BURNOUT SYNDROME IN THE HEALTH OF HIGHER EDUCATION TEACHERS
SÍNDROME DE BURNOUT EN LA SALUD DE LOS DOCENTES DE EDUCACIÓN SUPERIOR
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12680102
Laura Mariane Rodrigues1
Arthur Bryan Garcia Silva2
Amanda Conrado Silva Barbosa3
Débora Aparecida Silva Souza4
Luciana Helena da Silva Nicoli5
Laís Oliveira de Moraes Tavares6
Regina Consolação dos Santos7
Fernanda Marcelino de Rezende e Silva8
Karla Amaral Nogueira Quadros9
João Marcos Alves Melo10
RESUMO
A docência universitária desempenha um papel fundamental na formação acadêmica e profissional dos estudantes, bem como no avanço da pesquisa e conhecimento científico. Em suas atividades laborais encontram-se presentes diversos estressores psicossociais, alguns relacionados à natureza de suas funções. As demandas desse ambiente de trabalho podem levar os professores a enfrentar diversos desafios, incluindo o risco de desenvolver a Síndrome de Burnout. Este trabalho tem por objetivo contribuir para o conhecimento científico sobre tal Síndrome em docentes universitários dos cursos de enfermagem em instituições de nível superior. Adotou-se uma revisão integrativa de literatura embasada na pergunta norteadora “Quais os índices de Síndrome de Burnout identificados em docentes do ensino superior?”. As buscas foram realizadas na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os unitermos ““Síndrome de Burnout” AND “Docentes”. Foram incluídos artigos com amostras de professores, que abordavam a Síndrome de Burnout, publicados em português, inglês ou espanhol, entre os anos de 2018 a 2023. Foram excluídas as revisões de literatura e trabalhos que fugiam ao objetivo proposto. Inicialmente 953 artigos foram encontrados, dos quais, 8 elegíveis. Foram avaliados: autoria, número de participantes, aspectos avaliados e principais resultados. Os trabalhos indicaram presença preocupante de Síndrome de Burnout entre os docentes. Destaque para necessidade da realização do diagnóstico situacional no que conduz a Síndrome de Burnout e para um maior conhecimento no tocante à saúde ocupacional dos professores em diferentes níveis de atenção à saúde.
Palavra Chave: Docentes, esgotamento psicológico, saúde ocupacional.
SUMMARY
University teaching plays a fundamental role in the academic and professional training of students, as well as in the advancement of research and scientific knowledge. Various psychosocial stressors are present in their work activities, some related to the nature of their functions. The demands of this work environment can lead teachers to face several challenges, including the risk of developing Burnout Syndrome. This work aims to contribute to scientific knowledge about this syndrome among university professors of nursing courses at higher education institutions. An integrative literature review was adopted based on the guiding question “What are the rates of Burnout Syndrome identified in higher education teachers?”. The searches were carried out in the Virtual Health Library, using the keywords ““Burnout Syndrome” AND “Teachers”. Articles with samples of teachers were included, which addressed Burnout Syndrome, published in Portuguese, English or Spanish, between the years 2018 and 2023. Literature reviews and works that did not meet the proposed objective were excluded. Initially 953 articles were found, of which 8 were eligible. The following were evaluated: authorship, number of participants, aspects evaluated and main results. The work indicated a worrying presence of Burnout Syndrome among teachers. Highlighting the need to carry out a situational diagnosis leading to Burnout Syndrome and greater knowledge regarding the occupational health of teachers at different levels of health care.
Keyword: Teachers, psychological exhaustion, occupational health.
INTRODUÇÃO
O trabalho é uma das formas mais genuínas de o homem relacionar-se e construir a sua história, assim, a literatura tem discutido com frequência a importância dessa relação na vida das pessoas. O ofício exercido determina a identidade pessoal do indivíduo e o papel que esse alcançou na sociedade, pois é no trabalho que se encontra a provisão necessária para a sobrevivência humana (SANTANA et al., 2016). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2010, um ambiente de trabalho saudável é aquele em que os trabalhadores e os gestores colaboram para o uso de um processo de melhoria contínua da proteção e promoção da segurança, saúde e bem-estar de todos os trabalhadores e para sustentabilidade do ambiente de trabalho.
Contudo a realidade laboral é historicamente de alta competitividade, as organizações cada vez mais estão atentas às características da natureza humana: anseios, aspirações, desejos, sonhos, ambições, entre outras e, com suas exigências organizacionais, buscam ter um trabalhador mais absorvido e integrado. O estar absorvido de forma intensa com o trabalho, com longas jornadas diárias, excesso de carga de trabalho, ritmo acelerado de trabalhar e busca desenfreada por rendimento, resulta nos chamados workaholics, que são trabalhadores viciados em trabalho (SERVA; FERREIRA, 2006).
A docência universitária desempenha um papel fundamental na formação acadêmica e profissional dos estudantes, bem como no avanço da pesquisa e conhecimento científico. Em suas atividades laborais encontram-se presentes diversos estressores psicossociais, alguns relacionados à natureza de suas funções, outros relacionados ao contexto institucional e social onde estas são exercidas. A intensidade e as demandas desse ambiente de trabalho podem levar os docentes a enfrentar diversos desafios, incluindo o risco de desenvolver a Síndrome de Burnout (SB) (GOMES et al, 2017).
