REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7129797
Autores:
Mayra Carmo1
Fernanda Costa2
Sirlei Ramos3
Sandonaid Andrei Geisler4
RESUMO
A Infecção relacionada à Assistência à Saúde é considerada um problema mundial, que afeta pacientes de todas as idades, inclusive recém-nascidos. Os avanços tecnológicos propiciam sobrevida desses pacientes, sendo muitos submetidos a procedimentos invasivos tais como ventiladores, sondas e cateteres, fatores que aumentam de forma considerável as chances de desenvolver Infecções. As infeções primárias de corrente sanguínea relacionada ao uso de cateter (IPCS/CVC) é a que tem maior ocorrência nas unidades de terapia neonatais seja pela frequente manipulação e/ou outros fatores. Com isso se dá a importância de realizar a pesquisa para verificar quais são as medidas de prevenção utilizadas atualmente para reduzir as taxas. Assim, este artigo tem como objetivo analisar na literatura científica quais as ações para redução de IPCS/CVC especificamente em UTI Neonatal. Quanto à metodologia utilizada, foi realizada a pesquisa bibliográfica, para fazer o levantamento das medidas de prevenção e controle realizados em instituições de saúde. Espera-se que os resultados sirvam de dados para mitigar a incidência de IPCS/CVC que acometem recém-nascidos e auxiliem os gestores para tomada de decisão ao optar por melhores práticas na assistência do paciente.
Palavras-chave: 1) IPCS/CVC 2) UTI neonatal. 3) medidas de prevenção e controle.
ABSTRACT
Infection related to Health Care is considered a worldwideproblem, which affects patients of allages, including newborns. Technologicaladvancesprovidesurvival for thesepatients, with many undergoing invasive procedures such as ventilators, probes and catheters, factors that considerably increase the chances of developing infections. Primary bloodstream infections related to catheter use (IPCS/CVC) are the ones with the highest occurrence in neonatal care units, either due to frequent manipulation and/or other factors. Thus, it is important to carry out research to verify which preventive measures are currently used to reduce rates. Thus, this article aims to analyze in the scientific literature which actions to reduce IPCS/CVC specifically in Neonatal ICUs. As for the methodology used, a bibliographic research was carried out to survey the prevention and control measures carried out in health institutions. It is expected that the results will serve as data to mitigate the incidence of IPCS/CVC that affect newborns and help managers to make decisions when choosing best practices in patient care.
Keywords: 1) IPCS/CVC 2) Neonatal ICU. 3) prevention and control measures.
1. INTRODUÇÃO
As infecções relacionadas à assistência à saúde – IRAS são consideradas um problema de âmbito mundial, a diminuição dos riscos de desenvolver infecções tem relação direta com a segurança do paciente em consequência da qualidade da assistência prestada. A segurança do paciente é um acoplado de medidas com a finalidade de proteger o paciente de eventos adversos e riscos. Para o efetivo estabelecimento da segurança do paciente é necessário aprender a prevenir as falhas e para tanto, o envolvimento de acompanhantes, equipe de enfermagem e gestores (ANVISA, 2011).
Identificar, implementar meios de prevenir e controlar as IRAS é essencial para mitigar riscos aos pacientes internados. Esses riscos aumentam quando os pacientes são submetidos a procedimentos invasivos, tais como o uso de cateter, pois existem maior manipulação de vias, e chances de contaminação, por exemplo. Tratando-se de pacientes neonatos a fragilidade de mecanismos de defesa é agravada por outras comorbidades.
São por vários motivos que o período de internação pode aumentar, necessitando a realização de procedimentos invasivos, o que oportuniza a manifestação de infecções hospitalares, sobretudo em UTIs (CATARINO et al. 2012).
No Programa de Segurança do paciente, criado pela Organização Mundial da Saúde e lançado no Brasil em 2013 – objetivando a qualificação dos cuidados à saúde – uma das metas do programa é a redução/eliminação de infecções de corrente sanguínea relacionada ao cateter (ANVISA, 2017, p.11).
A infecção de corrente sanguínea (ICS) relacionada a cateteres centrais (ICSRC) também está associada a desfechos desfavoráveis em saúde. Em um estudo realizado em São Paulo², das 1390 ICS analisadas, 68,3% dos episódios de infecção foram associados ao uso de dispositivos intravasculares – cateter venoso central (CVC) (66,6%) e cateter venoso periférico (1,7%), com a taxa de óbito de 21,9%. Além deste, um estudo internacional demonstrou que, dos 340 pacientes portadores de CVC, 15,6% desenvolveram ICSRC e, dentro destes, 11,3% vieram a óbito (SOUZA, et. al, 2018, p.06).
