MENTAL HEALTH AND THE COVID-19 PANDEMIC: PSYCHOLOGICAL EFFECTS AND CARE
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7341399
Eloize de Souza Nery Dos Santos¹
Gabriel Figueira Nogueira¹
Wollace Scantbelrvy da Rocha²
RESUMO
Este artigo destina-se a debater a relação entre saúde mental e a pandemia de COVID-19. O objetivo geral deste estudo foi analisar o cuidado à saúde mental durante a pandemia, buscando identificar as consequências psicológicas e o papel do psicólogo durante este período. Sendo desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica com informações obtidas através de publicações em artigos, periódicos e revistas científicas. Serão apresentados conceitos sobre o coronavírus, os efeitos que a pandemia causou à saúde mental das pessoas e o papel dos psicólogos durante a pandemia. Como resultados, constatou-se que os cuidados com a saúde mental são uma necessidade mundial e que os principais contribuintes para o sofrimento psíquico das pessoas são a ansiedade, a depressão, o luto e o estresse. Porém, entende-se que muitos efeitos decorrentes da pandemia ainda estão sendo identificados, o que reforça a necessidade da realização de mais estudos como este futuramente.
Palavras-chave: pandemia; COVID-19; saúde mental; cuidados psicológicos.
ABSTRACT
This article is intended to discuss the relationship between mental health and the COVID-19 pandemic. The general objective of this study was to analyze mental health care during the pandemic, seeking to identify the psychological consequences and the role of the psychologist during this period. Based on a published review with information, journals and scientific publications, concepts about the coronavirus, the effects on the pandemic or the role of psychologists during the pandemic. As a result, it is known that mental health care is a worldwide need and the main contributors to suffering, depression, grief and stress. However, it is understood that many effects of the pandemic are still being identified, which reinforces the need to carry out more like this in the future.
Keywords: pandemic; COVID-19; mental health; psychological care.
INTRODUÇÃO
Discussões sobre saúde mental vem se tornando cada vez mais frequentes nas últimas décadas, debates sobre este tema potencializam-se ainda mais após o início da pandemia de COVID-19. Uma vez que esta emergência sanitária trouxe consigo inúmeras sequelas tanto físicas quanto psicológicas ao mundo todo.
Nesse sentido, o que antes era visto por algumas pessoas como apenas uma gripe, acabou resultando em milhares de mortes e um conjunto de perturbações e agravos à saúde da população mundial. Dessa maneira o foco principal desta pesquisa refere-se aos efeitos que a pandemia de COVID-19 causou à saúde mental das pessoas.
Consequentemente, além dos debates sobre saúde mental e sua relação com o COVID-19, a comunidade científica mundial iniciou também inúmeras pesquisas buscando encontrar formas para entender e enfrentar essa doença.
Em meio a este cenário a Psicologia ganhou maior visibilidade, pois além de síndromes respiratórias a pandemia abalou a saúde mental de muitas pessoas. Diante disso, psicólogos de todo o mundo buscaram adaptar-se às medidas de restrições para atuar no auxílio e promoção da saúde mental.
Compreende-se que o cuidado com a saúde mental sempre foi importante, entretanto, os impactos causados pela pandemia exigiram da comunidade científica e dos órgãos mundiais em saúde uma maior atenção. E desta forma houve a necessidade de investimentos em estratégias que possibilitaram o equilíbrio das funções mentais e ajustes necessários para lidar com a pandemia.
Diante do cenário que a pandemia de COVID-19 causou ao mundo, o problema que esta pesquisa buscou responder apresentou-se através do seguinte questionamento: Qual a importância de manter a saúde mental durante um período em que há milhões de mortes e como isso afeta a vida das pessoas?
Vale ressaltar que este estudo teve como objetivo geral analisar o papel do cuidado à saúde mental durante a pandemia de COVID-19, e como objetivos específicos 1) identificar as consequências psicológicas causadas pela pandemia; 2) avaliar o papel do psicólogo e os cuidados com a saúde mental que este profissional prestou às pessoas durante este período.
O presente estudo é resultado de uma revisão bibliográfica que possibilitou aos pesquisadores o contato direto com as informações relacionadas ao tema “saúde mental e pandemia de COVID-19: efeitos e cuidados psicológicos”. As informações foram coletadas através de artigos indexados das plataformas eletrônicas Google Acadêmico e SciELO (Scientific Eletronic Library Online), periódicos e revistas científicas, sendo priorizadas as publicações mais recentes.
