SGTMO – SISTEMA DE GERENCIAMENTO PARA O TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8075710


Alisson Xavier da Silva
Ivson Valber dos Santos
Karolinny Lins de Oliveira Silva
Orientador: Prof. MSc. Antônio Vicente Lourenco Damaso


RESUMO

Este trabalho discorre sobre o Sistema de Gerenciamento para o Transplante de Medula Óssea (SGTMO), propondo informatizar o processo de transplante de medula óssea em Pernambuco. A criação deste sistema foi motivada pela falta de sincronismo e automatização das informações tratadas. Visto que o processo é totalmente manual. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o assunto e através de diferentes informações este trabalho define os princípios de transplante, quais são os pré-requisitos para ser um doador, os exames necessários para o receptor ser transplantado, e entre outros assuntos para entendimento dos trâmites legais associados aos órgãos regulamentadores. O objetivo principal deste trabalho é a construção de um programa capaz de digitalizar e documentar informações e processos feitos pela Central de Transplante de Medula Óssea em Pernambuco. 

Palavras chave: Transplante. Medula Óssea. Digitalizar. Processos.

ABSTRACT

This paper discusses the Management System for Bone Marrow Transplantation (SGTMO), proposing to computerize the process of bone marrow transplantation in Pernambuco. The creation of this system was motivated by the lack of synchronization and automation of information handled. Since the process is completely manual. We conducted a literature review on the subject and through this work different information sets out the principles of transplantation, which are the prerequisites to be a donor, the examinations necessary for the receiver to be transplanted, and among other things to understand the legal procedures associated with regulatory bodies. The main objective of this work is to build a program capable of scanning and document and information processes performed by the Central Bone Marrow Transplantation in Pernambuco.

Keywords: Transplantation. Bone Marrow. Scan. Process.

1 INTRODUÇÃO

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.  

Em busca de mais informações sobre o assunto decidiu-se procurar a Central de Transplante de Pernambuco, e o Transplante de Medula Óssea de Pernambuco. Constatou-se que os transplantes de órgãos e tecidos são subdivididos em grupos, a fim de estabelecer maior controle e fidelidade dos dados que serão tratados, ou seja, uma equipe e um sistema informatizado para controlar uma especialidade. Porém verificou-se que o processo de Transplante de Medula Óssea em Pernambuco é o único que não possui um sistema informatizado para controlar e garantir a integridade das informações. 

O controle dos Transplantes de Medula Óssea em Pernambuco é feito pelos Bancos de Sangue e pela Central de Transplante, que utilizam processos não informatizados e manuais, como: trocas de informações por e-mail, cartas e telefone. O registro de informações é feito por planilhas eletrônicas, manipuladas por pessoas responsáveis, tornando as informações inseguras.

Definiu-se criar um programa capaz de auxiliar os responsáveis no controle de informações de pacientes, médicos e enfermeiros, garantindo assim maior segurança nas informações registradas, tal como a lista de prioridade de pacientes.

2 CONCEITOS BÁSICOS

A seguir serão descritos parâmetros básicos utilizados para elaboração do software.

2.1 Transplante de Órgãos

Transplantes de órgãos caracterizam-se por uma intervenção terapêutica em que órgãos de pacientes vivos ou falecidos, diagnosticados por morte encefálica, ou seja, destruição completa ou irreversível do cérebro e tronco cerebral, porém, com batimentos cardíacos e com circulação sanguínea mantida temporária e artificialmente, são transplantados em pacientes com doenças terminais. 

Na doação de órgãos em geral, existem vários critérios para doador e receptor, no caso do doador, a pessoa deve estar no estágio de morte encefálica, que pode ser causada pelo Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), Acidente Vascular Encefálico (hemorrágico ou isquêmico), Encefalopatia Anóxica e Tumor Cerebral Primário. Na verificação para a doação dos órgãos o doador deve encontrar-se em óbito, onde serão feitos vários diagnósticos antes da retirada de seus órgãos. 

Segundo o Dr. Edson de Oliveira Andrade, Presidente do Conselho Federal de Medicina, relata que:

No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela resolução CFM 1480/97, devendo ser registrado em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica, devendo os elementos dos exames neurológicos que demonstram ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar. 

