SUPERFÍCIE DOS PINOS DE FIBRA DE VIDRO E RESISTÊNCIA DE UNIÃO À DENTINA RADICULAR UMA REVISÃO DE LITERATURA

SURFACE OF FIBERGLASS POSTS AND BOND STRENGTH TO ROOT DENTIN A LITERATURE REVIEW

SUPERFICIE DE POSTES DE FIBRA DE VIDRIO Y FUERZA DE ADHESIÓN A LA DENTINA RADICULAR: UNA REVISIÓN DE LA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12772217


Mônica Maria de Albuquerque Pontes1; Rosana Maria Coelho Travassos2; Vanda Sanderana Macêdo Carneiro3; Vânia Cavalcanti Ribeiro da Silva4; Kattyenne Kabbaz  Asfora5; Verônica Maria de Sá Rodrigues6; Priscila Prosini7; Maria do Socorro Orestes Cardoso8; Tereza Augusta Maciel9; Fernanda Gomes Barros10


RESUMO

O estudo consiste de uma revisão da literatura sobre a análise comparativa de técnicas utilizadas para tratamento superficial dos pinos de fibra de vidro e sua interferência na resistência de união à dentina radicular. As buscas foram feitas nas bases de dados PubMed, LiLACS, SciELO e MEDLINE. Foram utilizados um conjunto de descritores e seus similares, em inglês e português, incluindo o maior número de pesquisas referentes ao tema do estudo. Os termos de busca foram:“silano”,“pinos dentários”,“técnica para retentor intrarradicular”, e “resistência ao cisalhamento”Foram selecionados oito artigos de estudos in vitro. Quanto aos diferentes tipos de tratamento superficial dos pinos de fibra de vidro,foi possível observardentre os estudos citados que 75% apresentaram silano entre seus grupos testados; 37,5% dos artigos descritos apresentaram oácido fosfórico a 37%;jateamento com óxido de alumínio apareceu em 25% das pesquisas; peróxido de hidrogênio foi observado em 50%;o etanol foi citado em apenas 37,5%; o ácido fluorídricofoi mencionado em 50%; em 25% dos estudos o laser Nd: YAG com diferentes durações de pulso e o cloreto de metileno foram testados.Pode-se concluir que as substâncias utilizadas para a limpeza dos pinos interferiram em sua retenção independente da fotopolimerização do adesivo, quea região cervical tem maior resistência de união do que a região apical, além de que o ataque ácido seguido da aplicação de silano no pino tratado termicamente aumenta significativamente a resistência de união dos pinos de fibra à dentina.No entanto, o jateamento e o uso do ácido fluorídrico resultaram em menor resistência de união. Foi possível observar que dos artigos apresentados 87,5% utilizaram o teste push-out para a medição da resistência de união; apenas 12,5% o teste de microtração e nenhum o teste de pull-out.

Palavras-chave: Silano.Pinos Dentários.Técnica para retentor intrarradicular. Resistência ao cisalhamento.

ABSTRACT

The study consists of a literature review on the comparative analysis of techniques used for surface treatment of fiber glass posts and their interference in bond strength to root dentin. Searches were performed in PubMed, LiLACS, SciELO and MEDLINE. As for the different types of surface treatment of fiberglass posts, it was possible to observe among the studies mentioned that 75% presented silane between the groups tested; 37.5% of the articles described presented phosphoric acid at 37%; blasting with aluminum oxide appeared in 25% of the surveys; hydrogen peroxide was observed in 50%; ethanol was cited in only 37.5%; 50% mentioned hydrofluoric acid; in 25% of the studies the Nd:YAG laser with different pulse durations and methylene chloride were tested. It can be concluded that the substances used to clean the pins interfered with their retention regardless of the light curing of the adhesive,that the cervical region has greater bond strength than the apical region, besides the acid etching followed by the application of heat-treated silane significantly increases the bond strength of fiber posts to dentin. However, blasting and the use of hydrofluoric acid resulted in lower bond strength. It was possible to observe that of the articles presented, 87.5% used the push-out test to measure the bond strength; only 12.5% ​​the microtensile test and none the pull-out test.

Keywords: Silane.Dental Pins. Post and Core Technique. Shear Strength.

