RELAÇÃO DAS AÇÕES QUIMIOPROTETORAS DOS ANTIOXIDANTES, PROVENIENTES DA DIETA, COM A REDUÇÃO DA INCIDÊNCIA DE NEOPLASIAS MALÍGNAS 

RELATIONSHIP OF THE CHEMOPROTECTIVE ACTIONS OF ANTIOXIDANTS, ARISING FROM THE DIET, WITH THE REDUCTION OF THE INCIDENCE OF MALIGNANT NEOPLASMS 

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202408101043


Raíssa Adriane Nascimento de Lima1; Gabriela Aguiar Pessoa2; Luísa Beatriz Averbach Lopes Pacheco3; Renata Tavares de Campos4; Josué da Fonseca Lima5; Larissa Caroline dos Santos6; Letícia Cornelio dos Reis7; Pabline Cardoso da Silva8; Lannara Lima Patriota9; Maria Eduarda Feitosa Pereira10


Resumo 

Introdução: O câncer abrange mais de 100 (cem) diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. Seu desenvolvimento está relacionado a diversos fatores, dentre eles a ingestão de bebida alcoólica, alimentação, obesidade e exposição ao tabaco. A dietoterapia encontra-se dentro dos parâmetros de sucesso para evitar o desenvolvimento de neoplasias. Os alimentos possuem compostos com eficácia comprovada para o estadiamento da multiplicação e evolução das células cancerígenas. 

Dentre estes compostos bioativos, podem ser citados: compostos fitoquímicos, licopeno, vitaminas A, E e C, selênio, resveratrol e antocianina devido impacto no mecanismo de ação anticarcinogênicos, antioxidantes, anti-inflamatórios, dentre outros. Objetivo: Relacionar as ações quimioprotetores, dos compostos bioativos com potencial antioxidante, provenientes da dieta, com a diminuição da incidência de neoplasias malignas. Materiais e métodos: O estudo consiste em uma revisão bibliográfica do tipo narrativa. Os critérios de inclusão foram artigos que remetessem à prevenção do câncer através de compostos bioativos, publicações referentes a própria patologia e a relação do surgimento de neoplasias com a alimentação. Conclusão: Pode-se entender que a mudança do hábito alimentar ocasionada, principalmente, pela industrialização e a globalização, gerou impactos na saúde da população, e é possível afirmar que essa mudança favorece o surgimento de diversas doenças, dentre elas o câncer. Logo, a alimentação adequada associada a mudança de estilo de vida reduz a carcinogênese. Além disso, conclui-se que compostos bioativos provenientes da dieta, tem potencial quimioprotetor em relação às neoplasias malignas. 

Palavras-chave: Câncer. Quimioprotetores. Antioxidantes. Dietoterapia. Quimioprevenção.

1 INTRODUÇÃO 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), câncer é um termo que abrange mais de 100 (cem) diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos à distância. Com a multiplicação acelerada dessas células, diversos tumores tendem a se formar rapidamente, espalhando-se para outras regiões do corpo, gerando ainda mais gravidade para pacientes que desenvolvem essa patologia. Atualmente, 75 (setenta e cinco) milhões de pessoas vivem com câncer e a expectativa é que, até 2030, surjam aproximadamente 27 (vinte e sete) milhões de novos casos. Os indicadores de mortalidade associados ao câncer cresceram significativamente ao longo dos anos, e este índice não se dá somente pelo envelhecimento da população, mas principalmente devido ao processo de industrialização dos alimentos, além da mudança de hábito de vida da população em geral, que assume uma multifuncionalidade na rotina, reduzindo o tempo para a preparação e a realização das refeições, recorrendo assim às preparações prontas para o consumo, que, em sua grande maioria, são de origem industrializada e repletas de componentes maléficos à saúde, como excesso de sódio, nitritos e nitratos, alta quantidade de gordura, entre outros (INCA, 2021). 

A cada ano, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer atinge 9 (nove) milhões de pessoas e mata cerca de 5 (cinco) milhões, sendo considerada atualmente a segunda causa de morte por doença na maioria dos países, inclusive no Brasil. Segundo a OMS, se as medidas de prevenção e controle não forem tomadas a contento, a incidência de câncer aumentará em 100% dentro dos próximos 20 (vinte) anos, sobretudo nos países em desenvolvimento, que caminham a passos curtos para resolver os problemas básicos de saúde. O desenvolvimento do câncer está relacionado a diversos fatores de risco, entre eles estão: sexo, idade, história familiar, ingestão de bebida alcoólica, alimentação, obesidade pós-menopausa e exposição ao tabaco (FILHO, V. et al., 2008). 

