REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102411291041
Ana Lara Rodrigues de Almeida1
Ilayne Luiza Pinheiro Matias2
Orientadora: Me. Andréia Ayres Gabardo 3
Resumo: Este estudo busca destacar a relevância do papel dos pais e educadores no desenvolvimento de habilidades socioemocionais (HSE) durante a infância, fundamental para o bem-estar e sucesso das futuras gerações em um mundo em constante transformação. As HSE, como autocontrole, empatia e decisões responsáveis, são essenciais para o desenvolvimento integral dos indivíduos, afetando sua autoestima, desempenho escolar e sucesso profissional. A pesquisa enfatiza a importância dos pais e educadores nesse processo, demonstrando que seu papel ativo no cultivo dessas habilidades desde cedo é crucial para preparar as crianças para os desafios sociais e emocionais da vida, contribuindo para uma sociedade mais equilibrada e saudável.
Palavras-chave: habilidades socioemocionais; pais e filhos; infância; ambiente escolar.
Abstract: This study aims to highlight the relevance of the role of parents and educators in developing socio-emotional skills (SES) during childhood, which are essential for the well-being and success of future generations in a constantly changing world. SES, such as self-control, empathy, and responsible decision-making, are crucial for the comprehensive development of individuals, impacting their self-esteem, academic performance, and professional success. The research emphasizes the importance of parents in this process, showing that their active role in nurturing these skills from an early age is essential to preparing children for the social and emotional challenges of life, contributing to a more balanced and healthy society.
Key-words: socio-emotional skills; parents and children; childhood; School environment.
1 INTRODUÇÃO
Durante o século XX, os avanços científicos impulsionaram um crescimento tecnológico de grandes proporções na história da humanidade. Surgiram progressos em múltiplos domínios, como transporte, comunicação e saúde, e muitos aspectos que eram tangíveis tornaram-se virtuais, incluindo a própria presença física. A realidade é que o mundo se tornou mais dinâmico e complexo, demandando um conjunto de habilidades novas, mais amplo e profundo para lidar com toda essa modernização (RICARTE; BUENO, 2022).
A velocidade desses avanços têm superado a capacidade humana de assimilá-los, tanto em termos de adaptação aos seus impactos quanto em termos de distribuição equitativa para todos. Frente a esse contexto, é crucial que a atual geração desenvolva competências socioemocionais para enfrentar e se ajustar às profundas transformações demandadas pelo novo cenário, desafios complexos e interligados da sociedade contemporânea, impulsionando êxito individual, profissional e o bem-estar global (OLIVEIRA; MUSZKAT, 2021).
De acordo com Oliveira e Muszkat (2021), as habilidades socioemocionais (HSE) tratam-se de um conjunto de habilidades essenciais para o desenvolvimento integral dos seres humanos, englobando aspectos socioemocionais, afetivos, comportamentais e éticos. É por meio dessas competências que os indivíduos podem regular seu comportamento, oferecendo respostas mais apropriadas nas interações sociais diárias, seja no âmbito familiar, escolar ou em qualquer outro contexto social. Essas habilidades também ajudam na definição de metas pessoais e na elaboração de planos para alcançá-las.
Na contemporaneidade, onde as demandas sociais e emocionais são cada vez mais complexas, surge a necessidade de compreender os motivos pelos quais os pais devem investir ativamente no desenvolvimento das habilidades socioemocionais de seus filhos desde a infância. A problemática central desta pesquisa consistirá em investigar de que forma os pais podem desempenhar um papel eficaz no desenvolvimento das habilidades socioemocionais de seus filhos desde a infância, levando em conta as exigências e complexidades de um mundo em constante transformação.
O objetivo geral deste estudo é descrever a importância do investimento de pais e educadores no desenvolvimento de habilidades socioemocionais na infância. Para alcançar esse objetivo, os objetivos específicos incluem: analisar a contribuição dessas habilidades para o desenvolvimento integral dos indivíduos; destacar a importância de identificar, controlar e expressar emoções; e descrever o papel essencial que pais e educadores desempenham no desenvolvimento das habilidades socioemocionais durante a infância, assim como a contribuição da Psicologia nesse processo.
