SAÚDE MENTAL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM MEIO A PANDEMIA NO ESTADO DE SÃO PAULO – SP

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7421710


Giovanna Costa Pacheco1
Natália Santos Braga2
Karen Roberta Steagall Bigatto3


RESUMO:

INTRODUÇÃO: No enfrentamento da pandemia, em todo mundo, ganha destaque a atuação dos profissionais de saúde. A abordagem e enfrentamento regionalizado da atual pandemia possui grande dependência das Unidades Básicas de Saúde e dos profissionais que ali atuam. A rotina de trabalho e sobrecarga de estresse podem impactar negativamente na saúde mental destes profissionais. OBJETIVO: Analisar a percepção da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem que atuam em Unidades Básicas de Saúde. MÉTODO: Trata-se de um estudo qualitativo, com a realização de entrevistas com profissionais da enfermagem. Foram entrevistados profissionais com mais de um ano de atuação na assistência direta ao paciente na Atenção Básica. A seleção dos participantes se deu a partir do método não probabilístico. Nas entrevistas foram utilizadas perguntas abertas, e o conteúdo foi analisado através da técnica de análise de conteúdo. RESULTADOS: Foi possível compreender o desgaste da equipe de enfermagem com a rotina exaustiva, desencadeando sentimentos de preocupação, medo e ansiedade, mudanças nas rotinas e fluxos de trabalho. CONCLUSÃO: Conclui-se que a pandemia afetou diretamente e indiretamente a saúde mental da equipe de enfermagem. 

PALAVRAS-CHAVES: Unidade Básica de Saúde. Enfermagem de Atenção Básica. COVID 19. Exaustão Profissional.

INTRODUÇÃO 

         O presente estudo ocupa-se do momento vivenciado mundialmente, que é a pandemia da COVID-19, com relação às questões que envolvem a saúde mental e os impactos causados na vida dos profissionais de enfermagem que atuam em Unidades Básicas de Saúde. Esta preocupação vem ganhando visibilidade atualmente.

Segundo o Ministério da Saúde, a primeira notificação registrada de um caso confirmado no Brasil de covid-19 foi em 26 de fevereiro de 2020, incluindo o Brasil na lista de países em pandemia1. Para os profissionais de saúde, a necessidade de proteção individual acaba ganhando um valor diferenciado e importante, dado o contato diário com pessoas infectadas ou suspeitas de infecção pelo COVID-19.

É nítido o quanto o trabalho na área da saúde gera desgaste emocional, estresse e muitas vezes levam até ao adoecimento. Um estudo nomeado ‘Perfil da Enfermagem no Brasil’ buscou entender como estava a saúde mental da equipe de enfermagem. Os resultados do estudo mostram que 65,9% declaram desgaste profissional. Percebesse que esse número é elevado, e as consequências deste desgaste podem gerar problemas como depressão, obesidade, cansaço, sentimento de desvalorização, gerando uma grande quantidade de licenças médicas desses profissionais2 .

Os impactos da pandemia do COVID-19, acrescida às más condições no dia a dia no trabalho, aumentam ainda mais o índice de situações inconvenientes, que podem acarretar o adoecimento mental dos profissionais de enfermagem3.

Continuar cuidando de pacientes frequentemente, com risco de contaminação própria e com o risco de contaminar os familiares com o vírus da COVID-19 é o que mais preocupa os profissionais de enfermagem. Outros problemas evidentes são as condições de trabalho, escassez de leitos de terapia intensiva para o número gigantesco de casos, o número crescente de óbitos diários. Nesse estudo percebe-se como é desafiador manter-se bem em frente aos fatores de risco de contaminação com uma junção aos problemas trabalhistas, levando os profissionais ao pensamento de desistência e abandono de seus trabalhos. Entretanto, o desejo de continuar ajudando o outro e o sentimento de que vai valer a pena todo esse sufoco para ver o outro ficar bem persevera e encobre os problemas e preocupações dos profissionais3 .

