RELAÇÃO ENTRE A SAÚDE DO HOMEM E AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

THE RELATIONSHIP BETWEEN MEN’S HEALTH AND CHRONIC NON-COMMUNICABLE DISEASES: AN EXPERIENCE REPORT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.11583332


Brícia de Sousa Santos; Anne Caroline de Souza; Macerlane de Lira Silva; Ellen Vitória Orlando Dantas; Gabriela Formiga Ribeiro; Renata Lívia Silva Fônseca Moreira de Medeiros.


RESUMO

As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) se caracterizam por um conjunto de patologias de múltiplas causas e fatores de risco, longos períodos de latência e curso prolongado, sendo as principais causas de mortalidade e incapacidade no Brasil e no mundo, sendo em geral maior em homens. E um dos motivos para termos maiores complicações por doenças crônicas é justamente porque os homens raramente buscam a atenção primária (Unidades Básicas de Saúde) para prevenção ou acompanhamento de alguma condição clínica. O objetivo desse estudo foi relatar a experiência em campo do estágio curricular supervisionado do curso de Bacharelado em enfermagem, no período de agosto a outubro de 2023, em que se investigou a relação entre a saúde do homem e as doenças crônicas não transmissíveis, onde se buscou adquirir experiência prática, aprofundar o conhecimento teórico por meio da imersão no cotidiano da atenção primária à saúde, compreender as necessidades de saúde da população atendida, promovendo um aprendizado através de visitas domiciliares, a integração da equipe multidisciplinar na prestação de cuidados à comunidade, funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) numa UBS e a integração da equipe multidisciplinar na prestação de cuidados à comunidade. Neste período observou-se a relevância dessa vivência na vida acadêmica, tanto para realização de ações educativas como à possibilidade de mudança na vida desses indivíduos, visto que o sistema de saúde não prioriza a atenção à saúde do homem e a formação dos profissionais que atendem essa população, o que precisa ser discutido e alinhado às suas necessidades, pois a atuação nos fatores de risco é importante e essencial por se tratar de doenças que podem ser prevenidas, além de criar vínculo com as equipes da Estratégia de saúde da família e população. 

Palavras-chave: Doenças crônicas. Estágio. Enfermagem. Homem. 

1. INTRODUÇÃO

Provavelmente desde sempre os homens rejeitam a possibilidade de adoecer, possivelmente por dificuldade em reconhecer suas necessidades de saúde, sendo uma constatação de BRASIL (2008), em consequência apresentam morbimortalidade maior e menor expectativa de vida quando comparados às mulheres e embora essa confirmação do Ministério da Saúde seja de 2008, pode-se dizer que esse panorama pouco mudou em ralação aos dias atuais. 

Segundo BRASIL (2022) a maneira como os homens foram preparados, desde a infância até a vida adulta, para o desempenho da masculinidade – incluindo hábitos, valores e crenças – representa ainda uma barreira cultural importante para a prevenção e a promoção da saúde. O cuidado com a saúde ainda é visto por parte da sociedade como função “mais adequada” às mulheres, e, portanto, mais exercida por elas. Este é um aspecto cultural que distancia os homens das práticas de cuidado e autocuidado.

Para ampliar a procura por serviços de saúde entre os homens, foi regulamentada em 2021 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). O objetivo é promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população por meio do enfrentamento aos fatores de risco e vulnerabilidades (BRASIL, 2021).

A carga de doença atribuída às Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) está aumentando globalmente, sendo em geral maior em homens (STEVENS et al. 2012) e se caracterizam por um conjunto de patologias de múltiplas causas e fatores de risco, longos períodos de latência e curso prolongado, têm origem não infecciosa e podem resultar em incapacidades funcionais, são afecções de saúde que acometem indivíduos e não são estáticas, pois apresentam períodos de piora (episódios agudos) e de melhora, designadas principalmente por doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, doenças respiratórias crônicas, neoplasias, acidente vascular encefálico, entre outras  (BRASIL, 2008; CASADO et. al,. 2009; MONTEIRO et al., 2020). 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem para o sofrimento dos indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais e neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e as patologias oculares e auditivas. Considera-se que todas elas requerem contínua atenção e esforços de um grande conjunto de equipamentos de políticas públicas e das pessoas em geral. Neste documento, restringe-se o escopo das DCNTs abordadas, fixando-se no cuidado integral para doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias e o diabetes mellitus, conforme adotado pela OMS, pois se referem a conjuntos de doenças que têm fatores de risco em comum e, portanto, podem contar com uma abordagem comum para sua prevenção (OMS, 2005).

