SARCOPÊNIA E AS ALTERAÇÕES NA BIOMECANICA DA DEGLUTIÇÃO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10049336


Betânia Magalhães de Oliveira1 
Priscila de Paula Motta2


RESUMO 

Em conformidade com o European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), sarcopenia é retratada pela perda de massa, força e função muscular, acarretando em grandes prejuízos de funcionalidade e autonomia do indivíduo, é uma condição que pode surgir devido as mudanças, fisiológicas, físicas e metabólicas, prevalente em idosos, é portanto uma causa potencial para disfagia, sendo um fator determinante para disfagia sarcopênica, descrita como dificuldade de deglutição devido à sarcopenia dos músculos estriados e músculos participantes do processo de deglutição, tornando-se evidente no músculo gênio-hióideo e na língua. A Fonoaudiologia é o ramo que lida com as funções do sistema estomatognático, logo, o fonoaudiólogo é o profissional encarregado para atuar nos distúrbios da deglutição, como a disfagia. Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, a pesquisa foi realizada por meio das seguintes plataformas de busca nas bases de dados digitais científicas: Google Acadêmico, PubMed e ScienceDirect, Utilizou-se como pergunta norteadora; Como a sarcopenia afeta a deglutição? O presente trabalho, justifica-se, devido ao aumento significativo e evidente da expectativa de vida da população, consequentemente mais atenção precisa ser dada às condições de saúde que se deterioram com o passar da idade, traçando intervenções e condutas adequadas com o propósito de atender as necessidades, por parte da fonoaudiologia e demais profissionais da saúde. 

Palavras-chave: Sarcopenia, Transtornos de Deglutição, Fonoaudiologia, Reabilitação;  

ABSTRACT: In accordance with the European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP), sarcopenia is portrayed by the loss of mass, strength and muscle function, resulting in great losses in the individual’s functionality and autonomy, it is a condition that can arise due to changes, physiological, physical and metabolic disorders, prevalent in the elderly, is therefore a potential cause for dysphagia, being a determining factor for sarcopenic dysphagia, described as swallowing difficulty due to sarcopenia of the striated muscles and muscles participating in the swallowing process, becoming evident in the geniohyoid muscle and tongue. Speech therapy is the branch that deals with the functions of the stomatognathic system, therefore, the speech therapist is the professional responsible for working on swallowing disorders, such as dysphagia. This work is a literature review, the research was carried out using the following search platforms in scientific digital databases: Google Scholar, PubMed and ScienceDirect. It was used as a guiding question; How does sarcopenia affect swallowing? The present work is justified, due to the significant and evident increase in the population’s life expectancy, consequently more attention needs to be given to health conditions that deteriorate with age, outlining appropriate interventions and behaviors with the purpose of meeting needs, on the part of speech therapists and other health professionals 

Keywords: Sarcopenia, Deglutition Disorders, Speech Language and Hearing Science, Rehabilitation 

1 INTRODUÇÃO 

O aumento da expectativa de vida é um fator notório, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população de idosos chegará a cerca de 1,6 bilhões em 2050. (OMS, 2023). No Brasil o valor correspondente será de 30% da população brasileira. As modificações fisiológicas associadas à idade expõem fatores importantes que necessitam de atenção, evidenciando um grande desafio para a saúde pública (VERAS et al; 2009). 

Mudanças estas que impactam no corpo humano comprometendo progressivamente aspectos cognitivos e físicos. Com enfoque na perda da massa muscular, considerada fundamental para manutenção da mobilidade funcional, tornando-se um tema de pesquisa cada vez mais valoroso nos últimos anos (NETO et al., 2012). 

O termo sarcopenia foi empregado por Irwin Rosenberg em 1989 para descrever o declínio da massa e função muscular que se manifesta com o envelhecimento, desuso dos músculos, nutrição inadequada ou outras comorbidades (SOUZA, 2021).  

Alterações anatomofuncionais decorrente da perda de função e massa muscular podem prejudicar o sistema estomatognático como a fala, respiração, mastigação e deglutição. (PICOLI, 2011). 

 A disfagia é um distúrbio da deglutição, e pode ser definida como uma dificuldade em comer ou engolir, manifestando-se com trânsito prejudicado ou prolongado de alimentos no trajeto que engloba desde a cavidade oral até o estômago. (XAVIER et al., 2021). 

