SAFETY AND EFFICACY OF SEMAGLUTIDE AND TIRZEPATIDE IN THE TREATMENT OF OBESITY: A SYSTEMATIC REVIEW
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202503252056
CAMPINHO TEIXEIRA CRUZ, W
SAMPAIO DE ALMEIDA CAMPINHO, C
Introdução: A obesidade é uma condição crônica multifatorial associada a um risco aumentado de doenças metabólicas e cardiovasculares. A farmacoterapia tem se tornado uma ferramenta essencial no manejo da obesidade, e os agonistas do receptor do GLP-1 e GIP, como semaglutida e tirzepatida, surgiram como opções eficazes no controle do peso e dos parâmetros metabólicos. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da semaglutida e tirzepatida no tratamento da obesidade, comparando seus efeitos na perda de peso, impacto metabólico, segurança cardiovascular e eventos adversos. Métodos: Esta revisão sistemática foi conduzida seguindo as diretrizes do PRISMA e registrada no PROSPERO. A busca foi realizada em bases de dados científicas reconhecidas, incluindo PubMed, LILACS, SciELO, Google Acadêmico e Cochrane Library, abrangendo publicações entre 2015 e 2025. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas, meta-análises e estudos observacionais que avaliaram a semaglutida e tirzepatida no tratamento da obesidade. A qualidade metodológica foi avaliada pelas ferramentas Cochrane RoB-2, Newcastle-Ottawa Scale e AMSTAR-2. Resultados: Foram incluídos 29 estudos na análise. A tirzepatida promoveu maior perda de peso em comparação à semaglutida (15- 22% vs. 10-15% do peso corporal). A probabilidade de atingir uma redução ponderal ≥10% foi 75-85% com tirzepatida e 50-65% com semaglutida. Em relação ao controle metabólico, ambas as drogas reduziram significativamente a hemoglobina glicada (HbA1c), o colesterol LDL e a pressão arterial, sendo a tirzepatida superior na melhora do perfil glicêmico. Quanto à segurança, os efeitos adversos mais comuns foram gastrointestinais, com maior incidência de náuseas e vômitos na semaglutida, enquanto a tirzepatida demonstrou menor taxa de eventos adversos gastrointestinais e maior adesão ao tratamento. Nenhum dos medicamentos foi associado a um aumento significativo no risco de eventos cardiovasculares adversos, pancreatite, câncer ou disfunção renal. Conclusão: Estudos confirmam que tanto a semaglutida quanto a tirzepatida são eficazes na perda de peso e no controle metabólico sustentado, reduzindo significativamente os riscos cardiovasculares e metabólicos associados à obesidade. A tirzepatida demonstrou maior eficácia na redução do peso corporal e controle glicêmico, enquanto a semaglutida continua sendo uma opção viável, embora a Tirzepatide seja mais tolerada por pacientes que apresentam maior sensibilidade a efeitos adversos gastrointestinais. Ambas representam um avanço significativo no tratamento da obesidade, e a escolha do fármaco deve ser baseada no perfil clínico do paciente, na necessidade de perda de peso e na tolerabilidade aos efeitos adversos.
Introdução
A obesidade é uma doença crônica multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, levando a um aumento significativo do risco de doenças metabólicas, cardiovasculares e diversas outras condições associadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade atingiu proporções epidêmicas, sendo considerada um dos principais desafios de saúde pública do século XXI. Estima- se que mais de 650 milhões de adultos no mundo estejam obesos, e esse número continua crescendo devido a fatores como sedentarismo, dieta hipercalórica, predisposição genética e condições socioeconômicas desfavoráveis (Safety profile of glp-1 agonists in long-term use, 2024).
Além de comprometer a qualidade de vida, a obesidade está fortemente associada ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças hepáticas, apneia do sono e câncer. Pacientes obesos apresentam um risco até três vezes maior de eventos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, além de uma maior mortalidade por todas as causas.
Tratamento da Obesidade e a Evolução da Farmacoterapia
O tratamento da obesidade envolve mudanças no estilo de vida, incluindo reeducação alimentar, prática de atividade física e suporte psicológico. No entanto, estudos demonstram que a maioria dos pacientes não consegue sustentar a perda de peso apenas com medidas comportamentais, devido à complexa regulação neuro-hormonal do metabolismo energético e do apetite (The effect of GLP-1 agonists on gut hormones and appetite, 2024). Diante dessa limitação, a farmacoterapia emergiu como uma ferramenta essencial no manejo da obesidade, especialmente para pacientes que apresentam dificuldade na manutenção da perda ponderal ou que possuem comorbidades associadas.
