REVISÃO DE CASOS CLÍNICOS COM BIOMARCADORES

REVIEW OF CLINICAL CASES WITH BIOMARKERS

REVISIÓN DE CASOS CLÍNICOS COM BIOMARCADORES

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th10247021411


Patrick Ramos Nunes1
Diogo Moreira Thomaz Pereira2
Marcos de Azevedo Gonçalves3
Dannyelly Hylnara de Sousa Calvalvante Maia4
Naiana da Silva Castro Rodrigues5
Maria Cecília Amorim da Mota6
Mariana Roberta Santos de Melo7
Andreza Borges de Souza8
Vinícius do Couto Castro9
Ailton Claecio Bezerra de Souza10


RESUMO

O objetivo deste artigo é relatar, utilizando-se de ferramentas bibliográficas e revisão de casos clínicos, alguns biomarcadores utilizados em diagnósticos de diferentes doenças. Pesquisou-se por artigos nas bases de dados SciELO, PubMED e em repositórios de universidades que apresentassem informações importantes a respeito do assunto. As palavras-chaves foram biomarcadores, diagnóstico, revisão, clínico e doenças. Biomarcadores ou marcadores biológicos são entidades que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo ou uma resposta a um agente farmacológico. Os biomarcadores podem ser de diversos tipos, tais como, fisiológicos (funções de órgãos), físicos (alterações características em estruturas biológicas), histológicos (amostras de tecido obtidas por biopsia) e anatómicos. Podem ser células específicas, moléculas, genes, enzimas ou hormonas. Provavelmente os mais relevantes em investigação médica são os marcadores bioquímicos que podem ser obtidos com relativa facilidade a partir de fluidos corporais e que estão ao dispor dos investigadores. Os biomarcadores podem ser usados na prática clínica para o diagnóstico ou para identificar riscos de ocorrência de uma doença. Podem ainda ser utilizados para estratificar doentes e identificar a gravidade ou progressão de uma determinada doença, prever um prognóstico ou monitorizar um determinado tratamento para que seja menos provável que alguns efeitos secundários ocorram. Por vezes os biomarcadores são usados como ferramenta que pode ajudar as entidades reguladoras a decidirem sobre a aprovação de um medicamento.

Palavras-chave: biomarcadores; diagnóstico; revisão; clínico; doenças.

ABSTRACT

The aim of this article is to report, using bibliographic tools, some biomarkers used in the diagnosis of different diseases. Articles were searched in the SciELO, PubMed databases, and university repositories that presented important information on the subject. The keywords were biomarkers, diagnosis, review, clinical and diseases. Biomarkers, or biological markers, are entities that can be experimentally measured and indicate the occurrence of a particular normal or pathological function of an organism or a response to a pharmacological agent. Biomarkers can be of various types, such as physiological (organ functions), physical (characteristic changes in biological structures), histological (tissue samples obtained by biopsy), and anatomical. They can be specific cells, molecules, genes, enzymes, or hormones. Probably the most relevant in medical research are biochemical markers that can be relatively easily obtained from bodily fluids and are available to researchers. Biomarkers can be used in clinical practice for diagnosis or to identify the risk of occurrence of a disease. They can also be used to stratify patients and identify the severity or progression of a particular disease, predict a prognosis, or monitor a particular treatment to make it less likely that some side effects will occur. Sometimes biomarkers are used as a tool that can help regulatory entities decide on the approval of a medication.

Keywords: Biomarkers; diagnosis; review; clinical; diseases.

RESUMEN

El objetivo de este artículo es relatar, utilizando herramientas bibliográficas y revisión de casos clínicos, algunos biomarcadores utilizados en diagnósticos de diferentes enfermedades. Se buscaron artículos en las bases de datos SciELO, PubMED y en repositorios de universidades que presentaran información importante sobre el tema. Las palabras clave fueron biomarcadores, diagnóstico, revisión, clínico y enfermedades. Los biomarcadores o marcadores biológicos son entidades que pueden medirse experimentalmente e indican la ocurrencia de una determinada función normal o patológica de un organismo o una respuesta a un agente farmacológico. Los biomarcadores pueden ser de diversos tipos, tales como fisiológicos (funciones de órganos), físicos (alteraciones características en estructuras biológicas), histológicos (muestras de tejido obtenidas por biopsia) y anatómicos. Pueden ser células específicas, moléculas, genes, enzimas u hormonas. Probablemente los más relevantes en investigación médica son los marcadores bioquímicos que pueden obtenerse con relativa facilidad a partir de fluidos corporales y que están a disposición de los investigadores. Los biomarcadores pueden usarse en la práctica clínica para el diagnóstico o para identificar riesgos de ocurrencia de una enfermedad. También pueden ser utilizados para estratificar a los pacientes e identificar la gravedad o progresión de una determinada enfermedad, prever un pronóstico o monitorear un determinado tratamiento para que sea menos probable que ocurran algunos efectos secundarios. A veces, los biomarcadores se usan como herramienta que puede ayudar a las entidades reguladoras a decidir sobre la aprobación de un medicamento.