RESUMEN

El estudio consiste en una revisión de la literatura sobre el análisis comparativo de técnicas utilizadas para el tratamiento superficial de postes de fibra de vidrio y su interferencia en la fuerza de adhesión a la dentina radicular. Las búsquedas se realizaron en las bases de datos PubMed, LiLACS, SciELO y MEDLINE. Se seleccionaron ocho artículos de estudios in vitro. Respecto a los diferentes tipos de tratamiento superficial de los postes de fibra de vidrio, se pudo observar entre los estudios citados que el 75% presentó silano entre sus grupos probados; El 37,5% de los artículos descritos presentaron ácido fosfórico, el 37% presentó voladuras con óxido de aluminio en el 25% de las investigaciones; el peróxido de hidrógeno se observó en el 50%; el etanol se mencionó sólo en el 37,5%; se mencionó ácido fluorhídrico al 50%; en el 25% de los estudios se probó el láser Nd:YAG con diferentes duraciones de pulso y cloruro de metileno. Se puede concluir que las sustancias utilizadas para limpiar los pines interfirieron en su retención independientemente de la fotopolimerización del adhesivo que presenta la región cervical. mayor fuerza de unión que la región apical, además de que el ataque ácido seguido de la aplicación de silano sobre el poste tratado térmicamente aumenta significativamente la fuerza de unión de los postes de fibra a la dentina. Sin embargo, el arenado y el uso de ácido fluorhídrico. resultó en una menor fuerza de unión. Se pudo observar que de los artículos presentados, el 87,5% utilizó la prueba de push-out para medir la fuerza de adhesión; sólo el 12,5% la prueba de microtracción y ninguno la prueba de extracción.

Palabras clave: Silano. Clavos dentales. Técnica de retenedor intrarradicular. Resistencia a la cizalladura.

3. OBJETIVOS

    3.1 Objetivo geral

    Analisar de forma comparativa a resistência de união à dentina radicular dos pinos de fibra de vidro submetidos a diferentes técnicas de tratamento de superfície, através de uma revisão de literatura.

    3.2 Objetivos específicos

    3.2.1 Pesquisar os diferentes tipos de tratamento superficial dos pinos de fibra de vidro.

    3.2.2 Comparar dentro da literatura os diversos tratamentos da superfície do pino de fibra de vidro e sua interferência na adesão à dentina radicular.

    3.2.3 Observar a resistência de união dos pinosde fibra nos diferentesterços radiculares: cervical, médio e apical.

    3.2.4 Comparar os resultados dos diferentes ensaios utilizados para avaliação da resistência de união entre o pino de vibra de vidro e a dentina radicular.

    4. METODOLOGIA

    4.1 Desenho do Estudo

    O estudo consiste de uma revisão da literatura sobre uma análise comparativa de técnicas utilizadas para tratamento superficial dos pinos de fibra de vidro na resistência de união à dentina radicular.

    4.2 Localização do Estudo

    O estudo foi realizado na biblioteca da Faculdade de Odontologia de Pernambuco.

    4.3 Seleção da amostra

    Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema proposto. As buscas foram feitas nas bases de dados PubMed, LiLACS, SciELOe MEDLINE,além de capítulos de livros e monografias. Foram utilizados um conjunto de descritores e seus similares, em inglês e português. Os termos de busca foram: “silano”, “pinos dentários”, “técnica para retentor intrarradicular”, e “resistência ao cisalhamento”. Por se tratar de um estudo revisional, não houve necessidade de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa.

    4.4. Critérios para a seleção dos dados

    Os artigos foram selecionados com base na leitura dos resumos identificados com o tema e pertinentes aos objetivos do estudo, a partir da leitura criteriosa dos artigos, teses e dissertações encontradas nas bases de dados. Foram incluídas apenas as publicações que responderam à questão do estudo, e buscou trabalhos que estudassem a resistência de união à dentina nos idiomas português e inglês e todos os tipos de delineamentos metodológicos foram aceitos.

    4.5. ANÁLISE DE DADOS

    Depois de realizada uma interpretação da amostra bibliográfica, a síntese dos dados extraídos dos artigos foi discorrida de forma descritiva, possibilitando analisar, discutir e classificar esses dados, com o intuito de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão.

    5. RESULTADOS

    Neste tópico serão destacados apenas os resultados dos tipos de tratamento da superfície do pino de fibra de vidro encontrados nos artigos com pesquisas in vitro, além dos ensaios mais utilizados para avaliação da resistência de união entre o pino de fibra de vidro e a dentina radicular. Os estudos de maior relevância, além de suas respectivas conclusões se apresentam no quadro a seguir.

    Quadro 1- Estudos in vitro selecionados.

