REFLECTING ON THE NEGLECTED LEGACY: THE HISTORY OF RACISM IN NURSING
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202504192026
Adrielly Krisna Pereira de Oliveira1
Éllen Christina de Barros Lima1
Guilherme Zerbini Lopes1
Orientador: Prof. Me. Ludmila Santos de Oliveira2
RESUMO
O objetivo do estudo é evidenciar histórias de personagens que foram importantes para o surgimento da Enfermagem Moderna, destacar a presença do racismo na categoria desde o início das práticas de Enfermagem e estimular a reflexão dos profissionais de Enfermagem sobre a importância do combate ao racismo estrutural presente na categoria. Através do método revisão integrativa, cujo propósito é sintetizar o conhecimento científico sobre o tema em questão, permitindo a geração de conhecimento sobre o tema a partir de diversas metodologias, informações científicas e busca de dados. Como resultados, ao longo da pesquisa, identificamos 15 artigos científicos que atenderam aos critérios de seleção estabelecidos. Conclusão: gerar novas discussões através da estimulação sobre a reflexão do combate ao racismo presente na categoria, evidenciar informações científicas sobre o tema e trazer um breve compilado de informações a respeito de mulheres negras importantes na história da Enfermagem.
Palavras-chave: Preconceito Racial, Negros e Enfermagem.
ABSTRACT
The objective of the study is to evidence stories of characters who were important for the emergence of Modern Nursing, highlight the presence of racism in the category since the beginning of Nursing practices and encourage reflection about Nursing professionals on the importance of combating present structural racism in the category. Through the integrative review method, the purpose of which is to synthesize scientific knowledge on the topic in question allowing the generation of knowledge on the topic based on various scientific information and data search methodologies. As a result, throughout the research we identified 15 scientific articles that met the established selection criteria. Conclusion: generate new discussions by stimulating reflection on the combating racism present in the category, evidence scientific information on the topic and providing a brief compilation of information about important black women in the history of Nursing.
Keywords: Racial Prejudice, Black People and Nursing.
1. INTRODUÇÃO:
O conceito de “raça’ pode ser definido como descendência, linhagem, fator biológico. Para determinar uma raça, é necessário analisar os fatores ligados às circunstâncias históricas, contemporâneas, à ancestralidade, à construção social e individual (ALMEIDA, 2018). O racismo é a discriminação por uma instituição, comunidade, indivíduo contra uma pessoa ou um grupo pelo fato de pertencer a um determinado conjunto, o marginalizando e colocando em um local de minoria, devido a sua origem étnica ou cor da pele (SILVA, M. et al, 2021).
No contexto da Enfermagem, o racismo estrutural se encontra presente desde os primórdios de séculos passados, quando os cuidados à saúde eram realizados por indígenas, negras e escravizados, desvalorizando o profissional de Enfermagem pela sua etnia. A discriminação e toda desigualdade sempre foram presentes na Enfermagem, desde as primeiras enfermeiras negras negligenciadas até os dias de hoje (SANTOS, 2020).
Embora a desigualdade étnica remete à Antiguidade, o racismo é um fenômeno relativamente recente, mesmo que a sociedade não admita a sua presença no mundo contemporâneo (ALMEIDA, 2018). Ainda que o Brasil tenha sido construído através de mão de obra de pessoas escravizadas e toda desigualdade seja evidente, baseada em dados históricos e enraizada em nossa sociedade economicamente e politicamente. Almeida (2018), afirmou que “o racismo é a manifestação normal de uma sociedade, e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade.” Desse modo, a negação do racismo é bastante presente nos dias atuais, uma vez que o discurso meritocrático tem se alastrado e a fala de que se você se esforçar, conseguirá, tem grande destaque na sociedade, o que não é uma realidade.
Consequentemente, o discurso meritocrático inviabiliza todo o conceito da discriminação e desigualdade praticada pelo racismo e defende uma manutenção da desigualdade entre brancos e negros (ALMEIDA, 2018).
Os negros e pardos pertencem a 57,4% dos profissionais de Enfermagem. Embora façam parte da maioria, os profissionais de Enfermagem negros são de ensino médio e os que tem a menor remuneração entre os profissionais de mesmo cargo. Verifica-se também que somente um terço dos profissionais de Enfermagem são portadores de Ensino Superior. Cabe salientar que esta minoria a nível superior é majoritariamente branca (MARINHO et al, 2022).
Nesse contexto, é necessário destacar que mais da metade da categoria, a maioria auxiliares e técnicos de enfermagem, vivem em condições precárias de sobrevivência, multiempregos e a insegurança no ambiente de trabalho cada vez mais frequentes, o que os impede de exercerem com dignidade suas atividades laborais (ROSA et al, 2019).
Com base nesse contexto discriminatório, deve-se salientar que grandes marcos históricos da enfermagem não foram destacados de maneira adequada, onde enfermeiras negras seguiram negligenciadas pela História, como Mary Jane Seacole, Yvonne Lara, Izabel dos Santos e Maria Soldado. Mesmo não sendo reconhecidas por conta de suas raças, todas essas figuras e suas práticas influenciaram para o crescimento da enfermagem, principalmente a brasileira.
