MATERNAL AND CONGENITAL SYPHILIS: EPIDEMIOLOGICAL PROFILE AND PREVALENCE IN PIAUÍ BETWEEN 2020 AND 2024
SÍFILIS MATERNA Y CONGÉNITA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO Y PREVALENCIA EN PIAUÍ ENTRE 2020 Y 2024
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505291619
Raianne Maria Mendes Carneiro1
Emanuella Izabel Maia Ramos2
José Arimatéa Santos Junior3
Ana Maria Arêa Leão Pinheiro4
RESUMO
A sífilis é um problema de saúde pública, principalmente em países menos desenvolvidos. Baseado no exposto, o estudo tem como objetivos caracterizar o perfil epidemiológico da sífilis materna e congênita no Piauí por macrorregiões e analisar a prevalência entre os anos de 2020 e 2024. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Segundo manual de noções de epidemiologia, monitoramento e avaliação de indicadores de saúde de 2023, a epidemiologia descritiva avalia a distribuição da doença ou condição de saúde em relação ao tempo, lugar e/ou pessoa, ou seja, quem, onde e quem adoeceu. Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) disposto no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, destacando as macrorregiões no período de 2020 a 2024. Coletados no período de março a abril de 2025. Do total de 2908 casos de sífilis gestacional, 2653 realizaram pré-natal no estado no período de 2020 a 2024. Observou-se que a maior prevalência se encontra na macrorregião meio norte, com 1555 casos, e menor prevalência no semiárido com 265 mulheres que realizaram pré-natal. É imprescindível investir na qualificação dos profissionais de saúde da atenção básica, garantindo testagem em tempo oportuno, tratamento adequado com penicilina benzatina e acompanhamento efetivo das gestantes e seus parceiros.
Palavras-chave: Saúde. IST. Gestantes. Sifilis. Sífilis congénita.
ABSTRACT
Syphilis is a public health problem, especially in less developed countries. Based on the above, the study aims to characterize the epidemiological profile of maternal and congenital syphilis in Piauí by macroregion and analyze the prevalence between 2020 and 2024. This is a descriptive epidemiological study. According to the 2023 Manual of Concepts in Epidemiology, Monitoring and Evaluation of Health Indicators, descriptive epidemiology assesses the distribution of a disease or health condition in relation to time, place and/or person, that is, who, where and who fell ill. The data were collected from the Notification and Injury Information System (SINAN) available at the Department of Information and Informatics of the Unified Health System (DATASUS) of the Ministry of Health, highlighting the macro-regions in the period from 2020 to 2024. Collected in the period from March to April 2025. Of a total of 2,908 cases of gestational syphilis, 2,653 underwent prenatal care in the state in the period from 2020 to 2024. It was observed that the highest prevalence was in the central-northern macro-region, with 1,555 cases, and the lowest prevalence in the semiarid region with 265 women who underwent prenatal care. It is essential to invest in the training of primary care professionals, ensuring timely testing, adequate treatment with benzathine penicillin, and effective monitoring of pregnant women and their partners.
Keywords: Health. STDs. People. Syphilis. Congenital syphilis.
RESUMEN
La sífilis es un problema de salud pública, especialmente en los países menos desarrollados. Con base en lo anterior, el estudio tiene como objetivo caracterizar el perfil epidemiológico de la sífilis materna y congénita en Piauí por macrorregiones y analizar la prevalencia entre 2020 y 2024. Se trata de un estudio epidemiológico descriptivo. Según el Manual de nociones de epidemiología, monitoreo y evaluación de indicadores de salud de 2023, la epidemiología descriptiva evalúa la distribución de la enfermedad o condición de salud en relación al tiempo, lugar y/o persona, es decir quién, dónde y quién enfermó. Los datos fueron recolectados del Sistema de Información de Lesiones y Notificaciones (SINAN) disponible en el Departamento de Información e Informática del Sistema Único de Salud (DATASUS) del Ministerio de Salud, destacando las macrorregiones en el período de 2020 a 2024. Recopilados en el período de marzo a abril de 2025. Un total de 2.908 casos de sífilis gestacional, 2.653 se sometieron a atención prenatal en el estado en el período de 2020 a 2024. Se observó que la prevalencia más alta fue en la macrorregión medio-norte, con 1.555 casos, y la prevalencia más baja en la región semiárida con 265 mujeres que se sometieron a atención prenatal. Es fundamental invertir en la cualificación de los profesionales de la salud de atención primaria, garantizando la realización de pruebas oportunas, el tratamiento adecuado con penicilina benzatínica y el seguimiento efectivo de las embarazadas y sus parejas.