Os pacientes que manifestam infecções em UTI, possuem mais propensão a morbidade e mortalidade, pois com o tempo maior de internação estão mais sujeitos a adquirir bactérias multirresistentes (VILA e GOMES, 2017).
De acordo com OMS (2014) além das infecções ampliarem o tempo de internamento, aumentarem a resistência microbiana e causar prejuízos financeiros, causam impacto considerável em pacientes e familiares. “O intenso uso de dispositivos invasivos e a imaturidade do sistema imunológico dos recém-nascidos admitidos em UTIs aumenta o risco de desenvolvimento de IRAS, sendo a infecção primária de corrente sanguínea mais frequente nesses pacientes” (PESSOA-SILVA et al., 2004 apud VILA e GOMES, p. 12, 2017).
Sabendo que a utilização de cateter em UTI Neonatal é comum, e que compreendem um dos principais fatores de infecções nessa unidade, evidencia-se a necessidade de analisar a densidade de incidência dessas IRAS na referida unidade, juntamente em verificar as ações realizadas pelas equipes para evidenciar sua eficácia, e com os dados auxiliar os gestores nas tomadas de decisões contribuindo ainda mais com dados a respeito do tema proposto. Objetivamos que com essa pesquisa analisar as ações realizadas para redução das infecções de corrente sanguínea associada ao uso de cateter em UTI’s Neonatais encontradas na literatura científica.
Existem dados que afirmam que 30% dos óbitos em recém-nascidos são evitáveis, tanto em ações pré-natal e com assistência adequada ao recém-nascido, e dentre essas situações passíveis de redução e controle, são as infecções (ARAÚJO, 2000).
As infecções primárias de corrente sanguínea – IPCS são apontadas como uma das principais causas de mortalidade hospitalar, e acometem paciente neonatais. De acordo com a ANVISA (2018) as IPCSL associadas ao uso de cateter venoso central é a principal infecção em UTI’s neonatais (ANVISA, 2018).
Ao poder comparar os índices de infecção de corrente sanguínea poderemos saber se as ações estratégicas realizadas pelos gestores a fim de problema ou ajudar na redução dos índices, justificando assim a relevância da presente pesquisa.
REVISÃO TEÓRICA
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde – IRAS são infecções adquiridas após o paciente ter sido internado e ou passar por um procedimento de assistência à saúde, de acordo com o Ministério da Saúde que atenda a pelo menos dois desses critérios:
Se o período de incubação do microrganismo causador da infecção for desconhecido e não houver evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se como IRAS toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir do terceiro dia de internação (D3), sendo o D1 o dia da internação; Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo causador da infecção e não houver evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento do procedimento de assistência à saúde, convenciona-se como IRAS toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir da realização do procedimento, estando o paciente internado ou não (ANVISA, p. 05, 2021).
Em um estudo realizado nos Estados Unidos, estima-se que a que as infecções prolongam a permanência do paciente em média 4 dias, adicionando um custo de UU$ 1800,00 de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) (PEDROSA; COUTO, 2012).
Para prevenção em controle das IRAS é essencial nos hospitais existir o Serviço de Controle de Infecções. Um estudo realizado pelo Conselho Regional de Medicina em São Paulo, em 156 hospitais, verificou itens considerados básicos, como um Programa de Controle de Infecções organizado e atual, porém a maioria não possuía (OLIVEIRA, DAMASCENO, RIBEIRO, 2009).
Para constituir um Programa de Controle de IRAS é preciso conhecer a instituição, fazer o diagnóstico pontuando as situações de risco, e apontar sugestões para cada evento de não-conformidade, traçar ações a serem desenvolvidas com prioridade nas situações que trazem mais risco aos pacientes, definir metas e cronograma.
Para a prevenção e controle das IRAS a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda alguns critérios básicos, tais como: a existência de um programa de infecção bem estruturado e de grande abrangência, a vigilância epidemiológica intensiva por no mínimo um ano, feedback das taxas de Iras aos cirurgiões (quando tratar-se de infecções relacionadas a procedimentos cirúrgicos),um médico infectologista, e um enfermeiro especializado na área para cada 250 leitos (PEDROSA; COUTO, 2012).
