REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ma10202411190836
Gabriela Victor Alencar Borges1; Barbara Dmaria Alencar Nunes Ricardi2; Maria Júlia de Castro Mota da Rocha3; Marina Meneses de Carvalho Coelho4; Suely Moura Melo5
INTRODUÇÃO: A Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU) é uma doença grave desencadeada pela liberação da toxina Shiga na corrente sanguínea. É causada por infecções bacterianas, geralmente precedida pelo sintoma de diarreia, sobretudo pela Escherichia coli, e acomete principalmente crianças até 5 anos de idade (Michael et al., 2022). OBJETIVO: Analisar a relação entre a SHU e seu prognóstico com a incidência de diarreia aguda em pacientes pediátricos. MATERIAIS E MÉTODOS: Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura, incluindo trabalhos selecionados com base em buscas utilizando os descritores em português, inglês e espanhol: incidência/recorrência, SHU, pacientes pediátricos e diarreia, através das plataformas Google acadêmico, Pubmed, Scielo e Capes periódicos. Foram escolhidos apenas os estudos que atendiam a esses descritores e limitados ao tema no período de 2017 a 2023. RESULTADOS: A Síndrome Hemolítico Urêmica pode ser separada em dois grupos: a causada pela E. coli produtora de shigatoxinas e a atípica (Cavero; Alonso, 2018). A SHU associada à E. coli é a mais comum e representa de 85% a 90% de todos os casos pediátricos, principalmente em idade pré-escolar, com mortalidade de 4% em países desenvolvidos, como comprovado em estudo português (Vilardouro et al, 2022). Estudos realizados em Buenos Aires mostraram que essa síndrome é uma das principais causas de injúria renal aguda (IRA) em crianças e é caracterizada, além da IRA, pela anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia antecedidos por um quadro de diarreia, com maioria de casos leves (Balestracci et al, 2017). Corroborando com esses dados, estudos brasileiros demonstraram que 90% dos casos relatados de SHU são em crianças e com bom prognóstico (Aguiar et al, 2022). CONCLUSÃO: Portanto, apesar da gravidade da SHU, os estudos revisados mostraram que a maioria dos casos em crianças apresenta bom prognóstico, com mortalidade relativamente baixa. Isto sublinha a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para melhorar os resultados clínicos.
PALAVRAS-CHAVE: síndrome hemolítico urêmica; diarreia; pacientes pediátricos.
REFERÊNCIAS
Aguiar, L. et al. Impacto Das transfusões DE hemácias e plaquetas em crianças com síndrome hemolítico-urêmica pós-diarreica – relato DE casos. Hematology, transfusion and cell therapy, v. 44, p. S450–S451, 2022.
Balestracci, A. et al. Postdiarrhoeal haemolytic uraemic syndrome without thrombocytopenia. Nefrología (English Edition), v. 37, n. 5, p. 508–514, 2017.
Cavero, T.; Alonso, M. Síndrome hemolítico urémico: estado actual. Medicina clínica, v. 151, n. 8, p. 329–335, 2018.
Michael, M. et al. Haemolytic uraemic syndrome. Lancet, v. 400, n. 10364, p. 1722–1740, 2022.
Vilardouro, A. S. et al. Hemolytic-uremic syndrome: 24 years’ experience of a pediatric nephrology unit. Jornal brasileiro de nefrologia: órgão oficial de Sociedades Brasileira e Latino-Americana de Nefrologia, v. 45, n. 1, p. 51–59, 2023.
1,2,3,4,5UniFacid