RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO CONTEXTO BRASILEIRO: COM FOCO NA PSICOLOGIA ESCOLAR

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8163114


Natália Aragão Guedes1
Maely Kerolen de Oliveira Moura2
Carla Cristina de Souza Dimarães3


RESUMO 

O trabalho destaca-a importância da parceria entre família, escola e comunidade na formação e  educação das crianças e jovens. O papel do psicólogo escolar nessa colaboração é ressaltado,  oferecendo orientação aos pais, realizando ações preventivas e promovendo a saúde mental dos  alunos. A musicoterapia é mencionada como uma prática terapêutica que utiliza a música como  meio de expressão. Palestras, atividades de extensão e atendimentos individuais também são  citados como formas de promover a conscientização e prevenção de questões relevantes para a  saúde mental dos alunos. O trabalho do psicólogo escolar traz benefícios para alunos,  professores, pais e comunidade escolar, melhorando o desempenho acadêmico, reduzindo a  evasão escolar e contribuindo para a criação de um ambiente escolar saudável e inclusivo. O  desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos é destacado, assim como a  importância da parceria sólida entre escola, família e comunidade para compartilhar  informações e oferecer recursos adicionais aos alunos. Essa colaboração fortalece os laços  sociais dos alunos e proporciona experiências educacionais enriquecedoras. 

Palavras-chave: Psicólogo Escolar, Família, Escola, Saúde Mental e Ações Preventivas. 

ABSTRACT 

The work highlights the importance of partnership between family, school and community in  the training and education of children and young people. The role of the school psychologist in  this collaboration is highlighted, offering guidance to parents, carrying out preventive actions  and promoting students’ mental health. Music therapy is mentioned as a therapeutic practice  that uses music as a means of expression. Lectures, extension activities and individual  consultations are also cited as ways to promote awareness and prevention of issues relevant to  students’ mental health. The school psychologist’s work brings benefits to students, teachers,  parents and the school community, improving academic performance, reducing school dropouts  and contributing to the creation of a healthy and inclusive school environment. The  development of students’ socio-emotional skills is highlighted, as is the importance of a solid  partnership between school, family and community to share information and provide additional  resources to students. This collaboration strengthens students’ social ties and provides enriching  educational experiences.

Keywords: School Psychologist, Family, School, Mental Health and Preventive Actions.

1. INTRODUÇÃO 

No contexto brasileiro, as relações entre família e escola têm recebido pouco estudo na  psicologia, especialmente na psicologia escolar. Por um longo período, a culpa pelas  dificuldades dos alunos era atribuída exclusivamente a eles mesmos, ignorando-se o papel da  família. Posteriormente, uma conjectura culpabiliza as famílias, relacionando as dificuldades aos seus contextos socioeconômicos. A família desempenha um papel fundamental como base inicial na vida de um indivíduo, sendo responsável por transmitir os princípios de como ele se  relaciona com o mundo e como enxergará os outros. 

A responsabilidade familiar, em termos de modelo e desempenho de papéis sociais, é  conhecida como educação primária. Essa educação tem como principal objetivo orientar o  desenvolvimento da criança e a aquisição de comportamentos considerados adequados de  acordo com os padrões sociais da cultura em questão. 

Tanto a família quanto a escola compartilham a responsabilidade de preparar os alunos, sendo  o papel da família fundamental nesse processo.  

A família e a escola são sistemas que compartilham a tarefa de educar e socializar  crianças e jovens. Dessa forma, a família não deve ser a única responsável pela educação, mas  sim atuar como uma ponte entre o aluno e a escola, reforçando os valores e os ensinamentos  transmitidos no ambiente escolar. Essa colaboração mútua requer comunicação constante para  buscar melhorias e aplicá-las à realidade vivenciada. 