Desta maneira o este artigo apresentará inicialmente os aspectos conceituais sobre o coronavírus e a saúde mental, seguido pelos principais efeitos que a pandemia causou à saúde psíquica das pessoas, posteriormente descreverá a atuação dos psicólogos frente à pandemia. E ao final serão levantadas as considerações dos pesquisadores sobre os resultados obtidos neste trabalho.
1 SAÚDE MENTAL E PANDEMIA DE COVID-19
1.1 Coronavírus: aspectos conceituais
O termo coronavírus engloba uma “família” de vírus, cujo o nome se dá devido o seu formato ser semelhante à de uma coroa quando visto no microscópio. Essa “família” foi descoberta em meados de 1937 e descritas a partir de 1965 na qual surgiram as transmissões da doença até que em 31 de dezembro de 2019, foi notificado à Organização Mundial da Saúde – OMS a ocorrência de um surto de pneumonia na cidade de Wuhan, na China (BRASIL, 2020).
Logo foi identificado que o agente etiológico tratava-se do SARCS-CoV-2, o novo coronavírus popularmente conhecido como COVID-19. Refere-se a uma síndrome respiratória aguda grave que costuma ser transmitida pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas através das gotículas de saliva, espirro, tosse, contato pessoal próximo como toque e aperto de mãos, entre outros.
A infecção pela COVID-19 tem como principais sintomas febre, fadiga, tosse, cansaço e perda de paladar ou olfato, vale ressaltar que pode progredir em diferentes estágios como leve, moderado e grave. Após o início dos sintomas, o tempo médio de transmissão dos pacientes infectados é de sete dias. No entanto, a transmissão pode ocorrer por mais tempo e alguns casos sem sinais e sintomas (FRANCO et al., 2020).
No dia 26 de fevereiro de 2020, o primeiro caso foi identificado no Brasil, no estado de São Paulo, e nesse mês despertou a atenção do Ministério da Saúde o aumento no número de casos e óbitos decorrentes da doença (BRASIL, 2020).
No mês seguinte, em 11 de março de 2020, um pronunciamento divulgado pela Organização Pan Americana de Saúde – OPAS (2020), feito pelo diretor geral da Organização Mundial da Saúde Tedros Adhamon Ghebreyesus, anunciou que a doença causada pelo novo coronavírus é agora caracterizado como uma pandemia.
O anúncio da pandemia assustou toda a população e produziu mudanças drásticas no cotidiano da sociedade, como ajustes familiares e financeiros, mudanças na educação a distância, fechamentos de escolas, universidades, locais públicos e privados. Além disso, trouxe a necessidade de medidas preventivas como isolamento social e questões de higienização.
As medidas de isolamento social e quarentena (especialmente para pessoas que se enquadram nos grupos de riscos – idosos e pessoas com comorbidades) são formas voluntárias de conter e reduzir os avanços da doença, tendo como objetivo evitar mais contaminações e mortes (BRASIL, 2020).
Embora essas medidas tenham sido de grande importância no combate à proliferação da doença, também vale salientar que prejudicou consideravelmente a saúde psíquica da população, afetando não só questões econômicas e físicas, mas também de trato emocional. Em razão da incerteza do futuro, o medo da contaminação, a precariedade na condição financeira, restrições obrigatórias e privação do convívio social desencadearam sintomas como de ansiedade, depressão e transtornos mentais como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático TEPT.
1.2 Saúde Mental e COVID-19
Saúde mental é um tema que vem amplamente sendo discutido nos últimos anos, e diversos conteúdos foram gerados em torno do tema, e como resultado, a maior capacitação de profissionais qualificados neste assunto. Visto que a saúde mental é algo subjetivo em que cada pessoa constrói nela seu próprio entendimento, iremos discorrer de forma objetiva as interpretações e definições sobre saúde mental.
Segundo a OMS (1946), saúde é “um estado de bem estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doenças ou de enfermidade”, este conceito expandiu a visão sobre ter saúde como algo exclusivamente biológico e incluiu saúde física, mental e social.
Somando a definição de saúde mental como “um estado de bem estar na qual o indivíduo percebe suas próprias habilidades, podendo lidar com os estresses cotidianos, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para eu comunidade” (WHO, 2014).