Por outro lado, é possível prevenir o desenvolvimento do câncer mediante a implementação de ações que reduzem potencialmente o risco de incidência da doença. Dentre as diversas recomendações disponíveis na literatura, a dietoterapia encontra-se dentro dos parâmetros de sucesso para evitar o desenvolvimento de neoplasias, além de auxiliar no tratamento da patologia, sendo recomendada uma dieta balanceada e rica em alimentos que possuem compostos bioativos em sua composição, contendo a oferta de nutrientes adequada para uma vida saudável. O estilo de vida saudável elimina alguns outros fatores de risco para o câncer, tais como a falta de controle do peso corporal e o consumo exagerado de alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas e álcool (INCA, 2021). 

É comum nos depararmos com a expressão “alimentos anticancerígenos”, mas o que grande parte da população não sabe é que esses alimentos possuem compostos com eficácia comprovada para o estadiamento da multiplicação e evolução das células cancerígenas. Dentre esses compostos bioativos importantes para a prevenção do câncer, podem ser citados: compostos fitoquímicos, licopeno, vitamina A, vitamina E, vitamina C, selênio, resveratrol e antocianina (VIANA, A. et al., 2017). 

Compostos bioativos, quando utilizados como quimiopreventivos, vêm apresentando resultados satisfatórios na redução de cânceres. A relação dos fatores dietéticos com o câncer e suas atuações como quimiopreventivos são amplamente exploradas e reconhecidas na literatura; com isso, a prevenção de neoplasias por alimentos funcionais é um instrumento de importante impacto no mecanismo de ação anticarcinogênico, antioxidante, anti-inflamatório, anti-hormonal, antiangiogênico, dentre outros (FREITAS, 2010). 

O objetivo principal deste trabalho foi relacionar as ações quimioprotetores dos compostos bioativos com potencial antioxidante provenientes da dieta com a diminuição da incidência de neoplasias malignas, comparando o hábito alimentar e o desenvolvimento de tumores, dispondo de modificações alimentares que são capazes de minimizar a incidência de neoplasias e exemplificando os principais compostos bioativos que possuem função quimioprotetora através da ação antioxidante e atuam no controle e na prevenção do câncer.

2 REVISÃO DA LITERATURA 

Mecanismo de surgimento e desenvolvimento do câncer 

O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese e, de modo geral, ocorre lentamente, podendo levar vários anos para que as células cancerosas se proliferem e formem tumores visíveis. Diferentes carcinógenos, ou o efeito produzido por eles, são responsáveis pela ocorrência, promoção, progressão e supressão de tumores. O câncer surge através de alterações no DNA da célula, que acarretam a disfunção das atividades realizadas por ela. Tais alterações ocorrem em genes denominados proto-oncogenes, que são inativos em células normais. Quando são ativados, eles são capazes de se transformar em oncogenes que são responsáveis por originar células cancerosas através da transformação de células normais (INCA, 2021). 

Durante o processo de tumorigênese, as células normais, previamente reconhecidas como “próprias”, passam a expressar proteínas em níveis anormais ou estruturalmente diferentes podendo ser reconhecidas como “estranhas” e eliminadas pelo sistema imunológico, fenômeno conhecido como vigilância imunológica. Entretanto, células cancerígenas podem escapar da destruição, ou seja, evadir o reconhecimento imune por meio de vários mecanismos. Isso acontece porque as células tumorais são derivadas das células do hospedeiro, sendo parecidas com células normais em muitos aspectos e, por este motivo, mais dificilmente reconhecidas e eliminadas pelo sistema imune (VERONEZ L. et al, 2019). 