Possuindo como objetivo geral: Investigar a relação entre família e escola no contexto  brasileiro, com foco na atuação da psicologia escolar, visando compreender os desafios,  benefícios e estratégias para promover uma parceria efetiva entre esses dois sistemas, visando  o bem-estar e desenvolvimento socioemocional dos alunos. Seguindo com os objetivos  específicos: a) analisar o papel da família na educação básica, identificando sua  responsabilidade na orientação do desenvolvimento e aquisição de comportamentos adequados  no contexto social e cultural; b) explorar as estratégias de atuação preventivas do psicólogo  escolar, tanto com alunos quanto com familiares, visando promover o crescimento individual e  comunitário; e c) descrever os benefícios do trabalho do psicólogo escolar na melhoria do  desempenho acadêmico. 

O psicólogo escolar desempenha um papel importante nesse processo, buscando  aconselhar os pais e familiares por meio de palestras e atividades esclarecedoras. No entanto, muitas vezes os psicólogos enfrentam obstáculos ao desenvolver suas ações nas escolas, especialmente na rede pública de ensino, devido à sua amplitude e complexidade. 

É essencial que as escolas vejam os psicólogos como profissionais que somam e não  como substitutos de outros profissionais. Todos estão na instituição com o objetivo maior de  promover o bem-estar dos alunos, oferecendo uma educação de qualidade e acompanhamento  para uma boa saúde mental. O trabalho do psicólogo escolar envolve o acompanhamento do  aluno, da família, dos colaboradores e da comunidade em geral, por meio de palestras, rodas de  conversa e outras atividades didáticas. Vale ressaltar que o psicólogo escolar não realiza  atendimentos, mas sim acompanhamentos e aconselhamentos, podendo fazer escuta  emergencial em casos específicos. 

Outro aspecto relevante das ações preventivas do psicólogo escolar é a utilização da  musicoterapia como recurso terapêutico. A música possui um poder transformador e pode ser  uma ferramenta eficaz no desenvolvimento emocional e cognitivo dos alunos. Com a  musicoterapia na escola o psicólogo pode desenvolver aptidões como concentração, expressão  emocional, criatividade, autoconfiança, memória, coordenação de movimentos e muito mais. Além disso, a música proporciona um ambiente seguro e agradável para a expressão de sentimentos, promove o autoconhecimento e promove o bem-estar (FURTADO e BRANDÃO  2017, p. 17). 

Em resumo, as ações preventivas do psicólogo escolar, como as rodas de conversa, as  atividades lúdicas, as dinâmicas de grupo e a musicoterapia, têm como objetivo criar um  ambiente propício para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos, promovendo o bem estar emocional e social. Essas intervenções visam prevenir problemas emocionais e  comportamentais, promovendo a saúde mental dos estudantes. 

Além das estratégias mencionadas, o psicólogo escolar pode implementar outras ações  preventivas, como palestras educativas sobre temas relevantes para a saúde mental dos alunos,  como habilidades de comunicação, resolução de conflitos, gerenciamento do estresse e  promoção da autoestima. Essas palestras podem fornecer informações valiosas e orientações  práticas para os estudantes lidarem com os desafios do cotidiano. 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

2.1 RELAÇÃO DO PSICÓLOGO COM A FAMÍLIA-ESCOLA 

O tema das relações família e escola no contexto brasileiro tem pouco estudo na  psicologia, e em particular na psicologia escolar (OLIVEIRA e ARAÚJO 2010, p. 1). Por um tempo, pensou-se que a culpa era do próprio aluno, responsabilizando o mesmo por suas  dificuldades, esquecendo-se da sua base familiar. É válido dizer que mais tarde, eles  construíram uma conjectura que culpava sua família e que a explicação tinha origens  socioeconômicas. (FANTINATO E MACEDO, 2020). 

A família é considerada a primeira base para um indivíduo, onde a família é a principal  responsável por ensinar os princípios de como o sujeito irá se relacionar com o mundo, da forma  que ele irá olhar para o outro. Para Oliveira e Araújo (2010. p. 3): 

A responsabilidade familiar junto às crianças em termos de modelo que a criança terá  e do desempenho de seus papéis sociais é tradicionalmente chamada de educação primária, uma vez que tem como tarefa principal orientar o desenvolvimento e aquisição de comportamentos considerados adequados, em termos dos padrões sociais vigentes em determinada cultura. 

