REABILITAÇÃO DE SARCOPENIA EM IDOSOS: REVISÃO DA LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202503101931


Mariela Santos Lombardo1
Aline Martins Lonardoni1
Arthur Knorr Sander1
Jessica de Oliveira Januário1
Luan Migliorini de Souza1
Petrissa Caroline Marcelino Luiz1
Tania Matos da Costa1
Thamires Ribeiro Dias1
Tulio Fujinami Tano1
Weslley Faria Melo1
Elena Dejesus Sosa2


RESUMO

A sarcopenia é uma doença que reduz progressivamente a massa e a força muscular, afetando especialmente idosos. A reabilitação desempenha um papel crucial na melhora da qualidade de vida desses pacientes. Este estudo revisou intervenções físicas e o impacto de agentes físicos e tecnológicos no tratamento da sarcopenia em idosos. A pesquisa foi realizada nas bases PubMed e Lilacs, com os descritores “Elderly”, “Sarcopenia” e “Rehabilitation”, selecionando 10 artigos publicados entre 2019 e 2024. Os resultados destacaram o treinamento de resistência muscular como a intervenção mais eficaz, promovendo hipertrofia e melhora na qualidade muscular. No entanto, estratégias multidimensionais, incluindo saúde metabólica e inflamatória, são fundamentais para maior eficácia. Exercícios regulares ajudam a reduzir a inflamação crônica associada ao envelhecimento, retardando a progressão da sarcopenia. Além disso, a diversidade de métodos para diagnosticar e avaliar a sarcopenia evidencia a necessidade de critérios padronizados para identificação e manejo mais eficiente da condição. As intervenções devem considerar idade, nível de atividade física e comorbidades, garantindo melhores resultados. Abordagens combinadas têm potencial para promover independência funcional e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

Palavras chaves: Idosos, reabilitação y sarcopenia.

ABSTRACT

Sarcopenia is a disease that progressively reduces muscle mass and strength, especially affecting the elderly. Rehabilitation plays a crucial role in improving the quality of life of these patients. This study reviewed physical interventions and the impact of physical and technological agents in the treatment of sarcopenia in the elderly. The search was carried out in the PubMed and Lilacs databases, with the descriptors “Elderly”, “Sarcopenia” and “Rehabilitation”, selecting 10 articles published between 2019 and 2024. The results highlighted muscular resistance training as the most effective intervention, promoting hypertrophy and improves muscle quality. However, multidimensional strategies, including metabolic and inflammatory health, are critical for greater effectiveness. Regular exercise helps reduce chronic inflammation associated with aging, slowing the progression of sarcopenia. Furthermore, the diversity of methods for diagnosing and evaluating sarcopenia highlights the need for standardized criteria for more efficient identification and management of the condition. Interventions must consider age, level of physical activity and comorbidities, ensuring better results. Combined approaches have the potential to promote functional independence and improve the quality of life of these patients.

INTRODUÇÃO

A sarcopenia é uma doença que deteriora progressivamente a massa muscular, reduzindo assim a força ativa e passiva exercida pelo paciente. A incidência entre os idosos se amplia gradativamente devido ao simultâneo aumento da expectativa de vida e, principalmente, ao resultado da inatividade física. É uma das principais causas de internações e mortalidade na atualidade. (1) 

À medida que o corpo humano adquire maior idade, surge também o processo natural de diminuição muscular. Na sarcopenia, há a intensificação deste deterioro muscular, prejudicando a funcionalidade e a independência pessoal, levando à necessidade de suporte funcional devido à capacidade prejudicada de realizar as atividades diárias com facilidade e à intensificação dos danos causados ​​pela doença. Somado a isto, a sarcopenia pode ser influenciada por fatores individuais como sedentarismo, alterações hormonais e inflamação crônica (1,2). 

Além da perda progressiva de força e massa muscular esquelética associada ao envelhecimento, a sarcopenia também provoca alterações em outros níveis como: neuromuscular, hormonal, inflamatório e nutricional, comprometendo a funcionalidade e aumentando o risco de dependência e fragilidade em idosos (1,3).

O papel da reabilitação física no tratamento não farmacológico da sarcopenia é valioso. Atua na manutenção e recuperação da massa muscular de forma eficaz, principalmente com técnicas para aumento da resistência muscular (1,4).