A SB, também conhecida como esgotamento profissional, foi descrita pela primeira vez na década de 1970 e tem sido amplamente estudada desde então. Caracteriza-se por um estado de exaustão física, emocional e mental, resultante da exposição prolongada a situações de estresse crônico relacionadas ao trabalho (SUNHIGA; COSTA, 2022).
De acordo com a OMS (2022), foi na 72ª Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde, que ocorreu em 28 de maio de 2019, que a SB foi incluída na lista de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11), com o código QD85. No entanto, no Brasil, só entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2022, e foi oficializada como “estresse crônico de trabalho”. Antes, ele era pormenorizado como um “estado de exaustão vital”. Podendo ser interpretado até como decorrência de um infortúnio em casa ou na família
Segundo a International Stress Management Association (ISMA) 2022, o Brasil é o país com maior taxa de SB do mundo, ficando atrás de Singapura, Estados Unidos e Índia. Sendo assim, podemos perceber que a SB faz cada vez mais vítimas tanto no Brasil, quando no mundo.
De acordo com Pereira, Ramos e Ramos (2022) a severidade do Burnout entre os profissionais de ensino, supera à dos profissionais de saúde, o que coloca à docência como uma das profissões de alto risco. É importante destacar que a Síndrome de Burnout não afeta apenas a saúde e o bem-estar dos docentes universitários, mas também pode ter consequências negativas para os estudantes, a qualidade do ensino e a produtividade científica. Portanto, compreender e abordar esse fenômeno torna-se essencial para promover um ambiente acadêmico saudável e estimulante.
Nesse contexto, diversos estudos têm sido realizados com o objetivo de investigar a incidência da Síndrome de Burnout em docentes universitários e identificar os fatores de risco associados. Além disso, têm sido propostas estratégias de intervenção e prevenção que visam reduzir os impactos negativos dessa síndrome na vida desses profissionais (DESSBESELL; FABRÍCIO; KELM, 2018). Assim, justifica se esse tema nesta Universidade – Campus Passos, no curso de enfermagem, um dos mais antigos e com mais docentes que, em sua maioria são de enfermeiros, espera-se contribuir para o avanço do conhecimento nessa área.
Diante desse panorama, este trabalho tem por objetivo contribuir para o conhecimento científico sobre a Síndrome de Burnout em docentes universitários dos cursos de enfermagem em instituições de nível superior, por meio da investigação da sua prevalência, dos fatores de risco envolvidos e das intervenções que podem ser adotadas, analisando através da literatura os índices de SB em docentes universitários.
Metodologia
Este estudo é uma revisão integrativa de literatura, baseada nos passos indicados por Galvão, Sawada e Rossi (2002). Este método permite combinar dados da literatura teórica e empírica, por ser abrangente e permitir para se alcançar ampla compreensão do fenômeno analisado (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010 ). Adotou-se nesse estudo o método de anagrama PICO: população; intervenção (ou exposição); comparação; e desfecho (O, outcome, do inglês) (GALVÃO, PEREIRA; 2014), para definição da pergunta norteadora. De forma que a presente revisão buscou responder à pergunta
“Quais os índices de Síndrome de Burnout identificados em docentes do ensino superior?”. No intuito de responder a essa pergunta, foram realizadas buscas na Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os unitermos “Síndrome de Burnout” e “Docentes”, combinados entre si pelo operador booleano “AND”.
Revisão da Literatura ou RI, é um conjunto de ideias de diferentes autores sobre algum tema especifico, conseguidas através de leituras, e pesquisas realizadas pelos autores. A revisão da literatura é, neste sentido, a documentação feita pelo pesquisador sobre o trabalho, a pesquisa que está se propondo a fazer. (BRIZOLA e FANTIN, 2016).
Sendo assim, foram adotadas seis etapas da Revisão Integrativa De Literatura. Na primeira etapa foi definido uma pergunta norteadora para ter um direcionamento do trabalho. Na segunda etapa foi realizado uma busca de forma ampla e diversificada. Na terceira fase foi realizada a seleção dos artigos para a extração dos dados. Na quarta fase será feita a análise dos dados, organizando estes com mais rigor. Na quinta fase será discutido os resultados obtidos e por último na sexta fase, será feita a apresentação da revisão realizada, contendo informações pertinentes, detalhadas, baseadas em metodologias contextualizadas, sem omitir qualquer evidência relacionada. (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
2.2.1 Critérios de inclusão e exclusão
Utilizou-se como critérios de inclusão: 1. artigos em que os participantes eram docentes de nível superior, 2. trabalhos que abordavam a SB como objeto, 3. artigos publicados em português, inglês ou espanhol, 4. publicados entre os anos de 2018 e 2023. Definiu-se como critérios de exclusão: 1. Trabalhos de revisão de literatura, cartas aos editores, editoriais. 2. Artigos em que a SB fosse apenas tangencialmente investigada, 3. Trabalhos que indicassem que contaram com docentes entre os profissionais da amostra, mas não discriminassem seus resultados. 4 Trabalhos que contaram com docentes, mas não do ensino superior.