O vínculo trabalhista estabelecido por contratos temporários, a baixa remuneração muitas vezes aliada com a carga horária elevada, leva esses profissionais a se submeterem a mais desgaste ainda, trabalhando em mais de um estabelecimento, resultando em um número mais elevado de profissionais com transtornos mentais em um período curto e, ou, ao longo da vida. Além do mais, ver o sofrimento, a morte, com mais frequência, atender pacientes com uma variedade de problemas, enfrentar a alta carga horária de trabalho, aguentar a pressão das responsabilidades agregadas à altas excessivas atividades de plantão levam ao acarretamento desses transtornos mentais4

Os problemas de precariedade no trabalho da equipe dos profissionais da Atenção Básica são evidentes, o artigo fala da importância da percepção das necessidades e principalmente o merecimento desses profissionais em serem vistos como peças importantes e valiosas no Sistema Único de Saúde, dando ênfase na visibilidade dos mesmos, respeitando-os, para prestarem um serviço de qualidade e excelência e não serem vistos apenas como cuidadores 5.

Em um estudo feito, observou-se o equilíbrio da equipe da UBS com relação aos posicionamentos diante da pandemia, onde metade do público abordado afirmou não observar o cumprimento das medidas de segurança e a outra metade observou o cumprimento dessas medidas 6.

As mudanças no processo de trabalho em saúde são nítidas. É possível que, por consequência do vírus, essas mudanças permaneçam até mesmo depois da fase da pandemia. Algumas dessas mudanças geraram resultados positivos, como a organização do fluxo de atendimento realizados nas UBS, a melhora da comunicação entre a equipe com relação ao melhor atendimento do paciente, provendo a forma mais eficaz e rápida de tratamento, a entrada da tecnologia nos atendimentos com o intuito de facilitar consultas e diagnósticos e melhorar a comunicação dos usuários com a UBS, além de proporcionar o controle do crescimento de contaminação por covid-19 7

Perante o desconjuntamento das tarefas vividas e implantadas por conta da pandemia do COVID-19, houve a necessidade de que os profissionais mudassem a rotina de trabalho e de cuidados pessoais, buscando formas mais atualizadas e mais adequadas à pandemia, e organização para atender os usuários de forma que o cuidado em saúde acontecesse com menores chances de contaminação e que, assim, a população fosse acolhida e orientada em suas necessidades em saúde 8.

O objetivo deste artigo é analisar o impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental dos profissionais de enfermagem que atuam em Unidades Básicas de Saúde. Com o intuito de descrever alguns dos sentimentos vivenciados pela equipe de enfermagem da Atenção Básica  em tempos de pandemia, além de descrever como está sendo a rotina da equipe de enfermagem da atenção básica em meio a pandemia.

METODOLOGIA  

Trata-se de um estudo de campo exploratório, qualitativo e descritivo. As participantes deste estudo foram auxiliares, técnicas de enfermagem e enfermeiras que atuam em Unidades Básicas de Saúde, há mais de um ano, que concordaram em responder à uma entrevista aberta e aceitaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido – TCLE. A coleta de dados foi realizada no período do primeiro semestre, de março a maio de 2022. Foram excluídos profissionais da enfermagem que não atuavam na atenção direta ao paciente, que estavam há menos de um ano no campo da Atenção Primária, ou que não concordaram em participar do estudo. 

Os participantes foram selecionados a partir da amostragem não probabilística, também conhecida como “Bola de Neve”. Ou seja, foram selecionados “indivíduos-chaves” que, por sua vez, indicaram novos participantes e assim por diante, até a saturação dos dados obtidos.

Os dados foram coletados a partir de entrevistas abertas, que foram realizadas por ferramenta de comunicação online (Zoom Meeting, Google Meet ou outra), de acordo com a preferência dos participantes.

Foram captados profissionais de enfermagem que se adequaram no perfil para participação na pesquisa a partir de indicações, e foi feito o contato via WhatsApp com os mesmos. Estes profissionais foram convidados a participar da entrevista. Começou-se explicitando o objetivo da pesquisa e o TCLE. Com os profissionais que concordaram em participar, foram marcadas as entrevistas, que foram realizadas individualmente, garantindo a privacidade e a integridade dos participantes. As entrevistas foram gravadas em áudio e, logo depois, transcritas.

Os dados obtidos a partir das entrevistas foram analisados qualitativamente, a partir da técnica da análise de conteúdo (MINAYO, 2013), buscando compreender eventuais consequências da pandemia para a saúde mental dos participantes, bem como descrever impactos e principais mudanças na rotina dos enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem.  

