SEXUAL HEALTH OF YOUTH AND ADOLESCENTS: ANALYSIS OF THE CHALLENGES INSTI PREVENTION AND THE IMPORTANCE OF EDUCATIONAL STRATEGIES.
SALUD SEXUAL DE JÓVENES Y ADOLESCENTES: ANÁLISIS DE LOS DESAFÍOS EN LA PREVENCIÓN DE ITS Y LA IMPORTANCIA DE LAS ESTRATEGIAS EDUCATIVAS.
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202504281216
Andressa Leal Castro¹; Arisvane Araújo Cortez²; Emille Dhuane Rodrigues Vicente Castro³; Flaviana Pinto de Sá⁴; Francisca Vânia Viana de Sousa⁵; Paula Cristina Carvalho da Silva⁶; Pedro Henrique Rodrigues Alencar⁷.
Resumo: O presente estudo trata sobre uma análise dos desafios na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens e adolescentes, com ênfase na importância das estratégias educativas para promover a saúde sexual e reprodutiva. Para uma análise mais precisa, foi delimitado o seguinte problema de pesquisa: “Quais são os principais desafios enfrentados na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens e adolescentes, e de que forma as estratégias educativas podem contribuir para minimizar esses obstáculos?”. O objetivo geral é analisar os desafios na prevenção das ISTs e a relevância das estratégias educativas para a saúde sexual desse público. Além disso, foram traçados os seguintes objetivos específicos: discorrer sobre o conceito de ISTs; analisar os fatores de vulnerabilidade e a importância da educação sexual na adolescência; e compreender os desafios e estratégias na prevenção de ISTs entre jovens e adolescentes. Para alcançar tais objetivos, foi utilizada uma metodologia de revisão bibliográfica com abordagem qualitativa e exploratória, com recorte temporal entre os anos de 2020 e 2024, garantindo uma análise atualizada e fundamentada. A pesquisa concluiu que a educação sexual integral, a capacitação de profissionais e a integração entre saúde e escola são fundamentais para reduzir a vulnerabilidade dos jovens às ISTs. Além disso, estratégias inovadoras, como o uso de tecnologias digitais e abordagens interativas, mostram-se eficazes para promover comportamentos preventivos e conscientização.
Palavras-chave: aúde sexual. ISTs. educação sexual. Adolescentes. prevenção..
Abstract: This study examines the challenges in preventing Sexually Transmitted Infections (STIs) among young people and adolescents, emphasizing the importance of educational strategies in promoting sexual and reproductive health. To conduct a precise analysis, the following research question was defined: “What are the main challenges in preventing STIs among young people and adolescents, and how can educational strategies help minimize these obstacles?” The general objective is to analyze the challenges in STI prevention and the relevance of educational strategies for this group’s sexual health. Additionally, the following specific objectives were outlined: to discuss the concept of STIs; to examine vulnerability factors and the importance of sexual education in adolescence; and to understand the challenges and strategies in STI prevention among young people and adolescents. To achieve these objectives, a qualitative and exploratory literature review methodology was used, with a timeframe from 2020 to 2024, ensuring an updated and well-founded analysis. The research concluded that comprehensive sexual education, professional training, and the integration of health and school systems are essential to reducing young people’s vulnerability to STIs. Furthermore, innovative strategies, such as digital technologies and interactive approaches, prove effective in promoting preventive behaviors and awareness.
Keywords: sexual health. STIs. sex education. Adolescents. prevention.
1 INTRODUÇÃO
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e, em sua maioria, são disseminadas de uma pessoa contaminada para outra através do contato sexual desprotegido, tanto em relações orais, vaginais quanto anais, ou pelo contato de pele lesionada ou mucosas com fluidos corporais contaminados. Algumas dessas doenças também podem ser passadas da mãe para o bebê durante a gestação, no parto ou durante a amamentação. (Viana, et. al. 2024).
Por isso, as IST representam um problema de saúde pública global, impactando diretamente a saúde física, mental e social dos indivíduos, especialmente entre jovens e adolescentes. Esses grupos, por estarem em uma fase de desenvolvimento e descobertas, apresentam maior vulnerabilidade devido a fatores como o início precoce da vida sexual, o uso irregular de preservativos, a falta de educação sexual adequada e as barreiras de acesso aos serviços de saúde. (Nascimento, et. al. 2023).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrem cerca de um milhão de novos casos curáveis de IST diariamente, em pessoas de 15 a 49 anos. Estimase que, anualmente, aproximadamente 374 milhões de novos casos sejam provocados por: clamídia (129 milhões), gonorreia (82 milhões), sífilis (7,1 milhões) e tricomoníase (156 milhões). Em 2016, mais de 490 milhões de indivíduos conviviam com herpes, e cerca de 300 milhões de mulheres tinham infecção por HPV, principal causador de câncer cervical e anal entre homens que fazem sexo com homens. Além disso, cerca de 296 milhões de pessoas ao redor do mundo viviam com hepatite B crônica. (WHO, 2022).
Nesse contexto, Magalhães (2023) argumenta que o estímulo à prevenção, ao diagnóstico precoce e à busca por tratamento permanece sendo um grande desafio na área da saúde, especialmente pela propagação silenciosa de muitas dessas infecções e pela falta de conhecimento sobre seus sintomas, o que dificulta a identificação e o atendimento médico.
Entre adolescentes e jovens, diversos fatores os tornam mais vulneráveis às IST, como as dificuldades de acesso a exames preventivos, o uso esporádico de preservativos, o início precoce da vida sexual, baixos níveis de escolaridade e o consumo de álcool e drogas ilícitas, entre outros. (Morais, et. al. 2024).
Dessa forma, segundo ainda Magalhães (2023) expõe que um outro ponto relevante é a falta de orientação adequada no ambiente familiar, seja pela falta de preparo dos pais para conversar sobre sexualidade, pela ausência de boa comunicação ou proximidade, pela perpetuação de tabus em torno do sexo ou pela carência de instrução nas escolas.
Entre os profissionais envolvidos nesse cenário está o enfermeiro, capacitado para atender às demandas práticas de diagnóstico e tratamento das ISTs na atenção primária à saúde. Além disso, ele desempenha um papel essencial na educação em saúde, incentivando os jovens a conhecerem e cuidarem de sua saúde sexual e reprodutiva. (Viana, et. al. 2024).