Nesse sentido afirmam que saúde mental é um estado em que os indivíduos percebem-se funcionais e capazes de perceber suas próprias habilidades, podendo ser produtivos e consequentemente lidar com suas problemáticas normais da vida.
Definições de saúde mental é objetivo de diversos estudos, porém, prevalece um discurso psiquiátrico em que se entende como oposta à loucura, denotando que pessoas com diagnósticos de transtornos mentais não podem ter nenhum grau de saúde mental ou qualidade de vida, discurso esse que com o passar dos anos está sendo modificado, pois posteriormente ao diagnóstico de transtorno mental mediante a tratamento percebe-se um nível de bem estar favorável resultando uma melhor qualidade de vida para o indivíduo (AMARANTE, 2013).
É visto que o número de buscas a respeito de saúde mental nos últimos anos cresceu, principalmente durante a pandemia de COVID-19 que levou muitas pessoas a buscarem mais informações sobre o assunto, com isso no dia 17 de junho de 2021 a OMS, divulgou sua maior revisão mundial a respeito da saúde mental na qual introduz a importância de mudar atitudes, ações e abordagens acerca da saúde mental e seus tratamentos.
Com base em evidências recentes, nesse relatório foi entendido que a população necessita de acesso a cuidados mentais e que é necessário trabalharem juntos com compromisso para fortalecer esses cuidados.
Este relatório chama a atenção dos países para acelerar a implementação do Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013 – 2030, ações que visa reconhecer a importância da saúde mental agrupados em três pontos, sendo eles: aprofundar o compromisso à saúde mental; organizar os entornos que influenciam a saúde mental (como lares, escolas, trabalhos, comunidade, serviços de saúde, etc) e reforçar a atenção à saúde mental mudando lugares, modalidades e pessoas que oferecem e recebem os serviços (OPAS, 2022).
E para isso, OPAS (2022) destacou o pronunciamento do diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em que diz:
“A boa saúde mental se traduz em boa saúde física e este novo relatório é um argumento convincente para a mudança. Os vínculos indissolúveis entre saúde mental e saúde pública, direitos humanos e desenvolvimento socioeconômico significam que a transformação de políticas e práticas de saúde mental pode trazer benefícios reais e substantivos pra pessoas, comunidade e países em todos os lugares. O investimento em saúde mental é um investimento em uma vida e um futuro melhor para todos.” (OPAS, 2022)
A partir daí, a saúde mental começa a ganhar mais força e visibilidade no cenário da saúde da população. Visto que é necessário reconhecer que os cuidados com saúde mental são fundamentais na qualidade de vida de cada indivíduo e falar sobre esse tema facilita o acesso de informações a todos.
1.3 Efeitos na saúde mental decorrente a pandemia
Referente ao contexto sobre a COVID-19, convém salientar que durante a pandemia o excesso de informações disponíveis, algumas vezes discordantes, tornou-se um âmbito favorável para alterações comportamentais impulsionadoras de adoecimento psicológico, que podem gerar consequências graves na saúde mental do indivíduo (LIMA et al., 2020).
Visto que a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2, causou além de danos econômicos e sociais, danos psicológicos, ainda que a síndrome respiratória aguda grave tenha sido sua principal característica, outros órgãos, como o cérebro, também foram afetados, de forma direta e indireta.
Segundo a FIOCRUZ (2020), as reações mais frequentes foram o medo do adoecimento e da morte, da perda de pessoas que amam, do suporte financeiro, de ser excluído socialmente, de ser separado dos entes queridos e de transmitir o vírus a outras pessoas.
Além de sensações de impotência perante os acontecimentos, salienta a irritabilidade, angústia, tristeza, ansiedade, insônia, tédio e solidão gerando um crescente aumento de preocupações, confusões, estresses e sensação de falta de controle frente às incertezas momentâneas (BARROS et al., 2020).
Na medida que as informações a respeito do que estava acontecendo durante a pandemia, chamou a atenção da população a buscar conhecimento em saúde mental e formas de autocuidado. De acordo com a pesquisa World Mental Health Day 2021 realizada pela Ipsos com entrevistados em 30 países, os brasileiros são os que mais se preocupam com o assunto entre todos os entrevistados (IPSOS, 2021).
