WIFI INVESTIGATION SYSTEMATIZATION IN CONSTRUCTION MATERIALS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8237544
Nelly Alexandre Marçal1
Sebastião Cezar Paredes do Amaral1
Sandro Marden Torres2
Marçal Rosas Lima Filho2
Resumo
Os materiais utilizados na construção civil são capazes de interferir na distância que o sinal da tecnologia Wi-Fi se propaga em um ambiente interno. Neste sentido, o estudo tem como objetivo mostrar as interferências que os materiais de construção ocasionam nas ondas de wifi no ambiente interno. A metodologia do estudo foi uma revisão bibliográfica sobre o tema, e depois uma com coleta de dados com software wifi analisys no laboratório. Os resultados comprovam que os materiais de construção interferem diretamente na transmissão das ondas de wifi no laboratório. Por tudo isso, a grande relevância de um projeto anteriormente para estudo dos materiais de construção adequados para melhor circulação das ondas de wifi nos mais variados ambientes internos.
Palavras-chave: internet. materiais. engenharia.
1. INTRODUÇÃO
A Engenharia Civil está relacionada diretamente com o surgimento das civilizações, e consequentemente com o início das primeiras matérias primas para formação dos materiais e tecnologias no ambiente construtivo.
Entretanto, a história da evolução das construções e as modalidades de comunicação para melhor compartilhamento de informações nas diversas regiões atravessou os séculos, e vem se aprimorando ao longo dos anos. As inovações proporcionadas pela engenharia oferecem novos materiais construtivos que facilitam a tecnologia com a transmissão da internet (Coelho et al., 2017).
O uso eficiente e racional da energia aliada a tecnologia pode ser promovido, através de melhorias nos materiais construtivos de edificações, em conformidade com a norma de desempenho (ABNT NBR 15575:2022), agregando novas tecnologias e materiais alternativos, pois atua diretamente em todos sistemas consumidores da edificação, e na seleção de metodologias que se adequam à situação da realidade na edificação (Shultz, 2016).
Os materiais utilizados na construção das residências, laboratórios, espaços comerciais, pode ser que interfira sobre a distância que o sinal da tecnologia disponibilizada nas ondas de Wi-Fi se propague em um ambiente interno. Além de que, os materiais podem diminuir a taxa de transferência de dados, principalmente quando vários dispositivos são conectados à internet ao mesmo tempo em um ambiente (Samuel et al., 2021).
Um aspecto inicialmente considerado por Pereira (2021) indicou a necessidade de um maior aprofundamento no estudo da transparência a frequências de WiFi em materiais construtivos das edificações, ou seja, aponta a inevitabilidade de análises mais detalhadas e específicas sobre a expansão das ondas de wifi em certos locais, em detrimento do bloqueio em outros ambientes.
Com o aumento da variedade de materiais utilizados em sistemas construtivos internos pode ser motivo das interferências no sinal e propagação das ondas eletromagnéticas. Já que no ambiente residencial e em laboratórios são encontradas paredes, portas, janelas, equipamentos, móveis, ferramentas, vidros, dentre outros utensílios e materiais.
Além de que, o entendimento seja importante das propriedades desses materiais construtivos para justificação do campo eletromagnético encontrados nas interfaces para determinação do cálculo da energia que são transmitidas, e ao mesmo tempo bloqueadas diante da averiguação da frequência do sinal de wifi disponibilizada por um roteador, ou equipamento de precisão que emite dados em caso de alguma medição em locus.
Assim, as redes Wi-Fi foram programadas para liberação do acesso aos usuários a navegação na internet em velocidades de banda larga com dispositivos móveis sem fio por meio de um ponto de acesso (AP) ou no modo ad-hoc (Kurose, 2014).
Com a expansão das redes sem fio em ambientes internos mais conhecidos como indoors, e a quantidade de serviços que são oferecidos com a mobilidade em que a rede dispõe ao usuário, transfigura-se de grande relevância um planejamento no ambiente construtivo. E para que o usuário final não venha enfrentar dificuldades de acesso e latência com taxa de transferência de dados mais baixa por potência de recepção baixa nos dispositivos Wi-Fi.
Composta por vários componentes que se interagem para fornecer uma LAN sem fio, a arquitetura IEEE 802.11 foi desenvolvida para suportar a mobilidade da estação de forma transparente para as camadas de rede superiores e caracteriza as camadas de controle de acesso ao meio (MAC) e física (PHY).