A escola e a família compartilham o dever de preparar os alunos, essa é uma  responsabilidade para com a criança, o papel da família mediante ao sujeito, é fundamental. Podemos considerar também que “Estudos atuais apontam que uma boa parceria entre família  e escolas tende a ser preditor de saúde, visto que melhora o processo aprendizagem, afeta positivamente os resultados académicos” (SARAIVA E WAGNER, 2013, p. 2). A boa relação entre família e escola é essencial para o sucesso do aluno, resultando em melhorias no seu processo de aprendizagem e benefícios para todos os envolvidos. Em vez de se culparem, é importante que se unam em prol de um bem maior, a saúde mental. 

Segundo Junges e Wagner (2016, p. 2): “A família e a escola são sistemas que dividem  a tarefa de educar e socializar crianças e jovens”. A família e a escola compartilham desse  propósito de preparar o indivíduo para a sociedade, para o meio acadêmico e profissional.  Dividindo a responsabilidade, permitindo assim que a família não seja a única responsável pela  educação. O ambiente familiar deve ser a ponte entre o aluno e a escola, ensinando para ele,  seus valores e deveres, enfatizando o que é ensinado no âmbito escolar. Esse trabalho deve ser  mútuo, ambos se comunicando entre si para buscar melhorias e aplicá-las à realidade  vivenciada. 

O psicólogo escolar junto a família, busca aconselhar os pais e familiares por meio de  palestras e atividades de esclarecimento.  

Quase sempre ouvimos dizer que os psicólogos enfrentam muitos obstáculos para  desenvolver ações nas escolas, principalmente quando se trata da rede pública de ensino devido  à sua amplitude e complexidade. Diante da demanda de resolução imediata dos problemas  qualquer proposta de reflexão sobre o que acontece em sala de aula, nos conselhos de classe, nas aglomerações com professores e familiares, nas atividades costumeiros de formação, pode gerar um olhar de descrédito, o que tem favorecido entre os psicólogos. a percepção da escola  como uma instituição fechada à mudança. (CREPOP, 2019). 

As escolas devem olhar para o psicólogo como um profissional que está na instituição  para somar e não para substituir o lugar de nenhum outro profissional. Todos estão na instituição por um bem maior, por uma única causa, o bem-estar dos alunos, para que ele receba uma  educação de qualidade, um acompanhamento para uma boa saúde mental. CREPOP (2019)  afirma que: 

No entanto, o que possibilita a(o) psicóloga(o) estar no cotidiano de uma escola para trabalhar com os educadores não é a quantidade de respostas bem sucedidas que ela(ele) tem para resolver problemas, mas sim o que pode contribuir para manter em  exercício redes de atenção à vida, redes que foquem as potencialidades dos indivíduos, nas ações de acompanhamento do desenvolvimento de cada criança singular e das ações preventivas. 

O psicólogo faz esse acompanhamento, escola-aluno, aluno-professor, aluno-família  etc. Possibilitando assim para o psicólogo trabalhar não somente com os alunos e familiares,  mas também, colaboradores e a própria comunidade. Esse acompanhamento pode ser por meio  de palestras relacionadas a algum tema específico, roda de conversa, entre outras atividades  didáticas. Deixando claro que o psicólogo escolar não faz atendimento, ele faz  acompanhamento, aconselhamento, podendo em um caso específico fazer a escuta emergencial.  Quando o psicólogo faz o aconselhamento familiar, ele pode sugerir aos familiares que  continuem o acompanhamento psicológico com o outro psicólogo e assim ele vai analisando o  progresso do aluno. 

2.2 AÇÕES PREVENTIVAS DO PSICÓLOGO ESCOLAR 

O psicólogo escolar trabalha juntamente com os colaboradores da instituição, onde irá  trabalhar com ações preventivas, para os alunos, familiares, colaboradores e a própria  comunidade. Segundo os pesquisadores Rossin e Barros (2012, p. 111):  

A ação preventiva pode ser compreendida como um ponto de partida para o crescimento individual e de comunidade, pois favorece a reflexão e o despertar de uma consciência crítica da sociedade, dos seus valores, e das suas diferenças. Portanto, concretizar ações preventivas é investir a médio ou longo prazo na cidadania, na igualdade e justiça sociais. 

