REMAINING OVARIAN SYNDROME IN SMALL ANIMALS: REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10428020
Manoel Bitencourt de Oliveira¹
Vitória Andréa da Silva Anselmo²
Livia Batista Campos³
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre Síndrome do Ovário Remanescente em pequenos animais, com ênfase na compreensão de técnicas de diagnóstico e opções terapêuticas. Foi realizado através de pesquisa bibliográfica na literatura com o levantamento de dados bibliográficos em livros, revistas científicas, pesquisas na internet nos sites de artigos científicos entre os anos de 2017 à 2020. Destaca-se na literatura que a castração ou ovário-histerectomia (OH) é um dos métodos mais utilizados em fêmeas caninas e felinas onde é feita a remoção cirúrgica dos ovários e útero. Essa cirurgia acarreta em vários benefícios para o animal como prevenção de neoplasias mamárias onde pode ser reduzido o índice da doença em até 90%, controle populacional, proporcionando benefícios a longo prazo a vida dos animais. Na Síndrome do Ovário Remanescente(SOR) ocorre de um procedimento cirúrgico de Ovário-histerectomia(OH) mal feito, onde não é feita a retirada total do ovário e esse pequeno fragmento ovariano resulta em vários problemas para o animal, como edema vulvar, cio, incluindo sinais de estro e/ou proestro, receptividade para machos que podem ser apresentados meses ou até mesmo anos após a cirurgia. Conclui-se que, a cirurgia adicional para a remoção de tecido ovariano remanescente é um processo multifacetado que exige habilidade cirúrgica, diagnóstico preciso, comunicação efetiva e um cuidado pós-operatório detalhado. O aprimoramento contínuo das práticas cirúrgicas e a educação dos veterinários são essenciais para melhorar os resultados e garantir o bem-estar dos animais.
Palavras chave: Síndrome do ovário remanescente; Ovário-histerectomia; Pequenos animais.
ABSTRACT
The present work aims to carry out a literature review on Remnant Ovary Syndrome in small animals, with an emphasis on understanding diagnostic techniques and therapeutic options. It was carried out through bibliographical research in the literature with the collection of bibliographical data in books, scientific magazines, internet searches on scientific article websites between the years 2017 and 2020. It stands out in the literature that castration or ovariohysterectomy (OH ) is one of the most used methods in canine and feline females where the ovaries and uterus are surgically removed. This surgery has several benefits for the animal, such as prevention of mammary neoplasms, which can reduce the rate of the disease by up to 90%, population control, providing long-term benefits to the animals’ lives. Remnant Ovary Syndrome(SOR) occurs as a result of a poorly performed Ovarian Hysterectomy(OH) surgical procedure, where the total removal of the ovary is not performed and this small ovarian fragment results in several problems for the animal, such as vulvar edema, heat , including signs of estrus and/or proestrus, receptivity to males that may be presented months or even years after surgery. It is concluded that additional surgery to remove remaining ovarian tissue is a multifaceted process that requires surgical skill, accurate diagnosis, effective communication and detailed postoperative care. Continuous improvement of surgical practices and education of veterinarians are essential to improve outcomes and ensure animal welfare.
KEYWORD: Remnant ovarian syndrome; Ovarian hysterectomy; Little animals.
1 INTRODUÇÃO
A ovário-histerectomia (OH) é um procedimento cirúrgico comumente realizado em fêmeas caninas e felinas, refere-se à remoção cirúrgica dos ovários e útero (FREITAS et al., 2010; MALM et al., 2004).
A castração de pequenos animais oferece uma série de vantagens, a castração de pequenos animais, como cadelas e gatas, é um procedimento que oferece múltiplos benefícios, tanto para a saúde do animal quanto para o controle populacional e ambiental. Uma das principais vantagens é a prevenção da Síndrome do Ovário Remanescente (SOR), uma condição que ocorre quando tecido ovariano funcional é deixado inadvertidamente após uma ovário-histerectomia, levando a sinais de estro no animal.
Um dos benefícios mais significativos da castração é a prevenção de neoplasias mamárias. Segundo Queiroga e Lopes (2002), a castração precoce pode reduzir a incidência de tumores mamários em até 90%. Isso é especialmente relevante se o procedimento for realizado antes do primeiro cio do animal. Além disso, doenças reprodutivas como piometra e hiperplasia endometrial cística são prevenidas pela castração, como destacado por De Sousa (2007). A remoção dos ovários e útero elimina o risco dessas doenças, que são comuns em animais não castrados.