A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) regulamentou as frequências a ser usadas primeiramente nas redes LTE-5G no Brasil, e ordenou as faixas de 2,3 GHz, 3,5 GHz, 26 GHz, previu um espectro remanescente na faixa de 700 MHz. Mas em 2022, a Anatel liberou as condições técnicas para equipamentos que utilizam a faixa de 5,925 MHz a 7.125MHZ, com faixa de 6 GHz uma definição de uso não licenciado, ou seja, com risco eminente de danos na rede.
Neste sentido, o principal objetivo do estudo foi apresentar as transparências e bloqueio das frequências de sinais das ondas de wifi no laboratório com destaque nos compartimentos de alvenaria dos materiais de construção do local.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 História da Internet
O surgimento da internet tem início aproximadamente em meados da Guerra Fria entre os anos de 1945 e 1991, quando Estados Unidos e União Soviética, estavam divididos nos blocos socialista e capitalista e lutavam pelo poder e liderança do mundo.
Com o interesse da ampliação de uma rede conectada de computadores que fosse permitida a comunicação de dados integrados. Em 1969, surge a ARPANET (Advanced Research Projects Agency), uma rede de tecnologia inovadora para época, e capaz da realização de troca de pacotes para o transporte de informações, e isso originou o que conhecemos por Internet (Sobrinho, 2022).).
O principal compromisso da rede de tecnologia, respaldou-se em agilizar o segmento tecnológico que tomava impulso no país. Sendo necessário, a movimentação de recursos de pesquisa do mundo universitário para atingir um nível de superioridade tecnológica militar em relação à União Soviética (Castro, 2020).
Segundo Guisso (2017) o início da conexão entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisa de Stanford ocorreu com o primeiro e-mail enviado, e isso aconteceu por meio de comutação de pacotes. As pesquisas com as redes de pacotes através de ondas de rádio começaram aproximadamente em 1969.
Em setembro de 1969, com a universidade praticamente vazia instalado o primeiro Interface Message Processors (IMP), ficando a ARPANET operacional antes do final da década interconectando os seguintes mainframes (computadores de grande porte), através de linhas telefônicas (Abbate, 2000):
· University of California at Los Angeles (UCLA), com o computador SDS Sigma 7 rodando o sistema operacional Sigma Experimental System (SEX). Era o nó responsável pelo gerenciamento da rede;
· University of California at Santa Barbara (UCSB) com o computador IBM 360/75 rodando sistema operacional OS/MVT. Possuía aplicações interativas de matemática para serem compartilhadas;
· University of Utah (UU), com o computador DEC PDP-10 rodando o sistema operacional Tenex. Possuía expertise em computação gráfica.
· Stanford Research Institute (SRI)27, com o computador SDS-940 rodando o sistema operacional Genie.
Assim, os Estados Unidos como detentores da tecnologia desenvolveram um meio de prerrogativas para transferências de informações em tempo hábil no período de guerra. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos instituiu um sistema de compartilhamento de informações entre pessoas distantes geograficamente, com propósito da melhoria das estratégias de troca de email referente a assuntos relacionados à guerra (Ferrer, 2019).
Sendo importante esclarecer que na época, não havia área de interação, ou seja, a função desempenhada pelo sistema era apenas a troca de e-mails, e a resposta era acessível a somente um grupo restrito de interessados. Em 1995, foi liberado o uso da Internet para fins comerciais, porém a velocidade de conexão era de 9,6 Kbps (Castellan, 2010).
Para Abado (2014), a implantação da rede de internet no Brasil iniciou como uma questão de Estado na década de 1980, ainda no decorrer do regime militar, e estava direcionada à expansão da disputa da indústria nacional.
Antes da consolidação, as conquistas iniciais foram fundamentais para o desenvolvimento da rede. Em 1989, o Brasil obteve o “br” como seu “código de país de domínio de topo”, um significado que constata territorialmente as execuções do país na rede (Motta, 2011).
No entanto, o primeiro acesso à internet no Brasil somente aconteceu em 1991, por intermédio da rede ANSP (Academic Network at São Paulo) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O controle da comunicação de dados exercido pelo Ministério das Comunicações e a Secretaria Especial de Informática (SEI) tinha sido estipulado para discorrer o panorama da teleinformática nacional (Adabo, 2014).
O surgimento dos registros de rede conectada à Internet aconteceu nas principais universidades brasileiras. Uma corroboração inicial da internet resultou de diferentes instituições como as Universidades, empresas de software, organizações governamentais e corporações militares se incluem, com ímpeto diferentes, na construção das conexões que geraram a rede das redes (Maynard, 2020).