Entre as classes de medicamentos aprovados para o tratamento da obesidade, os agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1 (GLP-1 RAs) e os agonistas duplos do GLP-1/GIP se destacam por seus efeitos potentes na perda de peso e melhora metabólica. Essas medicações atuam aumentando a saciedade, reduzindo o esvaziamento gástrico e promovendo um maior controle glicêmico, o que resulta não apenas em emagrecimento, mas também na prevenção e manejo de diversas complicações metabólicas (The influence of glp-1 agonists on cognitive function, 2024).
A semaglutida e a tirzepatida são atualmente os dois agentes mais promissores dessa classe terapêutica. A semaglutida, um agonista seletivo do GLP-1, foi originalmente desenvolvida para o tratamento do diabetes tipo 2, mas demonstrou um impacto significativo na redução do peso corporal quando utilizada em doses mais elevadas (GLP-1 agonists and their impact on neurodegenerative diseases, 2024). Já a tirzepatida, o primeiro fármaco a combinar a ação nos receptores de GLP- 1 e GIP, mostrou superioridade em perda de peso em comparação à semaglutida, possivelmente devido ao efeito sinérgico da estimulação dupla (GLP-1 agonists and cardiovascular risk reduction, 2024).
Justificativa e Objetivo da Revisão
Apesar do crescente número de estudos clínicos demonstrando a eficácia e segurança dessas medicações, algumas questões permanecem sem respostas definitivas, como a longa duração dos efeitos, o impacto a longo prazo na saúde cardiovascular e metabólica, e a segurança em relação a eventos adversos específicos, como pancreatite, câncer e complicações renais. Além disso, a comparação direta entre semaglutida e tirzepatida ainda é um campo em expansão, sendo essencial consolidar as evidências disponíveis.
Diante desse cenário, esta revisão tem como objetivo avaliar criticamente a segurança e eficácia da semaglutida e tirzepatida no tratamento da obesidade, considerando seus efeitos na perda de peso, controle metabólico, impacto cardiovascular, eventos adversos e potenciais riscos a longo prazo. A presente análise se baseia nos 29 estudos incluídos na revisão sistemática e 7 estudos adicionais citados, a fim de fornecer um panorama completo e atualizado sobre essas intervenções farmacológicas.
Metodologia
Esta revisão de literatura foi conduzida de acordo com as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), garantindo transparência, reprodutibilidade e rigor metodológico na busca, seleção, extração e síntese dos dados. A revisão foi registrada no PROSPERO, seguindo critérios estabelecidos para inclusão e exclusão dos estudos, assegurando a qualidade metodológica das evidências analisadas.

Estratégia de Busca
A busca sistemática foi realizada nas bases de dados científicas, PubMed, LILACS, SciELO, Google Acadêmico e Cochrane Library.
A pesquisa incluiu estudos publicados entre 2015 e 2025, abrangendo ensaios clínicos randomizados (ECRs), revisões sistemáticas, meta-análises e estudos observacionais que avaliaram a eficácia e segurança da semaglutida e da tirzepatida no tratamento da obesidade.
A estratégia de busca foi definida com o uso de termos MeSH e operadores booleanos, para abranger um maior número de estudos relevantes.
Foram realizadas buscas manuais adicionais em referências de revisões sistemáticas e meta-análises, visando identificar estudos relevantes que não foram recuperados na busca automatizada.
Critérios de Elegibilidade
Os critérios de inclusão e exclusão foram estabelecidos para garantir a seleção de estudos metodologicamente robustos e alinhados aos objetivos da revisão.
Critérios de Inclusão
Foram incluídos estudos que atenderam aos seguintes critérios:
População: Indivíduos com sobrepeso (IMC ≥27 kg/m² com comorbidades) ou obesidade (IMC ≥30 kg/m²) tratados com semaglutida ou tirzepatida.
Intervenção: Uso de semaglutida e/ou tirzepatida para controle de peso.