O corpo humano é constituído por milhares de células que se multiplicam por meio da divisão celular, quando ocorre em circunstâncias normais, esse processo é responsável pela formação, crescimento e regeneração de tecidos saudáveis do corpo. Alguns fatores podem interferir neste comportamento celular, tais como: fatores ambientais, agentes biológicos ou predisposição genética relacionada à doença. Esses e outros fatores levam a anormalidade, ou seja, alteram o padrão do comportamento das células que originam a carcinogênese. Essas células perdem a capacidade de limitar/controlar o seu crescimento e começam a se multiplicar rapidamente (FERNANDES, I e MELLO, A. 2008). 

Influência do comportamento alimentar na incidência de cânceres 

A alimentação também pode atuar como cofator na etiologia do câncer, os embutidos são produzidos com carnes vermelhas geralmente muito gordas e levam em sua fórmula aditivos químicos chamados nitratos, que, após se converterem em nitrosaminas, se transformam em agentes cancerígenos. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. O sal em excesso e a bebida alcoólica também estão associados a alguns cânceres como o de boca, esôfago, fígado, reto e mama. Uma dieta pobre em fibras e com altos níveis calóricos está relacionada a um maior risco de câncer de cólon e de reto. Em relação aos cânceres de mama e de próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença (INCA, 2017). 

A tabela a seguir (Tab 01) demonstra o impacto que a dieta exerce sobre o surgimento de neoplasias, levando em consideração as exposições mais comuns aos carcinógenos: 

Influência do comportamento alimentar na incidência de cânceres 

Alguns alimentos podem ser vetores de substâncias que atuam como carcinogênicas, existem diversas evidências de que a alimentação saudável e balanceada gera impactos nos processos biológicos que sustentam o desenvolvimento e a progressão do câncer, e influencia na possibilidade de as células adquirirem as mudanças fenotípicas na estrutura e na função celular que são reconhecidas como características do câncer. Nesse sentido, a nutrição inadequada irá promover a desordem do microambiente nutricional na célula molecular e essa ação pode promover um ambiente propício ao acúmulo de danos ao DNA, ocasionando o desenvolvimento de câncer. Os fatores nutricionais afetam o mecanismo de reparo do DNA e os compostos dietéticos influenciam no metabolismo dos carcinógenos (INCA, 2021). 

Sabe-se que uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, cereais e grãos integrais é capaz de prevenir/diminuir a incidência de neoplasias devido aos seus componentes antioxidantes e quimioprotetores. De acordo com o Centro Especializado em Oncologia Oswaldo Cruz (2016), recomenda-se que 2/3 do prato sejam preenchidos por verduras, grãos integrais, frutas, leguminosas e sementes, além de incluir, no mínimo, 3 porções de frutas e verduras frescas diariamente na dieta e evitar carnes vermelhas e alimentos ultraprocessados. Quanto à ingestão de carne vermelha, é recomendada a ingestão de, no máximo, 500g por semana, devendo ser evitadas as carnes processadas, embutidas, defumadas, curadas ou as conservadas. Os temperos industrializados possuem alta quantidade de sódio, corantes e conservantes, e, por isso, devem ser evitados e substituídos por temperos naturais como alho, cebola, salsa, coentro, ervas desidratadas, entre outros. Balas, doces caramelizados, tortas, bolachas recheadas, sorvetes e salgadinhos, são ricos em carboidrato e gordura. Eles devem ser evitados ao máximo, pois podem levar ao aumento de peso e risco de câncer. Vale ressaltar que uma dieta rica em fibras é muito importante para garantir o equilíbrio do organismo e a prevenção de alguns tipos de câncer, pois elas auxiliam na limpeza de substâncias promotoras de câncer, já que contribuem de forma eficaz na eliminação das fezes. 

Essas recomendações auxiliam na diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres e promovem um melhor estilo de vida para aqueles que conseguem colocá-las em prática. Não existe nenhum alimento que por si só tenha capacidade de prevenir o homem de ser acometido pelo câncer, visto que esta é uma patologia que possui diversos motivos para desenvolvimento e que necessitam de intervenções individualizadas. Porém, é comprovado que uma vida saudável, associada a ações quimioprotetoras, como as dietas quimioprotetoras, são capazes de reduzir o aparecimento de neoplasias. A atual complexidade da dieta se mostra como um desafio para estabelecer relação da nutrição com a etiologia do câncer, pois a mesma pode conter tanto inibidores quanto potencializadores da carcinogênese (INCA, 2021). 

