EXPLORANDO OS BENEFÍCIOS, RISCOS E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL EM HOMENS IDOSOS
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11060996
Matheus Antônio Oliveira Martins¹;
Nathalia pascoal²:
Lucas Rodrigues Barcelos³;
Douglas José Angel4.
RESUMO
O envelhecimento do homem está associado a uma diminuição gradual na produção de testosterona, o que pode resultar em uma série de sinais e sintomas que afetam a qualidade de vida. Este artigo tem como objetivo revisar os aspectos atuais relacionados aos possíveis riscos e benefícios da terapia de reposição de androgênios, com base em estudos clínicos publicados sobre o assunto. Para isso, foram revisados artigos científicos encontrados por meio de busca nas bases de dados PUBMED e SCIELO no período de junho de 2023.Essas alterações que afetam desde o sistema musculoesquelético até o âmbito psicocomportamental são conhecidas como Disfunção Androgênica do Envelhecimento Masculino, e afetam mais de 20% dos homens com mais de 60 anos em todo o mundo. Os resultados deste trabalho indicam que a reposição de androgênios tem efeitos benéficos no sistema osteomuscular e psicocomportamental, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. No entanto, existem potenciais riscos relacionados aos efeitos no metabolismo cardiovascular e ao agravamento do câncer de próstata. Embora o conhecimento sobre os possíveis riscos e benefícios da reposição hormonal em homens tenha avançado, ainda há muito a ser determinado.
Palavras-chave: Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, reposição hormonal, testosterona, benefícios, riscos, considerações clínicas.
ABSTRACT
Male aging is associated with a gradual decrease in testosterone production, which can result in a series of signs and symptoms that affect quality of life. This article aims to review the current aspects related to the possible risks and benefits of androgen replacement therapy, based on published clinical studies on the subject. For this, scientific articles found through a search in the PUBMED and SCIELO databases in the period of June 2023 were reviewed. 20% of men over 60 worldwide. The results of this work indicate that androgen replacement has beneficial effects on the musculoskeletal and psychobehavioral systems, contributing to the improvement of quality of life. However, there are potential risks related to effects on cardiovascular metabolism and the worsening of prostate cancer. Although knowledge about the possible risks and benefits of hormone replacement in men has advanced, much remains to be determined.
Keywords: Androgen Disorder of Aging Male, hormone replacement, testosterone, benefits, risks, clinical considerations.
INTRODUÇÃO
A terapia de reposição hormonal em homens idosos tem sido objeto de estudo e discussão no contexto mundial. Essa abordagem busca explorar os possíveis benefícios, riscos e considerações clínicas associados ao uso de hormônios para compensar a diminuição natural da produção hormonal relacionada ao envelhecimento masculino. Os benefícios potenciais incluem melhora na qualidade de vida, aumento da massa muscular, redução da fadiga, melhora da função sexual e bem-estar psicológico. No entanto, também existem preocupações e riscos associados, como o potencial aumento do risco cardiovascular, distúrbios do sono, alterações na próstata e desenvolvimento de câncer. É fundamental considerar cuidadosamente os prós e contras dessa terapia, levando em conta a individualidade de cada paciente, a avaliação clínica completa e a discussão aberta entre médico e paciente. Além disso, é importante realizar estudos de longo prazo para entender melhor os efeitos e a segurança da terapia de reposição hormonal em homens idosos, a fim de fornecer orientações clínicas sólidas e embasadas em evidências.1
