovados somente pela hereditariedade da doença de que exista uma ação poligênica responsável por lesões primárias na cartilagem e nos músculos que fazem suporte da região coxofemoral, associada à participação ambiental (Alexander 1992, Costa 2003) .
Uma das hipóteses mais aceitas atualmente é a de que cães acometidos nascem com articulação normal e, devido a fatores genéticos, neurológicas, envelhecimento, degeneração articular e principalmente traumas, fazendo com que as forças musculares não sejam o suficientes para manter a cabeça do fêmur no acetábulo, causando lassidão da articulação coxofemoral e, conseqüentemente, incongruência articular com posterior doença articular degenerativa (Numamaker et al. 1973, Alexander 1992)
2.3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Em traumas as principais manifestações clínica incluem, dor aguda (gemidos ou choris ao tentar se mover), claudicação/mancar (dificuldade ou incapacidade de andar), impotência funcional (dificuldades de realizar movimentos normais), postura anormal, diminuição da movimentação, edema e sensibilidade (inchaço e dor ao toque), atrofia muscular (em casos crônicos) e mudança de comportamento (Piermattei et al., 2009; Murakami et al., 2012; Fossum, 2014).
Em problemas degenerativos a dor, acompanhada de claudicação e perda de função dos membros pélvicos, é inicialmente provocada pela lassidão e instabilidade das articulações, sendo comumente observada em animais jovens. Na fase crônica da doença, esses sinais clínicos são consequência da degeneração secundária à incongruência articular.
Esse processo degenerativo resulta em lesões na cartilagem, microfraturas na cabeça do fêmur e no acetábulo, além de inflamação da cápsula articular. Animais afetados apresentam dificuldade especialmente ao levantar-se e deitar-se, frequentemente vocalizando devido à dor. A atrofia muscular dos membros pélvicos, também presente, está relacionada à gravidade do caso, e ocorre devido à transferência de peso para os membros torácicos na tentativa de aliviar a dor e o desconforto articular (Hielm-Bjorkman et al. 2003).
2.4 DIAGNÓSTICO
2.4.1 Exame clínico + Exames físicos
Anamnese é o primeiro contato que temos com o paciente, serve para obter informações sobre o histórico do paciente, através de perguntas ao tutor, o veterinário coleta dados sobre o início dos sintomas, trauma recente, nível de atividades físicas, idade do animal e possíveis sinais de dor. A anamnese é definida como a primeira fase de um processo, na qual a coleta destes dados permite ao profissional de saúde identificar problemas, determinar diagnósticos, planejar e implementar a sua assistência e crucial para direcionar para o exame físico.
Observar a postura do animal e avaliar a movimentação e simetria são pontos importantes, durante a inspeção é avaliado se há claudicação, a forma como ele caminha ou corre, bem como anormalidades posturais e atrofias musculares. Levando a palpação, que permite identificar as áreas de dor, inchaço, atrofia muscular ou crepitação. A manipulação das articulações durante a palpação ajuda a detectar anormalidades na amplitude de movimento, frouxidão ou deslocamento. (Fossum, 2014)
Testes: 1-Teste de Amplitude de Movimento. 2- Teste de Ortolani. 3-Avaliação da Marcha (Gait Analysis). 4- Teste de Apoio.
Esses exames clínicos e físicos são fundamentais para a avaliação inicial de pacientes ortopédicos e ajudam a determinar quais exames complementares, como radiografias e ultrassonografias, serão necessários para confirmar o diagnóstico e guiar o tratamento.
2.4.3 Exames de imagem
Para diagnosticar essa condição, o histórico do paciente, as manifestações clínicas e o exame ortopédico são bastante indicativos. No entanto, a realização de radiografias simples em duas projeções (laterolateral direita e ventrodorsal) é essencial para diferenciar a luxação de outras lesões, como fraturas da cabeça ou do colo femoral e fraturas do acetábulo. Além disso, as radiografias permitem a classificação da luxação, o que é fundamental para selecionar a técnica corretiva mais adequada (Fossum, 2014).
2.4.4 Exames laboratoriais
Exames laboratoriais são de extrema importância para avaliação do paciente, pois mostrará detalhadamente funções que não podem ser vistas a olho nu, que podem ainda ser correlacionados ao risco cirúrgico.