2.2.2 Fonte de dados e estratégia de busca
Para o levantamento dos artigos na literatura, foi realizada uma pesquisa nas seguintes bases de dados: BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), SciELLO (Scientific Electronic Library Online) LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BDENF (Banco de Dados em Enfermagem). Para a busca dos artigos foi estruturada uma estratégia de busca utilizando os descritores controlados e operadoras booleanos.
2.2.3 Seleção, extração e tratamentos dos dados
A partir de uma estrutura em documento editável a partir das informações data do início da realização da pesquisa, estratégia utilizada e número de artigos. Após a coleta de dados, os artigos foram selecionados através da leitura de título e resumo. Os artigos que se encaixaram dentro dos critérios de inclusão foram elegíveis para esta pesquisa.
Em segundo momento foi realizada a leitura completa dos artigos incluídos, neste momento também foi verificado o atendimento aos critérios de inclusão e exclusão especificados
Após a seleção, os dados foram extraídos pelas pesquisadoras a partir de uma estrutura em documento editável a partir das informações autor, ano de publicação, objetivo e palavra-chave. Seguindo a temática: síndrome de burnout nos docentes do ensino superior. Após a leitura, foi feito uma síntese dos principais achados dos artigos, que serão elencados a partir de uma estrutura em documento editável.
2.2.4 Aspectos éticos
Por se tratar de uma revisão de literatura, no que se refere aos aspectos éticos, não se aplica a este estudo. Portanto não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
2.3 Resultado
Foram encontrados inicialmente 953 artigos. Iniciou-se a seleção dos estudos por meio da leitura dos títulos e dos resumos, observando-se os critérios de inclusão e exclusão. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra. Após a avaliação, 8 trabalhos foram selecionados para integrar o corpus desta revisão. Desses artigos foram analisados itens de autoria, amostra, instrumentos utilizados para avaliação da SB e principais resultados (prevalência de SB e fatores associados).
A estratégia de busca realizada nas bases mencionadas ocorreu em setembro de 2023 a partir das buscas realizadas nas plataformas BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), SciELLO (Scientific Electronic Library Online), BDENF (Banco de Dados em Enfermagem). A Tabela 1 apresenta um resumo dos descritores utilizados na busca, a data da pesquisa e o número de artigos encontrados.
Tabela 1: Estratégias de busca utilizada na coleta de dados nas bases de dados
Fonte: Os autores
Conforme visualizado na tabela 1, a busca resultou em 953 publicações. dos 953, 350 foram excluídos por não apresentarem texto completo, 531 por estarem fora do período de publicação estipulado e 26 por não estar em português.
Desta forma, 46 foram selecionados para a leitura de títulos, resumos e especificações, e a partir disto, 29 foram excluídas por não estarem de acordo com os objetivos da pesquisa. Os 17 restantes foram lidos na íntegra, e destes 8 artigos foram selecionados para compor este trabalho.
Após a seleção, os artigos foram agrupados de acordo com os descritores utilizados para a realização da estratégia de busca, acompanhado de ano e base utilizada. Assim representado na segunda tabela
Quadro I. Caracterização da publicação dos artigos
Referência | País / Estado / Instituição dos Autores | Ano | Idioma | Revista |
Silva; Oliveira. | Brasil / Minas Gerais / Faculdade Novos Horizonte | 2019 | Português | Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional – ABRAPEE |
Caraballo | Colômbia / Valle del Cauca /Universidade Católica da Colômbia | 2019 | Espanhol | Revista Acta Colombiana de Psicologia |
Díaz | Bolívia / La Paz / unidade educativa equatoriana | 2020 | Espanhol | Horizontes Revista de Investigação em Ciências da Educação |
Galdino et al. | Brasil / São Paulo/ Universidade Federal de São Paulo, | 2021 | Português | Acta Paulista de Enfermagem |
Xavier et al. | Brasil / Paraná / Universidade Federal do Vale do São Francisco | 2021 | Português | Psicologia argumentativa |
Bernardini; Barros; Murgo | Brasil/ Bahia/ Universidade Federal da Bahia | 2022 | Português | Arquivos brasileiros de psicologia |
Calainho; Cruz; Cerdeira. | Portugal / Porto /Universidade do Porto | 2022 | Português | Fórum Sociológico |
Suárez, Riveros e Osorio | Colômbia / Boyacá / Universidade Pedagógica e Tecnológica da Colômbia | 2023 | Espanhol | Praxis & Saber |
Fonte: Os autores
Constatou-se uma predominância de estudos Brasileiros (4), sendo assim, prevalência de artigos na língua portuguesa, seguido por estudos de língua espanhola (3) e dois desses estudos são da Colômbia.
A Tabela II apresenta os resultados quanto as características do estudo e seus principais achados.