Do ponto de vista comportamental, a castração pode atenuar comportamentos indesejados relacionados ao ciclo estral. Levy, Miller e Zawistowski (2004) apontam que essa alteração comportamental contribui para uma convivência doméstica mais harmoniosa, reduzindo comportamentos como a marcação territorial e a fuga em busca de acasalamento.
Além disso, a SOR, que pode ser confundida com uma falha na castração, pode ser evitada com uma técnica cirúrgica cuidadosa e precisa. Minguez e Cuesta (2005) ressaltam a importância da remoção completa dos ovários para evitar a ocorrência dessa síndrome.
A castração também desempenha um papel crucial no controle populacional de animais, reduzindo o número de animais abandonados e melhorando a saúde pública. Munson et al. (2001) enfatizam que programas de castração em massa têm um impacto significativo na redução de populações de cães e gatos errantes.
Outro ponto importante é a redução de riscos cirúrgicos futuros. Goethem, Okkens e Kirpensteijn (2006) destacam que a castração preventiva evita complicações como a piometra, que exigiria uma cirurgia de emergência.
Por fim, a castração proporciona benefícios a longo prazo para a saúde geral do animal. Stone, Cantrell e Sharp (1998) observam que animais castrados tendem a ter uma expectativa de vida maior, devido à redução de doenças relacionadas ao sistema reprodutivo.
Porém, como todo procedimento cirúrgico, ela possui riscos de complicações, tais como, hemorragia, hidronefrose, incontinência urinária e ovário remanescente (HEDLUND, 2008; MACPHAIL, 2014). A Síndrome do Ovário Remanescente refere-se à condição em que fragmentos de tecido ovariano permaneceram no corpo da cadela após a realização de uma ovariohisterectomia.
A Síndrome do Ovário Remanescente tem sido objeto de investigação desde a década de 1970, quando foram realizados os primeiros estudos para compreender os efeitos da remoção ovariana em cadelas. No entanto, foram só nos últimos anos que a síndrome ganhou maior visibilidade e importância clínica. Isso se deve, em parte, à crescente preocupação com o bem-estar animal e à busca por estratégias de controle populacionais mais eficazes e seguras. (ZAMBELLI, 2017)
Vale ressaltar que anatomicamente, o ovário e corno uterino direito são mais craniais e, portanto, mais difíceis de serem exteriorizados. Este fato poderia estar relacionado a uma ocorrência maior de persistência de tecido ovariano no lado direito, mas essa condição não foi reportada por Miller (1995) em seu estudo.
O sinal clínico mais comum é quando uma cadela castrada apresenta cio, incluindo sinais de estro e/ou proestro, como edema vulvar, secreção vulvar serosanguinolenta, receptividade para machos, que pode apresentar-se meses ou anos após o procedimento cirúrgico (WHITE, 2020). Vae ressaltar que Kumar et al. (2018) relatam que na síndrome do ovário remanescente os sinais de cio podem ocorrer a cada seis ou oito meses.
O diagnóstico de síndrome do ovário remanescente é histórico de OSH que desenvolvem mais tardiamente sintomas clínicos de proestro ou estro, como corrimento vaginal, edema vulvar e alterações comportamentais. A confirmação diagnóstica pode ser feita por meio de citologia vaginal, testes hormonais, ultrassom abdominal e laparotomia exploratória (ADIN, 2011).
A citologia vaginal desempenha um papel crucial na avaliação da presença de células epiteliais cornificadas, que são indicativas de atividade hormonal ovariana residual. A presença dessas células no esfregaço vaginal pode sugerir a persistência do tecido ovariano (BROWN, 2017). Já, a realização de um ultrassom abdominal é uma ferramenta diagnóstica não invasiva e altamente útil para identificar a presença de tecido ovariano remanescente ou cisto ovariano (ANDERSON, 2020).
Em casos mais complexos ou quando os resultados de outros testes não são conclusivos, a laparotomia exploratória pode ser necessária. Esse procedimento cirúrgico envolve a abertura da cavidade abdominal para inspeção direta dos órgãos reprodutivos e a identificação de qualquer tecido ovariano remanescente (WHITE, 2018).
