SAÚDE MENTAL E HIPNOSE: O USO DA HIPNOSE NO TRATAMENTO DE PESSOAS COM DEPRESSÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10203343


Ronilson Corrêa1


RESUMO

O presente trabalho propõe a utilização da técnica da hipnose para a saúde mental de pessoas que sofram de depressão. Para tanto, desmistificar e contextualizar o termo hipnose fez-se necessário. Como metodologia, foram utilizados estudos bibliográficos baseados nos bancos de dados eletrônicos: BVS-alud.org; POL-psicologia online; www.scielo.br; e principalmente o livro: “Tratamento Coadjuvante pela Hipnose” no qual o autor dedica um capítulo inteiro sobre o uso da hipnose no tratamento da depressão. Evidencia-se como resultado da pesquisa que a hipnose no tratamento da depressão aumenta significativamente o bem estar psicológico substituindo pensamentos negativos e destrutivos por pensamentos mais flexíveis, construtivos e pautados na interação entre indivíduo e seu ambiente. Na conclusão,os resultados da pesquisa apontam um vertiginoso crescimento do uso da hipnose em tratamentos psicológicos como depressão baseados em resultados de estudos neuropsicológicos, embora haja, ainda, muitos acadêmicos em psicologia que desconheçam a técnica como ferramenta em seu auxílio de trabalho. Os resultados demonstram também uma escassez de pesquisas experimentais sobre o assunto proposto. 

PALAVRAS-CHAVE: Hipnose; depressão; psicologia clínica; saúde mental.

INTRODUÇÃO

A História da hipnose e sua utilização envolvem uma complexidade de discussões a respeito de sua validade cientifica como também divergências e convergências sobre as vantagens e desvantagens desta técnica na clínica psicológica para o tratamento de várias doenças como a depressão. No entanto, muitos profissionais da área da saúde demonstram certa desconfiança quanto ao uso da hipnose como auxiliar em tratamentos de saúde mental por que esta técnica é entendida por parte dos cientistas como apenas um instrumento de sugestão, entendendo, portanto, que não atinge profundamente mudanças significativas quanto ao tratamento do sofrimento psíquico. Neste sentido buscamos compreender os efeitos causados no cérebro humano quando da utilização da hipnose através de comprovações científicas a partir do estudo de outros pesquisadores sobre o assunto.

A Hipnose é entendida como um estado de estreitamento de consciência ou atenção no qual a mente interpreta a imaginação como realidade. Provocado artificialmente e parecido com o sono, mas dele se distingue fisiologicamente pelo aparecimento de uma série de fenômenos espontâneos ou decorrentes de estímulos verbais (FERREIRA, 2006). Esta técnica apresenta um vertiginoso crescimento, sobretudo na psicologia clínica para ser usada em casos que envolvam estados de saúde mental sendo estudada também em diversas áreas da medicina, fisioterapia, enfermagem e a odontologia.

Neste sentido buscou-se a partir de estudos bibliográficos comparando pesquisas sobre o assunto e estudos de livros, artigos e consultas eletrônicas,fazer uma leitura e interpretação para responder se a hipnose pode ser utilizada como técnica no tratamento de pessoas com depressão e quais são seus procedimentos neste tratamento. 

Metodologia

A forma para coleta de dados foi realizada em estudo de livros, monografias, dissertações de mestrado e doutorado, material já publicado escrito por vários autores e consultas eletrônicas para alcançar o conhecimento proposto e promover conclusões a respeito do estudo. Foram utilizados os bancos de dados eletrônicos: BVS-alud.org; POL-psicologia online; www.scielo.br; e principalmente o livro: “Tratamento Coadjuvante pela Hipnose”no qual o autor dedica um capítulo inteiro sobre o uso da hipnose no tratamento da depressão. Neste livro embasa a partir de evidências científicas reunidas em estudos internacionais, asmuitas possibilidades de intervenção hipnótica aplicada a diversas situações como a depressão. O livro foi desenvolvido pelo neurorradiologista Marlus Vinícius Costa da Ferreira, editado em 2006 pela editora Atheneu.

1 O SURGIMENTO DA HIPNOSE E SEU USO

A palavra hipnose vem do grego hypnos, termo designado ao deus do sono e pai dos sonhos. Este deus levava o sono aos deuses e inclusive a Zeus. Porém, o conceito de que hipnose se assemelha ao sono já não é mais utilizado, pois a hipnose não tem nenhuma relação com o sono ou dormir. (FARIA, 1959).