De acordo com a literatura atual, é fundamental que nos projetos de reabilitação física destes pacientes se aplique e implemente os exercícios de resistência muscular combinados a agentes físicos, como por exemplo suplementos nutricionais e medicações, a fim de prevenir a progressão da doença(4). 

A sarcopenia é amplamente identificada como um importante fator de risco para perda de mobilidade e aumento das taxas de quedas entre idosos, gerando lesões graves e perda de independência (2).

A diminuição da massa muscular afeta particularmente as extremidades inferiores, afetando a estabilidade e a capacidade de realizar tarefas rotineiras de forma independente, como subir degraus ou levantar-se de uma cadeira (1). 

Esta diminuição da capacidade não só limita a autonomia dos idosos, mas também provoca custos elevados para os sistemas de saúde devido à demanda de internações e tratamentos prolongados. Para diminuir os impactos da doença em geral, levando em consideração sua gravidade e possíveis complicações, é fundamental que o diagnóstico seja feito precocemente. O manejo adequado deve ser iniciado antes que o paciente progrida para estágios mais debilitantes (2).

Atualmente, existem dificuldades na protocolização da conduta médica, o que dificulta o sucesso do tratamento, uma vez que, a prevalência da sarcopenia varia dependendo da população e dos métodos diagnósticos utilizados (2).

Como consequência da debilidade protocolar médica na sarcopenia, não existem tratamentos farmacológicos específicos. Portanto, ao implementar programas de reabilitação física personalizados, de acordo com as necessidades de cada paciente, surgem estratégias mais eficazes para reduzir os efeitos negativos desta condição e promover a melhor qualidade de vida dos pacientes idosos (1,4).

A sarcopenia foi descrita pela primeira vez como um fenômeno biológico associado ao envelhecimento natural, porém, pesquisas recentes destacam sua forte correlação com outros fatores como sedentarismo, desnutrição, e doenças crônicas (1,5). Estima-se que a prevalência da sarcopenia entre idosos acima de 60 anos possa variar entre 10% e 50%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados(5). A definição clínica da sarcopenia inclui a combinação de perda de massa muscular, diminuição da força muscular e baixa performance física, sendo uma condição multifatorial que envolve alterações neuromusculares e metabólicas (3).

Historicamente, a reabilitação física em idosos com sarcopenia tem sido subvalorizada, com grande foco no tratamento medicamentoso e menos atenção às intervenções não farmacológicas. No entanto, estudos recentes evidenciam que a reabilitação, especialmente o treinamento resistido e o exercício aeróbico, desempenha um papel crítico na melhora dos resultados funcionais e na redução das complicações associadas à sarcopenia(2). Tais intervenções são consideradas seguras e eficazes para a maioria dos idosos, desde que realizadas com acompanhamento especializado e baseadas em uma avaliação individualizada.

A sarcopenia é resultado de um complexo processo que inclui a perda de fibras musculares tipo II, diminuição na síntese proteica e aumento da inflamação crônica (2,3). Além disso, a inatividade física acelera esse processo, destacando a importância de intervenções que visem a preservação e recuperação da massa muscular.

As principais intervenções de reabilitação física para sarcopenia incluem o exercício resistido, que estimula a hipertrofia muscular e o fortalecimento, e o exercício aeróbico, que melhora a capacidade cardiovascular e a resistência muscular (5). A literatura também aponta para a eficácia do uso de agentes físicos, como a eletroterapia e a terapia com calor e frio, como coadjuvantes no processo de reabilitação muscular, contribuindo para o alívio da dor e a promoção da regeneração tecidual (4).

Ademais, o papel da nutrição é cada vez mais reconhecido como fundamental no tratamento da sarcopenia. A combinação de proteínas de alta qualidade e aminoácidos essenciais, como a leucina, com o treinamento físico pode maximizar os efeitos da reabilitação, promovendo um ambiente anabólico que favorece o ganho de massa muscular (6). Esse enfoque multidisciplinar destaca a necessidade de programas de reabilitação personalizados, que considerem não apenas os aspectos físicos, mas também nutricionais e sociais dos idosos com sarcopenia.