Segundo Damásio (2017), estudos têm demonstrado que pessoas com maiores níveis de HSE apresentam atitudes mais positivas em relação a si mesmo, incluindo maior autoestima, autoeficácia, maior persistência frente a objetivos, melhores relacionamentos interpessoais, maior comprometimento e desempenho escolar, etc. A longo prazo, maiores níveis de HSE estão relacionados com maior nível educacional (i.e., realização de cursos superiores e pós-graduações), maior sucesso profissional, relações familiares e de trabalho mais positivas, melhores índices de saúde mental, reduzida psicopatologia e menores níveis de problemas de conduta.
As habilidades socioemocionais têm o potencial de serem desenvolvidas e adquiridas. Neste contexto, atualmente, há um amplo consenso entre pesquisadores e profissionais que trabalham com políticas públicas, respaldando a importância de não se concentrar exclusivamente no desenvolvimento cognitivo, mas também nas habilidades sociais e emocionais de crianças e adolescentes, preparando-os para a vida (WEISSBERG; DURLAK, 2015).
Conforme evidenciado por pesquisas sobre o tema, as habilidades socioemocionais são identificadas como fatores de proteção, capazes de reduzir o risco de uma ampla gama de problemas psicológicos na infância, criando possibilidades para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais, como autoconhecimento, autocontrole, perseverança, empatia, decisões responsáveis e comportamentos pró-sociais (Damásio, 2017). Esses achados sugerem que o desenvolvimento adequado das HSE na infância contribui para uma vida saudável. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo explorar a importância de cultivar habilidades socioemocionais durante a infância, destacando os desafios envolvidos e propondo estratégias de intervenção.
Em resumo, refletir sobre a importância social do investimento dos pais no desenvolvimento de habilidades socioemocionais na infância é crucial para promover o bem-estar e o sucesso das próximas gerações em um contexto social cada vez mais desafiador e complexo. A escolha desse tema é fundamentada na convicção de que o desenvolvimento socioemocional na infância é essencial para uma vida plena e bem-sucedida. Reconhecemos o papel fundamental dos pais e educadores na promoção dessas habilidades desde os primeiros anos de vida.
Assim, optamos por abordar essa temática, com a intenção de conscientizar os pais sobre a importância crucial de desenvolver habilidades socioemocionais desde cedo. Acreditando que ela tem o potencial de impactar positivamente não apenas as crianças atuais, mas também as gerações futuras, contribuindo para uma sociedade emocionalmente mais equilibrada e saudável. Além disso, reconhecemos que esse investimento pode ter implicações significativas no desenvolvimento profissional futuro.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
BEM-ESTAR SOCIAL E EMOCIONAL
Compreende-se que as habilidades sociais são desenvolvidas no meio social e são fundamentais para a promoção de interações bem-sucedidas e para a saúde mental. O autor destaca a importância do desenvolvimento de competências sociais e emocionais e oferece abordagens que facilitam esse processo.
Segundo Cowen Ricarte; Bueno, (2022, p. 13), há cinco caminhos pelos quais é possível desenvolver o bem estar psicológico:
- formar ligações afetivas precoces saudáveis;
- adquirir competências apropriadas à idade e à capacidade;
- ter acesso a ambientes (escola por exemplo) que promovam a obtenção de resultados adaptativos;empoderamento;
- aquisição de habilidades necessárias para lidar efetivamente com estressores da vida.
O autor destaca que os dois primeiros caminhos, são os mais relevantes para o desenvolvimento da criança na primeira infância. Tendo em vista essa abordagem, fica evidente como o investimento no desenvolvimento de aspectos saudáveis e adaptativos contribui para o bem-estar das crianças, promovendo habilidades socioemocionais que ajudam a evitar comportamentos desadaptativos na infância. De forma semelhante, outros estudos também destacam que, para as crianças se adaptarem às adversidades, como pobreza e negligência, as competências sociais são mais importantes do que fatores cognitivos (Ricarte & Bueno, 2022).
Essas contribuições reforçam a relevância de pais e educadores na modelagem social, incentivando o desenvolvimento de competências sociais e emocionais que proporcionam à criança uma base sólida para enfrentar desafios e construir relacionamentos saudáveis ao longo da vida.