Além disso, a desinformação, os tabus sociais e a comunicação inadequada entre jovens, suas famílias e profissionais de saúde, aumentam os riscos associados às ISTs. Diante disso, este estudo se justifica pela necessidade urgente de reforçar e melhorar as estratégias educativas voltadas para a promoção da saúde sexual e reprodutiva. Ao abordar esse tema, espera-se não apenas contribuir para a promoção do estudo a respeito da sexualidade consciente. Assim, investigar os desafios na prevenção de ISTs e propor soluções educativas se torna uma contribuição valiosa tanto para a comunidade científica quanto para a sociedade em geral. (Nascimento, et. al. 2023).
Para tanto, o objetivo geral deste artigo é analisar os desafios na prevenção das ISTs entre jovens e adolescentes, com foco na importância das estratégias educativas para promover o conhecimento sobre saúde sexual e reprodutiva. Para além disso, o problema de pesquisa deste artigo pode ser sintetizado na seguinte pergunta: “Quais são os principais desafios enfrentados na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens e adolescentes, e de que forma as estratégias educativas podem contribuir para minimizar esses obstáculos?”.
Para alcançar o objetivo traçado, a metodologia adotada neste estudo será uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e exploratória. Serão analisados artigos, teses, dissertações e publicações relevantes no período de 2020 a 2024, que tratem das ISTs, educação sexual e prevenção entre jovens e adolescentes. A escolha desse recorte temporal visa garantir a atualização dos dados e reflexões com base nas pesquisas e estratégias mais recentes aplicadas ao contexto da saúde pública, permitindo uma visão aprofundada e atualizada do problema.
Para tanto, a relevância deste tema no âmbito científico e social é indiscutível. As ISTs continuam sendo uma das principais preocupações em saúde pública, especialmente pela vulnerabilidade de jovens e adolescentes, que estão em fase de descobertas e experimentações sexuais. Além de afetar diretamente a saúde física e mental, essas infecções também geram impactos sociais, como o estigma e a exclusão. Ao destacar a importância das estratégias educativas, este estudo contribui para o fortalecimento das políticas públicas de saúde, incentivando ações mais eficazes na promoção de uma sexualidade segura e consciente, beneficiando tanto a comunidade científica quanto a sociedade em geral.
2. METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão integrativa de caráter exploratório, fundamentada em produções científicas acessíveis nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed e SciELO. A revisão integrativa possibilita uma análise abrangente sobre o tema, permitindo a síntese e integração dos resultados de pesquisas anteriores de forma sistemática.
Para conduzir esta pesquisa, foi seguido um processo metodológico que se desdobrou em seis etapas distintas: (1) formulação da questão central que orienta a pesquisa; (2) busca e seleção de artigos disponíveis na literatura, aplicando critérios rigorosos de inclusão e exclusão; (3) extração de dados relevantes dos estudos identificados; (4) avaliação crítica da qualidade e pertinência dos estudos selecionados; (5) síntese e interpretação dos resultados obtidos; e (6) apresentação final dos resultados na forma de um produto que reflete as descobertas, conforme delineado por Mendes, Silveira e Galvão (2008).
Para a realização da pesquisa, foi empregada a estratégia PICo, onde “P” se refere à população ou ao problema investigado — jovens e adolescentes; “I” representa as características de interesse — prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e estratégias educativas; e “Co” abrange o contexto — a importância das estratégias educativas no âmbito da saúde sexual. A pergunta que norteou a pesquisa foi: Quais são os principais desafios enfrentados na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens e adolescentes, e de que forma as estratégias educativas podem minimizar esses desafios?
Os critérios de inclusão estabelecidos foram: estudos completos e acessíveis gratuitamente, publicados entre 2020 e 2024, que abordassem a prevenção de ISTs entre jovens e adolescentes, com foco em estratégias educativas, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. Foram excluídos artigos de opinião, revisões da literatura e estudos que não apresentassem relação direta com o tema proposto.
A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2024, iniciando com uma pré-seleção baseada na leitura dos títulos e resumos dos artigos disponíveis. Os estudos que atenderam aos critérios de inclusão foram analisados em sua totalidade para garantir sua relevância em relação aos objetivos do estudo. Para a busca dos artigos, foram utilizados os descritores “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, “Prevenção”, “Educação Sexual”, “Adolescentes” e “Jovens”, interligados pelo operador booleano “AND”.
Com a aplicação dos descritores, foram feitas buscas nas plataformas Google Acadêmico, Scielo e MEDLINE, onde foram identificados inicialmente 705 estudos, distribuídos da seguinte forma: 594 no Google Acadêmico, 83 na Scielo e 28 na MEDLINE. Após a aplicação dos critérios de exclusão, que consideraram o ano de publicação, a natureza metodológica, a duplicidade e a indisponibilidade de acesso, foram excluídos 691 estudos que não iriam contribuir com a pesquisa. Dessa forma, o total de estudos incluídos para análise foi reduzido a 14 artigos.
Os artigos selecionados foram organizados em um quadro informativo contendo informações como título, objetivo, resultados, autoria e ano de publicação. Os dados coletados foram analisados de forma descritiva, possibilitando a construção de um panorama amplo sobre o tema e permitindo a categorização dos achados em três categorias principais: Desafios na Prevenção de ISTs, Estratégias Educativas para Jovens e Adolescentes e O Papel dos Profissionais de Saúde na Educação Sexual.
3. RESULTADOS
Por meio do processo de coleta de dados, foram inicialmente identificadas 705 publicações nas plataformas de pesquisa de artigos científicos. No entanto, após a aplicação de determinados critérios de exclusão, 524 artigos foram descartados por não atenderem aos critérios de inclusão, especialmente no que se refere ao ano de publicação e à qualificação das revistas ou universidades. Grande parte dessas publicações foi considerada desatualizada, uma vez que foram produzidas predominantemente entre 2020 e 2024. Além disso, algumas delas foram publicadas em periódicos com baixa ou nenhuma qualificação, o que motivou sua exclusão.
Adicionalmente, 105 estudos foram eliminados devido à natureza metodológica. Trabalhos baseados exclusivamente em pesquisa de campo ou que continham apenas tabelas foram descartados, pois não estavam alinhados com o tipo de estudo buscado. Outros 36 estudos foram removidos por serem duplicatas, enquanto 26 foram excluídos por estarem indisponíveis para acesso ou por não possuírem links gratuitos de visualização.
Após um exame criterioso de todo o material coletado, apenas 14 estudos atenderam plenamente aos critérios estabelecidos. Para proporcionar maior clareza ao processo de seleção das publicações, foi elaborado o fluxograma apresentado a seguir (Tabela 1).
Tabela 01: Critérios e seleção dos artigos.

Após a categorização dos periódicos utilizados na análise, serão expostos dados que incluem a identificação dos autores, o ano de publicação, o título do estudo e o periódico em que foi publicado. Dessa forma, será possível visualizar a distribuição temporal das publicações, além da variedade de periódicos e instituições envolvidas na produção científica.