O tratamento da síndrome do ovário remanescente em pequenos animais geralmente envolve a remoção cirúrgica do tecido ovariano residual, procedimento conhecido como ovariectomia remanescente (SILVA et al., 2020). É importante ressaltar que o tratamento deve ser prolongado por um profissional de saúde veterinária atualizado, e a escolha da técnica cirúrgica específica pode depender da localização e da extensão do tecido ovariano remanescente. Em alguns casos, a laparoscopia pode ser uma opção menos invasiva para a remoção do tecido ovariano remanescente. (SILVA, 2020)
Nesse sentido, uma revisão da literatura é fundamental para reunir os avanços científicos e clínicos sobre o tema, a fim de fornecer subsídios para práticas médicas mais informadas e atenciosas. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre Síndrome do Ovário Remanescente em pequenos animais, com ênfase na compreensão de técnicas de diagnóstico e opções terapêuticas.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Ciclo estral da cadela e gata
O ciclo estral da cadela é formada pelo proestro, estro, diestro e anestro. O proestro é caracterizado pelo início do sangramento vaginal e pelo interesse dos machos, mas sem receptividade ao acasalamento. O estro é marcado pela ovulação e aceitação ao acasalamento.
No diestro, mesmo sem gestação, o corpo se comporta como se estivesse grávido, e o anestro é um período de inatividade reprodutiva. A presença de tecido ovariano remanescente pode manter a atividade desse ciclo, mesmo após a castração (MARTINS, 2007).
As gatas, diferentemente das cadelas, são poliéstricas sazonais, entrando no cio várias vezes em uma estação favorável, como a primavera. Seu ciclo estral também possui fases como proestro, estro, e anestro, mas com características específicas. O proestro é curto e muitas vezes imperceptível. Durante o estro, as gatas demonstram comportamento sexual intensificado e vocalizam frequentemente. Caso não ocorra o acasalamento, elas entram em uma fase de descanso até o início do próximo ciclo (JOHSON, 2006).
2.2 Caracteristicas de estro da cadela e gata
Os sinais mais evidentes do estro nas cadelas incluem a vulva inchada e a presença de uma descarga sanguinolenta mais clara, contrastando com o sangramento mais intenso do proestro.
As cadelas também mostram um comportamento mais receptivo aos machos, comumente chamado de “empinar” ou “apresentar”. Outro indicador chave é a mudança na coloração e consistência da descarga vaginal, que se torna menos viscosa e mais pálida.
Existem variações significativas no ciclo estral entre diferentes cadelas, incluindo diferenças na duração e intensidade dos sinais. Raças, idade e saúde geral da cadela podem influenciar essas características. Algumas cadelas podem ter ciclos mais curtos ou mais longos, e a intensidade do estro pode variar. Essas variações exigem uma abordagem individualizada no manejo reprodutivo, enfatizando a importância de um acompanhamento veterinário para a saúde reprodutiva (QUEIROGA; LOPES, 2002).
O estro nas gatas apresenta características distintas em comparação com as cadelas. As gatas são poliéstricas sazonais, entrando em períodos de cio várias vezes durante uma estação favorável, geralmente a primavera. O estro nas gatas é caracterizado por um comportamento altamente vocal e demonstrativo, com as gatas assumindo posições típicas de acasalamento e vocalizando intensamente para atrair machos (LEVY et al., 2004).
Durante o estro, as gatas podem se tornar extremamente afetuosas, esfregando-se em objetos, pessoas e outros animais. Elas também podem rolar no chão e exibir um aumento da atividade física. A perda de apetite e a tentativa de escapar para o exterior, especialmente à noite, são outros sinais comuns. Esses comportamentos são instintivos e visam maximizar as chances de acasalamento e reprodução bem-sucedida. O reconhecimento desses sinais pelos tutores é importante para a gestão adequada do comportamento reprodutivo (MUNSON et al., 2001).
Diferente das cadelas, o estro nas gatas pode ser bastante curto, durando de 4 a 6 dias, mas ocorrendo várias vezes durante a temporada de reprodução. Se uma gata não acasala, ela pode entrar rapidamente em outro ciclo estral, o que pode acontecer várias vezes durante a primavera e o verão. Essa poliestricidade sazonal significa que as gatas têm múltiplas oportunidades de reprodução em um curto período de tempo, uma estratégia evolutiva para maximizar o sucesso reprodutivo (JOHNSON, 2006).
Devido às características únicas do ciclo estral das gatas, os tutores e veterinários enfrentam desafios específicos. A compreensão dos sinais de estro e a capacidade de gerenciá-los adequadamente são essenciais para o bem-estar do animal. Além disso, é importante considerar o impacto do comportamento reprodutivo nas dinâmicas domésticas e na vizinhança, especialmente em áreas onde gatos ferais ou não castrados são comuns (LEVY et al., 2004).