1.1 Infecções em Pacientes Recém-nascidos
Tratando-se dos recém-nascidos é sabido que são mais suscetíveis a adquirir infecção, pois normalmente possuem vários procedimentos invasivos, como sondas ventilação mecânica e cateteres, além de estarem em uso de antimicrobianos de largo espectro e muitos dias internados em terapia intensiva.
Esse grupo de pacientes demanda de mais fragilidade pois estão expostos aos fatores extrínsecos relacionados à internação e intrínsecos relacionados à imaturidade (MEDEIROS et al. 2016).
Tratando-se de IRAS em neonatologia para definição é necessário considerar aspectos epidemiológicos, como a origem de aquisição de micro-organismos (pré-parto, periparto, pós-parto) (KONKEKEWICZ, 2002).
As infecções transplacentárias são adquiridas no período intrauterinopor vias transplacentárias (ANVISA, 2017).
Já as precoces de provável origem materna, são consideradas quando ocorrem nas primeiras 48 horas de vida, os fatores de risco materno para infecção são:
a. Bolsa rota maior ou igual a 18 horas;
b. Cerclagem ou pessário;
c. Trabalho de parto em gestação menor que 37 semanas;
d. Procedimentos de medicina fetal nas últimas 72 horas;
e. Infecção de trato urinário (ITU) materna sem tratamento ou em tratamento a menos de 72 horas;
f. Febre materna nas últimas 48 horas;
g. Colonização pelo estreptococo B em gestante, sem quimioprofilaxiaintraparto, quando indicada;
h. Corioamnionite (ANVISA, p. 19, 2017).
Quando a infecção acontece após as primeiras48 horas de vida, são consideradas tardias, diagnosticado enquanto o recém-nascido estiver internado ou após alta a depender da clínica, topografia ou procedimento, sendo considerados dias específicos para cada um (BRASIL, 2009).
Muitos recém-nascidos precisam passar por UTI’spor diferentes motivos, tais como prematuridade, infecções congênitas, baixo peso, entre outros. Segundo os “Critérios de Diagnósticos de Infecções Associada à Assistência à Saúde Neonatologia” disponibilizado pelo Ministério da Saúde, as Iras neonatal são diferenciadas por topografias, são elas: pneumonia clínica, outras relacionadas ao trato respiratório, enterocolite, outras no sistema gastrointestinal, meningite, intracraniana, trato urinário, sítio cirúrgico, endocardite, miocardite, mediastinite, conjuntivite, ouvido e mastoide, pele e tecido celular subcutâneo, osteoarticulares e as infecções primárias de corrente sanguínea.
Com os avanços tecnológicos relacionados as progressões na saúde como um todo, a sobrevida de recém-nascidos acometidos por doenças graves aumentou (MIRANDA; CUNHA; GOMES, 2010).
Inúmeros estudos demonstram que o avanço da tecnologia, juntamente com a ciência, tem beneficiado o campo da neonatologia, sobretudo no que concerne à utilização de modernos e terapêuticos equipamentos, aumentando, com isso, a chance de sobrevida dos recém-nascidos (MIRANDA;CUNHA;GOMES, p.435,2010).
Mas é necessário considerar que os procedimentos invasivos tais como ventilação mecânica, cateteres, e dieta parenteral, ainda que proporcionem oportunidades de melhora dos pacientes, em contrapartida estão fortemente associados às infecções de origem hospitalares.
De acordo com Ramos (2001) os RNs possuem características específicas que podem ser relacionadas à maior gravidade do processo infeccioso:
A ausência de uma flora endógena protetora ao nascimento e a aquisição de micro-organismos a que estão expostos; hospitalares para crianças internadas nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN).
A fragilidade da pele, em especial, nos prematuros, devido ao desenvolvimento menor da camada córnea;
Imaturidade dos mecanismos de defesa em quase todos os setores da função imunológica humoral e celular (RAMOS, p. 06, 2001).
Com o aumento da tecnologia da assistência, em contrapartida os casos de recém-nascidos que precisam de leitos em Unidades de Terapia Intensiva, insumo básico para atendimento da demanda.