As tentativas de explicar o que é hipnose e o que ocorre com este procedimento variam com o passar dos tempos. O que atualmente chamamos de hipnose remonta ás mais antigas civilizações. Porém a história formal desta técnica se deu por volta de 1765, com os estudos do pesquisador Franz Anton Mesmer. Ele aliviava as dores das pessoas com aplicações de ímãs em suas frontes por meio da produção de um fluído invisível a que chamou de magnetismo animal. No entanto, um grupo formado por pesquisadores liderados por Benjamim Franklin e o químico Lavoisier descobriu que os efeitos das intervenções de Mesmer provinham de sugestões do terapeuta e da imaginação dos pacientes e não de fluídos magnéticos. (BAUER, 2002 e FERREIRA, 2006).

Fazendo uma pequena contextualização histórica do surgimento da Hipnose, verificamos que Bertrand afastou-se da perspectiva de Mesmer, que explicava as curas por meio de um fluido magnético, para se centrar na imaginação, tida aqui como o processo central da eficácia terapêutica, fosse ela física ou psíquica. Além disso, é necessário considerar que as perspectivas de Bertrand influenciaram toda uma geração de pensadores, opositores e simpatizantes, que mantiveram acirrados debates no século XIX sobre este tema (CARVALHO; MELIKIAN, 2008). 

É por volta dos anos setenta do século XIX que o famoso neurologista francês Jean Martin Charcot (1825-1893) que trabalhava no Hospital de Salpêtrière, começou a estudar um grupo de mulheres internadas que sofriam de epilepsia, histeria ou ambas. “Charcot começou utilizar a hipnose para induzir a diminuições de lesões orgânicas como paralisias e anestesias em pacientes diagnosticados como histéricos”.(CARVALHO; MELIKIAN, 2008, p. 7). Sua apresentação sobre hipnose em 1882 perante a Academia das Ciências levou ao reconhecimento científico da hipnose, que se tornou então um objeto passível de investigação por outros médicos e cientistas. 

Outros autores ofereceram teorias menos patologizantes para explicar a hipnose, sendo a teoria defendida pela Escola de Nancy a que se tornou mais conhecida. 

“A Escola de Nancy foi fundada por dois médicos: Liébeault e Bernheim. Para Bernheim, o que caracterizaria a hipnose era a peculiar facilidade que o sujeito hipnotizado tinha de transformar ideias em sensações (efeito ideo-sensorial) ou acções (efeito ideo-motor) o que era conseguido através de sugestões”.(CARVALHO; MELIKIAN, 2008, p. 7)

A partir da primeira guerra mundial o interesse pela hipnose principalmente nos Estados Unidos surge para o tratamento de neuroses de guerra (ERICKSON apud NEUBERN, 2006). A hipnose foi muito utilizada também na segunda Guerra Mundial na prática médica e em psicoterapias breves (RODRIGUES, JUNIOR, 2009).

Alguns psicólogos como Clark L. Hull, também permaneceram trazendo contribuições na prática clínica tendo como objeto de estudo científico a hipnose, proporcionando o desenvolvimento teórico-prático deste procedimento. Um dos nomes mais importantes para o desenvolvimento da hipnose clínica encontrada no estudo bibliográfico é o do psiquiatra Milton H. Erickson (BAUER, 2000; NEUBERN, 2006). 

Atualmente estão sendo feitos estudos imagiológicos (estudos de imagens do cérebro enquanto a pessoa está em transe), podendo ser verificado aqui a contribuição da Neuropsicofisiologia, especialmente pelos exames PET-SCAN (tomografia por emissão de pósitrons), RMf (imagem funcional por ressonância magnética), MEG (magnetoencefalografia) e PERE (potenciais evocados a eventos) que proporcionam um entendimento mais integrado dos processos cerebrais envolvidos durante o transe hipnótico. (FERREIRA, 2006).

