RESTAURAÇÃO DE RESINA COMPOSTA COM TÉCNICA DO CARIMBO OCLUSAL: RELATO DE CASO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10428524


Rosane Siqueira Silva de Sousa
Sarah Helienne Salles da Silva
Orientador (a): Profª. Lorâine Perez Manzoli


1.      RESUMO

Introdução: A anatomia oclusal de dentes posteriores apresenta elevada complexidade devido à existência de sulcos, fóssulas e fissuras. Essa característica confere um alto grau de dificuldade durante a realização de restaurações diretas, pois exige conhecimento e habilidade para esculpir corretamente os detalhes da morfologia oclusal, afim de devolver função, integridade e oclusão adequados. Objetivo: O objetivo do presente relato de caso foi apresentar a sequência clínica de restauração direta de lesão de cárie utilizando a técnica do carimbo oclusal. Relato de Caso: Paciente jovem, 37 anos, sexo feminino, apresentava sulco oclusal escurecido nos molares inferiores. Após exame clínico, verificou-se a presença de lesão de cárie ativa no dente 46, o que levou à escolha do tratamento realizado. Inicialmente o carimbo oclusal foi confeccionado com resina flow  fotopolimerizável, e em seguida, o acesso à cárie foi realizado com ponta diamantada esférica em alta rotação. O tecido cariado foi removido com colher de dentina e brocas esféricas. Após, foi realizada profilaxia, condicionamento ácido total, e aplicação do sistema adesivo. Os incrementos de resina composta foram inseridos, e antes da fotopolimerização da última camada, posicionou-se o carimbo oclusal previamente confeccionado. A restauração foi fotopolimerizada adequadamente após a remoção do carimbo oclusal. Em seguida a oclusão foi verificada e, acabamento e polimento realizados. Ao final do caso clínico foi possível observar a devolução da anatomia dental de forma extremamente satisfatória e minuciosa, feito um pequeno ajuste oclusal. Considerações Finais: Conclui-se assim, que a restauração de cárie utilizando a técnica do carimbo oclusal é um procedimento simples, de fácil confecção, que devido à manutenção da anatomia oclusal original, proporciona otimização do tempo clínico pela redução na necessidade de grandes ajustes oclusais, acabamento e polimento.  Palavra Chave: Ajuste Oclusal; Resina Composta; Restauração Dentária Permanente.

Abstract

Introduction: The occlusal anatomy of posterior teeth is highly complex due to the existence of grooves, pits and fissures. This characteristic confers a high degree of difficulty when performing direct restorations, as it requires knowledge and skill to correctly sculpt the details of the occlusal morphology, in order to return function, integrity and adequate occlusion. Objective: The objective of this case report was to present the clinical sequence of direct restoration of a caries lesion using the occlusal stamp technique. Case Report: Young patient, 37 years old, female, with darkened occlusal sulcus in lower molars. After clinical examination, the presence of active carious lesion was verified in tooth 46, which led to the choice of treatment. Initially, the occlusal stamp was made with light-cured flow resin, and then, access to the caries was performed with a spherical diamond bur at high speed. The decayed tissue was removed with a dentin spoon and spherical burs. Afterwards, prophylaxis, total acid etching, and application of the adhesive system were performed. The composite resin increments were inserted, and before light curing the last layer, the previously made occlusal stamp was positioned. The restoration was adequately light-cured after removal of the occlusal stamp. Then the occlusion was verified and finishing and polishing were performed. At the end of the clinical case, it was possible to observe the devolution of the dental anatomy in an extremely satisfactory and meticulous way, after a small occlusal adjustment was made. Final Considerations: It is thus concluded that caries restoration using the occlusal stamping technique is a simple procedure, easy to perform, which, due to the maintenance of the original occlusal anatomy, provides optimization of clinical time by reducing the need for large occlusal adjustments , finishing and polishing. 

Key Word: Occlusal Adjustment; Composite resin; Permanent Dental Restoration.

2.      INTRODUÇÃO 

Atualmente, a odontologia vem atravessando uma fase onde a valorização estética está em alta. Os pacientes buscam, cada vez mais, realizar procedimentos que fiquem o mais próximo possível do natural, mesmo se tratando de regiões menos visíveis, como os elementos posteriores (Aimi, 2005, Chaves, et. al., 2011; Silva 2016). Antigamente, o material restaurador disponível e indicado para restaurações de dentes posteriores era o Amálgama de Prata, que apresentavam como principal desvantagem seu aspecto metálico e pouco estético. Hoje, graças ao desenvolvimento e melhorias de novos materiais restauradores adesivos, novas técnicas e novos conhecimentos sobre a doença cárie, as resinas compostas estão sendo empregadas como excelentes materiais para restaurações diretas dos elementos posteriores melhorando significativamente a estética (Veras et al.2015). 

