SAP R/3: Influence of the PM Module on Asset Maintenance Management Transmission/Distribution of Electrical Energy
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10200634
Allyender John Mesquita Borges1
Robert Daniel da Silva Oliveira2
Tainara Roca Campos3
Francisco José Fernandes Arruda4
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo explorar o módulo PM do sistema SAP/R3, visando sua aplicação e compreensão de sua importância como ferramenta de auxílio e controle na gestão de manutenção no sistema de Transmissão/distribuição de energia elétrica e também apresentar algumas integrações do software Sigga com o módulo PM para o auxílio do controle das ordens de Manutenção. Para tal propósito foi realizada pesquisa bibliográfica com o intuito de se obter informações mais detalhadas a respeito do funcionamento do módulo PM e sua implementação no ambiente de produção. O SAP Plant Maintenance (PM) é um componente do SAP ERP Central Component (ECC) que ajuda as empresas a darem suporte e manter equipamentos e sistemas. A robustez das transações contidas no módulo PM do SAP/3 permite o controle da manutenção dos mais variados tipos de equipamentos e estruturas do setor de transmissão/distribuição de energia elétrica, possibilitando a criação de muitos relatórios utilizados tanto pelas empresas responsáveis pela operacionalização de tal sistema, quanto pelos órgãos reguladores.
Palavras-chave: SAP/R3. Gestão. Manutenção. Plaint Maintenance (PM). Transmissão.
ABSTRACT
The present work aims to explore the PM module of the SAP/R3 system, aiming at its application and understanding of its importance as an aid and control tool in maintenance management in the electrical energy Transmission/Distribution system and also present some software integrations Sigga with the PM module to help control Maintenance orders. For this purpose, bibliographical research was carried out in order to obtain more detailed information regarding the functioning of the PM module and its implementation in the production environment. SAP Plant Maintenance (PM) is a component of SAP ERP Central Component (ECC) that helps companies support and maintain equipment and systems. The robustness of the transactions contained in the PM module of SAP/3 allows control of the maintenance of the most varied types of equipment and structures in the electrical energy transmission/distribution sector, enabling the creation of many reports used by both companies responsible for operationalizing such system, as well as by regulatory bodies.
Keywords: SAP/R3. Management. Maintenance. Plant Maintenance (PM). Transmission.
1 INTRODUÇÃO
O setor energético é vital para o desenvolvimento social e econômico de um país, sendo ele necessário estar inserido nos planos governamentais, pois demanda estudos a longo prazo e dispêndio de muitos recursos. No Brasil, inicialmente, a implantação e operacionalização dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica ficou a cargo das Centrais Elétricas Brasileiras S.A (ELETROBRÁS), estatal federal recentemente privatizada, que tem como subsidiárias as empresas FURNAS, CHESF, ELETROSUL e ELETRONORTE, cada uma delas atendendo uma determinada região do país (COSTA, 2006).
Para aumentar a confiabilidade do sistema de transmissão de energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) Publicou a Resolução Normativa nº 669/2015, que “Regulamenta os Requisitos Mínimos de Manutenção e o monitoramento da manutenção de instalações de transmissão de Rede Básica” cujo teor dispõe sobre as atividades e periodicidade das manutenções preditivas e preventivas contidas no plano de manutenção das instalações de transmissão e cita em seu artigo 7º: “O ONS deverá verificar sistematicamente, por meio de registros, a execução dos planos de manutenção das instalações de transmissão de Rede Básica, alertando às transmissoras e à ANEEL sobre os desvios observados.” (ONS, 2015)
Um dos grandes desafios para as empresas do setor elétrico é identificar de forma precisa as falhas que ocorrem nos equipamentos e os planos de manutenção e indicadores de performance, pois para isso é necessário ser feito uma análise de causa raiz.
Uma ferramenta importante que visa garantir a disponibilidade dos equipamentos e confiabilidade do sistema de transmissão/distribuição de energia elétrica e a gestão dos ativos das empresas é o SAP/R3. Este sistema é altamente abrangente quando se trata de Ordens de Manutenção, uma vez que oferece uma ampla gama de dados para a manutenção de ativos. Os Cadastros no SAP/PM incluem informações como centro de trabalho, local de instalação, equipamento, lista técnica, planos e tarefas, que são elementos cruciais para o sucesso de uma manutenção bem-sucedida (ARAUJO, 2022).