Função dos antioxidantes, provenientes da dieta, na prevenção de neoplasias 

Os compostos antioxidantes atuam na defesa orgânica contra as espécies reativas de oxigênio (EROs). Essa defesa é dividida em três linhas, sendo que a primeira delas é responsável pela prevenção e garante a proteção contra a formação de substâncias agressoras. Uma vez formados, os radicais livres iniciam suas atividades destrutivas, e é imprescindível que a linha de defesa esteja com sua total capacidade de atuação, para que não seja necessária a intervenção da segunda linha, que já atua como interceptora. A terceira linha de defesa é responsável pelo reparo, isso ocorre quando a prevenção e a interceptação não ocorrem de forma efetiva e os produtos das agressões feitas pelos radicais livres estão sendo formados continuamente, podendo acumular-se no organismo. Ou seja, é de extrema importância que o corpo humano seja nutrido de diversas fontes de compostos antioxidantes, para que na primeira linha de atuação, responsável pela defesa, o combate seja efetivo, evitando que os produtos da destruição dos RLs sejam formados e acumulados. A ação dos antioxidantes ocorre principalmente por meio da quelação de minerais da ligação de receptores e enzimas do organismo e da captação direta dos radicais livres, reduzindo o processo inflamatório, modulando a atividade de moléculas, e impedindo o avanço da carcinogênese .Os antioxidantes são capazes de interceptar os RL gerados pelo metabolismo celular ou por fontes exógenas, impedindo o ataque sobre os lipídios, proteínas, ácidos graxos poli-insaturados evitando assim a formação de lesões e perda da integridade celular (PENAFORTE, 2008). 

Os antioxidantes naturais presentes nos alimentos funcionais apresentam benefícios intrínsecos à saúde humana. Quando esses compostos são provenientes de alimentos naturais, como, frutas, vegetais, algumas dessas substâncias têm efeito inibidor da carcinogênese e podem ter efeitos quimiopreventivos (FREITAS, 2010). 

Além de serem capazes de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres, os antioxidantes favorecem o aumento da imunidade e atuam na prevenção de algumas doenças, dentre elas alguns tipos de cânceres. Os compostos e vitaminas antioxidantes mais conhecidos são: as vitaminas A, E e C, selênio, b-caroteno, licopeno, resveratrol e antocianina. O selênio atua como antioxidante quimioprotetor, diretamente no dano genotóxico causado pelo acúmulo de modificações oxidativas nas bases do DNA e a quebra da vertente única ou dupla da coluna vertebral do DNA são características marcantes no desenvolvimento de muitas formas de câncer, o selênio tem sido sugerido para exercer suas funções anticarcinogênicas por meio de selenoenzimas de detoxificação das EROs. (ALMONDES, K.G.S et al., 2004). 

Segundo COZZOLINO (2016), a função antioxidante do selênio está diretamente relacionada às selenoproteínas, em especial, a glutationa peroxidase (GPx), que dependem dele. O efeito benéfico desse composto na redução do índice de neoplasias está associado, dentre outros fatores, à sua ação antioxidante que promove equilíbrio na razão entre a formação de radicais livres e o funcionamento celular normal. Quando não há esse equilíbrio, ocorre o acúmulo de radicais livres, a célula entra em estresse oxidativo e, consequentemente, ocorre uma instabilidade genética, alterando fatores de transcrição ou oxidando o DNA na base 8-hidroxideoxiguanosina (8-OHdG). 

O resveratrol é uma fitoalexina natural existente nas formas CIS e TRANS, sendo a forma trans a mais biologicamente ativa. Em um estudo feito em camundongos tratados com resveratrol em 2001, observou-se a redução de 70% na formação de pequenos tumores intestinais, impedindo, assim, o desenvolvimento do tumor de cólon. Logo, o tratamento com resveratrol mostrou consequente diminuição da expressão de genes diretamente envolvidos na progressão e proliferação do ciclo celular (ciclinas D1 e D2, Dp-1 fator de transcrição e proteína Y-Box binding), apresentando notável efeito protetor no desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas na carcinogênese (CESAR,E., 2017). 