O hemograma é um exame laboratorial essencial na avaliação da saúde dos cães, fornecendo informações sobre as células sanguíneas. Ele é composto por três principais análises: Eritrograma- avaliação de (hemácias) fornecendo dados sobre a quantidade, tamanho e concentração de hemoglobina. (alterações indicam anemias-diminuição das hemácias ou policitemia: aumento das hemácias).
Leucograma, analisa os glóbulos brancos (leucócitos), permite identificar infecções, inflamações ou doenças imunológicas, alterações como leucocitose: aumento dos leucócitos, e leucopenia: redução dos leucócitos.
Plaquetograma, avaliação das plaquetas que são responsáveis pela coagulação do sangue. À alterações como, redução de plaquetas-trombocitopenia, pode indicar problema de coagulação ou doenças imunomediadas.
O hemograma é útil tanto em check-ups rotineiros quanto no diagnóstico de doenças infecciosas, inflamatórias e hematológicas (HENRY, J. B. 2008).
2.5 TRATAMENTO
Os melhores prognósticos estão associados a tratamentos cirúrgicos e precoces. É crucial distinguir entre uma luxação traumática e uma luxação associada à displasia coxofemoral ou à necrose asséptica da cabeça do fêmur, pois, nesses casos, a redução anatômica da articulação coxofemoral pode não proporcionar a estabilidade necessária para sua manutenção. Isso pode exigir a aplicação de técnicas cirúrgicas adicionais (Piermattei, 2016).
2.5.1 Tratamentos Cirúrgicos
O tratamento pode envolver redução fechada, aberta ou procedimentos cirúrgicos. A redução fechada deve ser a opção inicial quando os danos aos tecidos moles, articulares e ósseos são mínimos, podendo ser realizada até 48 horas após o trauma ou dentro dos primeiros quatro a cinco dias (Bojrab, 2005; Fossum, 2014; Maia et al., 2020; Slatter, 2007).
A redução anatômica e a estabilização da articulação devem ser realizadas o mais rapidamente possível após o trauma, pois a cronicidade pode levar a contratura muscular, dano vascular, lesões na cartilagem articular e fibrose, o que dificulta o procedimento e acelera o desenvolvimento de doença articular degenerativa (Shim, 1979). Antes da correção ortopédica, o animal deve ser estabilizado em relação a outras possíveis lesões. As técnicas disponíveis incluem redução aberta ou fechada, sendo que, nas reduções abertas, a abordagem pode ser intra-articular ou extra-articular (Tobias, 2017). O prognóstico para a sobrevivência é geralmente favorável, variando de bom a reservado no que diz respeito ao retorno da função do membro afetado.
Várias técnicas cirúrgicas são recomendadas para o tratamento da displasia coxofemoral em pequenos animais, e a escolha entre elas depende de fatores específicos do paciente, do proprietário e do cirurgião. Procedimentos como a colocefalectomia, osteotomias corretivas, artroplastias de bordas acetabulares e outras técnicas similares apresentam resultados variados e controversos (Matis, 2000; Kinzel et al., 2002).
Os principais procedimentos cirúrgicos utilizados para o tratamento dessa condição, através de redução aberta, incluem a osteotomia pélvica tripla, a osteotomia intertrocantérica, a colocefalectomia ou ablação da cabeça e colo femoral, e a prótese total da articulação (Almeida e Wolf, 2008).
A redução aberta é recomendada em casos de avulsão da fóvea da cabeça femoral ou quando a redução fechada falha em manter a redução do quadril Sempre que possível, a articulação coxofemoral deve ser reduzida antes do procedimento cirúrgico para facilitar a dissecção (Barbosa & Schossler, 2009; Johnson & Hulse, 2014).
O tratamento para luxações coxofemorais pode ser realizado por meio de abordagens fechadas ou abertas, dependendo da classificação da luxação, do tempo desde o trauma e da presença de recidivas (Almeida & Wolf, 2008; Souza et al., 2011).
A intervenção cirúrgica é frequentemente necessária, com a colocefalectomia excisão da cabeça e colo femoral ou sutura ílio trocantérica sendo uma opções viáveis (López, 2004; Silva et al., 2011).
