SEGURANÇA NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

SAFETY IN MEDICATION ADMINISTRATION IN INTENSIVE CARE UNITS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202505221216


Ana Angélica Bezerra de Araújo1
Isabela Benites Malgarin2
Thamíris Guimarães Brito Colares3
Gabriela Aparecida Rigato4
Thaise Luz Barros5
Jéssica Patrícia da Silva Picanço6
Bruna Feichas Renó7
Gabriel Alves Correia8
Elisa Cristina da Cunha Marques9
Viviane Rodrigues Coelho10


Resumo

Introdução: A administração segura de medicamentos em unidades de terapia intensiva (UTIs) é fundamental para prevenir erros e garantir a eficácia do tratamento em pacientes críticos. Diante da complexidade desses ambientes, a atuação integrada da equipe multiprofissional é essencial. Objetivo: Descrever a segurança na administração de medicamentos em UTIs: o papel da equipe multiprofissional no cuidado ao paciente crítico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca realizada nas bases LILACS, MEDLINE (via BVS) e SciELO. Utilizaram-se os descritores “infecções sexualmente transmissíveis”, “populações vulneráveis”, “diagnóstico”, e “saúde pública” (DeCS/MeSH). Foram incluídos artigos publicados entre 2020 e 2024, disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês ou espanhol. Excluíram-se duplicatas e literatura cinzenta. Resultados e discussão: Os resultados demonstraram que a segurança na administração de medicamentos em UTIs depende fortemente da colaboração entre os profissionais. A enfermagem atua diretamente na preparação, administração e monitoramento de medicamentos, sendo essencial para identificar reações adversas precoces. Os médicos, por sua vez, são responsáveis por prescrições claras, seguras e ajustadas às necessidades individuais dos pacientes. Os biomédicos contribuem com exames laboratoriais que orientam a seleção e dosagem correta dos fármacos, especialmente em pacientes instáveis. Os cirurgiões-dentistas, embora menos comuns em UTIs, auxiliam na prevenção de infecções orais que podem comprometer a terapêutica. A comunicação eficaz entre os profissionais, o uso de tecnologias como bombas de infusão e prontuários eletrônicos, além da padronização de protocolos, foram fatores associados à redução de falhas. Contudo, desafios como a sobrecarga de trabalho, falhas na comunicação e a ausência de treinamentos contínuos ainda comprometem a segurança. Conclusão: Conclui-se que a segurança na administração de medicamentos em UTIs depende de uma atuação multiprofissional coordenada, baseada em comunicação eficiente, protocolos bem definidos e uso adequado de tecnologias. O trabalho em equipe, aliado à capacitação contínua e ao fortalecimento da cultura de segurança, é essencial para minimizar riscos, prevenir eventos adversos e assegurar um cuidado qualificado e seguro ao paciente crítico.

Palavras-chave: Diagnóstico. Infecções sexualmente transmissíveis. Populações vulneráveis. Saúde pública.

Abstract

Introduction: Safe medication administration in intensive care units (ICUs) is essential to prevent errors and ensure effective treatment for critically ill patients. Given the complexity of these environments, the integrated action of the multidisciplinary team is essential. Objective: To describe the safety of medication administration in ICUs: the role of the multidisciplinary team in the care of critically ill patients. Methodology: This is an integrative literature review, with a search carried out in the LILACS, MEDLINE (via BVS) and SciELO databases. The descriptors “sexually transmitted infections”, “vulnerable populations”, “diagnosis”, and “public health” (DeCS/MeSH) were used. Articles published between 2020 and 2024, available in full, in Portuguese, English or Spanish were included. Duplicates and gray literature were excluded. Results and discussion: The results demonstrated that safe medication administration in ICUs depends heavily on collaboration among professionals. Nurses are directly involved in the preparation, administration, and monitoring of medications, and are essential for identifying early adverse reactions. Physicians, in turn, are responsible for clear, safe prescriptions that are tailored to the individual needs of patients. Biomedical scientists contribute with laboratory tests that guide the selection and correct dosage of drugs, especially in unstable patients. Dentists, although less common in ICUs, help prevent oral infections that can compromise therapy. Effective communication among professionals, the use of technologies such as infusion pumps and electronic medical records, and standardization of protocols were factors associated with the reduction of errors. However, challenges such as work overload, communication failures, and the lack of ongoing training still compromise safety. Conclusion: It is concluded that safe medication administration in ICUs depends on coordinated multidisciplinary action, based on efficient communication, well-defined protocols and appropriate use of technologies. Teamwork, combined with ongoing training and strengthening of the safety culture, is essential to minimize risks, prevent adverse events and ensure qualified and safe care for critically ill patients.