2.2 PREVENÇÃO DE PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS NA INFÂNCIA
Pela abordagem de Bandura (RICARTE; BUENO, 2022, p.14), “[…] a criança aprende aquilo que observa”. Sendo assim a compreensão do ajustamento social demonstra sua importância, pois será onde contribuirá para a prevenção e redução da severidade de episódios comportamentais sociais futuros.
Um fator decisivo para a atenção às habilidades socioemocionais é o estudo realizado pelo economista e Prêmio Nobel James Heckman, que demonstrou uma economia de 11 dólares para cada dólar investido em educação e aprendizagem social na primeira infância (RICARTE; BUENO, 2022, p. 15). O economista enfatizou que investir na primeira infância (0 a 6 anos) gera melhores resultados tanto na vida das crianças quanto na fase adulta, além de beneficiar a sociedade como um todo. Assim, o foco fundamental recai sobre a eficácia de programas socioemocionais, que contribuem para ações educacionais e para a prevenção de questões de saúde mental, promovendo um desenvolvimento humano mais robusto.
De acordo com Cunha e Rodrigues (2010), independentemente da idade do indivíduo, nos tempos contemporâneos, ele se depara com circunstâncias que podem gerar níveis significativos de estresse, demandando uma flexibilidade cognitiva ampliada para uma adaptação saudável à realidade em questão. Tal realidade não apenas exige a capacidade de enfrentar adversidades, mas também implica na aquisição de novas competências. Os modelos de competência, no âmbito da psicologia preventiva e comunitária, emergem como consequência da ênfase na concepção positiva de saúde e na promoção de estilos de vida salutares.
A competência, enquanto fenômeno psicossocial, apresenta padrões distintos que variam conforme o contexto socioeconômico-cultural no qual o indivíduo está inserido. Nesse contexto, destaca-se a importância da prevenção e do ensino de habilidades socioemocionais desde a infância, como forma de promover uma adaptação saudável, fortalecer a resiliência e proporcionar ferramentas para lidar com os desafios da vida de forma mais eficaz (CUNHA; RODRIGUES 2010).
Dentro do contexto, Poletto e Koller (2008),
salientam que tanto a família quanto instituições como a escola podem configurar-se como ambientes promotores potenciais de competências, cuja eficácia depende da qualidade das relações estabelecidas e da presença de afetividade e reciprocidade nessas esferas. Os pais desempenham um papel crucial no ensino de habilidades socioemocionais desde a infância, fornecendo um ambiente seguro e acolhedor para o desenvolvimento dessas competências, o que, por sua vez, atua como um meio de prevenção de problemas no futuro.
As intervenções tendem a alcançar resultados mais promissores em crianças e adolescentes quando aspectos afetivos, cognitivos e sociais são abordados de forma integrada, e as informações são transmitidas de maneira abrangente. Segundo o Ministério da Saúde (1999), a eficácia das informações é otimizada quando associadas à promoção de habilidades para a vida, autoestima, senso de responsabilidade e confiança.
2.3 HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA INFÂNCIA ATRAVÉS DO RECONHECIMENTO E EXPRESSÃO DE EMOÇÕES
Lidar com emoções e sentimentos envolve a habilidade de identificar tanto os próprios sentimentos quanto os dos demais, reconhecer o impacto que exercem sobre o comportamento e expressá-los de maneira apropriada. Diversos estudos destacam a importância dessa percepção emocional para um desenvolvimento infantil saudável (Cunha e Rodrigues, 2010). Aprender a reconhecer emoções como tristeza, alegria, frustração e empatia contribui para que as crianças desenvolvam habilidades de comunicação e relacionamentos mais saudáveis.
Além disso, compreender suas emoções também ajuda as crianças a lidarem melhor com situações desafiadoras. Ao reconhecer quando uma situação é estressante, por exemplo, elas podem aprender a buscar apoio e a se expressar de maneira adequada, evitando que emoções intensas prejudiquem seu bem-estar. Nesse contexto, ensinar as crianças a expressar emoções de forma saudável promove sua autonomia emocional e fortalece sua capacidade de enfrentar desafios ao longo da vida. Na obra “Habilidades Socioemocionais”, Ricarte e Bueno (2022) exploraram uma série de processos mentais relacionados à inteligência emocional, dispostos de forma hierárquica de acordo com a complexidade dos processos psicológicos. A seguir, esses processos serão descritos:
- Percepção das emoções: inclui desde a habilidade de controlar as próprias emoções e também as emoções dos outros, considerando as características do ambiente, até a competência para expressar essas emoções. Também envolve a capacidade de avaliar a autenticidade, falsidade ou manipulação de expressões emocionais. No sistema cognitivo, as emoções são percebidas como estados emocionais.