Palabras clave: Biomarcadores; diagnóstico; revisión; clínico; enfermedades.

1. INTRODUÇÃO

Biomarcadores podem ser definidos como as alterações celulares, bioquímicas e/ou moleculares mensuráveis em matrizes biológicas, sejam tecidos, células ou fluidos humanos (HULKA et al., 1991). Entretanto, trazendo uma definição mais abrangente, temos que a definição de biomarcadores é uma característica objetivamente mensurável e avaliada como um indicador de um processo biológico normal, um processo patogênico ou uma resposta farmacológica a uma intervenção terapêutica; assim sendo, um indicador fisiológico, como a pressão arterial, é um biomarcador da hipertensão, definida pelo Biomarkers Definition Working Group. Além disso, os biomarcadores são essenciais em diagnósticos, podendo ser precisos ou necessitando de exames complementares para um diagnóstico preciso. Portanto, Biomarcadores são componentes cruciais na medicina moderna, proporcionando informações valiosas sobre a presença, progresso e prognóstico de doenças. Sua utilização no diagnóstico clínico permite a detecção precoce e o monitoramento preciso de condições patológicas, possibilitando intervenções terapêuticas mais eficazes e personalizadas (Sawyers, C.L., 2008).

1.1 CASO CLÍNICO DE PANCREATITE CRÔNICA

Jorge, 59 anos, procura atendimento médico com queixa de dores abdominais em faixa e perda de peso progressiva no último ano. O paciente nega febre e diarreia, mas relata histórico de esteatorreia e de elitismo diário. O médico solicita exames laboratoriais.

Figura 1. EXAMES COMPLEMENTARES DE PANCREATITE CRÔNICA

Fonte: elaborado pelos autores

Pancreatite crônica é uma inflamação progressiva do pâncreas que resulta em danos permanentes à sua estrutura e função. A dor abdominal crônica e a insuficiência pancreática exócrina e endócrina são características comuns dessa doença (Löhr, J. M., 2010). Essa condição pode levar a uma perda progressiva da função pancreática, afetando tanto a produção de enzimas digestivas quanto de hormônios, como a insulina. Geralmente, a pancreatite crônica é causada pelo consumo prolongado de álcool, mas também pode ser decorrente de outras condições, como doenças autoimunes, mutações genéticas, obstrução dos ductos pancreáticos ou hipertrigliceridemia.

Os sintomas da pancreatite crônica podem variar, mas frequentemente incluem dor abdominal persistente ou intermitente, que pode ser grave e irradiar para as costas, perda de peso involuntária, diarreia e fezes gordurosas (esteatorreia), náusea e vômito, e diabetes mellitus devido à destruição das células produtoras de insulina no pâncreas.

Para diagnosticar a pancreatite crônica, geralmente é necessário uma combinação de histórico clínico, exames físicos e testes laboratoriais. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia endoscópica, também são frequentemente utilizados para avaliar a extensão dos danos ao pâncreas.

O tratamento da pancreatite crônica visa aliviar a dor, melhorar a função digestiva e tratar as complicações. As abordagens podem incluir mudanças na dieta, como dietas com baixo teor de gordura e pequenas refeições frequentes para reduzir os sintomas. Medicações, como analgésicos para controle da dor, enzimas pancreáticas para auxiliar na digestão e insulina ou outros medicamentos para tratar o diabetes, também podem ser necessárias. A cessação do consumo de álcool é crucial para prevenir a progressão da doença. Em alguns casos, intervenções endoscópicas ou cirúrgicas podem ser necessárias para remover obstruções nos ductos pancreáticos ou tratar complicações como pseudocistos.

O prognóstico da pancreatite crônica varia dependendo da causa subjacente e do grau de dano ao pâncreas. Com tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, muitos pacientes podem gerenciar os sintomas e prevenir complicações graves. No entanto, a doença pode aumentar o risco de desenvolver câncer de pâncreas.

1.1.1 MARCADORES

As dores abdominais e a perda de peso estão intimamente relacionadas com a pancreatite crônica devido à disfunção progressiva do pâncreas e suas consequências diretas no processo digestivo e metabólico.

