RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE O ENSINO REMOTO DURANTE A COVID-19 NA PERSPECTIVA DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM

TEACHING-LEARNING RELATIONSHIP ON REMOTE EDUCATION DURING COVID-19 FROM THE PERSPECTIVE OF NURSING UNDERGRADUATES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202408312201


Daniela Guimarães Freire1
Gabrielly Nascimento Neves2
Carla Natalina da Silva Fernandes3


Resumo Oobjetivo deste estudo foi analisar na literatura científica a percepção dos estudantes de graduação em enfermagem sobre a relação ensino-aprendizagem durante o ensino remoto, em tempos de pandemia entre os anos 2020 a 2022. Trata-se de revisão integrativa, a questão norteadora foi elaborada pela estratégia PICO, a busca dos artigos se deu nas bases de dados Institute for Scientific Information Web of Science , National Library of Medicine of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), os critérios de inclusão foram: artigos completos, originais e na íntegra, publicadas na língua portuguesa, inglesa e espanhola, publicadas no período de 2020 a 2022 e que abordassem o tema selecionado. Após a avaliação dos 15 artigos incluídos nesta pesquisa, foram analisados, foram extraídos os seguintes dados: título, autoria, periódico, ano de publicação, país, idioma, base de dados, nível de evidência, amostra, palavra-chave para a composição de um quadro com a síntese dos resultados. A pesquisa mostrou que a maioria dos artigos sobre e-learning na educação de enfermagem foram publicados em 2021 (53%) e 2022 (40%). A maior parte das publicações está em inglês (67%). Os temas abordados incluem desafios tecnológicos, impactos emocionais e a necessidade de melhorias na infraestrutura e metodologias para o e-learning. Conclui-se que a experiência do ensino remoto para os estudantes em enfermagem durante a pandemia apresentou aspectos positivos, como flexibilidade, mas ressaltou desafios como a falta de interação e de prática clínica supervisionada, bem como as desigualdades tecnológicas.

Palavras-chave: Estudantes de enfermagem. Ensino Remoto. Pandemia. Covid-19.

1.INTRODUÇÃO

A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, com elevada transmissão em todo o mundo, sendo relatados casos desde dezembro de 2019 na China (BRASIL, 2021). No Brasil o primeiro caso foi confirmado em fevereiro de 2020, constatando-se em março do mesmo ano como uma pandemia, (SCHONS et al., 2021), manifestados por pessoas assintomáticas, sintomáticas com manifestações que variam de leves como coriza, tosse, dor de garganta, anosmia e perda de paladar, diarreia acompanhada com dores na barriga, aumento da temperatura e calafrios, dores no corpo, mal estar e fraqueza, fadiga ao realizar esforços e até os graves como dispnéia, frequência respiratória maior que 30 rpm e oxigenação menor que 95%, com alta prevalência de internações e de óbitos (ISER, et al., 2020).

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apoiou de forma técnica os países das Américas, sugerindo a manter um sistema de vigilância em alerta para identificar, distanciar e cuidar de forma precoce indivíduos afetados com o novo coronavírus, tais recomendações trouxeram implementações de planos operacionais tanto na atenção primária quanto em hospitais, incluindo o isolamento, distanciamento social, higienização das mãos, o uso de máscaras (OPAS, 2020). Cabe destacar que a forma de transmissão da Covid-19 se dá através do contato direto de indivíduo para indivíduo ou por gotículas expelidas, durante a fala, tosse ou espirro, apertos de mão, abraços e beijos de uma pessoa infectada (ALMEIDA, et al., 2020).

Durante esse cenário que a sociedade estava vivenciando, foram evidenciadas mudanças drásticas, como por exemplo, alterações na rotina como a interrupção das atividades diárias de trabalho, lazer, viagens e estudos, doenças psíquicas como ansiedade, transtorno do pânico, estresse, sintomas de depressão, irritabilidade, transtorno bipolaridade além do aumento do uso de álcool (REIS et al., 2021). A intensificação da utilização de mídias sociais e meios digitais de comunicação, observando também que aumentaram a propagação de informações falsas, as chamadas de fake news, que contribuem para o agravamento de alterações psicológicas. Nesse sentido, a disseminação de informações inverídicas desorienta a população colocando em risco as intervenções diretivas para a prevenção de danos que decorrem da propagação da doença (ALMEIDA, et al., 2020).