- Utilização da emoção para facilitar o pensamento: Emoção e cognição estão interligadas e se influenciam mutuamente. A habilidade de gerar, sentir, manipular e analisar os próprios sentimentos pode auxiliar no processo de tomada de decisão.
- Compreensão de emoções: Reconhecer os variados contextos culturais ao avaliar as emoções e compreender como um indivíduo pode se sentir em determinadas situações. Isso também envolve a aptidão para identificar transições entre emoções, como de raiva para vergonha, por exemplo. Essa etapa consiste em nomear as emoções, reconhecer as relações que são mais próximas, distinguir a intensidade das emoções e entender a sequência mais provável que um sentimento irá ocasionar.
- Regulação de emoções: Refere-se à capacidade de regular as emoções, tanto agradáveis quanto desagradáveis, entendendo cada uma delas sem exagero ou subestimação da sua real importância. Envolve controlá-las ou expressá-las de maneira apropriada e avaliar se determinada emoção é útil ou não para manter certo estado emocional em determinadas situações. Trata-se, ainda, de reconhecer, compreender e conscientemente separar as emoções do comportamento.
Na infância, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, especialmente através do reconhecimento e expressão das emoções, é de suma importância. Em concordância com os autores Alves e Dipp (2023) crianças que conseguem identificar e nomear suas emoções e as dos outros, ajustando-se às nuances culturais, tendem a se tornar mais empáticas e socialmente competentes.
Avaliar a utilidade das emoções em várias situações ajuda as crianças a desenvolver respostas comportamentais mais conscientes e adequadas, promovendo um ambiente de aprendizagem e convivência harmonioso.
2.4 PAPEL DOS PAIS E EDUCADORES
Pais que adotam uma abordagem de ensino autoritária e controladora, na qual as regras de comportamento são inflexíveis e não sujeitas a negociação ou questionamento, e que preferem impor disciplina por meio de coerção e exigem obediência imediata, tendem a induzir seus filhos a adotarem estratégias agressivas para resolver conflitos. Por outro lado, pais assertivos promovem e incentivam comportamentos positivos em seus filhos, os motivam durante o processo de aprendizagem e facilitam o desenvolvimento de suas habilidades sociais (FREITAS, 2022).
No ambiente familiar, é onde a criança internaliza e assimila princípios de disciplina, essenciais para sua saúde social e para a preparação de um futuro promissor. A educação no seio familiar desempenha um papel fundamental na moldagem da personalidade da criança, estimulando sua inventividade, promovendo valores éticos e cívicos que repercutem diretamente em seu desempenho escolar (TIBA, 1996, p.178).
De acordo com Freitas (2022) a fundamentação teórica e empírica ressalta a relevância do papel dos pais como modelos no desenvolvimento emocional de seus filhos, especialmente para promover a autoconfiança. No entanto, aponta-se que a comunicação, disciplina e habilidade na tomada de decisões são áreas que requerem maior atenção e esforço. Outra contribuição destacada é a importância dos pais, enquanto principais agentes educativos da família, em reconhecer e lidar com suas próprias emoções para promover estabilidade emocional e uma vida satisfatória para todos os membros da família. Observa-se uma contradição quando os pais almejam uma vida bem-sucedida, saudável e feliz para seus filhos, enquanto não são capazes de criar um ambiente afetuoso, motivador e emocionalmente equilibrado.
Apesar da ênfase significativa na promoção de competências socioemocionais nas escolas, é importante destacar que essas habilidades também podem ser desenvolvidas no ambiente familiar. Programas de formação psicoeducacional, baseados em evidências científicas, capacitam os pais a aprimorar as competências socioemocionais de seus filhos por meio das interações familiares. A maneira como os pais educam seus filhos tem um impacto crucial nas relações interpessoais das crianças, tanto no contexto familiar quanto fora dele, além de influenciar diretamente seu desenvolvimento emocional (OLIVEIRA; MUSZKAT, 2021).