Outras pesquisas também mostraram que o consumo regular de alimentos ricos em vitaminas A e C pode diminuir a incidência de câncer retal e de cólon. O b-caroteno, o mais importante precursor da vitamina A, está amplamente distribuído nos alimentos e possui ação antioxidante. Os retinóides fazem parte do processo de diferenciação celular, controle desta diferenciação e apoptose, que é a morte celular programada. Este composto inibe o crescimento das células malignas no epitélio escamoso e estimula o resgate da leucemia mielocítica aguda, agindo no crescimento e no controle da diferenciação dessas células. Além destas funções, os retinoides são excelentes “varredores” de EOR e protegem as células de danos oxidativos (SANTOS, H. CRUZ, W., 2001). 

O efeito anticarcinogênico da vitamina C se dá pela habilidade que o composto possui em bloquear o processo carcinogênico por meio de sua atividade antioxidante e por detoxificar carcinógenos e/ou aumentar sua imunocompetência. Os resultados satisfatórios em relação à ação da vitamina C se dão em alguns tipos de cânceres, principalmente oral, esofágico e gástrico (COZZOLINO, S.M.F., 2016). 

De acordo com uma revisão de literatura publicada pela Revista Brasileira de Cancerologia, a vitamina E é um antioxidante dietético de extrema importância, tendo sua forma biológica mais ativa o alfa-tocoferol. Sua principal função como antioxidante é defender os tecidos adiposos dos ataques de radicais livres, além disso a vitamina E é capaz de impedir o crescimento de células malignas de linfomas e de câncer de mama in vitro. Em estados de deficiência dessa vitamina, os prejuízos celulares promovidos pela produção de radicais livres pelos tumores causam peroxidação lipídica e destruição celular (SANTOS, H., CRUZ, W., 2001). 

Quanto as antocianinas, um estudo experimental verificou que a ingestão do açaí reduziu o número de criptas aberrantes, a proliferação tumoral e a incidência de displasia de alto grau, além de aumentar a expressão de genes de regulação negativa da proliferação celular. Outro estudo que avaliou o uso de antocianinas da framboesa preta em tecido do cólon em camundongos demonstrou uma inibição da sinalização de β-catenina, proteína responsável pela formação e progressão do câncer colorretal. Além disso, as antocianinas podem ser fermentadas por microorganismos no intestino, formando ácidos fenólicos e aldehídos antiproliferativos (GRIMES, K. et al 2018). 

O licopeno é um carotenóide sem a atividade pró-vitamina A, lipossolúvel. É o carotenóide predominante no plasma e nos tecidos humanos, sendo encontrado em um número limitado de alimentos de cor vermelha, como tomates e seus produtos, goiaba, melancia, mamão e pitanga. Tomates e derivados aparecem como as maiores fontes de licopeno. O consumo de alimentos ricos em licopeno, juntamente com o pigmento avermelhado presentes em vegetais e frutas como goiaba, tomate, melancia, rabanete, colaboram para a prevenção do câncer de próstata. Nestes estudos, foi citada a função antioxidante do licopeno e sua capacidade de auxiliar na prevenção de doenças crônicas como o câncer (XAVIER, F. 2015). 

Quimioprotetores dietéticos 

O termo “quimioprotetor” refere-se ao potencial antioxidante que ameniza os efeitos deletérios causados pelas EROs, atuando então na prevenção do aparecimento de tumores malignos. Sendo assim, os fatores dietéticos que auxiliariam nesse processo são os compostos provenientes de alimentos naturais, como frutas e vegetais, pois algumas dessas substâncias têm efeito inibidor da carcinogênese, mostrando efeito positivo na redução da mutação celular que induz o crescimento tumoral. Os antioxidantes naturais são compostos bioativos que apresentam caráter benéfico à saúde humana, devido à sua capacidade de proteger as células contra os efeitos dos radicais livres e favorecer o aumento da imunidade, atuando na prevenção de algumas doenças, dentre elas o câncer (FREITAS, 2010). 

A tabela a seguir (Tab 02) traz um resgate dos principais compostos bioativos, com função antioxidante, facilmente adquiridos através da dieta, capazes de atuar na quimioprevenção quando consumidos em associação a uma alimentação saudável e equilibrada: 

Tab. 02 Compostos bioativos com potencial quimiopreventivo através da função antioxidante.