OBJETIVOS GERAIS

Revisar a literatura disponível sobre a reabilitação física em pacientes idosos com sarcopenia.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

– Identificar os principais métodos de intervenção fisioterapêutica e exercício físico aplicados na reabilitação de idosos com sarcopenia.

– Identificar os impactos de diferentes enfoques de reabilitação sobre a força muscular, o equilíbrio e a capacidade funcional nas pessoas idosas.

– Identificar novas estratégias de tratamento para reabilitação de pacientes idosos com sarcopenia.

METODOLOGIA

A presente investigação tem um enfoque descritivo. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, definida como um tipo de estudo que identifica, analisa e sintetiza dados de investigação relevantes para um tema específico.

Realizou-se uma busca sistemática nas bases de dados PubMed y Lilacs, utilizando os descritores: “Elderly”, “Sarcopenia” e “Rehabilitación”. No total, foram encontrados 745 artigos. Foram incluídos somente os que tinham acesso liberado gratuitamente, sendo um total de 382 estudos. Foram incluídos estudos do tipo ensaio clínico e ensaio controlado aleatório sobre a reabilitação em idosos com sarcopenia. E foram excluídos os estudos de revisão, revisão sistemática e de metanálises, totalizando 105 estudos, além disso também foram excluídos estudos publicados antes de 2019. Os investigadores selecionaram os estudos relevantes em função dos critérios de inclusão e exclusão e extraíram os dados relevantes. Ficaram 49 artigos, dos quais 10 foram incluídos neste estudo. Os dados extraídos incluíram informações sobre a metodologia do estudo, características da amostra, objetivos do estudo e principais resultados.

Foram utilizados unicamente dados secundários, de revisão da literatura, desta forma não houve necessidade de encaminhar o projeto para o Comitê de Ética.

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Utilizamos os seguintes artigos entre os anos de 2019 até 2024.