A dor abdominal é um sintoma comum e muitas vezes debilitante da pancreatite crônica. Esta dor ocorre devido a vários fatores. Primeiramente, a inflamação contínua do pâncreas provoca dor devido ao edema e à ativação das enzimas pancreáticas dentro do próprio órgão. Além disso, com o tempo, a inflamação leva à formação de tecido cicatricial (fibrose), que pode comprimir os nervos ao redor do pâncreas, resultando em dor crônica. Outro fator é a obstrução dos ductos pancreáticos: a inflamação e a fibrose podem causar estreitamento ou bloqueio dos ductos, levando ao aumento da pressão dentro do pâncreas e contribuindo para a dor.

A perda de peso na pancreatite crônica pode ser atribuída a várias causas relacionadas à disfunção pancreática. A insuficiência pancreática exócrina é uma das principais causas, onde o pâncreas danificado não consegue produzir enzimas digestivas suficientes, essenciais para a digestão de gorduras, proteínas e carboidratos. Isso resulta em má absorção de nutrientes, levando à perda de peso. Devido à insuficiência enzimática, as gorduras não são devidamente digeridas e absorvidas, resultando em fezes gordurosas e volumosas (esteatorreia), que contribuem para a perda de calorias e, consequentemente, perda de peso. Além disso, a dor abdominal pode se intensificar após a ingestão de alimentos, levando o paciente a evitar comer para evitar a dor, resultando em ingestão calórica insuficiente e perda de peso. A destruição das células que produzem insulina pode levar ao desenvolvimento de diabetes, o que pode contribuir para a perda de peso se o controle glicêmico não for adequado (Whitcomb, D. C., 2006).

A esteatorreia, que é a presença de gordura nas fezes, está fortemente relacionada à pancreatite crônica devido à insuficiência pancreática exócrina. Essa condição ocorre quando o pâncreas não produz enzimas digestivas suficientes para decompor as gorduras, proteínas e carboidratos adequadamente.

Na pancreatite crônica, a inflamação contínua e a fibrose do tecido pancreático resultam em uma diminuição significativa da produção de enzimas digestivas, especialmente lipase, que é essencial para a digestão das gorduras. A deficiência de lipase leva à má digestão das gorduras dietéticas, resultando em gordura não digerida que passa pelo trato gastrointestinal e é excretada nas fezes.

Sem enzimas pancreáticas adequadas, a digestão das gorduras é incompleta. Isso significa que as gorduras não são decompostas em ácidos graxos e monoglicerídeos que podem ser absorvidos pelo intestino delgado. Como resultado, as gorduras permanecem no lúmen intestinal e são eliminadas nas fezes, causando esteatorreia.

A esteatorreia é caracterizada por fezes volumosas, pálidas, oleosas e de mau cheiro. As fezes podem flutuar na água devido ao alto teor de gordura. Os pacientes com esteatorreia frequentemente experimentam perda de peso e deficiências nutricionais, já que as gorduras e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) não são absorvidas adequadamente.

O diagnóstico de esteatorreia pode ser feito através da análise das fezes para quantificar a gordura fecal. O tratamento envolve a administração de enzimas pancreáticas exógenas (suplementos de enzimas) para ajudar na digestão das gorduras. Mudanças na dieta, como a redução da ingestão de gorduras e o aumento de alimentos ricos em carboidratos e proteínas, também podem ser recomendadas.

A esteatorreia é, portanto, um indicativo importante da insuficiência pancreática exócrina em pacientes com pancreatite crônica, e o manejo adequado desta condição é crucial para melhorar a absorção de nutrientes e a qualidade de vida dos pacientes.

1.1.2 MARCADORES LABORATORIAIS

A elevação das enzimas hepáticas alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) pode estar relacionada à pancreatite crônica, apesar de essas enzimas serem mais comumente associadas a distúrbios hepáticos.

A pancreatite crônica pode causar inflamação e estresse no fígado devido à proximidade anatômica entre o pâncreas e o fígado. A inflamação pancreática pode afetar o fígado, especialmente em casos de pancreatite crônica severa. Além disso, a pancreatite crônica pode levar a uma condição conhecida como hepatite secundária, onde o fígado também sofre danos devido ao processo inflamatório. Isso pode ocorrer devido à disseminação da inflamação ou ao impacto indireto das toxinas liberadas pelo pâncreas inflamatório.

O tratamento da pancreatite crônica frequentemente envolve o uso de medicamentos, como analgésicos ou outros agentes terapêuticos, que podem ter efeitos adversos no fígado e levar a elevações nos níveis de ALT e AST. O consumo crônico de álcool é uma causa comum de pancreatite crônica e também pode causar hepatite alcoólica, resultando em elevações nas enzimas hepáticas. Assim, a elevação de ALT e AST pode refletir tanto a pancreatite quanto a hepatopatia associada ao álcool.