Conceituada como disfagia sarcopênica, é a dificuldade em deglutir provocada pela sarcopenia do sistema muscular esquelético e músculos envolvidos na deglutição, caracterizada como uma síndrome geriátrica, aparenta ser comum entre os idosos. (WAKABAYASHI et al.,2014). O presente trabalho, justifica-se, devido ao aumento significativo e evidente da expectativa de vida da população, consequentemente mais atenção precisa ser dada às condições de saúde que se deterioram com o passar da idade, tornando-se necessário um cuidado maior a esse público, traçando intervenções e condutas adequadas com o propósito de atender as necessidades, por parte da fonoaudiologia e demais profissionais da saúde. O objetivo geral é referir os principais aspectos da disfagia sarcopênica. Os objetivos específicos delineados são: correlacionar as principais características sobre a sarcopenia, deglutição e disfagia sarcopênica; descrever as principais características e dificuldades na deglutição causada pela redução da força e da massa muscular; retratar principais intervenções fonoaudiológicas para o tratamento da disfagia sarcopênica.

2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 

2.1 Sarcopenia 

A palavra sarcopenia de origem grega, tem como significado literal, “perda de carne” (sarx= carne e penia = perda). Ao longo das décadas de vida, provavelmente não há declínio mais irrefutável que o processo de envelhecimento humano, o qual envolve múltiplas mudanças no corpo, acarretando na perda gradual de várias funções. (SILVA et al., 2021). 

Considerada uma síndrome geriátrica a sarcopenia concerne ao decréscimo generalizado de força, função e massa muscular, devido à influência de fatores internos e externos. Classificada em dois grupos: sarcopenia primária, quando resultante apenas do envelhecimento, e secundária proveniente de desnutrição, sedentarismo ou outras comorbidades (MACHIDA, 2016). 

O déficit de massa muscular resulta em diminuição de resistência, força e potência, dificultando a realização das atividades diárias, aumentando o risco de quedas, fraturas, perda da autonomia, redução da qualidade de vida e hospitalizações rotineiras. (LEITE, 2012). 

Além do processo senescência, existem fatores e mecanismos de risco que contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia, incluindo, anorexia, tabagismo, remodelação muscular, perda de neurônios motores, apoptose, alterações hormonais (insulina, testosterona, estrogênio), hipovitaminose D, fluxo sanguíneo deficiente para o músculo, doenças crônicas, estado inflamatório e genética. Outro fator citado entre os autores seria a dificuldade de quebra do ciclo vicioso desenvolvido pela inatividade física (MEDEIROS, 2022). 

De acordo com pesquisa realizada em São Paulo, fatores como, déficit escolar, baixa renda, má alimentação, solidão e idosos sem vínculo conjugal evidenciava predisposição a sarcopenia (ALEXANDRE et al., 2019). 

Alfonso et al (2010) definiu a sarcopenia como uma síndrome debilitante na qual os idosos são afetados de forma significativa. Os parâmetros para o diagnóstico de sarcopenia são os músculos e sua função. Isso porque a força muscular não depende apenas da massa muscular para um bom diagnóstico, e a relação entre força e massa nem sempre é linear.

O diagnóstico da sarcopenia é dividido em três estágios que refletem sua gravidade. O estágio pré-sarcopenia é caracterizado pela baixa massa muscular, sem impacto na força muscular ou no desempenho físico. O estágio sarcopenia é caracterizado pela baixa massa muscular e baixa força muscular ou baixo desempenho físico. O estágio de sarcopenia grave é caracterizado pela baixa massa muscular, baixa força muscular e baixo desempenho físico. Portanto, para medir a sarcopenia, são considerados fatores que incluem massa muscular, força e desempenho físico (BORREGO et al., 2014) 

O European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) orientou considerar a baixa massa muscular + baixa função muscular (força e desempenho) para identificar indivíduos em risco de sarcopenia, o grupo recomenda ainda o uso do questionário SARC-F (CRUZ et al., 2019).  

Com base em uma pesquisa de alta qualidade proposta pelo Grupo de Trabalho Asiático para Sarcopenia (AWGS), a sarcopenia passou a ser incorporada ao CID-10(M62.84) reconhecida internacionalmente como doença, tal reconhecimento é de suma importância para o progresso e eventual interesse em pesquisas e avanços no tratamento (ANKER et al., 2016). 