Tabela 1. Autores utilizados na investigação

Autor e AnoTítulo do ArtigoMetodologiaAmostra e CaracterísticasObjetivo do EstudoSíntese dos Principais Resultados
Otsuka et al., 2021 (7)Efeitos da intensidade do treinamento de resistência na quantidade/ qualidade muscular em pessoas de meia-idade e idosos: um ensaio clínico randomizadoEnsaio clínico controlado, randomizado e cego simples50 participantes (sem exercício: 17, baixo Ex: 16, moderado Ex: 17); média de idade 63,5 anos; 47,1% mulheres no grupo sem Ex, 50% no grupo baixo Ex, 52,9% no moderado Ex.Investigar os efeitos do treinamento de resistência de baixa e moderada intensidade na quantidade e qualidade muscularO exercício moderado melhorou significativamente a área transversal do músculo da coxa e as propriedades elétricas musculares; o baixo Ex aumentou apenas a quantidade muscular.
Yuxiang Liang et al., 2020 (8)Um ensaio clínico randomizado de exercícios de resistência e equilíbrio para pacientes sarcopênicos de 80 a 99 anos.Ensaio clínico randomizado, com dois grupos paralelos e análise cega. Foram utilizados exercícios de resistência e equilíbrio.60 pacientes com sarcopenia, entre 80 e 99 anos, divididos em dois grupos. Ambos participaram de programas de exercícios supervisionados por fisioterapeutas.Comparar a eficácia de um programa misto de exercícios (equilíbrio + resistência) com um programa de resistência no tratamento da sarcopenia em idosos.Em comparação com o grupo de exercícios de resistência, o programa misto melhorou o Índice de Barthel e o desempenho físico. Ambos os programas demonstraram ser viáveis e seguros.
Cristina Flor-Rufino et al., 2023 (9)O treinamento de resistência dos músculos periféricos beneficia os parâmetros respiratórios em mulheres idosas com sarcopenia: ensaio clínico controlado randomizadoEnsaio clínico randomizado e controlado, com mulheres idosas com diagnóstico de sarcopenia, divididas em dois grupos: um grupo intervenção que realizou treinamento resistido de alta intensidade (HIRT) e um grupo controle (GC).51 mulheres com 70 anos ou mais com sarcopenia, IMC médio de 26,9 kg/m2 e funções respiratórias normais.Avaliar o impacto do treinamento resistido de alta intensidade (HIRT) na função respiratória e qualidade de vida em mulheres idosas com sarcopenia.Enquanto o grupo controle apresentou diminuição da função respiratória (VEF1 e CVF), o grupo HIRT apresentou aumento significativo da força muscular respiratória máxima (PEmáx). A qualidade de vida do grupo controle diminuiu, enquanto o grupo HIRT melhorou.
Valdés-Badilla et al., 2023 (10)Efetividade do treinamento com faixas elásticas e danças em grupo no desempenho físico-funcional de mulheres idosas com sarcopenia: estudo pilotoEnsaio clínico randomizado, controlado e com medidas repetidas em grupos paralelos (grupo elástico e grupo dança).44 idosas com sarcopenia, idade média de 73 anos. Amostras divididas em dois grupos: grupo de treino com banda elástica (EBG) e grupo de dança (GBD).Comparar a eficácia do treino com faixa elástica em relação à dança na composição corporal e desempenho físico em idosas com sarcopenia.O grupo de faixa elástica apresentou melhora significativa na massa magra, força muscular (mãos e pernas), tempo de execução do teste TUG e velocidade de marcha, comparado ao grupo dança.
Myong-Won Seo et al., 2021 (11)Efeitos de 16 semanas de treinamento resistido na qualidade muscular e nos fatores de crescimento muscular em mulheres idosas com sarcopenia: um ensaio clínico randomizadoEnsaio clínico randomizado com grupo de treinamento resistido e grupo controle (22 participantes no total).Mulheres idosas (acima de 65 anos) com sarcopenia (12 no grupo treinamento e 10 no grupo controle).Examinar os efeitos do treinamento resistido na qualidade muscular, fatores de crescimento e aptidão funcional em mulheres idosas com sarcopenia.O treinamento de resistência melhorou a aptidão funcional, a força de preensão, a velocidade de caminhada e a força isométrica. O grupo controle apresentou aumento de gordura intramuscular. A folistatina aumentou no grupo de treinamento.
Cristina Flor-Rufino et al., 2023 (12)A infiltração de gordura e a hidratação muscular melhoram após treinamento resistido de alta intensidade em mulheres com sarcopenia. Um ensaio clínico randomizado.Ensaio clínico randomizado cego para pesquisadores.A amostra foi composta por 51 idosas com sarcopenia, com média de idade de 79,8 anos. Após a randomização, 38 mulheres completaram o estudo (20 no grupo HIRT).Avaliar os efeitos do treinamento resistido de alta intensidade (HIRT) nos parâmetros clínicos e de ressonância magnética em mulheres com sarcopenia.O HIRT levou à remissão da sarcopenia em 50% dos participantes, com melhorias significativas na massa muscular, força, desempenho funcional e biomarcadores de ressonância magnética. A infiltração microscópica de gordura no músculo diminuiu e a hidratação muscular melhorou.
Wolfgang Kemmler et al., 2021(13)Mudanças na composição corporal e na saúde cardiometabólica após o destreinamento em homens idosos com osteosarcopenia: acompanhamento de 6 meses do ensaio clínico randomizado e controlado Franconian Osteopenia and Sarcopenia Trial (FrOST)Ensaio clínico controlado, randomizado e cego.Homens predominantemente obesos, residentes na comunidade, de 72 a 91 anos de idade, com baixa massa muscular e óssea (n = 43), designados aleatoriamente para HIT-RT (exercício resistido de alta intensidade) de 18 meses (GA: n = 21) ou para grupo controle sem treinamento (GC, n = 22).Determinar os efeitos de 6 meses de destreinamento após 18 meses de exercício resistido de alta intensidade (HIT-RT) na composição corporal e nos resultados cardiometabólicos em homens idosos predominantemente obesos com osteosarcopenia.A interrupção abrupta do HIT-RT por 6 meses resultou em alterações desfavoráveis significativamente maiores no grupo GC (grupo previamente submetido a 18 meses de exercício resistido de alta intensidade HIT-RT) em comparação ao CG (grupo controle não treinado) para a massa magra, massa corporal (MCM), gordura corporal total e escore Z da síndrome metabólica (MetSZ), além da gordura corporal abdominal. No entanto, efeitos globais significativos ainda estavam presentes após 24 meses para os índices de massa magra e gordura corporal, mas não para a MetSZ.
Shichun He et al., 2024 (14)Proposta e validação de uma nova abordagem em telereabilitação com estimativa 3D da postura humana: um ensaio clínico randomizado em idosos com sarcopeniaEstudo randomizado controlado separado aleatoriamente.75 idosos com sarcopenia (60-75 anos) de organizações comunitárias.Comparar os efeitos do treinamento remoto baseado em IA com o treinamento presencial geral e remoto.Comparado aos grupos presenciais, o grupo IA apresentou melhorias significativas na massa muscular, mobilidade e qualidade de vida. No entanto, em comparação com idosos que realizaram atividades físicas no mesmo ritmo sem a ajuda da IA, os resultados foram considerados igualmente eficazes.
Marc Teschler et al., 2021 (15)Quatro semanas de eletroestimulação melhoram a função e a força muscular em pacientes sarcopênicos: um ensaio randomizado de três braçosEnsaio randomizado de três braços com pacientes realizando EMS de corpo inteiro, EMS de partes do corpo ou um grupo de controle por 4 semanas134 pacientes com sarcopenia (55,7 ± 7,9 anos, 25,4% mulheres)Avaliar os efeitos da EMS na função e força muscular durante a reabilitação.A EMS melhorou significativamente a função e a força muscular em comparação com o grupo controle.
de Sá Souza et al., 2022 (16)O treinamento de resistência melhora o sono e os parâmetros antiinflamatórios em idosos sarcopênicos: um ensaio clínico randomizado e controladoEnsaio clínico randomizado e controlado, com dois grupos paralelos, intervenção de treinamento resistido progressivo de 12 semanas.Amostra: 28 idosos sarcopênicos (65+ anos), divididos em dois grupos: 14 no grupo controle (CTL) e 14 no grupo treinamento (RET). Resumo dos recursos: O estudo examinou o efeito do treinamento resistido nos parâmetros do sono e nos marcadores inflamatórios em idosos com sarcopenia. Inclui análise de força muscular, polissonografia e marcadores inflamatóriosInvestigar os efeitos de 12 semanas de treinamento resistido na qualidade do sono e no estado inflamatório em idosos sarcopênicos.Melhora significativa no tempo de latência do sono, aumento do estágio N3 (sono de ondas lentas), redução da apneia/hora, melhora da qualidade subjetiva do sono e aumento dos marcadores anti inflamatórios IL-10 e IL-1ra no grupo treinamento em comparação ao grupo de controle.