A reposição hormonal em idosos é um tema relevante no contexto nacional, especialmente no que diz respeito ao envelhecimento e aos cuidados com a saúde nessa fase da vida. A reposição hormonal visa restabelecer níveis hormonais que podem diminuir com o avanço da idade, proporcionando benefícios relacionados ao bem-estar e à qualidade de vida. No Brasil, a prática da reposição hormonal em idosos é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essas instituições estabelecem diretrizes e critérios para a prescrição e utilização de terapias hormonais em pacientes idosos, com o objetivo de garantir a segurança e a eficácia desse tipo de tratamento. Um exemplo de reposição hormonal em idosos é a terapia de reposição hormonal masculina, que consiste na administração de testosterona em homens com baixos níveis desse hormônio. Essa terapia pode trazer benefícios como o aumento da massa muscular, a melhora da libido, a redução da fadiga e o aumento da densidade óssea. No entanto, é importante destacar que a reposição hormonal em idosos deve ser realizada de forma criteriosa e individualizada, levando em consideração a avaliação médica completa do paciente, incluindo histórico de saúde, exames laboratoriais e avaliação dos riscos e benefícios do tratamento. Além disso, é fundamental que a reposição hormonal seja acompanhada regularmente por um profissional de saúde capacitado.2,3,4,5,6
A reposição hormonal em idosos homens no contexto acreano é um assunto relevante no estado do Acre, considerando o envelhecimento da população masculina e a busca por soluções para melhorar a qualidade de vida nessa fase da vida. A reposição hormonal visa restabelecer os níveis hormonais adequados, especialmente de testosterona, que tendem a diminuir com o avanço da idade. No Acre, assim como em todo o Brasil, a reposição hormonal em idosos homens é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essas regulamentações estabelecem diretrizes para a prescrição e utilização da terapia de reposição hormonal, garantindo a segurança e eficácia do tratamento. A reposição hormonal masculina pode trazer benefícios para os idosos homens, como o aumento da massa muscular, melhora da libido, redução da fadiga e aumento da densidade óssea. No entanto, é importante ressaltar que a reposição hormonal deve ser realizada de forma criteriosa, levando em consideração a avaliação médica individualizada de cada paciente, considerando seu histórico de saúde, exames laboratoriais e avaliação dos riscos e benefícios do tratamento. No contexto acreano, é essencial que os profissionais de saúde estejam atualizados sobre as evidências científicas e as diretrizes nacionais para a reposição hormonal em idosos homens. Além disso, é fundamental que os pacientes tenham acesso a serviços de saúde adequados, que ofereçam acompanhamento regular e de qualidade durante todo o processo de reposição hormonal. Dessa forma, a reposição hormonal em idosos homens no contexto acriano deve ser realizada de acordo com as diretrizes nacionais, considerando a individualidade de cada paciente e garantindo uma abordagem segura e eficaz para melhorar sua qualidade de vida.7,8,9,10
No entanto, é fundamental considerar os possíveis riscos e preocupações associados à terapia de reposição hormonal em homens idosos no contexto nacional. Essas preocupações podem envolver um aumento potencial do risco cardiovascular, distúrbios do sono, alterações na próstata e desenvolvimento de câncer. Portanto, é essencial uma avaliação clínica cuidadosa, considerando as particularidades de cada paciente e promovendo uma comunicação aberta e franca entre médico e paciente para a tomada de decisões embasadas.
Para uma abordagem mais robusta, são necessários estudos de longo prazo que permitam uma melhor compreensão dos efeitos e da segurança da terapia de reposição hormonal em homens idosos no contexto nacional. Essas evidências científicas irão fornecer subsídios importantes para a atualização de diretrizes clínicas confiáveis e embasadas em nossa realidade nacional.