É necessário certificar-se de que o paciente tenha identificação e registro hospitalar, a causa do coma seja conhecida e estabelecida, não estar hipotérmico (temperatura abaixo de 35º), não esteja usando drogas depressoras do Sistema Nervoso Central e não esteja em hipotensão arterial. 

Após essas certificações, o paciente deve se submeter a dois exames clínicos para avaliação do tronco cerebral, esses exames são feitos por dois médicos diferentes, nos quais não estejam participando da captação e transplante dos órgãos, com intervalo de tempo entre um exame e outro definido por idade de acordo com a Resolução CFM 1480/97, feito os exames clínicos o paciente ainda se submeterá a um exame complementar que demonstre ausência de perfusão sanguínea ou ausência de atividade elétrica cerebral ou ausência metabólica cerebral.

A família é comunicada da morte encefálica, pelo próprio médico do paciente ou pelo médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou pela equipe de captação, que o paciente está em óbito, mas que ele pode salvar várias vidas através da doação. É feita a inscrição nas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) e o médico também informará por telefone a Central do seu estado o nome do paciente, a causa da morte, a idade e o hospital onde se encontra, para converter-se em doador efetivo.

2.1.1 Legislação dos Transplantes

Existe a lei que rege as doações de órgãos. A Lei Nº 9434/97, no anexo 1, também conhecida como Lei dos Transplantes, trata das questões da disposição Post Mortem de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para fins de transplante; dos critérios para transplante com doador vivo e das sanções penais e administrativas pelo não cumprimento da mesma. Foi regulamentada pelo Decreto Nº 2268/97, que estabeleceu também o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), os Órgãos Estaduais e as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs).

2.1.2 Doadores

Existem transplantes de órgãos e tecidos que são feitos por doadores vivos, é o caso dos rins, onde é doado um rim (doação inter-vivos), do fígado, parte dele pode ser doada, do pulmão e pâncreas, parte do pulmão e pâncreas pode ser retirada em casos excepcionais, e por último, medula óssea, que pode ser obtida pela aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue periférico.

Em 2001, a Lei nº 10.211/01 extinguiu a doação presumida no Brasil e determinou que a doação com doador cadáver só ocorresse com a autorização familiar, independente do desejo em vida do potencial doador. Logo, os registros em documentos de Identificação como o Registro Geral (RG) e Carteira Nacional de Habilitação (CNH), relativos à doação de órgãos, deixaram de ter valor como forma de manifestação de vontade do potencial doador.

2.2 Doação de Medula Óssea

No Transplante de Medula Óssea, os beneficiados são pessoas portadoras de leucemia, linfomas e aplasias de medula. Esse é um tratamento para doenças que afetam as células do sangue. Consiste na substituição de medula óssea doente ou deficitária por células normais da medula para a reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando o transplante vem do próprio paciente, alogênico quando a medula vem de um doador, ou também, podendo ser feito por células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de um cordão umbilical. 

Na doação o doador não precisa mudar seus hábitos alimentares e cotidianos, ele é submetido a vários exames clínicos para comprovação do seu estado de saúde, o transplante é feito em sala cirúrgica com duração de aproximadamente duas horas. São realizadas várias punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula, é retirado um volume de no máximo 15%, não causando danos à vida do doador. 

O receptor recebe a medula como se fosse uma transfusão de sangue, com a adaptação da medula o paciente fica internado no hospital em regime de isolamento recebendo os devidos cuidados durante duas ou três semanas. Após a recuperação da medula o paciente continua o tratamento pelo ambulatório, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário no Hospital-dia.

Para que seja feita a doação, é necessário que haja total compatibilidade entre doador e receptor para que não ocorra rejeição da medula, esse teste é chamado histocompatibilidade. De acordo com as leis de genética, a chance do indivíduo de encontrar um doador ideal entre irmãos da mesma mãe e do mesmo pai é de 25%. Quando não se encontra um doador aparentado a solução é ir para os não aparentados que são pessoas voluntárias inscritas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). 