No que concerne a prevalência, sua identificação dependerá da metodologia adotada e características da população estudada, percebe-se uma variação entre atingidos, sendo homens de 19% a 26,8% e mulheres de 13% a 22,6%, (DUFOUR et al., 2013). 

A sarcopenia está correlacionada a fragilidade em idosos, há inúmeros fatores os quais desencadeiam eventos de causa e efeito, dificultando tratamentos adequadamente eficazes. Portanto, encontrar evidências científicas sobre esse tema pode elucidar fatores associados à sarcopenia e fragilidade, desenvolver hipóteses causais e, esperançosamente, orientar novas pesquisas tendo em vista soluções de maior resolução para essas condições. (PILLAT et al., 2018).  

Em suma, a sarcopenia é um problema que afeta os indivíduos ao longo do desenvolvimento gradativo de envelhecimento, sendo capaz de causar alterações irreversíveis, mas que podem diferir entre os indivíduos. Atualmente descrita como uma doença no sistema muscular, que resulta na redução de fatores associados, tornando-se problema de saúde pública (SILVA et al., 2021).

2.2 Deglutição 

A deglutição é uma ação complexa e dinâmica do sistema estomatognático, vista de forma consistente entre a 22ª e 24ª semana do desenvolvimento embrionário, e demanda coordenação e interação adequada de mecanismos motores e sensoriais, para realizar está ação entram em cena aproximadamente 30 músculos e 6 pares nervos cranianos (PANARA et al.,2021). 

Há autores que dividem a deglutição em três ou quatro fases: preparatória, oral, faríngea e esofágica. As fases preparatória e oral acontecem de forma voluntária, o alimento é submetido a ações salivares, preparado ou mastigado de acordo com suas características, volume, consistência, densidade e umidade. Em seguida forma-se o bolo alimentar, uma massa coesa de alimento pronto para ser deglutido, já posicionado sobre a língua sofre a ação das estruturas osteomusculares para ser ejetado pela boca em direção a faringe (BRODSKY et al.,2011). 

A fase faríngea consiste em uma etapa involuntária e reflexa, vários eventos sincrônicos devem ocorrer, elevação do véu palatino para fechar a nasofaringe, aumentando a pressão na orofaringe impedindo o escape de alimento, é crucial que as pregas vocais se aproximem, o complexo hiolaríngeo execute o movimento de elevação e anteriorização, a epiglote incline sobre a glote, separando a orofaringe da laringofaringe, durante essa fase ocorre contração peristáltica dos músculos constritores faríngeos, para impulsionar o bolo pela faringe, seguindo sem obstáculos para o esôfago (VENITES et al., 2018). 

A fase esofágica ocorre de forma involuntária, inicia no esfíncter esofágico superior, o bolo é transportado através de movimentos peristálticos e equilíbrio de pressões até o esfíncter esofágico inferior, que se abre para a entrada do bolo no estômago (KUMARESAN et al., 2018). Alterações durante umas das etapas da deglutição é conceituada como disfagia. A pesquisa sobre esse processo complexo, pode ajudar os clínicos a compreender melhor suas alterações, facilitando assim um diagnóstico mais preciso, seguro, possibilitando mediações mais adequadas (GOMES et al.; 2018).

2.3 Disfagia Sarcopênica  

Disfagia refere-se as alterações durante a deglutição, resultante de disfunções neurológicas ou estruturais, vinculadas as fases da deglutição descritas anteriormente, associada a dificuldade em deglutir alimentos sólidos, líquidos e pastosos ou pode estar presente em todos, afetando significativamente a qualidade de vida do indivíduo, pois gera déficits nutricionais e imunológicos (RECH et al., 2018). 

No dizer de Machado et al. (2015), a deglutição é considerada uma atividade complexa que consiste em movimentos voluntários e involuntários, tendo como funções transportar com segurança o alimento da boca ao estômago, manter o estado nutricional e proteger as vias áreas. E qualquer variação do transporte alimentar, temos a apresentação da disfagia, caracterizada pela dificuldade de deglutir diferentes consistências. Não é considerada uma doença, mas sim um sintoma ou consequência de determinadas condições clinicas, decorrente de comprometimento neurológico, psicogênico ou mecânico que impacta significativamente na qualidade de vida do indivíduo. 