Referência | Tipo de estudo | Objetivo | Participantes / Local atuação participantes | Instrumentos | Principais resultados |
Silva; Oliveira, (2019) | Estatística descrita e análise de regressão múltipla padrão | Avaliar a influência das percepções de suporte organizacional e social no trabalho bem como variáveis sociodemográfic as na ocorrência do Burnout nesse público. | 179 professores de Universidade Particular | Escala de Caracterização do Burnout Escala de Percepção de Suporte Social no Trabalho Percepção de Suporte Organizacional | 50,3% (90) dos participantes eram do sexo feminino, com idade média de 39,86 anos. O nível de escolaridade variou de graduação a pós-doutorado, predominando o nível de mestrado com 51,40% (n=92). Quanto à situação conjugal, a maioria dos participantes (70,90%; n=127) encontrava-se casada ou vivendo com parceiro. Em termos profissionais a carga horária semanal média de 20,48 horas (DP=11,52). A maior parte dos participantes realizava outras atividades profissionais, além da carreira docente (64,60% n=115). Com relação ao turno de trabalho, 72,60% (130) trabalham no período matutino, 11,70% (21) no período vespertino e 98,30% (176) à noite Os resultados revelam que a tendência geral dos participantes é apresentar sentimentos de exaustão emocional, desumanização e decepção com trabalho. O cruzamento das frequências indica que 42 (24,02%) professores são categorizados em nível elevado no que se refere à ocorrência de exaustão emocional e decepção. O fator exaustão apresenta a maior média. Em se tratando das dimensões exaustão emocional e desumanização os resultados mostram que 36 (20,8%) professores se situam na faixa de ocorrência de Burnout, enquanto outros 17 (9,8%) apresentam nível moderado. |
Caraballo, (2019) | Quantitativo, não experimental, transversal e descritivo | Analisar a formação do significado da profissão em acadêmicos, de universidades públicas e privadas de quatro cidades colombianas | 160 professores de Universidades públicas e privadas | Questionário de Qualidade de Vida no Trabalho em Organizações de Serviços Humanos Maslach burnout inventory (MBI) Questionário de Engajamento | Verificou-se que os professores entrevistados apresentaram tendências gerais para construir uma percepção da carreira acadêmica de forma ambivalente, com elementos tanto positivos quanto negativos. Isso se evidencia através de condições de trabalho fragmentadas, que causam exaustão, cinismo e efeitos colaterais, bem como uma nova configuração do profissionalismo acadêmico. Os professores desenvolvem funções multitarefas nas instituições, o que combinado o ensino, a investigação, causam impacto negativo e consequentemente efeitos colaterais. |
Díaz, (2020) | Qualitativa e descritiva de análise de informações | Analisar o nível de burnout apresentado pelos docentes, medindo a prevalência de despersonalizaç ão, exaustão emocional e realização pessoal | 59 professores de uma unidade educativa equatoriana. | 1. MBI | O sexo era composto por 70% de mulheres, enquanto o sexo masculino estava representado com 30%. a maioria dos professores atinge o nível de especialização com 36%, o nível de mestrado da população inquirida foi de 34%, seguido de 24% dos professores que possuem licenciatura, os 3% são alunos normais e 2 % têm doutorado. Havia 42 professores com baixo nível de burnout, 8 com moderado burnout e 9 professores com alto burnout. O nível de redução de realização profissional foi o que mais chamou atenção, constatou-se que 85% dos docentes apresentam alto nível. |
Galdino et al. (2021) | Quantitativa e transversal | Verificar a associação do burnout entre workaholic e qualidade de vida entre docentes de pós-graduação em enfermagem. | 368 Docentes | 1.Questionário sociodemográfico, de saúde e ocupacional MBI Dutch Work Addiction Scale (DUWAS) World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument – Bref (WHOQOL-Bref) | A maioria era mulher (84,5%). Predominaram docentes graduados em enfermagem (90,5%). Quanto ao regime de trabalho, 91,3% exerciam dedicação exclusiva ou integral. A alta exaustão emocional ocorreu com 49,7% dos docentes, a alta despersonalização com 47,0% e a ineficácia profissional com 51,1%, que ao serem combinados indicaram uma prevalência de 28,0% de burnout. Constatou-se que 49,7% apresentaram alto trabalho compulsivo e 45,7% alto trabalho excessivo e a junção dessas dimensões indicou que 35,1% apresentavam workaholism e 39,7% Sobre a qualidade de vida, a percepção alta do domínio overall ocorreu com 17,7%; do físico, 55,7%; do psicológico, 60,1%; das relações sociais, com 49,2%; e do meio ambiente onde está inserido, 43,5%. Workaholism está associado ao burnout, sobretudo entre docentes de mestrado e/ou doutorado, pois há pouco conhecimento produzido sobre suas condições de trabalho, não apenas como uma atividade em si, mas como uma atividade entre outras atividades acadêmicas nas universidades. A dedicação exagerada à atividade docente modifica as relações com a família e amigos, o tempo de lazer e vida cotidiana |