Além disso, complicações da pancreatite crônica, como a presença de pseudocistos pancreáticos, podem ocasionalmente afetar o fígado e levar a alterações nos níveis das enzimas hepáticas (Finkelstein, J., 2011).

A gama-glutamil transferase (GGT) é uma enzima hepática que pode estar elevada em várias condições hepáticas e pancreáticas. Sua relação com a pancreatite crônica pode ser explicada por vários fatores:

A pancreatite crônica pode causar inflamação e estresse no fígado, resultando em elevações dos níveis de GGT. Embora a GGT seja uma enzima mais específica para a função hepática e não diretamente para o pâncreas, o estresse pancreático pode afetar o fígado devido à proximidade anatômica e à possível disseminação da inflamação.

Além disso, a obstrução dos ductos pancreáticos em casos de pancreatite crônica pode causar aumento da pressão nos ductos e afetar estruturas adjacentes, como o fígado e as vias biliares, o que pode elevar os níveis de GGT.

O consumo de álcool, uma causa comum de pancreatite crônica, também pode levar a hepatopatia alcoólica, resultando em elevações de GGT devido ao efeito hepatotóxico do álcool. Portanto, a elevação de GGT em pacientes com pancreatite crônica pode refletir a presença de doença hepática alcoólica concomitante.

O tratamento da pancreatite crônica frequentemente envolve o uso de medicamentos que podem ter efeitos adversos no fígado, contribuindo para a elevação dos níveis de GGT. A GGT pode ser usada para monitorar a função hepática em pacientes que estão recebendo tratamento para pancreatite crônica.

Além disso, complicações associadas à pancreatite crônica, como a formação de pseudocistos pancreáticos, podem ocasionalmente afetar a função hepática e elevar os níveis de GGT. Pseudocistos que se comunicam com os ductos biliares podem causar obstrução e estresse hepático (Friedman, L. S., 2009).

A lactato desidrogenase (LDH) é uma enzima encontrada em vários tecidos do corpo, incluindo o fígado, o coração, os músculos e o pâncreas. Níveis elevados de LDH podem estar associados a várias condições clínicas, incluindo a pancreatite crônica. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a LDH elevada pode estar relacionada à pancreatite crônica:

A LDH é um marcador de dano tecidual e pode estar elevada em situações de inflamação aguda ou crônica. Na pancreatite crônica, a inflamação contínua e a destruição progressiva do tecido pancreático podem levar a uma liberação aumentada de LDH na corrente sanguínea.

Na pancreatite crônica avançada, a necrose (morte celular) do tecido pancreático pode ocorrer devido à inflamação persistente e ao estresse oxidativo. A destruição do tecido pancreático leva à liberação de LDH, resultando em níveis elevados dessa enzima no sangue.

Complicações da pancreatite crônica, como a formação de pseudocistos pancreáticos ou abscessos, podem contribuir para a elevação dos níveis de LDH. O desenvolvimento de necrose ou infecção associada a essas complicações pode levar a um aumento na liberação de LDH.

Em alguns casos, a pancreatite crônica pode estar associada a problemas hepáticos, como hepatite ou colestase, que também podem elevar os níveis de LDH. A presença de doenças hepáticas concomitantes pode complicar o quadro e afetar os níveis de LDH.

O álcool, um fator comum na etiologia da pancreatite crônica, também pode causar dano hepático e muscular, ambos associados ao aumento da LDH. A elevação de LDH pode refletir a combinação de danos pancreáticos e hepáticos induzidos pelo álcool.

Embora a LDH elevada não seja específica para a pancreatite crônica e possa estar associada a várias outras condições, pode ser um indicador útil de dano tecidual e inflamação. O aumento de LDH deve ser interpretado em conjunto com outros testes e uma avaliação clínica completa para determinar a causa subjacente (Knaus, W. A., 1995).

1.2 CASO CLÍNICO DE HEPATOPATIA CRÔNICA

José, 64 anos, sexo masculino, indígena, casado e procedente de Salvador, comparece ao atendimento médico com queixa de dores abdominais em faixa.Referiu ainda, que nos últimos 4 dias antes da internação vem apresentando febre (picos diários > 38,5ºC), com calafrios e prostração. Quando questionado sobre a cor da urina relatou colúria. O paciente nega elitismo diário.