Palabras clave: Salud. ITS. Gente. Sífilis. Sífilis congénita.
1. INTRODUÇÃO
A sífilis é a um problema de saúde pública, principalmente em países menos desenvolvidos, que se caracteriza por ser uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), tendo como agente etiológico o Treponema pallidum, uma bactéria que pode levar diversas alterações ao paciente, desde lesões cutâneas, até acometimento sistêmico, sendo estas condições nas formas mais graves (Brasil, 2023).
A sífilis congênita é a infecção transmitida da mãe para o filho de forma vertical, ou seja, a contaminação pelo patógeno acontece ainda na gestação ou durante o trabalho de parto. O risco de transmissão vertical aumenta significativamente com o avançar da gestação, sendo mais comum no segundo e terceiro trimestre por via hematogênica, embora já haja risco a partir do primeiro trimestre. O tipo de infecção materna também influencia na chance de transmissão (Rocha et al, 2021).
Ademais, essa infecção pode trazer prejuízos severos à feto ou bebê, como parto prematuro, abortamento ou até mesmo óbito fetal e neonatal. Mas sabe-se que a sífilis congênita é totalmente possível evitá-la com medidas simples como um pré-natal no qual é disponibilizado na atenção básica com realização de testes rápidos e exames de rotina para avaliação e acompanhamento da gestante. Como forma de diagnóstico há testes sorológicos específicos para sífilis, com tratamento e cura (Kirienco et al, 2023).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) houve um aumento significativo no número de bebês portadores de sífilis congênita entre 2012 a 2022, sendo a maioria oriunda da população com maior vulnerabilidade social. A África representa 60% dos casos de sífilis materna no mundo, seguido da Ásia e América Latina. (Rocha et al, 2021).
No Brasil, o boletim epidemiológico da sífilis 2023 disponibilizado pelo Ministério da Saúde, mostrou que houve uma crescente incidência de sífilis congênita e destacou predominância dos casos principalmente na região norte e nordeste e que a faixa, o nível de escolaridade e socioeconômico dessas gestantes tem bastante relação com esse aumento (Brasil, 2023).
Dessa forma, é importante pontuar a necessidade de políticas públicas de prevenção à doença e promoção à saúde, com educação sexual sobre prevenção do contágio e controle de disseminação. Necessita-se de melhorias na assistência e no pré-natal das gestantes, com rigoroso rastreio através de testes de diagnóstico rápido e precoce, tratamento efetivo e acompanhamento de qualidade.
O interesse por esse estudo deu-se pelo aumento nos últimos anos no Piauí dos casos de sífilis, IST pela bactéria Treponema pallidum, que tem relação direta com o aumento da sífilis congênita, através da transmissão vertical, da mão para o feto ou bebê.
A sífilis congênita quando não acarreta aborto espontâneo, morte perinatal ou má formação fetal pode também trazer prejuízos após nascer como no desenvolvimento da criança, com sintomas mais precoces de alteração em pele e mucosas, ósseas, cerebrais e em casos mais graves pode levar a icterícia, anemia, sepse e nas formas mais tardias pode levar a limitações ainda mais severas.
Dessa forma, o presente estudo pode fornecer subsídios para pesquisas posteriores que trata sobre o tema, pois diante de uma comorbidade tão importante e severa, que pode ser totalmente evitada, com diagnóstico fácil e tratamento levando a cura.
Baseado no exposto, o estudo tem como objetivos caracterizar o perfil epidemiológico da sífilis materna e congênita no Piauí por macrorregiões e analisar a prevalência entre os anos de 2020 e 2024.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CARACTERIZANDO A SÍFILIS
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum que pode ser contraída no momento do ato sexual desprotegido em adultos, chamada dessa forma de sífilis adquirida, como também pode acometer crianças, por via vertical no momento do parto ou ainda durante a gestação, atravessando a barreira placentária, também chamada de sífilis congênita, ou ainda de forma indireta, como por objetos contaminados e transfusão sanguínea, estes sendo mais raros (Brasil, 2022).
Inicialmente, a sífilis era denominada como a doença do ouro, do estrangeiro, o mal francês ou gálico. A descoberta do agente causador aconteceu na Alemanha em 1905 e antes disso havia várias teorias, na qual uma delas era que essa afecção era por conta de relação sexual entre leprosos e prostitutas ou que sua explicação estava relacionada a astrologia. Era motivo de preconceito social, tido como punição. No Brasil, acredita-se que a sífilis foi introduzida pelos europeus para as indígenas (Silva et al., 2023).