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as DCNTs foram responsáveis por 73,6% das mortes ocorridas globalmente em 2019 (WHO, 2021) e no Brasil, são igualmente relevantes, visto que em 2019, 54,7% dos óbitos registrados foram causados pelas DCNTs e 11,5% por agravos (BRASIL, 2021). Do total dessas mortes no Brasil, os homens apresentaram maior risco de morte do que as mulheres, principalmente para doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas, com 40% a 50% mais risco de morrer por uma dessas doenças. Esse risco foi aumentado entre homens que fazem uso prejudicial de álcool, possuem dieta e estilo de vida pouco saudáveis, com pressão alta e/ou alto índice de massa corporal, conforme pesquisa (MONTEIRO et al., 2020).

As DCNTs constituem sete das dez principais causas de morte no mundo, acometem cerca de 75%  da  população  adulta e são consideradas um dos maiores problemas de saúde, incapacidades, perda da qualidade de vida, alto grau de limitação para as atividades de trabalho e lazer, impacto negativo nas questões econômicas das famílias, indivíduos e sociedade, resultando no agravamento das iniquidades sociais e da pobreza (MALTA et al. 2014; MALTA et al., 2017) e contribuírem para o aumento dos gastos com assistência médica e previdência social (MOURA et al., 2007). 

Este impacto é a maior causa de mortalidade em pessoas em idade ativa, e suas incidências em adultos mais jovens são substancialmente mais altas nas populações mais pobres/vulneráveis (OPAS, 2003). Países de baixa e média renda são os menos favorecidos, apresentando a maior relevância de casos provocados pelos fatores de riscos, entre os mais críticos são: tabagismo, consumo alimentar inadequado, inatividade física e bebidas excesso alcoólicas (ROCHA et al., 2021). O desenvolvimento de DCNTs é complexo, portanto tornando necessárias ações que não apenas foquem o indivíduo, mas que também levem em consideração os aspectos sociais, econômicos e culturais do problema. Às DCNTs se atribuem 80% das consultas em atenção primária e 60% das internações hospitalares (OPAS 2003; DUNCAN et al., 2012).

O estágio curricular obrigatório é de extrema importância, tendo em vista que promove uma correlação entre a teoria ministrada em sala de aula com a prática clínica exercida no campo de estágio, proporcionando uma maior e me-lhor promoção na consolidação dos conhecimentos obtidos (SCHERER et al. 2006).

Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi estabelecer através de um relato de experiência uma relação entre a saúde do homem e as doenças crônicas não transmissíveis vivenciada na Unidade Básica de Saúde da Família (UBS) Dr. Azuil Arruda de Assis no município de Pombal. 

2. METODOLOGIA 

Trata-se de uma pesquisa descritiva, a partir de um relato de experiência em campo do estágio supervisionado do curso de Bacharelado em enfermagem do Centro Universitário Santa Maria (UNIFSM), no período de 21 de agosto a 27 de outubro de 2023, totalizando 360 horas. O estágio ocorreu em uma UBS localizada no município de Pombal, Paraíba e de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2022 a população da cidade era estimada em 32.473 habitantes. 

3. RESULTADO E DISCUSSÃO 

3.1 REVISÃO DE LITERATURA 

A referida pesquisa pode ser caracterizada como de caráter explanatório e bibliográfico, onde os artigos científicos foram buscados principalmente na base de dados do Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Periódico da CAPES na área de Enfermagem, estágio supervisionado, DCNT e órgãos governamentais de saúde.

3.1.1 Doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs)

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são grupos de doenças que se caracterizam por terem uma etiologia incerta, múltiplos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado e por estarem associadas a deficiências e incapacidades funcionais. São as maiores causas de morbimortalidade no mundo. Os principais grupos de DCNTs são as doenças do aparelho circulatório, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes. Essas doenças têm em comum um conjunto de fatores de risco modificáveis, passíveis de ações de prevenção (SES, 2024).

As DCNTs são um problema de saúde global e uma ameaça à saúde e ao desenvolvimento humano. A carga dessas doenças recai especialmente sobre países de baixa e média renda, populações mais vulneráveis, como as de baixa escolaridade, devido à maior exposição aos fatores de risco ou ao acesso restrito às informações e aos serviços de saúde (WHO, 2005, OPAS, 2017). Cientistas renomados e a OMS fizeram um apelo para ação, definindo estratégias a serem empreendidas, uma vez que há intervenções custo-efetivas disponíveis (GAZIANO, 2007, BEAGLEHOLE, 2007, WHO, 2008).