 Os indivíduos com tais alterações podem manifestar sintomas como: tosses e engasgos durante alimentação, tempo de trânsito alimentar muito prolongado, resíduo alimentar excessivo após deglutir, alterações vocais, sensação de alimento estagnado na garganta, odinofagia, desidratação, desnutrição, dor retroesternal. Vale ressaltar que disfagia se correlaciona a outros desfechos desfavoráveis como, pneumonia aspirativa, desnutrição, desidratação e diminuição na qualidade de vida do indivíduo (FURKIN et al., 2008). 

Em 2012 foi adotado o termo disfagia sarcopênica por Kuroda e Kuroda, a fim de caracterizar a dificuldade ao engolir, em razão da sarcopenia generalizada dos músculos esqueléticos e consequentemente os músculos envolvidos no processo de deglutição, contudo são excluídos do diagnóstico, quadros pressupostos de disfagia secundária a outra etiologia, sarcopenia devido a doenças neuromusculares e casos de ausência da sarcopenia em todo o corpo (KURODA et al., 2012) As variáveis de risco para o surgimento de disfagia sarcopênica incluem condições relacionadas a sarcopenia, como, envelhecimento, histórico de doenças, baixo índice de massa e força muscular, menor atividade física, desnutrição, tempo muito prolongado de hospitalizações. Sendo comum em pacientes hospitalizados com idade igual ou superior a 65 anos, afetando cerca de 30 a 40% desses indivíduos. Um estudo observacional prospectivo com 82 pacientes hospitalizados sem problemas deglutição ou histórico de acidente vascular cerebral agudo e que tiveram restrição de alimentação por via oral durante 48 horas, referiu que 26% dos pacientes apresentaram diminuição da massa muscular esquelética sendo um elemento de risco para disfagia, além de fatores como nutrição, cognição e atividade (física e deglutição) tornaram-se preditores de disfagia, e todos os pacientes apresentaram disfagia sarcopênica (HASHIDA et al.,2017). 

Em um estudo transversal realizado com pacientes idosos encaminhados para avaliação ou reabilitação de disfagia, examinou-se a espessura e área da musculatura da língua e do músculo gênio-hióideo através de ultrassonografia, constatou-se que pacientes com disfagia sarcopênica apresentaram déficit na massa muscular e baixa pressão de língua, em comparação com pacientes sem tal patologia (OGAWA et al., 2018). 

Medidas de ressonância magnética revelaram que a área faríngea expandiu em razão da atrofia muscular faríngea, provocando disfunção contrátil durante a deglutição, gerando resíduos faríngeo após a ingestão de alimentos, potencializando o risco de aspiração. A redução do complexo hioide-laringe também eleva o risco de penetração e aspiração na laringe. Logo, as características clinicas dos pacientes com disfagia sarcopênica são aumento da cavidade faríngea e má movimentação laríngea (MIYASHITA et al.,2020). 

Embora não se disponha de um padrão ouro para diagnóstico de disfagia sarcopênica, algumas ferramentas são utilizadas para sua avaliação. O consenso a respeito do diagnóstico foi estabelecido na 19ª Reunião Anual da Sociedade Japonesa de Reabilitação de Disfagia, utilizando um algoritmo de cinco etapas e caracterizando em três grupos (WAKABAYASHI et al., 2014) 

Em estudo realizado para verificar a confiabilidade e validade do algoritmo de 5 etapas e ainda avaliar a prevalência e o prognóstico da disfagia sarcopênica em 108 pacientes, revelou a prevalência de disfagia sarcopênica em 32% dos que necessitavam de reabilitação por disfunção de deglutição e que a função de deglutição na alta foi pior em pacientes com disfagia sarcopênica em comparação aos que não apresentavam disfagia sarcopênica (WAKABAYASHI et al., 2019) O diagnóstico da disfagia sarcopênica é crucial, torna-se um desafio de saúde pública atual e futuro é essencial ter uma discussão cuidadosa e cautelosa.

ITEMCRITÉRIO
1Presença de disfagia
2Presença de sarcopenia de corpo inteiro
3Os resultados dos exames de imagens (tomografia computadorizada, ressonância
magnética, ultrassonografia) são compatíveis com perda de massa muscular da
deglutição
4As causas da disfagia são excluídas, exceto sarcopenia
5A principal causa da disfagia é considerada a sarcopenia
Diagnóstico definitivo: 1, 2, 3, 4.
Diagnóstico provável: 1, 2, 4.
Diagnóstico possível: 1, 2, 5.