RESULTADOS

Para análise dos dados, cada artigo foi lido em sua totalidade, com a finalidade de compreender os principais aspectos abordados. Para interpretação dos dados, se realizou uma leitura comparativa entre os artigos.

A tabela 1 apresentada neste projeto e que relaciona os estudos selecionados apresenta estudos publicados desde 2020 até 2024, 2020 representa 22%, 2021 corresponde a 33%, 2022 tem um total de 22%, 2023 alcança 11% e por último 2024 também com 11%. De todos os estudos analisados, a maioria (89%), empregam a metodologia de ensaio clínico randomizado e apenas 11% também incluíram o método de análise cega. Ao utilizar a metodologia citada, os resultados obtidos transparecem confiabilidade e robustez no tipo de intervenção voltada à reabilitação da sarcopenia.

Quando analisados os tipos de intervenções feitas pelos diferentes trabalhos, o treinamento resistido foi a estratégia mais utilizada, representando 56% de todos os estudos. Além disso, a estimulação eletromiostática (EMS) alcançou 22% dos casos, intervenções combinadas, como uso de bandas elásticas e danças também representam um total de 22% de todos os estudos. Vale ressaltar, a aplicação de intervenções inovadoras como a tele reabilitação baseada em inteligência artificial (IA), porém que foi utilizada em menor porcentagem (11% dos ensaios), bem como o treinamento de equilíbrio combinado com resistência, que também totaliza 11%.

Em termos de população estudada, 100% dos estudos abordam a reabilitação de idosos diagnosticados com sarcopenia. Destes, 33% também exploram as comorbidades associadas (osteopenia e obesidade), e que, de certa forma amplia o escopo e a relevância na saúde dos idosos de maneira integral. Outros 11% investigaram o impacto do treinamento no aumento da qualidade do sono bem como nos marcadores inflamatórios, e demonstraram que as pesquisas não abrangem somente a massa muscular, mas também levam em consideração diferentes aspectos da saúde física e do bem-estar geral dos idosos.