Vários países como Estados Unidos, Canadá, França, entre outros, estão sendo realizadas pesquisas com o objetivo de mostrar os efeitos proporcionados pelo uso da hipnose como forma de tratamento. Para ser reconhecida sua característica científica, tecnologias avançadas como Brain Mapping (BM); Potencias Evocado (PE) e Tomografia por emissão de Pósitrons (PET-SCAN), está buscando compreender os mecanismos neuropsicofisiológicos ativados pela hipnose.  Segundo Rodrigues (2007, pg. 12)

“A hipnose age sobre a área psíquica, possibilitando a formação de imagens nítidas que são traduzidas em impulsos neuronais de ação que, por sua vez, irão mobilizar as estruturas envolvidas na produção e liberação de neurotransmissores e substâncias ligadas ao bem-estar (serotonina, dopamina, endorfinas) do indivíduo. É dessa forma, em linhas gerais, que o processo hipnótico, mediante seus mecanismos de ação, sobretudo por meio da palavra, afeta a síntese de substâncias químicas cerebrais e potenciais de ação dos seus neurônios ligados aos processos da vida mental (pensamentos, representações, controle de comportamento e emoções) da pessoa”.

Neste sentido, a substituição de pensamentos negativos e destrutivos por pensamentos mais flexíveis, construtivos e pautados na interação entre indivíduo e seu ambiente é o principal objetivo em um processo psicoterápico que utilize a hipnose como tratamento coadjuvante.

Segundo Ferreira (2006), entre as fases da indução e o estado hipnótico, pode-se perceber que a hipnose provoca um extremo relaxamento e isso diminui a dor crescendo os níveis do neurotransmissor serotonina. Este nível de serotonina vai se concentrar nas áreas cerebrais encarregadas de processar as mensagens químicas da dor, atenuando a sua intensidade. Além disso, diminui o cortisol do stress, que poderia intensificar os sinais dolorosos nos nervos espalhados pelo corpo.

Rodrigues (2007, pg. 7) destaca que:

Com o avanço dos estudos na área da psiconeuroimunologia que graças à tecnologia de ponta, sobretudo com as modernas técnicas de neuroimagens e microscopia eletrônica, vem permitindo registrar o cérebro funcionando sob efeito de estímulos, principalmente sob ação das emoções e as mudanças da bioquímica interna decorrente.

A hipnose tem sido bastante valorizada hoje em dia por muitos profissionais de saúde como médicos e dentistas. Na clínica, essa técnica vem sendo utilizada para casos de perdas, assuntos relacionados a dificuldades sexuais, terapias médicas para o câncer, pacientes vivendo com HIV, casos em que a pessoa não pode receber anestésicos e seu uso com crianças tem tido resultados muito positivos principalmente em tratamentos dentários. (CHERTOK 1982; BAUER, 2000; NEUBERN, 2006). 

1.1 DESMISTIFICANDO O TERMO HIPNOSE.

 A hipnose em sua prática é entendida com certa desconfiança ou com preconceito pela academia científica e por muitos psicólogos segundo o terapeuta cognitivo comportamental Neubern (2006). Isto ocorre, sobretudo porque durante muito tempo, segundo o hipnólogo Faria (1959), a técnica hipnótica foi utilizada de forma errônea por hipnotizadores de palco. Da mesma maneira é preciso desmitificá-la para os pacientes antes de iniciar o processo de tratamento explicando a estes os procedimentos e efeitos da hipnose.

Neste sentido, o primeiro passo é diferenciar o que é transe do que é sono, pois na indução hipnótica o indivíduo ouve a voz do terapeuta e responde às instruções, o que não se ocorre durante o sono, onde o reflexo patelar é diminuído. No estado de sono, os membros ficam flácidos pela falta de atividade, enquanto que durante a hipnose eles podem se tornar rígidos e firmes. Além disso, os batimentos cardíacos e ritmo respiratório durante o transe hipnótico estão mais próximos do estado de alerta do que o sono.(FERREIRA, 2006).

O sujeito não ser retirado do transe hipnótico é outro mito mencionado por Faria (1959). Muitos profissionais alegam sentir este medo, mas segundo este autor, se a pessoa permanecer no estado de transe por muito tempo ela acabará dormindo, e se dorme em algum momento acordará.Outro mito apontado pela autora Bauer da linha ericksoniana (2002) diz respeito ao fato de apenas pessoas facilmente sugestionáveis poderem ser hipnotizada. Ao contrário deste rótulo, a autora sugere que os sujeitos que apresentam maior facilidade para entrar em transe são os que possuem uma maior motivação e habilidade com capacidade de concentrar-se.