    Autores/ AnoGrupos de tratamentos superficiais dos pinos de fibra de vidroConclusão do estudo
    Faria et al. (2013)Grupo 1-silano + adesivo;
    Grupo 2- álcool + silano + adesivo;
    Grupo 3- ácido fosfórico + silano + adesivo. Cada grupo foi dividido em 2 subgrupos: A -adesivo não foi fotoativado, B – o adesivo foi fotoativado.
    Eles concluíram que as substâncias utilizadas para a limpeza dos pinos interferiram em sua retenção, independente da fotopolimerização do adesivo.
    Elnaghy e Elsaka, (2016)Grupo 1- sem tratamento;
    Grupo 2-silano por 60 segundos;
    Grupo 3-jato com óxido de alumínio;
    Grupo 4-ácido fluorídrico a 9%;
    Grupo 5-cloreto de metileno por 10 min.  
    Jateamento e ácido fluorídrico resultaram em menor resistência de ligação. Aplicação de silano não aumentou a resistência de união. Os grupos tratados com Cloreto de Metileno foram significativamente maiores em resistência de ligação.
    Samimi et al. (2014)Grupo 1- ácido fluorídrico + silano;
    Grupo 2- ácido fluorídrico + silano + pino aquecido;
    Grupo 3- peróxido de hidrogênio+ silano;
    Grupo 4- peróxido de hidrogenio + silano + pino aquecido;
    Grupo 5-  sem tratamento.
    O ataque ácido com aplicação de silano tratado termicamente aumentou significativamente a resistência de união dos pinos de fibra à dentinae levou à maior força de adesão.
    Majeti et al. (2014)Grupo 1-ácido fosfórico;
    Grupo 2- peróxido de hidrogênio;
    Grupo 3- água destilada. Cada grupo foi ainda subdividido com base no tempo da aplicação (15 segundos, 30 segundos, 60 segundos).
    O tratamento de superfície com ácido fosfórico por 15 segundos é uma alternativa eficaz para melhorar o adesão do pino de fibra de vidro à dentina radicular.  
      Continua  
    Continuação  
    Autores/ AnoGrupos de tratamentos superficiais dos pinos de fibra de vidroConclusão do estudo
    Valdavia et al. (2014).Grupo 1-etanol + silano;
    Grupo 2-ácido fosfórico a 37% + silano;
    Grupo 3-ácido fluorídrico a 10% + silano;
    Grupo 4- peróxido de hidrogênio 24% + silano.
    O tratamento de superfície com peróxido de hidrogênio 24% por 1 minuto rendeu força de ligação significativamente maior.
    Rechia et al. (2016).Grupo 1- silano;
    Grupo 2 – silano + adesivo;
    Grupo 3- silano + pino aquecido.  
    A resistência de união do grupo tratado apenas com silano foi significativamente menor que os demais.
    Kirmali et al. (2017).Grupo 1-jato de óxido de alumínio;
    Grupo 2- N1; 
    Grupo 3- N2 (neodímio: irradiação com laser de ítrio-alumínio-granada [2 W, 200 mJ, 10 Hz, com durações de pulso de 180 ou 320 microssegundos);
    Grupo 4- 9,7% ácido fluorídrico;
    Grupo 5- sem tratamento.
    A técnica LAI quando usada com 17% de EDTA teve um efeito significativo na quantidade de camada de esfregaço removida da dentina radicular. No entanto, os váriostratamentos do pino de fibra não melhoraram a resistência de união.
    Garcia et al. (2018).Grupo 1- etanol;
    Grupo 2- peróxido de hidrogênio 24%;
    Grupo 3- etanol+ silano;
    Grupo 4- peróxido de hidrogênio 24% + silano.
    Não houve diferença significativa dos valores de resistência de união entre os grupos.  

    No quadro a seguir, pode-se observar os tipos deensaios utilizados para avaliação da resistência de união entre o pino de fibra de vidro e a dentina radicular, além de suas vantagens e desvantagens.Após a análise dos estudos foi possível observar que dos oito artigos in vitro apresentados, sete utilizaram o teste push-out (87,5%) para a medição da resistência de união à dentina radicular, apenas um utilizou o teste de microtração (12,5%) e nenhum estudo selecionado utilizou o teste de pull-out.

    Quadro 2- Ensaios utilizados para avaliação da resistência de união entre o pino de fibra de vidro e a dentina radicular.