Nesse sentido, a escola não apenas transmite conhecimento, mas também fortalece habilidades essenciais como motivação, perseverança, trabalho em equipe e resiliência, preparando os alunos para uma vida produtiva e satisfatória em um mundo em constante mudança. Além de desenvolver essas competências nos estudantes, a escola pode ser um espaço de crescimento emocional também para professores, gestores e pais. Programas de apoio à família, por exemplo, têm demonstrado reduzir índices de criminalidade, violência e subemprego, evidenciando a importância dessa colaboração entre escola e família para o impacto positivo na comunidade escolar (ABED, 2016).
Em um estudo conduzido por Coelho & Murta (2007), foi realizado um programa de treinamento voltado para práticas parentais positivas. Os resultados do pós-teste demonstraram um aumento significativo nas práticas educativas positivas, além de um melhor desenvolvimento de habilidades sociais e o uso de estratégias mais eficazes para lidar com estressores externos por parte das crianças. É viável afirmar que as competências socioemocionais podem e devem ser ensinadas e incentivadas desde a primeira infância, tanto no ambiente familiar quanto no ambiente escolar.
Portanto, é evidente que práticas parentais positivas, embasadas em estudos e programas estruturados, são cruciais para preparar as crianças a lidar com desafios e construir relações saudáveis. No entanto, esse desenvolvimento não pode ser alcançado de forma isolada. A colaboração entre família e escola é fundamental para potencializar o aprendizado emocional e social das crianças. Quando ambos os ambientes trabalham em conjunto, criando um suporte contínuo e integrado, as crianças têm maiores chances de desenvolver as habilidades necessárias para o seu crescimento pessoal e social, o que reflete diretamente em sua capacidade de enfrentar os desafios ao longo da vida e de estabelecer relações saudáveis e equilibradas.
2.5 COMO OS PAIS PODEM CONTRIBUIR NO DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA INFÂNCIA
Como ressalta Cunha e Rodrigues (2016) às habilidades socioemocionais refere-se a diversas classes de comportamentos sociais que contribuem para competência social, contribuindo para um relacionamento interpessoal saudável e produtivo. Nesta mesma vertente, o termo habilidade socioemocional tem um sentido descritivo de identificar os componentes comportamentais, cognitivo-afetivos e fisiológicos que contribuem para um desempenho socialmente competente.
Como informam Petrucci e et al., (2016), apesar do sistema familiar exercer função central no desenvolvimento dos indivíduos, à medida que as crianças crescem e se inserem em novos contextos, lhe são possibilitadas novas experiências socioemocionais e cognitivas que também contribuem para o desenvolvimento socioemocionais saudável. Ou seja, se essas habilidades são bem desenvolvidas podem ser vistas como um fator de proteção, pois está relacionada com a capacidade para uma boa adaptação favorável de vida.
Logo o desenvolvimento das habilidades socioemocionais por intermédio dos pais pode se dar por meio da presença ativa em cada fase de desenvolvimento da criança. Onde entendendo as competências das HSE (Habilidades Socioemocionais) os pais podem mediar a identificação e regulação das emoções, auxiliar na definição e alcance dos objetivos positivos, na compreensão das perspectivas de outras pessoas, no estabelecimento de relacionamentos e cooperação, na tomada de decisões responsáveis e na maneira de lidar de forma construtiva com situações pessoais e interpessoais (DURLAK et al., 2015).
De maneira semelhante, às definições mais citadas na atualidade são apresentadas pela Colaborative for Academic, Social and Emotional Learning (Casel) e pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), B(2022). Consequentemente as habilidades socioemocionais são definidas como um conjunto de cinco competências inter-relacionadas: autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidade relacionadas e tomadas de decisão responsáveis.
- Autoconsciência: o acesso de maneira autêntica aos próprios sentimentos, interesses, valores, forças e fraquezas, de maneira que sejam utilizados de forma a manter um senso de autoconfiança.
- Autogestão: será relacionada a capacidade de regular as emoções, os pensamentos e comportamentos para lidar com o estresse, controlar os impulsos e expressar de maneira adequada as emoções, bem como estabelecer estratégias.