2 MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia utilizada foi a dedutiva, abrangendo uma sequência de raciocínio para a obtenção de um conhecimento, partindo-se do seguinte pressuposto: o módulo PM do sistema SAP/R3 quando implementado e utilizado de maneira correta traz várias vantagens para a gestão da manutenção (premissa maior), o módulo PM do SAP/R3 foi implementado (premissa menor), o módulo PM do SAP/R3 foi benéfico (conclusão).
Por ser de natureza básica, a presente pesquisa teve por propósito produzir informações úteis aos usuários do sistema SAP/R3, principalmente no que diz respeito a ordens de manutenção dentro do módulo PM.
Com o intuito de se obter informações mais detalhadas a respeito do funcionamento do módulo PM, os dados foram coletados através de pesquisa bibliográfica em sites especializados, livros, dissertações e artigos.
Destarte, foi aplicada a abordagem qualitativa, tendo como base a análise dos dados obtidos na pesquisa bibliográfica, que induziram ao resultado almejado.
Para maior proximidade com o tema, o objetivo da pesquisa foi exploratório e por consequência fornecedor de uma averiguação sistemática mais precisa.
Quanto aos procedimentos técnicos, foram utilizados a pesquisa bibliográfica concomitantemente com estudo de casos de empresas de energia que adotaram o sistema SAP/R3 em suas manutenções.
3 RESULTADOS
Pelo fato de apresentar grande integração com outros módulos, uma ordem de manutenção criada dentro do módulo PM possibilita o acesso a várias informações dos ativos: históricos de manutenções e interrupções, manutenções planejadas, programação de gastos e custos e pagamentos a fornecedores.
Destarte, o grande volume de dados disponíveis no módulo PM permite a geração de diversos relatórios, como por exemplo, de custo de manutenção em uma subestação de energia elétrica, custo por classe de serviço e custo da manutenção de equipamento.
A partir de um relatório gerado com determinados dados, é possível construir uma matriz de risco que demonstra a confiabilidade de um determinado ativo do sistema elétrico, bem como a sua eficiência e priorização nas manutenções preventivas e corretivas a fim de manter o seu correto funcionamento e a qualidade do sistema, evitando desligamentos não programados, prejuízos financeiros para empresa transmissora/ distribuidora de energia e para a sociedade e a aplicação de sanções por parte dos órgãos reguladores.
Nesta seção o acadêmico para redigir um texto apontando os resultados obtidos após a pesquisa.
4 DISCUSSÃO
O SAP/R3, segundo Barcelos da Costa (2002, p.1, apud MARTINS, 2005, p.34), “é o software líder de mercado, atualmente, no Brasil. É um software multi modular, cujo objetivo é o de auxiliar as empresas nas importantes fases de seu negócio.”
Por ser multimodular o SAP/R3 possui diversos módulos, que para Sousa (2000, p.17, apud MARTINS, 2005, p. 28), “os módulos são os menores conjuntos de funções que podem ser adquiridos e implementados, separadamente, em um sistema ERP.
A integração entre os módulos do SAP/R3 permite agilidade na obtenção de dados, que de acordo com Martins (2005, p.31):
Uma das grandes vantagens dos Sistemas Integrados de Gestão é a integração. Isto permite, a partir da imputação de dados em um módulo, a alimentação on-line dos demais módulos, agilizando, assim, o fluxo de informações. Outra consequência positiva da integração ocorre em função da detecção de erros, pois, como um módulo alimenta os outros, rapidamente a área usuária da informação pode detectar o erro. Salienta-se que este é um ponto polêmico, gerando certa resistência à implantação de um sistema desta natureza; algumas pessoas tendem a encarar este fato como uma perda de liberdade, uma vez que passarão a ter seu trabalho fiscalizado por outras áreas
Para Padilha e Marins (2005, n.p., apud VASCONCELOS, p. 30):
O funcionamento dos ERPs soluciona problemas antes existentes de redundâncias ou duplicidade de dados, pois consiste em um sistema interligado, dividindo-se em vários módulos que se comunicam e se atualizam em uma única base de dados, de maneira que cada informação seja atualizada uma única vez.
