EPIDEMIOLOGICAL REPRESENTATION OF HOSPITALIZATIONS FOR NON-HODGKIN’S LYMPHOMA IN BRAZIL, BETWEEN 2017 AND 2021
REPRESENTACIÓN EPIDEMIOLÓGICA DE LAS INTERNACIONES POR LINFOMA NO HODGKIN EN BRASIL, ENTRE 2017 Y 2021
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8034912
Danielle Ferreira Lima;
Martha de Araújo Medeiros Pereira;
Luciano Feitosa D’Almeida Filho;
Victor Rafaell Torquato Costa Lira;
Arthur de Medeiros Carlos;
Everton Huan de Souza Lopes;
Larissa Isabela Oliveira de Souza;
Laércio Pol-Fachin.
RESUMO
Linfomas são transformações neoplásicas de células linfóides normais que residem predominantemente em tecidos linfóides e são morfologicamente divididos em linfomas de Hodgkin (LH) e não-Hodgkin (LNH). O LNH é o sétimo câncer mais comum entre adultos e, no Brasil, estimam-se que sejam diagnosticados mais de 12 mil novos casos nos próximos 3 anos. Portanto, traçar a representação epidemiológica do LNH no Brasil no intervalo de 2017 a 2021 é o objetivo central do estudo. Este é um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram colhidos por meio de consulta ao DATASUS, no endereço eletrônico http://www.datasus.gov.br. Os dados obtidos foram analisados e reorganizados em novas tabelas. O total do número de internações por LNH no Brasil, no período de 2017-2021, foi de 85.018, sendo o atendimento de urgência 65% do total. A região Sul aparece com 20,82% de prevalência, valor bem acima do esperado para a sua população. Entre os sexos, a prevalência dos homens é de 59,3%. Já na faixa etária, foram observados dois picos, de 50-59 anos (17,73%) e de 60-69 anos (18,75%).Dessa forma, o LNH no Brasil representa um notório problema de saúde, principalmente no sexo masculino e na faixa etária de 50 a 69 anos. Os dados revelam a necessidade de estabelecer o melhor tratamento possível, principalmente na população idosa, que é a faixa etária mais atingida por esse mal.
Palavras-chave: Linfoma não Hodgkin; Saúde Pública; Epidemiologia.
ABSTRACT
Lymphomas are neoplastic transformations of normal lymphoid cells that reside predominantly in lymphoid tissues and are morphologically divided into Hodgkin’s (HL) and non-Hodgkin’s (NHL) lymphomas. NHL is the seventh most common cancer among adults and, in Brazil, it is estimated that more than 12,000 new cases will be diagnosed in the next 3 years. Therefore, tracing the epidemiological representation of NHL in Brazil from 2017 to 2021 is the central objective of the study. This is a descriptive epidemiological study, whose data were collected by consulting DATASUS, at http://www.datasus.gov.br. The data obtained were analyzed and reorganized into new tables. The total number of hospitalizations for NHL in Brazil, in the period 2017-2021, was 85,018, with emergency care 65% of the total. The South region appears with 20.82% of prevalence, a value well above the expected for its population. Between the sexes, the prevalence of men is 59.3%. In the age group, two peaks were observed, 50-59 years old (17.73%) and 60-69 years old (18.75%). Thus, NHL in Brazil represents a notorious health problem, especially in males and in the age group of 50 to 69 years. The data reveal the need to establish the best possible treatment, especially in the elderly population, which is the age group most affected by this disease.
Keywords: Non-Hodgkin Lymphoma; Public Health; Epidemiology.
RESUMEN
Los linfomas son transformaciones neoplásicas de células linfoides normales que residen predominantemente en tejidos linfoides y se dividen morfológicamente en linfomas de Hodgkin (HL) y no Hodgkin (NHL). El LNH es el séptimo cáncer más común entre los adultos y, en Brasil, se estima que se diagnosticarán más de 12.000 nuevos casos en los próximos 3 años. Por lo tanto, rastrear la representación epidemiológica de LNH en Brasil de 2017 a 2021 es el objetivo central del estudio. Se trata de un estudio epidemiológico descriptivo, cuyos datos fueron recolectados por consulta DATASUS, en http://www.datasus.gov.br. Los datos obtenidos fueron analizados y reorganizados en nuevas tablas. El número total de hospitalizaciones por LNH en Brasil, en el período 2017-2021, fue de 85.018, siendo la atención de emergencia el 65% del total. La región Sur aparece con 20,82% de prevalencia, valor muy por encima de lo esperado para su población. Entre los sexos, la prevalencia de hombres es del 59,3%. En el grupo de edad se observaron dos picos, 50-59 años (17,73%) y 60-69 años (18,75%). Así, el LNH en Brasil representa un notorio problema de salud, especialmente en el sexo masculino y en el grupo de edad de 50 a 69 años. Los datos revelan la necesidad de establecer el mejor tratamiento posible, especialmente en la población anciana, que es el grupo de edad más afectado por esta enfermedad.