O patógeno Treponema pallidum, caracteriza-se por ter forma de espiralada, fina, delicada, com 10 a 20 voltas com comprimento de 5 a 20 e 0,1 a 0,2 micrômetros de espessura. Envolto por 3 camadas ricas ácido N-acetil murâmico e N-acetil glucosamina, contém flagelos que transpassam a região distal até proximal, o que ajuda na sua mobilidade. O patógeno é encontrado apenas nos seres humanos, sendo único reservatório e hospedeiro obrigatório não cultivado in vitro, pode ser eliminado pela falta de umidade e calor. Para ele não há imunidade natural e nem confere imunidade protetora à reinfecção, ou seja, mesmo após a cura de uma exposição o indivíduo continuará susceptível à reinfecção ao se expor ao patógeno (Avelleira, Bottino, 2006).
Essa infecção pode se apresentar de formas clínicas diversas, as manifestações variam de acordo com tempo de evolução e estágio em que se encontra a doença, podendo ser desde pequenas lesões no local da inoculação da bactéria e logo desaparecer, como pode haver casos com acometimento sistêmicos graves em que a infecção se arrasta por anos, ou até mesmo ser um paciente portador da infecção porém assintomático, sendo considerado com período de latência. Por isso, o diagnóstico precoce e tratamento efetivo podem evitar muitos males ao paciente com essa infecção. Vale ressaltar, que a terapia específica para a sífilis o leva a cura (Brasil, 2022).
2.2 TIPOS DE SÍFILIS
2.2.1 SÍFILIS ADQUIRIDA
A forma de apresentação da sífilis pode ser de duas maneiras. A forma adquirida ocorre por meio do ato sexual desprotegido com parceiro contaminado pelo agente bacteriano, Treponema pallidum. Dessa forma, após contaminação e infecção pode se apresentar de forma recente, quando há acometimentos em menos de um ano após infecção ou tardia quando manifesta-se a mais de um ano após infecção (Fagundes, 2022).
Esta forma pode se apresentar em três estágios distintos, a depender do tempo de infecção, do quadro clínico e da gravidade: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária. Também pode acontecer uma apresentação silenciosa e arrastada por muitos anos em pacientes assintomáticas, que é denominada de sífilis latente.
No estágio primário da sífilis adquirida, caracterizado por apresentar lesões em até 90 dias após contaminação, manifesta-se com cancro duro, uma lesão ulcerada, geralmente única, indolor, com fundo limpo e com base infiltrada na região onde a bactéria se inoculou, preferencialmente na genitália, mas podendo aparecer no colo do útero, ânus, boca, locais onde geralmente podem passar desapercebido. É autolimitado e pode desaparecer mesmo se não tratada dentro de até 8 semanas. Geralmente, essas úlceras são acompanhadas por linfonodos regionais múltiplos, não supurativos, unilateral e de consistência fibroelástica (Brasil, 2024; Ramos et al., 2021).
No estágio secundário da sífilis adquirida, as manifestações clínicas são caracterizadas por sintomas frustros como febre, fraqueza muscular, mal-estar e cefaleia, que logo somem somada a outras alterações que surgem em média de seis semanas até seis meses após o desaparecimento do cancro duro. Pode estar acompanhada de lesões dermatológicas máculas-eritematosas denominadas de roséolas sifilíticas, que surgem no tronco e se disseminam até mesmo para as plantas dos pés, palma das mãos e membros, pode vir associada também por lesões orais em forma de máculas ou placas eritematosas ou até mesmo ulceradas na região da língua, gengiva, lábio, palato duro, comissura labial, sendo esses dois últimos menos frequentes. Semanas após as roséolas, as sifílides surgem, está com característica papulosas ou pápulo-escamosas disseminadas, principalmente palmo-plantares, com alto valor diagnóstico (Menezes, 2021).
A sífilis latente, caracteriza-se por serem pacientes assintomáticos não tratados, pois há a detecção de contaminação do patógeno através de exames, revelando anticorpos positivos sem manifestações clínicas. A fase latente pode classificada como recente, quando detectada em menos de 12 meses, ou tardia quando detectada em mais de 12 meses de infecção (Fagundes et al., 2022).
A sífilis adquirida terciária é uma condição mais tardia, que apresenta manifestações com mais de um ano após infecção podendo apresentar até 40 anos depois, cerca de 15 a 40% dos pacientes podem desenvolver esse estágio da doença com comprometimentos significativos ao paciente como além de lesões cutâneas, envolvimento em sistema cardiovascular, neurológico, ósseos, na região oral com perfuração de palato e em casos mais extremos pode levar paciente a óbito (Brasil, 2022; Silva et al., 2022).