Para análise detalhada dos dados sobre os estudos de reabilitação de sarcopenia em idosos, os resultados foram agrupados:

Treinamento Resistido e Qualidade Muscular

Houve uma unanimidade nos artigos analisados onde todos concordam que o treinamento resistido (TR) é uma estratégia eficaz para a reabilitação de sarcopenia, especificamente na melhoria da composição corporal e no aumento da força muscular. O estudo de Otsuka et al. observou que o TR Moderado foi mais eficaz do que o de baixa intensidade para aumentar a área de secção transversal do músculo e melhorar a qualidade muscular medida por bioimpedância segmental e ressonância magnética (7). Igualmente, Liang et al.  demonstrou que tanto o TR quanto o treinamento de equilíbrio desempenham um papel no melhoramento físico, entretanto o grupo que combinou ambos os métodos apresentaram um aumento superior na capacidade funcional (8). De forma a corroborar estas descobertas o estudo de Flor-Rufino et al., mostra que o treinamento de alta intensidade (HIRT) melhora de forma significativa tanto o ganho de massa quanto à qualidade muscular, conforme medições por ressonância magnética (9,12).

Em confronto, Valdés-Badilla et al. demonstrou que uma intervenção com elásticos apesar de se mostrar benéfica em ganho de força e massa livre de gordura, obteve resultados mais modestos em comparação com intervenções que utilizam equipamentos de resistência pesada, o que sugere que a intensidade do treinamento e influencia diretamente nos ganhos obtidos (10).

Melhoria na Capacidade Funcional

Outro ponto comum nos artigos estudados foi a melhora da funcionalidade, como a mobilidade e o desempenho nas atividades diárias. Liang et al. observou que ao combinar exercícios de equilíbrio e resistência produziu maior progresso no índice de Barthel, que indica o grau de independência para atividades cotidianas, do que somente o treinamento resistido de forma isolada (8). Em contrapartida, Valdés-Badilla et al. encontrou que o treinamento com elásticos foi eficaz na melhora da força de membros inferiores, velocidade de caminhada e o teste de levantar-se e andar (TUG), sugerindo que os métodos menos intensivos podem ser uma alternativa viável para melhorar a mobilidade em idosos com sarcopenia leve a moderada (10). Contudo, o estudo de Seo et al. apresentou resultados que o treinamento com equipamentos de resistência foi mais eficiente em retardar o aumento da gordura intramuscular em comparação com o de uso de elásticos, indicando que diferentes tipos de intervenção podem ter efeitos distintos na composição corporal (11).

Impacto do treinamento nas funções respiratórias

Flor-Rufino et al. foram um dos únicos a avaliar o impacto do treino de resistência na função respiratória, tendo sido possível concluir que o treino de resistência de alta intensidade (HIRT),  além de preservar, também melhorou a função respiratória em mulheres idosas com sarcopenia. Isto inclui melhorias significativas na capacidade vital forçada (CVF) e na força muscular respiratória (9,12). Em contrapartida, Liang et al. e outros estudos centraram-se em outras variáveis como a força e a mobilidade, sem avaliar diretamente a função respiratória, apesar da sua importância para a qualidade de vida dos idosos com sarcopenia (8).

Parâmetros inflamatórios e saúde metabólica

Sousa et al. Demonstraram que há uma melhora nos parâmetros inflamatórios em idosos submetidos ao treinamento resistido, isso é demonstrado com a elevação dos níveis de citocinas anti-inflamatórias, como a interleucina-10, e a redução de marcadores indutores de inflamação. Outro ponto importante observado no ensaio clínico é a melhora na qualidade do sono após a intervenção do estudo, permitindo uma correlação entre o sono e a resposta inflamatória (16). Os demais artigos selecionados não utilizaram marcadores inflamatórios como parâmetro de estudo e análise, porém Kemmler et al. relacionaram os efeitos do treinamento de alta intensidade na composição corporal e parâmetros metabólicos. Neste estudo foi observado que a interrupção do treinamento (destreinamento) causou redução na massa magra e aumento da gordura abdominal em homens osteo-sarcopênicos, o que resulta em um aumento da resposta inflamatória (13).