Keywords: Diagnosis. Public health. Sexually transmitted infections. Vulnerable populations.

1. INTRODUÇÃO

A segurança na administração de medicamentos é um aspecto crítico no ambiente hospitalar, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde os pacientes se encontram em situações de saúde complexas e vulneráveis. Nessas unidades, a instabilidade clínica, a polifarmácia e a urgência nas intervenções tornam o processo medicamentoso altamente suscetível a falhas. Evitar erros na administração de medicamentos é uma prioridade que exige atenção redobrada e atuação integrada de toda a equipe de saúde.

A rotina nas UTIs é marcada por atendimentos de alta complexidade, em que decisões clínicas precisam ser tomadas rapidamente e com precisão. Nesse cenário, qualquer equívoco na prescrição, preparo ou administração de fármacos pode ter consequências graves. Por isso, garantir a segurança nesse processo é fundamental para a eficácia terapêutica e para a proteção do paciente crítico (Freitas et al., 2024).

A equipe multiprofissional que atua nesse contexto é composta por médicos, enfermeiros, biomédicos e cirurgiões-dentistas, profissionais com formações distintas, mas complementares. A interação entre esses especialistas é essencial para a tomada de decisões mais assertivas, a identificação precoce de riscos e a construção de estratégias seguras de cuidado. Cada um contribui de forma singular para a segurança do paciente por meio de seu olhar técnico e clínico (Freitas et al., 2024).

Os enfermeiros são protagonistas na administração de medicamentos, sendo responsáveis por garantir que cada etapa, desde o preparo até o registro, ocorra conforme os protocolos de segurança. Cabe a eles realizar a conferência dos “seis certos” e monitorar possíveis reações adversas, além de colaborar na educação permanente da equipe e no aprimoramento das práticas assistenciais (Gomes et al., 2023).

Os médicos, por sua vez, são os responsáveis pela prescrição dos medicamentos e pelo planejamento terapêutico. Sua atuação requer conhecimento aprofundado sobre farmacologia, estado clínico do paciente e possíveis interações medicamentosas. A comunicação clara com os demais profissionais é imprescindível para alinhar condutas e realizar ajustes terapêuticos conforme a evolução do quadro clínico (Oliveira et al., 2022).

Os biomédicos, ainda que não participem diretamente da administração de medicamentos, exercem papel importante no apoio diagnóstico e no monitoramento laboratorial, o que influencia diretamente nas decisões terapêuticas. A interpretação precisa de exames bioquímicos e microbiológicos, por exemplo, permite ajustes na escolha de fármacos e na avaliação de sua eficácia, contribuindo para um cuidado mais seguro e individualizado (Carvalho et al., 2022).

Os cirurgiões-dentistas, quando inseridos nas UTIs, atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções orais que podem afetar diretamente a condição clínica do paciente crítico. Em casos de uso prolongado de ventilação mecânica, por exemplo, a higiene bucal adequada (frequentemente medicamentosa) é essencial para evitar complicações como a pneumonia associada à ventilação. Assim, a prescrição e administração de medicamentos odontológicos devem seguir os mesmos critérios de segurança adotados na unidade (Meneses et al., 2022).

A comunicação efetiva entre todos esses profissionais é indispensável para evitar falhas no processo medicamentoso. A troca contínua de informações e o uso de ferramentas de comunicação estruturada, como o protocolo SBAR, contribuem para um cuidado mais seguro, coordenado e centrado no paciente (Almeida, et al., 2022).

Além disso, a adoção de tecnologias e a padronização de protocolos clínicos favorecem a redução de erros e a rastreabilidade das ações. No entanto, essas ferramentas precisam ser acompanhadas por treinamentos constantes, auditorias clínicas e uma cultura organizacional que valorize a segurança e o trabalho colaborativo (Almeida, et al., 2022).

Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo discutir a segurança na administração de medicamentos em UTIs, com foco na atuação integrada dos enfermeiros, médicos, biomédicos e cirurgiões-dentistas. Ao evidenciar o papel de cada profissional e a importância da cooperação entre as áreas, busca-se promover reflexões sobre práticas seguras, baseadas em evidências e centradas na qualidade do cuidado ao paciente crítico.

Este artigo justifica-se pela necessidade de fortalecer a segurança na administração de medicamentos em UTIs, onde o risco de erros é elevado devido à complexidade do cuidado ao paciente crítico. A equipe multiprofissional exerce papel essencial na prevenção de falhas e na promoção de uma assistência segura. A integração entre esses profissionais, aliada à comunicação eficaz e à padronização de condutas, é fundamental para garantir a qualidade do cuidado. No entanto, desafios persistem, exigindo reflexão e aprimoramento contínuo das práticas. O estudo busca contribuir para o desenvolvimento de estratégias colaborativas e seguras.

2. METODOLOGIA 

Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, seguindo o modelo metodológico proposto por seis etapas: (1) identificação do tema e formulação da questão norteadora; (2) definição dos critérios de inclusão e exclusão; (3) categorização dos estudos e definição das informações a serem extraídas; (4) avaliação crítica dos estudos incluídos; (5) interpretação dos resultados; e (6) apresentação da revisão com síntese do conhecimento (Sousa et al., 2018). Essa abordagem possibilita reunir e analisar, de forma sistemática e crítica, a produção científica existente sobre os desafios enfrentados no diagnóstico e tratamento das ISTs em populações vulneráveis nas unidades de saúde pública. 

A questão norteadora da revisão foi construída com base na estratégia PICo, utilizada em estudos qualitativos, onde P corresponde à população ou problema de interesse, I ao interesse da pesquisa, e Co ao contexto (Araújo, 2020). A partir disso, definiu-se a seguinte pergunta: “Quais são os principais desafios enfrentados pelas unidades de saúde pública no diagnóstico e tratamento das ISTs em populações vulneráveis?” Essa questão guiou todo o processo de busca e seleção dos estudos, assegurando a relevância das evidências encontradas em relação ao objetivo da pesquisa. 

A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE (via Biblioteca Virtual em Saúde – BVS) e SciELO. Foram utilizados Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e termos do Medical Subject Headings (MeSH), combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR. Os descritores aplicados foram: “infecções sexualmente transmissíveis”, “populações vulneráveis”, “diagnóstico”, e “saúde pública”. A pesquisa abrangeu artigos publicados entre os anos de 2019 e 2024, nos idiomas português, inglês e espanhol, com acesso gratuito e disponíveis na íntegra. 

Foram incluídos os estudos que abordassem diretamente os desafios relacionados ao atendimento de populações vulneráveis acometidas por ISTs, considerando fatores humanos, estruturais, sociais ou organizacionais no âmbito da saúde pública. Foram excluídos artigos duplicados, literatura cinzenta (como teses, dissertações e resumos de congressos) e estudos que não apresentavam relação direta com o tema proposto. A seleção dos materiais ocorreu em duas etapas: triagem inicial por título e resumo, seguida da leitura completa dos textos que atenderam aos critérios estabelecidos. 

Os dados extraídos dos estudos selecionados incluíram informações como o tipo de população abordada, barreiras identificadas, propostas de intervenção e resultados obtidos. A análise foi conduzida de forma qualitativa, permitindo a identificação de padrões recorrentes, lacunas no atendimento e possíveis estratégias de superação. A sistematização dos achados permitiu construir uma síntese crítica sobre os entraves vivenciados pelas unidades de saúde na assistência a grupos vulneráveis acometidos por ISTs, contribuindo com subsídios relevantes para a prática assistencial e para o planejamento de políticas públicas mais equitativas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A administração segura de medicamentos em unidades de terapia intensiva envolve uma série de cuidados técnicos, éticos e organizacionais que exigem a atuação articulada de diversos profissionais de saúde. Os estudos analisados revelam que a segurança medicamentosa está fortemente relacionada à comunicação eficiente entre os membros da equipe, à padronização de protocolos e à capacitação contínua. Em ambientes de alta complexidade, como as UTIs, pequenas falhas podem desencadear eventos adversos graves, o que torna o trabalho multiprofissional indispensável para a prevenção de erros (Gomes et al., 2023).