Isto posto, apresentamos a questão norteadora do estudo, qual seja: Como o racismo se manifestou na história da enfermagem? Quais os impactos do racismo na profissão hoje? Ao passo que, o tema da pesquisa é “A história do racismo na Enfermagem”.
Visando responder à questão que norteia este estudo, trazemos os objetivos.
Objetivo geral: estimular a reflexão dos profissionais de Enfermagem sobre a importância do combate ao racismo estrutural presente na categoria.
Objetivos específicos: Evidenciar informações científicas sobre o racismo na Enfermagem, nos dias atuais; apresenta uma breve biografia de enfermeiros pretos brasileiros.
2. JUSTIFICATIVA
O presente estudo visa abordar a história do racismo na Enfermagem, evidenciando a presença marcante do fenômeno desde os primórdios da profissão até os dias atuais. A justificativa para este tema emerge da necessidade de compreender e enfrentar o racismo estrutural que permeia a categoria, impactando a representatividade, ascensão profissional e condições de trabalho dos profissionais negros.
A Enfermagem, como campo de cuidado e promoção da saúde, reflete as desigualdades sociais e estruturais presentes na sociedade. A discriminação racial, historicamente enraizada, manifesta-se na profissão desde seus primórdios, como evidenciado pela falta de destaque às trajetórias de enfermeiras negras como Mary Jane Seacole, Yvonne Lara, Izabel dos Santos e Maria Soldado, cujas contribuições foram negligenciadas devido ao racismo.
A análise da representatividade atual na Enfermagem revela uma disparidade significativa entre profissionais brancos e negros. A falta de visibilidade para esses profissionais, aliada ao discurso meritocrático que nega as desigualdades raciais, torna essencial abordar o tema para promover reflexões e ações efetivas de combate ao racismo na profissão.
A negação do racismo na sociedade contemporânea é abordada como um obstáculo para a promoção da igualdade, evidenciando a necessidade de desconstruir discursos que perpetuam a discriminação. A presença de profissionais negros na Enfermagem em maioria numérica, mas em posições subalternas, reforça a urgência de compreender e enfrentar as barreiras estruturais que limitam a ascensão desses profissionais.
Diante desse contexto, o estudo propõe uma reflexão crítica sobre o racismo na Enfermagem, destacando a importância de reconhecer e valorizar a contribuição de profissionais afrodescendentes para o desenvolvimento da profissão. Ao evidenciar histórias negligenciadas e promover discussões sobre desigualdades raciais, busca-se estimular a conscientização e o engajamento dos profissionais de Enfermagem na promoção da igualdade racial e na superação do racismo estrutural presente na categoria.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ APROXIMAÇÃO TEMÁTICA
3.1 OS PRIMÓRDIOS DO RACISMO NA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM CONTEMPORÂNEA
O fenômeno do racismo na enfermagem não é fenômeno recente; mas sim existente desde o século XIX tendo como início o legado histórico de Mary Jane Seacole, enfermeira preta nascida na Jamaica em 1805 que atuou na guerra da Crimeia. Ela era filha de um homem branco oficial do exército britânico e de uma mulher preta, onde foi herdado de sua mãe todos os seus conhecimentos sobre cuidados humanizados e banhos de ervas para fins curativos. Esses recursos foram colocados em prática ampliando seus conhecimentos nas epidemias de cólera e febre amarela em seu país de origem e em outros países próximos, sendo eles Cuba, Bahamas, Panamá e Haiti (LOW et al, 2014).
Mary Seacole sensibilizou-se com a guerra que ocorria na Crimeia (1853-1856) e se candidatou para atuar na linha de frente como enfermeira, embora ela seja uma profissional de vasto conhecimento, a guerra tenha sido um episódio trágico, onde envolviam vários mortos e feridos, Seacole teve sua candidatura negada por Florence Nightingale, simplesmente por se tratar de uma enfermeira preta; porém ela não se conformou com tal negativa (LOW et al, 2014).
Seacole resolveu arrecadar fundos para sua própria viagem para Scutari, onde ficariam sediadas as voluntárias da Guerra de Crimeia. Seacole com os recursos arrecadados montou um hotel chamado British Hotel que ficava a poucos quilômetros da frente de batalha, onde vendia bebida e comida para os soldados britânicos e com o dinheiro arrecadado ajudava nos cuidados médicos que os feridos de guerra precisavam.
Seacole atendia os soldados em campo de batalha e, diversas vezes foi encontrada cuidando de soldados, de ambos os lados, enquanto a batalha acontecia. Ficou conhecida como a Mãe Seacole entre os soldados e feridos de guerra (LOW et al, 2014, p.68).