3 METODOLOGIA 

O trabalho consiste em uma revisão bibliográfica do tipo narrativa. Segundo a Universidade de São Paulo (2015) a pesquisa do tipo narrativa é adequada para a fundamentação teórica de trabalhos de conclusão de curso. Não utiliza critério explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica da literatura, baseando-se em materiais bibliográficos, com o objetivo de verificar a validade das obras consultadas, publicados nas bases de dados SciELO, Google Acadêmico além de fontes como INCA (Instituto Nacional de Câncer) e AICR (American Institute for Cancer Research) e livros. 

Foram selecionadas as publicações científicas relacionadas à ação quimiopreventiva de componentes bioativos, e pesquisas cujo tema se enquadrasse no enfoque principal do trabalho, através de palavras-chave como: quimioprevenção, câncer, ação quimioprotetora e dietoterapia. Dos artigos coletados, foram selecionados os publicados entre 2001 e 2021, priorizando as publicações mais recentes referentes ao tema. 

Os critérios de inclusão foram a utilização de textos que se referirem à prevenção do câncer através de compostos bioativos, além de publicações referentes à própria patologia e à relação do surgimento de neoplasias com a alimentação, e para isso foram utilizados artigos em português e inglês. Foram utilizadas, no total, 20 referências resgatadas de livros, artigos científicos e publicações dispostas nas páginas de instituições de saúde e câncer. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS 

Foram selecionadas, ao todo, 20 referências retiradas de livros, artigos científicos e publicações de instituições de saúde e câncer, datadas entre 2001 e 2021, que atenderam aos critérios de inclusão nas análises, focando na ação antioxidante proveniente da alimentação.

A literatura destaca a importância do papel crucial que a alimentação representa nos diversos estágios da carcinogênese, entretanto, mesmo na vigência do câncer, uma dieta adequada é indispensável durante todo o tratamento contra as neoplasias malignas (LEE; CESAREO, 2019). 

Conforme o Instituto Nacional de Câncer – INCA (2021), os benefícios da ingestão de frutas, legumes e verduras (FLV) na prevenção do câncer superam os riscos associados ao consumo desses alimentos com resíduos de agrotóxicos. Isto se deve ao fato de que os vegetais são fontes de vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos, substâncias que protegem contra os diversos tipos de neoplasias malignas. Nesse sentido, a escolha ideal é alimentos de base agroecológica ou orgânicos, visto que além de saudável, contribui para a preservação do meio ambiente e para a agricultura familiar. Entretanto, na impossibilidade de aquisição desses alimentos, o consumo de FLV deve ser mantido, uma vez que há fortes evidências de que a redução no consumo desses alimentos pode aumentar consideravelmente a incidência de câncer. 

Durante o estresse oxidativo, a membrana celular é particularmente afetada pelos radicais livres de oxigênio (EROs), devido à peroxidação lipídica, que resulta na oxidação das estruturas de ácidos graxos poli-insaturados. Essas alterações na estrutura da membrana promovem a perda de seletividade nas trocas iônicas, o que resulta na perda de conteúdo celular e, eventualmente, na morte celular. Considerando que o estresse oxidativo é um fator negativo para o desenvolvimento de células cancerígenas, os antioxidantes dietéticos são reconhecidos como agentes eficazes na profilaxia e no tratamento dessas patologias (ZIMMERMANN, 2008). 

Os antioxidantes atuam absorvendo ou deslocando os oxigênios reativos, evitando alterações nos carboidratos, lipídios (peroxidação) no DNA e RNA celular. Os mesmos podem ser classificados em endógenos e exógenos, no qual os endógenos são produzidos pelo próprio organismo e têm uma subclassificação: enzimáticos (superóxidos dismutases citoplasmática (SOD1) e mitocondrial (SOD2), catalase, glutationa peroxidase (GSH- Px), glutationa redutase (GSH)) e não enzimáticos (glutationa, ácido lipóico, albumina, ubiquinona, metalotioneínas, transferrina, ceruloplasmina). Já os exógenos são adquiridos por meio da ingestão alimentar ou fitoterápicos (ácido ascórbico, tocoferol, carotenóides, compostos fenólicos e demais metabólitos secundários vegetais, zinco, cobre, selênio e magnésio) (PEREIRA, 2012).