No Brasil a dificuldade é maior de encontrar um doador compatível, pois há mistura de raças, mas hoje já existem mais de 12 milhões de pessoas doadoras em todo o mundo. No Brasil, o REDOME já possui mais de 1 milhão e 400 mil doadores inscritos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são feitos cerca de dois transplantes em pessoas não-aparentadas por mês e o autólogo (da pessoa para ela mesma) são feitos cerca de sete transplantes por mês. Para ser doador é preciso ter entre 18 e 55 anos, gozar de boa saúde, se dirigir ao Hemocentro mais próximo da residência, coletar 5 ml de sangue e fazer a tipagem HLA. 

3 CENÁRIO ATUAL

Como foi dito na introdução deste trabalho, atualmente os trâmites legais utilizados no processo de transplante de medula óssea em Pernambuco é totalmente manual, não existe sistema para controlar as informações registradas, ou seja, toda e qualquer informação é documentada em papéis e planilhas alimentadas por pessoas responsáveis por determinada tarefa. A autenticação desses é confirmada por meio de carimbos e assinaturas. Para transferir informações é utilizado e-mail, aparelho de telefax, carta e ligações telefônicas (como ilustra a Figura 1).

Figura 1 – Processo de comunicação entre hospital e central de transplante.

A Figura 2 retrata o documento disponibilizado pela Central de Transplante de Pernambuco. Segundo responsáveis pela Central, este documento é utilizado na inscrição do Paciente que será candidato a transplante, no caso, de Medula Óssea. Após seu cadastramento o candidato será inserido na fila de pessoas a serem transplantadas, com o grau de prioridade definido pelo responsável da central de transplante.

Figura 2 – Formulário de inscrição do candidato a transplante de medula óssea.

Fonte – Central de Transplante de Pernambuco, 2012

4 SGMTO

Observando o cenário atual, nós propomos um sistema web para gerenciar essa comunicação entre os hospitais e a central. O Sistema de Gerenciamento para o Transplante de Medula Óssea (SGTMO) é uma ferramenta para o processo de controle de dados, fornecendo uma maneira eficiente de armazenamento e troca de informações.

A seguir, descreve-se os requisitos que o sistema atende, a modelagem, arquitetura e versão implementada.

4.1 Requisitos

Os requisitos do sistema foram levantados em reuniões com responsáveis pelo Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Português e também com a Central de Transplante de Pernambuco (CT-PE). Nessas reuniões, foram identificadas algumas tarefas que o sistema deverá desempenhar, evitando as dificuldades na comunicação entre as duas entidades responsáveis e melhorando o desempenho dessa interligação. Os seguintes requisitos foram levantados:

a) Disponibilizar cadastro de usuários e pacientes para administradores;
b) Disponibilizar cadastro de pacientes para usuários;
c) Possibilitar a criação da lista de pacientes através do administrador;
d) Controlar informações de pacientes e usuários;
e) Registrar modificações feitas por usuários.

Depois de levantar os requisitos, nós podemos dar início a modelagem.

4.2 Modelagem

Esta seção apresenta a modelagem (que segue o padrão UML) do sistema considerando os requisitos mostrados anteriormente. O primeiro diagrama é o de caso de uso, seguido pelo diagrama de Entidade-Relacionamento e, por fim, a Arquitetura Cliente-Servidor.

4.2.1 Caso de uso

O caso de uso é uma maneira formal de capturar e expressar a interação e o diálogo entre usuários do sistema, denominados atores e o próprio sistema (CONALLEN, 2003). Seguindo essa definição, a Figura 3 ilustra os atores (representados por bonecos) e as ações (representadas por círculos).

O sistema possui dois atores: o administrador e o usuário. O Administrador exerce controle total do sistema, sendo o ator principal na maioria dos casos de uso. Pode realizar todas as operações sobre cadastros, tais como inserir, alterar ou remover dados e também realizar consultas nos cadastros de trabalhos, de ocorrências, de usuários, de contatos, de pacientes e de funcionários.

Por sua vez, o usuário tem o papel de manter o cadastro de trabalhos, podendo realizar as operações de inserção, alteração e remoção destes e até mesmo realizar consultas para encontrar trabalhos já cadastrados.