- Consciência social: capacidade de colocar-se no lugar do outro e demonstrar empatia, reconhecer as semelhanças individuais e de grupo.
- Habilidades relacionadas: capacidade de comunicar as intenções e necessidades de maneira clara, sendo o estabelecimento e manutenção dos relacionamentos cooperativos.
- Tomadas de decisão responsáveis: considerações padrões éticos, da segurança, das normas sociais, do respeito pelos outros e das prováveis consequências de suas ações (BRACKETT; RIVERS, 2014).
Portanto, para além disso, os aspectos e competências apresentados têm-se como principal objetivo de os pais ajudar as crianças a alcançarem o mais alto nível possível de bem-estar e progresso independente da área de vida, onde atuarão no desenvolvimento de capacidades que envolvam a coordenação de processos cognitivos, afetivos e comportamentais para enfrentamento dos desafios cotidianos.
2.6 A CONTRIBUIÇÃO DO PSICÓLOGO NA CONSTRUÇÃO DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NO CONTEXTO FAMILIAR E ESCOLAR
Para Prette e Prette (2013), o desenvolvimento socioemocional das crianças exige uma atuação integrada, que vá além das ações escolares e familiares, incluindo, muitas vezes, o suporte especializado em contextos clínicos para melhorar o funcionamento social e emocional. Quando o ambiente em que a criança está inserida não favorece o desenvolvimento adequado de habilidades socioemocionais, isso pode acarretar dificuldades nos seus relacionamentos interpessoais. Nesses casos, uma intervenção educativa tanto no contexto familiar quanto escolar pode ser insuficiente, sendo necessária uma abordagem especializada em contexto clínico. Esses atendimentos, podem ser realizados por psicólogos, onde ocorrem de forma individual ou em pequenos grupos, além de envolverem orientação para os pais e a escola.
Complementando essa perspectiva, Cardozo e Soares (2011) destacam que a importância de os pais possuírem um conjunto adequado de habilidades sociais está em criar um ambiente familiar acolhedor e favorável ao pleno desenvolvimento dos filhos. Esse ambiente pode impactar diretamente a qualidade da interação com os filhos, tornando os pais exemplos de comportamento social e ajudando os filhos a se tornarem mais autônomos em suas habilidades sociais. Atualmente, observa-se que os pais adotam diferentes abordagens na criação dos filhos, e o tipo de prática utilizada pode favorecer ou prejudicar um desenvolvimento saudável e positivo ao longo da vida. Assim, as interações entre pais e filhos são marcadas pela necessidade de cuidar, ensinar e estimular o crescimento das crianças, gerando um conjunto específico de atitudes e comportamentos.
Quando uma criança fica à mercê de comportamentos pouco construtivos de pais ou sem o envolvimento afetivo destes, isso poderá constituir prejuízo para o desenvolvimento da criança e aumentar sua vulnerabilidade nos diversos contextos sociais. Em contrapartida, aqueles pais socialmente habilidosos, que estabelecem um ambiente familiar acolhedor, organizam ambientes favoráveis aos mecanismos de resiliência e de proteção diante de fatores ameaçadores aos quais, usualmente, as crianças estão expostas (Del Prette & Del Prette, 2005; Yunes, 2003 apud Cardoso, Soares 2011). Diante disso encontra-se dentro da psicologia uma estrutura com abordagens que direcionam a possibilidade do desenvolvimento infantil de maneira saudável e eficaz.
A plasticidade do comportamento social na infância justifica a necessidade de investimentos na promoção de saúde e bem-estar, por meio de estratégias educativas e terapêuticas (Del Prette & Del Prette, 2017). Souza e Fraga (apud Ellis, 1996) diz que é fundamental que o psicólogo esteja atualizado com os trabalhos e pesquisas recentes relativos à sua especificidade para orientar a família. A sua sensibilidade diante da criança e do nível de comprometimento desta é importante para que ele saiba adequar propostas terapêuticas que realmente a beneficiem. Dessa maneira a intervenção psicológica, visa reduzir o sofrimento ou ampliar o autoconhecimento (Bock, Furtado e Teixeira, 2008). Assim o psicólogo clínico atuará de maneira precisa com aconselhamentos, orientações clínicas e psicoterapias breves com a família.