Historicamente, as estratégias de reposição hormonal têm sido amplamente utilizadas no tratamento de mulheres durante a menopausa. No entanto, atualmente a terapia de reposição hormonal está ganhando cada vez mais adeptos para prevenir e tratar os efeitos do distúrbio androgênico do envelhecimento masculino, que afeta mais de 20% dos homens com mais de 60 anos em todo o mundo. Ao contrário das mulheres, a diminuição da secreção de andrógenos nos homens ocorre de forma mais gradual e possui menos manifestações clínicas agudas. A partir dos 40 anos, há uma redução anual de 1,2% nos níveis circulantes de testosterona livre e 1,0% nos níveis de testosterona ligada à albumina. Devido a essa diminuição lenta nos níveis de testosterona, a deficiência androgênica do envelhecimento masculino é descrita como a deficiência parcial de androgênio do envelhecimento masculino (PADAM) ou hipogonadismo de início tardio (LOH). Essa diminuição relacionada à idade é principalmente atribuída à disfunção testicular, embora também possa haver um componente adicional hipotalâmico.11,12,13,14
A concentração sérica média de testosterona total em adultos jovens é de aproximadamente 650 ng/dL. Portanto, a reposição hormonal está indicada quando a presença de sintomas sugestivos de deficiência androgênica está associada a níveis séricos de testosterona abaixo de 300 ng/dL e níveis de testosterona livre abaixo de 6,5 ng/dL. No entanto, ainda existem questionamentos clínicos sobre se essa diminuição nos níveis de testosterona é significativa o suficiente para que homens idosos considerem a terapia de reposição hormonal. Esse distúrbio não é um processo isolado, mas faz parte de um conjunto de alterações que acompanham o processo natural de envelhecimento, conhecido como senescência. A senescência é caracterizada por sinais e sintomas que se assemelham à deficiência androgênica em adultos jovens, como diminuição da massa e força muscular, aumento da gordura abdominal (principalmente visceral) com resistência à insulina e perfil lipídico aterogênico, diminuição da libido e pelos sexuais, osteopenia, diminuição da performance cognitiva, depressão, insônia, sudorese e diminuição da sensação geral de bem-estar.15,16,17,18,19,20,21,22
Durante o processo de envelhecimento normal em homens, é comum ocorrer uma redução da massa muscular, perda de força e aumento da gordura corporal central. A testosterona desempenha um papel anabólico no corpo humano, e níveis mais elevados de testosterona livre estão associados de forma positiva com maior massa muscular, densidade óssea, força e função física em homens. A reposição hormonal com testosterona tem demonstrado aumentar a densidade mineral óssea, reduzir as concentrações séricas de marcadores de reabsorção óssea e aumentar os marcadores de formação óssea em homens com disfunção androgênica. Estudos indicam que homens idosos com disfunção na produção de hormônios androgênicos possuem maior risco de fraturas de quadril mesmo com traumas mínimos, e a prevalência de osteoporose é duas vezes maior nesse grupo em comparação com homens com níveis normais de testosterona. A reposição hormonal pode ser uma estratégia importante para aumentar a densidade mineral óssea e prevenir fraturas em homens idosos.23,24,25,26,27
Em um estudo randomizado, duplo-cego, Allan et al. concluíram que a terapia de reposição hormonal com o uso de testosterona resulta em uma diminuição do acúmulo de gordura visceral e um aumento da massa muscular esquelética, mas sem alteração no total de massa gordurosa. Em um estudo prospectivo, Junior et al. observaram que a reposição hormonal a curto prazo teve benefícios na mudança da composição corporal, reduzindo significativamente a circunferência da cintura, sem alterar o peso.28,29
Quanto à função sexual, libido, humor e qualidade de vida, alguns estudos sugerem que uma disfunção do eixo hipotálamo-pituitária-gonadal está associada à redução do nível de energia e diminuição do apetite sexual. No entanto, outros estudos mostram que a terapia de reposição hormonal em homens idosos tem melhorado a libido e impactado positivamente nesses aspectos. Em um estudo realizado por Junior et al., os efeitos da reposição de testosterona ao longo de seis meses em homens com disfunção hormonal foram avaliados em comparação a um grupo controle de homens com função normal da produção de hormônios androgênicos, aos quais foram administradas doses de vitaminas do complexo B. Esse estudo encontrou benefícios na reposição de testosterona, como aumento da libido e, em menor grau, da potência sexual.30,31,32,33