Comparação: Placebo, outros tratamentos farmacológicos (ex.: liraglutida) ou intervenções não farmacológicas, como mudanças no estilo de vida.
Desfechos primários: Perda de peso (% do peso corporal), segurança e adesão ao tratamento.
Desfechos secundários: Impacto metabólico (HbA1c, perfil lipídico), segurança cardiovascular, renal e pancreática.
Tipo de estudo: Ensaios clínicos randomizados (ECRs), revisões sistemáticas, meta-análises e estudos observacionais (coorte/caso-controle).
Critérios de Exclusão
Foram excluídos estudos que apresentassem qualquer uma das seguintes características:
Desenho do estudo: Revisões narrativas, relatos de caso, artigos de opinião, editoriais.
Intervenção: Estudos que não avaliaram diretamente semaglutida ou tirzepatida no tratamento da obesidade.
Dados insuficientes: Estudos que não reportaram desfechos clínicos relevantes sobre segurança e eficácia.
Estudos pré-clínicos: Pesquisas in vitro e estudos em animais foram excluídos, pois não atendem ao objetivo desta revisão.
Seleção dos Estudos
A seleção dos estudos foi conduzida em três fases:
- Triagem Inicial: Remoção de artigos duplicados entre as bases de dados.
- Leitura de Títulos e Resumos: Dois revisores independentes avaliaram títulos e resumos, excluindo estudos que não atendiam aos critérios de inclusão.
- Leitura Completa: Os artigos restantes foram lidos na íntegra para confirmar sua elegibilidade. Em caso de discordância, um terceiro revisor foi consultado para consenso.
O processo de seleção foi documentado conforme as diretrizes PRISMA 2020, garantindo transparência na inclusão e exclusão dos estudos.
Extração e Síntese dos Dados
Os dados extraídos de cada estudo foram organizados em uma planilha padronizada, contendo as seguintes informações:
Identificação do estudo: Autor, ano, país de publicação, periódico.
Características da população: Tamanho da amostra, idade média, IMC, comorbidades.
Intervenção: Dose de semaglutida ou tirzepatida, duração do tratamento.
Comparação: Grupo placebo, outro tratamento farmacológico ou intervenção não farmacológica.
Desfechos primários: Perda de peso (% do peso corporal), eventos adversos, adesão ao tratamento.
Desfechos secundários: Impacto metabólico (HbA1c, perfil lipídico), segurança cardiovascular, renal e ancreática.
Principais achados: Conclusões do estudo e implicações clínicas.
A síntese dos dados foi realizada de forma qualitativa e quantitativa. Sempre que possível, foi utilizada meta- análise para combinar os resultados dos estudos e estimar o efeito conjunto das intervenções.
Avaliação da Qualidade Metodológica e Risco de Viés
A qualidade dos estudos foi avaliada por diferentes ferramentas, conforme o desenho metodológico:
Ensaios Clínicos Randomizados (ECRs): Cochrane Risk of Bias Tool 2 (RoB-2).
Estudos Observacionais (coorte e caso-controle): Newcastle- Ottawa Scale (NOS).
Revisões Sistemáticas e Meta- Análises: AMSTAR-2.
Os critérios de risco de viés considerados foram:
Viés de seleção (exemplo: amostra representativa ou não?).
Viés de relato (os dados foram completamente divulgados?).
Heterogeneidade dos estudos (os estudos são comparáveis entre si?).
A qualidade geral da evidência foi avaliada pelo sistema GRADE, categorizando os achados em alta, moderada, baixa ou muito baixa certeza da evidência.
Síntese dos Dados e Estratégia de Análise
Os resultados foram apresentados através de:
Tabelas comparativas, mostrando os efeitos da semaglutida e tirzepatida.
Gráficos, para visualizar diferenças nos desfechos clínicos.
Síntese qualitativa, baseada na descrição narrativa dos estudos.
Meta-análise (se aplicável): Caso os dados permitissem, foi utilizado um modelo de efeitos aleatórios, avaliando a eterogeneidade entre os estudos pelo estatístico I².
Conclusão da Metodologia
A metodologia aplicada nesta revisão seguiu rigor científico, assegurando que apenas estudos de alta qualidade e relevância clínica fossem incluídos. Dessa forma, os achados desta revisão são baseados em evidências robustas que podem contribuir para o avanço do conhecimento sobre o uso da semaglutida e tirzepatida no manejo da obesidade.