Uma das principais limitações das resinas compostas é sua contração de polimerização, que é uma característica inerente a esses materiais. Para amenizar tal desvantagem, utiliza-se a técnica incremental (Caneppele, Bresciani, 2016). Existem várias técnicas para realizar procedimentos restauradores nos elementos dentários, porém, muitos delas dependem também da destreza do profissional que a está executando. É necessário que o cirurgião-dentista apresente habilidade manual, senso crítico e conhecimentos estéticos. Em se tratando de restaurações em elementos posteriores, ainda contamos com uma anatomia mais complexa, com maior necessidade de reprodução de detalhes anatômicos (Aimi, 2005, Chaves, et. al., 2011; Silva 2016). 

Uma possibilidade de técnica usada para restaurações diretas de dentes posteriores com lesões de cárie é a técnica do carimbo oclusal. Também chamada de matriz ou réplica oclusal. Este dispositivo é confeccionado, geralmente, com resina acrílica ou silicone de adição incolor, e serve como um molde para copiar a anatomia oclusal (sulcos, cúspides, cristas e fissuras). Isso proporciona uma cópia fidedigna da morfologia oclusal, evitando risco de fraturas e desgastes oclusais, ao fim do procedimento (Arroyo, 2011; Gomes, 2013).

As vantagens dessa técnica estão a fácil e rápida execução, além de um menor tempo clínico, tanto na fase de escultura quanto na fase de ajuste oclusal. Outro fator importante é que como o dispositivo fica em contato com a restauração, diminui quase que por inteiro a presença do O2, o que favorece ainda mais na fotopolimerização superficial e, consequentemente a lisura e acabamento da superfície. 

Como desvantagens, pode-se citar o tempo clínico adicional, da confecção do dispositivo e, ainda, o alto custo dos materiais empregados para construção do mesmo: silicone de adição, condensação ou a resina acrílica (Pereira, Gomes, Volpato, 2008). Buscando contornar as desvantagens da técnica da reprodução oclusal a mão livre e a técnica incremental das resinas convencionais, esse trabalho apresenta um relato de um caso clínico onde buscou-se realizar um tratamento restaurador de um elemento diagnosticado com lesão de cárie ativa, utilizando um material diferente para construção do carimbo, associado a resina Opallis flow.

3.      RELATO DE CASO 
3.1  ANAMNESE 

Paciente S.M.B.S., 37 anos, sexo feminino, procurou atendimento na Clínica Escola de Odontologia da Faculdade Gamaliel – Tucuruí-Pa. Após exame clínico, anamnese, foi diagnosticada uma lesão de cárie ativa no elemento 46. Foi oferecida, a mesma, a realização de uma restauração direta em resina composta através da técnica do carimbo oclusal, buscando uma reprodução mais fidedigna da anatomia oclusal. O termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado uma via, realizado avaliação epidemiológica e odontograma da paciente representado nas (figura 1 e 2).

Figura 1: Avaliação Epidemiológica  
Figura 2: Odontograma Inicial (diagnóstico)
3.2  PLANEJAMENTO REALIZADO PARA O TRATAMENTO PROPOSTO

Os dentes posteriores normalmente apresentam anatomia com um grau elevado de complexidade devido à existência de sulcos, fóssulas e fissuras. Por isso, são superfícies comumente afetadas pela cárie já que são mais propensas ao acúmulo de biofilme. Dessa forma, a reprodução dessas características durante o processo restaurador, exige do cirurgião dentista um bom conhecimento de anatomia e habilidade para esculpir corretamente os detalhes da morfologia oclusal. Nesse sentido, além de devolver forma, restabeleceremos função, integridade e oclusão. Para a realização da técnica usamos como planejamento: 

1º Selecione a cor da resina e isolamento do campo operatório

2º Lubrificação da superfície oclusal com vaselina, utilizando um microbrush;

3º Aplicação de uma camada de resina do tipo flow em toda superfície oclusal;

4º Fotopolimerização da essa camada;

5º Posicionado a ponteira do microbrush em cima da camada que foi polimerizada e acrescente mais uma porção para a fixação do microbrush. Dessa forma, será criada a base do carimbo; então, foi fotopolimerizado essa nova camada;

6º Retire o carimbo e verifique se a anatomia foi devidamente copiada;

7º Remova o tecido cariado;

8º Preparado a cavidade (aplique o ácido fosfórico 37% no esmalte; lave e secar, coloque o sistema adesivo; depois fotopolimerize);

9º Aplique a resina composta na cavidade; 

10º Colocação do carimbo na oclusão, o polimento e acabamento e confira a oclusão.