Mary Jane Seacole atuou com maestria tanto quanto Florence Nightingale durante a guerra, mas teve sua história apagada pelo racismo que perpassa pela sociedade, onde diferente de Florence que recebeu em sua homenagem um museu sobre sua trajetória. Seacole relatou toda sua vivência na Criméia em sua autobiografia (Aventuras da sra. Seacole em muitas terras – 1857), onde cita suas homenagens pelos trabalhos realizados, que foram pouco falados fora do seu país. Durante sua vida Mary Jane Seacole teve reconhecimento principalmente dos soldados que ajudou durante a guerra, apenas após a sua morte (14 de maio de 1881) ela teve seus feitos como enfermeira reconhecidos pela sociedade, onde teve um busto de bronze em sua homenagem na entrada do museu de Florence Nightgale em Londres. (LOW et al,2014)
3.2 ENFERMEIRAS BRASILEIRAS PRETAS QUE TIVERAM SEU LEGADO NEGLIGENCIADO PELA MERITOCRACIA BRANCA
Yvonne Lara da Costa
Yvonne Lara da Costa, conhecida como Ivone Lara. Foi enfermeira, terapeuta ocupacional e um grande ícone do samba. Figura de extrema importância e protagonista na luta antimanicomial/reforma psiquiátrica, ao lado da médica psiquiatra Nise da Silveira (LEITE.J et al, 2021).
Após completar a maioridade, Yvonne Lara morou com a sua tia materna, participou do processo seletivo para Escola de Enfermagem Alfredo Pinto onde iniciou o processo de mudança em sua vida. Formada em Enfermeira, atuou inicialmente na Colônia Juliano Moreira, em seguida trabalhou no Instituto de Psiquiatria do Engenho de Dentro, juntamente com a psiquiatra Nise da Silveira, onde tiveram protagonismo na Reforma Psiquiátrica. Porém, a meritocracia branca é evidenciada pelo preconceito de classes, onde uma médica branca tem maior destaque do que uma enfermeira preta (LEITE.J et al, 2021).
Além de atuar como enfermeira, fora dos hospitais em seus momentos de lazer, Yvonne Lara tinha grande afinidade pela música vinda da sua família, que era composta por músicos. Ela atuou na luta antimanicomial e também na atenção dos pacientes institucionalizados diretamente contactada com a família, nesse contato com a família houve a descoberta que muitos pacientes eram músicos, com isso Yvonne Lara juntamente com Nise da Silveira iniciaram oficinas de músicas com diversos instrumentos como medida terapêutica para os pacientes (LEITE.J et al, 2021).
Maria Soldado
Maria José Barroso conhecida como Maria Soldado nascida em 1 de dezembro de 1895 na cidade de Limeira, São Paulo. Atuou em um movimento histórico que foi a Revolução de 1932, onde combateu na linha de frente desse movimento defendendo seu estado atribuída ao grupo “Legião Negra” atuando como enfermeira no quesito pré-profissional. Embora Maria Soldado tenha vivido em uma época em que havia algumas escolas de enfermagem ela foi restringida em função de sua raça, onde mulheres pretas eram restritas a frequentar tais escolas. (LOW et al,2014).
Ela inicialmente atuava como enfermeira (ofício atribuído às mulheres que iam ao front, pois a enfermagem era referida tanto no sentido de cuidar de feridos como de executar trabalhos domésticos, tais como: cozinhar, montar os farnéis e o cerzimento das fardas, o que se pode chamar de enfermagem pré-profissional) porém, posteriormente, no ardor do combate, ela foi à luta em frente de batalha, o que só foi descoberto após se ferir e precisar de cuidados. (SANTOS et al, 2023).
Como citado Maria Soldado participou de um movimento histórico e revolucionário e não teve reconhecimento por ser uma mulher preta. Ela morreu sem ao menos o direito da aposentadoria e precisava vender doces e quitutes para sua sobrevivência. Não foi reconhecida pela história nem por ser enfermeira na revolução contra o movimento político de Getúlio Vargas. (SANTOS et al, 2023)
Izabel dos Santos
Izabel dos Santos, mulher preta, nascida em Minas no ano de 1927, enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Hugo Werneck, em Belo Horizonte. Personagem de suma importância na Saúde Pública brasileira, responsável por trazer renovação e modernização para saúde coletiva, merece destaque na história da Enfermagem Brasileira (PAIVA.C, 2015).
A trajetória de Izabel na Saúde Pública tem início no Serviço Especial de Saúde Pública – SESP onde começou a sua carreira profissional e na Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. Durante a sua trajetória no SESP, Izabel atuava na organização das redes de serviços, onde desenvolveu um olhar de sanitarista e identificou a necessidade de aperfeiçoamento do Serviço Especial de Saúde Pública.
Sua atuação no OPAS foi primordial para o desenvolvimento de projetos de formação de nível médio, formação pessoal e participação da comunidade nos processos. Dentre a atuação no OPAS, ganhou destaque para luta pela defesa de uma formação ampla e que valorizasse a experiência do colaborador, principal luta da personagem. Izabel foi uma das principais defensoras da qualificação do trabalhador em nível técnico em saúde no Brasil, contribuindo para o planejamento dos cursos e currículos escolares. Izabel Santos é símbolo de qualificação profissional, a sua trajetória na Saúde Pública contribuiu diretamente para o desenvolvimento de políticas e programas de saúde no Brasil (PAIVA.C, 2015).