Xavier et al. (2021) | Estudo quantitativo, qualitativo e transversal | Investigar os indicativos da SB e as estratégias utilizadas por professores universitários para lidar com a situação. | 200 professores da universidade federal do Vale do São Francisco | Questionário semiestruturado Questionário para avaliação da síndrome de Burnout do trabalho” (CESQTPE) Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) | Participaram da pesquisa 89 mulheres e 111 homens. As mulheres apresentaram maior desgaste psíquico (Md = 2,00) e culpa (Md = 1,00) do que os homens (Md = 1,70 e Md = 0,80, respectivamente). A indolência foi relacionada a pouca motivação de alguns docentes para o trabalho decorrente da dificuldade no relacionamento com os alunos. Em relação à culpa, destaca-se os sentimentos de auto culpa e de culpa diante de situações aversivas. As professoras apresentaram maior desgaste psíquico e culpa quando comparadas com os professores, mas as mesmas apresentam maiores estratégias de coping com ênfase na emoção e buscam mais práticas religiosas e suporte social como estratégias de enfrentamento |
Bernardini; Barros; Murgo, (2022) | Estudo prognóstico / Fatores de risco | Investigar correlações entre crenças de autoeficácia e s índrome de burn out em professo res do ensino superior, verificar a prevalência de burnout, averiguar associações entre a existência de burnout e a percepção da Autoeficácia co m características sociodemográfic as | 356 participantes de universidade públicas e privadas | Questionário Sociodemográfico MBI Escala de Auto eficácia do Professor | 54,1% dos participantes são do sexo masculino. A maior parte dos docentes declarou ter mestrado (45,6%). Identificou-se associações significativas entre a presença de burnout e a Auto eficácia docente, indicando que quanto menor a auto eficácia percebida, maior a propensão ao burnout. |
Suárez; Riveros; Osorio, (2023) | Pesquisa quantitativa | Encontrar os fatores intrínsecos ao estresse laboral de professores | 101 professores da Colômbia, México e Peru | Instrumento de Kim e Wang Instrumento adaptado para investigar a atividade educativa em tempos de experimento forçado | Na presente pesquisa identificou-se que o desgaste docente decorrente do SL pode ser atenuado ou aumentado a partir do SA oferecido pelos colegas de trabalho, no nível dos pares, na atividade docente ou pelos diretores da instituição. O presente estudo, realizado em plena pandemia, confirma que a atividade docente possui fatores desencadeantes de estresse, independentemente de se tratar de uma pandemia ou não. |
Calainho; Cruz; Cerdeira, (2022). | Questionário por inquérito | Analisar separadamente o burnout associ ado à atividade de docência e de investigação em professores do ensino superior. | 208 docentes de universidades públicas, politécnicas e privadas. | Sociodemográfico MBI | Entre os 27,9% de respondentes que experienciam um alto nível de exaustão emocional, a percentagem de mulheres é maior do que a de homens. Apresentam algum nível de burnout, 9,5% de mulheres e 33,3% de homens apresentaram níveis elevados. O aumento da pressão e um desequilíbrio percebido entre esforço e recompensa levarão a altos níveis de esgotamento associados às atividades de pesquisa. Altos níveis de burnout estão associados tanto às atividades de ensino quanto à pesquisa, indicando altos níveis de conflito trabalho-família. Contudo, observa-se que pesquisa é mais importante que o ensino. A investigação empírica sugere que a síndrome de burnout não é um problema de natureza individual, mas decorrente do ambiente laboral. Compreender as realidades da carreira, sobretudo em relação à diversidade de atividades que lhe subjazem e os fatores estressores com os quais os docentes do ensino superior se deparam, e reconhecer o cenário de estresse crónico e burnout com graves efeitos na saúde, qualidade de vida e no desempenho profissional. O elevado tempo gasto nas atividades de investigação, pode gerar conflitos trabalhofamília. 79% referiram consequências negativas decorrentes da pandemia, destacando: acréscimo de trabalho, dificuldade em conciliar o trabalho com os cuidados aos filhos e a realização de tarefas domésticas, elevação dos níveis de cansaço, aumento do stress tecnológico, dificuldade em adaptar as metodologias de ensino presencial para o remoto, afastamento dos colegas de trabalho e dificuldade de continuidade nas investigações. |
Fonte: Os autores
2.4 Discussão
Estudos que tratam sobre revisão integrativa são relevantes para identificar progressos e limitações na produção de conhecimento a respeito de um determinado tema. Esta sistematização permite a identificação de problemáticas significativas para a pesquisa e ampliação de desenvolvimento em um determinado campo (PEIXOTO, 2007). A presente revisão integrativa da literatura permitiu demonstrar a importância em determinar a prevalência da SB em docente atuantes em diferentes níveis de escolaridade e compreender as diferenças que o contexto pode exercer na saúde emocional desses profissionais. Além disso, também foi possível realizar uma triagem inicial dos elementos utilizados para interpretar esse processo e averiguar a importância de implementar estratégias eficazes para prevenção e promoção de saúde destes profissionais.
Quando se trata do perfil dos discentes, a análise dos artigos publicados entre 2018 e 2023 indicou que a maior parte dos profissionais acometidos pela síndrome são as mulheres, (DÍAZ, 2020; GALDINO et al; XAVIER et al. 2021 e BERNARDINI, BARROS e MURGO, 2022). Esse era um perfil esperado, pois a docência foi uma das primeiras profissões que libertou a mulher para o mercado de trabalho (SILVA e OLIVEIRA, 2019). Os primeiros relatos sobre a profissionalização das mulheres no magistério, se dá pelo desejo de modernização das classes dominantes e também incentivada pelo processo de industrialização, com isso surge a necessidades da mão-de-obra feminina nos postos de trabalho em escolas (ALMEIDA, 1998).