Palabras clave: Linfoma no Hodgkin; Salud pública; Epidemiología.
1. INTRODUÇÃO
Linfomas são transformações neoplásicas de células linfóides normais que residem predominantemente em tecidos linfóides e são morfologicamente divididos em linfomas de Hodgkin (LH) e não-Hodgkin (LNH).1 Os LNH apresentam-se como um grupo heterogêneo de doenças malignas clonais que levam a mutações somáticas nas células linfóides progenitoras. A célula maligna possui fenótipo de célula B, T ou NK (natural killer). Aproximadamente cerca de um terço dos LNH surgem em tecidos diferentes dos linfonodos e, devido a isso, são chamados de linfomas extranodais. Nas últimas duas décadas, o número de casos de linfomas extranodais superou a quantidade de relatos de linfomas nodais. Durante os últimos anos, a incidência anual nos Estados Unidos de linfomas nodais foi de 1,7% a 2,5%, enquanto os linfomas extranodais apresentam uma incidência de 3% a 6,9%, superando apenas o número de casos de câncer de pulmão em mulheres e melanoma em ambos os sexos.2
O LNH é o sétimo câncer mais comum entre adultos, com uma estimativa de 85.720 casos incidentes nos Estados Unidos em 2020.3 Os linfomas possuem maior prevalência no sexo masculino, com dois picos de morbidade, entre os 20 e 30 e entre os 60 e 70 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica os linfomas em mais de 30 tipos, com o principal critério de classificação consistindo no tumor originado de células B (86%), Células T (12%) ou células natural killer (NK) (2%).4 A incidência de LNH é maior em homens e brancos e aumenta com a idade.5
Estima-se que nos próximos três anos, sejam diagnosticados no Brasil, cerca de 12.030 novos casos de LNH, sendo 6.580 em homens e 5.450 em mulheres. Já com relação ao número de mortes, o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2015, registrou 4.394 óbitos, sendo 2.434 em homens e 1.960 em mulheres.6
A doença constitui sintomas característicos como febre, suores noturnos e perda de peso. Logo, torna-se necessário investigar detalhadamente os sintomas apresentados pelos pacientes.7 O diagnóstico de linfoma é feito por meio de biópsia de linfonodo a céu aberto, com base na morfologia, imuno-histoquímica e citometria de fluxo.5 De 2008 a 2014, a sobrevida relativa global de 5 anos em pacientes diagnosticados com LNH foi de 74,1%, mas há uma variabilidade considerável por subtipo, e a sobrevida é tipicamente pior para pacientes negros com LNH do que para outros grupos raciais e étnicos.8
Diante desse contexto, nota-se a importância da análise dos dados e a necessidade de examinar de maneira mais penetrante, o comportamento epidemiológico do LNH no Brasil. O objetivo central deste estudo é traçar a representação epidemiológica do LNH no Brasil e estimar, a partir dele, o valor de portadores de LNH, no Brasil, no intervalo de 2017 a 2021. O primeiro dos objetivos específicos da pesquisa é analisar a distribuição total do número de internações por LNH diagnosticadas em qualquer faixa etária, no período de 2017 a 2021, segundo região do país. O segundo objetivo específico analisar o número de internações da LNH no Brasil, por caráter de atendimento, ou seja, se eletivo ou se urgência, por ano. O terceiro é aperfeiçoar o conhecimento sobre o cenário do LNH no Brasil, de acordo com a idade, gênero e cor/raça acerca da epidemiologia no período de 2017 a 2021. A partir das análises, o quarto objetivo específico é utilizar as bases de dados de domínio público como ferramenta institucional na elaboração de direções públicas para a população LNH. Com os dados obtidos, espera-se delimitar o grau de relevância, seu perfil de comportamento, a necessidade da ciência dos profissionais da área da saúde acerca da doença e da importância do diagnóstico, a fim de corroborar para tratamento rápido e eficiente o que possibilita a elaboração de ações preventivas e assistenciais focadas na população com LNH.