3.3 O RACISMO ESTRUTURAL PRESENTE NA CATEGORIA NOS DIAS DE HOJE E O REFLEXO DO CONTEXTO HISTÓRICO NA CATEGORIA
Considerando o processo discriminatório, percebe-se que o racismo está presente na categoria dos profissionais de Enfermagem desde os primórdios, evidenciado pela negligência da atuação de personagens negros na história da Enfermagem Moderna. Deve-se enfatizar que o racismo se encontra presente até os dias de hoje, sendo praticado dentro e fora das instituições de saúde. É necessário salientar que todo o cenário histórico influencia diretamente no processo e mercado de trabalho, destacando que o racismo presente é consequência de uma trajetória preconceituosa (SANTOS, 2020).
O racismo presente na categoria é evidenciado por padrões excludentes, discriminatórios, ausência de profissionais negros em cargos de liderança e diferença salarial entre negros e brancos (ANGELO et al, 2023). Pode-se dizer que a discriminação racial se encontra tão enraizada, que já é naturalizada e institucionalizada, onde os profissionais não conseguem identificar quando sofrem a discriminação (SILVA et al, 2021).
Pode-se citar também as condições de trabalhos desfavoráveis, onde a categoria precisa de múltiplos empregos para receber uma remuneração justa, destacando a pauta de que brancos e negros ocupam lugares diferentes nos espaços sociais, evidencia-se uma diferença salarial de aproximadamente 11% maior, onde brancos recebem mais que negros/pardos (MARINHO et al, 2020). É importante mencionar que a maior parte dos profissionais atuantes na categoria são negros e pardos, trazendo a reflexão: Será que se fosse uma categoria majoritariamente branca, as condições de trabalho seriam melhores?
É importante mencionar que análises das condições de vida e de trabalho realizadas para categorias profissionais específicas refletem conjunturas históricas e políticas que caracterizam os países em determinado tempo. No caso brasileiro, as características socioeconômicas dos trabalhadores são determinadas por diversos aspectos, dentre os quais se destacam: diversidade regional (dadas as dimensões continentais do Brasil, as condições de vida são influenciadas pelas particularidades das regiões geográficas), distribuição de renda (remuneração e vínculos empregatícios) e composição populacional segundo sexo, idade e pertencimento racial. Desse modo, o cenário brasileiro é marcado por desigualdades que apontam, sistematicamente, condições de trabalho menos favoráveis para mulheres, negros (pretos e pardos) e para os residentes nas regiões Norte e Nordeste (MARINHO et al, 2020)
Com a normalização das práticas racistas nos ambientes institucionais de saúde, o racismo tornou-se parte de uma estrutura social, sendo difícil a identificação por parte das vítimas (SILVA, 2021). Com a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, faz-se necessário a promoção do PNSIPN por parte dos gestores para que os profissionais reconheçam como uma ferramenta de combate à discriminação nas instituições de saúde, visto que os profissionais acreditam que a ferramenta é desnecessária pois não identificam o racismo sofrido dentro das instituições devido o mesmo ser praticado de forma silenciosa (ROSA et al, 2019).
4. METODOLOGIA
Este é um estudo de revisão integrativa, com pesquisa qualitativa, cujo propósito é sintetizar o conhecimento científico sobre o tema em questão. A revisão integrativa é uma abordagem de pesquisa abrangente que engloba tanto estudos teóricos quanto práticos, permitindo a geração de conhecimento sobre o tema a partir de diversas metodologias (SOUZA et al, 2017).
Seguindo o método escolhido para a elaboração, a revisão foi realizada em seis etapas: 1) formulação da questão norteadora; 2) pesquisa ou amostragem na literatura; 3) coleta de dados; 4) avaliação crítica dos estudos incluídos; 5) debate dos resultados; 6) apresentação da revisão integrativa (ERCOLE et al, 2014).
De forma direta, ao aplicar o procedimento em questão e suas etapas correspondentes, foi-se definindo a seguinte pergunta norteadora: Como o racismo se manifestou na história da enfermagem e quais são seus impactos na profissão e nos cuidados de saúde hoje? Ao passo que, o tema da pesquisa é “A história do racismo na Enfermagem”.
Na segunda etapa, foram utilizados os descritores em ciências da saúde “Racismo Institucional”, “Enfermagem”, “Negros”, “Preconceito Racial’’ ligados ao operador booleano “AND” para a busca de artigos que se alinhavam ao tema na plataforma Biblioteca Virtual em Saúde.
Utilizou-se o recorte temporal de dez anos, correspondendo aos anos de 2013 a 2023. Além de, também, serem adotados os seguintes critérios de inclusão: ter texto completo disponível na base de dados e estar no idioma materno dos autores. Finalizando assim, a primeira e segunda fase da revisão integrativa.
