REINTERVENÇÃO ENDODÔNTICA E REPARO DE LESÃO PERIAPCIAL APÓS UM ANO DA CONCLUSÃO DO TRATAMENTO – RELATO DE CASO

ENDODONTIC REINTERVENTION AND REPAIR OF PERIAPCIAL LESION ONE YEAR AFTER TREATMENT COMPLETION – CASE REPORT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202505082124


Rosana Maria Coelho Travassos1, William Wale Rodrigues Martins2, Victoria Caroline da Silva3, Wiliam Dias Gomes4, Adriane Tenório Dourado Chaves5, Luciane Farias de Araújo6, Verônica Maria de Sá Rodrigues7, Josué Alves8, Pedro Guimarães Sampaio Trajano dos Santos9, Maria Regina Almeida de Menezes10, Mônica Maria de Albuquerque Pontes11, Eliana Santos Lyra da Paz12


RESUMO 

O objetivo deste foi descrever um caso clínico de retratamento endodôntico em sessão única em dente com periodontite apical crônica. Paciente de 22 anos de idade, gênero feminino foi encaminhada a um especialista em endodontia para terapia do dente 37. O exame  radiográfico periapical revelou material radiopaco semelhante à guta percha e lesão periapical. O retratamento de canal radicular foi proposto para o paciente e após anestesia, realizou-se a abertura coronária. Removeu-se a guta percha com instrumento rotatórios ProDesign Logic RT #25/08. A substância irrigadora empregada foi a clorexidina gel 2%.. O repreparo foi realizado com limas Solla Purple 35.04 nos canais mésio-vestibulae e mésiolingual e  Solla 50.04 no canal distal.  A obturação do sistema de canais radiculares foi realizada pela técnica do cone único, associado ao cimento Bio-C Sealer. A proservação clínica e radiográfica realizada após um ano da conclusão do tratamento,  determinando o sucesso do retratamento, uma vez que houve reparo radiotrasparência óssea periapical. Conclui-se que retratamento endodôntico em única sessão determinou o sucesso da terapia endodôntica conservadora. 

Palavras-chaves: Periodontite apical crônica, Retratamento de canal radicular, Proservação. 

ABSTRACT 

The objective of this study was to describe a case of single-visit endodontic retreatment in a tooth with chronic apical periodontitis. A 22-year-old female patient was referred to an endodontic specialist for treatment of tooth 37. Periapical radiographic examination revealed radiopaque material similar to gutta-percha and a periapical lesion. Root canal retreatment was proposed for the patient and, after anesthesia, a coronal opening was performed. The guttapercha was removed with ProDesign Logic RT #25/08 rotary instruments. The irrigating substance used was chlorhexidine gel 2%. Repreparation was performed with Solla Purple 35.04 files in the mesiobuccal and mesiolingual canals and Solla 50.04 in the distal canal. The root canal system was obturated using the single cone technique associated with Bio-C Sealer cement. Clinical and radiographic follow-up performed one year after the completion of treatment determined the success of retreatment, since there was periapical bone radiolucent repair. It is concluded that endodontic retreatment in a single session determined the success of conservative endodontic therapy. 

Keywords: Chronic apical periodontitis, Root canal retreatment, Proservation 

INTRODUÇÃO 

O retratamento endodôntico tem como objetivo a remoção de todo o material obturador previamente existente e uma efetiva reinstrumentação das paredes dentinárias do canal radicular, para a obtenção de uma forma adequada (limpeza e modelagem) que favoreça a nova obturação. Após o esvaziamento e a determinação do comprimento de trabalho e de patência, inicia-se a instrumentação dos canais radiculares. Todavia, o esvaziamento e a reinstrumentação, na maioria das vezes, são realizados concomitantemente. Clinicamente, a reinstrumentação é considerada completa quando não houver mais evidência de guta-percha ou selador no instrumento endodôntico, as raspas de dentina excisadas forem de coloração clara e o canal radicular, por meio da sensibilidade tátil, apresentar paredes lisas e, imaginariamente, uma forma adequada que permita sua posterior obturação de maneira efetiva. Em busca desses fundamentos, várias manobras têm sido sugeridas: manuais e especiais; ultrassônicas e acionadas a motor, com instrumentos de conicidades variáveis. (Travassos et al. 2024). 