A pesquisa foi submetida à avaliação e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Adventista de São Paulo. CAAE: 54010021.6.0000.5377. O estudo foi desenvolvido, respeitando as resoluções 466/2012, e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Os riscos na participação da pesquisa foram considerados de ordem emocional. Os participantes tiveram direito de abandonar a participação na pesquisa a qualquer momento, caso se sentissem desconfortáveis ou ameaçados, sem prejuízo para os mesmos. No caso de necessidade de buscar outros esclarecimentos pelo participante, decorrente de sua participação na pesquisa, foi disponibilizado o número de telefone e email do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do UNASP. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram entrevistadas sete profissionais que atuavam na atenção básica. Destas, cinco eram enfermeiras e duas técnicas de enfermagem. Todas as participantes eram mulheres, tendo mais de dois anos de atuação em UBS distintas, sendo quatro delas com especialização em saúde da família. As transcrições das entrevistas foram lidas repetidas vezes, e as falas mais relevantes foram classificadas em categorias, a partir das quais foram feitas as discussões. 

Abaixo, apresenta-se no quadro 1, a caracterização dos participantes.

Quadro 1. Caracterização dos participantes

GÊNERO                                           FEMININO 100% (7)
idade24 à 40 (4)
41 ou mais (3)
maior formação acadêmica               nível técnico (2)
graduação (1)
pós graduação (4) 
Anos de trabalho no APS2 à 10 (3) 11 ou mais (4)
Enfermeira5 participantes 
Técnicas 2 participantes 

      A seguir, à discussão dos temas que se fizeram mais relevantes

  • Preocupação 

Em quatro entre sete entrevistas foram observadas expressões faciais de preocupação ao relatarem sobre os casos que vivenciaram nas UBS, principalmente pelos casos de alto risco de contaminação e exposição. O sentimento de preocupação é citado em diversos trechos em relação aos familiares: 

a gente se preocupa muito com os familiares…” (participante A) “afetou também com relação às nossas preocupações no nosso domicílio né …”. (participante G) 

Além da preocupação com os membros de suas famílias, as profissionais se mostraram aflitas com relação aos usuários das UBS, conforme fala a seguir: 

mesmo a gente indo paramentado, eles tinham medo de receber, muitos se ausentaram da unidade totalmente, os hipertensos, diabéticos, porque tinham medo de contrair a doença…” ( participante D) 

Com o sofrimento social e emocional vivenciado no período da pandemia da covid-19, relacionado ao ambiente de trabalho, destacam-se os frutos do distanciamento social, das incertezas e dos conflitos pessoais com as perdas dos diversos usuários diariamente, familiares, amigos e até colegas de trabalho que acabam gerando uma certa preocupação. Além disso, a escassez de apoio físico e/ou emocional, para lidar com os referidos conflitos, que acabam resultando no agravamento do quadro psíquico dos profissionais, relatando uma possível vivência pós-pandemia 9.

Assim é visível como o sentimento de preocupação modificou a rotina das profissionais, afetando nitidamente a saúde mental, trazendo-a para a rotina pessoal, causando uma insegurança nesses profissionais. 

O medo anda lado a lado com a preocupação. Em todas as entrevistas com as participantes, o sentimento de medo é mencionado repetidas vezes, especificamente 18 vezes, sendo um dos tópicos mais relevantes para a pesquisa.

medo de ficar doente, vendo meus colegas do município também ficarem doentes e até falecendo…”. (participante A)  

É transparente como esse sentimento afeta a saúde mental dos profissionais. Com o resultado, a falta de segurança física e mental pode desencadear outros sentimentos como ansiedade, preocupação e tristeza.

Identifica-se que o sentimento de medo passou a estar presente de maneira mais intensa na rotina de trabalho das profissionais, porém, também por parte dos usuários da UBS, tendo como exemplo as visitas domiciliares que eram explicitamente, para alguns profissionais, rejeitadas pelos usuários, por terem receio da contaminação:

o fluxo diminuiu porque as pessoas ficaram com receio …” (participante C)

O medo sempre esteve presente na vida dos profissionais de enfermagem, mas com a pandemia isso se agravou. É nítido o sentimento de medo vivenciado pelos profissionais, o medo de ser afastado e perder o emprego por conta dos vínculos empregatícios fragilizados, o medo explícito na incerteza do futuro 10.