4.2.2 Entidade-Relacionamento

Depois de definidos os requisitos e quais são os usuários e as respectivas ações, o próximo passo foi elaborar o diagrama entidade-relacionamento. “O modelo entidade-relacionamento (E-R) tem por base a percepção de que o mundo real é formado por um conjunto de objetos chamados entidades e pelo conjunto dos relacionamentos entre esses objetos.” (SILBERSCHATZ; KORTH; SUDARSHAN, 1999, p. 21).

O diagrama E-R desse sistema (ilustrado na Figura 4) tem três tabelas: Hospital, Funcionário e Paciente. A tabela Hospital é utilizada para cadastrar os hospitais associados a algum transplante. Por sua vez, a tabela Funcionário é utilizada na associação de pacientes atendidos pelos funcionários de um determinado hospital. E por fim, a tabela Paciente é agrupada nas tabelas Hospital e Funcionário. 

4.3 Implementação

Esta seção mostra a arquitetura e algumas imagens do sistema. Esse projeto foi construído na linguagem de programação Java para Web (J2EE) visando criar um produto com maior extensibilidade, re-usabilidade e flexibilidade. Para gerenciar os dados do sistema, foi utilizado o gerenciador de banco de dados (SGBD) MySQL por ser amplamente utilizado no mundo acadêmico.

4.3.1 Arquitetura

O SGTMO segue uma arquitetura Cliente-Servidor (ilustrada na Figura 5), onde uma estação de trabalho (cliente) faz requisições à máquina-servidor, com isso o servidor requisitado executa as operações necessárias para realização do pedido. O usuário ou administrador do sistema deve utilizar um navegador Web (cliente) para poder manipular o sistema, este mesmo navegador fará requisições a uma máquina (servidor) responsável por aceitar tais requisições, processá-las e retornar os resultados.

Todo o processamento é realizado integralmente do lado do servidor, o cliente recebe apenas o visual do sistema (no formato HTML). Desta maneira, a aplicação do usuário fica mais leve, não exigindo a instalação do sistema (apenas de um navegador de Internet) e nem precisando que a máquina possua uma configuração de hardware robusta. 

Outra característica desse modelo é que o servidor não se limita a atender apenas um único cliente por vez. O servidor pode atender vários clientes ao mesmo tempo, podendo desempenhar melhor as suas atividades.

4.3.2 Interface

As interfaces de um sistema são responsáveis pela interação entre homem e máquina. O sistema tem uma interface amigável ao usuário primário sem se tornar cansativa aos usuários mais experientes. Elas possibilitam ao usuário realizar tarefas de forma rápida, fácil e satisfatória. 

O sistema possui dois perfis diferentes: unidade, técnico (usuário) e o analista gerencial (Administrador). No entanto, para acessar o sistema tais perfis terão a mesma tela de autenticação. Pode-se visualizar na Figura 6, a tela de login que é composta pela unidade, usuário e senha, que será inicialmente disponibilizada pelo administrador no momento do cadastro de um novo usuário.

Se os dados informados estiverem corretos, serão enviados à página inicial do sistema. Na tela inicial do sistema há informações básicas do SGTMO, juntamente com um menu (ações permitidas no sistema). Dependendo do grupo do usuário (Administrador ou Técnico), o menu se altera. As páginas que possuem formulários são padronizadas contendo os mesmos layouts, ícones e ações para diferentes objetos existentes no sistema. Na Figura 7 apresenta a página de cadastro de paciente, onde o usuário no sistema pode realizar as tarefas de inclusão, consulta e exclusão.

Os dados de cadastramento presentes na Figura 5 foram extraídos do documento de inscrição do candidato a transplante, que está presente na Figura 7, documento este fornecido pela Central de Transplante de Pernambuco.

5 Considerações finais

Na escolha do tema monográfico enxergamos uma ótima oportunidade para pôr em prática conceitos e parâmetros adquiridos no decorrer do curso, visto que a Central de Transplante de Pernambuco necessita de um sistema informatizado para controlar as informações registradas. A princípio não foi externado em momento algum nas entrevistas, um interesse do órgão público sobre o software, visto que o trabalho há anos é feito da mesma maneira, gerando assim uma motivação ainda mais intensa para o desenvolvimento deste assunto.