Tabela 1. Critérios de diagnóstico para disfagia sarcopênica
Fonte: Chen et al., 2021

Figura 1. Algoritmo de 5 etapas para o diagnóstico de disfagia sarcopênica
Fonte: Chen et al., 2021

2.4 ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 

Disfagia pode decorrer de alterações mecânicas, neurogênicas e/ou psicogênicas, devido a mudanças na fase oral ou faríngea. Em meio aos recursos disponíveis para tratamento há ações cirúrgicas, medicamentosas, recomendação de vias alternativas de alimentação e terapias de habilitação e reabilitação para a deglutição incluindo adaptação de consistências alimentar (FURKIM, 2008) 

Avaliações, diagnósticos adequados e precisos, garantem melhores resultados em termos de eficácia e segurança ao paciente, visto que a disfagia pode levar a problemas como desnutrição, desidratação, complicações respiratórias, quadros depressivos, e até mesmo a óbito (SILVA et al., 2019). 

De acordo com Sire et al. (2022), o tratamento da disfagia requer uma abordagem multidisciplinar com foco inicial no diagnóstico precoce para prevenir possíveis complicações. 

O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para avaliar, definir e/ou alterar as condutas relacionadas a disfagia, permitindo ao paciente a capacidade de se alimentar de acordo com sua condição, portanto, a reabilitação da disfagia sarcopênica envolve intervenções direcionadas para restabelecer a capacidade de deglutir de forma eficaz e eficiente (OLIVEIRA et al., 2008). 

Estudos relatam o tratamento da disfagia sarcopênica com suporte nutricional, exercício físico com ênfase no treinamento de resistência dos músculos da deglutição, exercícios de resistência lingual e elevação da cabeça, segue abaixo os possíveis métodos de reabilitação.  

Exercício de Shaker, é uma técnica de reabilitação amplamente utilizado corresponde em dois exercícios executados na posição supina. O primeiro trata-se de um exercício isométrico no qual a cabeça é mantida elevada por 1 min e repetida três vezes em intervalos de 1 min. O segundo exercício isotônico em que a cabeça é levantada repetidamente 30 vezes. Os benefícios incluem, fortalecimento dos músculos supra hioideos, melhora a elevação laríngea e favorece a abertura do esfíncter esofágico superior (HARA et al., 2018)

Outro método encontrado em relato trata-se do exercício de reflexão do queixo contra resistência (CTAR), consiste em movimentos isométricos e isocinéticos, utilizando uma bola de borracha inflável de 12 cm de diâmetro. Os pacientes são instruídos a sentar-se eretos em uma cadeira e segurar a bola entre a base do queixo e o manúbrio do esterno durante 10 segundos na fase isométrica, na fase isocinética o paciente mantem-se na mesma posição e pressiona a bola usando o queixo repetindo por 10 vezes, promovendo assim o fortalecimento dos músculos supra hioideos e infra-hiodes e melhorando sua atividade (KAGAYA; INAMOTO, 2022) 

Outra estratégia mencionada foi Jaw-opening Against resistance (JOAR) o paciente é orientado a abrir a boca perante à contra resistência de um aparelho durante os movimentos de abertura, melhorando a força de abertura da mandíbula e o volume da musculatura supra hioidea **(citar o livro atuação interdisciplinar) 

A disfagia sarcopênica é um problema que afeta a qualidade de vida do indivíduo, devendo ser tratada de forma multidisciplinar associada ao fortalecimento dos músculos da deglutição, aporte nutricional, terapia física e/ou ocupacional, objetivando recuperar a massa e função muscular. Este tópico buscou referir os possíveis procedimentos de reabilitação para a disfagia sarcopênica. 

3 METODOLOGIA 

 Segundo Estrela (2018), a pesquisa bibliográfica é descrita como modelo para o estudo e análise de documentos no campo científico utilizando artigos, livros, enciclopédias, periódicos, resumo, teses, dissertações, monografias, além de pesquisas em base de dados, e assim reunir informações sobre um determinado assunto. 

Este trabalho foi realizado por meio da análise de artigos publicados a partir de 2008, utilizou-se as seguintes plataformas de busca nas bases de dados digitais científicas: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico, PubMed e ScienceDirect. As palavras-chave delimitadas foram: “Sarcopenia”, “Transtornos de Deglutição”,” Fonoaudiologia”,” Reabilitação”. 