Figura 2. EXAMES COMPLEMENTARES DE HEPATOPATIA CRÔNICA

Fonte: elaborado pelos autores

Hepatopatia crônica é um termo geral que se refere a qualquer doença do fígado que persiste por um longo período de tempo. Ela pode resultar de várias condições e tem um impacto significativo na saúde geral do indivíduo. O consumo excessivo de álcool é uma causa comum de hepatopatia crônica, podendo causar inflamação e degeneração do fígado, levando a condições como esteatose hepática (fígado gorduroso), hepatite alcoólica e cirrose hepática. Infecções crônicas pelo vírus da hepatite B ou C também podem causar hepatopatia crônica, levando a inflamação persistente, fibrose e, eventualmente, cirrose e câncer de fígado.

Além disso, hepatites autoimunes ocorrem quando o sistema imunológico ataca o fígado, causando inflamação crônica e potencialmente levando à cirrose. Condições metabólicas, como a doença de Wilson (acúmulo de cobre no fígado), hemocromatose (acúmulo de ferro) e a deficiência de alfa-1 antitripsina, também podem resultar em hepatopatia crônica. A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), associada a obesidade, diabetes tipo 2 e dislipidemia, é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado não relacionado ao consumo de álcool e pode progredir para hepatite não alcoólica e cirrose. O uso prolongado de certos medicamentos ou exposição a toxinas ambientais pode causar dano hepático crônico, como o uso excessivo de acetaminofeno e exposição a solventes industriais.

Os sintomas da hepatopatia crônica podem variar, mas frequentemente incluem fadiga e fraqueza, perda de apetite e perda de peso, náuseas e vômitos, dor no abdômen superior direito, icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos), ascite (acúmulo de líquido no abdômen) e coceira na pele. O diagnóstico geralmente envolve uma avaliação dos sintomas e histórico médico do paciente, testes de função hepática, como ALT, AST, ALP, GGT e bilirrubina, e exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), para visualizar o fígado e identificar alterações estruturais. A biópsia hepática pode ser realizada para avaliar a extensão da fibrose ou inflamação e confirmar o diagnóstico.

O tratamento da hepatopatia crônica depende da causa subjacente e pode incluir alterações na dieta, cessação do consumo de álcool e controle de condições associadas, como diabetes e obesidade. Medicamentos antivirais podem ser usados para hepatite viral, medicamentos imunossupressores para hepatite autoimune e agentes antifibrosantes para reduzir a progressão da fibrose. O tratamento também pode envolver o gerenciamento de complicações, como ascite, encefalopatia hepática e varizes esofágicas, e, em casos avançados de cirrose ou falência hepática, o transplante de fígado pode ser necessário. A hepatopatia crônica pode levar a complicações graves, como cirrose hepática, câncer de fígado e insuficiência hepática, por isso é essencial um acompanhamento regular e tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e prevenir a progressão da doença (Friedman, 2009).

1.2.1 MARCADORES

Dores abdominais e febre podem estar relacionadas à hepatopatia crônica de várias maneiras, refletindo complicações ou progressão da doença hepática.

Dores abdominais em hepatopatia crônica podem ser causadas por inflamação do fígado. Em condições como hepatite crônica, seja viral, autoimune ou causada por outras etiologias, a inflamação contínua do fígado pode levar a dor no abdômen superior direito. O fígado inflamado pode se expandir e esticar a cápsula hepática, resultando em desconforto ou dor. Além disso, na cirrose hepática, o fígado se torna fibroso e endurecido devido à cicatrização contínua, o que pode levar a dores abdominais persistentes, frequentemente localizadas no lado direito superior do abdômen. A hipertensão portal, uma pressão aumentada no sistema venoso porta devido à cirrose, também pode contribuir para o desconforto abdominal. Complicações como pseudocistos hepáticos ou abscessos podem ocorrer em contextos de hepatopatia crônica, especialmente com a presença de cirrose, e esses acúmulos de líquido ou pus podem causar dor abdominal intensa. A distensão da vesícula biliar, que pode ocorrer devido a hepatopatia crônica, também pode levar à formação de cálculos biliares ou inflamação da vesícula (colecistite), resultando em dor no quadrante superior direito do abdômen.

A febre pode estar associada à hepatopatia crônica de várias formas. Infecções hepáticas, como hepatite viral (B ou C), podem causar febre, especialmente durante exacerbações agudas da doença. Além disso, complicações infecciosas, como abscessos hepáticos, também podem se manifestar com febre. Em casos de cirrose, complicações infecciosas como a peritonite bacteriana espontânea (uma infecção do líquido ascítico) podem causar febre. A febre pode também ser um sinal de inflamação aguda ou crônica associada à progressão da hepatopatia. Embora a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) geralmente não cause febre, a inflamação associada a formas mais graves, como a hepatite não alcoólica, pode ocasionalmente levar a episódios febris (Murray, 2006).