Segundo dados dos Cneso Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, no Brasil, existe quase 8 mil leitos de UTI Neonatal, o que equivale a 2,7 por mil nascidos vivos (Ministério da Saúde, 2022). Considerando que a média de tempo de permanência de recém-nascido de baixo-peso é de 50 dias, de acordo com a Rede Nacional de Pesquisas Neonatais (FIOCRUZ, 2010). E importante considerar que a necessidade de leitos de UTI Neonatal vai variar de uma região para outra, e da assistência prestada, além da margem de erro das subnotificações nos sistemas de pesquisa.O estudo também aponta aumento de prematuridade, nascido por parto cesárea associados a morbimortalidade, e internações por afecções adquiridas no período neonatal.
De acordo com o Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a proporção ideal é de 4 leitos para cada mil nascidos vivos (no mínimo) mas segundo bases do CNES em 2018, esse dado era de 1,5 leitos/mil (SBP, 2018).É importante ressaltar que o cuidado com o nascimento seguro, começa na unidade básica, no pré-natal, considerado de qualidade com seis consultas da gestante no mínimo.
Encontrar medidas eficazes de prevenção das infecções hospitalares em Unidades de terapia intensiva neonatais é um grande desafio para as comissões de controle de infecções hospitalares. A Vigilância nesses setores devem ser realizadas de forma ativa de todas as infecções em todas as topografias (ARMOND, 2003).
2.2 Vigilância Epidemiológica
Vigilância é conceituada como “a observação contínua, sistemática e ativa da ocorrência e distribuição das doenças em determinada população e os eventos ou situações que aumentam ou diminuem os riscos de sua ocorrência” (RAMOS, p. 6, 2001).
Entre os métodos de vigilância, a busca ativa está entre as mais realizadas. Deve ser feita por um profissional participante do serviço de controle de infecção, as visitas às unidades devem ser diárias ou no mínimo 2 vezes por semana, para melhor interação com a equipe do setor, enfermagem e médicos, por exemplo. Nessas visitas pode ser verificado o número de procedimentos invasivos e avaliação dos mesmos, culturas positivas, clínica do paciente, ajustes junto aos médicos e/ou equipe multidisciplinar quanto aos antibióticos, de acordo com a necessidade.
Para Couto e Pedrosa (1997) na busca ativa é possível verificar as taxas endêmicas, incidências e tendências de infecção, surtos hospitalares, consumo de antibiótico, análise de culturas positivas, e promover educação continuada, “o método de vigilância ativo consiste na obtenção de informações por alguém treinado, mediante o uso de diversas fontes. Esse método identifica corretamente de 85% a 100% dos episódios” (COUTO e PEDROSA, p. 32, 1997). Uma das formas mais simples e acessíveis de vigilância para micro-organismos multirresistentes é o monitoramento através antibiogramas e o isolamento através das culturas (CDC, 2006).
É possível avaliar os processos, e quando necessário sugerir e atuar frente a melhoria da qualidade da assistência, assim torna-se eficaz quando rápido, prático e de fácil compreensão.
Em relação a vigilância do recém-nascido de alto risco, consideram-se os internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal: Peso menos que 1500g ao nascer, RN em uso de ventilação mecânica entubado ou traqueostomizado, pós-cirúrgico, e com quadro infeccioso, e em uso de CVC (BRASIL, 2012).
2.3 As Infecções Primárias de Corrente Sanguínea e o Uso do Cateter Venoso Central Em Pacientes Neonatos
As infecções de corrente sanguínea são graves e podem levar a morte, e varia dependente do agente etimiológico que as acomete (bactérias ou fungos), tal situação é agravada quando associada à dispositivos.
O uso de dispositivos acarreta 48.600 infecções de corrente sanguínea, considerando que há incidência de 5 infecções por 1000 cateteres venosos centrais/dia. A mortalidade associada a essas infecções em alguns estudos alcança 35% em pacientes críticos (CORREA, p. 103, 2010).
De acordo com a ANVISA, a Infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de cateter é a principal infecção em UTI Neonatal (2008).
Para a escolha do acesso venoso ao recém-nascido deverá se levar em conta o tempo de tratamento, condições clínicas, hemodinâmicas, além da condição da “rede venosa” para assim minimizar o risco.
“tendo o paciente como foco central do cuidado e de acordo com suas condições, permitirá definir qual cateter é o mais apropriado para atender suas necessidades de acesso venoso: cateter umbilical, cateter central de inserção periférica (PICC), acesso venoso periférico e, como última escolha, o cateter central por dissecção de veia/flebotomia” (CALIL e SANCHES, s/p. 2018).