A progressão de lesões periapicais induzidas endodonticamente está claramente associada à presença de microrganismos no sistema de canais radiculares. Existem métodos cirúrgicos e não cirúrgicos para tratar esses casos. A terapia de canal radicular não cirúrgica é o tratamento de escolha no manejo de dentes com grandes lesões periapicais. Quando esse tratamento não consegue resolver a patologia perirradicular, opções adicionais devem ser consideradas, como retratamento não cirúrgico ou cirurgia periapical. (Hasic Brankovic et al. 2011). 

O tratamento não cirúrgico de lesões periapicais é preferível em comparação aos métodos cirúrgicos e deve ser considerado. Possíveis danos aos dentes vitais adjacentes, danos às estruturas anatômicas nas proximidades da lesão e dor e desconfortos associados a procedimentos cirúrgicos podem ser eliminados por métodos não cirúrgicos. (Nadakkavil et al.,2023). 

O sucesso do tratamento endodôntico não cirúrgico é baseado na limpeza, modelagem e obturação adequadas do canal radicular. Uma instrumentação completa com irrigação abundante é a pedra fundamental de um tratamento de canal radicular bem-sucedido. Embora a instrumentação e a irrigação reduzam a contagem  bacteriana, um agente com ação bactericida ainda é necessário para garantir a desinfecção ideal. Pesquisadores sugeriram estender os instrumentos do canal radicular além do forame apical para drenagem e alívio da pressão.A irrigação com Hipoclorito de Sódio e a instrumentação biomecânica adequada são recomendadas para o tratamento de canal radicular bem sucedido, seguido de medicação intracanal. (Shaiban et al. 2023). 

RELATO DE CASO 

Paciente de 22 anos de idade, gênero feminino foi encaminhada para o consultório particular para retratamento endodôntico do dente 37. Clinicamente apresentou-se assintomático, e no exame radiográfico periapical observou-se material radiopaco semelhante à guta percha e presença de radiotransparência óssea periapical.  (Figura 1). 

Figura 1 -Presença de material obturador  e radiotransparência óssea periapical 

Os achados clínicos e exame por imagem, estabeleceu o diagnóstico de periodontite apical crônica com plano de tratamento e retratamento endodôntico. O tratamento foi autorizado por meio do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Após anestesia infiltrativa local com solução anestésica de lidocaína 2% com epinefrina 100.000 (DFL Indústria e Comércio S.A., Rio de Janeiro, RJ), foi realizado isolamento absoluto e abertura coronária. A desobturação foi realizada com instrumento rotatórios ProDesign Logic RT #.25/08 (Easy Equipamentos Odontológicos, Belo Horizonte, Brasil) no comprimento de trabalho provisório. 

A odontometria eletrônica foraminal, foi realizada com o localizador Root Zx Mini Apex Locator. A substância irrigadora empregada foi a clorexidina gel 2%.. O repreparo foi realizado com limas Solla Purple 35.04 nos canais mésio-vestibular e mésio-lingual e  Solla 50.04 no canal distal.  A obturação do sistema de canais radiculares foi realizada pela técnica do cone único, associado ao cimento BioC Sealer. 

A proservação clínica e radiográfica realizada após um ano após a conclusão do tratamento e determinou o sucesso do retratamento endodôntico conservador, uma vez que a paciente estava assintomática e o exame radiográfico demonstrou reparo da lesão periapical. (Figura 2). 

Figura 2 – Proservação de 1 ano – Reparo da lesão periapical. 
DISCUSSÃO 

A periodontite apical é uma das doenças orais que se desenvolve a partir da  falha do tratamento endodôntico adequado pode ocorrer devido a infecção bacteriana que se manifesta como consequência de uma insuficiente limpeza, instrumentação e obturação. Dessa forma, a subsistência das colonizações bacterianas no interior do sistema de canais radiculares, após a finalização do tratamento endodôntico, é uma das principais causas do insucesso endodôntico (LOYOLA CANO, 2021). 