Colúria é a presença de urina escura, que pode indicar a presença de bilirrubina na urina. Esse sintoma pode estar relacionado à hepatopatia crônica de várias maneiras. Em condições de hepatopatia crônica, como hepatite crônica ou cirrose, o fígado pode não conseguir processar adequadamente a bilirrubina, um produto da degradação dos glóbulos vermelhos. Normalmente, a bilirrubina é metabolizada no fígado e excretada na bile. No entanto, em casos de disfunção hepática, a bilirrubina se acumula no sangue (hiperbilirrubinemia) e é filtrada pelos rins, resultando em colúria, que causa a urina a se tornar escura.

Além disso, a hepatopatia crônica pode levar a obstruções nas vias biliares, tanto intra-hepáticas quanto extra-hepáticas. Condições como a cirrose podem causar formação de fibrose que comprime as vias biliares, ou a presença de cálculos biliares pode obstruir o fluxo da bile. Quando a bile não consegue atingir o intestino, a bilirrubina se acumula no sangue e é excretada na urina, resultando em colúria.

Em casos de hepatopatia crônica relacionada ao álcool, o fígado danificado pode resultar em uma diminuição da capacidade de processamento da bilirrubina, levando ao seu acúmulo no sangue e subsequente excreção na urina, causando colúria. Infecções crônicas pelo vírus da hepatite B ou C também podem levar a inflamação hepática e comprometimento da função hepática. A incapacidade do fígado em metabolizar e excretar a bilirrubina adequadamente pode resultar em colúria. Na cirrose hepática, onde o fígado é substituído por tecido fibroso e suas funções são severamente prejudicadas, a produção de bile e o processamento da bilirrubina são comprometidos, o que pode levar à presença de bilirrubina na urina, resultando em colúria.

Portanto, a colúria é um sintoma importante que pode refletir a disfunção hepática e frequentemente indica que o fígado está incapaz de processar e excretar bilirrubina adequadamente. Em pacientes com hepatopatia crônica, a presença de urina escura devido à bilirrubina pode sugerir a progressão da doença hepática ou complicações associadas (Gonzalez, A. A., 2012).

1.2.2 MARCADORES LABORATORIAIS

A elevação das enzimas hepáticas, como alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (ALP) e gama-glutamil transferase (GGT), pode estar fortemente relacionada à hepatopatia crônica, refletindo diferentes aspectos da disfunção hepática.

A ALT e a AST são enzimas que estão presentes principalmente no fígado e, em menor grau, em outros tecidos. A elevação desses marcadores geralmente indica inflamação ou dano das células hepáticas. Em hepatopatia crônica, como hepatite crônica (viral, autoimune ou tóxica), a inflamação contínua do fígado leva à liberação dessas enzimas na corrente sanguínea. À medida que a hepatopatia crônica progride para cirrose, a contínua destruição das células hepáticas pode resultar em elevações persistentes ou até mesmo acentuadas nos níveis de ALT e AST. Embora as elevações possam ser mais pronunciadas na fase inicial da inflamação, em estágios avançados de cirrose, os níveis podem se normalizar devido à perda de tecido hepático funcional.

A fosfatase alcalina (ALP) é uma enzima encontrada em vários tecidos, incluindo fígado e ossos. Em casos de hepatopatia crônica associada a obstruções das vias biliares, como na cirrose biliar primária ou colangite esclerosante, a elevação dos níveis de ALP pode indicar colestase (congestão da bile) e dano à árvore biliar. A fibrose avançada e a cirrose podem levar à compressão dos ductos biliares e a uma elevação da ALP, refletindo a dificuldade do fígado em excretar bile adequadamente.

A gama-glutamil transferase (GGT) é uma enzima envolvida no metabolismo da bile. A elevação da GGT é frequentemente associada a colestase e a outros tipos de dano hepático. Em hepatopatia crônica, condições que afetam o fluxo biliar, como cirrose ou hepatite crônica, podem resultar em níveis elevados de GGT. Além disso, em hepatopatia crônica relacionada ao álcool, a GGT pode ser particularmente útil para monitorar a progressão da doença, uma vez que níveis elevados de GGT podem ser um reflexo do dano hepático induzido pelo álcool.

Portanto, a elevação das enzimas hepáticas é um indicador importante da função hepática e pode sinalizar a presença de hepatopatia crônica. ALT e AST são marcadores de dano e inflamação das células hepáticas, enquanto ALP e GGT refletem obstrução das vias biliares e colestase. A interpretação dos níveis dessas enzimas deve ser feita no contexto clínico global do paciente, incluindo histórico médico e outros exames diagnósticos, para avaliar adequadamente a gravidade e a causa da hepatopatia crônica (Lemon, S. M., 2005).