A profunda disseminação de informações incorretas, conhecida como infodemia, exerceu um impacto direto e prejudicial no enfrentamento da pandemia, impulsionando a busca por tratamentos e controle de sintomas que  necessitavam de comprovação científica quanto à sua eficácia na prevenção e na cura da Covid-19, intensificando o perigo de propagação do vírus, gerando incertezas acarretando em prejuízos a saúde mental da população no geral, tornando o excesso de informações equivocadas sobre a infecção e suas medidas profiláticas dificultando o trabalho de orientação das autoridades sanitárias nas medidas de controle do vírus (ALMEIDA, et al 2020).

No campo da educação também foram percebidas modificações como a interrupção das aulas presenciais em todo território nacional por meio da Portaria do Ministério da Educação (MEC) n° 343, de 17 de março de 2020, que dispõe a substituição das aulas presenciais por aulas remotas enquanto durar a pandemia (BRASIL, 2020a). Diante disso, uma nova modalidade denominada de Ensino Remoto Emergencial (ERE), sendo então utilizadas pelas instituições de ensino que optaram por essa modalidade afim de preservar vínculo entre professores e estudantes com vivências por meio digital na formação acadêmica (SILVEIRA; PICCIRILLI; OLIVEIRA, 2020).

O Ensino Remoto Emergencial (ERE) foi concebido com o propósito de assegurar o acesso à educação de maneira satisfatória durante o período de pandemia, levando em consideração imperativos como o distanciamento social, a fragilidade pessoal dos alunos e docentes, bem como os desafios inerentes ao aprendizado fora do ambiente universitário (GARCIA et al., 2023). Essa abordagem se tornou necessária para contornar os riscos à saúde pública associados aos cursos presenciais, adotados de forma temporária e ágil para garantir a continuidade do aprendizado em situações de crise, a qual o mundo enfrentou (PEDROZA, 2021).

No ensino superior, o Ministério da Educação através da Portaria n° 1.096 de 30 de dezembro de 2020 (BRASIL, 2020b) dispõe o retorno das aulas presenciais nos cursos da saúde, aulas práticas que não podem ser realizadas em modalidade virtual podem ser realizadas presenciais, além disso, na Portaria n° 572, de 1 de julho de 2020, institui que o protocolo de biossegurança seja seguido pelas instituições durante essas atividades (BRASIL, 2020c). Sendo assim, as demais atividades continuaram sendo realizadas de forma síncrona por meio de reuniões via web, palestras em tempo real ou em atividades de forma assíncrona no ambiente virtual de aprendizagem (ARRUDA, 2020).

As tecnologias desempenham um papel crucial no aprimoramento do processo educacional, porém é importante enfatizar os obstáculos e dilemas enfrentados, a transição de um método de ensino tradicional, onde a interação física entre alunos e professores ocorre em um ambiente presencial com infraestrutura física adequada, para o formato de ensino à distância (FEITOSA et al., 2020). Desde então, os usos destas ferramentas apresentam desafios significativos tanto para educadores quanto para estudantes, entre elas o acesso limitado às tecnologias, (tendo em vista que muitos estudantes apresentam a falta de acessibilidade de internet juntamente com a falta de equipamentos), quanto também as desigualdades sociais e a falta de capacitação dos professores no uso de tecnologias e novas plataformas de ensino (PEDROZA, 2021).

Anteriormente a crise pandêmica, estudos já revelaram níveis significativos de estresse em estudantes de enfermagem, e a literatura pós-Covid-19 têm evidenciado que estudantes passam por modificações de bem-estar psicológico, sendo este um fator que predispõe a saúde mental, durante a pandemia (LOURENÇO, et. al., 2021). Em diversos locais do mundo, pesquisas sobre estudantes de enfermagem revelam carências no autocuidado desses alunos, o que pode levar a problemas de saúde mental e doenças crônicas não transmissíveis, podendo ser aumentada durante o isolamento social no período pandêmico (OLIVEIRA, et al., 2021). As experiências vivenciadas durante o isolamento social podem ser identificadas como momentos de crise para os estudantes, gerando desafios complexos para a saúde mental (LOURENÇO, et al., 2021).