Além disso, o desempenho competente das habilidades sociais gera consequências reforçadoras imediatas no ambiente social, fortalecendo a confiança e o desenvolvimento da criança (Del Prette & Del Prette, 2017). A escola, como apontam Bock, Furtado e Teixeira (2008) é um dos ambientes mais importantes para a socialização. Como explicam os autores, a socialização age como um intermediário entre o indivíduo e a sociedade, transmitindo cultura, padrões de comportamento e valores morais, o que possibilita à criança o processo de educação. Ao ser inserida nesse contexto, a criança passa a se ver como parte de um novo grupo social, colocando em prática o que aprendeu nesse ambiente e deixando de imitar os comportamentos dos adultos.
A Psicologia Escolar baseia-se em conhecimentos científicos sobre os aspectos emocionais, cognitivos e sociais do desenvolvimento humano, aplicando essas informações para compreender os processos e estilos de aprendizagem. Seu objetivo é orientar a equipe educacional para aprimorar constantemente o processo de ensino-aprendizagem, onde a sua participação na equipe trará contribuições baseadas em evidências científicas para apoiar a tomada de decisões, como a escolha adequada de estratégias conforme as fases de desenvolvimento de cada criança, o auxílio ao professor no aprimoramento de métodos inclusivos para alunos com dificuldades de aprendizagem e questões comportamentais, e a implementação de programas para o fortalecimento das habilidades sociais. Além disso, o psicólogo atua em diversas outras situações do cotidiano escolar em que os aspectos psicológicos desempenham um papel crucial (CASSINS, 2007, p.18).
3 MATERIAL(IS) E MÉTODOS
Para a conclusão deste estudo, realizamos uma revisão bibliográfica, cuja base repousa na análise de investigações pertinentes à influência do papel dos pais sobre o desenvolvimento socioemocional infantil. A escolha da metodologia de pesquisa bibliográfica é justificada pela sua fundação em material já consolidado, predominantemente constituído por obras literárias e pesquisas científicas. Como enfatizado por Gil (2002), é relevante salientar que a pesquisa bibliográfica não só
proporciona ao pesquisador a capacidade de abranger uma diversidade mais ampla de características do que aquelas que poderiam ser investigadas diretamente, mas também se configura como uma ferramenta inestimável para o pesquisador, desde que seja conduzida com integridade acadêmica.
Ademais, empregou-se abordagens, como a abordagem exploratória, que ainda se coaduna com o argumento do autor anteriormente mencionado, Gil (2002). Essas investigações almejam conferir uma maior familiaridade com o problema, com o intuito de torná-lo mais explícito ou formular hipóteses a seu respeito. Pode-se afirmar que o propósito primordial dessas pesquisas reside no aprimoramento de ideias ou na revelação de intuições. Seu delineamento, por conseguinte, demonstra-se altamente flexível, permitindo a consideração dos mais diversos aspectos relativos ao fenômeno objeto de estudo. Esta metodologia de pesquisa proporciona percepções para a resolução de futuros dilemas. Por meio da pesquisa exploratória, o profissional alcançará uma plena familiarização com o tema do projeto e, adicionalmente, obterá informações para formular hipóteses iniciais e conceitos.
4 RESULTADOS
A análise da literatura sobre o desenvolvimento das habilidades socioemocionais na infância demonstra uma forte associação entre o papel dos pais, educadores e o ambiente familiar nas habilidades socioemocionais das crianças.
As habilidades sociais são essenciais para a promoção de interações bem-sucedidas e saúde mental, sendo desenvolvidas no meio social. Nesse sentido, conforme Bandura (RICARTE; BUENO, 2022, p. 14), “[…] a criança aprende aquilo que observa”, o que reforça a importância do ambiente social, particularmente as práticas parentais e educacionais no desenvolvimento dessas habilidades. O ajustamento social, por sua vez, desempenha um papel fundamental, pois, ao ensinar a criança a reconhecer e expressar suas emoções de maneira saudável, contribui para sua autonomia emocional e fortalece sua capacidade de enfrentar desafios ao longo da vida.