Adotados os critérios de inclusão, obtivemos 31 artigos pré-selecionados. Nos quais foram estratificados e analisados, iniciando assim o processo de leitura de seus determinados títulos, resumos e objetivos, com intuito de verificar a elegibilidade para a adequada inclusão neste trabalho.
Iniciado o processo, foram selecionados como inaptos aqueles que possuíam títulos, resumos e objetivos incompatíveis com a pesquisa, são eles 20 artigos. Assim como cartas ao editor, artigos de reflexão, editorial, e demais modelos que não artigos originais.
Assim, foram escolhidos 15 artigos e 1 livro que estão em conformidade com a metodologia mencionada. Todos eles têm como foco o Brasil, uma vez que a discussão proposta visa analisar a situação da saúde pública brasileira, tornando-se desnecessária a inclusão de outros modelos de Sistemas de Saúde ou perspectivas governamentais divergentes.
5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Ao longo da pesquisa, identificamos 15 artigos científicos que atenderam aos critérios de seleção estabelecidos. É importante mencionar que houve artigos que surgiram em múltiplas bases de dados, mas para evitar duplicidade, eles foram considerados apenas uma vez na contagem final.
Isso garante a precisão e a integridade do processo de seleção, assegurando que cada artigo seja avaliado de maneira justa e equitativa. Além disso, essa abordagem ajuda a manter a qualidade da pesquisa, focando nos artigos mais relevantes e úteis para o estudo em questão.
Ordem | Título | Ano | Autor | Periódico | Objetivo |
A1 | As marcas do racismo estrutural na trajetória de trabalhadoras negras em uma universidade federal. | 2023 | ÂNGELO, C.A.P.S., ARRUDA, D.O. | Serviço Social & Sociedade, São Paulo, v. 146, n. 1, p. 97-117, 2023 | Analisar as manifestações do racismo institucional no cotidiano de trabalho de servidoras públicas negras da carreira técnica em uma universidade |
A2 | Dona Ivone Lara e terapia ocupacional: devir-negro da história da profissão. | 2021 | LEITE JUNIOR, J.D.,FARIAS, M.N.,MARTINS, S. | Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São Carlos, v. 29, n. 2171, p. 1-13, 2021 | Análise das contribuições de memórias negras que perpassam a terapia ocupacional – colocando em tela a história de Yvonne Lara. |
A3 | Racismo ambiental e comunidades indígenas – ma visão decolonial e histórica da luta indígena na atualidade. | 2021 | LIMA,SS. | Recima21 – Revista Científica Multidisciplinar, Teresina, v. 1, n. 25282, p. 1-46, 07 jun. 2021. | Tem como temática o Racismo Ambiental voltado para um enfoque nas comunidades indígenas. Através de um recorte histórico se compreende a história do racismo ambiental e como ele se aplica a história brasileira através de dados e documentos oficiais que traz o enfoque acerca das condições de moradia proprietária étnicas e raciais reivindicadas nesse período. |
A4 | Mary Seacole e Maria Soldado: enfermeiras negras que fizeram história. | 2014 | LOW, L.,OGUISSO, T. | Cultura de Los Cuidados, São Paulo, v. 38, n. 18, p. 64-70, 2014 | Dar visibilidade a duas mulheres – Mary Jane Seacolee Maria Soldado – que sofreram racismo em suas ações, mas souberam desbravar as fronteiras do desconhecido, superá-las em buscados ideais de suas vidas. |
A5 | Características gerais da enfermagem: O perfil sociodemográfico. | 2016 | MACHADO, M.H., et al. | Enfermagem em Foco, Rio de Janeiro, v. 7, p. 9-14, 22 fev. 2016. | Analisar os aspectos sócio demográficos dos profissionais de enfermagem, que congregam entre enfermeiros, auxiliares e técnicos. |
A6 | Mercado de trabalho e processos regulatórios – A enfermagem no Brasil. | 2019 | MACHADO, M.H., et al. | Ciência & Saúde Coletiva: Scielo – Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, n. 25, p. 101-112, 20 set. 2019. | análise do mercado de trabalho dos profissionais da Enfermagem, a partir dos dados obtidos através da Pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil (Cofen – Fiocruz), evidenciando que uma parcela significativa desses trabalhadores, a maioria auxiliares e técnicos de enfermagem, vivem em condições precárias de sobrevivência, com precarização, multiempregos e a insegurança no ambiente de trabalho cada vez mais frequentes, o que os impede de exercerem com dignidade suas atividades laborais. |
A7 | Enfermagem no Brasil: Análises socioeconômicas com foco na composição racial. | 2022 | MARINHO, GL., et al. | Revista Brasileira de Enfermagem: REBEn, Rio de Janeiro, v. 2, n. 75, p. 1-9, 2022 | analisar características socioeconômicas de enfermeiros e técnicos de enfermagem residentes no Brasil segundo cor/raça. |