Especificamente no campo da enfermagem, a pandemia de Covid-19 teve um impacto direto no sistema educacional, devido o curso ser reconhecido por sua ênfase na prática, uso de laboratórios e implementação de estratégias de ensino que promovam a experimentação acadêmica durante o estágio curricular (PISSAIA; KUNZ DA COSTA, 2021). Os estágios curriculares são fundamentais para o desenvolvimento profissional dos estudantes de enfermagem e durante este período eles têm a oportunidade de assumir um papel ativo em sua própria aprendizagem, trabalhando em equipes de saúde, tomando decisões clínicas supervisionadas e ganhando autoconfiança na aplicação do conhecimento teórico (GUIMARÃES DA SILVA, et al.,2021).

A formação em enfermagem visa preparar os profissionais para fornecer uma atenção integral à saúde dos pacientes e frequentemente precisam tomar decisões rápidas e bem fundamentadas em ambientes complexos e dinâmicos, englobando habilidades técnicas, conhecimento científico e competências socioemocionais (RONDON; CUNHA; XIMENES NETO, 2020). O processo de ensino-aprendizagem na formação em enfermagem deve ser projetado para capacitar os estudantes a se tornarem profissionais competentes e compassivos, capazes de fornecer cuidados integrais que consideram as dimensões físicas, emocionais, sociais e culturais do ser humano (GUIMARÃES DA SILVA, et al.,2021).

Neste contexto incomum, cheio de incertezas, a relação entre as instituições de ensino superior na área da saúde foram significativamente afetadas, em decorrência à necessidade de adotar rapidamente tecnologias educacionais para manter o processo de ensino-aprendizagem em funcionamento devido à pandemia, sendo restabelecida após de um ano e meio, com a introdução e o progresso da vacinação contra a Covid-19, dessa forma, as atividades práticas dos cursos de saúde, especialmente os de enfermagem, começaram a ser retomadas de forma gradual (LIMA et al., 2023).

Diante da abrangência desta temática e dos pontos apresentados, o objetivo deste estudo foi analisar na literatura científica a percepção dos estudantes de graduação em enfermagem sobre a relação ensino-aprendizagem durante o ensino remoto, em tempos de pandemia entre os anos 2020 a 2022.

2. METODOLOGIA

O método utilizado neste estudo foi a revisão integrativa (RI). Este visa agrupar e condensar os resultados de estudos sobre um tema, além de mostrar lacunas do conhecimento que têm necessidade de ser preenchido com novos estudos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019).

Seguiu-se seis passos distintos para a construção dessa RI: 1) estabelecimento do tema e a idealização de uma questão norteadora (formulação da pergunta com auxílio da estratégia PICO – Population/Intervention/Control/Outcome), 2) Busca e seleção dos estudos primários (estabelecimento prévio de critérios de inclusão e exclusão e uso das bases de dados, organizar o banco de referências, selecionar os estudos primários), 3) Extração de dados dos estudos primários (extração de dados de cada estudo primário com uso de instrumento de registro ; organização do conjunto de dados coletados dos estudos primários incluídos na revisão, 4) Avaliação crítica dos estudos primários (seleção das ferramentas para avaliação dos estudos primários), 5) Síntese dos resultados da revisão (definição e organização das informações a serem extraídas dos estudos selecionados, avaliação dos estudos incluídos, interpretação e discussão dos resultados e síntese do conhecimento obtido, realizar recomendações para a prática clínica e limitações da revisão), 6) Apresentação da revisão (elaboração do documento de apresentação da revisão) (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019).

Para a elaboração da questão norteadora, utilizou-se a estratégia PICO (Population/Intervention/Control/Outcome), responsável por padronizar a estruturação de um parâmetro de busca com seu cerne em evidências, através da utilização deste acrômio (SANTOS; PIMENTA; NOBRE, 2007). Assim, a questão norteadora elaborada foi: “Na literatura científica há descrição de estudos sobre a percepção dos graduandos em enfermagem que realizaram aulas remotas no período de 2020 a 2022 sobre o processo ensino aprendizagem?”. Sendo: P= graduandos em enfermagem que realizaram aulas remotas no período 2020-2022; I=não se aplica; C=não se aplica; 0=percepção sobre o processo ensino aprendizagem.

Para a sistematização da busca foram elegidos os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/ MeSH) “Estudantes de Enfermagem / Nursing students/ Estudiantes de enfermería”; “Educação em Enfermagem / Education, Nursing / Educación en Enfermería”; “Educação a Distância/ Education, Distance/ Educación a Distancia”; “COVID-19” que foram combinados com o operador booleano “AND”. Após tal determinação, foi realizada a busca primária nas bases de dados Institute for Scientific Information Web of Science, National Library of Medicine of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). 