Para isso, a tabela a seguir apresenta esses dados de maneira organizada e sistemática, contribuindo para uma melhor compreensão da relevância e do contexto acadêmico de cada estudo.
Tabela 02: Autor, ano, título e periódico/instituição dos estudos selecionados sobre prevenção de IST’s.
Nº | AUTOR/ANO | TEMA | PERIÓDICO |
1 | CARDOSO, E.M. et al., 2022 | A percepção de jovens do Ensino Médio acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis ISTs/AIDS | Revista Master |
2 | CASTRO, A.T.V. et al., 2020 | O papel da atenção primária à saúde no controle de infecções sexualmente transmissíveis em adolescentes | Revista Eletrônica Acervo Saúde |
3 | FREITAS, A.B.C. et al., 2022 | A importância da equipe multiprofissional na educação em saúde acerca de IST em adolescentes | Revista de Casos e Consultoria |
4 | FROTA, C.A. et al., 2023 | Enfermagem em Saúde Escolar Promovendo Educação Sexual em Adolescentes no Brasil | Revista JRG de Estudos Acadêmicos |
5 | GOIS, C.L. de A. et al., 2024 | Conhecimento do adolescente sobre as infecções sexualmente transmissíveis, os desafios e processos formativos: uma revisão de literatura | Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação — REASE |
6 | MAGALHÃES, B.T., 2023 | Estratégias educativas para prevenção de infecção sexualmente transmissível em jovens e adolescentes | Pontifícia Universidade Católica de Goiás |
7 | MIRANDA, M.G. et al., 2024 | Atuação da enfermagem no manejo e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência: uma revisão de literatura | Revista Científica da UNIFENAS |
8 | MORAIS, E.D.P. et al., 2024 | Educação em saúde em universidades como forma de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis na juventude | Brazilian Journal of Health Review |
9 | NASCIMENTO, A.S. et al. 2023 | A importância da prevenção sexual para adolescentes em fase escolar no Brasil: uma percepção do enfermeiro | Revista JRG de Estudos Acadêmicos |
10 | PINTO, A.C.N.M. et al., 2023 | Fatores de risco para a gravidez na adolescência | Revista Eletrônica Acervo Científico |
11 | SANTOS, L.F. 2021 | Estudo sobre a importância da educação sexual nas escolas como prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) | Pontifícia Universidade Católica de Goiás |
12 | SILVA, F. et al. 2022 | Educação sexual de jovens no contexto escolar | Encontro De Discentes Pesquisadores E Extensionistas |
13 | SOUSA, A.J.M. et al. 2021 | Educação sexual nas escolas: um desafio possível | Psicologia e Saúde em Debate |
14 | VERCOZA, B.S. et al., 2024 | A assistência de enfermagem na educação sexual de crianças e adolescentes | Revista JRG de Estudos Acadêmicos |
15 | VIANA, C.S. et al. 2024 | Saúde sexual de adolescentes no contexto brasileiro | Revista Eletrônica Acervo Saúde |
Observa-se no quadro acima que os estudos foram publicados entre 2020 e 2024. Quanto à revista de publicação, a maioria dos estudos foram publicados em periódicos da área da enfermagem e multidisciplinares.
A tabela 02, diz respeito ao objetivo geral e principais achados dos artigos que compuseram a amostra desta pesquisa.
Nº | OBJETIVO GERAL | PRINCIPAIS CONCLUSÕES |
1 | Investigar conhecimento sobre ISTs/AIDS em jovens | Lacunas no conhecimento persistem, especialmente sobre transmissão do HIV. A educação permanente e o uso de tecnologias (apps e materiais digitais) podem superar barreiras culturais e melhorar o acesso à informação confiável. |
2 | Analisar o papel da atenção primária à saúde no controle de infecções sexualmente transmissíveis (IST) em adolescentes. | A prevenção é a melhor forma de controle das IST em adolescentes, sendo necessárias políticas públicas direcionadas a esse grupo, qualificação dos profissionais de saúde e ampla distribuição de preservativos. A abordagem deve ser diferenciada por gênero, com escuta qualificada e vínculo entre saúde e escolas. |
3 | Identificar a importância da equipe multiprofissional na realização de atividades educativas para prevenção de IST em adolescentes. | A educação permanente e o envolvimento familiar são estratégias eficazes para preencher lacunas no conhecimento dos adolescentes sobre IST. Intervenções tecnológicas (como aplicativos e cartilhas digitais) e a atuação conjunta entre saúde e escola são fundamentais para reduzir comportamentos de risco. |
4 | Analisar o papel da enfermagem na educação sexual escolar | A atuação conjunta entre saúde e escola, através do PSE, é fundamental para prevenção. Metodologias inovadoras (como tecnologias digitais e abordagens interativas) mostram maior eficácia que modelos tradicionais no engajamento dos adolescentes. |
5 | Descrever os conhecimentos, desafios e processos formativos de professores e profissionais de saúde sobre IST em adolescentes. | Há déficit de conhecimento entre adolescentes devido a barreiras socioculturais e falta de preparo de educadores e profissionais de saúde. Estratégias como metodologias participativas e uso de tecnologias digitais são essenciais para conscientização e prevenção. |
6 | Identificar estratégias educativas para prevenção de IST em adolescentes | Há lacunas no conhecimento sobre IST devido a tabus sociais e abordagens tradicionais insuficientes. A combinação de ações presenciais (oficinas, demonstrações) e digitais (redes sociais, podcasts) mostrase mais eficaz para engajar os jovens e promover prevenção. |
7 | Analisar o papel da enfermagem na educação sexual e prevenção de IST | Existe resistência institucional e familiar em abordar a sexualidade de forma aberta. A atuação da enfermagem com linguagem acessível, demonstrações práticas e integração com tecnologias é fundamental para superar barreiras e promover saúde sexual. |
8 | Descrever a importância da educação em saúde nas universidades para prevenção de IST em jovens. | Universidades são espaços estratégicos para disseminar informações sobre práticas sexuais seguras, mas há resistência cultural e falta de diálogo aberto. A educação entre pares e a distribuição de preservativos são ações eficazes para reduzir vulnerabilidades. |
9 | Explorar a percepção de enfermeiros sobre estratégias educativas para prevenção sexual em adolescentes. | Enfermeiros identificam a necessidade de abordar além da biologia (gênero, consentimento, relações saudáveis). Dificuldades: falta de tempo, resistência de pais e escolas, e recursos limitados. Parcerias com psicólogos e assistentes sociais melhoram os resultados. |
10 | Evidenciar os principais fatores de risco para a gravidez na adolescência. | A vulnerabilidade socioeconômica e a falta de diálogo familiar são os principais fatores associados à gravidez precoce. Estratégias educativas contínuas e a participação ativa das famílias são essenciais para reduzir índices, especialmente em regiões com baixo IDH. |