A enfermagem aparece de forma recorrente como pilar central nesse processo, sendo a responsável pela preparação, administração e monitoramento das reações aos medicamentos. O cumprimento rigoroso dos protocolos, como a checagem dos “seis certos” e o uso correto de bombas de infusão, contribui significativamente para a segurança do paciente crítico. Além disso, a habilidade de reconhecer precocemente sinais de reações adversas ou incompatibilidades medicamentosas reforça a importância do conhecimento técnico-científico do enfermeiro (Bastos et al., 2023).

Médicos intensivistas também exercem papel fundamental, uma vez que são responsáveis pela prescrição dos fármacos. A clareza na prescrição, o uso racional de medicamentos e a consideração das comorbidades e condições específicas de cada paciente foram destacados como fatores que reduzem o risco de erros. A participação ativa do médico em discussões interdisciplinares fortalece o planejamento terapêutico e favorece decisões clínicas mais seguras (Leite, 2022).

Os biomédicos, embora não estejam diretamente envolvidos na administração de medicamentos, desempenham papel de suporte essencial ao oferecer dados laboratoriais precisos que orientam a escolha, a dosagem e o tempo de administração dos fármacos. A interpretação correta de exames como função renal, hepática e níveis séricos de medicamentos é indispensável para ajustes terapêuticos individualizados, especialmente em pacientes críticos que apresentam instabilidade fisiológica constante (Maranhão; Doroteu; Andrade, 2023).

A presença do cirurgião-dentista na UTI ainda é limitada, mas sua atuação tem ganhado espaço por contribuir significativamente na prevenção de infecções orais que podem se agravar em pacientes entubados. A prescrição e administração de antissépticos bucais ou antifúngicos, por exemplo, fazem parte de um cuidado integrado que visa a reduzir complicações respiratórias. A integração desse profissional ao time multiprofissional contribui para uma abordagem mais abrangente e segura (Silva et al., 2021).

Os estudos indicam que falhas na comunicação são uma das principais causas de erros de medicação em UTIs. A ausência de registros completos, a troca inadequada de informações durante as passagens de plantão e a falta de alinhamento entre os profissionais foram apontadas como fatores críticos. A implementação de ferramentas padronizadas, como o SBAR (Situação, Background, Avaliação e Recomendação), mostrou-se eficaz para minimizar esses riscos e promover uma comunicação clara e objetiva (Silva et al., 2024).

A padronização de protocolos clínicos é outro fator que se mostrou determinante na segurança medicamentosa. Diretrizes bem estruturadas, baseadas em evidências e atualizadas regularmente, contribuem para uniformizar condutas, reduzir a variabilidade na prática clínica e orientar decisões terapêuticas. As UTIs que adotam fluxogramas de medicação e treinamentos regulares apresentaram menor incidência de eventos adversos relacionados a medicamentos (Santos; Castro, 2020).

A tecnologia tem sido uma aliada importante na promoção da segurança, com destaque para os sistemas informatizados de prescrição médica e as bombas de infusão inteligentes. Esses recursos permitem maior rastreabilidade, reduzem erros manuais e facilitam o controle de doses. No entanto, os estudos também alertam para a necessidade de capacitação contínua dos profissionais para o uso correto dessas ferramentas, evitando falhas relacionadas ao mau uso ou interpretações equivocadas (Monteiro et al., 2023).

A cultura organizacional da instituição também influencia diretamente a segurança na administração de medicamentos. Ambientes que incentivam a notificação de erros sem punição favorecem o aprendizado institucional e a correção de falhas sistêmicas. Por outro lado, locais com práticas punitivas tendem a ocultar os erros, dificultando a identificação de causas raiz e a implementação de melhorias (Bastos et al., 2022).