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Este é um estudo epidemiológico observacional do tipo descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico (http://www.datasus.gov.br), referentes ao período de 2017 até 2021. Secundariamente, foram obtidas informações para comparação dos dados através das bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO, em que foram utilizadas as palavras-chave “linfoma não hodgkin”, “saúde pública”, “epidemiologia”, as keywords “non-hodgkin lymphoma”, “public health”, “epidemiology” e as palabras clave “linfoma no hodgkin”, “salud pública” e “epidemiología”. A população do estudo foi constituída pelos cidadãos atendidos na esfera do SUS para internações por linfoma não-hodgkin, diagnosticados no Brasil e registrados no período de 2017 a 2021. Os indicadores utilizados para a projeção dos resultados foram “taxa de internação hospitalar específica por linfoma não-hodgkin” (Código da Classificação Internacional de Doenças CID-10: C82 – Linfoma Não-Hodgkin). Para evitar erros de retardo de notificação, optou-se por analisar os dados disponíveis até 2021, último ano em que constavam os dados completos.
As variáveis para esta pesquisa foram coletadas de acordo com a distribuição cronológica, região, caráter de atendimento, gênero, faixa etária e cor/raça. Por meio dos dados obtidos no SIH, foram construídas novas tabelas no programa Microsoft Excel, que posteriormente foram analisadas. Devido a utilização de dados secundários de domínio público, segundo o inciso III da Resolução nº 510/20168, não houve necessidade de submeter o projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa.
3. RESULTADOS
A Tabela 1 apresenta os dados referentes ao número de 85.018 internações por LNH diagnosticados no Brasil, por todos os caracteres de atendimento, segundo regiões, no período de 2017 a 2021. Do total dos casos notificados, houve o predomínio da região Sudeste, com 47,98% das internações, resultado acima do esperado para a prevalência da região, que representa 42,01% da população brasileira. A região Sul também obteve um resultado (20,82%) acima do esperado para a sua prevalência, visto que sua população é de 14,25% do total nacional. No entanto, em estudos anteriores, a região Sul se encontrava em segundo lugar nacional no número de internações. Além disso, as regiões Norte (3,52%), Nordeste (21,34%) e Centro-Oeste (6,31%) se encontram aquém da prevalência esperada de internações por LNH, já que suas populações representam 8,86%, 27,03% e 7,83%, respectivamente, da população nacional.6,9
Tabela 1. Distribuição do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, segundo regiões, no intervalo de 2017 a 2021. Brasil, 2023
Região | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | Total |
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste | 439 3.304 8.041 3.539 1.012 | 538 3.496 8.333 3.656 1.130 | 617 3.803 8.383 3.450 1.098 | 608 3.738 8.194 3.622 1.045 | 796 3.807 7.845 3.439 1.085 | 2.998 18.148 40.796 1 7.706 5.370 |
TOTAL | 16.335 | 17.153 | 17.351 | 17.207 | 16.972 | 85.018 |
Fonte: DATASUS. Brasil, 2023
A Tabela 2 evidencia que 65% dos atendimentos hospitalares por LNH são em caráter de urgência, fato que pode ser explicado pelas possíveis queixas de astenia, anorexia, perda ponderal não quantificada e sudorese noturna com um mês de evolução.10 Ademais, as internações restantes (35%) representam os atendimentos eletivos, que atingem 9% de aumento em 2021, quando comparadas aos dados de 2017. Isso pode ser justificado pelo fato de que os pacientes eletivos apresentam estado nutricional satisfatório e investigam LNH apenas quando apresentam toxicidade gastrintestinal, associada à mucosite graus III ou IV, com ingestão alimentar inferior a 60% nos últimos 10 dias e sem expectativa de melhora.11
Tabela 2. Distribuição do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, segundo caráter de atendimento, no intervalo de 2017 a 2021. Brasil, 2023
Caráter de atendimento | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | Total |