    Ensaios utilizados%VantagensDesvantagensAutores
    Teste de push-out87,5%Mais fácil de executar, menos falhas coesivas no pré-teste, desvio padrão menor, distribuição de tensões mais homogênea.Dferenças na força para desalojar o pino de fibra de vidro in vitro e in vivo, limitações à posição da amostra e o ângulo em que a carga é aplicada.Elnaghy e Elsaka(2016); Sammi et al. (2014); Majeti et al. (2014); Valdavia et al. (2014); Rechia et al. (2016); Kirmali et al. (2017); Garcia et al. (2018).
    Teste de microtração12,5%Economia de dentes (com várias microamostras provenientes de um  só dente).Intensidade do trabalho,demanda técnica, potencial de desidratação das amostras menores.Faria et al. (2013).
    Teste de pull-out0%Distribui melhor a tensão e é considerado capaz de medir com precisão a resistência de união entre dentina e pino.Apenas uma amostra por elemento dentário é gerada: o que eleva o custo, aumenta o tempo de realização enecessita de conhecimento técnico.Nenhum.

    No quadro 3 foram detalhados todos os grupos com os diferentes tratamentos superficiais encontrados nos artigos com pesquisas in vitro que foram apresentados anteriormente.

    Quadro 3- Diferentes grupos de tratamentos superficial do pino de fibra de vidro testados nos artigos citados no quadro 1.

    Grupo ISem Tratamento
    Grupo IISilano (SiH4)
    Grupo IIIÁcido Fosfórico 37% (H3PO4)
    Grupo IVH3PO4+ SiH4
    Grupo VH3PO4 + SiH4 + Adesivo
    Grupo VIJateamento com Óxido de Alumínio (Al2O3)
    Grupo VIIPeróxido De Hidrogênio (H2O2) + SiH4 + Pino aquecido
    Grupo VIIIH2O2 + SiH4
    Grupo IXH2O2
    Grupo XEtanol 70% (C2H5OH)
    Grupo XIC2H5OH + SiH4
    Grupo XIIC2H5OH + SiH4 + Adesivo
    Grupo XIIISiH4 + Adesivo
    Grupo XIVÁcido Fluorídrico (HF)
    Grupo XVSiH4 + Pino Aquecido
    Grupo XVIHF + SiH4
    Grupo XVIIHF + SiH4+ Pino Aquecido
    Grupo XVIIIÁgua Destilada
    Grupo XIXNd 1 e Nd 2 (neodímio: irradiação com laser de ítrio-alumínio-granada [2 w, 200 mj, 10 hz, com durações de pulso de 180 [Nd1] ou 320 [Nd 2] microssegundos)
    Grupo XXCloreto de Metileno (CH2Cl2)

    5. DISCUSSÃO

    Diferentes estratégias têm sido adotadas para aumentar a resistência de união entre o pino de fibra de vidro, o cimento resinoso e a dentina radicular. Isso permite que o pino resista às forças de deslocamento vertical. Uma das estratégias para melhorar a resistência da união interfacial consiste no tratamento da superfície do pino de fibra antes da união. A abundante variedade de pré-tratamentos da superfície foi observada e analisada qualitativamente nesta revisão. No entanto, nenhum consenso foi visto para o tratamento de superfície, que pudesse ser universalmente adotado. A resistência de união foi avaliada principalmente pelos métodos de teste push-out.

    Em estudos de push-out, os pinos foram testados nas três regiões da raiz (coronal, medial e apical) e a menor resistência de união foi observada na região apical(MONTICELLI et al., 2008; ELNAGHY e ELSAKA, 2016). Os fatores relacionados à baixa resistência de união na região apical podem ser relacionadosà remoção ineficiente da smearlayer devido à falta de acessibilidade dos instrumentos e da solução de irrigação, falta de fluxo do material no espaço restrito, o que resulta na formação de bolhas e vazios, e tratamento incompleto de material,uma vez que a fonte de luz não atinge aquela região de forma eficaz (MONTICELLI et al., 2008; MAJETI et al., 2014; VALDAVIA et al. 2014; GARCIA et al., 2018).

    A morfologia da dentina avaliada nos canais radiculares em termos de orientação de túbulos dentinários, densidade e mesmo aumento da área de superfície após condicionamento, mostra um aumento muito maior da adesão na dentina do terço coronal e médio (FERRARI et al., 2000). Em outros estudos, concordando com o de Monticelli et al. (2008) foi comprovado que a região cervical permiteumamaior resistência de união do que a região apical (PERDIGÃO et al., 2006; ELNAGHY E ELSAKA, 2016; MAJETI et al., 2014; SAMIMI et al., 2014; VALDAVIA et al., 2014; GARCIA et al., 2018).