Os critérios de inclusão foram: artigos com desenho metodológico de ensaios clínicos e/ou revisões sistemáticas; estudos nacionais e internacionais, relatos de participação em programas de prevenção e/ou tratamento da sarcopenia. Os critérios de exclusão escolhidos: artigos replicados nas bases de dados e que não atendessem os demais critérios de inclusão supracitados. Artigos selecionados 157, sendo descartado 104 e utilizados 53 artigos.

 

4 RESULTADO 

Para presente seção foram delimitados 10 artigos para apresentação dos seguintes resultados da pesquisa. 

DataAutorTítuloMétodosResultados
2014WAKABAYASHI, H.Presbyphagia
and Sarcopenic
Dysphagia:
Association
between Aging,
Sarcopenia, and
Deglutition
Disorders
Pesquisa
transversal
A disfagia sarcopênica é a dificuldade de
deglutição devido à sarcopenia dos
músculos esqueléticos generalizados e
dos músculos da deglutição. A perda de massa muscular da deglutição relacionada à idade torna-se evidente no músculo gênio-hióideo e na língua.
2016OTTONI,
S.F.M..; SILVA;
L.C. O.
Disfagia
sarcopênica em
idosos: relato de
experiência
Relato de
experiência
Com base nas questões observadas é
importante destacar a importância da
avaliação detalhada da deglutição,
tornando-se essencial para sugerir a escolha e atuação da equipe
multidisciplinar, evidenciando a atuação
Fonoaudiológica em conjunto com a
fisioterapia e terapia nutricional.
2016MACHIDA, N. et al.Effects of aging
and sarcopenia
on tong pressure
and jaw‐opening
force
Pesquisa
transversal
A sarcopenia reduziu a pressão na língua e força de abertura da mandíbula, o
resultado variou entre homens e mulheres e de acordo com o musculo da deglutição
2018HARA, K. et alTreatment and
evaluation of
dysphagia
rehabilitation
especially on
suprahyoid
muscles as jaw-
opening muscles
Pesquisa de RevisãoEste estudo descreve método de
avaliação e exercício com ênfase nos
músculos supra hioideos, como exercício de Shaker, este exercício fortalece os músculos supra hioideos e músculos tireo hioideo, torna-se eficaz no tratamento da
disfagia sarcopênica.
2019CHA, S. et alSarcopenia is an
independent risk
factor for
dysphagia in
community-
dwelling older
adults
Pesquisa
transversal
Ao investigar a ligação de disfagia
sarcopênica em uma população geriátrica na Coréia. A sarcopenia foi associada ao
aumento do risco de disfagia nos
participantes
2020MIYASHITA, T.
et al.
The effects of
sarcopenic
dysphagia on the
dynamics of
swallowing
organs observed
on video
fluoroscopic
swallowing
studies.
Pesquisa
transversal
O declínio na função de deglutição de
pacientes com sarcopenia foi
caracterizado por menor movimento
laríngeo e alargamento da cavidade
faríngea devido à diminuição da massa
muscular esquelética e diminuição da
força muscular.
2021BARÃO, Y.F. et alA tríade sarcopenia,
disfagia e desnutrição em
pacientes
internados para
reabilitação em
um hospital de
retaguarda
O estudo foi
do tipo
quantitativo,
transversal
prospectivo
A disfagia sarcopênica está fortemente
associada ao risco de desnutrição,
pneumonia por aspiração, distúrbios
hídricos e eletrolíticos, piora da qualidade de vida e aumento do tempo de internação.
2021CHEN et al.Sarcopenic
dysphagia: A
narrative review
from diagnosis to
intervention
Revisão
narrativa
O cuidado da disfagia sarcopênica requer uma abordagem multidisciplinar, que inclui fortalecimento dos músculos da
deglutição, terapia física e ocupacional,
além de suporte nutricional, objetivando a
recuperação da massa e função dos
músculos relacionados a deglutição.
2022KAGAYA, H.;
INAMOTO, Y.
Possible
rehabilitation
procedures to
treat sarcopenic
dysphagia
nutrients
Revisão narrativaNesta revisão ressaltou-se possíveis
procedimentos de reabilitação para a
disfagia sarcopênica, como o CTAR composto de movimentos isométricos e
isocinéticos, favorecendo o fortalecimento
e função dos músculos supra e infra hioideos.
2022SIRE, A.et alSarcopenic
dysphagia,
malnutrition, and
oral frailty in
elderly: a
comprehensive
review
Revisão
sistemática
Esta revisão evidenciou que existe uma ligação entre disfagia sarcopênica,
desnutrição e fragilidade oral em idosos, a má saúde bucal foi um determinante da
desnutrição e sarcopenia.