Ressalta-se que diante do cenário da pandemia de COVID-19, a alta disseminação e mortalidade e o aumento da demanda dos profissionais da saúde, os mesmos relataram altos índices de sofrimento psicológico como medo, ansiedade, depressão, angústia, sono prejudicado muitos desses sentimentos poderiam estar relacionados ao risco à exposição do vírus. (PRADO et al., 2020)
Dentre vários impactos psicológicos já citados que a pandemia agravou, destacamos quatro de maior prevalência durante o período de pandemia causadores de sofrimento da população em geral, sendo eles: ansiedade, depressão, luto e estresse.
1.3.1 Ansiedade
De acordo com a American Psychological Association (APA, 2014) o medo se caracteriza como resposta emocional diante de uma ameaça real ou percebida, enquanto que a ansiedade pode ser entendida como a antecipação de uma ameaça futura.
Segundo a OPAS (2022), que afirma o aumento de casos de ansiedade na população, destacando sintomas como: aumento da frequência respiratória, cefaleia, insônia, irritabilidade, nervosismo, taquicardia e sentimentos de incapacidade.
Ferreira (2020) aponta que a ansiedade é considerada uma reação natural do corpo, podendo ser caracterizada pelo medo excessivo, agitação, comportamento nervoso, tensão e desconforto, este termo refere-se a várias doenças que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação.
Nessa perspectiva é importante salientar que a ansiedade pode ser apenas um sintoma ou em alguns casos pode vir a desencadear outros transtornos mentais como por exemplo o transtorno de ansiedade social (TAS) e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
De acordo com a APA (2014), a ansiedade pode vir acompanhada de ataques de pânico, que são caracterizados por surtos abruptos de medo ou desconforto intenso que pode alcançar um pico em minutos. Durante um ataque podem ocorrer, entre outros sintomas, palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, náuseas, tontura, sensação de frio ou calor, e medo de morrer.
Em virtude do cenário que a pandemia de COVID-19 causou ao mundo era de se esperar que os números de sintomas ansiosos e de transtornos de ansiedade aumentassem, tendo em vista que a infecção pelo coronavírus foi compreendida como uma ameaça real à vida.
Por conseguinte, houve a necessidade de se pensar em estratégias de alívio da ansiedade para a proteção das pessoas, inclusive aos profissionais da saúde que atuaram na linha de frente nos cuidados dos pacientes acometidos pela COVID-19. Oportunizando a estes profissionais reflexões sobre a realidade que estavam inseridos e a busca de autoconhecimento. (COELHO et al., 2022).
1.3.2 Depressão
Assim como a ansiedade, a depressão também tem uma estimativa bem alta no Brasil, considerado o quinto país com maior número de casos de depressão. Esse número só cresceu durante a pandemia e o isolamento social foi um dos maiores causadores da doença.
A American Psychiatric Association (APA, 2000) DSM-IV define clinicamente a depressão como sendo um “estado emocional com retardamento nos processos psicomotores e de raciocínio, reações emocionais depressivas, sentimentos de culpa ou críticas e ilusões de indignidade”. Este conceito nos proporciona a descrição das interações da pessoa deprimida com o seu ambiente (FESTERS, 1977).
Contudo, para Lewinsohn (1974), o termo depressão por si próprio é de definição pobre, pois ainda permanecem conceitos aceitos e pouco tem sido feito para alterar tais idéias.
Enquanto Silva (2001, p.139) caracteriza a depressão como uma “mudança de estado de ânimo que surge de um sentimento generalizado de tristeza, sendo que o grau pode variar desde um desalento moderado até ao mais intenso desespero”.
Nessa lógica a depressão tem diversas causas, algumas biológicas de fatores genéticos, mas boa parte vem das pressões ambientais e psicológicas. É um dos transtornos mais comuns, que interfere na vida, no sono, alimentação, interação, trabalho, dentre outras áreas da vida do indivíduo.
Dalgalarrondo (2014) afirma que reações depressivas surgem com frequência após a ocorrência de perdas significativas, como a morte de pessoa querida, emprego, moradia, status socioeconômico ou objetos com valor simbólico. Entretanto, o humor deprimido da pessoa é amplo e não se limita às perdas, também que não melhora com o passar do tempo.
Nesse sentido, com base nas palavras do autor acima citado pode-se inferir que as perdas de entes queridos e mudanças socioeconômicas durante a pandemia de COVID-19 podem ter influenciado em um aumento significativo de casos e reações depressivas nesta época.