A partir de 1998, o regime de privatização das telecomunicações favoreceu o acesso também de várias empresas à infraestrutura e a milhões de potenciais usuários. Os programas de incentivos fiscais contribuíram para a obtenção de computadores, smartphones e tablets, barateando os aparelhos e, assim, ampliando o acesso de usuários brasileiros à rede (Alves, 2013).
Assim, em mais de cinco décadas de permanência, a internet, no Brasil e no mundo, enfrentou transfigurações necessárias, sendo algumas perspicazes como o desenvolvimento de interfaces, e outras mais nítidas como a evolução da internet sem fio.
2.2 Projeto para Wifi
A utilização de projetos sem fio para ambientes construtivos tem sido alternativa utilizada por oferecer maior segurança e estabilidade da internet aos usuários que utilizam diariamente essa tecnologia para comunicação.
De fato, a tecnologia wireless, que não usa nenhum cabo para funcionar, está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, bem como de suas residências, locais de trabalho, comércios, hospitais, restaurantes, hotéis.
Entretanto, a rede wifi em ambiente construído acontece onde a organização, autenticação e conexão à rede é empregada por um modem, uma rede wifi de grande escala necessita do controle de pontos de acesso. Os pontos de ligação são mecanismos de rede de comunicação que possibilita aos dispositivos móveis conectarem-se à rede (Cisco, 2018).
A reguladora é um dispositivo de rede de comunicação responsável pelas configurações, associações, autenticação e gerenciamento dos pontos de acesso (CISCO, 2009). Os usuários se conectam aos pontos de acesso, que trocam informações com a reguladora para autorização ou não da conexão dos usuários (Dos Santos, 2021).
O dispositivo móvel de um usuário de uma rede wifi antes da conexão com a internet transcorre por uma dessas situações:
A. Não autenticado ou não associado
B. Autenticado, e ainda não associado
C. Autenticado e associado.
No primeiro contato do dispositivo no setor da rede wifi, estará no estado A e encaminha a um quadro do tipo Probe Request (requisição de sondagem), item 1 da Figura 1, que faz solicitação de um dispositivo móvel para que pontos de acesso, em suas imediações, conduza informações quanto a redes sem fio livres (Oliveira et al., 2019).
Figura 1: Representação dos elementos e quadros da gerência de redes wifi.
Fonte: (Oliveira et al., 2019).
A Figura 1, mostra um exemplo em que os quadros são apresentados do ponto de acesso para a controladora, e que pode existir modelos diferentes variando de acordo com o fabricante e as principais configurações dos equipamentos (Yang, 2005).
O Probe Request disponibiliza o endereço MAC, IP, taxas de dados e as configurações de segurança pela placa de rede do dispositivo móvel. Um ponto de acesso na proximidade de um dispositivo móvel recebe o quadro Probe Request e o envia para a controladora averiguar se o dispositivo móvel possibilita ao menos uma taxa de dados sustentada pela rede wifi.
Um Probe Response (resposta de sondagem), item 2 da Figura 1, será retornado para o ponto de acesso, que o repassa para o dispositivo móvel caso as taxas de dados sejam compatíveis. Neste quadro serão enviadas informações de taxas de dados e tipos de criptografia compatíveis, bem como outros recursos da rede wifi.
A escolha da rede móvel a qual o dispositivo móvel se conectará é tomada com base no Probe Response. Além de que, uma rede quando compatível o dispositivo móvel envia um quadro Authentication Request (requisição de autenticação) para um ponto de acesso, item 3 da Figura 1, que transmite o quadro para a controladora analisar os dados, e qualifica com um Authentication Response (resposta de autenticação) positivo ou negativo para o ponto de acesso repassar para o dispositivo móvel, item 4 da Figura 1.
Quando um ponto de acesso recebe um Authentication Request ou um Probe Request de um dispositivo não autenticado, ele responde com um quadro de autenticação, conduz ao dispositivo móvel no estado A. Quando um dispositivo móvel define a qual ponto de acesso pode se associar, ele envia um Association Request (requisição de associação), item 5 da Figura 1, ao ponto de acesso.
O ponto de acesso repassa o quadro para a controladora verificar os dados contidos no Association Request e em caso de compatibilidade, cria um ID de associação ao dispositivo móvel. A controladora envia um quadro Association Response positivo para o ponto de acesso, que repassa a informação para o dispositivo móvel, item 6 da Figura 1, concedendo acesso a rede, assim permitindo a transferência de dados com o dispositivo móvel (Meraki, 2020).