2.3 Castração cirúrgica nos pequenos animais
A castração cirúrgica em pequenos animais, que engloba a remoção dos órgãos reprodutivos, é uma prática amplamente adotada por veterinários por diversas razões. Este procedimento não apenas contribui significativamente para o controle da população de animais de estimação, mas também oferece diversos benefícios de saúde. Entre as principais vantagens da castração estão a redução do risco de doenças como tumores mamários e doenças do útero em fêmeas e a prevenção de problemas como o aumento da próstata e tumores testiculares em machos (GOETHEM, OKKENS;KIRPENSTEIJN, 2006).
Existem diferentes tipos de castração cirúrgica em pequenos animais. Para as fêmeas, o procedimento mais comum é a ovariohisterectomia, que envolve a remoção dos ovários e do útero. Uma alternativa é a ovariectomia, na qual somente os ovários são removidos. Para os machos, a castração geralmente envolve a orquiectómica, que é a remoção dos testículos. Cada uma dessas técnicas cirúrgicas tem suas indicações e vantagens, e a escolha do procedimento adequado depende de vários fatores, incluindo a espécie do animal, idade, saúde geral e considerações específicas do caso (MINGUEZ; CUESTA, 2005).
Além de controlar a reprodução, a castração oferece benefícios significativos para a saúde e o comportamento dos animais. Ela pode diminuir comportamentos indesejados, como a marcação territorial com urina, agressividade e fugas em busca de acasalamento. A castração também reduz a incidência de algumas doenças infecciosas e cânceres associados ao sistema reprodutivo. Estes benefícios contribuem para uma vida mais longa e saudável para os animais de estimação (MCGAVIN; ZACHARY, 2009).
No entanto, é importante reconhecer que a castração cirúrgica, como qualquer procedimento cirúrgico, carrega riscos. Estes incluem complicações anestésicas, infecções no local da cirurgia e, em casos raros, reações adversas a medicamentos ou suturas. Em fêmeas, um risco específico é a síndrome do remanescente ovariano, que ocorre quando o tecido ovariano não é completamente removido e continua a produzir hormônios. Este risco destaca a importância da técnica cirúrgica precisa e do cuidado pós-operatório (OLIVEIRA, 2017).
Embora os benefícios da castração sejam numerosos, é essencial que os tutores estejam bem informados sobre o procedimento, incluindo os cuidados pré e pós-operatórios, os riscos envolvidos e as possíveis mudanças no comportamento e no metabolismo do animal após a cirurgia. A decisão de castrar um animal de estimação deve ser tomada após uma consulta detalhada com um veterinário, que pode oferecer orientação personalizada com base nas necessidades individuais de cada animal (SILVA et al., 2018).
A castração cirúrgica também tem um papel importante na prevenção de problemas comportamentais. Em muitos casos, a castração de machos pode reduzir ou eliminar comportamentos agressivos e de marcação territorial, tornando-os animais de estimação mais dóceis e fáceis de lidar. Em fêmeas, a castração pode evitar o estresse e os riscos associados aos ciclos estrais frequentes e à gravidez. Além disso, a castração pode ajudar a reduzir a incidência de fugas e comportamentos relacionados à busca por acasalamento (CASTRO, PACHALY; MONTIANI, 2004).
A escolha do tipo de castração depende de vários fatores, incluindo a raça do animal, condições de saúde, e até mesmo considerações éticas. Algumas abordagens modernas de castração, como a utilização de técnicas laparoscópicas, oferecem menos dor e tempo de recuperação mais rápido em comparação com as técnicas tradicionais. Estas técnicas minimamente invasivas estão se tornando cada vez mais populares, mas podem não estar disponíveis em todas as clínicas veterinárias ou podem ser mais caras (TRINDADE & GRAZZIOTIN, 1998).
A castração também ajuda a controlar a população de animais de estimação, um problema significativo em muitas comunidades. Reduzindo o número de animais não desejados, a castração contribui para diminuir o número de animais abandonados e eutanasiados. Esta é uma consideração importante para o bem-estar animal e a saúde pública, já que populações de animais de rua podem ser portadoras de doenças e causar problemas ambientais e de saúde pública (LEVY, MILLER; ZAWIISTOWSRI, 2004).
No entanto, é importante considerar os possíveis efeitos a longo prazo da castração. Alguns estudos sugerem que a castração pode alterar o metabolismo dos animais, levando a um risco aumentado de obesidade se a dieta e o exercício não forem adequadamente gerenciados. Além disso, existem preocupações sobre possíveis efeitos na saúde óssea e no desenvolvimento de certos tipos de câncer, embora essas questões ainda estejam sob investigação (ADIN, 2011).