Por conseguinte salienta-se que a depressão pode gerar na pessoa afetada um grande sofrimento e na pior das hipóteses pode levar ao suicídio. Considerando que a depressão tem episódios leves, moderados e graves, causando diferentes prejuízos ao funcionamento normal do sujeito.
1.3.3 Luto
O luto é um processo natural de resposta quando perdemos alguém ou algo significativo em nossa vida. Os significados e explicações sobre a vida e a morte, bem como os rituais de passagem do processo de luto variam conforme cada sociedade. (FIOCRUZ, 2020)
Os autores Rente e Merhy (2020) apontam que a instabilidade causada pela emergência do coronavírus, marcou um período de súbita paralisação das atividades e pela reconfiguração de práticas cotidianas.
Desta maneira, entende-se que muitas modificações foram observadas em decorrência da pandemia, como por exemplo, a liberdade de circular livremente, a possibilidade de reuniões, condições de trabalho e estudo. (DANTAS et al., 2020).
Além disso, a pandemia de COVID-19 provocou perdas e mudanças enormes nos processos de cuidado e despedida, o que consequentemente dificultou a elaboração do luto para as pessoas. (LOPES et al., 2021).
Aconteceram drásticas transformações nas circunstâncias que cercam a morte, o que deixou milhares de pessoas em condições adversas para a elaboração do luto, possibilitando assim o desenvolvimento de formas mais persistentes de sofrimento mental. (DANTAS et al., 2020)
O desenvolvimento de um luto complicado se dá de forma mais intensa e duradoura do que o esperado, isso acontece devido ao indivíduo não ter conseguido processar a situação nem se despedir de forma que lhe permita ter um senso de realidade concreta. (FIOCRUZ, 2020)
Nesse sentido, vale ressaltar que devido à possibilidade de infecção pelo coronavírus, muitas pessoas foram afastadas de seus entes queridos, havendo assim a impossibilidade de estar ao lado destas pessoas durante seu processo de hospitalização e nos rituais de despedida, o que contribuiu com as dificuldades de elaboração do luto e a possibilidade de sofrimento mental mais intenso.
É importante destacar que em uma pandemia, a morte se torna mais próxima e inesperada que o habitual e pode resultar em complicações para elaboração do luto e também gerar transtornos psicológicos importantes nos indivíduos que vivenciam suas perdas. Neste caso, o processo de luto pode potencializar o risco de agravar os sofrimentos psíquicos individuais e coletivos. (FIOCRUZ, 2020)
A negação da morte, pode distanciar o indivíduo da necessidade de contato com o tema, e isso contribui para uma maior dificuldade em lidar com perdas. Entretanto uma perda significativa, como a de um amigo ou familiar, pode impactar diretamente o indivíduo e afetar seu desenvolvimento. (LOPES et al., 2021)
Compreende-se, portanto, que muitas pessoas enfrentam dificuldades em aceitar a morte de um ente querido, principalmente por não tê-lo visto morrer ou não ter se despedido. Porém, essa negação pode causar muito sofrimento a depender da importância e familiaridade com a pessoa falecida, como pais, cônjuges, filhos e amigos.
Entretanto, ressalta-se que cada pessoa fica enlutada de sua maneira, não existindo, portanto, maneiras melhores ou piores, nem a imposição de uma sequência rígida, que normatize o processo. O luto é uma experiência pessoal e única para cada pessoa e assim precisa ser respeitado. (FIOCRUZ, 2020)
1.3.4 Estresse
O estresse está presente no dia a dia da sociedade e é um dos maiores efeitos psicológicos observados durante a pandemia de COVID-19, quando muitas pessoas vivenciam o luto, tristeza, medo, angústia, essas emoções afetam diretamente nos seus comportamentos. Esses e outros sintomas estão associados ao estresse que varia de estresse agudo a estresse pós-traumático.
De modo que o estresse é uma resposta física do organismo frente a estímulos que podem levar a sintomas como: cansaço, dores de cabeça (cefaleia), insônia, alterações de humor, irritabilidade, sentimento de desesperança, taquicardia, aumento do risco de infarto e outras doenças.
Relacionando o estresse a pandemia, um estudo realizado por Brooks (2020), identificou cinco fatores de estresse agudo durante o período da pandemia de COVID-19 sendo eles: a duração da quarentena, medo da infecção, frustração e tédio, suprimentos e informações inadequadas.
Complementando Resende, Andrade e Miranda (2020), um dos fatores do estresse estão relacionados à questão financeira, isso se dá pelas perdas econômicas significativas, desemprego e preocupações elevadas.