A8 | Izabel dos Santos e a formação dos trabalhadores da saúde. | 2015 | PAIVA, C.H.A. | Construtores da Saúde Coletiva: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 6, n. 20, p. 1785-1793, 05 mar. 2015. | Este artigo aborda a trajetória de Izabel dos Santos (1927-2010) como uma forma de discutir as conexões entre agendas e escolas sanitárias no Brasil contemporâneo. 5 |
A9 | Racismo Estrutural: Implantações no processo de trabalho do enfermeiro na atenção primária à saúde. | 2021 | PEREIRA, M. et al. | REVISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS: SANARE, Paraíba, v. 2, n. 20, p. 26-32, 17 nov. 2021 | Este estudo objetivou analisar o discurso do profissional enfermeiro acerca das implicações no processo de trabalho ofertado à população negra |
A10 | Percepções e ações dos enfermeiros em relação ao racismo institucional na saúde pública. | 2019 | ROSA, LG., et al. | REVISTA DE ENFERMAGEM DA UFSM: Reufsm, Santa Maria, v. 9, n. 8, p. 1-19, 16 jul. 2019. | Conhecer as percepções e as ações dos enfermeiros em relação ao racismo institucional na saúde pública. |
A11 | Mulheres negras na história da enfermagem: na competência cultural na trajetória da Maria Barbosa Fernandes. | 2020 | SANTOS, F. et al. | Revista Brasileira de Enfermagem: SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA, Belo Horizonte, n. 4, p. 1-7, 10 jan. 2020. | Conhecer a trajetória profissional da enfermeira negra Maria Barbosa Fernandes e analisar elementos de sua prática profissional. |
A12 | Racismo institucional: violação do direito à saúde e demanda ao Serviço Social. | 2021 | SILVA, H; LIMA, T. | Espaço Temático: Violência, Saúde e Classes Sociais, Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 331-341, ago. 2021. | Abordar aspectos do racismo institucional como uma das expressões estruturais de violação do Direito à saúde e violência racial. |
A13 | Racismo institucional na enfermagem. | 2021 | SILVA, AC. | Repins Unifaema: Repositório Institucional, Roraima, p. 1-31, 2021. | Evidenciar que nos dias atuais a forma mais comum de racismo que está enraizada na sociedade é o racismo estrutural, onde é formado uma estruturação de um conjunto de práticas institucionais. |
A14 | Acesso a saúde tem cor e não é preta: revisão integrativa do racismo. institucional à população negra. | 2021 | SILVA, M. et al. | REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR: Recima21, Rio de Janeiro, v. 2, n. 10, p. 1-16, 21 nov. 2021. | Trazer como linha de pesquisa saúde e sociedade sob a área predominante da enfermagem no cuidado à saúde da população negra. |
A15 | Desigualdades sociais no discurso da enfermagem brasileira: compromisso social e luta hegemónica. | 2021 | SILVIA, K. et al. | Revista de Enfermagem Referência: Referência, Belo Horizonte, n. 5, p. 1-8, 2021. | Analisar as dimensões das desigualdades sociais nos discursos de entidades representativas da enfermagem brasileira. |
6. DISCUSSÃO
6.1 AS CONSEQUÊNCIAS DO FENÔMENO DO RACISMO PARA A ENFERMAGEM
De acordo com Machado et al (2016), durante uma pesquisa realizada pelo IBGE foi demarcado a estatística do perfil de profissionais de enfermagem no território brasileiro, em que o quantitativo revelado foi 1.804.535 profissionais no Brasil. Destes, 53% são pretos e pardos, 42,3% brancos e 0,6% indígenas. 57,4 % são trabalhadores pretos e pardos de nível médio chefiados por 57,9% de enfermeiros brancos, evidenciando o privilégio ao acesso à universidade.
Conforme a desigualdade racial observada nesse dado numérico, temos ciência do desprivilegio que os pretos sofrem atualmente vem desde a época da escravidão. Da mesma forma, é sabido que os negros habitam áreas de periferia, em que o investimento do poder publico e menor; consequentemente o acesso à educação é mais difícil, gerando uma população com recursos insuficientes para chegarem ao ensino superior. Demonstrando com tal problemática a presença também do racismo ambiental vivido por essa população.
De acordo com Lima (2021), o racismo estrutural se inicia desde a Lei Áurea, onde houve abolição da escravidão; contudo esse marco histórico é representado também pelo afastamento de negros dos grandes centros, e os localizando em áreas periféricas. Demonstrando os impactos até os dias de hoje, onde povos indígenas e negros são afetados de forma desproporcional de outros indivíduos que se situam em localidades privilegiadas, impactando no acesso a saúde, educação, segurança, alimentação.