A maior parte dos estudos são de natureza quantitativa. A pesquisa quantitativa segue cuidadosamente um plano pré-determinado utilizando hipóteses e variáveis definidas pelos cientistas com o objetivo de medir eventos de forma objetiva e precisa. Nesse tipo de estudo as variáveis predeterminadas são mensuradas e expressas numericamente (PROETTI, 2005).
Observou-se nesta pesquisa que os professores costumam trabalhar longas horas, pra que o serviço não acumule, fazendo cumprir todas as atividades exigidas pelas instituições que trabalham (SILVA e OLIVEIRA, 2019; SUÁREZ; RIVEROS; OSORIO,
(2023). De acordo com Caraballo (2019) e Díaz (2020) a profissão de ensino está sujeita a várias mudanças devido às necessidades da sociedade, o que pode resultar em resistências contínuas. A adição de problemas pessoais e familiares resulta em uma diminuição na qualidade de vida. Tais demandas estão associadas às instituições de ensino superior devido às multitarefas que combinam ensino, pesquisa, serviços sociais e tarefas administrativas, o que resulta em um impacto negativo e sobrecarga na rotina dos profissionais (SILVA e OLIVEIRA, 2019). Harvey (2013) salienta que as lutas dos trabalhadores em torno da jornada de trabalho foi e continua a ser um importante movimento de resistência da classe trabalhadora.
De acordo com o estudo de Galdino et al. (2021) relatam alta taxa de Burnout em grande dos docentes pesquisados, dos quais, 90,5% relataram ser Enfermeiros de formação. A enfermagem é uma profissão suscetível aos transtornos psíquicos, pelo fato de lidar rotineiramente com a vida, a dor e morte das pessoas sob seus cuidados. Diante desse panorama o enfermeiro busca na docência ser autor intelectual e ao mesmo tempo ator das ações que fundamentam o papel da universidade para com a nação (MOURA et al., 2019).
Contudo, não é bem o que acaba acontecendo, pois, a SB em professores é considerada atualmente um problema social de extrema relevância. O burnout se encontra vinculado com grandes custos organizacionais devido à rotatividade de pessoal, problemas de produtividade e qualidade também por estar associado a vários tipos de disfunções pessoais como o surgimento de problemas psicológicos e físicos, professores com burnout influenciam o ambiente educacional e interferem na obtenção dos objetivos pedagógicos. Professores são comprometidos com o trabalho e se envolvem intensamente com suas atividades sentindo-se desapontados quando não são recompensados por seus esforços (PIETROWSKI; CARDOSO; BERNARDI, 2018
Ao considerar a forma como a SB tem sido avaliada nos docentes, percebeu-se um predomínio de estudos adotando o o Inventário de Maslach Burnout Inventory (MBI) (CARABALLO, 2019; DIAZ, 2020; GALDINO et al 2021; BERNARDINI, BARROS e MURGO 2022; CALAINHO, CRUZ e CERDEIRA 2022). O MBI foi projetado para avaliar a Síndrome de Burnout em trabalhadores. A escala tem uma consistência interna e confiabilidade muito alta. Ela é composta por 22 itens que consistem em afirmações sobre os sentimentos e atitudes do profissional em relação ao seu trabalho e aos alunos. Sua finalidade é medir o esgotamento profissional. Este questionário mede três aspectos da síndrome: exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal (PEREIRA, 2012)
Apesar de muito utilizado, cabe destacar que em 2010 a Editora Mind Garden Inc. adquiriu os direitos de comercialização do MBI, tornando a comercialização desse instrumento restrita (PEREIRA, 2010). Há, ainda, uma situação controversa envolvendo a adaptação desse instrumento para o Brasil, portanto, ainda que tenha sido muito usado até 2019 e, por isso, permita comparar os resultados de diferentes pesquisas, torna-se importante que outros instrumentos sejam considerados para avaliação da SB nos docentes. Talvez estudos futuros possam desenvolver um instrumento específico para o contexto de trabalho dessa categoria profissional, que leve em consideração as diferentes demandas de seu cotidiano e o impacto na saúde mental dos professores brasileiros
A experiência educativa da COVID-19 surpreendeu todos os envolvidos no sistema educativo, especialmente para os professores, que tiveram de desenvolver novas competências para responder às novas exigências educativas (Suárez, Riveros e Osorio 2023). O cenário pandémico obriga colocar em pratica as normativas preconizadas pela Portaria nº 345/2020 do Ministério da Educação, que autoriza, em caráter excepcional, a substituição das disciplinas presenciais, em andamento, por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação (JOWSEY et al., 2020). No estudo de Suárez, Riveros e Osorio (2023) constatou-se que as atividades de aprendizagem possuem fatores que causam estresse, e que as competências técnicas e didáticas dos professores permitem a adaptação à presença remota. Segundo os autores, esse método ajuda a reduzir o estresse acadêmico causado pela carga horária excessiva, em contrapartida aumenta a sobrecarga nos docentes.
A necessidade de oferecer aulas variadas e atendimento aos alunos por meio diversos meios de comunicação fizeram com que os professores estejam sempre conectados ao local de trabalho, mesmo nos fins de semanas e enquanto estão fora de seus horários normal de trabalho (SOUZA e MIRANDA 2020). Organizar essas atividades pode gerar conflitos entre o trabalho e sua família 79% dos participantes do estudo de referiram consequências negativas decorrentes da pandemia, destacando: acréscimo de trabalho, dificuldade em conciliar o trabalho com os cuidados aos filhos e a realização de tarefas domésticas, elevação dos níveis de cansaço, aumento do estresse tecnológico, dificuldade em adaptar as metodologias de ensino presencial para o remoto, afastamento dos colegas de trabalho e dificuldade de continuidade nas investigações (CALAINHO, CRUZ, CERDEIRA 2022).