Para detecção da infecção pelo treponema, pode-se lançar mão dos testes direto ou imunológicos. A forma de diagnóstico utilizando a técnica direta é boa para sífilis congênita precoce e adquirida primária e pode auxiliar na secundária, nestas apresentam grande quantidade de patógeno no exsudato da lesão. Para os métodos direto, tem técnica de microscopia e testes de amplificação de ácido nucleico, são de baixo custo, porém operador dependente e tem cada vez mais sendo menos usado no brasil (Gaspar et al., 2021).
Os exames diretos buscam a pesquisa de T. pallidum em amostras coletadas de lesões. Os métodos utilizados são: a microscopia de campo escuro, impregnação pela prata, imunofluorescência ou técnicas de biologia molecular por reação de cadeia da polimerase. Os testes imunológicos, são divididos em duas categorias: Testes treponêmicos (TT) detectam anticorpos específicos produzidos contra antígenos do T. pallidum, onde os mais utilizados são: o teste rápido e o FTA-Abs e os testes não treponêmicos (TNT) que detectam anticorpos não específicos para o T. pallidum, onde se destaca o VDRL. Os testes não treponêmicos são os mais utilizados e caracterizam-se pela pesquisa de anticorpos em amostras de sangue total, soro, plasma ou líquor. A pesquisa na gestante deve ser feita pelo menos em dois momentos da gestação: na primeira consulta (primeiro trimestre) e no terceiro trimestre na internação antes do parto. (Domingues et al., 2021).
A investigação deve ser iniciada por Teste Treponêmico, o mais comumente utilizado é o teste rápido, uma vez positivo o teste, a investigação na gestante deve ser continuada com o TNT, a combinação com outros testes positivos aumenta o valor preditivo positivo diagnóstico do primeiro teste. Embora uma vez positivo o teste rápido até que se prove o contrário a gestante é considerada portadora de sífilis e deve iniciar o tratamento o mais breve possível (Lopesa et al., 2021).
Com a descoberta do fungo Penicilium notatus, em 1922, por Fleming e o seu poder bactericida modificou a história da sífilis e outras doenças infecciosas. Em 1943, Morroney confirmou e mostrou a sensibilidade do treponema a penicilina e a eficácia da resposta da mesma em todos os estágios da doença, com regressão de lesões primárias e secundárias em uma dose única, o que prevalece até o momento. No entanto para o tratamento da sífilis a droga de eleição é a penicilina benzatina, a mesma age na parede celular do Treponema pallidum, permitindo que entre água no treponema e ocorra a sua destruição (Ramos et al., 2022).
O tratamento da sífilis materna, de acordo com a OMS, deve ser realizado com penicilina benzatina intramuscular, sendo considerada a única efetiva no tratamento materno e na prevenção da transmissão vertical. Gestantes alérgicas devem ser dessensibilizadas, outras alternativas terapêuticas são consideradas ineficazes. O parceiro deve ser tratado concomitantemente na prevenção de uma reinfecção materna. Para um tratamento efetivo deve ser feito o esquema completo com a penicilina benzatina de acordo com o estágio da infecção e pelo menos 30 dias antes do parto, o intervalo entre as doses, o risco de reinfecção e o controle de cura devem ser feitos de forma rigorosa. Deve-se acompanhar para controle de cura por meio de testes não treponêmicos uma queda da titulação em pelo menos duas diluições em três meses ou quatro em seis meses, após o término do tratamento (Ramos et al., 2022).
2.2.2 SÍFILIS CONGÊNITA
Por se tratar de uma doença muito contagiosa a transmissão vertical se torna alta, principalmente nas fases mais recentes da doença. Essa transmissão se dá pela passagem da bactéria através da placenta ou no momento do parto pelo contato do bebê ao passar pelo canal vaginal. Quando a gestante está infectada e não trata, aumenta riscos de malformação fetal, abortamento, natimorto, prematuridade, baixo peso ao nascer, morte neonatal ou complicações sistêmicas ao bebê que nasce com sífilis congênita (Silva et al., 2022).
Quando a gestante está em fases recentes da contaminação a chance de transmissão é de cerca de 100% e quando tratada essa porcentagem cai para 97%. Os bebês com sífilis congênita 90% podem nascer e serem assintomáticos, mas também podem apresentar diversas alterações e são classificadas como manifestações recentes, podendo elas ser observadas logo ao nascer e manifestações tardias, que se apresentam com mais de dois anos após o nascimento. Nas manifestações recentes são observadas principalmente baixo peso ao nascer, rinite, erupção cutânea, anemia, bolhas, febre, eritroblastose, hepatoesplenomegalia, periostite, osteocondrite (Rocha et al., 2022).