A ABAP (Advanced Business Application Programming) é a principal linguagem de programação suportada na plataforma de servidor de aplicativos SAP NetWeaver ABAP e aplicativos que são executados nela, como SAP ERP (anteriormente R/3), S/4HANA e CRM. A SAP usa o ABAP para implementar seus próprios aplicativos na plataforma NetWeaver ABAP, e os clientes SAP usam o ABAP para modificar a funcionalidade dos aplicativos SAP ou criar seus próprios aplicativos na plataforma
NetWeaver ABAP. O ABAP é o mais antigo e, provavelmente, o mais utilizado das quatro principais plataformas de aplicativos da SAP, que também inclui o SAP NetWeaver Java, o SAP HANA e o SAP Cloud Platform.
Estruturalmente o SAP/R3 abrange vários módulos, dentre eles podemos citar: FI – AA – Ativo imobilizado; MM – Administração de materiais; FI – Contabilidade financeira; CO – Controlling; HR – Recursos Humanos; PM – Manutenção. Na figura 1 estão representados alguns módulos do SAP R/3:
Figura 1 – Estrutura do SAP R/3
Fonte: TOUGHNICKEL, 2022
4.1 O Módulo PM (Plant Maintenance)
O Módulo PM (Plant Maintenance) é um componente do SAP ERP Central Component (ECC) que ajuda as empresas a darem suporte e manter equipamentos e sistemas. Segundo Costa Reis (2020, p. 5):
O módulo PM do SAP, Plant Maintenance, traduzido como Gerência da Manutenção, foi desenvolvido inicialmente para atender a manutenções realizadas em uma planta industrial, sendo direcionado para linha de produção. Como a venda deste módulo para companhias de utilities sofreu um acréscimo significativo nos últimos 5 anos, várias facilidades foram implementadas a fim de atender a este segmento industrial. Apresenta forte integração com alguns módulos, sendo que os principais possuem as seguintes características:
Materiais: Verificar disponibilidade de qualquer material em qualquer depósito da empresa; verificar o preço médio de estoque; verificar, em caso de falta, a data de disponibilidade do material; fazer uma reserva de requisição dos materiais necessários à execução dos serviços; totalizar o custo do material por serviço.
Controladoria: Fazer lançamento de custos nas Ordens de Manutenção; fazer apropriação automática de custo da mão de obra; acompanhar a realização do orçamento; valorar o custo médio de um Centro de Trabalho.
Projetos: Ligação das Ordens de manutenção em elementos PEP (Plano de Estrutura de Projeto), responsável em controlar o orçamento dos diversos programas da empresa, inclusive o de manutenção.
Recursos Humanos: Composição dos Centros de trabalho com identificação nominal dos componentes; preenchimento de folha de controle de horas, viabilizando controle individual dos componentes dos centros de trabalho.
Dentro do módulo PM existem transações que são registrados os mais diversos dados, dentre os quais temos: A Nota de Manutenção (Documento do sistema, onde se registra as anormalidades ou pedidos de serviços de manutenção e os dados relacionados com histórico técnico dos serviços), a Ordem de Manutenção (Documento do sistema onde se faz o planejamento do serviço, os recursos pessoais ou materiais necessários, datas de execução e duração da tarefa, equipe executora, quantidade de pessoas e os custos relacionados com o serviço), o Plano de Manutenção (Aplicativo do sistema que viabiliza o planejamento da manutenção de forma preventiva, sendo, configurado para cada equipamento cadastrado no sistema, de acordo com estratégia definida pela área de engenharia, utilizando-se por tempo, performance ou ambos), o Centro de Trabalho (Define um agrupamento de recursos com características similares, necessários para a realização de tarefas, podendo ser de origem material ou pessoal), o Local de instalação (representação hierárquica do processo, onde cada parte geográfica ou elétrica é representada por um nível ou caixa na hierarquia), e Equipamento (A definição de equipamento sob o ponto de vista do R/3 se direciona para entidades para as quais se deseja controlar custo individualmente. Os equipamentos sempre devem estar ligados ou referenciados a um local de instalação, o que significa para o sistema que os equipamentos são montados nos locais de instalação (COSTA REIS, 2020).