É indicado realizar retratamento endodôntico convencional quando trata-se de casos em que ocorreu obturação endodôntica inadequada de um canal radicular, bem como onde possua evidência radiográfica da lesão. Outra indicação para o retratamento é em situações de troca da restauração coronária, para que se possa evitar alguma manifestação clínica ou radiográfica adversa. O retratamento endodôntico é ainda indicado quando há persistência dos sintomas, como desconforto à percussão e palpação; edema ou fístula; inviabilidade de mastigação e mobilidade (DE OLIVEIRA CLARO, 2022).  

Quando o cirurgião-dentista identifica que ocorreu uma reinfecção, ou seja, uma infecção secundária no elemento dentário que já possui tratamento endodôntico, faz se o retratamento endodôntico a fim de reverter fracassos ocorridos em terapias endodônticas anteriores, tal procedimento tem se mostrado cada vez mais constante no cotidiano clínico (DE SENA DIAZ, 2021). O retratamento é um procedimento não cirúrgico que tem como objetivo remover o material obturador do conduto radicular, para que seja possível recuperar o acesso ao forame apical, seguido da limpeza, desinfecção dos canais, da conformação e por fim da obturação do sistema de canais radiculares. 

A persistência de infecção pós-tratamento endodôntico primário ocorre com uma frequência comum. Na presença de lesões extensas, pode gerar grandes reabsorções ósseas e serem acompanhadas de sinais e/ou sintomas. Existe um grau de contaminação maior no interior do canal radicular, mas a região perirradicular também pode ser acometida por esses microrganismos. Quando não se obtém uma diminuição favorável da carga microbiana na região do canal e periapical, deve-se intervir novamente, através do retratamento endodôntico, com vistas ao completo reparo ósseo. Neste caso, o retratamento consistiu na remoção do material obturador previamente existente no canal radicular infectado, para posterior instrumentação, sanificação e obturação dos canais radiculares. Todavia, em casos de lesões extensas, mesmo diante de um adequado protocolo de descontaminação, o reparo completo da região periapical pode não ocorrer, com a persistência de sinais e sintomas de infecção, determinando a necessidade de complementação cirúrgica. (Travassos et a. 2024). 

As causas do insucesso no tratamento endodôntico são variadas e podem ser agrupadas em falhas técnicas e fatores microbianos. As falhas técnicas incluem a inadequação na obturação dos canais radiculares ou a incapacidade de abordar todas as vias de infecção, enquanto os fatores microbianos estão relacionados à persistência de infecções na região apical do canal radicular, o que pode resultar em um processo inflamatório crônico (Vieira, 2022). Corroborando com esses achados, (Bronzato et al. 2021) constataram que uma série de fatores pode colaborar com a falha do tratamento endodôntico, evidenciando: instrumentação inadequada, acidentes e complicações ocorridas durante o tratamento, presença de biofilme bacteriano, obturação e selamento inadequado dos sistemas de canais radiculares, uso de materiais irritantes aos tecidos periapicais e restaurações coronárias deficientes. 

O retratamento endodôntico convencional é uma forma de manipulação endodôntica que tem funções de solubilizar e retirar material de preenchimento, desinfetar e remodelar os canais e colocar uma nova obturação endodôntica no espaço criado. É frequente a procura de pacientes por retratamento endodôntico nos consultórios dentários. Diante do fracasso do retratamento convencional, a cirurgia periapical é a modalidade cirúrgica indicada com finalidade de remoção do agente etiológico da região perirradicular com doença periapical. No entanto, o profissional dentista precisa realizar um bom exame clínico e radiográfico para seleção de casos aptos ao retratamento endodôntico Apesar de o retratamento endodôntico convencional ser um procedimento oneroso, há uma grande previsibilidade de sucesso endodôntico, exceto em casos de lesões perirradiculares persistentes. Com o advento da modernidade, houve um aperfeiçoamento nos instrumentos endodônticos rotatórios para uso exclusivo durante o retratamento. Pode-se concluir que nenhuma técnica empregada durante a desobturação dos condutos foi eficiente em remover completamente a guta-percha. (Pereira, 2022). 