Suárez et al. (2023) descobriram que, ao trabalhar em casa os professores sentiam que suas privacidades estavam sendo invadida e que o elevado tempo gasto na atividade de investigação e a sua notória exigência pode gerar maior transbordamento negativo e maior conflito trabalho-família. Ao comparar atividades de aprendizagem relacionadas com atividades de investigação, Calainho, Cruz e Cerdeira (2022) encontraram elevados níveis de burnout associados, dentro das atividades de aprendizado e dentro das atividades de investigação. Contudo, vale ressaltar que a pesquisa é mais prevalente que a de ensino.
O estudo também permitiu identificar que maioria dos participantes com título de mestre e um número menor de doutorado e pós-doutorado. (SILVA e OLIVEIRA, 2019; DIAZ 2020; BERNARDINI, BARROS E MURGO, 2022). A diferença pode ser explicada pelo período de tempo de duração de cada um, o mestrado leva 2 anos e o doutorado leva cerca de 4 a 5 anos. Portanto, a obtenção do doutorado exige mais tempo e dedicação para a realização das atividades. Este é um momento que a maioria dos professores não precisa ou não consegue administrar de uma forma que atenda às demandas do curso (LEITE; TORRES; CUNHA, 2020). O estudo de Pereira Anjos (2014) cita que os professores do ensino superior não têm uma identidade única, suas características variam muito, principalmente em relação às instituições de Ensino onde exercem à docência, e também em relação a trajetória de vida e de formação profissional de cada indivíduo.
Nos estudos de SILVA e OLIVEIRA; CARABALLO 2019 os profissionais vivenciam altos níveis de despersonalização, exaustão emocional e esgotamento profissional. Há indícios do surgimento ou probabilidade de desenvolvimento de SB entre os professores, principalmente devido à falta de apoio organizacional. As instituições de ensino devem fornecer aos professores o apoio e os recursos de que necessitam para desempenharem bem o seu trabalho, prestando ajuda quando surgem problemas, avaliar e recompensar os professores e mostrar interesse na sua satisfação. Os planos de aula em instituições privadas podem contribuir para o esgotamento docente se o trabalho for pré-estruturado, incluindo materiais didáticos padronizados, reduzindo assim essa autonomia profissional (SILVA e OLIVEIRA, 2019).
O estudo permitiu identificar que a SB não representa uma vivência isolada na realidade dos professores. Os artigos mostraram elevada presença de SB nos docentes e as implicações desta síndrome em sua saúde física e mental, prejudicando a qualidade de vida e atuação desses profissionais no ambiente laboral. Esses resultados corroboram com os achados de Rodrigues e Nascimento (2021), sobre haver maior predisposição laboral para desenvolvimento da SB e a associação desta patologia com variáveis sociodemográficas e com o estresse. São eles o cansaço emocional, a despersonalização e a baixa realização pessoal e profissional, concluindo que as dimensões da SB apresentam relação direta com o estresse.
No estudo de Galdino et al. (2021) verificou-se que os profissionais apresentaram alta despersonalização, exaustão emocional e esgotamento do trabalho. Essa sintomatologia foi caracterizada pela deficiência de energia, sentimentos de solidão, raiva e depressão, elevando assim, as chances de desenvolver doenças como tensão muscular, náuseas e distúrbios do sono. Além das consequências para os docentes, a presença da sintomatologia emocional refletiu em forte influência no tratamento com os alunos e nas relações com os colegas de trabalho, piorando a ambas. O desenvolvimento da SB é percebido como um processo que ocorre aos poucos, pelo acúmulo gradativo de situações estressoras e como resultado de pressão emocional associada ao intenso envolvimento do profissional e seu paciente (DIELH e CARLOTTO, 2014)
O nível de SB é determinado não só pela especificidade do cargo, mas também pela forma como o trabalho é organizado, como a instituição interage com os seus colaboradores e como reconhece essas atitudes (OLIVEIRA 2013), Caraballo (2019) observou que os professores nos campos universitários desempenham na maioria das vezes uma função multitarefa, combinando ensino, pesquisa e serviço social com tarefas administrativas prescritas pela universidade, em seu estudo verificou-se que os professores entrevistados apresentaram tendências gerais para construir uma percepção da carreira acadêmica de forma ambivalente, com elementos tanto positivos quanto negativos, o que pode ser caracterizado por essa função, causando uma maior exaustão e frustração.
Estudar as tarefas, e as implicações com base nas experiências e conhecimentos dos trabalhadores é uma lição muito necessária para explorar o conhecimento sobre a SB e fornecer alternativas eficazes para a prevenção e promoção da saúde (DIEHL e CARLOTTO, 2014). Xavier et al. (2021) evidenciou e seu estudo que as mulheres buscam como estratégias de coping atividades voltas para emoção e buscam mais práticas religiosas e suporte social como estratégias de enfrentamento, Na pratica, os programas de prevenção do SB podem fortalecer a comunicação e aumentar a participação interprofissional, tendo em conta a variedade de atividades entre eles (ESTEVES; LEÃO; ALVES, 2019).