Nas alterações mais tardias dos bebês com sífilis congênita encontram-se em até 40% delas, podendo acometer diversos órgãos como alterações oftalmológicas como glaucoma secundário, coriorretinite, ceratite intersticial, cicatriz de córnea, atrofia ótica, como também pode haver perda auditiva sensorial, dentes em Hutchinson, alterações cutâneas com rágades e gomas (Lopes et al., 2021).
A avaliação do neonato suspeito de estar infectado pela doença deve ser iniciada na maternidade, devendo levar em consideração, a clínica da criança (normalmente ausente ou inespecífico), a história materna de sífilis e o teste não treponêmico da criança em sangue periférico, comparada com o mesmo teste materno no momento do parto, feito de forma simultânea. Um título maior que o materno em pelo menos duas diluições é indicativo de infecção congênita, a ausência desse achado não exclui o diagnóstico (Fagundes, 2021)
A pesquisa de anticorpos IgM inata do recém-nascido contra o T. pallidum por meio de TT é outra forma de rastreio diagnóstico para sífilis congênita, porém esse método é pouco sensível e o seu resultado negativo não exclui a ausência de infecção. De toda forma em qualquer uma das situações a criança que é suspeita de sífilis congênita deve ser investigada, notificada e imediatamente tratada de forma adequada, posteriormente acompanhada com exames complementares como radiografia de ossos longos e punção lombar liquórica (Bomfim et al., 2021).
Na sífilis congênita, quando o neonato é diagnosticado com sífilis ele é tratado com Benzilpenicilina, podendo ser procaína, benzatina ou cristalina. A suspeita ou detecção da sífilis no neonato é feito com base na identificação da sífilis na mãe, adequação do tratamento materno, presença de evidências clínicas, laboratoriais ou radiográficas de sífilis no bebê e comparação de titulações sorológicas não treponêmicas entre a mãe e o bebê (Novais et al., 2024).
O Esquema para o tratamento da Sífilis adquirida, deve ser feito da mesma forma para gestantes, conforme o estágio da infecção:
- Sífilis primária, sífilis secundária e sífilis latente recente: Penicilina benzatina 2.400.000UI, IM, dose única Sífilis recente.
- Sífilis tardia: sífilis terciária, sífilis latente tardia (com mais de um ano) e sífilis latente de tempo desconhecido Penicilina benzatina 7.200.000UI, IM, em três doses semanais de 2.400.000UI (Fonte: Guia de controle das DST. Brasília: MS/PN de DST/Aids, 1999).
O tratamento da sífilis congênita nos neonatos deve ser feito de acordo com alguns critérios: Nos Recém-Nascidos (RN) de mães com sífilis não tratada, ou inadequadamente tratada, independente do resultado do Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) do RN, deve-se realizar radiografia de ossos longos, punção lombar (na impossibilidade de realizar esse exame, tratar o caso como neurossífilis) e outros exames, quando clinicamente indicados. Caso haja alguma alteração no que foi investigado o tratamento deverá ser feito com penicilina cristalina 50.000UI/kg/dose endovenosa. Se tiver menos de uma semana de vida (duas vezes ao dia), se tiver mais de uma semana de vida (três vezes ao dia) faz por 10 dias; ou penicilina G procaína 50.000UI/kg, intramuscular, por 10 dias (Novais et al, 2024).
Se houver alteração no Líquido Cefalorraquidiano (LCR), o tratamento deverá ser feito com penicilina G cristalina, 50.000UI/kg/ dose, endovenosa, duas vezes por dia se tiver menos de uma semana de vida (duas vezes ao dia) e se tiver mais de uma semana de vida (três vezes ao dia) por 14 dias. Aumenta só na quantidade de dias.
Se não houver alterações clínicas, radiológicas e/ou liquóricas, no bebê e a sorologia for negativa, deve-se proceder o tratamento com penicilina G benzatina intramuscular, na dose única de 50.000UI/kg (Novais et al, 2024).
O acompanhamento do recém-nascido é obrigatório, sendo impossível o mesmo, o RN deve ser tratado com o mesmo esquema por 10 dias. Nos RN de mães adequadamente tratadas: realizar VDRL em amostra de sangue periférico do RN; se for reagente com titulação maior que a materna e na presença de alterações clínicas, realizar radiografias de ossos longos e análise do LCR e ainda houver alterações radiológicas, sem alterações liquóricas, o tratamento deverá ser feito com penicilina G cristalina, 50.000UI/kg/dose, duas a três vezes ao dia dependendo da idade, por 10 dias; ou penicilina G procaína 50.000UI/kg, IM, por 10 dias. Caso o RN não for reagente ou for reagente com titulação menor ou igual à materna e for assintomático e com radiografia de ossos longos sem alterações, fazer apenas seguimento ambulatorial (Fagundes et al, 2022).