A robustez das transações contidas no módulo PM do SAP/3 permite o controle da manutenção dos mais variados tipos de equipamentos e estruturas do setor de transmissão de energia elétrica, possibilitando a criação de muitos relatórios utilizados tanto pelas empresas responsáveis pela operacionalização do sistema de transmissão, quanto pelos órgãos reguladores.
4.2 Tipos de Manutenção
A princípio é importante ressaltar que existem vários tipos de manutenções, sendo as principais delas: Preventiva, Preditiva, Rotineira e Corretiva (Emergencial).
Através dessas manutenções é realizado todo o Planejamento das demandas de Ordens de serviço.
4.2.1 Manutenção Preventiva
A Manutenção Preventiva tem como objetivo assegurar a disponibilidade dos equipamentos antes que ocorram falhas, evitando assim qualquer impacto negativo na produtividade do processo. No módulo PM do SAP/3, a Ordem de Serviço inclui um Plano de Manutenção com tarefas predefinidas que detalham a execução da manutenção preventiva nos equipamentos. Esse plano é elaborado com base na análise de dados fornecidos pelo sistema SAP, como histórico de quebras e falhas ao longo de um período determinado. Conforme Patton (1983, n.p., apud MELO, p. 11):
A manutenção preventiva caracteriza-se pelo trabalho sistemático para evitar a ocorrência de falhas procurando a sua prevenção, mantendo um controle contínuo sobre o equipamento. A manutenção preventiva é considerada como o ponto de apoio nas atividades de manutenção, envolvendo tarefas sistemáticas tais como: as inspeções, substituição de peças deterioradas, porém ainda com funcionalidade e reformas programadas.
Essa abordagem permite a implementação de um programa automatizado e sistemático de manutenção, reduzindo o risco de falhas inesperadas. Além disso, contribui significativamente para o planejamento eficiente das atividades, tornando o processo mais fluido e eficaz. Segundo Filho (2006, n.p., apud MELO, p. 12):
As máquinas são feitas de componentes e de peças desta maneira estão sujeitas a falhas ou até desgastes naturais, desta forma se não for dada a atenção necessária às máquinas, elas falharão.
4.2.2 Manutenção Preditiva
As manutenções Preditivas apresentam uma abordagem mais avançada que utiliza tecnologia e análise de dados de medições que visa prever e prevenir falhas do equipamento, geralmente utilizam sensores nos equipamentos e instrumentação. É importante que o técnico apresente um relatório bem elaborado e preciso, pois através desses relatórios que são direcionados as próximas atividades do planejamento e programação. Conforme MELO (2015, p.12) “É a manutenção pautada nas condições identificadas através de análises, sejam estas de termografia, de imagens de ultrasom, temperaturas de análise de óleos e outras”.
4.2.3 Manutenção Rotineira
De maneira geral, a Manutenção Rotineira consiste em inspeções visuais programadas com base em necessidades predefinidas. Durante essas inspeções, não são executadas intervenções por parte da equipe de manutenção. No entanto, se surgir a necessidade de ações corretivas, é essencial que seja aberta uma ordem de serviço no sistema SAP/R3 para tratar o problema de forma adequada.
Essas inspeções regulares desempenham um papel crucial na manutenção preventiva, ajudando a identificar potenciais problemas antes que se agravam e contribuindo para a continuidade das operações de forma eficiente e segura.
4.2.4 Manutenção Corretiva
As manutenções corretivas envolvem correção de falhas no equipamento de forma emergencial, geralmente quando não são realizadas Inspeções no equipamento conforme o planejado, ocasionando assim defeito do equipamento, além de intervenção imediata e um planejamento mais limitado. No SAP é possível realizar toda gestão das Ordens corretivas. Conforme Pinto e Xavier, (2001) apud Muassab, (2002):
Neste caso, tem-se uma falha ou condição anormal de operação de um equipamento e a correção depende de decisão gerencial, em função de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra.