Conforme Brasil (2024) as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão entre os principais problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as DCNT foram responsáveis por cerca de 70% das mortes ocorridas globalmente em 2019. No Brasil, as DCNT foram responsáveis, em 2019, por 41,8% do total de mortes ocorridas prematuramente, ou seja, entre 30 e 69 anos de idade. 

3.1.2 Fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis

Os fatores de risco para o desenvolvimento das DCNTs vêm sendo classificados como modificáveis ou não modificáveis. Entre os fatores modificáveis, está a hipertensão arterial, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o diabetes mellitus, o tabagismo, o sedentarismo, hábito alimentar inadequado, o estresse, a obesidade, o colesterol elevado, poluição ambiental e saúde mental (BOTREL et al., 2000; OPAS, 2017). Já entre os fatores não modificáveis, destacasse a idade, havendo clara relação entre o envelhecimento e o risco de desenvolver DCNTs. Outros fatores não modificáveis são a hereditariedade, o sexo e a raça (SCHMIDT et al., 2011).

O consumo excessivo de sal aumenta o risco de hipertensão e eventos cardiovasculares, e o alto consumo de carne vermelha, de carne altamente processada e de ácidos graxos trans está relacionado às doenças cardiovasculares e ao diabetes. Por outro lado, o consumo regular de frutas e legumes diminui o risco de doenças cardiovasculares e de câncer gástrico e colorretal. Estima-se que, entre os óbitos causados por álcool, mais de 50% sejam devido às DCNTs, incluindo diversos tipos de câncer e cirrose hepática (WHO, 2011). 

As DCNT’s são responsáveis por uma grande parcela e carga da morbimortalidade do Brasil, consequentemente, de elevados gastos e preocupações no cenário da saúde pública. 

3.1.3 Sistema Único de Saúde (SUS)

A OMS destaca que diversas populações em diferentes países do mundo têm dificuldade de acesso e utilização dos serviços de saúde, o que constitui a principal barreira para enfrentar as DCNTs, em especial para minimizar o sofrimento dos que já se encontram doentes (BONITA et al., 2013). Portanto, o enfrentamento das DCNTs passa pela governança e ações e políticas públicas voltadas para a prevenção e redução dos fatores de risco, acesso aos cuidados de saúde, organização da vigilância e monitoramento, além do enfrentamento dos determinantes sociais como a redução da pobreza e da desigualdade social, temas estes que foram incluídos nos desafios do desenvolvimento sustentável (ABEGUNDE et al,. 2007). 

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi regulamentado pela Lei 8.080, em 19 de setembro de 1990, onde foi disponibilizado as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, além de como deve ser a organização e funcionamento dos serviços a serem prestados (JAIME, et al., 2018). O advento desse sistema foi preconizado por princípios calcados na ética e na solidariedade, sendo eles a: universalidade, todo cidadão brasileiro tem direito a usar os serviços do SUS; equidade, os serviços devem ser ofertados de acordo com a necessidade de cada cidadão/população, com justiça social; integralidade, os serviços devem ter foco na prevenção de doenças, na promoção da saúde, na cura e na reabilitação, atendendo às necessidades de Saúde da população como um todo (SCAGLIA & ZANOTI, 2021). Esses três princípios servem, desde então, para nortear o próprio desenvolvimento e manutenção do sistema, como também proporcionar e garantir o direito a saúde a todos os indivíduos (SOLHA, 2014).

Conforme Castanheira et al. (2014) o SUS tem como princípios acesso universal, integralidade e equidade, o que garante o uso e acesso de serviços pela população com menor escolaridade, renda e sem planos de saúde. Entretanto, permanecem diferenças no uso de serviços que beneficiam quem tem planos. A população com planos de saúde também pode ter maior oportunidade de acesso aos serviços, por acessar tanto os serviços do SUS quanto os da saúde suplementar. 

3.1.4 Unidade Básica de Saúde 

Nos últimos anos houve grande expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) em todo o território nacional, com forte indução e apoio do Ministério da Saúde, sendo considerada, enquanto estratégia prioritária de estruturação da atenção básica, a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). A ESF tem papel fundamental no primeiro contato, na longitudinalidade e na coordenação do cuidado, devendo operar como base de estruturação das redes de atenção, com suporte dos serviços de apoio diagnóstico, assistência especializada e hospitalar (BRASIL, 2011; FAUSTO et al., 2014).