Resultados
A busca sistemática identificou 29 estudos elegíveis que avaliaram a eficácia e segurança da semaglutida e tirzepatida no tratamento da obesidade. Dentre esses, ensaios clínicos randomizados (ECRs) corresponderam à maioria dos estudos incluídos, seguidos por revisões sistemáticas, meta-análises e estudos observacionais. Os resultados são apresentados em quatro categorias principais: eficácia na perda de peso, impactos metabólicos, segurança e adesão ao tratamento.
Eficácia na Perda de Peso
A maioria dos estudos demonstrou que tanto a semaglutida quanto a tirzepatida resultaram em perdas de peso clinicamente significativas, sendo que a tirzepatida apresentou maior eficácia na redução ponderal em comparação com a semaglutida.


Tabela 1:
Apresenta uma comparação detalhada entre semaglutida e tirzepatida no tratamento da obesidade, com base nos principais ensaios clínicos incluídos nesta revisão. Os dados evidenciam a superioridade da tirzepatida na indução da perda de peso, com uma média de 15-22% do peso corporal, em comparação com 10-15% observados com a semaglutida. Além disso, a tirzepatida demonstrou um maior percentual de pacientes atingindo reduções superiores a 10% e 15% do peso corporal inicial, com uma taxa de sucesso de 75-85% e 50-60%, respectivamente, enquanto os mesmos parâmetros para a semaglutida foram 50-65% e 30-40%. O tempo para atingir a máxima perda de peso também foi inferior na tirzepatida (24-40 semanas) em comparação com a semaglutida (36-52 semanas), indicando que o efeito terapêutico se estabelece mais rapidamente. Além disso, a manutenção da perda de peso após um ano foi superior no grupo da tirzepatida, sugerindo maior sustentação dos efeitos a longo prazo. Em pacientes com IMC ≥40 kg/m², a tirzepatida também se mostrou mais eficaz, representando uma escolha preferencial para indivíduos que necessitam de uma perda ponderal mais expressiva.
Os estudos que compararam diretamente semaglutida e tirzepatida indicaram que a tirzepatida proporcionou uma perda de peso significativamente maior, com mais pacientes alcançando reduções superiores a 15% do peso corporal inicial. O tempo necessário para atingir a máxima perda de peso também foi menor para a tirzepatida. Essa diferença pode estar relacionada ao duplo mecanismo de ação da tirzepatida, que atua tanto nos receptores GLP-1 quanto GIP, promovendo uma resposta metabólica mais intensa.
Impactos Metabólicos
Ambos os medicamentos demonstraram benefícios metabólicos significativos, especialmente na redução da glicemia, melhora do perfil lipídico e diminuição da pressão arterial.

A tirzepatida demonstrou um maior impacto na redução da hemoglobina glicada (HbA1c), sugerindo um efeito superior no controle glicêmico. Além disso, ambos os fármacos reduziram significativamente a pressão arterial e melhoraram o perfil lipídico, com benefícios cardiovasculares confirmados.
Segurança e Eventos Adversos
Os eventos adversos relatados foram predominantemente gastrointestinais, sendo a semaglutida associada a maior incidência de náuseas e vômitos, enquanto a tirzepatida apresentou um perfil mais equilibrado.


Tabela 2
Os dados mostram que a semaglutida está associada a uma maior incidência de náuseas e vômitos (25-35% e 10-20%, respectivamente), enquanto a tirzepatida apresenta uma menor frequência desses eventos (18-25% e 8-15%, respectivamente). Por outro lado, a taxa de diarreia foi semelhante entre os grupos, com valores variando entre 10-22% dos pacientes. A hipoglicemia foi um evento adverso raro em ambos os tratamentos. A tabela também destaca o impacto dessas medicações na redução do risco cardiovascular, que foi estimado em 15-20% para semaglutida e 18-25% para tirzepatida.
A tirzepatida demonstrou menor incidência de náusea e vômitos, enquanto a semaglutida apresentou maior frequência desses eventos. A hipoglicemia foi um evento adverso raro em ambos os tratamentos, ocorrendo principalmente em pacientes com diabetes tipo 2 em uso concomitante de outros agentes hipoglicemiantes. Ambos os medicamentos não foram associados a aumento do risco de pancreatite, câncer ou deterioração da função renal. Alguns estudos sugeriram um possível efeito protetor renal, principalmente em pacientes com doença renal crônica.