Eletivo Urgência | 5.519 10.816 | 6.076 11.077 | 6.074 11.277 | 6.066 11.141 | 6.016 10.956 | 29.751 55.267 |
TOTAL | 16.335 | 17.153 | 17.351 | 17.207 | 16.972 | 85.018 |
Fonte: DATASUS. Brasil, 2023
A Tabela 3 demonstra a relação de número de casos diagnosticados por LNH entre homens e mulheres e, ao analisá- lá, observa -se que o sexo masculino representa o maior número de casos de LNH, nos últimos 5 anos, com um total de 50.420 (59,3%). Entre as mulheres, um total de 34. 598 de casos diagnosticados por LNH (40,69%). Onde os homens são mais predispostos do que as mulheres. Sendo assim, o maior número de casos em homens pode ser explicado por estar relacionado ao fato do sistema imunológico comprometido, principalmente os que foram submetidos por algum tipo de transplante e os que são portadores do vírus do HIV.12,13
Tabela 3. Distribuição do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, segundo gênero, no intervalo de 2017 a 2021. Brasil, 2023
Gênero | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | Total |
Masculino Feminino | 9.534 6.801 | 9.989 7.164 | 10.546 6.805 | 10.427 6.780 | 9.924 7.048 | 50.420 34.598 |
TOTAL | 16.335 | 17.153 | 17.351 | 17.207 | 16.972 | 85.018 |
Fonte: DATASUS. Brasil, 2023
A Tabela 4 refere-se à distribuição dos números de casos diagnosticados por LNH, por faixa etária, no Brasil. Entre os anos de 2017 e 2021, a qual foi observada que o maior número de casos ocorreu em pacientes entre 60-69, representados por 15.941 casos (18,75%), seguidos de pacientes entre 50-59 com 15.078 casos (17,73%). Constata-se que a prevalência da população adulta, justamente por acometer o risco de seu desenvolvimento aumenta com a idade (Renata et al, 2020). O risco de LNH aumenta com a idade, com idade mediana ao diagnóstico de 67 anos e taxa de sobrevida global em cinco anos de 72% nos mais de 60 subtipos histológicos.14
Tabela 4. Distribuição do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, segundo faixa etária, no intervalo de 2017 a 2021. Brasil, 2023
Faixa etária (anos) | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | Total |
< 1 1 – 4 5 – 9 10 – 14 15 – 19 20 – 29 30 – 39 40 – 49 50 – 59 60 – 69 70 – 79 ≥ 80 | 9 439 771 813 903 1.435 1.819 2.071 2.876 3.034 1.610 555 | 12 436 710 725 817 1.643 2.125 2.008 3.077 3.297 1.795 508 | 14 386 778 782 791 1.637 1.807 2.123 3.273 3.212 1.898 650 | 13 408 765 749 902 1.748 1.898 2.284 3.012 3.131 1.766 531 | 14 450 741 789 824 1.527 2.092 2.110 2.840 3.267 1.809 509 | 62 2.119 3.765 3.858 4.237 7.990 9.741 10.596 15.078 15.941 8.878 2.753 |
TOTAL | 16.335 | 17.153 | 17.351 | 17.207 | 16.972 | 85.018 |
Fonte: DATASUS. Brasil, 2023
A Tabela 5, refere-se a distribuição quanto ao número de casos por LNH, diagnosticados segundo cor/raça, no Brasil. Visto que em relação cor/raça houve uma frequência maior em indivíduos brancos no total de 39.745 (46,74%), e em seguida a cor/raça parda com 29.566 (34,77%) e baixa frequência em indivíduos, da raça preta 3.205 (3,76%), amarela 938 (1,10%) indígenas com 44 (0,05%). Assim como era esperado, que as pessoas brancas são mais propensas do que os negros. 12,13
Tabela 5. Distribuição do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, segundo cor/raça, no intervalo de 2017 a 2021. Brasil, 2023
Cor/raça | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | Total |
Branca Preta Parda Amarela Indígena Nãoinformada | 7.726 514 5.552 158 7 2.378 | 8.177 566 5.740 161 17 2.492 | 8.072 585 6.175 186 3 2.330 | 8.168 767 5.865 222 5 2.180 | 7.602 773 6.234 211 12 2.140 | 39.745 3.205 29.566 938 44 11.520 |
TOTAL | 16.335 | 17.153 | 17.351 | 17.207 | 16.972 | 85.018 |
Fonte: DATASUS. Brasil, 2023
4. DISCUSSÃO