Existem outros mitos encontrados na bibliografia que dizem respeito à perda de controle, revelação de segredos, e agir de forma antissocial. No entanto, Bauer (2002) e Ferreira (2006) esclarecem que, durante o transe hipnótico, o sujeito não está sob o domínio da vontade do terapeuta e sim completamente ciente do ambiente e totalmente capaz de tomar decisões por conta própria, não apresentando dessa forma nenhum comportamento que possa ir contra os seus valores morais, éticos, religiosos. Reforçam essa questão, mencionando que se o indivíduo hipnotizado receber uma sugestão imprópria, que vá de contra os seus valores, ou o sujeito (paciente) pode não responder à indução (sugestão), ou sai do estado de transe imediatamente.

Para Bauer (2002), essa técnica não apresenta prejuízo à integridade física ou mental das pessoas, quando utilizada por profissionais qualificados. Ainda nesta reflexão, para a American Psychological Association (APA), a hipnose pode ser definida como um procedimento durante o qual um pesquisador ou profissional de saúde sugere mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos sem que haja nenhum tipo de dano/prejuízo a seus clientes/pacientes.

Bauer (2002) define a hipnose como sendo a absorção da atenção do sujeito, ou seja, a atenção seria focalizada através de uma indução ou de uma autoindução, absorvendo a atenção da mente consciente, dando a oportunidade à mente inconsciente de se manifestar através dos fenômenos hipnóticos. Essa autora considera que a hipnose é um estado de consciência diferente do estado de vigília e pode ocorrer no dia a dia, quando se está acordado. No entanto, é diferente de estar simplesmente em vigília. Nesse processo, há uma focalização da atenção voltada para a realidade interna criada pela pessoa.

A hipnose é então, um estado de consciência caracterizado por um aumento de receptividade à sugestão, de capacidade para modificação de percepção e memória e o potencial para o controle sistemático de uma variedade de funções fisiológicas usualmente involuntárias. Sendo assim, os estados alterados de consciência que ocorrem durante o transe hipnótico podem modificar a percepção, a interpretação e a avaliação subjetiva da dor. (FERREIRA, 2006).

Hoje em dia há várias definições sobre hipnose que podem ser encontradas na literatura, contudo apresentam um conceito bastante próximo de que a hipnose produz um estado alterado da consciência no qual a mente interpreta a imaginação. Para Dowd que terapeuta cognitivo comportamental a hipnose pode ser descrita como um estado de elevada percepção e concentração sobre uns poucos estímulos relevantes ao campo perceptivo. (DOWD, apud CABALLO, 1999). Neste sentido, os instrumentos utilizados na sugestão (indução) são de natureza linguística, ou seja, através da fala do hipnotizador a mente do paciente/cliente interpreta a imaginação como realidade.

Para a hipnose ser reconhecida como ciência, foi-se necessário criar comprovações de sua autenticidade por meio de aparelhos e exames neurorradiológicos. Estes demonstravam os efeitos da hipnose causados no cérebro humano através de imagens. Outro instrumento muito importante para seu reconhecimento é a utilização de escalas de susceptibilidade, pois quando se pretende testar e comprovar a eficácia de uma estratégia de intervenção que utiliza um procedimento hipnótico torna-se fundamental conhecer previamente o grau de susceptibilidade hipnótica dos participantes. A avaliação da susceptibilidade hipnótica pode ser feita por meio de exercícios simples. Contudo, num contexto de investigação torna-se imperativo o recurso de técnicas estandardizadas de avaliação. Existem várias escalas para avaliação da susceptibilidade hipnótica, sendo a mais utilizada e considerada como a medida de eleição a Stanford HypnoticSusceptibilityScale, Form. (DOWD, apud CABALLO, 1999).

2 DEPRESSÃO E SEUS SINTOMAS

As bases da depressão, segundo a teoria cognitiva para Yapko (2006 apud FERREIRA, pg.366, 2006) estão nas expectativas negativas, nas interpretações negativas sobre os eventos e na auto avaliação negativa. Complementa que neste sentido, os padrões incluem uma orientação interna e introspectiva sensível para as emoções sentidas demonstrando dificuldades nas relações interpessoais e presentes com atenção difusa e ambivalente. 

Para o psicopatologista e psiquiatra Dalgalarrondo “as síndromes depressivas são atualmente reconhecidas como um problema prioritário de saúde pública”. (2008, p. 307). Ou seja, as consequências para a saúde da pessoa são demonstradas através das incapacitações para as funções sociais e outras atividades da vida cotidiana. A depressão afeta a pessoa principalmente pelo fato de ter como elementos mais expressivos o humor triste e o desânimo para as relações sociais e para o trabalho.