Segundo BRASIL (2011) a Estratégia de Saúde da Família (ESF) funciona por meio de equipes de saúde da família, e desde 2004 são compostas por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e pelo menos quatro agentes comunitários de saúde, além de profissionais de saúde bucal. As equipes de saúde da família atuam em áreas geográficas definidas e com populações adstritas, contendo até 4000 pessoas para cada equipe, sendo 3000 a média recomendada, podendo ainda este número ser menor de acordo com o risco e a vulnerabilidade social da população coberta. 

Conforme Araújo (2020), a visita domiciliar é um instrumento na operacionalização do atendimento em saúde nas Unidades Básicas de Saúde Estratégia Saúde da Família. Dessa maneira, uma aplicação prática que ratifica esses pilares implantados na criação do SUS e que está intimamente ligada a atenção primária é a visita domiciliar realizada pelos profissionais da UBS. Tendo em vista que, esse procedimento proporciona o direito do cidadão a usufruir dos serviços e profissionais disponíveis na unidade, assim como romper as barreiras que impedem o paciente de receber determinados cuidados, através da compreensão de suas necessidades e logo estabelecendo medidas para supri-las.

Estratégia Saúde da Família. Dessa maneira, uma aplicação prática que ratifica esses pilares implantados na criação do SUS e que está intimamente ligada a atenção primária é a visita domiciliar realizada pelos profissionais da UBS. Tendo em vista que, esse procedimento proporciona o direito do cidadão a usufruir dos serviços e profissionais disponíveis na unidade, assim como romper as barreiras que impedem o paciente de receber determinados cuidados, através da compreensão de suas necessidades e logo estabelecendo medidas para supri-las.

3.1.5 Atenção Primária à Saúde (APS)

A ESF é o ponto chave da Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente por reorganizar o modelo assistencial, por meio da atuação de uma equipe multiprofissional. Dentro dessa equipe, o enfermeiro tem se revelado essencial para a expansão e consolidação da ESF (MELO et al., 2015; CAÇADOR et al,. 2015).

Marques et al. (2021) define a atenção primaria como sendo a porta de entrada para o cuidado a saúde dos indivíduos, suas famílias e população, sendo o primeiro contato com o sistema de saúde. Apesar da Unidade Básica de Saúde (UBS), coordenada pelo SUS, ser um local que oferta um aparato de serviços e que conta com uma equipe multidisciplinar, o enfoque principal desse sistema está correlacionado com a atenção primária (EUCLIDES, 2018).

De acordo com Brasil (2024) a Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. No Brasil, a APS é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Há diversas estratégias governamentais relacionadas, sendo uma delas a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades de Saúde da Família (USF), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas USF (BRASIL, 20024). 

Segundo Belém et al., (2018) a Atenção Primária à Saúde (APS) como nível de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), tem a Estratégia Saúde da Família (ESF) como eixo estruturante. Apesar das dificuldades em sua implementação e consolidação, a ESF tem contribuído para a (re)organização dos serviços, qualificação e humanização do atendimento, buscando assegurar a integralidade da atenção aos indivíduos, famílias e coletividades.

Ainda de acordo com o autor acima citado em conformidade com o decreto n. 7.508, de junho de 2011, a APS insere-se como porta de entrada principal do SUS e ordenadora do cuidado em saúde, constituindo-se pilar edificador no contexto de mudança do paradigma no campo da Saúde Coletiva e da formação profissional para estar em consonância aos princípios do SUS. Para atender esses pressupostos, surge à necessidade de uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, com perfil profissional qualificado para o exercício com base no rigor científico e intelectual, pautado em princípios éticos, senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania.

3.2 ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA VIVÊNCIA NO ESTÁGIO 

A equipe era composta por uma médica, uma enfermeira, uma técnica em enfermagem, um odontólogo, uma auxiliar em saúde bucal, cinco agentes comunitários de saúde, uma nutricionista, uma educadora física e uma vez por semana, tinha o atendimento de uma psicóloga.