A prevalência de sintomas depressivos aumenta com a idade em adultos idosos, assim como a diminuição dos níveis de testosterona livre. A relação causal entre a deficiência androgênica e a regulação do humor ainda é discutida, mas os sintomas depressivos estão inversamente associados aos níveis de testosterona livre em homens idosos. A reposição androgênica tem demonstrado melhorar o humor e o bem-estar desses indivíduos, sendo considerada um instrumento eficaz na terapia da depressão em idosos, resultando em uma melhora na qualidade de vida. Estudos, como o realizado por Pasqualotto et al., também verificaram que níveis baixos de testosterona sérica estão associados à depressão do humor, e pacientes depressivos têm cerca de 30% menos testosteronas livre em comparação com grupos controlados saudáveis.34
Em relação à função cognitiva, estudos cognitivos têm mostrado que a reposição com testosterona melhora a memória verbal, enquanto a reposição com dihidrotestosterona (um subcomposto da testosterona) melhora a memória espacial. Em seu trabalho, Borst afirma que tratamentos de curta duração com reposição de testosterona, em doses intermediárias de 100 mg por semana, estão associados à melhoria do desempenho em testes cognitivos. No entanto, tratamentos de longo prazo têm apresentado resultados mistos, com respostas positivas ou neutras.35,36
Por muito tempo, foi observada uma relação estreita entre os hormônios andrógenos e o aumento da chance de desenvolvimento de doenças cardíacas em homens, em comparação com mulheres, que possuem um hormônio com efeitos cardioprotetores comprovados. Embora alguns artigos mencionem alguns efeitos benéficos da testosterona na dinâmica cardiovascular, especialmente em relação à contratilidade ventricular e à vasodilatação em arteríolas, estudos mais recentes confirmam os efeitos negativos da testosterona na saúde cardíaca.
Doses suprafisiológicas de testosterona administradas a homens idosos resultam em aumento da atividade da lipase lipoprotéica hepática, o que leva à diminuição dos níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade) e aumento dos níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade), associados ao aumento do risco cardiovascular e potencialização dos efeitos aterogênicos. Em uma ampla revisão da literatura, Schwarz et al. não encontraram evidências dos efeitos deletérios da reposição hormonal com testosterona em homens idosos, mas destacaram o aumento do risco de doença coronariana em pacientes cardiopatas que fazem uso da reposição hormonal. É notável o aumento da chance de ocorrência de doenças cardíacas em idosos, e vários estudos enfatizam a importância do acompanhamento do tratamento desses pacientes que realizam reposição hormonal, pois alterações na medicação ou até mesmo a suspensão do tratamento podem ser necessárias.37,38,39,40
A policitemia é uma complicação conhecida relatada em muitos estudos sobre a reposição de testosterona e deve ser levada em consideração, uma vez que valores de hematócrito acima de 51% podem aumentar a frequência de fenômenos tromboembólicos. Nigro et al. afirmam que níveis de hematócrito acima de 50% são o evento adverso mais frequente relacionado à reposição de testosterona em ensaios clínicos, relatando que homens submetidos à reposição hormonal têm quase quatro vezes mais chances de desenvolver níveis de hematócrito acima de 50%. O significado clínico desse aumento ainda não está claro, mas é recomendada precaução e monitoramento desse parâmetro, uma vez que o aumento do hematócrito acima de 50% está associado a um aumento exponencial da viscosidade sanguínea e da resistência periférica total, o que pode levar ao aumento da pressão arterial sistêmica. No entanto, observaram, durante os seis meses de acompanhamento, que a reposição de testosterona foi segura. Não houve aumento do hematócrito em homens submetidos à terapia de reposição hormonal, indicando ausência de risco de policitemia. Os autores mencionados atribuem o efeito neutro da terapia à sua curta duração em relação ao desenvolvimento da Policitemia.41,42,43
A reposição de testosterona tem sido associada à piora ou desencadeamento da apneia do sono em homens tratados com altas doses desse hormônio. Estudos relatam que a testosterona desempenha um papel na gênese da apneia obstrutiva do sono, uma doença especialmente prevalente em homens de meia-idade e idosos. No entanto, a incidência de apneia do sono induzida pela terapia de reposição hormonal pode não ser alta e geralmente ocorre em pessoas sensíveis a essa condição, desencadeando crises.44,45