Segundo Portella (2010) o acesso venoso central é o mais indicado para uso de drogas vasoativas, vesicantes e urtigastes. Geralmente os mais usados são os umbilicais, porém, aumenta o risco de desenvolver uma infecção quando não manipulado adequadamente.
Cateter Umbilical geralmente é mais utilizado em recém-nascidos de risco, um estudo realizado no hospital universitário Federal de Niterói, apontou a sepse como principal notificação:
No caderno de critérios de diagnóstico de infecção relacionada à assistência à saúde neonatal, são elencados os seguintes critérios:
TABELA 1: CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NEONATAL
Para as infecções primária de corrente sanguínea clínica – IPCSC (sem confirmação microbiológica, ou sepse clínica ou critérios são:
TABELA 2: CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO INFECÇÕES PRIMÁRIAS DE CORRENTE SANGUÍNEA CLÍNICA – IPCSC (SEM CONFIRMAÇÃO MICROBIOLÓGICA, OU SEPSE CLÍNICA
A IPCS será associada ao uso de cateter, quando estiverem CVC, cateter umbilical, PICC e outros, se estiverem presentes no momento da infecção ou no prazo de 48 horas após a remoção (BRASIL, 2010).
METODOLOGIA
É uma pesquisa bibliográfica para construção do referencial teórico como suporte para a produção do trabalho, o processo de pesquisa se constitui em uma atividade científica básica que se dá através da indagação e (re)construção da realidade, “nada pode ser intelectualmente um problema se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema davida prática” (MINAYO, 2001, p. 17).
Para seleção do material utilizado, empregamos o método de revisão sistemática de literatura, para assim identificar e analisar pesquisas relevantes ao tema da pesquisa. Elencamos artigos com ano de publicação a partir do ano de 2001, considerando artigos publicados em português, para definição dos critérios de inclusão, selecionamos as palavras: infecção primária de corrente sanguínea, relacionadas ao uso de dispositivos invasivos, recém-nascidos, uti neonatal.
RESULTADOS
A Agência nacional de vigilância sanitária, indica as principais medidas de prevenção de IRAS são higienização das mãos, técnica correta de inserção e manutenção de dispositivos invasivos, limpeza do ambiente, precaução de contato e uso correto de antimicrobianos (ANVISA, 2017).
Segundo Armond (2013) a higienização das mãos – HM é a medida mais antiga utilizada para mitigar às infecções relacionadas à assistência à saúde, e é reconhecida como base dos programas de controle de infecção. Porém, mesmo sabendo que as mãos dos profissionais de saúde são o veículo mais comum de transmissão cruzada de agentes que causam infecções, a adesão à HM ainda é um desafio. Na assistência hospitalar, em especial nos setores de alta complexidade como a UTI neonatal, os colaboradores devem realizar a higienização das mãos antes de cada procedimento devido a imaturidade do sistema imune desses pacientes, e as consequências da baixa adesão à prática podem aumentar consideravelmente o número de infecções do neonato, além de pôr em risco a saúde do próprio profissional, acompanhantes e familiares.
Para minimizar esse agravante, várias são as estratégias utilizadas pelas instituições para melhor a adesão da HM, como treinamento, campanhas, conscientizações e até incentivos (SIEGEL et. al 2009).
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS (2010) a higienização das mãos deverá ser realizada em 5 momentos essenciais:
1 – Antes do contato com o paciente;
2 – Antes da realização de procedimento asséptico;
3 – Após o risco de exposição a fluidos corporais;
4 – Após contato com o paciente;
5 – Após o contato com áreas próximas ao paciente.
É preciso considerar que a Higienização das mãos também deve ser realizada pelos visitantes e acompanhantes.
Quanto à técnica correta de inserção e manutenção de dispositivos invasivos (cateteres, sondas, drenos etc.) é precedida pela HM, e um conjunto de métodos –bundles – a serem realizados pela equipe assistencial. O bundle de CVC integra:
1) Higienização das mãos;
2) Precauções Máximas de Barreira;
3) Assepsia com Clorexidina;
4) Escolha de Sítio de Inserção Adequado;
5) Reavaliação diária da necessidade de manutenção do cateter, com pronta remoção daqueles desnecessários (5 MILLION LIVES CAMPAING, p. 5, 2008).