11 | Discutir o papel da escola na prevenção de ISTs entre adolescentes, com base na legislação e práticas pedagógicas. | Professores relatam desconforto ao abordar o tema por falta de formação. Porém, oficinas com demonstração de preservativos e linguagem acessível reduzem mitos e aumentam a adesão à prevenção. |
12 | Avaliar o impacto de tecnologias educativas na saúde sexual de adolescentes | O acesso limitado a informações confiáveis leva a comportamentos de risco. Ferramentas digitais garantem privacidade e ampliam o alcance, enquanto atividades presenciais reforçam o aprendizado sobre prevenção e direitos sexuais. |
13 | Refletir sobre os desafios e estratégias para implementação da educação sexual no ambiente escolar, com foco na prevenção de ISTs e gravidez na adolescência. | A educação sexual enfrenta resistência devido a tabus culturais e falta de capacitação docente. Porém, a integração entre escolas e profissionais de saúde (como enfermeiros) potencializa a eficácia das ações. |
14 | Explorar desafios na abordagem da sexualidade com adolescentes | A educação sexual enfrenta obstáculos culturais e falta de capacitação profissional. Estratégias participativas, formação de educadores e abordagens não-julgadoras são necessárias para criar espaços de diálogo efetivos |
15 | Analisar as políticas públicas e práticas em saúde sexual para adolescentes, destacando lacunas e oportunidades de intervenção. | Há desigualdade no acesso à informação e métodos preventivos, especialmente em regiões periféricas. Porém, A participação ativa dos adolescentes no planejamento das ações aumenta a adesão e eficácia. |
A partir dos dados apresentados nas tabelas, torna-se possível aprofundar a discussão acerca das estratégias utilizadas na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre adolescentes, destacando o papel fundamental da enfermagem e da educação em saúde.
4 DISCUSSÃO
4.1 O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO COMBATE ÀS ISTs.
Segundo Freitas, et. al. (2022). as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) representam um dos maiores desafios à saúde pública no mundo todo, sendo responsáveis por impactos significativos na qualidade de vida e na saúde das populações. Embora muitas dessas infecções possam ser prevenidas e tratadas, sua alta prevalência reflete falhas em estratégias de prevenção, especialmente aquelas relacionadas à educação. Neste contexto, a educação surge como um pilar fundamental para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz das IST, promovendo a conscientização e empoderando indivíduos a tomarem decisões informadas sobre sua saúde sexual e reprodutiva.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são enfermidades provocadas por microrganismos que se espalham principalmente por meio de relações sexuais sem proteção, seja oral, anal ou vaginal. O elevado número de casos está diretamente associado à ausência ou ao uso inadequado de preservativos, tanto masculinos quanto femininos. Essa realidade pode ser influenciada pela deficiência nos serviços de saúde e pela educação sexual insuficiente, seja nas escolas, no ambiente familiar ou mesmo nas fontes de informação acessadas pelos jovens, como a internet e conversas entre amigos. (Silva, et. al. 2022).
A educação é uma ferramenta essencial na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), mas sua abordagem deve ir além de modelos tradicionais que focam apenas na mudança individual de comportamento. Historicamente, a escola tem sido vista como um espaço para corrigir condutas, incluindo as relacionadas à sexualidade, muitas vezes reforçando normas rígidas e desconsiderando aspectos sociais e históricos. (Nascimento, et. al. 2023).
No âmbito da educação, deve-se priorizar a identificação de lacunas sobre o conhecimento das IST, principalmente do público adolescente. Durante a anamnese, o profissional deve manter o ambiente de atendimento o mais calmo e privado possível para o paciente. Desse modo, há a construção de uma relação que facilita o diálogo para fornecer informações para prevenção e cuidado de exposição, escolhendo o meio de intervenção necessário. (Sousa, et. al. 2021).
Para tanto, os educadores e profissionais de saúde têm um papel central na disseminação de informações sobre IST. Professores, enfermeiros e médicos estão em posições estratégicas para orientar adolescentes e jovens adultos, não apenas com informações técnicas, mas também ajudando a promover atitudes e comportamentos saudáveis em relação à sexualidade. (Silva, et. al. 2022).
Adicionalmente, é imprescindível que os profissionais de saúde se comprometam em criar um ambiente que seja acolhedor e livre de julgamentos. Esse ambiente deve permitir que os indivíduos sintam-se à vontade para discutir abertamente suas preocupações e experiências relacionadas à saúde sexual, recebendo assim a orientação adequada e necessária. Com essa abordagem, a atenção à saúde sexual torna-se não apenas mais inclusiva, mas também significativamente mais efetiva, favorecendo o bemestar e a saúde de todos os envolvidos.
4.1.1. A escola como agente preventivo contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis.
A educação é, simultaneamente, um direito humano fundamental e um instrumento essencial para a concretização de outros direitos. Por meio dela, torna-se possível, ou ao menos deveria tornar-se, o empoderamento de indivíduos em situação de marginalização, promovendo a conscientização acerca das condições de exclusão social e das diversas manifestações de violência. Seu papel é de extrema importância na proteção e na promoção dos direitos de crianças e adolescentes, sendo a escola a principal instituição educativa com alcance abrangente nesse contexto.
Como espaço de formação, convivência e descobertas, a escola abriga um universo de curiosidades, sonhos, medos, ideias, aprendizagem, conquistas e descobertas. Por isso, ela deve abordar uma sexualidade de forma aberta e respeitosa, sem exclusão ou preconceito. É necessário que se crie um ambiente seguro e acessível para diálogos francos sobre sexualidade, onde os alunos possam expressar-se livremente, trazendo suas dúvidas, conflitos e inseguranças sem recebimento de julgamentos. Este ambiente deve incentivar cada aluno a explorar suas próprias questões e a consideração dentro de suas particularidades, com apoio pedagógico adequado para essa troca. (Santos, 2021).
De acordo com Castro et. al. (2024), a escola, sendo uma instituição que dispõe de ferramentas pedagógicas essenciais, tem o potencial para orientações planejadas e esclarecedoras sobre sexualidade, que contribuem para a formação de uma visão crítica dos alunos sobre o tema. Esse tipo de abordagem permite não apenas uma compreensão mais ampla das próprias experiências, mas também fornece uma resposta educativa às necessidades e curiosidades dos estudantes.