Algumas dessas ações são: roda de conversa, atividades lúdicas, dinâmicas de grupo,  Musicoterapia, palestras, entre outras. Será abordado algumas dessas ações para melhor  compreensão.

2.2.1 RODA DE CONVERSA 

Segundo Moura e Lima (2014, p. 99): “A roda de conversa é, (…), uma forma de produzir dados em que o pesquisador se insere como sujeito de pesquisa pela participação na  conversa e, ao mesmo tempo, produz dados para discussão.” Na roda de conversa os integrantes  compartilham de informações, colocam em pauta suas alegrias, dores, acontecimentos positivos ou negativos que aconteceram em sua vida, e os mesmos quando se sentem à vontade, compartilham para com os demais que fazem parte da roda de conversa. Neste primeiro momento o psicólogo tem que deixar o integrante livre na sua fala, ele deve ouvir e não interromper a fala do integrante. 

Moura e Lima (2014, p. 100) afirmam que: 

É assim também com as rodas de conversas, quando utilizadas como instrumento de pesquisa, uma conversa em um ambiente propício para o diálogo, em que todos  possam se sentir à vontade para partilhar e escutar,de modo que o falado, o conversado  seja relevante para o grupo e suscite, inclusive, a atenção na escuta. Nas rodas de conversa, o diálogo é um momento singular de partilhar, porque pressupõe um exercício de escuta e de fala, em que se agregam vários interlocutores, e os momentos de escuta são mais numerosos do que os fala. 

Sendo assim, podemos dizer que a roda de conversa é um momento de desconstrução e  construção, momento esse que leva ao conversador, a partilhar com os integrantes suas  emoções, seus sentimentos. Segundo Freire (2013, p. 14): “O diálogo sela o ato de aprender,  que nunca é individual, embora tenha uma dimensão individual.” Nas rodas de conversas o psicólogo pode abordar diversos assuntos, podendo transmitir conscientização e prevenção  para os alunos e colaboradores da escola. 

2.2.2 ATIVIDADES LÚDICAS 

De acordo com Chicon et al. (2021, p. 46): “É a maneira lúdica de relacionar-se com o  mundo e com os outros que permite às pessoas aprender e ensinar as diversas formas de  enxergar o mundo.” O psicólogo escolar juntamente a coordenação pedagógica elaboram  atividades lúdicas para o desenvolvimento do aluno, é primordial que a criança tenha esse  momento de lazer, de aprender brincando. Para Chicon et al. (2021, p. 50) atividades lúdicas:  “É um processo indispensável para que a criança aprenda a ter domínio das situações presentes  em sua rotina, aprimorando as relações consigo mesma e com as outras pessoas.”

As atividades lúdicas, proporcionam a criança interação com outras pessoas, com seu  emocional, com o ambiente em que ela está localizada. Chicon et al. (2021, p. 50) afirma que: “Reconhecer a utilizar esse instrumento lúdico também dentro de casa é uma forma de ampliar  o desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança e promover novas formas de interação.” Ressaltando que, as atividades lúdicas irão ajudar no processo de desenvolvimento  da criança, para que ela cresça com uma saúde física e mental saudável. 

Chicon et al. (2021, p. 65) ressalta que: 

É importante observar que não se trata apenas de inserir a criança na atividade, mas também de como incentivá-la a permanecer e aprender. Logo, o brincar implica  aprendizado, e a participação do outro é essencial para a atuação da criança no plano simbólico e na ação da sua imaginação. 

O psicólogo usa das atividades lúdicas como ferramenta de aperfeiçoamento de  habilidades que podem estar escondidas, que faltam ser trabalhadas e aprimoradas para um  maior desenvolvimento da criança, levando-as a se desenvolverem através do brincar, através  de atividades que estimulam o desenvolvimento intelectual e o motor, potencializando a criatividade e a interação deles para com outras crianças. 