A colocefalectomia é um procedimento relativamente simples e de baixo custo, amplamente utilizado na Medicina Veterinária para tratar distúrbios ortopédicos da articulação coxofemoral, como luxações, fraturas da cabeça e colo femoral, displasia coxofemoral, necrose asséptica da cabeça femoral, e doença articular degenerativa (Barbosa, 2019; Moraes et al., 2015). Este procedimento visa criar uma pseudoartrose sem contato ósseo, substituindo a cabeça do fêmur por tecido fibroso (Moraes et al., 2015). É especialmente eficaz em animais com menos de 20 kg e é preferido por proprietários devido ao menor custo e menor risco de complicações graves comparado à artroplastia total, que ainda é menos acessível no Brasil (Harper, 2017).
A sutura ílio-femoral ou ílio trocantérica é uma técnica de estabilização extra-articular que envolve a fixação entre o ílio e o fêmur. Pode utilizar suturas não absorvíveis ou absorvíveis, e é realizada por meio de túneis perfurados no ílio, direcionados de latero-dorsal para ventralmedial, e outro na base do trocânter maior do fêmur, na direção caudocranial. Este estudo tem como objetivo relatar um caso clínico em que a técnica de sutura ílio-femoral foi empregada com fio de poliglecaprone para a estabilização de uma luxação coxofemoral traumática em um cão (Rocha et al., 2020).
2.5.2 Terapias complementares
Além da redução aberta, a redução fechada pode ser uma opção, a realização da redução fechada, pode-se aplicar uma bandagem de Ehmer, recomendada para luxações craniodorsal recentes. Se essa abordagem não for eficaz e o deslocamento persistir, a redução aberta é a alternativa recomendada (Gaiga et al., 2016).
Além disso, novas abordagens, como a acupuntura, ainda não demonstraram sucesso significativo. (Kapatkin et al., 2006)
2.6 PROGNÓSTICO
O prognóstico da luxação coxofemoral em cão depende de alguns fatores como a identificação do grau de luxação, se à presença de fraturas, e se a abordagem será cirúrgica ou não (Fossum, 2014). Contudo, por se tratar de uma luxação coxofemoral adquirida em trauma, e com vários dias de luxação, o prognóstico costuma ser reservado pois nesse caso a redução é cirúrgica. A exceção é, a escolha da técnica que será escolhida pelo cirurgião, e dando opções para o tutor e uma boa qualidade de vida para o animal. A técnica foi escolhida para manter a anatomia habitual do animal que possui bom prognóstico após correção cirúrgica (Rocha, et al., 2020).
3 METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de um relato de caso de Luxação Coxofemoral no membro pélvico direito de um cão, Macho, da raça Beagle de 14 kg e aproximadamente 9 meses. O estudo visa descrever todo o processo clínico de diagnóstico, e terapêutica, desde o início dos sinais em julho de 2024 até a melhora clínica da paciente após a cirurgia de sutura ílio trocantérica em junho do mesmo ano. Os dados do relato foram gentilmente cedidos pelo tutor do animal e pela Clínica Veterinária Specialle Clínica Pet, localizada no Crato – CE.
Quanto ao referencial teórico, trata-se de uma revisão narrativa de literatura realizada através de pesquisa de artigos científicos, comunicações curtas e outras publicações acadêmicas nas bases de dados: Google Acadêmico, SciELO e PubMed, a partir dos seguintes descritores:
“Luxação Coxofemoral”, “cães” e “cirurgias”. A pesquisa foi realizada entre os meses de agosto e setembro de 2024. Foram aceitas publicações nos idiomas inglês e português, disponíveis na íntegra. A abordagem desses trabalhos foi feita, primariamente, com base no título, objetivo e resumo. Os trabalhos que após essa triagem atenderam as especificações, foram cuidadosamente investigados na sua totalidade para garantir a qualidade dos resultados. O caso foi desenvolvido na Specialle clinica pet, na cidade do Crato-CE. Para a obtenção dos dados foi realizada a identificação e revisão de ficha clínica, no período de 08/07/2024.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Um canino, macho, Beagle de 14,2 kg e aproximadamente 9 meses foi levado a uma clínica veterinária particular na cidade do Crato – CE no dia 08 de julho de 2024. Havia como queixa principal sinais específicos como apatia, perda de peso, apetite diminuído e não apoiava a posterior direita no chão.
Após a anamnese, o tutor relatou que o animal sofreu abalroamento por carro, há 20 dias atrás, relatando também que a roda passou pela região pélvica direita. O paciente vive em sítio e livre. Vacinado somente contra raiva, foi submetido a uso de repelente contra carrapato e uso de antiinflamatórios ( ambos não informados).