A negação ou o não reconhecimento da sexualidade de crianças e adolescentes representa um entrave ao desenvolvimento saudável desses indivíduos, uma vez que a sexualidade constitui parte essencial da personalidade humana. A saúde sexual é um direito humano básico e, para que crianças e adolescentes possam desenvolver-se de maneira saudável e segura nesse aspecto, é imprescindível garantir-lhes direitos sexuais baseados na liberdade, no respeito e na dignidade. (Silva, et. al. 2022).
Nesse sentido, Santos (2021) descreve ainda que a educação sexual realizada no espaço escolar também se alinha à promoção da saúde. Com o crescimento de casos de doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, essa educação se torna vital para fornecer informações claras e práticas de prevenção, fomentando uma vivência sexual responsável e segura.
Além disso, a educação sexual cidadã é um recurso essencial para promover o esclarecimento e conscientização dos jovens. Ela deve atuar revisitando posturas éticas e padrões culturais relacionados à sexualidade, incentivando o pensamento crítico sobre normas sociais e papéis tradicionais, e capacitando os alunos para combater e resistir à violência e à repressão sexual. Esse processo educacional transforma os alunos em multiplicadores de conhecimento, capazes de disseminar informações corretas e saudáveis. (Santos, 2021).
Para tanto, o papel da educação é promover momentos de reflexão e iniciativas que contribuam para um aprendizado consciente, sem impor controle sobre as escolhas individuais. Dessa forma, a educação em saúde se apresenta como uma ferramenta para expandir o conhecimento sobre práticas educativas, incentivando não apenas o
autocuidado, mas também a conscientização e a prevenção. O diálogo presencial facilita a troca de experiências, o esclarecimento de dúvidas e o desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo.
Nesse cenário, segundo Castro et al (2024), a escola desempenha uma função central, ocupando um papel estratégico na educação voltada à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre os estudantes. É nesse espaço que se transmite conhecimentos, se estabelecem vínculos afetivos, se difundem valores e normas, e se refletem modelos culturais. Além disso, a escola assume um papel ativo na construção de referenciais sociais, contribuindo para a formação de indivíduos mais conscientes e preparados para exercer seus direitos e responsabilidades.
Dentro desse panorama, a Educação em Saúde desempenha um papel fundamental na prevenção de agravos, especialmente quando há uma colaboração eficaz entre a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o setor educacional. A realização de encontros entre profissionais da área da saúde e a comunidade escolar cria oportunidades para o compartilhamento de experiências em um ambiente coletivo, incentivando os adolescentes a refletirem sobre suas práticas e hábitos cotidianos. (Castro et al, 2024).
Assim, a educação sexual nas escolas não apenas promove a compreensão integral e positiva da sexualidade humana, mas também encorajou o educador a refletir criticamente sobre papéis tradicionais e suas convicções. É um esforço conjunto entre professores e estudantes para construir uma visão mais ampla e acolhedora sobre a sexualidade, promovendo o desenvolvimento de cidadãos mais conscientes a respeito do tema em questão.
4.2. EDUCAÇÃO SEXUAL E A VULNERABILIDADE NA ADOLESCÊNCIA.
A adolescência compreende-se entre os períodos de 10 a 19 anos, contudo, isso não é uma regra tendo em vista que o desenvolvimento de valores, comportamentos e hábitos podem estar fora dessa faixa etária. Quando o indivíduo atinge a fase da adolescência, passa por inúmeras mudanças como: mudanças físicas, psíquicas, comportamentais e maturidade sexual.
A saúde sexual de jovens e adolescentes envolve uma série de desafios complexos que requerem uma abordagem cuidadosa e especializada por parte dos profissionais de enfermagem. Essa atenção torna-se especialmente necessária no que se refere à prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), bem como à adoção e implementação de estratégias educativas que sejam realmente eficazes na promoção do conhecimento, na conscientização e na mudança de comportamento desse público. (Pinto; Rogério; Pereira, 2023).
Dessa forma, de acordo com Góis et. al. (2024), tais alterações acabam despertando o interesse por novas experiências, o que gera riscos principalmente, às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e à gravidez na adolescência, consideradas um problema de saúde pública em todo o mundo causando prejuízos na saúde sexual e reprodutiva, que na maioria das vezes ocasionam problemas sociais, econômicos e emocionais.
4.2.1. Fatores de vulnerabilidade e a importância da educação sexual na adolescência.
Góis et al (2024) argumenta que existem diversos fatores diferentes e complexos que contribuem para uma maior vulnerabilidade dos adolescentes em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e à gravidez indesejada. Entre esses fatores importantes estão a baixa escolaridade, as condições socioeconômicas desfavoráveis e precárias, o início precoce da vida sexual sem orientação e a falta de acesso a métodos contraceptivos eficazes e adequados.
Além disso, Sousa, et. al. (2021) expõe que a fragilidade das políticas públicas, a desigualdade de gênero, os múltiplos parceiros sexuais e a carência de informações adequadas sobre o tema também desempenham um papel significativo. Ademais, o uso de álcool e drogas agrava a situação, pois aumenta consideravelmente o número de relações sexuais desprotegidas, intensificando, assim, os comportamentos de risco. Em vista de todas essas vulnerabilidades, torna-se imprescindível discutir tais fatores para planejar intervenções adequadas. (Viana, et. al. 2024).
A atuação do enfermeiro no ambiente escolar surge como uma estratégia fundamental para superar essas barreiras, conforme apontam Frota et al. (2023), que defendem a escola como espaço privilegiado para intervenções educativas. Os autores ressaltam que o Programa Saúde na Escola (PSE) oferece uma plataforma ideal para abordagens sistemáticas sobre saúde sexual, permitindo que os profissionais de enfermagem trabalhem temas como prevenção de ISTs e uso correto de preservativos.
Nesse sentido, a educação em saúde destaca-se como uma ferramenta fundamental, para a promoção da saúde e para a prevenção de doenças. Além disso, ela contribui para a formação de indivíduos com um maior cuidado com a própria saúde. Por meio da educação em saúde, é possível conscientizar a população sobre a importância de manter hábitos saudáveis, prevenir doenças e acessar serviços de saúde, além de incentivar a participação em ações de controle social. Dessa forma, a educação em saúde também atua na redução das desigualdades sociais, ao abordar os determinantes sociais da saúde e promover a equidade. (Sousa, et. al. 2021).
A educação sexual, por sua vez, é um tema essencial nas ações voltadas para os jovens, uma vez que esclarece e orienta sobre a prevenção de IST, gravidez indesejada e outros tópicos relevantes. Embora encontre obstáculos, como o argumento de que pode incentivar a promiscuidade ou o início precoce da vida sexual, a educação sexual, na verdade, é uma estratégia crucial para impactar positivamente a vida dos jovens, promovendo escolhas conscientes e responsáveis. (Viana, et. al. 2024).