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Segundo manual de noções de epidemiologia, monitoramento e avaliação de indicadores de saúde de 2023, a epidemiologia descritiva avalia a distribuição da doença ou condição de saúde em relação ao tempo, lugar e/ou pessoa, ou seja, quem, onde e quem adoeceu (Brasil, 2023).
3.2 FONTE DE DADO, LOCAL E PERÍODO DE ESTUDO
Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) disposto no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, destacando as macrorregiões no período de 2020 a 2024. Coletados no período de março a abril de 2025.
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3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Foram incluídos no estudo os dados fornecidos pelo SINAN com as seguintes variáveis: na sífilis congênita, será levado em consideração a realização de pré-natal, faixa etária da criança, número de nascidos vivos e de óbitos. Na sífilis gestacional será levado em consideração idade materna, pré-natal, escolaridade materna, classificação clínica, casos confirmados pelos testes não treponêmicos e por testes treponêmicos da sífilis gestacional e congênita no estado do Piauí, por macrorregiões dente 2020 e 2024. Foram excluídos do estudo os dados evidenciados em revistas, artigos ou teses.
3.4 ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos dados foi apresentada em forma de tabelas e gráficos elaborados pelo software Microsoft Office Excel. Após a coleta dos dados, os mesmos foram revisados e transformados em tabelas.
3.5 ASPECTOS ÉTICOS
Os dados utilizados foram extraídos do DATASUS, portanto, sem identificações pessoais dos envolvidos, dessa forma, respeitando princípios éticos da pesquisa em seres humanos regulamentado pela resolução da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Quando não tratada adequadamente durante a gestação, pode ser transmitida verticalmente da gestante para o feto, resultando na sífilis congênita. Esta condição representa um grave problema de saúde pública, especialmente em regiões com desafios estruturais e socioeconômicos, como é o caso de diversas áreas do estado do Piauí (Santos et al., 2023).
A sífilis materna e congênita está associada a altos índices de morbimortalidade neonatal, incluindo aborto espontâneo, prematuridade, natimortalidade, baixo peso ao nascer e malformações congênitas. Sua ocorrência é considerada evitável, o que evidencia falhas na assistência pré-natal e nos sistemas de vigilância e controle da doença (Silva et al., 2021).
Nos últimos anos, o Brasil tem apresentado um crescimento preocupante nos casos de sífilis, tanto em adultos quanto em gestantes. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos notificados de sífilis em gestantes aumentou progressivamente, refletindo melhorias na notificação, mas também a persistência de lacunas na prevenção e tratamento (Souza et al., 2021).
Tabela 01: Número de casos confirmados de sífilis congênita por macrorregião segundo realização de pré-natal.

FONTE: Autores, 2025.
Observou-se que no estado do Piauí nos anos de 2020 a 2024 foram notificados o total de 1348 casos que realizaram pré-natal na sífilis congênita, dentre esses, 1119 realizaram pré-natal e 194 não realizaram. Evidenciou-se que predominantemente na macrorregião Meio-Norte houve uma maior prevalência de casos.
No estado do Piauí, os dados epidemiológicos indicam uma prevalência crescente da sífilis materna e congênita. Municípios do interior e áreas urbanas periféricas enfrentam dificuldades relacionadas à baixa cobertura de pré-natal adequado, escassez de testagem rápida e acesso limitado ao tratamento com penicilina benzatina, padrão-ouro para o manejo da doença (González, A. et al, 2023).
Tabela 02: Número de casos confirmados de sífilis congênita segundo faixa etária da mãe.

FONTE: Autores, 2025.
Estudos e boletins locais demonstram que a maioria das gestantes diagnosticadas com sífilis no Piauí são jovens, de baixa escolaridade, sem emprego formal e com histórico de múltiplos parceiros sexuais. Essas características reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas à educação sexual e ao fortalecimento do planejamento reprodutivo (Monteiro et al., 2023).
A transmissão vertical da sífilis pode ocorrer em qualquer fase da gestação, mas o risco é maior quando a infecção é recente. A falta de testagem no primeiro e terceiro trimestres da gestação, bem como a ausência de tratamento adequado da parceira ou parceiro sexual, são fatores que contribuem significativamente para a ocorrência da sífilis congênita (Souza et al., 2021).
Total de casos 1341, com maior prevalência nos recém-nascidos com até seis dias de vida resultando um total de 1297 casos e nos recém-nascidos de 7 a 27 dias tendo um total 129 casos. Em recém-nascidos com 28 dias de vida a menores de um ano foram 15 casos confirmados. Lactentes com um ano de vida a menos de dois anos foram notificados somente um caso. De 2 anos a 4 anos, foram registrados dois casos. De 5 a 12 anos dois casos. Sendo a maior prevalência desses registros na faixa etária com seis dias de vida.