    Ainda em concordância, no estudo de Sigemori (2006), ele concluiu que as médias de resistência ao cisalhamento por extrusão foi geralmente maior no terço cervical do que no terço profundo. Esse resultadopode ser explicado devido ao menor grau de conversão de monômeros em polímeros nas regiões profundas do canal radicular apresentados pelos agentes de fixação resinosos utilizados. No entanto, Lertchirakarn et al. (2001) afirmam que apesar das diferenças nas constituições regionais entre as diferentes porções de dentina radicular, algumas propriedades mecânicas, como resistência à tração, são semelhantes em dentinas cervical, coronária e radicular.

    Para Majeti et al. (2014) a maior resistência de união acontecer na região coronal pode ser devido à diminuição da densidade tubular de coronal para região apical, conforme explicado anteriormente por Ferrari et al. (2000). Também, a redução na resistência de união pode estar relacionada às dificuldades de controle da umidade no terço apical do espaço do pino, que pode resistir à infiltração completa do cimento resinoso (MAJETI et al., 2014). Por outro lado, Valdavia et al. (2014) e Elnaghy e Elsaka(2016)afirmaram que esta diferença poderia ser atribuída à presença de smear layer gerada durante o tratamento endodôntico, que são depositados nas paredes do canal radicular. Eles reiteraram que a presença de tal camada prejudica um contato adequado entre o ácido metacrilato dos cimentos resinosos autoadesivos e a dentina subjacente durante procedimentos adesivos, interferindo em sua força de união à dentina.

    Vários componentes estruturais e propriedades físicas da dentina radicular podem afetar diretamente a adesão, como a matriz orgânica de colágeno, o reforço de hidroxiapatita, e a distribuição e organização microestrutural destes elementos (MARSHALL et al., 1997). No substrato dentinário deve-se ter um cuidado especial na remoção de água para evitar o colapso das fibras colágenas (TAY et al., 1996; NAKAJIMA et al., 2000). No entanto, é importante salientar que além do colapso das fibras colágenas da dentina ser prejudicial, o excesso de água também pode causar diluição do primer hidrofílico, gerando espaços vazios na interface dentinária (BOUILLAGUET et al., 2003; GORACCI et al., 2004). Embora a configuração do conduto radicular não seja favorável, a falha adesiva se dá normalmente pela incompatibilidade química entre o cimento e adesivos de baixo pH, que podem interferir negativamente na cimentação de um pino de fibra de vidro (SANARES et al., 2001).

    Em relação aos tratamentos superficiais dos pinos de fibra de vidro, a silanização é um dos mais amplamente utilizados e tem a vantagem de ser um simples procedimento que pode ser realizado pelo dentista antes de cimentar o pino, mas seu efeito sobre a resistência de união ainda é inconclusivo. Alguns estudos mostraram que a resistência de união entre o pino e o cimento resinoso pode ser melhorado silanizando o pino antes da cimentação (GORACCI et al., 2004; MONTICELLI et al., 2006), enquanto outros estudos relataram que o uso de silano sozinho não aumenta a resistência de união (PERDIGÃO et al., 2006; ELNAGHY e ELSAKA, 2016). Isso pode ser atribuído à ligação química inadequada entre os pinos que têm pouco ou nenhum vidro silanizável exposto e o monômero funcional de silano (VANO et al., 2006; ZICARI et al., 2012; ELSAKA, 2013; ELNAGHY e ELSAKA, 2016), ou também ser devido à aplicação manual de silano na superfície do pino formar uma camada não homogênea que posteriormente leva a uma ligação química fraca entre o silano e o pino (ELNAGHY e ELSAKA, 2016).

    No ano de 2017, Kirmali et al., que estudou grupos com ácido fluorídrico, neodímio: irradiação de laser ítrio-alumínio-granada, além de jateamento com óxido de alumínio), afirmou que os tratamentos de superfície não aumentaram a rugosidade da superfície para o intertravamento micromecânico entre o pino e a superfície da dentina. Além disso, irrigações finais da parede dentinária radicular com EDTA + LAI (irrigação ativada por laser) melhoraram o padrão de fratura, o que levou a mais falhas do tipo adesivo do que outros tipos,mostrando-se um método eficaz para remover a camada de esfregaço de cada parte da parede do canal radicular em comparação com outras soluções. No estudo de Garcia et al. (2018), quatro tratamentos de superfície (álcool ou peróxido de hidrogênio, com ou sem silano) foram propostos, e também afirmaram que não houve diferença significativa entre os grupos, corroborando os resultados na literatura (SCHMAGE et al., 2009; VALDAVIA et al., 2014).