Ao ser recepcionado em emergência, houve a solicitação pela equipe médica, técnica de radiografia pélvica em duas projeções (Raio X). Após estabilização da paciente, foram realizados: hemograma (Tabela 1). O Animal sentia dor no momento da consulta, com isso foi submetido a medicações pré exames laboratoriais e cirurgia Tramadol (4mg/kg) e Dipirona (25mg/kg). Após o laudo da radiografia, o paciente foi diagnosticado com luxação coxofemoral craniodorsal, como mostra na Figura 3).
Tabela 1 – Hemograma do dia 8 de julho de 2024
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No hemograma, havia alterações no eritrograma. Contudo, no leucograma havia neutrofilia e linfopenia moderadas e no plaquetograma havia uma nítida trombocitopenia.
A análise microscópica não revelou presença de hemoparasitas na amostra. O resultado negativo não indica ausência do parasita, considerando picos de parasitemia. No teste rápido, o animal positivou para erliquia, porem, foi feito um teste rápido (4dx) e o animal positivou para erliquiose.
Figura 3 – Presença de luxação na região de pelve de canino, macho, Beagle de 9 meses
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Região de pelve com incidências ortogonais ventrodorsal e lateral (direita e esquerda), demonstram perda total da relação articular da coxofemoral direita. Ossos da pelve preservados, radiopacidade óssea e tecidos moles com aspectos habituais, ausência de sinais de fraturas ou fissuras no momento do exame e estruturas encontram-se dentro do padrão de normalidade.
No dia seguinte, 9 de julho de 2024, o paciente foi submetido à redução de luxação utilizando a sutura ílio trocantérica.
O paciente foi levado para sala de preparação e submetido a medicação pré-anestésica (MPA) com metadona (0,3 mg/kg/IM) e Acepromazina (0,9 mg/kg/IM). Para bloqueio regional anestésica foi utilizado lidocaína sem vaso (0,1 ml /kg/), fentanil (0,1 mg/kg/) e para indução propofol (3mg/kg/IV). E para a manutenção foi utilizada infusão contínua de isofluorano (50200µg/kg/min) e flk (5ml/kg/h). O paciente também foi submetido a bloqueio locorregional (Epidural: lidocaina com vaso 0,3ml/kg + Morfina 0,1mg/kg). Durante toda a cirurgia a paciente utilizou ventilação mecânica controlada por meio de tubo traqueal 7,5 e teve seus parâmetros vitais monitorados.
Com base nos sinais clínicos, histórico de trauma, e na radiografia foi indicado o tratamento cirúrgico, que consiste na redução aberta da luxação seguida da realização da técnica de sutura iliofemoral para manutenção da redução. Vale ressaltar que não se optou pela redução fechada da luxação, pois esta deve ser realizada no máximo até 72 horas após o trauma, o que não se aplicava ao presente caso, pois o paciente estava há 20 dias com a luxação.
O paciente foi posicionado em decúbito lateral esquerdo, realizada ampla tricotomia e antissepsia na região lateral direita da posterior com clorexidina degermante, clorexidina alcoólica e posicionamento dos panos de campo.
O procedimento começou com uma incisão craniolateral, cranial ao trocânter maior do fêmur, que foi estendida até o terço médio do mesmo. O acesso à cápsula articular foi feito entre os músculos tensor da fascia lata e glúteo médio (Figura 4). Após visualizar a cápsula, foi realizada uma incisão horizontal nela, e o membro foi rotacionado externamente para expor completamente a cabeça femoral luxada, rompendo o ligamento redondo do fêmur. Em seguida, a luxação foi reduzida e, por meio de movimentos de extensão, flexão, abdução e rotação externa, avaliou-se o arrasamento acetabular, que mostrou resistência à luxação, o que foi benéfico para o paciente.
Com o auxílio de uma furadeira e um pino de grande calibre, foi feito um orifício de aproximadamente 2 cm cranial ao acetábulo, com perfuração em corpo de ílio na direção lateromedial (Figura 5). Outro orifício, de menor calibre, foi criado na base do trocânter maior do fêmur perfurando a metáfise proximal. Utilizando um fio de poliéster 5 e um guia, foram passados dois fios de lateral para medial no orifício do ílio, ambos cruzados: o fio lateral passou profundamente pelo tendão do músculo glúteo, enquanto o fio medial passou internamente pelo orifício na base do trocânter maior do fêmur. Os fios foram atados com um nó de cirurgião e vários nós simples, enquanto o membro era ligeiramente abduzido e rotacionado internamente. Movimentos do membro foram realizados para verificar a estabilidade, e a articulação não apresentou luxação.