Além do estresse agudo desencadeado durante a pandemia estudos mostram que indivíduos que passaram por situações de emergência como o caso da pandemia de COVID-19 podem apresentar sintomas de estresse em diferentes graus, mesmo após o fim da pandemia, como por exemplo o TEPT.
De acordo com o DSM-IV (DSM-IV-TR; APA, 2002), o TEPT é caracterizado por um conjunto de sintomas que se manifesta após a exposição a um evento estressor traumático, incluindo revivência persistente, embotamento relacionado à responsividade geral, esquina e excitabilidade aumentada.
Em razão de a pandemia ainda está em curso, isto porque o evento ainda está em andamento em diversos países, como o Brasil, não houve realização de pesquisas relacionadas ao diagnóstico de TEPT, diagnóstico esse que só poderá ser feito após a eventual estressor.
1.4 Papel do psicólogo frente a pandemia de COVID-19
Em vista do que já foi apresentado, conforme colocado pela OMS a ocorrência da COVID-19 não provou apenas problemas relacionados a contaminação, mas também de âmbito psicológico uma vez que a crise que se vive desencadearam diversos sofrimentos psíquicos um deles além dos que já foram citados, está relacionada a morte e ao morrer.
Segundo Faro et al. (2020) com a decorrência da pandemia do novo coronavírus muitas pessoas ressaltaram o sofrimento psicológico e viram a necessidade de buscar mais informações a respeito da manutenção da saúde mental. Uma vez que foi identificado a necessidade de se receber ajuda profissional, destacando o psicólogo como profissional de referência na promoção de bem estar mental e qualidade de vida.
A fim de reduzir impactos negativos causados pela COVID-19, foi considerada necessária a realização de intervenções psicológicas, pois, muitas pessoas precisaram se readaptar a vida aprendendo a lidar com suas perdas, e transformações emocionais, sociais e econômicas. (PRADO et al, 2020)
De acordo com FIOCRUZ (2020), o psicólogo na questão da pandemia tem como função oferecer os primeiros cuidados psicológicos incluindo possibilidade de apoio e cuidado não invasivo, permitindo avaliar as necessidades e preocupações, oferecendo técnicas e métodos para cada demanda, assim como orientação sobre serviços disponíveis de atenção psicossocial e protegendo as pessoas de danos adicionais.
De modo que a presença do psicólogo na saúde mental é fundamental, garantindo mais qualidade no atendimento do sujeito, pelo fato do profissional ter formação, qualificação e conhecimento que podem auxiliar o indivíduo a desenvolver uma boa condição de saúde mental, além da capacidade de lidar com a demanda e contribuir no enfrentamento da crise da população em geral.
Ressalta-se que no cenário da pandemia do COVID-19, considerada como um momento de catástrofe, coube aos analistas e psicólogos, auxiliar seus pacientes a passarem pelas mudanças, auxiliando-os na passagem da dor para um sofrimento possível e/ou elaborado. (VERZTMAN; ROMÃO-DIAS, 2020)
O Ministério da Saúde, juntamente com a FIOCRUZ, aborda que os profissionais da SMAPS (Saúde Mental e Apoio Psicossocial) devem atuar: reforçando que essas pessoas procurem alguém de confiança para discutir seus sentimentos, problemas e pensamentos; sugerindo que usem estratégias de enfrentamento de algum outro momento semelhante vivenciado no passado; como também prática de leitura, meditação, exercícios de respiração; autocuidado no trabalho para aqueles que não pararam suas atividades laborais; sobre a saudade dos amigos e familiares pode-se sugerir manter ativa essa rede de forma virtual; reduzir o tempo que tem acesso a mídias que muitas vezes pode ser sensacionalista; pedir que evitem uso de álcool, tabaco e/ou drogas; e que caso sintam piora, procure um profissional, da forma que protocolos estaduais e municipais permitem no momento (BRASIL, 2020).
Os psicólogos também auxiliaram seus pacientes através dos processos de escuta e elaboração do luto, contribuindo com a possibilidade de dissolução de traumas que bloqueiam a abertura para os afetos, tornando possível o processo de elaboração das perdas e abertura para formas outras possíveis de vida. (RENTE; MERHY, 2020)
É importante ressaltar o psicólogo e sua importância nesse contexto, pois oferece à população intervenções adequadas, realizadas a partir do acolhimento, escuta e apoio aos envolvidos, promovendo saúde e prevenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa destinou-se a investigar os efeitos que a pandemia de COVID-19 causou à saúde mental da população mundial, tendo como enfoque o luto, depressão, ansiedade e o estresse relacionados às mudanças sociais que ocorreram neste período.