Nesse contexto, o papel dos profissionais de saúde, sobretudo dos enfermeiros, é fundamental. É preciso que utilizem estratégias eficazes, como rodas de conversa e a participação ativa dos adolescentes no planejamento das atividades. Tais abordagens não apenas fortalecem o vínculo entre os jovens e os profissionais, mas também aumentam a adesão às atividades educativas. Assim, reforça-se a importância de uma postura proativa e participativa na promoção da saúde sexual e na prevenção de doenças.
Além disso, Sousa, et. al. (2021) ainda argumenta que é importante ressaltar que uma educação sexual abrangente não se limita aos aspectos físicos da sexualidade, mas abrange também as dimensões emocionais, sociais e éticas. Dessa forma, os enfermeiros reconhecem a necessidade de abordar temas como gênero, diversidade sexual, consentimento e relacionamentos saudáveis. Promover uma educação sexual completa permite que os adolescentes compreendam tanto os aspectos biológicos quanto os emocionais e sociais da sexualidade, capacitando-os, assim, a tomar decisões informadas e responsáveis em suas vidas.
Para além disso, as desigualdades regionais no Brasil também influenciam diretamente o acesso à educação sexual e aos serviços de saúde, conforme evidenciado por Pinto et al. (2023) é possível destacar que adolescentes em regiões com menor IDH enfrentam maiores dificuldades para obter preservativos e orientação profissional, aumentando sua vulnerabilidade a ISTs e gravidez não planejada. Essa disparidade regional exige políticas públicas específicas que considerem as particularidades de cada localidade, garantindo que as estratégias de prevenção alcancem todos os grupos populacionais de forma equitativa.
4.2.2. Desigualdade no acesso ao conhecimento sexual
A desigualdade no acesso ao conhecimento sobre saúde sexual entre jovens e adolescentes representa um dos principais obstáculos para a prevenção eficaz de ISTs no Brasil. Conforme Pinto, Rogério e Pereira (2023), adolescentes que moram regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) apresentam significativamente menos informações sobre métodos contraceptivos e prevenção de doenças quando comparados a jovens de áreas mais desenvolvidas. Essa disparidade geográfica reflete as profundas desigualdades sociais que caracterizam o país e que se manifestam diretamente na saúde sexual da população jovem.
No que tange às desigualdades de conhecimento sobre saúde sexual, as meninas apresentam uma vantagem em comparação aos meninos. No entanto, isso não garante que elas adotarão uma conduta totalmente consciente. Apesar disso, as adolescentes possuem uma maior probabilidade de adotar comportamentos que minimizem os riscos. O autor ressalta que as meninas têm mais informações sobre métodos contraceptivos e compreendem que o uso de preservativos é a maneira mais segura de se proteger contra as ISTs. Contudo, essa compreensão nem sempre se traduz na prática, pois o uso de preservativos ainda é inferior em comparação ao uso de contraceptivos orais e de emergência. (Magalhães, 2023)
A questão de gênero é um ponto significativo na desigualdade. O acesso ao conhecimento sexual, conforme evidenciado por Pinto, Rogério e Pereira (2023), meninas tendem a receber mais informações sobre prevenção de gravidez do que sobre ISTs, enquanto muitos meninos relatam não receber qualquer orientação formal sobre saúde sexual. Essa diferença na abordagem conforme o gênero acaba por criar vulnerabilidades específicas para cada grupo, limitando a eficácia das ações preventivas.
conforme Frota et al. (2023), o ambiente escolar, que deveria servir como equalizador dessas diferenças, frequentemente reproduz as mesmas desigualdades. É possível observar que escolas em áreas periféricas têm menos acesso a programas estruturados de educação sexual e menor participação de profissionais de saúde, enquanto instituições privadas ou em regiões mais ricas oferecem abordagens mais completas e frequentes. Essa diferença na qualidade e na quantidade de informações recebidas cria um abismo no conhecimento entre adolescentes de diferentes classes sociais.
Os fatores de vulnerabilidade social e econômica estão intimamente relacionados com a maior exposição a riscos sexuais, sendo que adolescentes em situação de pobreza e com acesso limitado a informações adequadas demonstram menor conhecimento sobre métodos preventivos. Essa realidade é ainda mais preocupante quando consideramos que a desestrutura familiar e a falta de diálogo sobre sexualidade em casa contribuem para aumentar a exposição a comportamentos de risco (Pinto; Rogério; Pereira, 2023).
Frota et al. (2023) expõem que as populações rurais enfrentam desafios ainda maiores. Segundo os autores, os adolescentes em áreas rurais têm acesso significativamente menor a serviços de saúde e programas educativos sobre sexualidade quando comparados aos seus pares urbanos. Essa lacuna é agravada pela dificuldade de acesso a preservativos e outros métodos preventivos, criando um cenário de vulnerabilidade acentuada nessas comunidades.
Além do já exposto, Frota et al (2023) também argumenta que a mídia e as novas tecnologias, que poderiam servir como equalizadores, muitas vezes ampliam essas desigualdades. Enquanto adolescentes de classes mais altas têm acesso a informações qualificadas através de diversos canais digitais, jovens de baixa renda frequentemente dependem de fontes não confiáveis ou incompletas encontradas na internet. Essa diferença no acesso à informação digital de qualidade acaba por aprofundar ainda mais as disparidades no conhecimento sobre saúde sexual.
Ademais, Magalhães (2023) explica que a maioria das adolescentes que engravidam tem menor escolaridade e não recebeu orientações de seus pais sobre métodos contraceptivos. Nesta fase da vida, há uma evidente carência de conhecimento entre os adolescentes em relação a temas como a primeira relação sexual e preocupações ligadas à sexualidade. Embora muitos jovens vivam com os pais, essa convivência não garante, necessariamente, maior conhecimento sobre sexualidade. Por outro lado, a presença de outros membros da família, como avós ou padrastos, pode estar associada a um maior nível de informação entre os adolescentes que fazem parte desse ciclo familiar.
O papel da família na educação sexual também merece destaque, embora muitas vezes seja negligenciado. uma parcela significativa dos jovens não conversa com os pais sobre sexualidade, buscando informações principalmente com amigos ou na internet, fontes nem sempre confiáveis. Essa lacuna no diálogo familiar aumenta a vulnerabilidade dos adolescentes, que ficam mais suscetíveis a comportamentos de risco devido à falta de orientação adequada. (Cardoso, et al. 2022).