Os critérios de inclusão determinados, foram artigos completos, originais e na íntegra, publicadas na língua portuguesa, inglesa e espanhola, publicadas no período de 2020 a 2022 e que abordam o tema selecionado. Os critérios de exclusão são, teses, dissertações, resumos, artigos de revisão integrativa, revisão sistemática, capítulos de livros, artigos repetidos e todos aqueles que não compreendem os parâmetros supracitados.

As buscas foram realizadas no mês de agosto de 2023, na base de dados LILACS foram feitas as duas combinações para a busca sendo a primeira: Estudantes de Enfermagem [Descritor de assunto] and Educação a Distância [Descritor de assunto] and COVID-19 [Descritor de assunto] (Total de referências: 09) e a segunda: Estudantes de Enfermagem [Descritor de assunto] and Educação em Enfermagem [Descritor de assunto] and COVID-19 [Descritor de assunto] (Total de referências: 15).

Na base de dados Pubmed foram utilizados os MeSH com a seguinte combinação (((nursing students[MeSH Terms]) AND (education, nursing[MeSH Terms])) AND (education, distance[MeSH Terms])) AND (covid-19[MeSH Terms]) (Total de referências: 33).

Na Base de dados Institute for Scientific Information Web of Science foram feitas duas combinações na primeira com Keywords plus: ((KP=(Nursing Students)) AND KP=(Education, nursing)) AND KP=(COVID-19), (total de referências: 02); e na segunda combinação de keywords plus:  ((KP=(Nursing Students )) AND KP=(Education, distance)) AND KP=(COVID-19) (total de referências: 00).

Para análise de dados foi realizado a tradução e leitura compreensiva dos artigos selecionados, com uma subsequente hand search nas referências dos estudos que compreenderam os critérios de inclusão, iniciou-se o fichamento de acordo com o formulário validado por Ursi (2005) e adaptado às especificidades deste estudo. Dessa forma, após a avaliação dos estudos incluídos nesta pesquisa, foram analisados para o resultado, os seguintes dados: título, autoria, periódico, ano de publicação, país, idioma, base de dados, nível de evidência, amostra, palavra-chave, síntese dos resultados e conclusão.

A classificação do nível de evidência científica dos artigos selecionados para esta RI foi realizada de acordo com a categorização apresentada por Galvão, Sawada e Mendes (2003, p. 45). Essa categorização segue a classificação da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ) dos Estados Unidos da América, que estabelece seis níveis de evidência.

“nível I: metanálise de múltiplos estudos controlados; nível II: Estudo Individual com desenho experimental; nível III: estudo com desenho quase-experimental como estudo sem randomização com grupo único pré e pós- teste, séries temporais ou caso-controle; nível IV: estudo com desenho não-experimental como pesquisa descritiva correlacional e qualitativas ou estudos de caso; nível V: relatórios de caso ou dado obtido de forma sistemática, de qualidade verificável ou dados de avaliação de programas; nível VI: opinião de autoridades respeitáveis baseada na competência clínica ou opinião de comitês de especialista, incluindo interpretações de informações não baseadas em pesquisas; opiniões reguladoras ou legais”.

Encontrou-se um total de 58 artigos, distribuídos da seguinte maneira nas bases de dados: 33 artigos na PubMed, 23 artigos na Lilacs e 02 artigos na Institute for Scientific Information Web of Science. Destes foram excluídos 43 artigos. A amostra final foi constituída de 15 artigos. As estratégias de busca, inclusão e exclusão foram apresentadas no fluxograma (Figura 1), como recomendado pelo grupo PRISMA (GALVÃO; PANSANI; HARRAD, 2015).

Figura 1- Fluxograma da inclusão dos estudos. Brasil, 2024.

Fonte: Autoras, 2024.

3. RESULTADOS

A pesquisa sistemática conduzida para desenvolver esta RI demonstrou que a distribuição temporal dos artigos publicados 53% foram publicados em 2021, 40% em 2022 e 7% em 2023. No que diz respeito ao idioma das publicações, 67% estão em inglês, 13% em espanhol e 20% em português. Quanto ao nível de evidência, resultaram 14 publicações em nível IV (93%) e 1 publicação em nível II  (7 %).