O psicopatologista e psiquiatra Dalgalarrondo (2008) sugere que as síndromes depressivas surgem após perdas significativas como emprego, perda de alguém muito importante na família ou amigos, moradia, mudanças inesperadas reais ou puramente simbólicas. Ou seja, trata-se de uma doença que afeta o todo do ser humano em seus aspectos biopsicossociais. 

O transtorno depressivo faz parte dos transtornos de humor, dentre os quais podemos citar o transtorno bipolar e a mania e seus subtipos que são entendidos como episódios ou fases depressivas ou mesmo recorrentes. Segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10, p. 12), os episódios depressivos são classificados em: 

Leve, moderado ou grave, o paciente apresenta rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe redução da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração associado em geral a fadiga acentuada mesmo após um esforço mínimo. Observando-se em geral problemas de sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre a diminuição da autoestima e autoconfiança e freqüentemente idéias de culpabilidade e/ou indignidade mesmo nas formas leves. O humor varia segundo as circunstâncias e pode acompanhar de sintomas somáticos.

Quanto ao tratamento das manifestações depressivas, este não se deve unicamente ao uso de medicação, devido às recaídas e a porcentagem de recorrência. Faz-se necessário o tratamento mais abrangente que possa contemplar os aspectos mais profundos do contexto biopsicossocial do paciente. 

Segundo o Neurorradiologista Ferreira (2006 p. 361) 

“os comprimidos em um tratamento medicamentoso não vão alterar os fatores de risco que proporcionaram o estado depressivo na pessoa. Ou seja, os efeitos da medicação produzirão um melhor humor através dos receptores da superfície pré e pós-sinapse na liberação de noradrenalina, serotonina ou dopamina na fenda sináptica responsável no alívio da sintomatologia, porem não resolverão os problemas de um mal casamento, situações infelizes no trabalho, perdas familiares e/ou conflitos, métodos de pensar sobre si mesmo e dificuldades nas relações interpessoais, etc. Os efeitos da medicação trazem alívio momentâneo, mas não resolvem problemas de ordem psicossocial. Os antidepressivos costumam a dar uma resposta clínica entre 2 a 4 semanas e neste período é indicado ao paciente um tratamento adicional como a combinação de tratamento psicológico a fim de reverter o modo como a pessoa pensa a respeito de si mesma, como tomam decisões e interagem com os outros. 

Um paciente deprimido encontra-se geralmente em uma situação de circunstancias estressantes em sua vida por causa de vários fatores que precisam ser considerados e conhecidos para realizar este tipo de tratamento. Sente-se incapaz de sair da situação que se encontra, pois suas expectativas em relação ao futuro são ambíguas com pensamentos depreciativos e sentimentos de fracasso e desvalia acreditando que nada pode mudar.

Segundo o terapeuta cognitivo comportamental Aaron Beck (1979) em pacientes depressivos pode-se verificar que os pensamentos negativos não se apresentam apenas como sintomas, seriam então fatores que desencadeiam um quadro de depressão. Assim, distorcem a visão de si mesmos de forma negativa e depreciativa, distorcendo a visão do mundo e de seu futuro.

É diante estes aspectos que encontramos na literatura outras formas de tratamento da depressão sendo aqui discutido o uso da hipnose como tratamento coadjuvante, pois este, para Ferreira (2006), visa desenvolver habilidades pessoais na solução das dificuldades, compreendendo as raízes profundas da depressão por métodos de centralização das manifestações clínicas da história do paciente, alterando, portanto, a percepção negativa que se tem de si mesmo modificando a estrutura do como se vê ede como ele se pensa ser.

Neste sentido, Neves (2003) que é terapeuta cognitivo comportamental relata que há várias abordagens psicológicas utilizando da hipnose como uma ferramenta de auxílio no tratamento de seus pacientes, entre elas cita a T.C.C. “A Terapia Cognitiva Comportamental atualmente é uma das abordagens mais reconhecidas no mundo por sua eficácia e segurança”. (NEVES, 2003, p. 49). Ele esclarece que a hipnose não é uma terapia por si mesma, mas uma técnica especializada que pode ser incorporada a situações terapêuticas particulares. Assim confirma-se a possibilidade de seu uso por Terapeutas Cognitivos Comportamentais no tratamento da depressão.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO: O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO PELO USO DE HIPNOSE

Segundo Ferreira (2006), entre as fases da indução e o estado hipnótico, pode-se perceber que a hipnose provoca um extremo relaxamento e isso diminui a sensação de desprazer provocado pela depressão, crescendo os níveis do neurotransmissor serotonina. Este nível de serotonina vai se concentrar nas áreas cerebrais encarregadas de processar as mensagens químicas da dor, atenuando a sua intensidade. Além disso, diminui o cortisol do stress, que poderia intensificar os sinais dolorosos nos nervos espalhados pelo corpo. 