Tabela 03: Número de casos confirmados de evolução na sífilis congênita-vivos e óbitos pelo agravo.

FONTE: Autores, 2025.
A atenção básica de saúde, por meio da Estratégia Saúde da Família, tem papel central na prevenção e controle da sífilis. Entretanto, no Piauí, muitos profissionais ainda enfrentam dificuldades quanto ao diagnóstico precoce, uso correto dos testes rápidos e manejo clínico dos casos, além da recorrente falta de insumos e medicamentos (Martínez et al., 2021).
Outro desafio importante é a subnotificação de casos, tanto de sífilis em gestantes quanto congênita. Isso compromete a real dimensão do problema e dificulta a implementação de ações eficazes de vigilância epidemiológica. A capacitação dos profissionais para o preenchimento correto das fichas de notificação é uma medida urgente (Govatiski et al., 2024).
Total notificados de crianças vivas foram de 1156 casos, sendo desses 48 casos de óbitos pelo agravo da sífilis congênita. Evidenciou-se maior prevalência de óbitos na macrorregião meio norte com 43 casos.
Tabela 04: Número de casos confirmados por faixa etária segundo sífilis gestacional.

FONTE: Autores, 2025.
Na sífilis gestacional observou-se 2908 casos notificados entre os anos de 2020 a 2014 no estado do Piauí. Dentre eles a faixa etária de maior prevalência foi de entre 20 a 39 anos de idade em todas as macrorregiões, dando um total de 2208 casos notificados e a de menor prevalência se encontra na faixa etária de 10 a 14 anos com 29 casos notificados.
Diversas estratégias vêm sendo adotadas para reduzir a prevalência da sífilis no estado, como a ampliação da testagem rápida em unidades básicas de saúde, campanhas educativas, integração das redes de atenção à saúde e capacitação profissional. Contudo, ainda são necessárias ações mais incisivas e políticas públicas sustentáveis (Brasil, 2023).
A prevenção da sífilis exige uma abordagem intersetorial, que envolva não apenas o setor saúde, mas também educação, assistência social e comunidades locais. O estímulo à educação em saúde sexual e reprodutiva, principalmente entre adolescentes e jovens, pode contribuir para a diminuição da transmissão da doença (Santos et al., 2023).
Tabela 05: Número de casos confirmados por grau de escolaridade materna na Sífilis gestacional.


EF: ensino fundamental
FONTE: Autores, 2025.
A sífilis materna e congênita no Piauí representa um reflexo das desigualdades sociais e das fragilidades dos serviços de saúde. Enfrentar esse problema requer ações articuladas entre gestores, profissionais e a população, com foco na prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e monitoramento efetivo dos casos (Monteiro et al., 2023).
Observou que no total de 2908 casos registrados, há uma maior prevalência nas mães com escolaridade de nível médio completo e a menor prevalência nas analfabetas, principalmente na macrorregião meio-norte.
Tabela 06: Número de confirmados por classificação clínica segundo a sífilis materna.

FONTE: Autores, 2025.
O estado do Piauí é subdividido por macrorregiões, sendo elas o semiárido, meio norte, litoral e cerrados. Diante do exposto nas tabelas, pode-se perceber que a maior concentração dos casos notificados estão concentrados na macrorregião meio norte. A maior prevalência dos casos de sífilis congênita se dá em mães na faixa etária entre 2024 anos de idade, que têm escolaridade com nível médio completo e menor prevalência em mulheres analfabetas. De um total de 1156 crianças nascidas vivas 48 vieram a óbito por sífilis congênita, sendo dessas 43 da região meio norte, o que demonstra uma alta taxa de mortalidade nessa região (Fernandes et al., 20
Total de 2908 casos registrados com sífilis gestacional, há uma prevalência maior naquelas que foram diagnosticadas na forma latente da doença com 1054 casos. E menor prevalência na sífilis secundária com 121 casos registrados. Quanto a maior prevalência por macrorregião, meio-norte foi mais notificada e uma menor prevalência na macrorregião do semiárido.
Tabela 07: Número de diagnóstico por testes não treponêmicos por macrorregiões no período de 2020 a 2024.

FONTE: Autores, 2025.