Apesar desses potenciais riscos, a castração continua a ser uma importante ferramenta de gestão da saúde e do comportamento animal. A chave é uma abordagem equilibrada, onde os benefícios e riscos são cuidadosamente considerados para cada animal individualmente. Veterinários desempenham um papel crucial neste processo, oferecendo conselhos especializados e garantindo que os tutores façam escolhas informadas para o bem-estar de seus animais de estimação (PEREIRA, 2018).
A castração pode ter um impacto significativo na prevenção de doenças infecciosas e transmissíveis. Animais não castrados têm maior tendência a comportamentos como fugas e lutas, aumentando o risco de exposição a doenças. Além disso, a castração reduz a transmissão de certas doenças genéticas e congênitas, contribuindo para uma população de animais mais saudável (SANTOS, 2016).
É fundamental considerar o momento ideal para realizar a castração. Há debates entre veterinários sobre a idade apropriada para castrar um animal. Alguns defendem a castração precoce, antes do primeiro cio, especialmente em fêmeas, para prevenir doenças como o câncer de mama. Outros sugerem esperar até que o animal atinja uma certa maturidade física. A decisão deve ser baseada em uma avaliação individual do animal, considerando fatores como raça, saúde e condições de vida (MCGAVIN & ZACHARY, 2009).
As técnicas cirúrgicas de castração têm evoluído ao longo dos anos. Métodos tradicionais estão sendo complementados ou substituídos por técnicas menos invasivas, como a laparoscopia. Esses avanços têm como objetivo reduzir a dor e acelerar a recuperação pós-operatória. No entanto, a escolha da técnica apropriada deve ser feita pelo veterinário, baseada na avaliação clínica do animal e na experiência do cirurgião (REGALIN, CARNEIRO, PACHECO; ROSA, 2009).
Outro aspecto importante da castração é a gestão da dor e o cuidado pós-operatório. A administração adequada de analgésicos e o monitoramento do local da cirurgia são essenciais para garantir uma recuperação suave e prevenir complicações. Os tutores devem ser instruídos sobre como cuidar de seus animais após a cirurgia, incluindo limitações de atividade e verificação de sinais de infecção ou desconforto (LABAGNARA, 1995).
Embora a castração ofereça muitos benefícios, não é uma solução universal para todos os problemas de saúde e comportamento. A decisão de castrar um animal deve ser feita após uma discussão cuidadosa entre o veterinário e o tutor, levando em consideração as necessidades individuais do animal e as circunstâncias do tutor. Como em qualquer procedimento médico, há riscos e benefícios que devem ser equilibrados para garantir a melhor qualidade de vida para o animal (GIL, 2008).
2.4 Caracteristicas Gerais da Sindrome do Ovario Remanescete
A incidência da SOR pode variar com base em diversos fatores, incluindo a experiência do cirurgião, a técnica cirúrgica utilizada, e a anatomia individual do animal. Fatores como idade no momento da castração, raça e condições de saúde pré-existentes também podem influenciar a probabilidade de ocorrer a SOR. O entendimento desses fatores é crucial para a prevenção e o planejamento cirúrgico adequado (SANTOS, 2016).
Do ponto de vista ético, a SOR levanta questões importantes sobre a responsabilidade dos veterinários em realizar procedimentos cirúrgicos com a maior precisão possível. A educação contínua e a adesão a protocolos cirúrgicos rigorosos são essenciais para minimizar o risco de SOR. Além disso, é importante uma comunicação clara com os tutores sobre os riscos potenciais e os sinais de alerta da SOR (PEREIRA, 2018).
A SOR é um lembrete da complexidade das cirurgias de castração e da importância de um planejamento cirúrgico meticuloso. Embora a castração seja um procedimento rotineiro, cada caso deve ser abordado com atenção individualizada, levando em consideração a anatomia única do animal e qualquer desafio técnico que possa surgir. A formação contínua dos cirurgiões em técnicas cirúrgicas é essencial para garantir os melhores resultados para os animais (GOETHEM, OKKENS; KIRPENSTEIJN, 2006).
A recorrência do estro após a castração, um dos principais sinais da SOR, pode ser confundida com outras condições, como desequilíbrios hormonais ou comportamentais. Esta sobreposição de sintomas pode complicar o diagnóstico e requer uma avaliação cuidadosa e detalhada por parte do veterinário. Testes hormonais, como a medição dos níveis de progesterona, podem ser úteis para confirmar a presença de tecido ovariano ativo (CARVALHO, 2019).