Para Ferreira (2006) o hipnotismo também estimularia a produção de moléculas chamadas de moduladores imunológicos que se ligam às células de defesa regulando a sua ação. Assim, eles evitariam que as defesas entrassem em conflito contra tecidos do próprio corpo. 

As células imunológicas do sangue se tornariam mais eficientes sem o cortisol, já que a dosagem da substância pelo efeito da hipnose diminui. Isso poderia explicar por que o hipnotismo tem ajudado no tratamento de pacientes imunodeprimidos por causa do câncer ou da AIDS”. (FERREIRA, 2006, p. 403).

Ao iniciar o tratamento da depressão com o uso de hipnose deve-se fazer primeiramente uma avaliação dos aspectos sociais, psicológicos e fisiológicos do paciente. Observando as disfunções e distorções cognitivas relacionadas a sentimentos e comportamentos. Busca-se um levantamento de riscos específicos com objetivo de intervenção a comportamentos como, por exemplo, pensamentos em querer se machucar ou de suicídio.

Para Ferreira (2006), a desesperança é um dos fatores mais importantes a se tratar em uma pessoa que sofre de depressão principalmente pela impulsividade em tentativas de suicídio. Logo na primeira sessão de hipnose o terapeuta deve provocar sensações de esperança, otimismo, bom humor, aumentando sentimentos de valorização para melhores expectativas de vida. Ele sugere que descubra os pensamentos automáticos do paciente, pois estes pensamentos são auto-sugestões espontâneas que devem ser substituídas através de sugestões hipnóticas mais favoráveis e mais adequadas à saúde mental do paciente.

A Hipnose é útil na intensificação dos aspectos de uma experiência, orientando o cliente a prestar mais atenção a certos detalhes. Por exemplo, alguém que deseja parar de fumar sentir fortemente o alívio esclarecendo os benefícios e levando-o a se imaginar como mais feliz e saudável. Através da indução, o cliente passa a sentir-se livre, confiante e capaz pelos avanços que pode perceber a cada dia. No caso da depressão, o paciente recebe sugestões parecidas orientando o paciente a entender as situações, reconhecendo seus recursos e reduzindo, portanto, a ansiedade, agitação, dificuldades alimentares e distúrbios do sono como a insônia que é muito frequente em pacientes com depressão.

Para Ferreira (2006, pg. 366) os objetivos básicos do tratamento da depressão pela hipnose são:

Aprender a reconhecer a ambiguidade em diferentes situações; estar em guarda contra a tendência de interpretar tais eventos de maneira padronizada e dolorosa que pode não ser verdadeira; desenvolver a tolerância para toda ambiguidade que permite sentir conforto mesmo não conhecendo ou sabendo as coisas. 

Tabela 1Razões para o uso da Hipnose
1. Amplificar partes da experiência subjetiva, tornando mais fácil reconhecer onde os padrões de percepção, pensamento e relacionamento estão causando ou mantendo a experiência da depressão,
2 Interromper padrões,
3 Facilitar o aprendizado experiencial, 
4 Auxiliar a associação e a contextualização de respostas desejadas,
5 Modelar a flexibilidade, encorajando de diferentes maneiras o relacionamento consigo mesmo,
6 Auxiliar a construção do foco

Fonte: Livro Tratamento Coadjuvante pela hipnose de FERREIRA, Marlus Vinicius Costa, 2006, P. 366.

Verificando a utilização da hipnose como coadjuvante nos tratamentos psicológicos e médicos, ela aumenta significativamente o bem estar psicológico, reduz o stress e melhora as taxas de recuperação dos pacientes sujeitos a esses tratamentos através de técnicas de relaxamento (SOUZA FILHO, 2009). A eficácia da hipnose vem sendo comprovada como importante ferramenta terapêutica quando combinada com intervenções que elevam o relaxamento e também com terapias cognitivas comportamentais nas perturbações depressivas, de ansiedade, do sono e condições psicossomáticas.