  • Ansiedade

Ansiedade é a antecipação de um sofrimento futuro. É um estado de desconforto e agitação interior levando ao nervosismo e incerteza do futuro 11. Duas participantes relataram sofrer transtornos de ansiedade desde antes da pandemia e que, ao longo dela, os sintomas se agravaram. As outras cinco participantes demonstraram ter um nível de ansiedade preocupante, por se sentirem pressionadas no serviço com relação a demanda de usuários com suspeita de covid-19, realizando procedimentos de um PS (pronto socorro), em uma  UBS. Uma das participantes relatou: 

A gente focava mais nos sintomas que ele tava apresentado no momento, não que a nossa unidade básica tem que prestar, que é a prevenção, a orientação, a gente trabalhou como se fosse um PS.”. (participante G) 

Podemos observar que, em torno dos relatos destas profissionais, a posição de estar em frente a uma pandemia, ocasionou a uma pressão, que as levou a um comprometimento ainda maior no serviço, fazendo-as acreditar que não estariam preparadas para ajudar esta demanda de usuários, manifestando, por consequência, sinais e sintomas  de ansiedade. 

Observou-se que a rotina dos profissionais de saúde exige uma excessiva carga física e emocional, e com a pandemia do covid-19, foi se acentuando as características excessivas que prejudicam sua integridade tanto física como emocional 12

  • Rotina

             Percebe-se que a rotina das profissionais de enfermagem nas UBS mudou repentinamente, no começo da pandemia, mantendo uma continuação de mudanças ao longo desta. A cada dia mais rapidamente houve o aumento na demanda de pacientes com sintomas positivos para problemas respiratórios, e consequentemente, a diminuição no atendimento de usuários com outras comorbidades, como os hipertensos e diabéticos, por exemplo, mas é claro que a frequência desses atendimentos oscilava com o passar dos dias.

muitos se ausentaram da unidade totalmente, os hipertensos, diabéticos, porque tinham medo de contrair a doença…” (participante D)

           Em um relato feito por uma participante do estudo, fica nítido o desequilíbrio nos atendimentos realizados pelas UBS. Os usuários tornam-se menos receptivos nas visitas rotineiras em suas residências, por medo de se contaminarem, consequentemente houve uma diminuição no número dessas visitas que eram realizadas pelos profissionais de enfermagem 8.

Houve também mudanças em protocolos e fluxos assistenciais. Principalmente no início da pandemia (início do ano de 2020), algumas atividades foram suspensas, como exames laboratoriais sem urgência, coleta de papanicolau, entre outras. Algumas atividades foram mantidas sem interrupção, como acompanhamento de pré-natal e sala de vacina. Ainda, houve redirecionamento de funcionários para o atendimento de sintomáticos respiratórios. O foco passou a ser o controle da pandemia, por isso, atividades de promoção e prevenção ficaram prejudicadas. Além de tudo, a impossibilidade de reunir pessoas em grupo impediu ações com estas finalidades. 

              Consequentemente, a mudança na rotina também ocorreu dentro das casas dessas profissionais, que por motivos de segurança da saúde da família, não mantiveram o contato físico, e muitas das vezes ficavam sozinhas em casa, o que afetou a saúde mental das participantes.

Foi possível observar que a situação em que encontram os profissionais da Atenção Primária à Saúde são precárias, com o excesso de trabalho e falta de profissionais qualificados, expondo cada vez mais os mesmos a fatores psico-sociais de estresse, acrescentando às incertezas sobre a organização de trabalho e o avanço da pandemia do covid-19, o que resultou em um ambiente de trabalho propício à desencadear problemas psicológicos 13.

Perante as adversidades trazidas pela pandemia para a vida dos profissionais de enfermagem, vale destacar a importância da valorização desses profissionais oferecendo-lhes um local de trabalho mais seguro com medidas de proteção adequadas, além de oferecer suporte psicológico, a fim de reduzir a ansiedade e outros problemas, minimizando a sobrecarga desses profissionais em um momento de pandemia 14.