A SOR não só tem implicações para a saúde e o comportamento do animal, mas também pode ter consequências reprodutivas. Em cadelas e gatas com SOR, a possibilidade de gravidez ainda existe, o que pode ser uma surpresa inesperada para os tutores que acreditavam que seus animais estavam esterilizados. Isso enfatiza a importância de um diagnóstico correto e oportuno da SOR (SILVA et al., 2018).
A comunicação efetiva entre veterinários e tutores é outro aspecto vital no manejo da SOR. Os tutores devem ser informados sobre os sinais e sintomas da SOR, bem como sobre as etapas necessárias para confirmar o diagnóstico. Uma compreensão clara das expectativas, riscos e benefícios do procedimento de castração pode ajudar a garantir que os tutores estejam preparados para qualquer eventualidade (GIL, 2008).
A SOR representa um desafio diagnóstico e terapêutico significativo na medicina veterinária. Embora a castração seja uma prática comum e altamente benéfica, a possibilidade de SOR destaca a necessidade de vigilância e precisão em procedimentos cirúrgicos. A adoção de práticas cirúrgicas otimizadas e o aprimoramento contínuo das habilidades cirúrgicas são essenciais para minimizar o risco de SOR e garantir o bem-estar dos animais (CASTRO, PACHALY; MONTIANI, 2004).
A identificação precisa do tecido ovariano durante a cirurgia é crucial para evitar a SOR. Em alguns casos, o tecido ovariano pode ser difícil de distinguir de outras estruturas abdominais, especialmente em animais com excesso de peso ou tecido cicatricial de cirurgias anteriores. Técnicas avançadas de visualização, como a laparoscopia, podem ser úteis nesses casos para melhorar a precisão da cirurgia (Trindade & Grazziotin, 1998).
Além dos aspectos técnicos, a SOR também levanta considerações éticas no tratamento de animais. Veterinários devem equilibrar a necessidade de realizar procedimentos cirúrgicos eficazes com o compromisso de causar o mínimo de desconforto e risco para o animal. Discutir abertamente os riscos e benefícios da cirurgia com os tutores é uma parte importante deste processo ético (PEREIRA, 2018).
A SOR também tem implicações para a saúde reprodutiva a longo prazo. Mesmo após a remoção bem-sucedida do tecido ovariano remanescente, podem ocorrer alterações hormonais que afetam a saúde geral do animal. Isso sublinha a importância de um acompanhamento contínuo e de uma abordagem holística para o cuidado dos animais afetados (SILVA et al., 2018).
A educação contínua dos veterinários sobre a SOR é vital, não apenas em termos de técnicas cirúrgicas, mas também no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento. O compartilhamento de conhecimento através de publicações, conferências e colaborações profissionais desempenha um papel crucial na melhoria do manejo desta condição (MORAES et al., 2016).
Finalmente, apesar de ser uma complicação pós-operatória relativamente rara, a SOR é uma lembrança importante da complexidade da medicina veterinária e da necessidade de uma abordagem cuidadosa e atenciosa em todos os procedimentos cirúrgicos. Ao melhorar as práticas cirúrgicas e promover uma comunicação eficaz com os tutores, os veterinários podem desempenhar um papel crucial na minimização dos riscos e no tratamento eficaz da SOR (GOETHEM, OKKENS; KIRPENSTEIJN, 2006).
2.5 Etiologia e Sinais Clínicos
A saúde reprodutiva dos pequenos animais é de fundamental importância tanto para a criação responsável quanto para o bem-estar dos animais de estimação. Entre as condições que podem afetar essa saúde está a Síndrome do Ovário Remanescente (SOR).
De acordo com Silva et al. (2018), essa síndrome ocorre quando fragmentos do tecido ovariano permanecem no corpo da fêmea após uma cirurgia de ovariohisterectomia. A explicação mais frequente para a observação desta complicação é a realização de uma técnica cirúrgica inadequada com resecção incompleta de um ou ambos os ovários.
Uma segunda causa é a queda de uma pequena porção de tecido ovariano no interior da cavidade peritoneal logo após a exérese adequada dos ovários. Este tecido poderia unir-se ao mesentério e revascularizar-se voltando a ser funcional em algum momento da vida da cadela. A terceira possibilidade é um tecido residual ovariano em uma localização diferente da região normal e este pode ser funcional em qualquer momento (ADIN, 2011).