Por outro lado, Magalhães (2023) ainda expõe que quando a participação familiar é ausente, os jovens tendem a buscar informações em outras fontes, como o grupo de amigos ou a internet. Isso ocorre, em grande parte, devido à falta ou deficiência na comunicação entre pais e filhos sobre temas relacionados à sexualidade. Como resultado, a ausência de diálogo familiar pode levar os adolescentes a buscar esclarecimentos em locais externos, muitas vezes resultando em informações incompletas ou equivocadas.
Dessa forma, segundo Cardoso et al. (2022), exige-se um esforço coordenado entre educação, saúde e assistência social. Bem como, uma necessidade de políticas públicas que considerem as especificidades de cada grupo populacional, garantindo que todos os adolescentes, independentemente de sua origem ou condição social, tenham acesso a informações completas e precisas sobre saúde sexual e prevenção de ISTs. Essa abordagem inclusiva e direcionada seria fundamental para reduzir as atuais disparidades no conhecimento e nas práticas sexuais seguras.
4.3. DESAFIOS E ESTRATÉGIAS NA PREVENÇÃO DE ISTs ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES.
Os desafios na prevenção e controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre adolescentes estão profundamente interligados à insuficiência de programas de educação sexual que sejam amplos, cientificamente embasados e culturalmente apropriados. Esse problema é amplamente observado em diversos países, onde o ensino sobre saúde sexual, muitas vezes, é apresentado de forma fragmentada, limitada e permeada por tabus sociais e culturais. Assim, essa fragmentação dificulta significativamente a disseminação de informações precisas, claras e objetivas sobre a prevenção de infecções, bem como o uso adequado de métodos contraceptivos. (Freitas, et. al. 2022).
Em primeiro lugar, a ausência de uma integração eficaz da educação sexual nas políticas escolares é um dos principais fatores que contribuem para esse cenário. Além disso, a resistência por parte de algumas comunidades, que enxergam esses programas como ameaças aos seus valores morais e culturais, reforça a manutenção de um ambiente onde os adolescentes continuam desinformados ou recebem informações inadequadas e distorcidas. Portanto, esses jovens tornam-se mais suscetíveis a comportamentos de risco que aumentam as chances de contrair ISTs. (Nascimento, et. al. 2023).
Vercoza et al. (2024) apontam que a resistência cultural se configura como a principal barreira na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e na promoção da saúde sexual entre jovens e adolescentes. Isso ocorre porque muitas famílias ainda consideram a sexualidade um tema tabu, evitando discuti-lo abertamente e, consequentemente, deixando os jovens sem a devida orientação. Como resultado, essa lacuna de informação acaba sendo preenchida por conteúdos muitas vezes imprecisos ou equivocados, obtidos na internet ou em conversas com amigos, o que perpetua desinformação e crenças errôneas.
Para além disso, Góis, et. al. (2024) discorre que outro fator que agrava essa situação é a falta de políticas públicas que coloquem a juventude no centro das atenções, garantindo que eles tenham acesso a serviços de saúde especializados, adaptados às suas necessidades e oferecidos de maneira acessível. A carência de iniciativas voltadas para a promoção da saúde sexual dos adolescentes se traduz, assim, em diversas barreiras adicionais.
Entre elas, destaca-se a estigmatização associada à procura por serviços de saúde sexual, assim como o medo de serem julgados pelos profissionais que prestam esses serviços. Além disso, muitos profissionais de saúde, por não receberem treinamento adequado para lidar com as questões específicas dessa faixa etária, acabam oferecendo um atendimento pouco acolhedor, muitas vezes marcado por preconceitos ou falhas na comunicação.
Além dos impactos físicos imediatos, como dor, desconforto e possíveis complicações reprodutivas, as consequências das ISTs na saúde dos adolescentes vão muito além disso. Elas também afetam profundamente a dimensão psicológica e social da vida desses jovens. De fato, adolescentes diagnosticados com ISTs frequentemente sofrem com estigmatização e discriminação, tanto em seus círculos sociais quanto em ambientes como a escola. (Góis, et. al. 2024).
Góis, et. al. (2024) ainda explica que essa rejeição social pode, consequentemente, levar ao desenvolvimento de sentimentos de vergonha, isolamento e baixa autoestima, criando, assim, um ciclo emocional prejudicial que está fortemente associado ao aumento de problemas como ansiedade, depressão e outros transtornos mentais. Portanto, esses problemas psicológicos comprometem seriamente a qualidade de vida dos adolescentes e sua capacidade de estabelecer relacionamentos interpessoais saudáveis e equilibrados.
Ademais, as complicações de longo prazo das ISTs também precisam ser consideradas. Por exemplo, infecções não tratadas podem causar infertilidade, uma condição que traz consequências profundas e duradouras para a vida futura dos adolescentes, limitando, assim, suas oportunidades de planejar e constituir famílias. Essa limitação, por sua vez, pode alterar a forma como os adolescentes veem o próprio corpo e sua saúde sexual, influenciando negativamente sua autoestima e expectativas de vida. (Freitas, et. al. 2022).
Diante dessa realidade, Freitas, et. al. (2022) descreve portanto, que é urgente a implementação de estratégias de prevenção que sejam verdadeiramente integradas e abrangentes. Essas estratégias precisam combinar aspectos educacionais e clínicos, com foco na criação de programas de educação sexual que promovam uma compreensão ampla, crítica e realista da sexualidade.
Além disso, esses programas devem abordar temas essenciais como o consentimento, a importância da proteção e os riscos associados às práticas sexuais desprotegidas. Assim, é crucial fortalecer as políticas públicas voltadas para adolescentes, assegurando que eles tenham fácil acesso a recursos preventivos, como preservativos distribuídos gratuitamente, e a programas de testagem rápida para ISTs. (Góis, et. al. 2024).
Nesse contexto, Miranda et al. (2024) demonstram que a adoção de estratégias educativas inovadoras tende a proporcionar resultados mais eficazes. Entre essas estratégias, destacam-se dinâmicas interativas, como jogos e debates, que não apenas favorecem o engajamento dos adolescentes, mas também tornam o aprendizado mais natural e menos constrangedor. Dessa forma, a assimilação de informações ocorre de maneira mais fluida, contribuindo para uma maior conscientização e adoção de comportamentos preventivos.
Além disso, Magalhães (2023) ressalta o papel das tecnologias digitais como ferramentas promissoras na disseminação de conhecimento sobre saúde sexual. As redes sociais e os aplicativos móveis possibilitam a transmissão de informações de forma rápida e atrativa, alcançando os jovens em seus próprios ambientes de comunicação. Plataformas como TikTok e Instagram, por exemplo, mostram-se especialmente eficazes para abordar o tema de maneira acessível e compatível com a linguagem desse público, ampliando o alcance das iniciativas educativas.