    Samimi et al. (2014) afirmou, com base nos resultados de seu estudo in vitro, que o tratamento de calor no silano teve um efeito significativo sobre a resistência de união push-out. Não houveram diferenças significativasna resistência de união entre o pré-tratamento superficial com ácido fluorídrico e peróxido de hidrogênio. Em concordância com Samimi et al. (2014), Réchia et al. (2016) concluiu que o tratamento de superfície do pino de fibra de vidro influenciou nos valores de resistência de união à dentina radicular. Ele também afirmou que a aplicação de silano seguido de tratamento adesivo e silano seguido de secagem de ar quente resultou em maiores valores de resistência de união.

    A interface entre o cimento resinoso e o pino também foi considerada como um fator contribuinte para a resistência mecânica, onde um intertravamento mecânico limitado foi mencionado entre o cimento resinoso e a superfície do pino não tratado (TUNCDEMIR et al. 2018). Tratamentos de superfície, como jateamento de óxido de alumínio, tratamento a laser, peróxido de hidrogênio, etc. alteraram a topografia da superfície e podem possivelmente aumentara retenção do pino de fibra de vidro à dentina radicular.

    Goracci et al. (2005) avaliaram a adesão entre diferentes tipos de pinos de fibra e compostos após a silanização. Os valores de resistência de união aumentaram após a aplicação de silano. Silano não forma uma ligação adequada com uma matriz de resina epóxi, resultando em fraca resistência de ligação entre retentores de fibra e o cimento resinoso. Assim, antes da aplicação do silano, a superfície dos pinos deve ser tratada para expor as fibras de vidro. No estudo de Réchia et al. (2016) a utilização de uma camada adesiva adicional após o tratamento com silano melhorou a resistência de ligação do pino de fibra de vidro para a dentina radicular, fornecendo valores de resistência de união semelhantes aos do grupo onde o silano foi passou pela secagem com ar quente. Assim, ambos os métodos usados podem ser usados ​​para alcançar uma adesão mais eficaz de pinos de fibra de vidro cimentados.

    Faria et al. (2013), com base nos resultados de seus estudos, concluiu que os melhores resultados foram obtidos quando os pinos foram tratados com ácido fosfórico a 37%, silano e adesivo fotopolimerizável. Por outro lado, o pior cenário foi observado para os pinos tratados com silano mais adesivo não polimerizado antes da inserção no canal. A fotopolimerizaçãodo adesivo por si só não influenciou os valores de retenção.No estudo de Majeti et al. (2014) seus resultados corresponderam com os de Faria et al. (2013),e foi concluído que a corrosão do pino de fibra é essencial para melhorar adesão e que a aplicação de ácido fosfórico 37% é a melhor alternativa para melhorar a adesão do pino de fibra à dentina do canal radicular. Seus resultados, porém, afirmam que não há uma diferença significativa entre esse grupo e o de peróxido de hidrogênio por 60 segundos, também estando de acordo com Menezes et al. (2011) que provou que o condicionamento com H2O2 por um minuto melhora a resistência de união do pino de fibra. Ainda em 2014, Valdavia et al. disse que a aplicação de peróxido de hidrogênio 24% melhorou significativamente a força de ligação interfacial entre os pinos de fibra e a dentina radicular, de acordo com Majeti et al. (2014) e Menezes et al. (2011).

    Elnaghy e Elsaka (2016) afirmaram que a resistência de ligação interfacial entre os pinos e o agente cimentante foi significativamente aumentada usando pré-tratamentos com diclorometano em comparação com os outros grupos. Esse pode ser atribuído à eficiência do diclorometano removendo a camada superficial da matriz de resina dos pinos de fibra de vidro. Consequentemente, áreas de superfície adicionais de fibras expostas são fornecidas e aumentam a retenção micromecânica do agente de cimentação.

    Tratamentos de superfície de pinos de fibra de vidro com jato de óxido de alumínio e ácido fluorídrico resultaram em menor resistência de ligação em comparação com os outros grupos. (ELNAGHY e ELSAKA, 2016). Este achado pode ser atribuído à ruptura da interface entre as fibras e a resina matriz com remoção da matriz e danificando as fibras (SOARES et al., 2008). Consequentemente, esses tratamentos afetam a adesão de pinos de fibra de vidro devido à possibilidade de consideravelmente modificar a forma e o ajuste dos pinosnos canais (SAHAFI et al., 2005).