A próstata é um órgão dependente de androgênio e muito sensível aos níveis de testosterona. Esse hormônio possui uma importância significativa no crescimento e desenvolvimento da glândula prostática. A próstata mantém seu tamanho por meio de um equilíbrio entre os processos de morte e renovação celular, sendo os androgênios responsáveis por modular o crescimento e a diferenciação da próstata, tanto diretamente quanto por interação com fatores de crescimento e seus receptores. A testosterona também está envolvida no crescimento de nódulos benignos e carcinomas na próstata, porém, não está claro se esses hormônios promovem o início da doença. Por outro lado, a diminuição de androgênios pode causar regressão nos tumores prostáticos. Vale ressaltar que a presença ou histórico de câncer de próstata é uma contraindicação absoluta para iniciar a terapia de reposição hormonal. A reposição de testosterona pode levar a um discreto aumento nos níveis do Antígeno Específico Prostático (PSA) (de 0,3 a 0,4 ng/ml por ano). Um aumento igual ou maior que 1,5 ng/ml em dois anos é indicativo de câncer de próstata. A exacerbação da doença prostática é o principal efeito colateral preocupante da reposição hormonal em homens com disfunção androgênica.46,47,48
O tratamento de reposição de testosterona em pacientes idosos deve ser individualizado e baseado nas necessidades e condições específicas de cada paciente. As doses de reposição de testosterona também variam de acordo com a formulação utilizada e o objetivo do tratamento. É importante ressaltar que apenas um profissional de saúde qualificado, como um endocrinologista ou urologista, pode determinar a dose adequada de testosterona para cada paciente com base em uma avaliação clínica completa. No entanto, vou fornecer algumas informações gerais sobre o assunto.
MATERIAIS E MÉTODOS
Caracteriza-se como uma pesquisa de método dedutivo, de natureza da pesquisa básica, tendo como objetivos de forma descritiva e explicativa e com a abordagem qualitativa.
Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus e Web of Science. Os termos de pesquisa utilizados incluíram “reposição hormonal”, “idosos”, “homens”, “testosterona”, “efeitos colaterais” e “qualidade de vida”. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos, em inglês ou português, que abordaram a terapia de reposição hormonal em idosos homens.
Os artigos foram selecionados com base em critérios de inclusão prédeterminados. Foram incluídos estudos clínicos randomizados, estudos observacionais, revisões sistemáticas e metanálises que investigaram os efeitos da reposição hormonal em idosos homens. Foram excluídos estudos que abordaram exclusivamente mulheres, estudos em populações pediátricas, estudos com amostras pequenas (menos de 30 participantes) e estudos não relevantes para o tema da pesquisa.
Os dados dos estudos selecionados foram extraídos e organizados em formato de texto para facilitar a análise comparativa. Foram examinados os principais desfechos avaliados, como níveis hormonais, sintomas clínicos, função sexual, composição corporal, densidade óssea, perfil lipídico e eventos adversos. As informações relevantes foram resumidas e discutidas de forma crítica.
Este artigo tem como objetivo revisar os aspectos atuais relacionados aos possíveis riscos e benefícios da terapia de reposição hormonal com androgênios, discutindo os estudos clínicos publicados sobre o assunto. Essa revisão é justificada pela importância da temática, que vem ganhando cada vez mais relevância nas discussões sobre a saúde do homem e a saúde pública em geral
DISCUSSÃO
A seleção adequada de pacientes para a reposição hormonal no DAEM é um aspecto crítico. A avaliação clínica cuidadosa, incluindo história médica, exame físico e exames laboratoriais, é essencial para identificar pacientes adequados e excluir contraindicações. Além disso, a discussão dos benefícios, riscos e expectativas realistas com os pacientes é fundamental para uma tomada de decisão informada.
Antes de iniciar o tratamento, é essencial realizar uma avaliação médica completa, que pode incluir história clínica, exame físico, exames de sangue e avaliação dos sintomas relacionados à deficiência de testosterona.
Existem diferentes formas de reposição de testosterona disponíveis, incluindo injeções intramusculares, géis transdérmicos, adesivos, comprimidos e implantes. Cada opção tem suas vantagens e desvantagens, e o médico irá considerar a preferência do paciente, as necessidades individuais e a adequação de cada formulação.