A obturação adequada do canal, tem um impacto profundo na eficácia da terapia endodôntica. Essa obturação deve ser realizada de forma precisa, de modo a vedar hermeticamente o canal radicular, impedindo a entrada de microrganismos. No entanto, sua importância vai além disso. Uma obturação adequada também é capaz de promover um ambiente propício para o reparo tecidual na região periapical, permitindo que os tecidos se restauram naturalmente e evitando a recorrência de infecções (Travassos et al., 2023). Como relatado no caso presente, o retratamento endodôntico convencional foi bem-sucedido e suficiente para eliminar os processos infecciosos do sistema de canais radiculares, permitindo uma neoformação óssea periapical, por meio de uma limpeza e desinfecção eficaz, e obturação com bom selamento apical. Além disso, é de extrema importância a proservação do paciente visando avaliar a evolução do processo de regressão da lesão periapical para o estabelecimento do sucesso do tratamento endodôntico. A partir do acompanhamento clínico e radiográfico, constatou-se remissão da lesão e sucesso no tratamento endodôntico (Alves, 2024). 

Aos profissionais que praticam a Endodontia, condutas clínicas comprovadas cientificamente são respaldo para que os protocolos possam ser inseridos na vivência clínica, proporcionando ao paciente um tratamento cada vez mais resolutivo e de sucesso (Gonçalves et al. 2024). Pode-se avaliar o sucesso do tratamento através de diversos critérios sendo eles: paciente assintomático, sem nenhuma patologia periapical ou periodontal, radiograficamente nota-se que as lesões se encontram curadas ou que existe progressão óssea e que o tratamento esteja bem selado, com uma boa restauração coronária. Por fim, sabe-se que ocorre sucesso, quando o dente tratado exerce suas funções na cavidade bucal corretamente, sem nenhum sintoma clínico ou radiográfico (Loyola Cano, 2021). A proservação clínica e radiográfica foi realizada após um ano da conclusão do retratamento, determinando remodelação óssea periapical. Para Travassos et al (2021) o adequado acompanhamento da conduta terapêutica, é indispensável o registro radiográfico inicial, o aspecto imediato e aspecto final através desses registros radiográficos.  

Após a redução da inflamação regional, ocorre uma paralisação do crescimento da lesão, em seguida inicia-se o processo de reparo, com nova formação óssea e desaparecimento dos sinais clínicos. O reparo periapical é um importante indicativo de sucesso do tratamento endodôntico, cujo acompanhamento é realizado por meio de exame clínico e radiográfico. Para avaliar o sucesso de um tratamento endodôntico é necessário realizarmos um controle clínico e radiográfico do paciente, onde são avaliados os seguintes critérios: dor, odor, edema, fístula, presença ou não de lesão periapical. Se todas as etapas do tratamento endodôntico forem realizadas adequadamente, espera-se que, após o período de 1 a 2 anos de avaliação, o sucesso seja alcançado (Patriota et al., 2020). 

CONCLUSÃO 

Conclui-se que retratamento endodôntico em única sessão determinou o sucesso da terapia endodôntica, determinando o reparo da radiotrasparência óssea periapical.. 

REFERÊNCIAS 

ALVES, W. C. Tratamento endodôntico de lesão periapical extensa: um relato de caso. Facsete, acesso em: 3 ago. 2024. 

BRONZATO et al. Bactérias e fatores de virulência em lesões periapicais associadas a dentes após tratamento de canal primário e secundário. International Endodontic Journal, v. 54, n. 5, p. 660–671, 2021. 

DE OLIVEIRA CLARO, Juliana Sanches Guedes et al. Retratamento endodôntico seletivo de molar inferior com periodontite apical–relato de caso. Research, Society and Development, v. 11, n. 1, p. e46411125211e46411125211, 2022.  