Alguns estudos apontam que a SOR é mais comum após OSH eletiva e ocorre mais frequentemente em gatas que em cadelas (MILLER, 1995; MACEDO & LOPES, 2003). Conforme os estudos de Santos (2016), uma técnica cirúrgica imprecisa pode levar à remoção incompleta dos ovários, resultando na persistência do tecido ovariano. Isso, por sua vez, pode causar a continuação do ciclo estral e manifestação de sinais clínicos, como sangramento vaginal e comportamento de cio.
Uma das possíveis causas de persistência do tecido ovariano é a localização anatômica delicada dos ovários. Conforme classificação de Lima (2019) os ovários podem ser difíceis de identificar e remover completamente, especialmente em cadelas jovens ou obesas. A falta de visualização adequada durante a cirurgia pode levar inadvertidamente à preservação do tecido ovariano.
Além disso, a técnica cirúrgica utilizada pode ser um fator determinante. Segundo Oliveira (2018), a remoção de ligamentos e vasos sanguíneos que sustentam os ovários pode resultar em rupturas no tecido ovariano, causando fragmentação e deixando partes para trás. A habilidade de usar tecidos delicados também desempenha um papel crucial.
A Síndrome do Ovário Remanescente (SOR) é uma condição que ocorre após uma cirurgia de esterilização incompleta em cadelas e gatas, onde parte do tecido ovariano é deixado para trás. Essa condição pode resultar na continuação dos ciclos estrais e comportamentos associados ao estro, mesmo após a cirurgia. Os sinais mais comuns incluem atração de machos, comportamento de aceitação para acasalamento, e, em alguns casos, sangramento vaginal. Estes sinais podem ser confundidos com um cio normal, tornando o diagnóstico da SOR desafiador (CARVALHO, 2019).
Os sinais clínicos da SOR podem variar em intensidade e frequência. Algumas fêmeas podem exibir sinais contínuos de estro, enquanto outras podem apresentar sintomas mais intermitentes. A inconsistência nos sinais clínicos pode dificultar a identificação da SOR e exigir uma investigação diagnóstica mais aprofundada, incluindo exames de imagem e testes hormonais (SILVA et al., 2018).
O diagnóstico da SOR é muitas vezes baseado na observação dos sinais clínicos, juntamente com a confirmação através de técnicas de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Estes exames permitem a visualização direta do tecido ovariano remanescente. Além disso, testes hormonais podem ser usados para medir os níveis de hormônios específicos que indicam a atividade ovariana (ALMEIDA, 2020).
Em alguns casos, a SOR pode levar a complicações adicionais, como o desenvolvimento de cistos ovarianos ou hiperplasia endometrial. Essas condições podem causar sintomas adicionais, como aumento do volume abdominal ou distúrbios urinários. Portanto, um diagnóstico preciso e oportuno é essencial para evitar complicações e garantir o bem-estar do animal (MARTINS, 2007).
A SOR pode manifestar-se em diferentes intervalos após a cirurgia de esterilização, variando de semanas a anos. Este atraso na apresentação dos sintomas pode tornar difícil estabelecer uma conexão direta entre a cirurgia original e a condição atual, levando a atrasos no diagnóstico correto. A atenção aos sinais clínicos ao longo do tempo é fundamental para a detecção precoce da SOR (CARVALHO, 2019).
Em cadelas, a SOR pode resultar em alterações no ciclo estral que são diferentes do padrão normal. Por exemplo, as cadelas podem apresentar ciclos mais frequentes ou irregularidades no ciclo, como mudanças na duração ou intensidade do sangramento. Estas alterações podem ser confundidas com outros distúrbios reprodutivos, exigindo uma avaliação cuidadosa por parte do veterinário (SILVA et al., 2018).
As gatas com SOR podem exibir um aumento na frequência e intensidade do comportamento estral. Isso pode incluir vocalizações excessivas, esfregar-se contra objetos, e uma tentativa maior de escapar para o exterior. Em gatas, o diagnóstico pode ser particularmente desafiador devido à sua natureza poliéstrica sazonal (ALMEIDA, 2020).
A SOR também pode afetar o comportamento geral do animal. Alterações no comportamento, como aumento da irritabilidade, agressividade ou mudanças nos padrões de interação com humanos ou outros animais, podem ser observadas. Estas mudanças comportamentais são frequentemente um reflexo da influência hormonal do tecido ovariano remanescente (MARTINS, 2007).
2.6 Diagnósticos da síndrome do ovário remanescente
O diagnóstico de síndrome do ovário remanescente é suspeitado em pequenos animais com histórico de OSH que desenvolvem mais tardiamente sintomas clínicos de proestro ou estro, como corrimento vaginal, edema vulvar e alterações comportamentais. (ADIN, 2011).