Com base na temática abordada neste estudo, até o momento vemos a importância de colocar em evidência histórias que foram esquecidas pelo preconceito racial vivido não só na enfermagem, mas em toda sociedade! Observamos que o racismo perpassa na história da enfermagem desde seu início até nos dias atuais, no qual vemos refletido no quantitativo de profissionais pretos que compõe o corpo da categoria, que se evidencia pela majoritariedade branca em cargos de poder, nível superior, cargos de chefia e gerência. Embora os profissionais pretos compunham grande parte dos profissionais, eles estão inseridos em níveis de técnicos e auxiliares, sendo minoria com formação acadêmica.
A história da enfermagem moderna foi enriquecida por diversas personalidades afrodescendentes, cujas contribuições desempenharam um papel fundamental na promoção da igualdade e na luta contra o racismo na sociedade. Embora sejam minorias até hoje, essas figuras destacadas desempenharam um papel crucial na evolução da enfermagem. Com nosso estudo, buscamos destacar e dar visibilidade a essas histórias muitas vezes negligenciadas, inspirando e fornecendo exemplos para as gerações futuras, a fim de promover a diversidade e a igualdade no campo da enfermagem mostrando que pessoas pretas podem chegar em lugares, que muitas vezes foram inalcançáveis.
Embora não relatadas previamente, houve outras figuras que marcaram a memória da enfermagem e também devem ter notoriedade como por exemplo, a Maria Barbosa Fernandes, que é uma imagem de destaque na história da enfermagem, tendo a honra de ser a primeira enfermeira preta a se formar em uma instituição de ensino superior. Sua coragem e dedicação à profissão abriram portas para inúmeras mulheres que sonhavam com carreiras na área da saúde. Maria concluiu sua formação em um período em que as mulheres enfrentavam desafios substanciais para ingressar no meio acadêmico e profissional, desafiando preconceitos e deixando um legado duradouro. Sua realização não apenas marcou um momento fundamental na história da enfermagem, mas também simboliza a resiliência e a força das mulheres ao superar obstáculos de gênero em busca de suas metas profissionais. A trajetória de Maria Barbosa Fernandes inspira as futuras gerações de enfermeiras e profissionais da saúde, destacando a importância da igualdade racial e o potencial ilimitado das mulheres em todas as áreas da carreira. (SANTOS, et al, 2020).
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve por objetivo evidenciar histórias de personagens que foram importantes para o surgimento da Enfermagem Moderna e devido ao racismo estrutural presente na categoria, suas histórias foram ignoradas. O estudo destaca a presença do racismo desde os primórdios até os dias atuais, evidenciando que a discriminação e o preconceito racial impactam diretamente os profissionais negros/pardos presentes na categoria.
Com dados e informações científicas, a pesquisa ressalta figuras importantes, como Mary Jane Seacole, Yvonne Lara, Izabel dos Santos e Maria Soldado, cujas trajetórias foram negligenciadas devido ao racismo. A discussão aborda a discrepância na representação de profissionais brancos e negros em cargos de destaque, no contexto da história da Enfermagem, reforçando a necessidade de combater o racismo estrutural na categoria desde o seu contexto histórico.
O trabalho de conclusão de curso tem como objetivo gerar novas discussões através da estimulação sobre a reflexão do combate ao racismo presente na categoria, evidenciar informações científicas sobre o tema e trazer uma breve resenha de mulheres negras importantes na história da Enfermagem. A discussão destaca que apesar das adversidades, enfermeiros afrodescendentes desempenharam papeis cruciais na evolução da profissão e suas histórias devem ser aclamadas.
Em suma, os dados apresentados revelam a presença marcante do privilégio branco na profissão de enfermagem, evidenciando uma disparidade notável entre profissionais pretos e brancos em termos de representação em cargos de destaque, nível superior, chefia e gerência. A desigualdade racial observada reflete não apenas a atualidade, mas também raízes históricas profundas, remontando à época da escravidão, onde o acesso à educação era inviabilizado para a população negra.
Através dessa discussão, foi possível identificar uma fragilidade na busca de dados sobre o tema. Poucos artigos são publicados sobre o racismo estrutural presente na categoria e sobre personagens negras importantes na trajetória da Enfermagem Moderna. É necessário destacar a importância de trazer à luz as histórias negligenciadas de profissionais negros na enfermagem, sublinhando o papel fundamental desempenhado por diversas personalidades afrodescendentes na promoção da igualdade e na luta contra o racismo. Mesmo diante do contexto discriminatório, essas figuras contribuíram significativamente para a evolução da enfermagem, desafiando estereótipos e inspirando futuras gerações. Apesar de comporem a maioria numericamente, pouco se é falado no combate ao racismo presente na categoria, evidenciando a necessidade de mais estudos sobre este tema.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Silvio Luiz. RACISMO ESTRUTURAL. 3. ed. São Paulo: Copyright, 2019. 162 p. (19-00703). Disponível em: https://blogs.uninassau.edu.br/sites/blogs.uninassau.edu.br/files/anexo/racismo_estrutural_feminismos_-_silvio_luiz_de_almeida.pdf Acesso em: 02 ago. 2023.