A presença do anticorpo anti-HCV reagente é um marcador importante na avaliação de hepatopatia crônica, especialmente em casos de infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV). Quando um indivíduo apresenta um anticorpo anti-HCV reagente, isso sugere que o organismo foi exposto ao HCV e que o sistema imunológico produziu anticorpos contra o vírus. No contexto de hepatopatia crônica, a infecção por HCV pode se tornar crônica, o que significa que o vírus persiste no organismo por mais de seis meses.

A infecção crônica pelo HCV pode levar a uma série de complicações hepáticas. O vírus causa inflamação contínua do fígado, o que pode levar à fibrose hepática. Com o tempo, essa fibrose pode progredir para cirrose hepática, uma condição na qual o fígado se torna severamente danificado e substituído por tecido cicatricial. Portanto, a presença do anticorpo anti-HCV está associada ao risco de desenvolvimento de hepatopatia crônica e suas complicações.

A detecção do anticorpo anti-HCV é crucial para o diagnóstico de hepatopatia crônica. Embora a presença do anticorpo indique exposição ao HCV, não fornece informações sobre a fase da infecção (aguda ou crônica). Para confirmar a infecção crônica e avaliar a gravidade da doença hepática, são realizados testes adicionais, como o teste de RNA do HCV, que detecta a presença de material genético viral, e a genotipagem do vírus para orientar o tratamento.

A presença de anticorpo anti-HCV reagente é usada para guiar o tratamento. Pacientes com infecção crônica por HCV podem ser tratados com antivirais de ação direta (DAAs) que visam erradicar o vírus e melhorar a função hepática. A identificação e o tratamento precoce da infecção podem ajudar a prevenir a progressão para hepatopatia crônica mais grave e suas complicações.

Além disso, a infecção crônica por HCV pode ser assintomática por muitos anos, mas a inflamação hepática contínua pode eventualmente causar sintomas, como fadiga, dor abdominal e icterícia, e levar ao desenvolvimento de hepatopatia crônica. A monitorização contínua dos níveis de anticorpos e a avaliação da função hepática são essenciais para o gerenciamento da condição e para a previsão do prognóstico.

Portanto, a presença do anticorpo anti-HCV reagente é um indicador chave de infecção pelo vírus da hepatite C e está diretamente relacionada ao risco e à presença de hepatopatia crônica. A detecção e o monitoramento dessa condição são fundamentais para o diagnóstico precoce e tratamento eficaz, a fim de prevenir a progressão para formas mais graves da doença hepática (Ghany, M. G., 2009).

Níveis elevados de alfa-fetoproteína (AFP) podem estar diretamente relacionados a hepatopatia crônica, refletindo a presença e a gravidade de condições hepáticas subjacentes. A alfa-fetoproteína é uma proteína produzida principalmente pelo fígado e, em menor quantidade, pelo trato gastrointestinal em fetos. Em adultos, níveis elevados de AFP são frequentemente utilizados como um marcador tumoral, especialmente no contexto de hepatopatia crônica.

A elevação dos níveis de AFP é comumente associada ao carcinoma hepatocelular (CHC), um tipo de câncer de fígado que frequentemente ocorre em indivíduos com hepatopatia crônica. Condições como cirrose hepática e hepatite crônica são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de CHC. A AFP é útil para rastreamento e monitoramento da progressão do câncer hepático, especialmente quando combinada com outros exames, como a ultrassonografia.

Além do carcinoma hepatocelular, níveis elevados de AFP podem também ser observados em hepatite crônica ativa e fibrose hepática avançada. A inflamação hepática severa e a regeneração celular associadas a hepatite crônica podem resultar em elevações temporárias ou moderadas de AFP. A monitorização dos níveis de AFP, juntamente com outras avaliações clínicas e laboratoriais, pode fornecer informações adicionais sobre a gravidade da hepatopatia crônica.

O aumento dos níveis de AFP pode indicar uma progressão da hepatopatia crônica para uma condição mais grave, como a cirrose ou o carcinoma hepatocelular. O monitoramento regular dos níveis de AFP em pacientes com hepatopatia crônica pode ajudar na detecção precoce de complicações graves e na avaliação da eficácia do tratamento.

Além do carcinoma hepatocelular e da hepatite crônica, níveis elevados de AFP também podem ser observados em outras condições hepáticas, como o carcinoma embrionário e algumas formas de hepatoblastoma, embora essas sejam menos comuns em adultos. A elevação de AFP pode também ocorrer em algumas doenças extrínsecas ao fígado, como tumores testiculares e ovarianos, que podem elevar os níveis de AFP de forma secundária.