Os resultados extraídos dos artigos identificados foram meticulosamente organizados no Quadro 1 apresentado abaixo. Este compêndio abrange não apenas o título e os autores, bem como, o ano de publicação, país de origem, base de dados utilizada na localização do artigo, nível de evidência, tamanho da amostra, palavras-chave, uma síntese dos resultados obtidos e, por fim, as conclusões alcançadas em cada estudo.

Quadro 1 – Apresentação da síntese dos artigos incluídos na revisão integrativa. Catalão, GO, 2022.

Fonte: Autores, 2024.

4. DISCUSSÃO

Durante a pandemia da Covid-19 o ensino remoto trouxe desafios significativos para a educação em saúde, especialmente para os cursos de enfermagem, que dependem fortemente de práticas presenciais para o desenvolvimento de habilidades clínicas. Com a necessidade de distanciamento social, muitas instituições de ensino superior tiveram que migrar rapidamente para o ensino remoto. Essa transição abrupta impactou a percepção dos estudantes de enfermagem de várias maneiras, destacando-se a utilização da tecnologia e o acesso à internet, mudanças nas relações acadêmicas bem como, transtornos emocionais relacionados aos elementos estressores do constante uso da tecnologia e do isolamento social. A pandemia revelou a desigualdade no acesso à internet e no uso de aparelhos tecnológicos, ocasionando ausências dentro dos ambientes virtuais, e provocando impactos significativos no processo de aprendizagem (PEREIRA; ROSADA; TARCIA, 2023). 

Apesar de identificar ausência de relação prática com a realidade profissional e desajuste dos recursos do domicílio, o processo do ensino remoto caracteriza continuidade da aprendizagem dos estudantes de enfermagem, e sua súbita implementação conduziu ao enfrentamento dos desafios contribuindo para novos aprendizados. Além disso, a literatura indica que os estudantes de enfermagem apreciaram a flexibilidade proporcionada pelo ensino remoto, tendo em vista a capacidade de acessar materiais didáticos e assistir as aulas gravadas em horários convenientes foi considerada um aspecto positivo (RODRIGUES et al., 2021).

Mesmo diante desses desafios, muitos estudantes e instituições de graduação demonstraram resiliência e capacidade de adaptação. A implementação de simulações virtuais e laboratórios online ajudou a mitigar a falta de experiências práticas, embora não substituísse completamente a prática clínica real (FITZGERALD; KONRAD, 2020). As plataformas de videoconferência facilitaram a comunicação e a colaboração, mantendo um senso de comunidade acadêmica (POKHREL; CHHETRI, 2021).

Entretanto, Wallace et al. (2021), citam que um dos desafios mais críticos foi a ausência de prática clínica supervisionada, ressaltando que o aprendizado prático é fundamental para a formação em enfermagem, pois permite que os estudantes desenvolvam competências técnicas e habilidades interpessoais em um ambiente prático de cuidado ao paciente, o que fez com que prejudicasse o desenvolvimento dessas habilidades cruciais, aumentando a preocupação dos estudantes sobre sua preparação e inserção profissional.

Em uma pesquisa conduzida no Brasil sobre os desafios do ensino remoto em diversos níveis educacionais, foram destacados a facilidade de dispersão da atenção, a ausência de espaço adequado e a inadequação dos recursos utilizados nas atividades. Na qual a inexistência de um ambiente propício está intimamente ligada à dispersão da atenção, evidenciando falta de equidade no processo educacional. Sendo que, a insuficiência de recursos se relaciona a escassez de planejamento e preparo nas atividades de ensino remoto, podendo ser devido a transição repentina e imediata para esse formato educacional (SILVA; SOUZA; MENEZES, 2020).

Segundo Wallace, et. al., (2021), a mudança imediata para o ensino remoto apesar de representar uma série de desafios aos estudantes de enfermagem também oferece notável resistência e dedicação, e a equipe docente tem a possibilidade de analisar fatores estressantes dos alunos e planejar aulas remotas simplificando o comprometimento dos estudantes e o fortalecimento da comunidade. Embora Langegård (2021), em análise de seu estudo a partir de entrevistas a estudantes, com os dados obtidos demonstrou que a mudança para o ensino remoto reduziu a interação social e consequentemente acarretou em danos para o ensino aprendizagem.