Quando se trata de Manutenção Corretiva é importante ter alinhamento por parte dos Gestores de operação e manutenção sobre qual será a tomada de decisão.
4.3 O módulo PM na manutenção
O módulo PM do SAP/R3 tem como objetivo assegurar a gestão da integridade dos ativos e equipamentos. Ele foi concebido para atender às necessidades de todos os departamentos, unificando todas as informações em um único sistema. Isso abrange desde o acompanhamento dos custos de materiais e da gestão das horas de trabalho dos colaboradores até a administração dos equipamentos ativos e inativos.
Por meio dessa integração, torna-se possível otimizar a gestão de ativos. O sistema permite o registro de tarefas específicas para cada equipamento, incluindo dados sobre a sua localização, histórico de manutenção e especificações técnicas, garantindo uma visão completa e detalhada de cada ativo. Conforme Pinto e Xavier, (2001) apud Muassab, (2002):
Pode-se afirmar que até 1970 os sistemas de planejamento e controle da manutenção no Brasil eram todos manuais. A partir desta data teve início a utilização de computadores de grande porte, como os IBM, que eram utilizados para aplicações corporativas em empresas de grande porte. A Facilitação de serviços é uma sistemática que visa aumentar a produtividade nos serviços de manutenção.
A figura 2 ilustra a tela principal do sistema SAP/R3 de um usuário depois de realizar o login. Nesta tela pode-se observar as transações disponíveis e executáveis de acordo com o perfil do usuário, sendo algumas delas restritas e que dependem da autorização de acesso que é fornecida por um profissional responsável pelo SAP BASIS (Business Application Software Intregated Solution).
Figura 2 – Tela principal do sistema SAP/R3
Fonte: Autores (2023)
4.3.1 Transação IW21 (Criar Nota PM)
As demandas de solicitações de pedidos e de inspeção de manutenção são criadas através da transação IW21 (criar nota PM). Na figura 3, é exibida a tela desta transação.
Figura 3 – Transação IW21 (Criar Nota PM)
Fonte: Autores (2023)
As notas são atividades que deverão passar pela avaliação da equipe de Planejamento e confiabilidade, para que seja criada uma Ordem PM e entre na programação. Elas podem ser criadas de diversos tipos (figura 4). Destas opções, as mais utilizadas são as notas M1, M2, M3, M4, M5 e M7.
Figura 4 – Tipos de Notas
Fonte: Autores (2023)
4.3.2 Transação IW32 (Modificar Ordem)
Nesta transação é possível modificar a sequência da atividade que será programada. Apresenta as operações, componentes, custos, localização, controle entre outros (figura 5). Destarte, através de uma ordem PM é possível ter todo controle de gestão da manutenção.
Figura 5 – Transação IW32 (Modificar Ordem)
Fonte: Autores (2023)
4.3.3 Componentes
Na aba de componentes (figura 6) são descritos todos os componentes necessários para execução da atividade, mediante a isso é possível verificar de forma geral e individual o custo que cada ordem consome, facilitando na extração de dados para geração de relatórios de gestão da manutenção.
Figura 6 – Aba Componentes
Fonte: Autores (2023)
4.3.4 Transação IW28 (Modificar notas em massa)
Conforme a figura 7, nela é realizada a modificação em massa de Notas PM e permite verificar as notas com status de abertas e fechadas no sistema. Além de filtrar as informações conforme a necessidade do usuário, podendo ainda criar um Layout personalizado.
Figura 7: Transação IW28 (Modificar notas em massa)
Fonte: Autores (2023)
Depois de selecionar as notas desejadas e abertas no sistema, o SAP/R3 retorna todas as notas abertas que foram solicitadas para pedido de trabalho e de nota de inspeção. A figura 8 ilustra as notas do tipo M1 e M4 que foram selecionadas na tela inicial da transação IW28, sendo ela uma opção válida para verificação nas manutenções futuras, além de possibilitar um acompanhamento das demandas de solicitações dos ativos.
Figura 8: Transação IW28 (Modificar notas em massa)
Fonte: Autores (2023)
Vale ressaltar que todos os dados de manutenção registrados no módulo PM do SAP/R3 podem ser baixados no formato .xls (Microsoft Excel), facilitando na geração de relatório mais rápidos e precisos, como ilustrado abaixo na figura 9.