Desde o início, fui bem recebida, o que contribuiu significativamente para o meu desenvolvimento durante este período. Além disso, o contato direto com a comunidade ofereceu um aprendizado enriquecedor, onde tive oportunidade de experimentar diversas vivências, com inúmeros pacientes. Vale ressaltar a convivência com o público masculino, os diversos casos, as necessidades de cada um, suas histórias pessoais, tratamento e a importância de um olhar mais humano e acolhedor, para uma melhor qualidade de vida e assistência.

Durante a permanência no estágio podemos observar pontos que podem ser classificados como negativos: Não possuir um fluxograma, ao entrar na UBS, o que dificulta para o paciente ou usuário daquela unidade por não saber como funciona, quem compõe a equipe ou qualquer outra informação, assim como não possui sinalizações nas salas. Nesse caso, poderia ser descrito em banners, os trabalhos oferecidos e suas especialidades o que poderia informar melhor a população e assim melhorar o funcionamento da unidade.

Em certos momentos, a enfermeira se recusa a atender a paciente que vem para realizar o citológico, que não seja no dia que é definido para o exame preventivo, e como o número de mulheres que nunca realizaram esses exames, seja por medo, receio ou desconhecimento é alto, o que dificulta o rastreamento de doenças seu tratamento e prevenção, deveria se abrir uma exceção para que fosse realizado independente do dia. Maior atenção às crianças no dia de puericultura, essas crianças que ali necessitam de cuidados em enfermagem, passam despercebidas.

Com relação aos atendimentos do sexo masculino, é observado um número maior de pessoas da 3ª idade, esses usuários são frequentes e as queixas são diversas, atendimentos como HiperDia, DPOC, testes rápidos, curativos, vacinas, atendimento odontológico, fazem parte da rotina dos profissionais que atendem esse público. O público masculino precisa de mais atenção, são usuários que não frequentam os postos de saúde, é necessário mais paciência e a forma como esses profissionais os atendem.

No entanto foram observados pontos positivos como: A colaboração e interação com os membros da comunidade proporcionou uma compreensão mais profunda das necessidades de saúde locais, permitindo-me vivenciar, de maneira direta, a aplicação dos conhecimentos em situações reais, o que ampliaram significativamente o meu entendimento sobre as dinâmicas de cuidados de saúde e as demandas específicas dessa localidade.

O contato direto com as ações de saúde da UBS aprimorou significativamente meu entendimento sobre a prática da atenção primária e seu impacto na vida das pessoas, complementando e enriquecendo minha formação acadêmica com experiências práticas e concretas.

Participei das ações de saúde promovidas pela unidade, o que constituíram uma parte fundamental da minha experiência, proporcionando uma compreensão mais ampla e prática do funcionamento e impacto das iniciativas de promoção da saúde na comunidade. Participar ativamente dessas ações permitiu-me entender como a UBS interage com a comunidade para promover a prevenção de doenças a educação em saúde e o bem-estar geral dos moradores.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que esse contato com a prática assumiu o objetivo de desenvolver habilidades e competências necessárias para o exercício da profissão de enfermeiro, por meio da integração entre teoria e prática e da participação nos processos ligadas ao ambiente profissional. Observamos que a prática de visita domiciliar proporciona vastos conhecimentos práticos, aos quais não podem se equivaler aos exemplos vistos na teoria da graduação de enfermagem. 

O estágio representou um marco na minha jornada acadêmica e como futuro profissional, proporcionou um aprendizado prático e enriquecedor. Durante essa experiência, pude fazer parte de uma diversidade de atividades que abrangeram desde atendimentos diretos aos pacientes, acompanhar procedimentos e a participação em programas de prevenção e promoção à saúde. A vivência no acompanhamento e cuidado direto com a comunidade proporcionou uma percepção mais profunda das reais necessidades e desafios enfrentados pela população, consolidando a importância da abordagem preventiva na promoção da saúde, não apenas aprimorou minhas habilidades técnicas, mas também ampliou minha visão sobre a saúde pública, preparando-me de maneira integral para os desafios e responsabilidades que enfrentarei no futuro como profissional. A disponibilidade e o conhecimento partilhado pela supervisora foram essenciais para meu crescimento pessoal e profissional, essa experiência percebi o comprometimento com a excelência no cuidado a atenção básica, o que  contribuiu significativamente para minha formação na área da saúde e especificamente na atenção primária.

Por fim, podemos dizer que a formação de um profissional não deve ser assinalada somente pela teoria, nesse caso à vivência na pratica por meio de estágio supervisionado possibilita obter conhecimentos e afirmar a aprendizagem teórica e assim ser inserido no mercado de trabalho mais confiante.

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