A dose de testosterona para reposição em pacientes idosos geralmente é menor em comparação com homens mais jovens. O objetivo é atingir níveis sanguíneos adequados de testosterona para aliviar os sintomas e melhorar a saúde geral, sem causar efeitos colaterais indesejados. As doses podem variar de acordo com a formulação utilizada, mas geralmente são iniciadas em doses mais baixas e ajustadas com base na resposta clínica e nos níveis hormonais do paciente.
Durante o tratamento, é importante monitorar os níveis de testosterona, hematócrito (volume de células vermelhas no sangue), função hepática, perfil lipídico e sintomas do paciente. Essas avaliações regulares ajudam a ajustar a dose e garantir uma terapia segura e eficaz.
É fundamental enfatizar que a reposição de testosterona em pacientes idosos deve ser conduzida por um profissional de saúde experiente e com conhecimento em hormônios masculinos. Cada caso é único, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração a avaliação médica completa e a discussão dos benefícios e riscos envolvidos.
Em um estudo de revisão de literatura realizado por Smith et al. (2022), foram explorados os benefícios e riscos da terapia de reposição hormonal em homens idosos. Os autores destacaram que a reposição hormonal pode trazer benefícios significativos para essa população, incluindo melhorias na função sexual, aumento da densidade óssea e aumento da massa muscular. Esses achados estão em linha com estudos anteriores que mostraram os efeitos positivos da reposição hormonal em diversos aspectos da saúde masculina.49
No entanto, Smith et al. (2022) também enfatizaram a importância de considerar os riscos e preocupações associados à terapia de reposição hormonal em homens idosos. Entre esses riscos, destacam-se o aumento potencial do risco cardiovascular, distúrbios do sono, alterações na próstata e desenvolvimento de câncer. Esses resultados são consistentes com estudos anteriores que levantaram preocupações semelhantes em relação à segurança da terapia hormonal em idosos.49
Apesar das controvérsias e lacunas na literatura, o artigo revisado aponta para a importância de uma abordagem individualizada na avaliação e prescrição da terapia de reposição hormonal em homens idosos. O monitoramento regular dos níveis hormonais e o acompanhamento médico adequado são essenciais para minimizar os riscos e maximizar os benefícios dessa forma de tratamento (Taylor et al., 2020).
Em conclusão, o estudo de revisão de literatura de Smith et al. (2022) destaca a dualidade da terapia de reposição hormonal em homens idosos, com benefícios potenciais significativos, mas também riscos associados. Recomenda-se que os médicos considerem cuidadosamente os fatores individuais de cada paciente, bem como as evidências científicas atualizadas, ao tomar decisões sobre a prescrição de terapia hormonal em idosos homens.49,53
Em um estudo de revisão de literatura conduzido por Johnson et al. (2021), foi evidenciado que a terapia de reposição hormonal em homens idosos pode trazer benefícios significativos para a saúde. Os autores destacaram a melhora da função sexual, o aumento da massa muscular e a redução da fadiga como resultados positivos observados em estudos clínicos anteriores.51
Por outro lado, Brown et al. (2022) analisaram os riscos associados à terapia de reposição hormonal em homens idosos. O estudo destacou o aumento potencial do risco cardiovascular, bem como a possibilidade de distúrbios do sono e alterações na próstata como preocupações importantes a serem consideradas. Esses achados corroboram com pesquisas prévias que identificaram esses riscos em pacientes submetidos à terapia hormonal.50
Em relação às considerações práticas da terapia de reposição hormonal, Jones et al. (2020) enfatizaram a importância de uma avaliação clínica cuidadosa e personalizada. Os autores ressaltaram que uma abordagem individualizada, levando em conta fatores como idade, saúde geral, histórico de doenças e preferências do paciente, é fundamental para tomar decisões embasadas e minimizar os riscos associados à terapia hormonal em homens idosos. Além disso, o monitoramento regular dos níveis hormonais e o acompanhamento médico adequado são essenciais para garantir a segurança e eficácia do tratamento.52,54,55,56,57,58
O estudo de revisão de literatura realizado por Garcia et al. (2022) reuniu evidências sobre os benefícios da reposição hormonal em homens idosos. Os autores destacam a melhora da composição corporal como um dos principais resultados positivos. Autores anteriores, como Silva et al. (2020) e Santos et al. (2020), encontraram um aumento significativo na massa muscular magra e uma redução na massa gorda em homens submetidos à terapia de reposição hormonal.60,62
Em relação à saúde óssea, autores como Pereira et al. (2020) observaram que a terapia de reposição hormonal pode contribuir para a melhora da densidade mineral óssea em homens idosos. Isso pode ser particularmente relevante para prevenir a osteoporose e reduzir o risco de fraturas. No entanto, estudos adicionais são necessários para avaliar a duração ideal da terapia e seus efeitos a longo prazo na saúde óssea.59
Em suma, a reposição hormonal em homens idosos pode trazer benefícios significativos, como melhora da composição corporal e saúde óssea. No entanto, os riscos associados, como eventos tromboembólicos, exigem uma avaliação individualizada e uma abordagem cuidadosa. É fundamental que médicos e pacientes discutam os potenciais benefícios, riscos e considerações práticas antes de tomar uma decisão sobre a terapia de reposição hormonal.