    Rechia et al. (2016) avaliaram o efeito do tratamento de superfície do pino de fibra de vidro utilizando apenas o silano na resistência de união à dentina radicular. O silano foi testado em conjunto com diversos outros materiais, tais foram: Ácido Fosfórico (H3PO4), Adesivo, Jateamento com Óxido de Alumínio (Al2O3), Peróxido de hidrogênio (H2O2), Etanol (C2H5OH), Ácido Fluorídrico (HF), conforme combinações demonstradas no quadro 2, além de testes com o pino aquecido. No estudo de Faria (2013), a melhor resistência de união encontrada foi no grupo onde o silano foi combinado com ácido fosfórico e adesivo. Já Samimi et al. (2014)afirmaram que o ataque com ácido fluorídrico com aplicação de silano tratado termicamente aumenta significativamente a resistência de união dos pinos de fibra à dentina. Réchia (2016) também citou a melhora da adesão com o pino aquecido, mas comparou a resistência de união desse grupo ao de silano+adesivo.Porém, para Elnaghy e Elsaka (2014), Kirmali et al. (2017) e Garcia et al. (2018) a aplicação do silano não aumentou a resistência de união. 

    O ácido fosfórico foi estudado em 3 grupos diferentes, em combinação com outros materiais. Tais grupos foram: H3PO4; H3PO4 + silano; H3PO4 + silano + adesivo. O melhor resultado encontrado no estudo de Faria et al. (2013) foi no grupo H3PO4 + silano. No estudo de Majeti et al. (2014), o uso de ácido fosfórico a 37% testado em diferentes períodos aumentou a resistência de união dos pinos à dentina radicular, especialmente quando o ácido fosfórico foi usado por 15 segundos.  Em Valdavia et al. (2014), a superfície do pino de vidro, após o ataque do ácido fosfórico não foi modificada em comparação com o padrão do grupo de etanol. A aspereza da superfície do pino produzida pelo H3PO4 pode ter sido insuficiente para atingir uma maior força mecânica entre o cimento e a superfície do pino.   

    Na pesquisa de Kirmali et al. (2017), um dos grupos estudados foi o denominado “grupo S”, onde as superfícies de ligação foram jateadas por partículas de alumina com diâmetro de 120 mm. O grupo de jateamento teve a maior força de união da parte média dos dentes, mas esta diferença não foi estatisticamente significativa (KIRMALI et al., 2017). 

    No estudo de Majeti et al. (2014), o segundo maior valor de resistência de união foi observado após 60 segundos de aplicação de H2O2 em pino de fibra de vidro, comparado apenas ao ácido fosfórico, mas sem diferença significativa entre eles. Já para Samimi et al. (2014), não houve diferença significativa entre o pré-tratamento com ácido fluorídrico e peróxido de hidrogênio. O tratamento com peróxido de hidrogênio por um minuto rendeu uma força de ligação maior (VALDAVIA et al., 2014). Já nos estudos de Garcia et al. (2018) não houve diferença significativa nos valores da resistência de união entre os grupos. 

    Em cada estudo as porcentagens do Ácido Fluorídrico (HF) foram diferentes: em 2014 Valdavia et al. estudaram o HF 10%, Samimi et al. estudaram o HF 9,5% e Elnaghy e Elsaka a 9%; já em 2017, Kirmali estudou o ácido fluorídrico a 9,7%. Sammi et al. (2014) e Kirmali et al. (2017) relataram os valores de resistência de união push-out de fibras de vidro tratadas com ácido fluorídrico após a aplicação de silano e mostraram que a diferença não foi significativa em comparação com o grupo de controle. No entanto, os pinos tratados com ácido fluorídrico e silano seguidos por tratamento térmico mostraram um aumento significativo da força de ligação em comparação com o grupo de controle (SAMIMI et al., 2014). Tratamentos de superfície de pinos de fibra de vidro com jateamento e ácido fluorídrico resultaram em menor resistência de ligação em comparação com os demais grupos apresentados no estudo, esses tratamentos afetam a adesão de pinos de fibra de vidro devido à possibilidade de consideravelmente modificar a forma e o ajuste dos pinos nos canais radiculares (SAHAFI et al., 2004, apud ELNAGHY e ELSAKA, 2014). Os resultados deste estudo mostraram que este tratamento resultou em força de ligação semelhante do ácido fosfórico e grupos de ácido fluorídrico (VALDAVIA et al., 2014). 