Figura 9: Transação IW28 (Modificar notas em massa)
Fonte: Autores (2023)
4.4 Sistema SIGGA BRIZZO
O Sigga Brizzo é um software voltado para gerir etapas de manutenção e atividades em campo, facilitando as manutenções e inspeções de equipamentos além de eliminar a utilização de formulários de papel.
Tal software integra-se ao SAP/R3, possibilitando a criação e a execução de ordens de serviço, a reserva de materiais, importação de notas de manutenção, a redução do tempo de disponibilização das informações das manutenções.
O Sigga Brizzo está disponível para utilização em dispositivos móveis, nas plataformas Android e iOS, permitindo maior usabilidade e uso off-line. A figura 10 ilustra a tela inicial do APP, com as principais opções de operação.
Figura 10: Tela inicial do APP Sigga Brizzo
Fonte: ECOM (2015)
A utilização do aplicativo Sigga Brizzo traz diversas vantagens. Souza, Macêdo, Figueiredo (2019, p. 6) citam:
Despacho eletrônico de ordens: agiliza o atendimento a chamados de manutenção; Integração com SAP PM: elimina a necessidade de digitadores para entrada de dados; Acesso online e off-line: reduz deslocamentos, otimiza tempo e mão de obra para mais tarefas ao dia; Localização de equipamentos via GPS ou Beacons; Identificação de ativos por QR Codes, RFID, GPS e Beacons (BlueTooth); Apontamento simplificado e automático de tempos de mão de obra (play/stop); Controle de ordens por operação (finalizada, pausada, em execução); Listagem e apropriação de notificações de reparo no aplicativo;
A figura 11 ilustra a Tela de criação de nota PM no APP Sigga Brizzo.
Figura 11: Tela de criação de nota PM no APP Sigga Brizzo
Fonte: ECOM (2015)
De maneira geral, nele é possível criar plano de manutenção, tarefas e ordens que foram programadas para o usuário.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que a informação contida no SAP/R3 seja precisa é necessário que o usuário tenha pleno conhecimento da importância do preenchimento correto dos campos presentes na transação que ele está executando dentro do módulo PM, principalmente nas Transações IW21 (Criar Nota PM) e IW32 (Modificar Ordem). Sem este consentimento, o preenchimento errado de uma simples informação pode ter reflexos em diversas áreas da empresa: no almoxarifado, impossibilitando o cálculo do custo do material por serviço; no Recursos Humanos, inviabilizando a folha de controle de horas e o controle individual dos componentes dos centros de trabalho; na controladoria, impedindo a valoração do custo médio de um centro de trabalho ou a execução do orçamento; e no setor de projetos, dificultando a integração das Ordens de manutenção em elementos PEP ( Plano de Estrutura de Projeto). Além destes fatos, o preenchimento incorreto ou o não preenchimento pode mascarar informações necessárias que são repassadas aos órgãos reguladores. Um simples exemplo pode ser dado: quando ocorre a interrupção no sistema elétrico devido a falha de um equipamento, o órgão regulador necessita saber o histórico de manutenção do equipamento que apresentou falha. Se as ordens de manutenção não estiverem corretamente preenchidas no SAP/R3, o relatório do histórico de manutenção gerado apresentará informações que não condizem com a realidade do equipamento e por consequência o órgão regulador aplicará as sanções cabíveis. Desse modo, a empresa responsável pelo fornecimento de energia deve incentivar e treinar os usuários do módulo PM para que eles tenham o pleno conhecimento e consentimento do uso de tal módulo.
REFERÊNCIAS
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1Graduando em Engenharia Elétrica pela UNIRON. E-mail: allyenderjohn@gmail.com
2Graduando em Engenharia Elétrica pela UNIRON. E-mail: robertdaniel2205@gmail.com
3Graduanda em Engenharia Elétrica pela UNIRON. E-mail: Tainara15roca@gmail.com
4Especialista e professor do Curso de Engenharia Elétrica da União das Escolas Superiores de Rondônia – UNIRON. E-mail: arrudafalando@gmail.com