O diagnóstico da Síndrome do Ovário Remanescente pode ser abordado por meio de diversos métodos, sendo a citologia vaginal um deles. A citologia vaginal desempenha um papel fundamental na detecção da presença de células epiteliais cornificadas, indicativas de atividade hormonal ovariana residual (SILVA et al., 2019) (Figura 01)
Figura 01 : Cisto síndrome do ovário remanescente Gata
Fonte: Valéria, 2010.
Outra abordagem importante é o uso de testes hormonais, como a dosagem de progesterona. Esses testes permitem a mensuração dos níveis circulantes hormonais e auxiliam na confirmação da produção de hormônios ovarianos (MARTINS, 2018).
A ultrassonografia abdominal é uma ferramenta não invasiva eficaz que pode ser usada para detectar tecido ovariano remanescente ou cisto ovariano. Esse método possibilita uma avaliação detalhada da cavidade abdominal, contribuindo para o diagnóstico preciso (SANTOS, 2020) (figura 02)
Figura 02 Achados ultrassonografia da sindrome do ovario remanenscente
Fonte: ultrassom veterinario
Em casos mais complexos ou quando outros métodos não fornecem resultados conclusivos, a laparotomia exploratória é uma opção. Este procedimento cirúrgico envolve a abertura da cavidade abdominal para uma inspeção direta dos órgãos reprodutivos e identificação de qualquer tecido ovariano remanescente (OLIVEIRA et al., 2017).
2.7 Tratamentos da síndrome do ovário remanescente
Apesar de o tratamento medicamentoso ter sido uma opção no passado (JOHNSTON et al., 2001; FELDMAN e NELSON, 2004), atualmente preconiza-se a remoção do tecido ovariano pela celiotomia exploratória (PERKINS e FRAZER, 1994, MACPHAIL e FOSSUM, 2019; BUENO e RÉDUA, 2020)
Conforme Oliveira (2017), a remoção do tecido ovariano remanescente é essencial para aliviar os sintomas e restaurar a saúde reprodutiva da cadela. Além disso, a castração correta deve ser realizada para prevenir futuras complicações.
O tratamento para o ovário remanescente após uma OH consiste na cirurgia exploratória com excisão do tecido ovariano residual e pode ser realizado através de laparotomia e laparoscopia.
Prefere-se realizar a exploração cirúrgica durante o estro, pois é a fase em que os folículos ovarianos tornam-se mais facilmente identificáveis. A laparoscopia traz algumas vantagens em relação à laparotomia, como menor incisão cirúrgica, portanto menos invasivo, menor dor no pós-operatório e menores complicações.
A conscientização sobre a SOR e suas implicações é vital para os veterinários, conforme discutido por Castro, Pachaly e Montiani (2004). Eles sugerem que a educação contínua sobre técnicas cirúrgicas e o manejo pós-operatório pode diminuir significativamente a incidência desta complicação.
Corrada e Gobello (2004) também apontam para a importância do monitoramento hormonal pós-cirúrgico em cadelas que passaram por uma ovário-histerectomia. Este monitoramento pode ajudar a detectar precocemente a presença de tecido ovariano remanescente, permitindo uma intervenção mais rápida e eficaz.
Salientam que a prevenção é a melhor estratégia contra a SOR, focando na qualidade da técnica cirúrgica e na formação contínua dos veterinários.
Por fim, Minguez e Cuesta (2005) concluem que a SOR é uma condição complexa que requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo habilidades cirúrgicas, conhecimento endócrino e comunicação eficaz com os proprietários dos animais.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância de um diagnóstico preciso ressalta a necessidade de identificar corretamente a presença de tecido ovariano remanescente, utilizando métodos de diagnóstico como exames de imagem e testes hormonais. Este passo é crucial para garantir que a cirurgia adicional seja realizada apenas quando estritamente necessária.
Este estudo também destaca a importância do manejo pós-operatório e do monitoramento cuidadoso para evitar complicações e garantir a recuperação segura e eficaz do animal. A colaboração entre clínicos e cirurgiões, a educação contínua e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas são aspectos cruciais para o sucesso no manejo de casos de tecido ovariano remanescente.
Em resumo, a cirurgia adicional para a remoção de tecido ovariano remanescente é um processo multifacetado que exige habilidade cirúrgica, diagnóstico preciso, comunicação efetiva e um cuidado pós-operatório detalhado. O aprimoramento contínuo das práticas cirúrgicas e a educação dos veterinários são essenciais para melhorar os resultados e garantir o bem-estar dos animais.Parte superior do formulário
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