Portanto, níveis elevados de alfa-fetoproteína são frequentemente associados ao carcinoma hepatocelular em pacientes com hepatopatia crônica, especialmente em presença de cirrose ou hepatite crônica avançada. Embora a AFP seja um marcador útil para a detecção e monitoramento do câncer hepático, também pode refletir a gravidade da hepatopatia crônica e a necessidade de acompanhamento contínuo (Llovet, J. M., 2008).

2. MÉTODO

O presente estudo compreende uma revisão bibliográfica destinada a descrever os biomarcadores empregados em doenças de elevada incidência e significância epidemiológica. Para alcançar tal propósito, foram consultadas publicações científicas provenientes de diversas fontes, incluindo plataformas reconhecidas como Scielo, Google Acadêmico, Pubmed, bem como repositórios de universidades renomadas. A busca por literatura científica foi conduzida mediante a utilização dos descritores: biomarcadores, diagnóstico e doença, a fim de abranger de forma abrangente e abrangente a base de conhecimento disponível sobre o tema em questão.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Portanto, fica claro a importância no aprimoramento do conhecimento acerca dos biomarcadores, tratando-se de uma das principais ferramentas usadas em possíveis diagnóstico de doenças. Assim, a pesquisa de biomarcadores tem o potencial de revolucionar a prática clínica, oferecendo uma visão mais personalizada da saúde e da doença. Com a identificação e validação de biomarcadores relevantes, podemos avançar em direção a uma medicina de precisão, onde o diagnóstico, tratamento e monitoramento são adaptados às necessidades individuais de cada paciente (JOHNSON CH, 2016).

Assim sendo, a intensificação dos estudos nas áreas bioquímicas são de elevada importância, pois a interseção entre a química e a biologia na pesquisa de biomarcadores tem sido fundamental para a descoberta e validação de novos marcadores de diagnóstico, prognóstico e resposta ao tratamento. A compreensão das interações moleculares subjacentes aos processos biológicos é essencial para identificar biomarcadores robustos e traduzi-los em ferramentas clínicas eficazes (ZHANG, 2012).

4. CONCLUSÃO

O estudo da importância dos biomarcadores no diagnóstico de doenças revela-se fundamental na prática médica contemporânea. Esses indicadores biológicos oferecem uma janela única para a compreensão das condições de saúde e doença em nível molecular, permitindo uma abordagem mais personalizada e precisa no cuidado do paciente. Através da identificação e análise de biomarcadores específicos, os profissionais de saúde podem diagnosticar doenças mais precocemente, estratificar o risco de progressão da doença, monitorar a eficácia do tratamento e prever desfechos clínicos. Além disso, os biomarcadores desempenham um papel crucial no desenvolvimento e teste de novas terapias, possibilitando a descoberta de tratamentos mais eficazes e direcionados. Ao considerar a vasta gama de biomarcadores disponíveis, desde marcadores genéticos e proteicos até marcadores metabólicos e de imagem, torna-se evidente o potencial transformador desses indicadores na prática clínica. No entanto, é crucial destacar a necessidade contínua de pesquisa e desenvolvimento para validar e aprimorar a precisão e utilidade dos biomarcadores em diversas condições de saúde. Em suma, o estudo dos biomarcadores no diagnóstico de doenças representa uma ferramenta valiosa e em constante evolução, com o potencial de melhorar significativamente o diagnóstico precoce, tratamento personalizado e prognóstico de pacientes, contribuindo assim para uma saúde global mais eficaz e abrangente

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1 Acadêmico de Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: patricknunesbdz@gmail.com

2 Acadêmico de Medicina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: diogo.m.t.pereira@gmail.com

3 Acadêmico de Medina
Universidade Castelo Branco (UCB)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: Marcosdeaz89@yahoo.com

4 Acadêmico de Medicina
Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
E-mail: dhsmaia@hotmail.com

5 Graduanda em Medicina
Fundação Técnico-Educacional Souza Marques
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: naianacrodrigues@gmail.com

6 Acadêmica de Medicina
Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
E-mail: ceciliaamorimm12@gmail.com

7 Acadêmica de Medicina
Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
E-mail: Marianarsm15@hotmail.com

8 Graduada em Medicina
Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
Brasília, Distrito Federal, Brasil
E-mail: Andrezaborgesds@gmail.com

9 Graduando em Medicina
Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
E-mail: vinicius92010@hotmail.com

10 Graduando em Medicina
Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil
E-mail: claecioeng@hotmail.com