CONCLUSÃO 

Mediante ao estudo, é possível compreender o declínio da saúde mental da equipe de enfermagem nas UBS. Com base nos relatos das profissionais, observa-se como a pandemia modificou a rotina nas Unidades Básicas de Saúde, transformando-as indiretamente em um modelo de PS (Pronto Socorro), com mudanças como: profissionais nas entradas da UBS, aferindo a temperatura dos usuários, suspensão de coletas de exames, necessidade do uso de álcool em gel, atendimento a pacientes com sintomas do vírus e uso de Equipamentos de Proteção Individual para evitar a contaminação, não somente durante o atendimento dos usuários com suspeita de covid-, mas em todo o expediente e até mesmo no dia a dia, fora das Unidades Básicas de Saúde. Especificamente, pode-se refletir como a saúde mental dessas profissionais foi constatando-se a partir dos sentimentos de angústia, medo, preocupação e receio, sentimentos estes perceptíveis também nas expressões das participantes. As mesmas relatam intensificação dos sintomas de ansiedade, o que as fizeram ter uma mudança significativa no âmbito profissional e sobretudo no âmbito pessoal.

Ao analisar os aspectos principais, destaca-se aqueles mais relevantes, que mais afetaram a saúde mental das profissionais. Pode-se ressaltar como a alta demanda de usuários, o alto risco de contaminação, a falta de comunicação entre a população e os profissionais e a falta de conhecimento científico sobre o vírus, que acabaram desencadeando nas profissionais aflição, estresse, cansaço e angústia, gerando medo, preocupação, ansiedade e mudanças na rotina, o que abalou o estado físico e mental das profissionais de enfermagem.

Por fim, como forma de prevenção e promoção da saúde mental destes profissionais, é importante evitar carga horária extensa de trabalho pelos profissionais, e proporcionar acompanhamento em saúde mental, garantindo o cuidado àqueles que cuidam. 

Diante disso, com base no desenvolvimento do estudo, as pesquisadoras concluíram que houve uma grande mudança na rotina dos profissionais da equipe de enfermagem das UBS do estado de São Paulo, impactando diretamente na saúde mental das participantes.

REFERÊNCIAS

1 Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Especial: 14: COE-COVID 19. Brasília, DF: MS; 2020.

2 Silva Manoel Carlos Neri da, Machado Maria Helena. Sistema de Saúde e Trabalho: desafios para a Enfermagem no Brasil. Ciênc. saúde coletiva  [Internet]. 2020  Jan [cited  2022  May  18] ;  25( 1 ): 7-13. Available from: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020000100007&lng=en.  Epub Dec 20, 2019.  https://doi.org/10.1590/1413-81232020251.27572019.

3 Araújo MAM, Coelho MMF, Barbosa RGB, Souza AMA, Oliveira RM, Morais JB. O sentido no trabalho de enfermagem: constituintes para saúde mental durante pandemia da COVID-19. In: Esperidião E, Saidel MGB (Orgs.). Enfermagem em saúde mental e COVID-19. 2.ed.rev. Brasília, DF: Editora ABEn; 2020. p. 10-16. (Série Enfermagem e Pandemias, 4). https://doi.org/10.51234/aben.20.e04.c01

4 Fernandes MA, Soares LMD, Silva JSe. Work-related mental disorders among nursing professionals: a Brazilian integrative review. Rev Bras Med Trab.2018;16(2):218-224.

5 Uchôa Martins R, Alves de Araújo V, Nobre da Silva R, Lopes Tavares BL, Sombra de Oliveira Barcelos L, Araújo da Silva R. SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: MENTAL HEALTH OF BASIC CARE PROFESSIONALS IN PANDEMIC TIMES. Cadernos ESP [Internet]. 22º de julho de 2020 [citado 6º de junho de 2022];14(1):133-7. Disponível em: //cadernos.esp.ce.gov.br/index.php/cadernos/article/view/373

6 Fonseca TGN, Passos TR, Franco AG, Carvalho GAP, Dias SC, Martins CM, Mecca Júnior S, Franco ABG. A Unidade Básica de Saúde (UBS) frente a pandemia do novo Coronavírus: a conduta do usuário na visão dos profissionais da saúde. InterAm J Med Health 2020;3: e202003054.