2.2.3 DINÂMICAS DE GRUPO 

Consiste em atividades/dinâmicas variadas para objetivos diferentes, sendo benéficos  de maneira individual ou coletiva, como por exemplo trabalhar a timidez de indivíduos com  certo nível de introversão, trabalhar a relação de uma equipe de trabalho, comunicação em  grupo etc. Sendo útil em diversos ambientes e contexto inclusive na área escolar para  personalidade ou perfis de alunos, colaboradores, perfis específicos de turmas e assim por  diante.  

Barreto (2014, p. 17) afirma que:  

A dinâmica de grupo foi assim se desenvolvendo, tornando-se um campo de pesquisa, quer realizadas em laboratórios, quer em campo, com o objetivo de estabelecer a relação de causa e efeito entre os fenômenos grupais e, desta forma, poder predizer  sob que condições tais comportamentos podem ocorrer. 

A dinâmica pode ser utilizada de várias formas, envolvendo os alunos a interagirem em  grupo, seja com uma dinâmica inicial “quebra-gelo”, dinâmicas de apresentação, de reflexão,  entre outras.  

Ao longo da compreensão detalhada das formações de grupos, contexto social,  influências e outros fatores, para Minicucci (1997, p. 40) “Dinâmica de grupo teorias e sistemas”, a dinâmica de grupo tem outros sentidos usado em diferentes contextos. Já  popularmente falando, a dinâmica de grupo fortalece relações grupais tal qual o indivíduo  influencia um grupo e vice-versa, desenvolve pensamento e aprendizagem sendo assim de  interesse e de grande importância dentro das escolas desenvolvendo comportamentos de  liderança sendo de grande ajuda para o indivíduo na sociedade pós escola, como o mercado de  trabalho. 

Segundo Amaral (2007, p. 11):  

Compreender o funcionamento de um grupo também pode ser importante para a realização de dinâmicas em sala de aula. Certas técnicas, também chamadas de “dinâmicas de grupo”, são muitas vezes utilizadas para possibilitar a organização e a criatividade na produção do conhecimento. Elas podem gerar um processo de aprendizagem mais coletivo e mais rico.  

A escola é uma realidade que os alunos se deparam com outros indivíduos de diferentes  maneiras e contextos em questão de vivência, por exemplo: uma criança que está tendo contato  pela primeira vez em uma escola, onde os alunos da sua turma já se conhecem entre si e tem  convivência, esse indivíduo tem que passar por uma adaptação, e com isso, pode vir a timidez  e o sentimento de se sentir deslocado, sozinho e vários outros sentimentos desconfortáveis. 

É neste momento que o psicólogo escolar junto com o professor, podem elaborar uma  dinâmica de grupo que possa promover as crianças que sejam receptivas com o novo aluno, para que assim ele se sinta confortável, visto que é um ambiente novo, essa técnica pode promover mudanças significativas. 

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e exploratória, elaborada com materiais já  desenvolvidos, sendo eles artigos e revistas científicas, encontrados em plataformas na internet.  De acordo com GIL (2017) a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em materiais  já publicados, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos  os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas  exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser  definida como pesquisas bibliográficas 

A pesquisa exploratória segundo Gil (2017) tem como objetivo proporcionar maior  familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses.  Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Para a construção deste trabalho foram feitas pesquisas nas principais plataformas de pesquisa como Google Acadêmico e SciELO – Scientific Electronic Librbib  Online. 

Na primeira etapa, realizamos a delimitação para o tema, prosseguimos elaborando os  objetivos geral e específico. Na segunda etapa, foi realizado o levantamento bibliográfico,  sendo a seletiva de artigos e livros que continham relação com o tema em estudo.  

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O papel do psicólogo escolar no apoio aos professores é de extrema importância para  promover um ambiente de aprendizagem saudável e eficaz. Ao oferecer suporte emocional, orientação profissional e estratégias de manejo de conflitos, o psicólogo escolar ajuda os  professores a lidar com os desafios diários da sala de aula. 