Outra medida é a limpeza do ambiente, considerando que esse processo previne a disseminação de bactérias. Os micro-organismos multirresistentes, de acordo com a Anvisa (2017) “podem contaminar as superfícies e equipamentos (mesas de cabeceira, bombas de infusão, grades das camas, estetoscópio e outros) mais frequentemente manuseados pelos profissionais e pacientes” (ANVISA, p. 27, 2017).
Existem três fatores constituintes na cadeia de transmissão de infecção: o agente, transmissão e o hospedeiro, isso envolve não apenas o paciente, mas todos as superfícies próximas que podem estar contaminadas. Nesse sentido é importante estabelecer processos de limpeza, que envolvam treinamentos, escolha adequada de produtos, cronogramas e avaliações (FORNO; SILVA; CORREA, 2010).
Em um estudo realizado em 2020, utilizou a técnica de validação dos leitos através do uso de ATP com bioluminescência, os pacientes foram transferidos para outra unidade temporariamente, em seguida, a UTI passou pela descolonização, após a limpeza de todos os equipamentos, mobiliários, parede e teto, foi realizada a validação utilizando a técnica de bioluminescência, padronizado um limite de 45 URL(unidade relativa luz) sendo considerada reprovada a higienização superior ao limite estabelecido. Como resultado a análise dos anos 2017-2018 e 2018-2019 mostrou que a taxa de infecção, teve uma queda de 18,23% para 5,93% (FEMIPA, 2020).
Temos como critério também a precaução de contato, são cuidados que incluem o uso pela equipe assistencial enquanto realiza o atendimento ao paciente, são elas: higienização das mãos, o uso de capote, avental, óculos, luvas descartáveis e quarto privativo (ANVISA, 2017).
“Precauções de contato são destinadas à prevenção da transmissão de agentes infecciosos, inclusive micro-organismos de importância epidemiológica, que são disseminados pelo contato direto ou indireto com o paciente ou seu ambiente” (ROBERTO, p. 197, 2012).
Aliado as medidas anteriormente mencionadas, é impreterível o uso adequado de antimicrobianos, a conduta mitigará o crescente número de micro-organismos resistes à antibióticos, em consequência também o aumento de tempo de internação e custo do tratamento (ANVISA, p. 29, 2017).
Altos índices de infecções podem trazer como consequências aumento da mortalidade, prolongamento de dias de internação, morbidade, acometimentos por bactérias multirresistentes e aumento dos custos de assistência, por exemplo.
Os indicadores são ferramentas que auxiliam os gestores para aferição dos resultados, e assim criar planos de ação ou outras medidas estratégicas. Servem para avaliar a qualidade da assistência prestada, pois proporcionam informações mensuráveis e podem ser utilizadas para estratégias de melhoria contínua, no caso das infecções de corrente sanguínea.
Representam informações quantitativas e qualitativas para tomada de decisão. Monitorar de forma minimamente mensal, e identificar oportunidades e pontos fracos para mudanças e melhorias aperfeiçoando os processos no âmbito hospitalar.
Entre os indicadores verificados:
* Consumo de álcool para higienização das mãos
*Bundle de inserção e acompanhamento do cateter
De acordo com a Portaria n. 2616 do Ministério da Saúde em 1998, existem indicadores obrigatórios para realização da vigilância epidemiológica de IRAS em unidades de terapias intensivas neonatais, são eles:
a) Taxa de infecção hospitalar: é o número de infecções hospitalares em determinado período, dividido pelo total de saídas ou admissões no mesmo período (na unidade);
b) Taxa de pacientes com infecção: é o número de doentes com IRAS, dividido pelo total de saídas ou admissões no mesmo período (na unidade);
c) Distribuição de infecções por topografia: número de episódios de infecção em cada topografia, dividido pelo total de infecção;
d) Taxa de letalidade associada às infecções hospitalares: é o número de doentes acometidos por uma infecção, que foram à óbito, dividido pelo total de infecções. (BRASIL,1998).
O ideal é que exista uma divulgação dos dados calculados para toda a equipe, com intuito de promover uma discussão ampla e sistematizada em consonância com as ações preventivas elencando assim as prioridades necessárias.