Telerreabilitação e métodos inovadores

He et al. exploraram uma abordagem inovadora da tele-reabilitação utilizando a inteligência artificial (IA) e comparando-a com a formação presencial tradicional. A intervenção da IA demonstrou ser igualmente eficaz na melhoria da mobilidade, da massa muscular e da qualidade de vida em pessoas idosas com sarcopenia (14).

EMS (Estimulação Eletromioestática) 

Teschler et al. investigaram a eficácia da estimulação electromuscular (EMS) como adjuvante do treino físico em doentes sarcopênicos. Verificou-se que a estimulação eléctrica neuromuscular de todo o corpo proporcionava uma melhoria significativa da força muscular, testada em testes de extensão do joelho e de resistência funcional, com a realização de movimentos de levantar e sentar (15). Em contrapartida, o estudo de Flor-Rufino et al. indicou que o treino de resistência de alta intensidade melhorou a composição corporal e também reduziu a infiltração de gordura muscular, bem como melhorou a hidratação muscular, resultando em ganhos significativos na função física (12). Esta abordagem mostra a eficácia de métodos mais intensivos na reabilitação da sarcopenia.

Os resultados dos artigos analisados sugerem que o treino de resistência é reconhecido como a melhor prática para o tratamento da sarcopenia, e que variações na intensidade e na metodologia podem influenciar os resultados. Novas abordagens, como a telereabilitação e os serviços médicos de emergência, estão surgindo como alternativas viáveis, principalmente para adultos mais velhos com acesso limitado aos programas tradicionais. Os principais pontos de diferenciação dos estudos incluem a intensidade do treino, a inclusão de componentes respiratórios e a análise de parâmetros inflamatórios.

DISCUSSÃO

As evidências dos estudos analisados indicam claramente que a qualificação por meio do treinamento de resistência (TR) é essencial para o desenvolvimento da estrutura corporal e para o aumento da força física em idosos com sarcopenia. A pesquisa de Otsuka et al. fornece evidências de que a intensidade moderada do TR é fundamental para incrementar a área da secção transversal do músculo, um aspecto crucial para a manutenção da qualidade muscular (1,7).

Essas evidências são corroboradas pelo artigo de Dhillon e Hasni, que ressalta que a perda muscular está diretamente ligada à sarcopenia e à falta de atividade física. Assim, propõe que o treinamento de resistência (TR) é vital para preservar a vitalidade, os tônus e o volume muscular, além de todas as funções motoras (2,11). Por outro lado, Rodrigues et al. enfatizam em sua revisão a importância de programas individualizados que considerem diferentes grupos dentro do treinamento de resistência (TR), priorizando a idade e o sexo dos idosos, para otimizar a eficácia e a segurança do treino (1).

O treinamento de resistência (TR) demonstra resultados significativos na capacidade funcional, especialmente quando combinado com exercícios de equilíbrio. Dhillon e Hasni evidenciam que o aumento da incapacidade e da mortalidade nos idosos está diretamente relacionado à deficiência e à atrofia muscular. A deterioração dessas estruturas acarreta um aumento considerável no número de quedas e fraturas, além de impactar negativamente na qualidade de vida dos idosos, uma vez que a mobilidade se torna um desafio (2). Liang et al. reafirmam que a combinação de exercícios de equilíbrio com TR melhora de maneira significativa a independência funcional dos idosos (8). Adicionalmente, Vicentini de Oliveira et al. confirmam que até mesmo atividades físicas de intensidade leve ou moderada contribuem de forma relevante para a diminuição dos indicadores de sarcopenia, preservando a funcionalidade do grupo. Conclui-se que o TR, mesmo que não intensivo, apresenta resultados benéficos (17).

Outro fator crucial para a qualidade de vida dos idosos é a função respiratória e sua conexão com o TR. O estudo de Flor-Rufino et al. demonstrou resultados positivos significativos nos parâmetros respiratórios de mulheres idosas com sarcopenia submetidas a treinos de alta intensidade (9). Embora a pesquisa de Rodrigues et al. não investigue diretamente as funções respiratórias, ela mostra que a melhoria na resistência física e na capacidade aeróbica por meio do TR impactou favoravelmente a função respiratória (1).