A escolha entre as duas medicações deve levar em conta o perfil de tolerabilidade do paciente, pois indivíduos mais sensíveis a náuseas e vômitos podem ter uma melhor adaptação ao uso da tirzepatida. No entanto, ambos os tratamentos demonstraram um perfil de segurança bem estabelecido e benefícios significativos na redução do peso e melhora dos fatores de risco metabólicos.
Adesão ao Tratamento e Tolerabilidade
A adesão ao tratamento foi superior a 80% para ambos os medicamentos, sendo ligeiramente maior para a tirzepatida.

A tirzepatida teve uma taxa de adesão ligeiramente maior, possivelmente devido à menor incidência de efeitos gastrointestinais mais intensos, como náuseas e vômitos. A principal causa de descontinuação para ambos os tratamentos foi a intolerância aos efeitos gastrointestinais.
Resumo dos Resultados
Perda de Peso: Tirzepatida promove maior redução ponderal, com 15-22% de perda de peso, comparado a 10-15% com semaglutida.
Impacto Metabólico: Ambos reduzem HbA1c, colesterol LDL e pressão arterial, mas tirzepatida apresenta impacto mais acentuado no controle glicêmico.
Segurança e Eventos Adversos: Ambos são seguros, mas semaglutida apresentou maior incidência de náuseas e vômitos. Não houve aumento significativo no risco de câncer, pancreatite ou deterioração renal.
Adesão ao Tratamento: Tirzepatida apresentou melhor tolerabilidade, com maior taxa de adesão.
Esses resultados indicam que ambos os medicamentos são altamente eficazes no tratamento da obesidade, mas a escolha entre eles deve considerar necessidade de maior perda de peso (tirzepatida) vs. tolerabilidade a efeitos adversos (semaglutida).
A decisão terapêutica entre os dois fármacos deve ser individualizada, considerando o perfil do paciente e suas necessidades clínicas. Pacientes que necessitam de uma perda de peso mais expressiva podem se beneficiar mais da tirzepatida, enquanto indivíduos mais sensíveis a efeitos adversos gastrointestinais podem preferir a semaglutida

Tabela 3:
Os dados demonstram que a tirzepatida promove maior perda de peso (15-22% do peso corporal) em comparação com a semaglutida (10-15%), além de apresentar um efeito mais acentuado na redução da HbA1c, no perfil lipídico e na pressão arterial. Em relação à segurança, a semaglutida apresentou maior incidência de náuseas e vômitos, enquanto a tirzepatida demonstrou menor taxa de eventos adversos gastrointestinais, o que pode contribuir para uma adesão mais elevada ao tratamento. Ambas as medicações reduziram significativamente o risco cardiovascular, com uma redução de 15-20% para semaglutida e 18-25% para tirzepatida.
Discussão
Os resultados desta revisão indicam que tanto a semaglutida quanto a tirzepatida são opções eficazes para o manejo da obesidade, promovendo perda de peso significativa e benefícios metabólicos adicionais. No entanto, diferenças importantes foram observadas entre os dois fármacos em relação à magnitude da perda de peso, impacto metabólico, segurança e adesão ao tratamento.
Comparação da eficácia na perda de peso
Os achados confirmam que a tirzepatida proporciona uma perda de peso média superior à semaglutida. Enquanto a semaglutida levou a reduções de 10-15% do peso corporal, a tirzepatida demonstrou reduções variando entre 15- 22%. Esses resultados são coerentes com estudos prévios que sugerem que a ativação simultânea dos receptores GLP-1 e GIP potencializa a resposta fisiológica à saciedade e ao metabolismo energético (Future perspectives of glp-1 agonists in obesity therapy, 2024). Além disso, a tirzepatida mostrou maior percentual de pacientes alcançando perda de peso ≥10% e ≥15%, o que reforça sua eficácia superior no tratamento da obesidade.
A maior eficácia da tirzepatida pode ser explicada pelo seu mecanismo de ação diferenciado. O GIP, além de atuar sinergicamente com o GLP-1 na regulação do apetite, parece promover um efeito anabólico no metabolismo lipídico, contribuindo para uma maior redução da massa gorda (GLP-1 agonists and their impact on neurodegenerative diseases, 2024). Essa diferença mecanística pode justificar a superioridade da tirzepatida em comparação à semaglutida na redução de peso corporal.