No entanto, o pacote ocorre com o Reassociation Request que dispõe de um pacote transmitido por um dispositivo móvel com alcance de um ponto de acesso, e se conecta a outro ponto de acesso (Cisco, 2021).
Os quadros de Probe Request, Probe Response, Authentication Request, Authentication Response Association Request e Reassociation Request contém as informações necessárias para cada um dos estados como o horário de envio e/ou recebimento do quadro, MAC do dispositivo móvel, e MAC do ponto de acesso ao dispositivo que se comunica as informações para o desenvolvimento do trabalho (Dos Santos, 2021).
2.3 Transparência do wifi em materiais do ambiente construído
Materiais de construção civil com susceptibilidade à transparência ou bloqueio de wifi são formados por composições de naturezas diversas, que buscam no desempenho a possibilidade da garantia a resistência, trabalhabilidade e durabilidade em um determinado ambiente construído.
Para que ocorra uma atuação significativa dos materiais, e que consiga em um ambiente construtivo a facilitação da conexão do wifi, é necessário também a eficiência das etapas de concepção, projeto, cálculo, quantificação, ocupação e manutenção, planejadas e executadas para um resultado satisfatório.
Entretanto, o conhecimento das características e propriedades dos diversos materiais de construção conduz ao emprego adequado dos mesmos, nas várias situações com que se deparam os profissionais. E os materiais deve possuir características que sejam adequados ao uso que se pretende utilizar relacionando sempre a tecnologia (Pereira, 2021).
Descrever tecnologicamente um material, em sentido abrangente, quanto as suas propriedades derivadas da sua natureza, de sua origem, da própria constituição, com relação ao seu comportamento, e a certas exigências (ou simulações), e ainda a certos requisitos técnicos aos quais deve atender para cumprir determinadas funções especificadas (Bauer, 1994).
No entanto, as propriedades eletromagnéticas dos materiais dizem respeito às suas propriedades físicas, químicas. Desse modo, as disposições favorecem o entendimento de suas propriedades, ao saber outras características do material como sua composição, densidade, teor de umidade, porosidade e ductilidade (Santos, 2017).
Oliveira (2017), a determinação de características de materiais a partir de suas propriedades dielétricas pode ser aplicada a uma grande gama de materiais como a permissividade relativa (£), e também pelas propriedades dielétricas dos materiais encontrados em um ambiente que reflete a propagação das ondas eletromagnéticas.
Associado às demais propriedades eletromagnéticas como a permeabilidade magnética (µ) e a condutividade (o), ao disponibilizar o cálculo do campo eletromagnético nos materiais, e em suas fronteiras, permitindo também o conhecimento da impedância do meio e a velocidade de propagação da onda naquele material (Coelho Filho, 2008).
Além de que, cada material possui sua característica composta de propriedades que dentre os parâmetros resultantes da frequência e aspectos físicos como essenciais na ligação entre os sinais incidentes, refratados e refletidos nas fronteiras dos materiais (Farias et al, 2019).
3. METODOLOGIA
Para melhor andamento da pesquisa elaborado um planejamento seguindo uma sistematização metodológica: Na primeira etapa definido o objeto de estudo, iniciado a pesquisa bibliográfica com revisão fundamentada sobre o tema que buscou em sites nacionais e internacionais estudo da arte para melhor aprofundamento teórico, das discussões sobre a temática relacionada a tecnologia que envolve materiais de construção.
Na segunda etapa da pesquisa foi realizado as medições no laboratório de Tecnologia de Novos Materiais (Tecnomat) para aferição das redes de transmissão das ondas de Wifi e a influência que as mesmas desempenham no tocante relacionado a absorção ou bloqueio em virtude dos materiais de construção do local.
A Planta do laboratório mostra os compartimentos que foram realizados as aferições para coleta de dados das redes de wifi que são acessadas no laboratório e nas proximidades de todo bloco. Ao todo foram detectados de 8 a 10 redes de wifi nas aferições e acontece uma variação de acordo com cada ponto e local.
Na Figura 2, apresentada o tripé e tela gráfica do software Wi-Fi Analyser mostrando a interferência entre canais adjacentes utilizado para captura das redes Wi-Fi, operando com os canais com a indicação do RSSI (Received Signal Strength Indicator) com potências medidas variando entre -35 dBm a -92 dBm.
Figura 2: Tela do Software wifi.
Fonte: Autores, (2023).