Pesquisas relevantes demonstram a eficácia do TR na saúde metabólica e na redução da inflamação. Souza et al. evidenciaram a diminuição de marcadores inflamatórios associados à inflamação crônica, como o TNF-α, em idosos que participaram do treinamento de resistência (TR) (16). Dhillon e Hasni apoiam essa descoberta, destacando a influência direta de citocinas pró-inflamatórias, como a IL-6 e o TNF-α, na atrofia muscular. Ambos os estudos afirmam que a prática regular de atividade física tem um efeito mitigador sobre os processos inflamatórios, retardando, assim, a progressão do deterioro muscular que resulta em sarcopenia (2,3).

A pesquisa de He et al. indica que a tecnologia de tele-reabilitação é uma alternativa eficaz para facilitar o acesso ao tratamento para pessoas com mobilidade limitada e dificuldades logísticas, permitindo um acompanhamento que de outra forma não seria viável (14). Nesse mesmo contexto, Cameron ressalta o grande potencial do uso de tecnologias como ultrassom e estimulação elétrica, voltadas para pacientes que não têm acesso à reabilitação convencional, proporcionando opções mais acessíveis e adaptadas às suas necessidades (18).

Teschler et al. reafirmam a importância dessas inovações ao certificar que a estimulação eletromiostática (EMS) aplicada em pessoas com sarcopenia melhora significativamente a tonificação muscular e a resistência física (15). Além disso, Cameron destaca que a implementação da EMS em conjunto com o treino de resistência (TR) convencional poderia potencializar os resultados no tratamento da fraqueza muscular em idosos.

As evidências estratégicas apresentadas, quando adaptadas e executadas, além de ampliar as opções terapêuticas disponíveis, proporcionam maior autonomia e bem-estar integral, impactando positivamente tanto a qualidade de vida física quanto a qualidade emocional dessa população vulnerável (18).

CONCLUSÃO

Nesta revisão utilizando os estudos analisados, é demonstrada uma importância notável que o treinamento de resistência pode apresentar nos idosos, oferecendo aumentos importantes de força muscular, qualidade muscular e capacidade funcional. Os estudos anteriores e os mais atuais confirmam que quando se utiliza um treinamento de resistência em intensidades adequadas à pessoa e adaptadas às condições do mesmo, pode ser muito eficaz, reduzindo a perda muscular e combatendo a debilidade muscular, proporcionando mobilidade e independência nos adultos maiores. Se observa também que quando se combina o treinamento de resistência com exercícios de equilíbrio, pode ter resultados mais eficazes, melhorando sua funcionalidade e reduzindo o risco de quedas que é um dos principais perigos associados à sarcopenia

O uso de métodos complementares, sendo os principais a eletromiostática e a tele-reabilitação, pode ser muito benéfico para o paciente, otimizando os efeitos de suas intervenções, especialmente em pacientes que têm acesso limitado aos programas presenciais.

Nas intervenções, se nota que para ter uma boa eficácia deve obter um enfoque multidimensional, não se concentrando apenas no fortalecimento muscular, mas também em aspectos relacionados à saúde metabólica e inflamatória. É fundamental o exercício constante para atenuar os impactos da inflamação crônica vinculada ao envelhecimento, que finalmente pode diminuir a evolução da sarcopenia e seus efeitos.

Por fim, a diversidade nos métodos para diagnosticar e avaliar a sarcopenia, como se destaca em diversas investigações, fundamenta a necessidade de critérios uniformes para uma avaliação da identificação e gestão da sarcopenia mais eficaz da enfermidade. As ações devem ser ajustadas à idade, ao grau de atividade física e à existência de comorbilidades, para garantir resultados mais eficazes e duradouros. Este método combinado pode potencializar a qualidade de vida e a autonomia funcional dos idosos, diminuindo a morbilidade vinculada à sarcopenia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1Acadêmicos do Curso de Medicina – Universidad Privada del Este – Filial Ciudad del Este – Paraguay
2Mestre em Reabilitação, docente do Curso de Medicina – Universidad Privada del Este – Filial Ciudad del Este – Paraguay