No tratamento da depressão é importante para o paciente a percepção das modificações que vão sendo causadas em seu estado através da hipnose e técnica de relaxamento. Neste sentido, o paciente vai sendo sugestionado a imaginar melhores resultados percebendo o inicio de expectativas positivas e construtivas. Para alcançar esta disposição mais realista de sua própria imagem, o paciente deve seguir uma sequencia de conduta segundo a tabela.

Tabela – 2. Sequência da Conduta Hipnótica
1 Conjunto de respostas – relaxamento
2 Conjunto de respostas – escolhas
3 Conjunto de respostas – autocontrole
4 Conjunto de respostas – expectativas
5 Identificação de habilidades
6 Construir objetivos
7 Projeção para o futuro – sentir efeitos 
8 Relacionar habilidades com os objetivos
9 Sugestões pós-hipnóticas de integração

Fonte: Livro Tratamento Coadjuvante pela hipnose de FERREIRA, Marlus Vinicius Costa (2006, pg. 368):

Praticamente todos hipnólogos dizem que qualquer um pode ser hipnotizado, desde que queira ser hipnotizado para algum objetivo que o satisfaça, como por exemplo, o tratamento da depressão, mas, ninguém entra em transe contra a vontade, mesmo que o hipnotizador queira (PASSOS, 1998). No entanto, segundo este autor, mesmo querendo muito, só 10% dos indivíduos alcançam o nível mais profundo da hipnose sendo que o transe hipnótico se dividiria em cinco níveis ou estágios. 

O primeiro é um relaxamento profundo. No segundo, o relaxamento é mais intenso, só que ele perde a validade se o sujeito abre os olhos no meio da sessão. No terceiro estágio, os pacientes podem deixar de sentir dor. Somente 25% das pessoas chegam ao quarto estágio, quando podem até conversar e abrir os olhos. No quinto e último estágio, se o processo não for conduzido por um terapeuta responsável, o indivíduo poderá ter alucinações (PASSOS, 1998). Outros autores como Erickson (apud BAUER, 2000), falam em três estágios, já Dowd (apud CABALLO, 1999), fala de quatro estágios.

Neves (2003) ressalta sobre este assunto, que a diferença de um indivíduo acordado para o indivíduo hipnotizado é de natureza quantitativa, não qualitativa, portanto uma diferença de grau, não de natureza. Sob o efeito do transe hipnótico na personalidade humana, cada pessoa reage à sua maneira, de acordo com sua própria dinâmica e estruturação psíquica. Porém, não são em todos os casos que ocorre o sintoma como organização da psique, muitos sintomas podem consistir em aprendizados ao longo da história de vida do paciente. Estes sintomas podem ser modificados através da terapia cognitiva comportamental somada ao uso da hipnose. Portanto, muitos casos de remoção de sintoma não viriam a resultar na substituição por outro, pois haveria através da cognição uma redefinição das causas do sintoma, eliminando, portanto, uma perspectiva determinista.

Por fim, para o tratamento da depressão ou qualquer outra doença, faz-se necessário desmistificar os medos que envolvem a palavra hipnose antes de começar a utilizá-la junto ao paciente. É imprescindível que haja discussões sobre o que é estar em estado hipnótico,para o entendimento dos pacientes, para que estes possam compreender os efeitos da hipnose no tratamento da depressão. Isto favorece no rapport e nas diferentes explicações da técnica, evitando confundir o paciente e colocando em risco a confiabilidade no terapeuta.

Assim, ressalta Ferreira (2006), os profissionais clínicos que utilizarem a hipnose devem buscar conquistar seu espaço de confiança que fora abalado pela exposição da hipnose na mídia e nos palcos, seguindo a rigor e adotando sempre uma conduta ética e de respeito aos direitos humanos junto aos pacientes, observando prioritariamente os critérios das resoluções de seus Conselhos Federais de Ética. Segundo ainda este mesmo autor, diante os malefícios que as exposições em hipnose de exibição fizeram surgir entre as pessoas, pesquisas tem demonstrado que se é mais eficaz para os pacientes não utilizar palavras como transe hipnótico, sugestão hipnótica e até mesmo hipnose. Ele sugere para os pacientes sentirem-se mais confortáveis, pode-se utilizar de palavras que evitem pré-contatos com os vários mitos em volta da hipnose, ou seja, poderíamos chamar a hipnose de relaxamento profundo, relaxamento saudável, etc.