ÂNGELO, C; ARRUDA, D. As marcas do racismo institucional na trajetória de trabalhadoras negras em uma universidade federal. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, v. 146, n. 1, p. 97-117, 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sssoc/a/wJkkDFfKzG4qKkBCdpZGZjK/?lang=pt Acesso em: 15 maio 2023.
LEITE JUNIOR, Jaime Daniel; FARIAS, Magno Nunes; MARTINS, Sofia. Dona Ivone Lara e terapia ocupacional: devir-negro da história da profissão. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São Carlos, v. 29, n. 2171, p. 1-13, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadbto/a/Ws6PtC3jmxhQKs4HPY8p69t/?lang=pt Acesso em: 29 jun. 2022.
LIMA, Samanta de Sousa. RACISMO AMBIENTAL E COMUNIDADES INDÍGENAS – MA VISÃO DECOLONIAL E HISTÓRICA DA LUTA INDÍGENA NA ATUALIDADE. Recima21 – Revista Científica Multidisciplinar, Teresina, v. 1, n. 25282, p. 1-46, 07 jun. 2021. Disponível em: https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/282 Acesso em: 27 jun. 2023.
LOW, Lily; OGUISSO, Taka. Mary Seacole e Maria Soldado: enfermeiras negras que fizeram história. Cultura de Los Cuidados, São Paulo, v. 38, n. 18, p. 64-70, 2014. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-123252 Acesso em: 27 jun. 2022.
MACHADO, MH. et al. CARACTERISTICAS GERAIS DA ENFERMAGEM: O PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO. Enfermagem em Foco, Rio de Janeiro, v. 7, p. 9-14, 22 fev. 2016. Disponível em: http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/686/296 Acesso em: 24 mar. 2023.
MACHADO, MH. et al. Mercado de trabalho e processos regulatórios – A enfermagem no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva: Scielo – Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, n. 25, p. 101-112, 20 set. 2019. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1055777 Acesso em: 13 jul. 2022.
MARINHO, GL. et al. Enfermagem no Brasil: Análises socioeconômicas com foco na composição racial. Revista Brasileira de Enfermagem: REBEn, Rio de Janeiro, v. 2, n. 75, p. 1-9, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/4w9WGfMG9fLTmzTt8JJDZkv/?lang=en . Acesso em: 13 jul. 2022.
PAIVA, Carlos Henrique Assunção. Izabel dos Santos e a formação dos trabalhadores da saúde. Construtores da Saúde Coletiva: Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 6, n. 20, p. 1785-1793, 05 mar. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/GHVmBFh8hdjS9xtwHTVyM6g/?lang=pt# Acesso em: 15 set. 2023.
PEREIRA, M. et al. RACISMO ESTRUTURAL: IMPLANTAÇÕES NO PROCESSO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. REVISTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS: SANARE, Paraíba, v. 2, n. 20, p. 26-32, 17 nov. 2021. Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1513/797 Acesso em: 24 mar. 2023.
ROSA, LG. et al. Percepções e ações dos enfermeiros em relação ao racismo institucional na saúde pública. REVISTA DE ENFERMAGEM DA UFSM: Reufsm, Santa Maria, v. 9, n. 8, p. 1-19, 16 jul. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/31131/html Acesso em: 13 jul. 2022.
SANTOS, F. et al. Mulheres negras na história da enfermagem: na competência cultural na trajetória da Maria Barbosa Fernandes Revista Brasileira de Enfermagem: SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA, Belo Horizonte, n. 4, p. 1-7, 10 jan. 2020. Disponível em:http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-1672020001100167&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Acesso em: 23 abr. 2023.
SILVA, H; LIMA, T. Racismo institucional: violação do direito à saúde e demanda ao Serviço Social. Espaço Temático: Violência, Saúde e Classes Sociais, Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 331-341, ago. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rk/a/hRTf9SLg8CBYF8cJqC8QYNJ/?lang=pt Acesso em: 15 maio 2023.
SILVA, AC. RACISMO INSTITUCIONAL NA ENFERMAGEM: uma revisão integrativa da literatura. Repins Unifaema: Repositório Institucional, Roraima, p. 1-31, 2021. Disponível em: https://repositorio.unifaema.edu.br/handle/123456789/3072 Acesso em: 10 maio 2023.
SILVA, M. et al. ACESSO A SAÚDE TEM COR E NÃO PRETA: REVISÃO INTEGRATIVA DO RACISMO INSTITUCIONAL À POPULAÇÃO NEGRA. REVISTA CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR: Recima21, Rio de Janeiro, v. 2, n. 10, p. 1-16, 21 nov. 2021. Disponível em: https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/871 Acesso em: 24 mar. 2023.
SILVIA, K. et al. Desigualdades sociais no discurso da enfermagem brasileira: compromisso social e luta hegemónica. Revista de Enfermagem Referência: Referência, Belo Horizonte, n. 5, p. 1-8, 2021. Disponível em: https://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832021000100005?script=sci_arttext&pid=S0874-02832021000100005 . Acesso em: 02 ago. 2023.
1Graduandos (as) do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São José.