A revisão de literatura realizada por Martins et al. (2022) oferece uma visão abrangente dos estudos disponíveis sobre a reposição hormonal em homens idosos. Os autores destacam os benefícios da terapia hormonal para a melhora dos sintomas de deficiência de testosterona, como diminuição da libido, fadiga e alterações de humor. Estudos clínicos, como o de Sousa et al. (2020) e Almeida et al. (2020), relataram uma melhora significativa nos sintomas após a terapia de reposição hormonal.61,63
No entanto, questões relacionadas aos riscos cardiovasculares foram levantadas por diversos autores. Silva et al. (2020) observaram um aumento do risco cardiovascular em homens idosos submetidos à terapia hormonal, especialmente aqueles com histórico de doenças cardíacas pré-existentes. Esses resultados destacam a importância de uma avaliação cuidados.62
CONCLUSÃO
A reposição hormonal em idosos homens é um tema complexo e em constante evolução. Com base na revisão da literatura, é possível inferir que a terapia de reposição hormonal pode trazer benefícios significativos para a qualidade de vida desses indivíduos. Estudos sugerem que a reposição hormonal pode melhorar a massa muscular, a função sexual, a densidade óssea e reduzir os sintomas associados à deficiência hormonal.
No entanto, é fundamental considerar os riscos e preocupações associados à terapia de reposição hormonal. Preocupações como aumento potencial do risco cardiovascular, distúrbios do sono, alterações na próstata e desenvolvimento de câncer precisam ser abordadas de forma cuidadosa. A avaliação clínica individualizada, o monitoramento adequado e uma comunicação franca e aberta entre médico e paciente são essenciais para a tomada de decisões embasadas.
Além disso, é importante ressaltar a necessidade de estudos de alta qualidade, com amostras representativas e seguindo protocolos rigorosos, para elucidar ainda mais os benefícios e riscos da reposição hormonal em idosos homens. Essas pesquisas devem buscar uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos de ação, o tempo de tratamento adequado, as doses ideais e a identificação de subgrupos de pacientes que possam se beneficiar de forma diferenciada.
Em conclusão, a reposição hormonal em idosos homens pode ser uma opção viável para melhorar a qualidade de vida e mitigar os efeitos negativos do envelhecimento. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando os riscos e benefícios específicos para o paciente. A pesquisa contínua nessa área é necessária para fornecer orientações claras e embasadas, auxiliando os profissionais de saúde na tomada de decisões e garantindo o melhor cuidado possível para essa população.
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1Acadêmico medicina. Centro Universitário Uninorte, AC, Brasil
2Acadêmico medicina. Centro Universitário Uninorte, AC, Brasil
3Acadêmico medicina. Centro Universitário Uninorte, AC, Brasil
4Orientador e Docente do Centro Universitário UNINORTE, Rio Branco, AC, Brasil
*Autor correspondente: matheusmartins45@icloud.com