Dessa forma, os antioxidantes desempenham um papel na prevenção contra substâncias agressoras, neutralizando os radicais livres e contribuindo para o reparo dos mecanismos que formam os EROs. Estudos demonstram que alimentos ricos em antioxidantes, quando consumidos em quantidades adequadas, podem prevenir o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo linfomas, melanomas, câncer prostático, gástrico e de cólon. (SANTOS; CRUZ, 2001). 

A partir da observação de que níveis elevados de estresse oxidativo causam danos celulares, foram desenvolvidas pesquisas que evidenciaram que vitamina A, C, D e E, selênio, zinco e flavonoides quando consumidos em quantidades adequadas apresentam resultados positivos tanto na prevenção de neoplasias como durante o tratamento quimioterápico, uma vez que essas substâncias proporcionam o controle do crescimento tumoral (OLIVEIRA et al, 2011). 

A vitamina E apresenta-se em quatro formas: alfa, beta, gama e alfa-tocoferóis. Os tocoferóis por meio de doação de um átomo de hidrogênio convertem radicais livres em espécies menos reativas. Isso resulta na redução dos EROs circulantes e na diminuição das lesões teciduais (ARAÚJO, 2016). 

Segundo Santos e Cruz (2001), a vitamina E possui a capacidade de inibir o crescimento tumoral de linfomas e câncer de mama, além de potencializar o efeito dos quimioterápicos. Entretanto, a administração de vitamina E deve ser feita com cautela, pois níveis excessivos podem causar toxicidade a células saudáveis. As principais fontes dessa vitamina incluem alimentos de origem animal, como ovos, leite e fígado, bem como óleos vegetais e vegetais folhosos, como brócolis, couve-flor, repolho, couve de Bruxelas e couve. 

A vitamina A desempenha um papel crucial na proteção do sistema biológico contra o crescimento tumoral. Os retinóides auxiliam na síntese de linfócitos T, que participam de processos fisiológicos que favorecem a eliminação de EROs, a inativação de radicais livres, a proteção do DNA contra mutagênese e a inibição da proliferação celular. As principais fontes de vitamina A incluem óleo de fígado de bacalhau, fígado, manteiga, margarina, atum, leite e derivados, ovos e azeite de oliva (GOUVEIA, 2011). 

O ácido ascórbico conhecido como vitamina C tem ação de desintoxicar células carcinogênicas e possui efeito quimioprotetor. O ácido ascórbico reage com oxigênio simples, radical hidroxila e radical superóxido reduzindo a formação de radicais livres, substâncias essas que são agressivas ao organismo. Encontra-se a vitamina C em frutas cítricas e folhas cruas de vegetais; as melhores fontes são laranja, limão, morango, acerola, goiaba, brócolis e repolho (ARAÚJO, 2016). 

A atuação dos antioxidantes é crucial para reduzir o surgimento e a proliferação de células tumorais, com o selênio desempenhando um papel significativo na diminuição dos riscos de doenças crônicas não transmissíveis e no fortalecimento do sistema imunológico, agindo como agente redutor do dano genotóxico causado por oxidações no DNA. O resveratrol, além de ser um potente antioxidante, possui propriedades anti-inflamatórias e é amplamente reconhecido por contribuir para a redução de tumores intestinais, diminuindo a probabilidade de câncer de cólon. O betacaroteno mostra resultados positivos, especialmente na redução de câncer de pulmão, quando consumido em quantidades adequadas. A vitamina A ajuda a controlar a diferenciação celular e combate os radicais livres, e, quando combinada com a vitamina C, pode reduzir a incidência de câncer retal e de cólon. A vitamina C também detoxifica carcinógenos e/ou aumenta a imunocompetência. A vitamina E protege os tecidos adiposos dos radicais livres e, por ser lipossolúvel, impede principalmente o crescimento de células malignas em linfomas e câncer de mama. A antocianina aumenta a expressão de genes que regulam negativamente a proliferação celular, e o licopeno combate os radicais livres, sendo um antioxidante importante na redução do crescimento de células tumorais malignas. Assim, um estilo de vida saudável e uma alimentação rica em hortaliças e frutas com compostos bioativos como os antioxidantes mencionados demonstram excelente desempenho na prevenção de células tumorais malignas. (PEREIRA, 2012; OLIVEIRA et al, 2011; ARAÚJO, 2016; GOUVEIA, 2011; SANTOS; CRUZ, 2001) 

Estudos indicam que o selênio atua em conjunto com proteínas para formar enzimas chamadas selenoproteínas, que desempenham um papel importante na função antioxidante do organismo e ajudam a fortalecer o sistema imunológico. A deficiência dessas enzimas torna as células mais suscetíveis aos radicais livres, devido ao aumento das atividades dos peróxidos lipídicos e do peróxido de hidrogênio. Essa deficiência, portanto, favorece a oxidação de células e tecidos. A principal fonte de selênio é a castanha-do-Brasil (CATANIA et al, 2009). 