Segundo Dowd (apud CABALLO, 1999), a hipnose deveria ser utilizada unicamente por profissionais bem treinados na prática de sua própria profissão. Este terapeuta cognitivo comportamental relata inclusive que tais profissionais não deveriam empregá-la como seu único tratamento. Assim, ressalta este autor, é incorreto falar de hipnotizador ou de hipnoterapeuta. Para ele o certo seria falar de um psicólogo, de um terapeuta ou de um médico que estão bem treinados em usar a hipnose.

Para Bauer (2000) a hipnose é um fenômeno científico válido, que pode ajudar pessoas a superar seus traumas, conflitos emocionais e problemas psicológicos. A hipnose já foi e ainda é usada por milhares de pessoas, e não se consta em sua história sinais de prejuízo à integridade física ou psicológica dessas pessoas.

Importante destacar que dentre as classes profissionais habilitadas ao uso do recurso da Hipnose nos respectivos conselhos federais e regionais encontram-se a medicina, odontologia, psicologia, fonoaudiologia, neuropsicologia entre outras especificidades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A hipnose é uma técnica com um processo histórico de longa e complexa série de acontecimentos e desenvolvimentos utilizados e manipulados por inúmeras civilizações até o momento atual. Este conhecimento já foi, ao longo do tempo, considerado de origem mística, divina ou demoníaca e em tempos modernos, científico. Ainda hoje, há quem não acredite na verdade deste conhecimento, assim como há quem creia cegamente. Entretanto, há inúmeros relatos, pesquisas e infindáveis casos descritos que demonstram os benefícios efetivos desse saber para o tratamento de doenças incluindo a depressão. 

Ao investigar a utilização desta técnica por profissionais que trabalham em abordagens psicológicas como a TCC e a Neuropsicologia, verificou-se que a hipnose é de grande contribuição para aqueles que se especializaram nela como tratamento coadjuvante na clínica. Neste sentido, estudos neuropsicológicos através de testes neurorradiológicos confirmam a validação científica investida na hipnose, conferindo-a credibilidade para seu uso. Outro dado relevante é a apreciação da hipnose pelos Conselhos Federais e regionais de várias especificidades como a Medicina, a Psicologia entre outras. Ao investigar a utilização da Hipnose na Psicologia Clínica estão sendo esclarecidas várias dúvidas e como também se busca estimular a curiosidade sobre a hipnose tanto a nível teórico como prático. 

Ferreira (2006, p.365) apresenta a confirmação empírica de resultados do uso da hipnose para o tratamento de depressão em pesquisas realizadas nos Estados Unidos por terapeutas cognitivos comportamentais, no entanto na bibliografia pesquisada neste artigo, não foram encontradas pesquisas experimentais com o uso da hipnose no tratamento da depressão aqui no Brasil.

O fato de haver interligações entre a hipnose, a psicoterapia, bem como os avanços nas técnicas de imagiologia cerebral, nos leva a esperar novos desenvolvimentos de interesse no futuro próximo para o tratamento da depressão. Os estudos imagiológicos em indivíduos hipnotizados podem também contribuir para a compreensão de como as sugestões influenciam os padrões de ativação cerebral. 

Os resultados da pesquisa apontam que há falta de informação por muitos acadêmicos em psicologia e as crenças negativas a respeito da hipnose resultaram em um afastamento da técnica e do seu uso na clínica psicológica (Neubern, 2006). Neste sentido, o descrédito pode estar relacionado ao medo dos profissionais de psicologia em perder campo de trabalho caso não estejam preparados para o uso da técnica da hipnose além do fato de que a hipnose possa garantir resultados mais rápidos e práticos e ser usada por qualquer pessoa sem ter a formação apropriada em psicologia.Finalizo, acrescentando há necessidade de mais pesquisas empíricas sobre esta temática no Brasil sobre tratamento de depressão a fim de atingir uma maior credibilidade entre os profissionais da academia científica.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, M. Hipnotismo. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Conquista 1958.

BAUER, Sofia. Hipnoterapia ericksoniana passo a passo. Campinas: Livro Pleno, 2000.

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. 1Bacharel em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco e especialista em Psicologia clínica (título conferido pelo Conselho Federal de Psicologia). Tem pós-graduação em especialização em Intervenção Psicossocial no Âmbito Jurídico e é especialista em Saúde mental com pós graduação pela UCDB Latu Sensu. Licentiado em letras com pós em metodologias de línguas. Endereço: ronil_son2008correa@hotmail.com.