Tendo em vista que a pandemia causada pelo novo coronavírus causou ao mundo grandes impactos à saúde psicológica das pessoas de todas as idades, etnias, classes sociais e gêneros. Compreende-se que os psicólogos tornaram-se ainda mais atuantes neste período, e deste modo tiveram que adaptar sua forma de atuação.
Deste modo foram explanadas as recomendações adotadas pelos órgãos governamentais de saúde como a ONU, OPAS e FIOCRUZ relacionadas às formas de promoção de saúde mental diante de uma pandemia. Principalmente as formas de atuação dos profissionais de saúde no cuidado humanizado das pessoas.
Diante de inúmeras mudanças, principalmente em relação às adaptações que muitas instituições de ensino tiveram que adotar, ressalta-se que a presente pesquisa pode tornar-se uma fonte de dados essenciais à comunidade acadêmica tanto na área da Psicologia como às demais de saúde.
Devido ao seu caráter de pesquisa ser uma revisão bibliográfica compreende-se que muitas informações encontradas neste estudo são relevantes para a formação de novos profissionais, pois, os resultados obtidos aqui podem contribuir para a realização de futuras pesquisas relacionadas ao tema aqui abordado.
Considerando as ideias reveladas neste estudo, pode-se considerar que a pandemia de COVID-19 afetou e ainda afeta a vida psíquica de muitas pessoas em todo o mundo, desde crianças até idosos, pois muitos hábitos tiveram que ser alterados, como atividades de vida diária e convívio social.
Constatou-se também com base nos relatórios em saúde, que os cuidados com a saúde mental são uma necessidade real apresentada pela população mundial, pois os efeitos causados pela pandemia de COVID-19 foram enormes.
Podendo-se destacar como principais contribuintes para o sofrimento psíquico a ansiedade, a depressão, o luto e o estresse.
Compreende-se que o processo natural de luto sofreu grandes mudanças, principalmente em relação aos rituais fúnebres de despedida, uma vez que muitas pessoas não puderam ver seus entes queridos sendo sepultados e outros sem nem mesmo saber onde estes foram enterrados.
Foi identificado que os debates sobre saúde mental aumentaram, o que consequentemente resultou em uma maior visibilidade para assuntos relacionados ao tema. Desta maneira observou-se que os psicólogos puderam contribuir de maneira positiva frente ao cenário catastrófico de uma pandemia, uma vez que auxiliaram não apenas pacientes acometidos pelo novo coronavírus, como também seus familiares e outros profissionais de saúde como médicos e enfermeiros.
Através da análise, exposição e discussão dos dados desta pesquisa, considerou-se que de forma didática foi possível analisar o cuidado à saúde mental em relação às consequências psicológicas decorrentes da pandemia de COVID-19 e verificar a relevância da atuação dos psicólogos neste período.
Ressalta-se que mesmo diante da aparente melhora no quadro geral de infecção e mortes causadas pela COVID-19, até o momento da entrega desta pesquisa, a pandemia ainda não pode ser considerada como encerrada. Portanto, atenta-se ao fato de que este estudo poderá sofrer alterações e atualizações futuramente, pois existe a possibilidade de que mais informações sejam consideradas imprescindíveis para o corpo teórico deste trabalho.
Vale lembrar que muitos dos efeitos gerados pela COVID-19 estão sendo identificados, o que reforça a necessidade da realização de mais estudos como este. Tais pesquisas podem contribuir positivamente não apenas para a psicologia, mas também para outras áreas da saúde, uma vez que poderão servir como base para o enfrentamento de outras emergências em saúde como a pandemia de COVID-19.
Portanto, diante das informações obtidas e apresentadas por este estudo, ressalta-se a importância e a necessidade da busca por conhecimentos relacionados à saúde mental, pois como visto acima, o adoecimento físico do indivíduo pode afetar diretamente sua vida psíquica e consequentemente contribuir para o adoecimento de toda uma sociedade.
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¹Graduando(a) em Psicologia do Centro Universitário Fametro, Manaus/AM
²Orientador, docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Fametro, Manaus/AM