Além disso, o psicólogo escolar desempenha um papel fundamental na formação e  capacitação dos professores, fornecendo recursos e estratégias para promover a inclusão,  adaptar o ensino às necessidades individuais dos alunos e lidar com questões de saúde mental. 

A parceria entre o psicólogo escolar e os professores também se estende ao  planejamento e desenvolvimento de projetos educacionais, onde a expertise psicológica pode  enriquecer as estratégias pedagógicas e promover uma educação mais inclusiva e adequada. Em  situações críticas ou traumáticas, o psicólogo escolar oferece suporte emocional e orientação aos professores, ajudando-os a lidar com as emoções e o estresse que essas situações podem causar. Isso contribui para a construção de uma rede de apoio e cuidado mútuo na escola, fortalecendo o senso de comunidade e resiliência. 

Em suma, o psicólogo escolar desempenha um papel fundamental no apoio aos  professores, promovendo seu bem-estar emocional e profissional. Essa parceria colaborativa contribui para um ambiente educacional mais saudável, inclusivo e propício ao  desenvolvimento integral dos alunos. O trabalho conjunto entre o psicólogo escolar e os  professores é essencial para o sucesso educacional e emocional de todos os envolvidos na  comunidade escolar. 

REFERÊNCIAS 

AMARAL, Vera. A dinâmica dos grupos e o processo grupal. Nata, RN: EDUFRN, 2007

BARRETO, Maria Fernanda Mazziotti (org.). Dinâmica de grupo: história, prática e vivência.  5. ed. Campinas: Alínea, 2014 

CHICON, José; SÁ, Maria; MURACA, Gabriela. Aprender brincando: caderno de  fundamentos e atividades lúdicas inclusivas para crianças de 3 a 6 anos. Campos dos  Goytacazes, Rio de Janeiro: Encontrografia, 2021 

CREPOP. Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências técnicas para atuação de  psicólogas(os) na educação básica / Conselho Federal de Psicologia. 2. Brasília: CFP, 2019 

FANTINATO, Fernanda; MACEDO, Rosa Maria. A relação família-escola: um olhar sistêmico  sobre a queixa escolar. 1. ed. Curitiba: Appris, 2020 

FREIRE, Paulo. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 1. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,  2013 

GIL, Antonio Carlos, 1946 Como elaborar projetos de pesquisa / Antonio Carlos Gil. – 6. ed. – São Paulo : Atlas, 2017 

JUNGES, Lisiane; WAGNER, Adriana. Os estudos sobre a relação família-escola no Brasil: uma  revisão sistemática. Educação, Revista quadrimestral, Porto Alegre: v. 39, 2016 

MOURA, Adriana; LIMA, Maria. A reinvenção da roda: roda de conversa: um instrumento  metodológico possível. João Pessoa, v. 23, 2014 

MINICUCCI, Agostinho. Dinâmica de grupo: teorias e sistemas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997 

OLIVEIRA, Cynthia; ARAÚJO, Claisy. A relação família-escola: intersecções e desafios.  Campinas: Janeiro – Março, 2010 

ROSSINI, Luiz; BARROS, Mari. Ações preventivas no contexto da vulnerabilidade social. São  Paulo: 2012 

SARAIVA, Lisiane; WAGNER, Adriana. A relação família-escola sob a ótica de professores e  pais de crianças que frequentam o ensino fundamental. Rio de Janeiro: v. 21, n. 81, p. 739-772,  Outubro – Dezembro. 2013


1Acadêmica do Curso de Graduação do curso de Psicologia do Centro Universitário FAMETRO. E-mail: nataliaguedes137@gmail.com 
2Acadêmica do Curso de Graduação do curso de Psicologia do Centro Universitário FAMETRO. E-mail:  maelykerolen2001@gmail.com.
3Docente do ensino superior no Centro Universitário FAMETRO. E-mail: carladimarães@hotmail.com.