Porém, Miranda et al. (2024) ainda chamam a atenção para os desafios estruturais presentes nos serviços de saúde, que impactam diretamente a qualidade do atendimento aos adolescentes. Entre os principais obstáculos, destacam-se a falta de preparo específico dos profissionais para lidar com esse público e a alta rotatividade da equipe, fatores que comprometem a continuidade das ações e a construção de um vínculo de confiança. Diante desse cenário, torna-se fundamental que as unidades básicas de saúde realizem adaptações tanto em seus espaços físicos quanto em seus fluxos de atendimento, garantindo um acolhimento mais adequado e eficiente.
Além disso, Vercoza et al. (2024) enfatizam a necessidade de uma educação sexual integral no ambiente escolar. Programas que vão além da simples prevenção de doenças e incluem temas como relacionamentos saudáveis, autoestima e tomada de decisões informadas demonstram maior eficácia a longo prazo. Nesse sentido, a parceria entre profissionais da saúde e educadores torna-se essencial, pois permite uma abordagem mais abrangente e alinhada às necessidades dos adolescentes.
No mesmo contexto, os mesmos autores defendem a importância da integração entre políticas públicas e ações locais para potencializar os impactos das estratégias de prevenção. Para que programas nacionais sejam realmente eficazes, é necessário que sejam adaptados às diferentes realidades regionais, levando em consideração aspectos culturais, sociais e econômicos. Essa flexibilidade possibilita que as intervenções sejam mais ajustadas às particularidades de cada contexto, aumentando sua efetividade. (Vercoza et al. 2024)
Para além do já exposto, outro ponto indispensável é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, para que desenvolvam habilidades em comunicação eficaz e empatia. Essas competências são fundamentais para criar um ambiente de confiança mútua entre os profissionais de saúde e os pacientes jovens, o que, por sua vez, favorece um atendimento mais acolhedor e sensível às necessidades dessa população. (Freitas, et. al. 2022).
Por fim, Miranda et al. (2024) concluem que a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) deve ser conduzida por meio de uma abordagem multifacetada. A combinação de estratégias educativas, o acesso facilitado a métodos preventivos e um acolhimento profissional humanizado demonstram ser as formas mais eficazes de promover a saúde sexual entre os jovens. Nesse processo, o papel da enfermagem é indispensável, pois os profissionais da área atuam como mediadores entre o conhecimento técnico e a realidade vivenciada pelos adolescentes, contribuindo para um cuidado mais próximo e acessível.
CONCLUSÃO:
Ao longo deste estudo, foi possível constatar, por meio da revisão bibliográfica, que as estratégias educativas voltadas para a saúde sexual de jovens e adolescentes, quando bem planejadas e implementadas, são fundamentais para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A educação sexual integral, a capacitação de profissionais e a integração entre saúde e escola destacam-se como pilares essenciais para reduzir a vulnerabilidade desse público, promovendo comportamentos preventivos e conscientização.
A pesquisa também evidenciou que a educação sexual desempenha um papel crucial na criação de um ambiente mais inclusivo e acolhedor, onde os jovens se sintam seguros para esclarecer dúvidas e discutir temas relacionados à sexualidade. Ao incentivar a participação ativa dos adolescentes, essas estratégias favorecem a construção coletiva do conhecimento, promovendo diálogos abertos e reduzindo estigmas. Esse aspecto é especialmente relevante em um contexto em que a desinformação e os tabus sociais ainda representam grandes obstáculos para a prevenção eficaz das ISTs.
Quanto à análise dos estudos selecionados, os resultados demonstraram que a implementação de ações educativas bem estruturadas está associada a uma maior adesão a práticas sexuais seguras entre jovens e adolescentes. Os artigos revisados indicam que, quando os adolescentes têm acesso a informações claras e acessíveis, sua percepção de risco aumenta, e eles se tornam mais propensos a adotar medidas preventivas, como o uso de preservativos. Essa constatação reforça a importância de políticas públicas que priorizem a educação sexual nas escolas e nos serviços de saúde, garantindo que as informações cheguem a todos, independentemente de sua condição socioeconômica ou localização geográfica.
Dessa forma, os objetivos traçados no início da pesquisa foram alcançados. O estudo permitiu compreender os principais desafios na prevenção de ISTs entre jovens e adolescentes, analisar o impacto das estratégias educativas nesse processo e identificar as lacunas que ainda precisam ser superadas. Além disso, foi possível responder ao problema de pesquisa, demonstrando que a educação sexual, quando abordada de forma abrangente e contextualizada, pode efetivamente contribuir para a redução das ISTs, promovendo uma vida sexual mais saudável e responsável.
Contudo, as estratégias educativas não devem ser vistas como soluções isoladas, mas sim como parte de um conjunto integrado de ações que incluem acesso a preservativos, testagem regular e atendimento humanizado nos serviços de saúde. Os estudos analisados mostram que a combinação entre educação, tecnologia e políticas públicas é fundamental para ampliar o alcance e a eficácia das intervenções. Além disso, a participação ativa dos jovens no planejamento dessas ações aumenta sua adesão, tornando as iniciativas mais alinhadas às suas necessidades e realidades.
A análise revelou ainda que a educação sexual vai além da simples transmissão de informações, pois envolve a desconstrução de tabus, o fortalecimento da autoestima e o estímulo ao pensamento crítico. Dessa forma, sua implementação deve ser incentivada por meio de políticas públicas que promovam um ensino inclusivo e baseado em evidências, garantindo que os jovens tenham acesso a conhecimentos científicos e atualizados. A valorização dessas práticas pode contribuir para a redução das desigualdades no acesso à informação e para a promoção de uma saúde sexual mais equitativa.
Diante desse cenário, conclui-se que, embora os desafios na prevenção de ISTs entre jovens e adolescentes ainda sejam significativos, os benefícios das estratégias educativas são inegáveis e reforçam a necessidade de sua ampliação e aprimoramento. A busca por abordagens inovadoras, aliadas a um planejamento estratégico e à participação juvenil, pode resultar em políticas mais eficazes. Assim, a educação sexual deve ser parte de um esforço contínuo para promover uma geração mais informada, consciente e capaz de tomar decisões seguras e responsáveis sobre sua saúde sexual e reprodutiva.
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¹Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: andreessalcastroo@hotmail.com;
²Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: arisvaniearaujo@icloud.com;
³Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: dhuaneemilly@gmail.com;
⁴Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: flavianaamor16@gmail.com;
⁵Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: vianavania366@gmail.com;
⁶Acadêmica do 8º período do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP). E-mail: paulacristina19081984@gmail.com;
⁷Professor do curso de Enfermagem, Universidade Paulista (UNIP).