Figura 4 – Acesso à cápsula articular foi feito entre os músculos tensor da fáscia lata e glúteo médio em canino, Macho, Beagle de de 9 meses.
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Figura 5 – Perfuração na direção latero-medial em canino, macho, Beagle de 9 meses.
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Após a sutura ílio trocantérica, o movimento foi devidamente inspecionado à procura de possível reluxação. Houve a confirmação de que a sutura foi devidamente colocada, passando no teste de Ortolani.
A incisão foi iniciada por meio de suturas musculares ancoradas nas respectivas faces musculares com fio poliglactina 910 2-0 padrão de sutura simples contínua. Após a passagem do fio, foram realizados os nós de maneira alternada para garantir a justaposição da musculatura. Foi realizada a aproximação do subcutâneo com fio poliglactina 910 2-0 em padrão Cushing, e a dermorrafia foi realizada com fio Nylon 3-0 em padrão Simple separado (Figura 6). Após o procedimento cirúrgico, o paciente apresentou uma recuperação pósoperatória rápida, com melhora perceptível.
A paciente foi levada ao internamento para cuidados intensivos, onde obteve rápida recuperação anestésica não havendo intercorrências. A recomendação foi que o paciente permanecesse por alguns dias de repouso. Assim, o tutor optou pela permanência do paciente na clínica por aproximadamente 2 dias.
Figura 6 – Ferida cirúrgica imediatamente após a sutura ílio trocantérica e a redução da luxação coxofemoral em canino, macho, Beagle, 9 meses.
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No internamento foi executado: Dipirona (25 mg/kg/BID/IV) durante 2 dias, meloxicam (0,1 mg/kg/SID/IV) por 2 dias, tramadol (4 mg/kg/BID/SC) por 2 dias. Bem como cuidados básicos como fluidoterapia e limpeza da ferida cirúrgica.
No dia 11 de julho de 2024 o paciente recebeu alta assistida para continuar os cuidados pós-operatórios em casa. Receita prescrita, dipirona 500mg 1 gota por kg durante 5 dias, Melox 2 mg um comprimido ao dia durante 7 dias , Doxitrat 80 mg, 2 comprimidos a cada 12 horas por 20 dias, Eritros 1 tablete por 30 dias, e recomendações para realização de limpeza da ferida 1x ao dia, após a limpeza passar vetaglós na ferida durante 10 dias.
No dia 22 de julho de 2024 o paciente retornou à clínica para remoção dos pontos cirúrgicos. Pesava 14,8 kg e não havia queixa de intercorrências. A ferida cirúrgica estava bem cicatrizada. No mesmo dia foi realizado outro exame de imagem (raio X) onde foi confirmado mais uma vez o bom resultado que teve a cirurgia (figura 7).
Figura 7 – Radiografia ventro dorsal e lateral em canino, macho, Beagle, 9 meses.
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No dia (29 de agosto de 2024) o tutor do paciente entrou em contato com a clínica para dar notícias sobre o procedimento, onde nas conversas tem um vídeo do paciente onde mostra 100% da sua capacidade de recuperação e felicidade (figura 8).
Figura 8 – Imagem de vídeo, onde mostra recuperação do paciente, macho, Beagle, 9 meses.
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Do ponto de vista epidemiológico, o caso ocorre de maneira semelhante ao relatado na literatura quanto ao fato de ser um cão jovem que foi atropelado (Nelson; Couto, 2015).
A luxação coxofemoral é similar à maioria dos casos relatados. Porém, o fato de ser uma luxação de mais de 20 dias e sem fratura para outras estruturas, difere este dos demais, uma vez que a correção foi feita com a técnica de sutura, é uma escolha com alto poder de preservação de estrutura anatômica, portanto foi descartada a opção de colocefalectomia (Fossum, 2020).
Animais com LCF apresentam sinais clínicos comuns, conforme a localização, o tamanho e a progressão da lesão. Neste caso os sinais clínicos apresentados a manifestações articulares são condizentes com os apresentados na literatura como claudicação, apatia, intolerância ao exercício, dor, anorexia, devido a falta de apetite(Soares, 2021; Pimentel, 2019).