7 DA SILVA, M.; DE LIMA NUNES, R.; RODRIGUES, L.. ATENDIMENTO EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: relato de experiência. I Seminário Internacional sobre Violência, Tecnologias e Saúde no contexto do coronavírus (COVID-19), Brasil, set. 2020. Disponível em: <https://eventos.ufpr.br/SEMVTS/SEMVTS2020/paper/view/3269/874>. Data de acesso: 04 nov. 2021.

8 Lopes GVB, Costa KFL. Impactos e desdobramentos da pandemia da COVID-19 na Atenção Básica: um relato de experiência. Saúde em Redes. 2020;6(Supl.2). DOI: 10.18310/2446- 48132020v6n2Suplem.3298g565.

9 WEINTRAUB, Ana Cecília A. de Moraes et al. Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia COVID-19: orientações aos trabalhadores dos serviços de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz/CEPEDES, 2020. Cartilha. 17p.

10 QUIRINO, Túlio Romério Lopes; ROCHA, Luana Padilha da; CRUZ, Maria Soraida Silva; MIRANDA, Bruna Leitão; ARAÚJO, Janaína Gabriela Coêlho de; LOPES, Robélia do Nascimento; GONÇALVES, Suênia Xavier. Estratégias de cuidado à saúde mental do trabalhador durante a pandemia da Covid-19. Estudos Universitários: revista de cultura, Recife, v. 37, n. 1/2, p. 172-191, dez. 2020. ISSN Edição Digital: 2675-7354.

11 Adriano S. Vaz Serra. O que é ansiedade?. 1: Psiquiatria clínica; 1980, http://hdl.handle.net/10849/209.

12 PEREIRA, Antônio Victor de Lima. Repercussões à saúde mental dos trabalhadores da atenção primária à saúde durante a pandemia da Covid-19: uma revisão integrativa. 2022. 24 f. Monografia (Especialização) – Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Caicó, 2022.

13 REZENDE PASSOS, T.; REZENDE PASSOS, T.; FRANCO, A. G.; ALBERTO PINHEIRO DE CARVALHO, G.; CANDIDO DIAS, S.; MARQUES MARTINS, C.; MECCA JUNIOR, S.; BATISTA GONÇALVES FRANCO, A. A Unidade Básica de Saúde (UBS) frente a pandemia do novo Coronavírus: a conduta do usuário na visão dos profissionais da saúde. InterAmerican Journal of Medicine and Health, v. 3, 29 set. 2020.

14 Silva, S. M., Borges, E., Abreu, M., Queirós, C., Baptista, P., & Felli, V. (2016). Relação entre resiliência e burnout: Promoção da saúde mental e ocupacional dos enfermeiros. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental (16), 41-48.

15 Esperidião E, Saidel MGB (Orgs.). Enfermagem em saúde mental e COVID-19. 2.ed.rev. Brasília, DF: Editora ABEn; 2020. 76 p. (Série Enfermagem e Pandemias, 4). doi: https://doi.org/10.51234/aben.20.e04 

16 GASPARINO, R. C. ; GUIRARDELLO, E. B. Ambiente da prática profissional e Burnout em enfermeiros. Rev Rene, Fortaleza, v. 16, n. 1, p. 90-6, jan./fev. 2015.

17 Grangeia dos Santos, Priscila e Pereira Passos, Joanir y (2009), “A SÍNDROME DE BURNOUT E SEUS FATORES DESENCADEANTES EM ENFERMEIROS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE.” Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, vol. 1, núm.2, pp.235-240 

18 DE ALBUQUERQUE COSTA, W. .; DE CAMPOS CARVALHO, N. .; ALEXANDRE BARRETO COELHO, P. . Colapso da Atenção Básica em contexto de COVID-19 sob o olhar de uma UBS. Comunicação em Ciências da Saúde, [S. l.], v. 31, n. Suppl1, p. 209–216, 2020. DOI: 10.51723/ccs.v31iSuppl 1.735. Disponível em: http://www.escs.edu.br/revistaccs/index.php/comunicacaoemcienciasdasaude/article/view/735. Acesso em: 5 nov. 2021.


 1Graduanda em enfermagem do Centro Universitário Adventista de São Paulo
 2Graduanda em enfermagem do Centro Universitário Adventista de São Paulo
 3Doutora em enfermagem. Docente do Centro Universitário Adventista de São Paulo