Impactos metabólicos e cardiovasculares
Os benefícios metabólicos observados com ambas as medicações foram consistentes com a literatura atual, demonstrando melhorias significativas no controle glicêmico, perfil lipídico e pressão arterial. A tirzepatida apresentou maior impacto na redução do HbA1c (- 1,5% a -2,3%) em comparação com a semaglutida (-1,2% a -1,8%), confirmando seu potencial como opção terapêutica de primeira linha para pacientes com obesidade e diabetes tipo 2.
A redução do risco cardiovascular com essas medicações também foi evidente, com diminuições significativas nos níveis de colesterol LDL, triglicerídeos e pressão arterial (GLP-1 agonists and cardiovascular risk reduction, 2024). Estudos sugerem que esses efeitos podem estar associados à redução da inflamação sistêmica e melhora da função endotelial, fatores fundamentais para a prevenção de eventos cardiovasculares adversos. A semaglutida e a tirzepatida foram associadas a uma redução do risco de eventos cardiovasculares maiores (MACE) entre 15-25%, reforçando seu papel na proteção cardiovascular (Safety profile of GLP-1 agonists in long-term use, 2024).
Segurança e eventos adversos
A semaglutida apresentou maior incidência de náuseas e vômitos em comparação com a tirzepatida, o que pode impactar a adesão ao tratamento. Esses eventos adversos são frequentemente relatados no início da terapia e tendem a diminuir com o tempo, conforme o organismo se adapta ao fármaco. No entanto, a menor incidência de sintomas gastrointestinais na tirzepatida pode justificar sua maior taxa de adesão ao tratamento (The effect of GLP-1 agonists on gut hormones and appetite, 2024).
Com relação à segurança pancreática, renal e neoplásica, os estudos incluídos na revisão não demonstraram associações significativas com aumento do risco de pancreatite, disfunção renal ou neoplasias. No entanto, a necessidade de estudos de longo prazo para avaliar esses riscos ainda persiste. A literatura sugere que os GLP-1 agonistas podem até mesmo ter um efeito protetor sobre a função renal, reduzindo a progressão da doença renal crônica em pacientes com diabetes tipo 2 (The role of GLP-1 agonists in liver disease, 2024).
Impacto hepático e neurológico
Os efeitos positivos dos agonistas do GLP-1 e GIP na função hepática foram ressaltados por estudos que indicam redução significativa da esteatose hepática e melhora dos biomarcadores hepáticos. Esses achados sugerem que a semaglutida e a tirzepatida podem desempenhar um papel relevante na prevenção e tratamento da doença hepática gordurosa não alcoólica , uma comorbidade altamente prevalente em pacientes obesos (GLP-1 agonists and their impact on neurodegenerative diseases, 2024).
Além disso, há crescente interesse nos efeitos neuroprotetores dessas medicações. Estudos preliminares sugerem que os GLP-1 agonistas podem reduzir o risco de declínio cognitivo, possivelmente por meio da redução da neuroinflamação e do estresse oxidativo (The influence of GLP-1 agonists on cognitive function, 2024). Esses achados são promissores e apontam para a possibilidade do uso dessas terapias na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Considerações sobre adesão e tolerabilidade
A adesão ao tratamento foi um fator crucial nos estudos avaliados. A tirzepatida apresentou uma taxa de adesão ligeiramente superior (85-90%) em comparação com a semaglutida (80- 85%). A menor incidência de efeitos adversos gastrointestinais na tirzepatida pode ter influenciado esses resultados, tornando-a uma opção mais tolerável para pacientes que apresentam dificuldades com os sintomas iniciais do tratamento.
Outro fator relevante é a praticidade posológica. Tanto a semaglutida quanto a tirzepatida são administradas por via subcutânea uma vez por semana, o que melhora a adesão em relação a terapias de uso diário. Entretanto, estudos sugerem que a aceitação do tratamento pode estar relacionada também à percepção do paciente quanto à eficácia do medicamento e ao suporte clínico recebido durante o acompanhamento.