A condução diagnóstica foi considerada exemplar, uma vez que foram realizados quase todos os exames descritos na revisão bibliográfica deste trabalho para o completo diagnóstico e tratamento (Soares, 2021).
Com relação à condução terapêutica, o paciente passou pelo procedimento que, na literatura, garante o maior TMS: cirurgia (Soares, 2021) além dos cuidados intensivos e semi intensivos de suporte ao longo do tratamento.
Em relação à cirurgia, o uso da sutura ilio trocantérica foi acertada, visto que é a cirurgia que apresenta os melhores resultados anatômicos e bem estar em cães (Fossum et al., 2020). É válido elencar, que a apesar dessa técnica ter tido um resultado ideal ela também poderia apresentar efeito adverso na locomoção, ou fazendo com que reincida a uma nova luxação e ser desaconselhado, e o animal ter que ser submetido a uma nova técnica em casos de falha cirúrgica (Barbet, 1997).
Quanto ao uso da colocefalectomia, não foi empregado como primeira opção no controle da dor por opção de manter a anatomia preservada e principalmente por se tratar de um animal de médio porte e jovem. Que, segundo a percepção dos profissionais envolvidos, auxiliou na melhora clínica do paciente, que passou a ficar mais resistente aos sinais clínicos, mesmo com poucas horas de cirurgia. Também houve a percepção da melhora da alimentação do paciente.
A luxação não é considerada como uma emergência, tendo em vista que quanto mais demorar para realizar a redução maior as chances cirúrgicas, caso contrário, pode ocorrer a formação de uma pseudoartrose levando a diferentes graus de disfunção, deixando mais difícil a redução devido à contração muscular e à fibrose na área.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
A luxação coxofemoral pode ser derivada de diversas maneiras, não tem predileção por idade ou espécies, tem algumas raças que são mais predispostas de serem acometidas, pelo fato genético ou seja passado de geração para geração, porém sua principal forma de acometimento é através de traumas, brigas, quedas e principalmente acidentes por veículos. Trata-se de um dos principais problemas ortopédicos que acomete os cães, sendo a afecção mais prevalente, pelo alto índice de acidente envolvendo veículos. Luxações crânio-dorsais são as mais frequentes. Quando o trocanter maior colide com o solo, o impacto faz com que a pancada ultrapasse o colo femoral até chegar na cabeça femoral impulsionando a borda dorsal, lacerando a cápsula articular ou o ligamento redondo.
O diagnóstico do LCF é resultado da combinação de diferentes testes que visam identificar a luxação, investigar a anatomia óssea, avaliar a presença de fratura ou se há fibrose na região por meio de raio x.
Apesar de existem diferentes formas de tratamento para o LCF, os melhores prognósticos estão associados a tratamentos agressivos e precoces, geralmente cirúrgicos. O prognóstico do LCF canino depende de alguns fatores, contudo, costuma ser favorável à reservado.
O caso clínico descrito neste trabalho mostra a eficiência do tratamento cirúrgico escolhido, uma vez que, apesar de existirem outras técnicas cirúrgicas, na ortopedia deve ser analisado um todo, tanto a parte da saúde do paciente quanto a parte financeira dos tutores.
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1Médico veterinário pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, Juazeiro do Norte – CE. E-mail: luizpianco_medvet@outlook.com
2Graduanda em Medicina Veterinária da UNINASSAU, Juazeiro do Norte – CE. e-mail: dsbarbosa.aluno@gmail.com
3Médica Veterinária pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Patos – PB. E-mail: gabriellecarddoso@gmail.com
4Docente da Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária/Universidade Federal de Campina Grande (UAMV/UFCG) – PB. Email: anni.regina@gmail.com
5Médica Veterinária, coordenadora do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Vale do Salgado UNIVS – CE. Email: jovannakarine@univs.edu.br
6Docente do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU – Juazeiro do Norte – CE. Email:
7@prof.unijuazeiro.edu.br
8Médico veterinário pelo Instituto Federal da Paraíba – IFPB, Sousa – PB. E-mail: meson.alcantara@gmail.com
9Médico veterinário pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, Juazeiro do Norte – CE. Email:
10Médico veterinário pelo Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU, Juazeiro do Norte – CE.
11Docente especialista do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU – Juazeiro do Norte – CE Email: 370100945@profunijuazeiro.edu.br