4.2 Ações estabelecidas para Redução e controle de IPCS
Uma pesquisa norte americana, apresentou que as realizações de intervenções educativas reduzem significativamente a incidência de infecções de corrente sanguínea, tais intervenções foram baseadas em ações com equipe multidisciplinar, e eram essencialmente formadas por ações tais como higienização das mãos, e do ambiente, nutrição, uso adequado de antimicrobianos, e culturas do profissional da saúde (NEILL et al. Apud FARUCH).
Com a utilização do bundle (cinco medidas de prevenção) em um período um pouco maior de um ano taxa de zero de infecção primária de corrente sanguínea, no Reino Unido também percebeu-se a redução de IPCS-CVC após a implementação do bundle de inserção e remoção precoce, de acordo com um estudo realizado em Michigan (Da SILVA, 2018 apud SEVERO et al, 2021).
Ainda sobre aos bundles, um estudo realizado em Goiânia, apresentou que de 10 artigos publicados sobre a temática apenas 1 destacou o bundle como estratégia eficaz, apresentando a diminuição de infecções da corrente sanguínea. Já nos demais artigos evidenciou-se que existem dificuldade em implantar os bundles, acompanhados por falta de uma educação continuada, enfatizou-se que poucos conhecem a aplicação na prática. Mas que os bundlles podem sim contribuir com a diminuição de IPCS desde que as medidas preconizadas sejam adotadas integralmente (SANTOS, 2021).
Ainda pelo Center for Disease Controland Prevention (CDC), oInstitute for HealthcareImprovement (IHI) e a ANVISAsalientam que as taxa de IRAs só vão diminuir com os conjuntos de intervenções – bundles – acompanhados de treinamento dos profissionais, ao que se refere aos cuidados de inserção e manutenção do CVC (SEVERO et al, 2021).
Em um projeto realizado nos anos entre 2015 e 2017, chamado de “Programa de Desenvolvimento Organizacional de Apoio a Gestão e Assistência com Ênfase em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica” foram elencadas 12 instituições pelo Ministério da Saúde, o projeto objetivava que tais instituições chegassem na meta internacional preconizada, modelo considerado desafiador, visto que a taxa de densidade de incidência de IPCS era de 4 vezes maior. Os dados foram coletados através de um software de gestão, e a estratégia de intervenção foi a multimodal, e as ações foram:
1) Capacitações teóricas e práticas;
2) Implantação de programas de melhoria com ferramentas específicas;
3) Utilização de ferramenta digital para coleta de indicadores;
4) Implementação de programa multimodal de Higienização das mãos;
Ainda como um processo de melhoria contínua as instituições contaram com visitas e suportes de especialistas in loco, com objetivo geral de redução de IPCS e específicos de acordo com os indicadores e acompanhamento das principais dificuldades de cada um (10,11), a análise dos resultados ao final demonstrou que a média da taxa de densidade de IPCS/CVC em pacientes neonatais reduziu em 90% e na pediátrica 70%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio da presente pesquisafoi possível observar que para que exista uma redução nos índices das taxas de Infecções Primárias da Corrente Sanguínea, é necessário um esforço contínuo e progressivo dos profissionais da área da saúde.
Os enfermeiros estão sempre buscando melhorar o cuidado frente ao paciente, tentando minimizar danos através de um cuidado de qualidade, apesar de todas as dificuldades encontradas diariamente no ambiente da UTI. Buscam melhorias físicas e psicológicas no ambiente de trabalho, capacitação continuada, embasamento científico, destreza técnica, adesão aos protocolos e, sobre tudo postura ética diante dos conflitos diários do processo assistencial, visando à segurança do paciente.
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1Graduanda em Enfermagem – Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (CESUFOZ)
ORCID: 0000-0003-4553-9467
E-mail: mayracarmo19@gmail.com
2Graduanda em Enfermagem – Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (CESUFOZ)
ORCID: 0000-0002-0394-8660
E-mail:fernandafrioli26@gmail.com
3Enfermeira. Mestre em saúde pública em região de Fronteira. Docente pelo Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (CESUFOZ)
ORCID: 0000-0003-2232-3831
E-mail: sirlei.enf2005@gmail.com
4Biólogo. Mestre em Biologia Celular e Molecular – UEM. Docente pelo Instituto de Ensino Superior de Foz do Iguaçu (CESUFOZ)
ORCID: 0000-0001-9346-6624
E-mail: biologiasnag@hotmail.com