A sobrecarga de trabalho foi identificada como um fator de risco relevante. Equipes com número insuficiente de profissionais, jornadas extensas e alta rotatividade apresentam maior propensão a erros. A adequação do dimensionamento de pessoal, aliada ao suporte psicológico e à valorização dos trabalhadores da saúde, tem impacto direto na segurança do paciente e na qualidade do cuidado (Miranda et al., 2024).

Outro ponto importante é a educação continuada. A atualização constante dos profissionais, por meio de cursos, treinamentos e simulações clínicas, foi associada a melhores práticas de medicação. Equipes que recebem capacitação periódica demonstram maior domínio sobre protocolos, maior confiança para tomar decisões clínicas e menor taxa de erros (Miranda et al., 2024).

A interdisciplinaridade se mostrou essencial para um cuidado mais seguro. Reuniões clínicas regulares, discussões de casos e definição conjunta de condutas fortalecem o trabalho em equipe e promovem uma visão compartilhada das necessidades do paciente. Essa abordagem colaborativa contribui para decisões mais assertivas e uma assistência mais eficiente (Freitas et al., 2024).

As estratégias de segurança devem ser adaptadas às particularidades de cada instituição. Os estudos destacam que, embora haja diretrizes nacionais e internacionais, é fundamental que cada UTI desenvolva políticas internas que contemplem sua estrutura, perfil de pacientes e recursos disponíveis. A personalização das práticas amplia a efetividade das ações e fortalece a cultura de segurança (Freitas et al., 2024).

A análise dos dados também evidenciou lacunas na articulação entre os diferentes níveis de atenção, especialmente no momento da alta do paciente da UTI. A continuidade do tratamento medicamentoso requer orientações claras, registros completos e comunicação eficiente com as demais equipes hospitalares ou da atenção básica, a fim de evitar erros na transição do cuidado (Oliveira et al., 2022).

Por fim, destaca-se que a segurança na administração de medicamentos em UTIs é um reflexo direto do comprometimento da equipe multiprofissional com a qualidade da assistência. O reconhecimento do papel de cada profissional, aliado ao trabalho colaborativo, à comunicação eficaz e ao investimento contínuo em educação e infraestrutura, constitui a base para uma prática segura, ética e centrada no paciente crítico (Gelsdorf; Gaedke; Koepp, 2021).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A segurança na administração de medicamentos em UTIs depende diretamente da atuação integrada e qualificada da equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, biomédicos e cirurgiões-dentistas. Cada profissional, dentro de suas atribuições, desempenha um papel essencial na prevenção de erros, na padronização das condutas e na vigilância contínua do paciente crítico, contribuindo para a eficácia terapêutica e redução de eventos adversos. A comunicação eficaz, o uso de tecnologias, a padronização de protocolos e a educação permanente foram identificados como pilares fundamentais para garantir um cuidado seguro e de qualidade.

Dessa forma, o objetivo deste estudo foi alcançado ao descrever, com base na literatura científica, como a atuação colaborativa da equipe multiprofissional impacta positivamente a segurança medicamentosa nas UTIs. Fortalecer esse trabalho conjunto, promover ambientes que favoreçam a cultura da segurança e investir em capacitação contínua são estratégias indispensáveis para aprimorar a assistência ao paciente crítico e minimizar riscos relacionados ao uso de medicamentos.

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1Bacharela em Enfermagem – Universidade Tiradentes Orcid: https://orcid.org/0009-0000-9994-7365
2Graduanda em Medicina (UNESA)
3Bacharela em Biomedicina – Faculdade Estácio Seama Orcid: https://orcid.org/0009-0007-5193-0522
4Graduanda em Medicina – Centro Universitário das Américas (FAM)
5Bacharela em Enfermagem – Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) – https://orcid.org/0009-0001-8420-4937
6Bacharela em Enfermagem – Faculdade Estácio SeamaOrcid: https://orcid.org/0009-0005-6681-7456
7Bacharela em Enfermagem, Doutora em Saúde Coletiva (UNIMONTE)
8Graduando em Odontologia – Universidade Federal De Campina GrandeOrcid: https://orcid.org/0009-0003-8760-528X
9Bacharela em Enfermagem (UniNorte)
10Bacharela em Enfermagem – Estácio do Amazonas Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3658-586X