É do interesse de todos – profissionais, empregadores e governo – mapear as condições de trabalho que podem atuar para o surgimento da SB pois a presença dessa patologia impacta a saúde dos trabalhadores e contribui para implicações financeiras negativas. A SB tem sido associada a aposentadorias precoces, absenteísmo e alta rotatividade dos profissionais, o que afeta a qualidade do das aulas ministradas e aumenta os custos dos serviços com pessoal (HIEDA e HANDAR, 2011). Alguns estudos evidenciaram associação positiva no uso de estratégias para o enfrentamento da SB e a redução da sintomatologia em professores. Essa possibilidade também foi discutida por Mazon, Carlotto e Câmara (2021), que enfocam a possibilidade de criação de estratégias tanto individuais quanto coletivas para promover a saúde mental de outros profissionais.
Teoricamente pode-se pensar em estratégias de enfrentamento focadas no problema, nas emoções ou em estratégias preventivas (LITMAN, 2006). As estratégias com foco no problema buscam alterar concretamente a realidade que gerou o desconforto. Podem ser exemplos dessa forma de enfrentamento fazer o planejamento da rotina de trabalho, supressão de atividades concomitantes e busca de suporte social por razões instrumentais. Exemplos de estratégias focadas nas emoções podem envolver a busca por suporte social por razões emocionais, reinterpretação positiva das situações desafiadoras, aceitação da situação como necessária ou imutável, busca de conforto na religiosidade, entre outras opções que visam mudar a forma como as pessoas se sentem por precisar lidar com alguma situação. Enquanto as estratégias de enfrentamento preventivas têm o objetivo de não confrontar o problema e tendem a ser desagradáveis. Podem ser indicados como exemplos, negação da realidade, comportamento descomprometido, desengajamento mental e uso de substâncias (MARTINOVA et al., 2002).
Com a presente revisão foi possível observar a necessidade de intervenções diferenciadas e especificas para cada tipo de grupo pesquisado e a importância de valorizar as docentes por meio de melhorias na remuneração, na motivação, e na redução da sobrecarga de trabalho. Conhecer a existência dos estressores ocupacionais e formas de lidar com eles, a partir da experiência e do tempo em que esses ocorrem, constitui-se em um conhecimento indispensável para aprofundar o entendimento sobre essa temática, sugerindo alternativas eficazes de prevenção e promoção da saúde (CARLOTTO et al., 2018).
O presente trabalho traz informações importantes para a compreensão da SB em professores, mas apresenta algumas limitações. As limitações desta revisão decorrem da escolha da base de dados consultada e os descritores utilizados, que podem ter contribuído para os resultados encontrados e a diferença de opiniões entre os pesquisadores delongou a etapa de análise. Apesar dessas limitações, destaque para variedade de artigos, ressaltando que a SB ainda é um tema pouco abordado no Brasil.
CONCLUSÃO
A herança histórica da figura do professor, a doação, a abnegação, ainda se fazem presentes nos dias de hoje, impedindo o reconhecimento de vários aspectos relacionados ao trabalho, entre eles os fatores estressores, que afetam a saúde mental desta categoria profissional.
A sistematização da literatura mostrou resultados preocupantes quanto a prevalência de SB em docentes. As longas jornadas e a percepção de reduzido reconhecimento profissional contribuíram para o surgimento da SB nos professores. Dada a importância de tal profissão, para formação de futuros profissionais e o impacto da SB na qualidade de vida e trabalho desses profissionais. Fica destacada a necessidade da realização de diagnósticos situacionais e criação de intervenções individuais e coletivas, focados em combater a prevalência da SB nessa categoria de trabalhadores.
Além disso, os achados dos estudos revisados mostraram ser importante que novas pesquisas investiguem esse fenômeno, utilizando instrumentos desenvolvidos ou validados para o contexto brasileiro e que tentem estabelecer uma compreensão longitudinal da SB na atuação dos decentes. Tal abordagem pode contribuir, também, para maior conhecimento no tocante à saúde ocupacional dos professores em diferentes níveis de atenção à saúde.
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1 Discente do PPG de Promoção da Saúde. Universidade de Franca Unifran. Franca, São Paulo, Brasil.(https://orcid.org/0000-0002-2250-1872)
2Discente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Passos, Minas Gerais, Brasil
3Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.(https://orcid.org/0000-0003-2092-2099)
4Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. (https://orcid.org/0000-0002-8937-584X)
5Docente SENAC. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil(https://orcid.org/0000-0002-2250-1872)
6 Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.(https://orcid.org/0000-0002-6603-775X)
7Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. (https://orcid.org/0000-0002-7393-3210)
8 Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.(https://orcid.org/0000-0003-2236-7009)
9 Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil.(https://orcid.org/0000-0002-3750-4873)
10Autor correspondente. Docente do curso de Enfermagem. Universidade do Estado de Minas Gerais. Divinópolis, Minas Gerais, Brasil. (https://orcid.org/0000-0002-9056-6782)E-mail: joao.melo@uemg.br