Os sinais das ondas das redes de wifi emitidos, a partir do roteador wifi gigabytes localizados no interior do laboratório como mostra a caixa do wifi na Figura 3:
Figura 3: Caixa do roteador.
Fonte: Autores, (2023).
Entretanto, as aferições realizadas no laboratório Tecnomat para comprovação de como se apresenta às redes com relação ao ambiente construído, e as medições com distância de 1(um) metro a cada ponto.
Com os dados coletados no laboratório foram realizados o ordenamento e o tratamento dos dados para melhor entendimento das informações em planilhas, e em seguida sistematizados de modo a explicar, descrever os objetivos propostos do estudo com a utilização do software OriginPro que apresenta em imagens a relação das variações das ondas de wifi.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O mapa do laboratório na Figura 4, abaixo, apresenta os principais compartimentos do local em que foi coletado os dados sobre as transparências e bloqueio das ondas eletromagnéticas, mais conhecidas como redes wifi.
Além disso, o laboratório em seus compartimentos apresenta divisórias com paredes de concreto, paredes de drywall, paredes de gesso, e também paredes de madeira devido às várias modificações realizadas para melhor organização do local. Na construção do laboratório foram utilizados uma variedade de materiais de construção, as portas são de madeira, vidro e alumínio.
Figura 4: Mapa do laboratório.
Fonte: Autores, (2023).
Contudo, o horário da realização das aferições foi escolhido no período da tarde, evitando o horário de maior utilização das redes sem fio dos alunos, professores, técnicos no laboratório que acontece no horário da manhã, e assim poderia atrapalhar ou diminuir a interferência dessas redes de wifi sobre a coleta de dados no local.
Em todas as coletas as portas dos compartimentos estavam fechadas, com o intuito de utilizar o ambiente normal.
Figura 5: Planta Baixa gerado no OriginPro.
Fonte: Autores, (2023).
Diante da coleta, ordenamentos dos dados, verificado na Figura 5, a incidência das propagações das redes de Wifi em cada compartilhamento, sala ou ambiente no laboratório. E cada cor apresentando os dB das ondas eletromagnéticas, e como se comportam a cada barreira diante dos materiais de construção.
Assim, o modelo analítico utilizado no estudo em planta baixa apresenta o comportamento das ondas de wifi coletadas, e transferidas para software OriginPro que analisou e transformou em imagem as ondas no ambiente para que fosse autenticado a incidência / bloqueio das redes de wifi em cada compartimento do laboratório.
No entanto, a comprovação de que as paredes de concreto interferem mais no compartilhamento das redes de wifi em relação às de drywall, madeira e gesso. Já com as paredes de madeira ocorre maior reflexibilidade das ondas de wifi nas redes. Para Samuel et al., (2021) os materiais no ambiente podem diminuir a taxa de transferência de dados em rede de wifi, principalmente na ocasião que tenha muitos dispositivos conectados à internet ao mesmo tempo em um ambiente compartilhado.
Bahawerws et al., (2015), a propagação de sinal sem fio sempre enfrenta problemas em ambientes fechados. Neste sentido, ocorre uma lacuna nas publicações científicas acerca das discussões em torno da capacidade de permitir a mobilidade do sinal de wifi com eficiência, sem diminuição do sinal em local interno.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo em questão enfatizou a propagação da rede de WLAN em ambiente de laboratório analisando as características de propagação das ondas eletromagnética com foco nas redes de wifi.
Foram apresentados o mapa do projeto do laboratório com os compartimentos do local, redes disponíveis e o efeito na potência recebida pelo dispositivo de wifi, principalmente nas áreas próximas ao roteador, e verificado que os compartimentos de concretos tem uma tendência maior ao bloqueio de wifi do que as divisórias de material de Drywall.
Foram realizadas neste estudo coleta das redes de wifi no local, e apresentado que certos materiais nas divisórias tendem a apresentar maior absorção em comparação a outros que bloqueiam as ondas e redes de wifi, e isso interfere diretamente na vida das pessoas que utilizam o local para estudo.
Assim, a importância de estudos, pesquisas sobre essa temática de propagação de onda eletromagnética na rede WIFI, e que é sempre necessário a realização de uma prévia análise referente aos materiais de construção empregado na construção que interfere diretamente na cobertura de sinais de qualidade de uma rede no ambiente interno.
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1Discentes da Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba, Campus João Pessoa-PB, e-mail: nellymaral@yahoo.com.br.
2Docentes da Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba, Campus João Pessoa-PB. (PPGECAM/UFPB).