Nesse contexto, Ricarte e Bueno (2022), em sua obra Habilidades Socioemocionais, destacam a importância dos processos mentais relacionados à inteligência emocional, que são organizados de maneira hierárquica, refletindo a complexidade do desenvolvimento emocional e social. Práticas parentais positivas, apoiadas por estudos e programas estruturados, tornam-se fundamentais para preparar as crianças para lidar com as adversidades, ajudando-as a desenvolver competências que envolvem a coordenação de processos cognitivos, afetivos e comportamentais. Esse desenvolvimento não só prepara as crianças para o enfrentamento de desafios cotidianos, mas também as capacita a construir relações saudáveis, assegurando seu bem-estar e progresso em diversas áreas da vida.
Freitas (2022) observa uma contradição ao afirmar que muitos pais desejam uma vida bem-sucedida, saudável e feliz para seus filhos, mas não conseguem criar um ambiente afetuoso, motivador e emocionalmente equilibrado. Diante dessa contradição, surge a reflexão sobre a complexidade de educar emocionalmente os filhos, o que leva muitos responsáveis a terceirizarem essa responsabilidade para outros agentes, como a escola. Esse distanciamento das responsabilidades parentais essenciais para o desenvolvimento socioemocional revela a falta de reconhecimento da importância de um vínculo familiar contínuo e engajado. Ao transferir para a escola a tarefa de lidar com as questões emocionais e comportamentais, os pais muitas vezes negligenciam o impacto positivo que um ambiente familiar afetuoso pode ter na formação emocional das crianças. Embora a escola desempenhe um papel importante, é o ambiente familiar que oferece o suporte emocional contínuo necessário para fortalecer as habilidades socioemocionais.
Em suma, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais na infância depende da interação entre seus responsáveis e o ambiente social. Embora a escola desempenhe um papel importante, muitos pais acabam terceirizando a educação emocional de seus filhos, distanciando-se de suas responsabilidades essenciais. Isso enfraquece o impacto positivo de um ambiente familiar afetivo e equilibrado, essencial para o fortalecimento das competências emocionais. Portanto, é fundamental que os pais se envolvam ativamente no desenvolvimento emocional de seus filhos, colaborando com a escola para garantir seu bem-estar e prepará-los para enfrentar os desafios da vida.
5 CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em conclusão, este estudo enfatiza a relevância da reflexão do papel dos pais e educadores no desenvolvimento de habilidades socioemocionais na infância. Ao longo desta investigação, exploramos características dessa fase crucial do crescimento infantil, compreendendo que as habilidades sociais são desenvolvidas no meio social. Sendo então evidente que são habilidades fundamentais na prevenção e promoção de interações sociais bem-sucedidas contribuindo para a saúde mental. Esta revisão bibliográfica, análise de estudos e evidências demonstram consistentemente a influência positiva dos pais e educadores nesse processo de desenvolvimento sócio emocional. Essa influência se manifesta em uma variedade de áreas, incluindo nos valores éticos. Dessa maneira contribuindo na promoção de estabilidade emocional e uma vida satisfatória para todos os membros da família.
Adicionalmente, é importante destacar o papel da Psicologia nesse processo. A atuação dos psicólogos, tanto no contexto familiar quanto educacional, é essencial para oferecer suporte, orientação e intervenções adequadas, promovendo a saúde emocional e o bem-estar das crianças. Por meio de abordagens terapêuticas e educacionais baseadas em evidências, a Psicologia pode ajudar pais e educadores a identificar e tratar questões emocionais, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Para maiores avanços neste campo, práticas recomendadas devem ser amplamente divulgadas para auxiliar educadores e pais na promoção de um ambiente propício ao desenvolvimento integral da criança. Portanto, esta análise reforça a importância de tal papel durante este percurso, destacando o impacto positivo que pode ter na vida das crianças e na sociedade como um todo. A integração desses conceitos em práticas familiares e educacionais pode moldar um futuro mais saudável e emocionalmente equilibrado para as gerações vindouras.
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1* Bacharel do Curso de Psicologia da Uninassau. E-mail: psi.analararodrigues@gmail.com
2* Bacharel do Curso de Psicologia da Uninassau. E-mail: ilaynepsi@gmail.com.
3** Professora orientadora Mestre em Psicologia. E-mail: deiaayres@gmail.com