DE SENA DIAS, Kathleen Leticya Lima. Retratamento Endodôntico. Revista Cathedral, v. 3, n. 4, p. 65-79, 2021. 

GONÇALVES, F.N.R. et al. Tratamento endodôntico em dentes com abcesso dentoalveolar: Um relato de caso. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida , v. 16, n. 1, 2024. 

Hasic Brankovic, L..et al. Endodontic treatment as non-surgical alternativein managing multiple periapical lesions . Health Sci Inst. 2011;29(4):250-3 

LOYOLA CANO, Milagros Judith. Título: Retratamento endodontico. p.30: il.; 30 cm. Bauru, 2021. 

NADAKKAVIL, S.; NAIR, K. R.; PRAVEENA, G.; SURYA, K. R. Non-surgical management of a large periapical lesion: a case report. Kerala Dental Journal, v. 46, n. 1, p. 33-36, 2023 
PATRIOTA, E. C. R., AMORIM, V. S. C. M., ARRUDA-VASCONCELOS, R. LOUZADA, L. M.,MENEZES, M. R. ., GOMES, B. P. F. A , ALVES-SILVA, E. G. (2020). Efficacy ofguided endodontics in treating teeth with radicular calcification:integrative review. Research, Society and Development. 9 (8) 
PEREIRA, L.A. Retratamento Endodôntico: uma revisão de literatura dos últimos 18 ano. e-Acadêmica, v. 3, n. 1, e123197, 2022 

SHAIBAN, AMAL SAEED. Healing of Large through-and-through PeriapicalLesion 24 Managed by Non-Surgical Endodontic Treatment. Journal of Health Sciences 2023. 8(2):p 146-48 

TRAVASSOS et al. Retratamento endodôntico com Prodesign Logic RT. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 5, n. 4, p. 2393-2408, 2023. TRAVASSOS, R. M. C. et al. Análise de regressão da lesão periapical: relato de caso clínico. Research, Society and Development, v. 10, n. 12, 2021. 

TRAVASSOS, R.M.C. et al.  Retratamento endodôntico de molar inferior portador de radiotransparência óssea periapical difusa em sessão única. REVISTA ARACÊ, v. 6, n. 2, p. 3046-3055, 2024 

VIEIRA, A. L. Percepção dos graduandos em odontologia da unisul sobre as dificuldades relacionadas ao tratamento endodôntico. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Cirurgião Dentista) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça-SC, 2022. 


1Universidade de Pernambuco, Brasil  
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4148-1288  E-mail: rosana.travassos@upe.br

2ORCID: https://orcid.org/0009-0009-0993-4905 Prof. Parceiro da Easy Equipamentos Odontológicos drwiliammartins@hotmail.com

3https://orcid.org/0000-0002-7091-6749
Centro Universitário Católica de Quixadá-CE vicctoriacsilva@outlook.com 

4ORCID:  https://orcid.org/0009-0007-0765-6992 Faculdade UFMG 
E-mail wiliamodonto@yahoo.com.br ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4659-0117

5Universidade de Pernambuco, Brasil 
Email: adrianedourado@gmail.com

6ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8563-8999 Universidade de Pernambuco, Brasil luciane.araujo@upe.br

7Universidade de Pernambuco, Brasil 
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9425-4068 Email: veronica.rodrigues@upe.br

8ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1825-2260 Universidade de Pernambuco, Brasil 
Josue.alves@upe.br

9ORCID:  https://orcid.org/0009-0001-5720-603X 
Faculdade de Odontologia do Recife pedroguimaraessampaio@gmail.com

10ORCID: http://orcid.org/0000-0003-3012-3979   Universidade de Pernambuco-Brasil  E-mail: regina.menezes@upe.br

11ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5873-7847 
Faculdade de Odontologia de Pernambuco E-mail: monica.pontes@upe.br 

12ORCID: https: orcid.org/0000-0003-4486-142X Universidade de Pernambuco,Brasil
E-mail: eliana.lyra@upe.br