Além disso, alguns estudantes relataram participar das aulas utilizando smartphones, o que pode impactar negativamente o sucesso do ensino remoto devido ao tamanho reduzido das telas (KARAASLAN., et al., 2022), bem como, por muitas vezes terem que utilizar softwares específicos para realizar as atividades, e não possuírem os dispositivos eletrônicos adequados. Já em contrapartida, Veras, et al. (2023), apresenta que os desafios dos estudantes de enfermagem, não estavam relacionados à falta de equipamentos ou conectividade, mas sim à inadequação do lar para o aprendizado virtual, dificultando então a adaptação ao ambiente doméstico para estudos online. Destaca-se por exemplo a dificuldade comum de muitos estudantes em não abrir as câmeras, seja por preferência pessoal, desconforto ou falta de equipamento adequado (PASCON, et al., 2022).

Assim, a tecnologia tornou-se um desafio, em que alguns estudantes expressaram preocupações quanto ao compartilhamento de conexão à internet com familiares ou colegas de quarto em casa. Além disso, a ansiedade, o medo e o estresse associada a falhas tecnológicas durante aulas e avaliações, afetaram a capacidade dos estudantes de manter o foco e lidar com situações imprevistas durante o processo de aprendizado online no ensino remoto (HEAD, et al.; 2022).

Além dessas causas já apresentadas acima, associadas ao sofrimento psíquico dos estudantes durante o isolamento social também se soma um grande número de universitários apreensivos com a eventual contaminação de Covid-19 entre seus familiares, considerando também outras condições emocionais que incluem o estresse, a ansiedade, luto, sentimentos de medo, culpa e a raiva. Diante desse cenário de isolamento social que foi imposto aos estudantes durante o período pandêmico, tem-se como efeitos adversos a longo prazo, pânico, ansiedade, comportamentos obsessivos, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (FREIRES, et al., 2023).

O período pandêmico demonstrou alteridades estatísticas consideráveis nos níveis de ansiedade e depressão entre os estudantes quando comparado ao período normal relacionando as medidas de controle de infecção do vírus, atrasos acadêmicos, preocupações econômicas, excesso de informações inverídicas, como responsáveis da causa de transtornos e sofrimentos psicológicos, ao qual os estudantes foram inquiridos. Assim o evidencia-se o distanciamento distanciamento afetivo e dificuldades em criar vínculos, onde o ato comum de comunicação se tornou uma ação de causar sofrimento, gerando consequências como auto isolamento, desmotivação,e sensação de não pertencimento  (GUNDIM, et al., 2020).

5. CONCLUSÃO

Diante das análises de artigos foram apresentadas percepções variadas dos estudantes de graduação de enfermagem sobre a experiência do ensino remoto durante a pandemia de Covid-19, a análise da literatura demonstrou existentes tantos aspectos negativos como também positivos nesta modalidade de ensino. Determinados estudos indicaram que muitos estudantes valorizaram a flexibilidade que o ensino remoto proporcionou, e a possibilidade de acessar materiais e assistir aulas em qualquer horário que fosse conveniente, o que facilitava gerir o tempo entre aprendizado e questões pessoais.

No entanto a mudança abrupta para a modalidade online de ensino também evidenciou vários desafios, sendo o principal deles a falta de interação, um com o outro, o que é fundamental para a formação de aptidões de comunicação e trabalho em equipe, outrossim a falta de prática clínica supervisionada impossibilitou o aperfeiçoamento de habilidades práticas cruciais para a formação de enfermeiro.

Essa transição de forma repentina para o ensino remoto expôs fragilidades e desigualdades tecnológicas, socioeconômicas, o que fez com que impactasse de forma negativa na formação dos discentes do curso de enfermagem. A experiência desses estudantes no ensino durante a pandemia evidenciou a necessidade de aperfeiçoar a infraestrutura tecnológica e de comunicação, além de desenvolver ferramentas e diretrizes claras para o ensino remoto.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmica do curso de graduação em enfermagem da Unidade Acadêmica de Biotecnologia da Universidade Federal de Catalão (IBIOTEC/UFCAT). E-mail:
danielaguimaraesfreire@gmail.com
2Acadêmica do curso de graduação em enfermagem da IBIOTEC/UFCAT. E-mail:
enfgneves@gmail.com
3Docente do curso de graduação em enfermagem da IBIOTEC/UFCAT. E-mail: carlanatalina@ufcat.edu.br