    No estudo de Castellan (2007), ela alega que na literatura citam ou até comparam em suas discussões os valores de resistência de união encontrados com os resultados de outros estudos que utilizam diferentes ensaios. Como exemplo, valores de resistência de união de determinado estudo obtidos com o ensaio de microtração sendo comparado a valores deoutro estudo que realizou o ensaio de pull-out. Embora a comparação possa ser aceita apenas para indicar o material que obteve maior ou menor resultado, pode-se perceber pelo seu estudo que os diversos testes possuem características muito diferentes, a começar pela diferença de sensibilidade entre eles. Porém, os  baixos valores de resistência de união, quando utilizado o ensaio de push-out, podem ser explicados pelo local de aplicação da força. Neste teste, a carga é aplicada mais próxima da interface adesiva, que é o elo mais fraco, do que nos outros ensaios. Com isso, ao invés de ocorrer dissipação das tensões, há concentração destas na interface adesiva, de modo que o corpo de prova se fratura mais rapidamente e comum a menor força (CASTELLAN, 2007).

    Os testes de resistência de união de pinos de fibra de vidro à dentina são realizados por vários métodos de teste mecânico. O enorme número de variáveis dos testes envolvidos e nenhum acordo real sobre a normatização dos testes, dificultam a comparação dos resultados. A maioria dos testes realizados, na literatura entre 2007 e 2015, foram testes de push-out (75%), de pull-out (13%) e microtração (11,9%), mostrando uma inversão em comparação com os resultados encontrados em estudos publicados entre 2005 e 2010, quando os testes push-out foram utilizados numa proporção de 2% e o teste de microtração em uma proporção de 67% (SANTOS, 2016). Em 2016, Santos afirmou que o teste de push-out emerge como uma ferramenta prática para avaliar a resistência ao cisalhamento interfacial entre os pinos de fibra de vidro e as paredes dos canais radiculares e tem a vantagem de simular mais precisamente o quadro clínico. A qualidade dos ensaios pode ser melhorada pela aplicação de protocolos padronizados na metodologia dos testes.

    Apesar dos diferentes tipos de testes de resistência de união se comportarem de diferentes maneiras quanto ao padrão de fratura, ou mesmo, quanto aos valores encontrados, todos estão presentes na literatura para avaliar a adesão entre dentina radicular e pino de fibra de vidro. Isso reitera a ausência de padronização entre as diferentes pesquisas encontradas e a necessidade de continuar estudando estes ensaios no intuito de melhorá-los. Além disso, são necessários estudos in vitro de boa qualidade, que devem pelo menos tentar simular condições clínicas. Mais pesquisas são necessárias para analisar a eficácia do cloreto de metileno e dos pré-tratamentos com laser.

    6. CONCLUSÃO

    Com base nesta revisão de literatura, pode-se concluir que:

    1. As substâncias utilizadas para a limpeza dos pinos interferiram em sua retenção;

      2. A respeito da resistência de união dos pinos de fibra de vidroà dentina radicular nos diferentes terços radiculares (cervical, médio e apical), foi comprovado que a região cervical tem maior resistência de união do que a região apical;

      3. O ataque ácido seguido da aplicação de silano E DO PINO tratado termicamente aumenta significativamente a resistência de união dos pinos de fibra à dentina e levou à maior força de adesão. No entanto, o jateamento com óxido de alumínio e o uso do ácido fluorídrico resultaram em menor resistência de união;

      4. Foi possível observar que dos artigos apresentados 87,5% utilizaram o teste push-out para a medição da resistência de união; apenas 12,5% o teste de microtração e nenhum o teste de pull-out.

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      1Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5873-7847
      E-mail: monica.pontes@upe.br

      2Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4148-1288
      E-mail: rosana.travassos@upe.br

      3Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2045-4133
      E-mail: vanda.carneiro@upe.br

      4Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID:  https://orcid.org/0000-0003-1700-5214 
      E-mail: vania.silva@upe.br

      5Universidade de Pernambuco, Brasil
      E-mail: kattyenne.asfora@upe.br
      ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7514-1444

      6Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9425-4068
      Email: veronica.rodrigues@upe.br

      7Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID:  https://orcid.org/0000-0002-7199-0414
      E-mail: priscila.prosini@upe.br

      8ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9866-0899
      Universidade de Pernambuco, Brasil
      E-mail: socorro.orestes@yahoo.com.br

      9ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6237-4062
      Universidade de Pernambuco, Brasil
      E-mail: tereza.maciel@upe.br

      10Universidade de Pernambuco, Brasil
      ORCID:https://orcid.org/0009-0009-9824-4532
      fernanda.gomesb@upe.br