O caminho adiante requer uma abordagem multidisciplinar, que inclua pesquisa contínua, conscientização pública e orientações práticas para promover mudanças positivas na dieta e, consequentemente, na saúde. Compreendendo melhor a ação dos antioxidantes, é possível atuar na prevenção, controle e minimização dos efeitos adversos do tratamento quimioterápico, por meio de uma dieta rica em antioxidantes adaptada ao perfil individual de cada paciente. Isso incentiva um estilo de vida mais saudável, com a adoção de uma dieta rica em frutas e hortaliças, e aumenta a conscientização sobre a importância desses alimentos na prevenção e controle de neoplasias. 

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

De acordo com a literatura revisada, câncer é um termo que se refere à multiplicação acelerada e desordenada de células com alterações genéticas, podendo ser ocasionado por fatores ambientais, agentes biológicos ou predisposição genética relacionada à doença. 

Além disso, pode-se entender que a mudança dos hábitos alimentares, ocasionada, principalmente, pela industrialização e pela globalização, gerou impactos na saúde da população. É possível afirmar que essa mudança favorece o surgimento de diversas doenças, dentre elas o câncer. Logo, a alimentação adequada associada à mudança de estilo de vida reduz a carcinogênese. 

Pode-se concluir também que os compostos bioativos provenientes da dieta, tem potencial quimioprotetor em relação às neoplasias malignas, ocasionando a diminuição da incidência da patologia. Dentre as funções atribuídas aos compostos revisados, a ação antioxidante se destaca com efeito benéfico e quimioprotetor por agir como “varredores” de radicais livres, inibindo o estresse oxidativo e a proliferação celular, favorecendo o aumento da imunidade e possuindo capacidade de controlar o crescimento tumoral. 

REFERÊNCIAS 

ALMONDES, K. G. DE S. et al.. O papel das selenoproteínas no câncer. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, n. 4, p. 484–488, 2010. 

ARAÚJO, L.R.L . Antioxidante na prevenção do câncer. Faculdades Integradas de Patos Curso de Medicina. v. 1, n.1, p. 18-26, 2016.

CATANIA, A.S; BARROS, C.R; FERREIRA, S.R.G..Vitaminas e minerais com propriedades antioxidantes e risco cardiometabólico: controvérsias e perspectivas. Arq Bras Endocrinol Metab.v. 53, n.5, pp.550-559, 2009. 

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1 Nutricionista formada pela Universidade do Grande Rio Unigranrio e-mail: raissa08.lima@gmail.com2 Nutricionista formada pela Unifor. e-mail: gabrielaaguiarpessoa@gmail.com 

3 Nutricionista formada pela Universidade Veiga de Almeida e-mail: luisabeatriz.alp@gmail.com 4 Discente do curso superior de Nutrição do Instituto de Nutrição Josué de Castro, UFRJ e-mail: tcampos.renata@gmail.com 

5 Nutricionista formado pela Universidade Veiga de Almeida. Discente do curso de especialização em nutrição clínica da UFRJ e-mail: josue.f.lima1999@gmail.com 

6 Nutricionista formada pela Unisagrado e-mail: larissa.caroline_12@hotmail.com 

7 Nutricionista formada pela Universidade do Grande Rio Unigranrio e-mail: leticiareismoon@hotmail.com 8 Discente do curso superior de Nutrição da Universidade Federal do Oeste da Bahia e-mail: pablinecardoso24@gmail.com 

9 Nutricionista formada pela Uninassau Petrolina e-mail: lannara74@gmail.com 

10 Nutricionista formada pela Uninassau Petrolina e-mail: eduardapereirafeitosa@gmail.com