Visualiza-se que, nos últimos 5 anos, foi observado que a representação epidemiológica desenhada em relação aos dados colhidos foi que do total do número de internações por LNH diagnosticados no Brasil, por todos os caráteres de atendimento (85.018 casos) a maior prevalência foi na região Sudeste (40,98%), seguida da região Nordeste (21,34%) e a menor no Norte (3,52%). Já do total de casos atendidos, o caráter de urgência (65%) se apresentou massivamente mais prevalente que os atendimentos eletivos de menor complexidade, 35%. Na amostra analisada, que engloba todos os caráteres de atendimento, foi constatado que 59,30% foram constituídos de homens e 40,69% de mulheres. Sob a análise da faixa etária, foi certificado que existe a predominância do LNH em adultos na faixa etária entre 20-70 anos, com dois picos de 50-59 e 60-69 anos, respectivamente 18,75% e 17,73%, reduzindo progressivamente na faixa etária < que 4 anos, com 2,49% e < que 1 ano com, 0,072% dos casos. O LNH acomete mais raça branca (46,74%), em seguida a raça parda (34,77%), e com menor prevalência na raça indígena (0,05%).15
Dessa forma, evidencia-se que o LNH é uma doença que necessita de atenção mais específica no campo das políticas de saúde, especialmente nas regiões com maior quantidade de casos (Nordeste, Sudeste e Sul). Sendo relevantes, a partir das evidências relatadas, apontar a importância apresentada pelo LNH na população e sobre o conhecimento da patologia, seu perfil de comportamento, a necessidade da ciência do profissionais da área da saúde acerca da doença e da importância do diagnóstico histopatológico somado ao clínico, a fim de corroborar para tratamento rápido e eficiente. E ainda necessita ser tratada, de maneira adequada, no que se refere à prevenção, diagnóstico, profilaxia, tratamento e discussão na sociedade, dando uma atenção especial aos homens por apresentarem-se vulneráveis e constituírem um grupo de risco.2
5. CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos observados, é possível analisar o grande crescimento dessa patologia, considerada rara, entretanto bastante prevalente em determinadas populações, que pode evoluir com complicações graves. Portanto, a alta prevalência de LNH nos atendimentos de urgências no Brasil, principalmente no sexo masculino e na faixa etária superior a 60 anos, revela a necessidade de intensificação das práticas de prevenção e diagnóstico correto e precoce.
Existe a necessidade dos cuidados e do tratamento apropriado, para que haja redução no número e na intensidade do LNH, de maneira a promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, já que o prognóstico será consideravelmente melhor quanto mais inicial for o estágio da doença. Portanto, estudos recentes revelam a necessidade de investigar formas eficazes de prevenir o aparecimento do LNH, sendo importante tanto a atenção básica quanto a atenção especializada, uma vez que os cuidados podem atingir um espectro variável e complexo.
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Danielle Ferreira Lima
danyferreira123@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0002-8211-6319
http://lattes.cnpq.br/4886351541184767
Martha de Araújo Medeiros Pereira
marthamedeiros15@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-7261-7032
http://lattes.cnpq.br/3688888831545494
Luciano Feitosa D’Almeida Filho
ofimman@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0003-1372-5767
http://lattes.cnpq.br/8518808575916586
Victor Rafaell Torquato Costa Lira
victorrafaell20@outlook.com
https://lattes.cnpq.br/5486483863189357
https://orcid.org/0009-0007-3138-0287
Arthur de Medeiros Carlos
arthur.mcarlos@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0002-1637-810X
http://lattes.cnpq.br/9730501558715332
Everton Huan de Souza Lopes
evertonhuan@hotmail.com
https://orcid.org/0000-0002-6168-5635
http://lattes.cnpq.br/3478027280907971
Larissa Isabela Oliveira de Souza
Doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/FIOCRUZ)
larissa.oliveira@cesmac.edu.br
https://orcid.org/0000-0003-1488-3353
http://lattes.cnpq.br/1436827418991434
Laércio Pol-Fachin
Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
laercio.fachin@cesmac.edu.br
https://orcid.org/0000-0002-4621-3031
http://lattes.cnpq.br/8104409659314529