3.3  SEQUÊNCIA DO TRATAMENTO REALIZADO 

Antes de iniciar o procedimento foi realizada foi orientado a paciente todo o procedimento, em seguida realizado profilaxia com pasta profilática, água e escova de robison, para remoção de resíduos sobre a superfície do elemento dentário. 

Figura 3: Imagem de diagnóstico- Presença de lesão de Carie ativa no elemento 46.

Logo após, foi feito a anestesia bloqueio no nervo alveolar inferior, e papilas para receber o grampo para isolamento com (Lidocaína 3% – anestésico citanest) e realizado o isolamento absoluto (figura 4). A superfície oclusal do elemento foi lubrificada com vaselina sólida para a confecção do carimbo oclusal. 

 Figura 4: Isolamento Absoluto 

A confecção do carimbo oclusal utilizou como material de escolha (resina flow) fotopolimerizavél, feito isolamento relativo na barreira gengival, aplicou-se o material sobre a face oclusal do elemento, recobrindo e englobando os detalhes anatômicos, e fotopolimerizou por 20 segundos (figura 5). Posicionou-se o microbrush no centro da superfície oclusal e adicionado mais material, até que recobrisse a cera pegajosa e fotopolimerizou-se por 20 segundos em cada face do elemento dentário, possibilitando toda a polimerização do material. 

Figura 5 : Isolamento Relativo/ Confecção do Carimbo com Rsina Flow 

Após, iniciou-se a remoção do tecido cariado com broca esférica diamantada (nº1014), concluindo com colher de dentina, representado na (figura 6). 

Figura 6: Abertura Cavitária do Dente 46 

Condicionou-se com ácido fosfórico a 37% (Condoc) por 20 segundos, representado

         na (figura 7).

Figura 7: Aplicação do Ácido Fosfórico 37 %. 

Posteriormente, lavagem pelo dobro do tempo do condicionamento ácido, para remoção total do ácido. A secagem da cavidade foi realizada com a dentina protegida por pelotas de algodão estéril, para manutenção da sua umidade, e jatos de ar no esmalte. O sistema adesivo de escolha foi o (Ambar) de passo único. Aplicaram-se uma camada do material, seguido a fotopolimerização por 20 segundos, (figura 8). 

Figura 8: Realização da Aplicação do Sistema Adesivo 

A cavidade apresentou uma profundidade de 1 a 2 mm e, por isso, foi realizado a inserção de um único incremento da resina composta A3 (figura 9), e sobre ela posicionamento do dispositivo na cavidade (figura 10). 

Figura 9: Inserção do Incremento de Resina Composta
Figura 10: Inserção do Carimbo 

O mesmo foi posicionado guiado pelas marcações e pressionado de maneira firme e constante para reproduzir de maneira correta a anatomia copiada. Foi feita uma polimerização de 20 segundos em cada face do dispositivo e após sua remoção, retirouse o excesso da resina e realizou-se uma fotopolimerização final de 40 segundos (figura 11). 

Figura 11: Fotopolimerização da Inserção do Carimbo 

Foram verificados os contatos oclusais, com papel carbono (Super Carbon/ Maquira/), não precisando fazer ajustes, tendo assim o dente 46 restaurado com a técnica do carimbo oclusal (figura 12). 

Figura 12: Dente Restaurado 

Após, realizou-se polimento do elemento com disco (Sof-gloss), disco de feltro

(Diamond) e pasta de polimento (Diamond), (figura13), finalizado o procedimento (figura 14).

Figura 13: Acabamento / Polimento 

Figura 14: Restauração Concluída 

4.      PROGNÓSTICO

Paciente teve um prognóstico satisfatório com a restauração, pois a técnica consiste em uma reprodução correta da morfologia de um elemento dentário, pois é muito importante que se devolva a forma e função adequada do mesmo, proporcionando e contribuindo pra uma boa oclusão do paciente. 

5.      DISCURSÃO DO CASO

Quando se fala sobre incidência de cárie dentária, na população, observa-se que a maioria dos elementos acometidos por ela são os elementos dentários posteriores. Isso acontece devido à complexa formação anatômica desses dentes, com presença de cristas, fissuras e sulcos, que acabam propiciando um maior acúmulo de biofilme nessa região. Quando associado a uma má higienização e alimentação não balanceada, rica, principalmente, em carboidratos, esses elementos acabam se tornando fáceis alvos para o estabelecimento e desenvolvimento dessas lesões cariosas (Silva 2016, Gomes et al 2013, Pereira, Gomes , Volspato 2008).

As resinas compostas são materiais de primeira escolha para realizar restaurações diretas, na odontologia adesiva. Esses materiais apresentam problemas de contração após a fotopolimerização, onde são geradas forças que, quando ultrapassam a força de adesão, na interface dente/restauração, podem formar fendas e facilitar a instalação de infiltrações (Michelon,2009; Caneppele, Bresciani, 2016; Ribeiro2017).