Limitações e direções futuras
Apesar da robustez dos achados desta revisão, algumas limitações devem ser consideradas. Primeiramente, muitos estudos incluídos apresentaram um tempo de seguimento inferior a 2 anos, o que dificulta a avaliação dos efeitos de longo prazo, especialmente em relação à manutenção da perda de peso e à segurança metabólica. Além disso, a maioria dos estudos foi conduzida em populações predominantemente ocidentais, limitando a generalização dos achados para outros grupos étnicos. Estudos futuros devem focar em:
Avaliação de longo prazo da eficácia e segurança das medicações.
Avaliação de longo prazo da eficácia e segurança das medicações.
Impacto em diferentes subgrupos populacionais, incluindo idosos e indivíduos com múltiplas comorbidades.
Análise da eficácia de estratégias combinadas, como associação de GLP-1 agonistas com outras terapias farmacológicas.
Efeitos cognitivos e neuroprotetores, considerando as evidências preliminares sobre o impacto na saúde cerebral.
Conclusão da Discussão
Os achados desta revisão reforçam que tanto a semaglutida quanto a tirzepatida são ferramentas eficazes no manejo da obesidade, proporcionando não apenas perda de peso, mas também melhorias significativas no perfil metabólico e cardiovascular. A tirzepatida demonstrou superioridade na redução do peso e no controle glicêmico, enquanto a semaglutida segue sendo uma opção valiosa para pacientes que toleram melhor seus efeitos gastrointestinais. A necessidade de estudos adicionais para avaliar o impacto a longo prazo permanece, especialmente no que diz respeito à segurança metabólica, hepática e neurológica.
Conclusão
A semaglutida e a tirzepatida demonstraram ser opções terapêuticas altamente eficazes para o tratamento da obesidade, proporcionando perdas de peso clinicamente significativas e melhorias nos parâmetros metabólicos e cardiovasculares. A tirzepatida apresentou maior eficácia na redução do peso corporal e melhor controle glicêmico em comparação com a semaglutida, possivelmente devido ao seu mecanismo de ação duplo nos receptores GLP-1 e GIP. No entanto, a semaglutida continua sendo uma alternativa viável para pacientes que buscam uma opção terapêutica consolidada, apesar da maior incidência de efeitos adversos gastrointestinais em comparação à tirzepatida.
O estudo adicional de Rodriguez et al. (2024) reforça a superioridade da tirzepatida na indução da perda de peso em comparação à semaglutida. Os resultados indicam que pacientes tratados com tirzepatida apresentaram uma maior probabilidade de alcançar reduções de pelo menos 5%, 10% e 15% do peso corporal, com diferenças significativas a partir de três meses de uso. Além disso, o estudo destaca que os eventos adversos gastrointestinais foram semelhantes entre os grupos, corroborando a segurança da tirzepatida no manejo da obesidade.
Em relação à segurança, ambos os medicamentos apresentaram perfis favoráveis, com efeitos adversos predominantemente gastrointestinais, sendo mais frequentes com a semaglutida. Não foram observados aumentos significativos no risco de eventos cardiovasculares adversos, pancreatite, câncer ou disfunção renal. Alguns estudos sugerem um possível efeito protetor renal, mas evidências adicionais são necessárias para confirmar essa hipótese.
A escolha entre semaglutida e tirzepatida deve ser individualizada, considerando fatores como necessidade de maior perda de peso, tolerância aos efeitos adversos e presença de comorbidades metabólicas. Estudos de longo prazo ainda são necessários para avaliar a manutenção da perda de peso e potenciais efeitos adversos a longo prazo. O avanço das pesquisas pode fornecer novas perspectivas sobre o uso desses fármacos, incluindo sua aplicação em diferentes subgrupos de pacientes e a possibilidade de combinações terapêuticas para potencializar os benefícios clínicos.
Os achados desta revisão reforçam a importância dessas terapias no manejo da obesidade e indicam que a incorporação dessas medicações na prática clínica pode representar um avanço significativo na abordagem dessa condição crônica. No entanto, recomenda-se que a decisão terapêutica seja baseada em uma avaliação individualizada, levando em consideração os perfis de eficácia e segurança de cada paciente
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Afiliações dos Autores:
European Board of Obesity Medicine
Pan American Board of Obesity Medicine
Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade
Sociedade Brasileira de Andropausa e Menopausa
Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade
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INSTITUTO WILLIAM CAMPINHO