5 DISCUSSÃO  

A expectativa de vida cresceu de modo significativo, atrelado a esse crescimento estão as modificações fisiológicas que expõe fatores importantes que necessitam de maior atenção, evidenciando um grande desafio para a saúde publica 

De acordo Cruz (2019) a sarcopenia caracteriza-se pela perda progressiva de massa e força muscular esquelética, geralmente está associada ao envelhecimento, causando prejuízo na funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos, favorecendo o risco de quedas, incapacidade física e dependência. 

Segundo Wakabayashi (2015) a redução de massa, força e função muscular torna-se um fator relevante na disfagia sarcopênica, resultando na dificuldade de deglutição e aumentando o risco de desnutrição e pneumonia aspirativa, a disfagia sarcopênica é um quadro clinico comum em idosos. 

No entanto a questão fundamental de como a disfagia causada pela sarcopenia dos músculos da deglutição deve ser diagnosticada em uma abordagem multidisciplinar, logo o diagnóstico inclui médicos, fonoaudiólogos e nutricionistas. Na concepção de Mori et al. (2017) o algoritmo diagnóstico é altamente confiável para identificar a disfagia sarcopênica sendo de suma importância, pois possibilita a intervenção precoce, vale ressaltar que em indivíduos com disfagia sarcopênica a avaliação deve ser completa. 

Para Kagaya e Inamoto (2022) a intervenção combina exercícios resistidos e localizados, para o fortalecimento dos músculos participantes da deglutição, mais suporte nutricional, são os métodos mais utilizados no tratamento da disfagia sarcopênica, no entanto é citado ainda o treinamento de força muscular expiratória, estimulação elétrica neuromuscular, pois causam efeitos positivos no processo de reabilitação. 

Portanto a disfagia sarcopênica é uma condição recentemente conhecida em constante evolução, desperta interesse pelas complicações causais demandando atenção especial dos profissionais da saúde, necessitando de uma abordagem abrangente para o diagnóstico definitivo, um cuidado integrado, promovendo a recuperação funcional, nutricional e qualidade de vida dos indivíduos afetados por tal condição. Os estudos de intervenção ou abordagem multidisciplinar de certa forma é insuficiente, logo evidencia-se a importância de mais pesquisas para entender melhor essa associação e desenvolver estratégias de intervenção adequadas. 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS  

Ao longo deste trabalho, discutimos sobre a sarcopenia e suas influências na biomecânica da deglutição tornando-se um potencial causador de disfagia sarcopênica, condições estas que impacta significativamente na qualidade de vida dos indivíduos atingidos. Ambas as condições se associam ao envelhecimento e de acordo com os dados mostrados espera-se o aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população resultem numa maior prevalência das síndromes relacionadas com a idade.
Além disso ficou notório que a sarcopenia e a disfagia sarcopênica podem atuar em um ciclo vicioso, na qual a perda de massa muscular leva a uma maior dificuldade na alimentação e consequentemente a desnutrição e ao agravamento da sarcopenia.
Com base na literatura verificada as intervenções fonoaudiológicas e o tratamento para disfagia sarcopênica torna-se evidente a prática de exercícios resistidos, o consumo adequado de proteínas e uma dieta equilibrada. Vale ressaltar a identificação precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.
Em suma, a sarcopenia e a disfagia sarcopênica são condições comuns em idosos e podem causar impacto na saúde e qualidade de vida. A prevenção, diagnóstico e o tratamento adequado são essenciais para minimizar esse problemas e garantir um envelhecimento saudável. É fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para identificá-las e tratar adequadamente visando o bem estar dos acometidos por tal patologia.

REFERÊNCIAS 

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Anker SD, Morley JE, von Haehling S. Bem-vindo ao código CID-10 para  sarcopenia. J Caquexia Sarcopenia Músculo. 2016; 7 :512–4, 10.1002/jcsm.12147. [ Artigo gratuito do PMC ] [ PubMed ]. 

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1Acadêmica do curso de Fonoaudiologia da Universidade Nilton Lins
2Professor orientadora do curso de fonoaudiologia da Universidade Nilton Lins