Do total de 2908 casos de sífilis gestacional no Piauí entre 2020 e 2024, 214 mulheres não realizaram teste não treponêmico e 2511 realizaram e deram reativos. Desse total de casos reativos, a maior prevalência é da região meio norte com 1571 casos reativos e 37 não reativos e 79 não realizados, porém é a macrorregião onde acontece a maior realização dos testes não treponêmicos. Já na macrorregião litoral têm total de 1556 casos de sífilis gestacional desses 78 não realizaram teste não treponêmicos, sendo 432 reativos e 14 não reativos.
Tabela 08: Número de diagnóstico por testes treponêmicos por macrorregiões no período de 2020 a 2024.

FONTE: Autores, 2025.
Do total de 2908 casos de sífilis gestacional no estado do Piauí entre 2020 e 2024, 425 mulheres não realizaram o teste treponêmico. Sendo 2228 reativos e 100 não reativos. Observou-se que a região que menos realiza testes treponêmicos é a meio norte com 174 mulheres que não realizaram. Ou seja, a prática da realização dos testes não treponêmicos na macrorregião meio norte é bem maior em relação aos treponêmicos. No litoral 556 total de gestantes, 129 não realizaram o teste treponêmico, sendo mais frequente a realização do teste não treponêmico nessa região.
Tabela 09: Número de pré-natal realizados segundo a sífilis gestacional por macrorregião entre 2020 e 2024 no estado Piauí.

FONTE: Autores, 2025.
Total de 2908 casos de sífilis gestacional, 2653 realizaram pré-natal no estado no período de 2020 a 2024. Observou-se que a maior prevalência se encontra na macrorregião meio norte, com 1555 casos, e menor prevalência no semiárido com 265 mulheres que realizaram pré-natal.
Sobre o perfil epidemiológico da sífilis gestacional observa-se o maior número de diagnósticos na fase latente e na fase primária da doença nessas mulheres, quanto aos métodos diagnósticos foram realizados testes treponêmicos e não treponêmicos, de um total de 2908 mulheres que realizaram o teste no estado do Piauí, 2511 positivaram com o teste não treponêmico e 214 não realizaram, destas 1728 foram feitos na região meio norte e o restante distribuído nas demais regiões o que nos mostra uma realização muito maior de testes na região Meio Norte em relação às demais, por isso também a prevalência muito maior de casos em relação as outras regiões (Hu et al., 2022).
Sobre os testes treponêmicos das 2908 mulheres testadas no estado do Piauí 2228 deram reativos e 425 não realizaram o teste, o que demonstra uma maior realização de testes não treponêmicos, da mesma forma também foram realizados uma quantidade bem maior de testes na região Meio Norte e consequentemente confirmados um maior número de casos. Quanto ao acompanhamento pré-natal do total de 2653 mulheres, a grande maioria também é da região meio norte com o total de 1555 pré-natal realizado, o que nos mostra um melhor acompanhamento gestacional nessa região (González, A. et al, 2023).
5. CONCLUSÃO
A sífilis materna e congênita permanece como um importante desafio de saúde pública no Piauí, refletindo deficiências no acesso e na qualidade do pré-natal, além de dificuldades estruturais dos serviços de saúde, especialmente em regiões mais vulneráveis. A alta prevalência da doença demonstra a urgência em fortalecer as políticas de prevenção, testagem e tratamento, especialmente entre as populações em situação de maior risco social e econômico.
É imprescindível investir na qualificação dos profissionais de saúde da atenção básica, garantindo testagem em tempo oportuno, tratamento adequado com penicilina benzatina e acompanhamento efetivo das gestantes e seus parceiros. A vigilância ativa, associada ao registro correto dos casos e à atuação intersetorial, pode contribuir significativamente para a interrupção da cadeia de transmissão vertical da sífilis.
Portanto, o enfrentamento da sífilis materna e congênita no Piauí requer não apenas melhorias técnicas e estruturais nos serviços de saúde, mas também um compromisso contínuo dos gestores públicos, da sociedade civil e das famílias. Somente com ações integradas, sustentáveis e baseadas em evidências será possível reduzir os indicadores da doença e assegurar o direito das crianças a nascerem livres da sífilis congênita.
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1Graduanda de Medicina – Instituição de formação: Faculdade CET – Endereço: Teresina – PI, Brasil / E-mail: raiannecarneir33@gmail.com
2Graduanda de Medicina – Instituição de formação: Faculdade CET Endereço: Teresina – PI, Brasil / E-mail: manumaiaramos29@gmail.com
3Doutor em ginecologia e obstetrícia – Instituição: Faculdade CET – Endereço: Teresina – PI, Brasil / E-mail: Drarimateasantosjr@ufpi.edu.br
4Mestre em ginecologia e obstetrícia – Instituição: Faculdade CET – Endereço: Teresina – PI, Brasil / E-mail: analeao41@ufpi.edu.br