O objetivo principal deste estudo foi alcançado, desenvolvendo um software capaz de controlar a entrada e saída de informações, bitolando instrução por instrução com o seu determinado autor, inibindo assim possíveis falhas decorrentes do trabalho manual, melhorando a agilidade e a velocidade com que as informações chegam até as partes, agilidade esta que é necessária no momento do transplante.

Neste, a maior dificuldade foi a falta de informação com relação aos parâmetros e quesitos que são utilizados para construir-se a fila de prioridade com relação aos pacientes candidatos a transplante de medula óssea. Sem essas informações o sistema construído não gera de forma autônoma o grau de prioridade.

A escrita do código inicialmente prevista foi concluída com sucesso, o que permitiu ter-se uma visão mais ampla do assunto. Futuramente para aumentar a cobertura, o software terá que ser capaz de filtrar os dados dos pacientes, criar automaticamente a lista de transplante juntamente com grau de prioridade e fazer uma integração da Central de Transplante com o Banco de Sangue, a fim de associar informações de indivíduos doadores de sangue. 

REFERÊNCIAS 

Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Entenda sobre Doação de Órgão, 6 de agosto de 2002. Disponível em: http://jornal.ofluminense.com.br/sites/default/files/entendadoacao.pdf  Acesso em: 19 mar. 2012.

Ministério da Saúde, Legislação sobre o Sistema Nacional de Transplantes, 15 de abril de 2012. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/legislacao.htm# Acesso em: 25 abr. 2012.

Ministério da Saúde, Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea, 1 agosto de 2012. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=125  Acesso em: 25 abr. 2012.

COULOURIS, George; DOLLIMORE, Jean; KINDBERG, Tim. Sistemas distribuídos: conceitos e projeto. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

TANENBAUM, A.S; STEEN, M.V. Sistemas distribuídos: princípios e paradigmas. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2008.

DEITEL, Paul; DEITEL, Harvey. Java: como programar. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

LARMAN, Craig. Utilizando UML e Padrões: uma introdução à análise e ao projeto orientado a objetos e ao desenvolvimento iterativo. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.


APÊNDICE A – Roteiro da Entrevista

  1. Como é feito o transplante de medula em pessoas não aparentadas?
  1. O que é preciso para ser um doador?
  1. Há algum incômodo na hora da intervenção cirúrgica?
  1. Quais os danos que podem ocorrer para o doador? E o receptor?
  1. Como é feita a comunicação entre a Central de Transplante de PE e os bancos de sangue?
  1. Como é feita a seleção de pessoas para doação?
  1. O grau de prioridade é por idade, sexo, ou doença?
  1. O doador obrigatoriamente tem que estar vivo?

ANEXO A – Lei Nº 9434 / 97 – Lei dos Transplantes

Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências.

Capítulo I – Das Disposições Gerais

[…]

Art. 2º – A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizadas pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde.

[…]

Capítulo II – Da Disposição “Post Mortem” de Tecidos, Órgãos e Partes do Corpo Humano para Fins de Transplante.

[…]

Art. 3º – A retirada “Post Mortem” de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

Art. 8º – Após a retirada de partes do corpo, o cadáver será condignamente recomposto e entregue aos parentes do morto ou seus responsáveis legais para sepultamento.

Capítulo III – Da Disposição de Tecidos, Órgãos e Partes do Corpo Humano

Vivo para Fins de Transplante ou Tratamento

Art. 9º – É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos ou partes do próprio corpo vivo para fins de transplante ou terapêuticos.

§ 3º – Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.

Capítulo IV – Das Disposições Complementares

Art. 13º – É obrigatório, para todos os estabelecimentos de saúde, notificar, às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos.

[…]

ANEXO B – Lei Nº 10.211/01 – Lei dos Transplantes

Altera dispositivos da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que “dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento”.

[…]

Capítulo I

Art. 4º – A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas, para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.”

Art. 2º – As manifestações de vontade relativas à retirada “Post Mortem” de tecidos, órgãos e partes, constantes da Carteira de Identidade Civil e da Carteira Nacional de Habilitação, perdem sua validade a partir de 22 de dezembro de 2000.

[…]


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