As resinas de incremento único, chegaram recentemente ao mercado, visando diminuir os problemas gerados pelo estresse de contração dos compósitos convencionais. As características que favorecem o uso dessas resinas são a adição de: monômeros específicos, fotoiniciadores, translucidez e adição de cargas (Caneppele, Bresciani, 2016). Tais propriedades, torna-se possível o seu incremento de até 5 mm, de uma única vez, eliminando a técnica restauradora incremental. Outro fator que pode ser mencionado é que o risco de infiltrações marginais também é reduzido (Arroyo, 2011). 

A reprodução da correta da morfologia de um elemento dentário é muito importante para que se devolva a forma e função adequada do mesmo, proporcionando e contribuindo pra uma boa oclusão do paciente. Outro fator importante, é que a técnica de restauração direta do dente tem o seu sucesso clínico dependente do material restaurador e do operador da restauração desde que os princípios corretos sejam utilizados. É preciso que o profissional apresente uma destreza e habilidade manual, além de bom senso (Aimi, 2005; Chaves, 2011). Para facilitar a técnica e a reprodução dos detalhes anatômicos foi escolhida a técnica do carimbo oclusal.

Essa técnica do carimbo oclusal, matriz oclusal ou reprodução oclusal, como também é chamada, se aplica em lesões de cárie em cavidades Cl I e II, onde o esmalte permanece intacto ou com alterações insignificantes, podendo ter a sua anatomia oclusal copiada, por um dispositivo, que funciona como um carimbo da face externa do dente (Pereira, Gomes, Volspato 2008; Campos, Guaré, Diniz, 2014). Neste caso clínico, a técnica do carimbo oclusal visou usufruir de suas vantagens (boa reprodução anatômica, facilidade de confecção), já que se tratava de uma lesão de cárie ativa no elemento.

Como desvantagens, alguns autores citam que por se trata de um dispositivo de transferência anatômica, é preciso que o cirurgião-dentista fique atendo no momento do posicionamento do dispositivo, para que esteja na posição correta, além do controle da pressão exercida do dispositivo contra a cavidade e da quantidade de material comunicação (Gomes, 2013; Campos, Guaré, Diniz, 2014). Pois, caso o posicionamento esteja incorreto, ou a quantidade de material restaurador em excesso, não vamos conseguir manter a proposta inicial do emprego da técnica, que é a de facilitar o tratamento restaurador. Outro fator importante é a pressão exercida sobre o microbrush, ela deve ser de maneira vigorosa, mas sem exageros, pois é preciso que o carimbo realize a reprodução da cópia anatômica, mas que o material não extravase mais do que o esperado da cavidade. 

De uma maneira geral, o uso dessa técnica apresenta inúmeras vantagens, e sua aplicação, bons resultados estéticos, contribuindo para um bom polimento, e diminuído o número de intervenções após o procedimento, como ajuste oclusal. Isso evita o uso de instrumentais rotatórios, beneficiando a preservação da estrutura dentária remanescente e evitando ranhuras e diminuição da lisura da restauração (Silva, 2016; Pereira, Gomes, Volspato 2008; Campos, Guaré, Diniz, 2014).

6.      CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Diante do exposto, pode-se concluir que o uso da técnica do carimbo oclusal se apresenta de maneira satisfatória, quando utilizada para confecção de restaurações de elementos posteriores acometidos por lesão de cárie. É uma técnica de fácil execução, que garante a manutenção da anatomia oclusal do elemento e proporciona um menor tempo clínico, além de devolver a forma, função e estética. 

7.      REFERÊNCIAS 

AIMI, E. Restaurações diretas de resina composta em dentes posteriores: uma realidade no Brasil do século 21. Florianopolis, 2005. Monografia (Odontologia).

 Escola de Aperfeiçoamento Profissional Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Chaves AA; Antunes S; Rocha C; Guimarães R.. Restauração com resina composta pela técnica do índex oclusal – relato de caso clínico. Revista Dentística online, v. 10, n. 21, p. 11- 5, 2011. 

Michelon, C; Hwas, A; Borges, M.F.; Marchiori,J.C.; Susin, A.H.. Restaurações diretas de resina composta em dentes posteriores – considerações atuais e aplicação clínica. RFO UPF, v. 14, n. 3, p. 256-261, 2009.

Silva, J.P.F. Reabilitação estética pela técnica do índex oclusal: relato de caso. Vitória da Conquista, 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Odontologia) – Faculdade Independente do Nordeste.

Veras, B.M.L; Menezes, G.P.S; Filho, V.V.G. Silva CHV. Comportamento Clínico de Resinas Compostas em Dentes Posteriores – Revisão Sistematizada da Literatura. Odontol. Clín.-Cient, v. 14, n. 3, p. 689-694, jul-set 2015.