REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202412082028
Giovanna Ferreira Campelo de Abreu
Felipe Augusto Sousa Soares
Orientador(a): Dr(a). Danielle Costa Ribeiro Melul
Co-orientedor(a): Dr(a). Hiam Ghassan
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso aborda o atendimento odontológico e a reabilitação protética de um paciente masculino de 76 anos, com queixas relacionadas à dificuldade de realizar funções básicas como alimentação e mastigação, devido à ausência de diversos dentes. A abordagem terapêutica seguiu uma sequência minuciosa que incluiu procedimentos como exodontias, endodontiais e restaurações, além de uma orientação sobre higiene oral adequada. O planejamento para reabilitação foi realizado com foco em próteses parciais removíveis, utilizando análises biomecânicas e técnicas de moldagem para garantir a adaptação e funcionalidade das próteses. A importância do preparo adequado da boca e o uso de materiais de alta qualidade foram essenciais para o sucesso do tratamento. O estudo destaca a relevância da reabilitação odontológica na melhoria da qualidade de vida de pacientes idosos, com enfoque no conforto e na estabilidade da prótese. Por fim, teve o impacto positivo da reabilitação oral na saúde geral e no bem-estar do paciente, traz a necessidade de um acompanhamento periódico para assegurar a longevidade do tratamento. A experiência adquirida neste caso contribui para o aprimoramento das práticas clínicas e destaca o valor da abordagem interdisciplinar na odontologia.
Palavras-chave: Reabilitação; prótese; removível.
ABSTRACT
This thesis addresses the dental care and prosthetic rehabilitation of a 76-year-old male patient, who presented difficulty in performing basic functions such as eating and chewing due to the absence of several teeth. The therapeutic approach followed a meticulous sequence of procedures including extractions, endodontic treatments, and restorations, along with oral hygiene guidance. The rehabilitation plan focused on removable partial dentures, using biomechanical analysis and molding techniques to ensure proper adaptation and functionality. The importance of adequate mouth preparation and the use of high-quality materials were key to the treatment’s success. This study highlights the significance of dental rehabilitation in improving the quality of life for elderly patients, emphasizing comfort and prosthetic stability. Finally, the positive impact of oral rehabilitation on the patient’s overall health and well-being emphasizes the need for periodic follow-up to ensure the longevity of the treatment. The experience gained in this case contributes to the enhancement of clinical practices and highlights the value of an interdisciplinary approach in dentistry.
Keywords: Rehabilitation; Prosthesis; Removable
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Costa et. al. (2020), a reabilitação oral realizada através da prótese removível, é importante para que ocorra a restauração da funcionalidade mastigatória, além da qualidade de vida e estética dos pacientes. Pacientes idosos, com frequência apresentam dificuldades devido os desgastes dentários, exodontias precoces e falta de destreza manual para cuidados com os elementos dentários.
Desta forma, este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo de caso detalhado de reabilitação complexa utilizando próteses parciais removíveis em um paciente de 76 anos, destacando os processos clínicos, as etapas laboratoriais e os cuidados voltados à personalização do tratamento.
Para a metodologia deste trabalho, será selecionado um estudo de caso com principais métodos qualitativos e objetivos descritivos. Creswell e Clark, (2015) indica que as análises qualitativas são métodos para compreender o significado e as características contextuais em detalhes. Esta pesquisa utiliza um tipo de pesquisa descritiva. Sua utilização faz sentido, pois o assunto em questão não representa um tema, evento ou fenômeno inédito, embora a literatura brasileira ainda carece de mais materiais de referência relacionados ao assunto.
Já segundo a teoria de Nunes Nascimento e Alencar (2016) por sua abrangência, a pesquisa descritiva oferece ao pesquisador a possibilidade de observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos sem ter que manipulá-los. Ele também tenta identificar e compreender as diferentes situações e relações que ocorrem no comportamento social, político, econômico, seja para indivíduos em ambientes isolados ou para grupos e comunidades mais complexas.
2 ANAMNESE
De acordo com estudos de Laport et al., (2017), as próteses tem como função constituir uma modalidade de tratamento reabilitador, cujo objetivo fundamental é devolver função mastigatória, estabilidade muscular, articular e a estética desejada. É importante salientar que todas as etapas clínicas e laboratoriais são fundamentais e decisivas para sucesso da peça reabilitadora, visto que influenciam, diretamente, nos resultados satisfatórios, tanto estéticos quanto funcionais.
Visto isso, este trabalho teve de maneira sistemática, o objetivo de abordar as estratégias adotadas desde o preparo inicial da boca até a instalação das próteses definitivas, abordando as particularidades biomecânicas, anatômicas e funcionais que norteiam a reabilitação. realizar estudos de caso por meio de métodos exploratórios, como mostra a Figura 1 fornecida a abaixo, é possível visualizar o início do atendimento ao paciente,
Figura 1- Fases do atendimento ao paciente
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
O paciente, sendo um homem de 76 anos, compareceu a clínica escola odontológica da Faculdade Faci Wyde, identificado como J.M.O. buscou auxílio e atendimento odontológico, onde a sua principal queixa era a dificuldade de realizar funções básicas. De acordo com Moura et. al. (2015) tais funções podem ser alimentação e a mastigação. Em suas insatisfações foi possível evidenciar sua ligação com a ausência de diversos elementos dentários, que pode comprometer a qualidade de vida do paciente, assim, necessitando de reabilitação especializada, entre suas opções, destacam-se as próteses removíveis.
Figura 2- foto inicial
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Durante a anamnese, o paciente afirmou não ter nenhuma doença sistêmica, sendo essa um fator favorável para planejamento e execução do tratamento odontológico. No primeiro exame intraoral notamos a necessidade de procedimentos dentários individualizados, incluindo exodontias, endodontias e restaurações diretas em resina composta, todos com o objeto do preparo da boca para uma reabilitação protética com próteses parciais removíveis, abrangendo os arcos superior e inferior.
Na primeira consulta, foi realizada uma orientação de higiene oral abrangente, enfatizando a técnica correta de escovação e o uso apropriado do fio dental, visando melhorar a saúde bucal do paciente e preparar a cavidade oral e os procedimentos reabilitadores.
3 TRATAMENTO
3.1PREPARO DE BOCA 1 (UM)
A reabilitação iniciou-se com o preparo de boca 1(um), que seguiu uma sequência operatória minuciosa, onde foi realizado a raspagem supra gengival e aplicação do flúor, Realizadas em ambas as arcadas para controle do biofilme e prevenção de doenças cáries e periodontais.
No arco superior foi realizada a exodontia do dente 18, indicada devido ao seu comprometimento periodontal, impossibilitando a recuperação. O 16, acometido pela doença cárie, foi realizada restauração em resina composta na face distal, assim podendo devolver a funcionalidade e saúde do elemento. O dente 13, já tratado endodonticamente anteriormente, foi avaliado clinicamente e radiograficamente, confirmando a qualidade do tratamento endodôntico (Figura 3). Assim, foi planejada a instalação de um pino de fibra de vidro nº 2, em dois terços do conduto radicular único. Posteriormente, realizou-se a reconstrução coronária com resina composta, transformando o dente em um pilar adequado para a prótese parcial removível superior (A).
No arco Inferior, foi realizada exodontia do dente 43, devido a sua destruição coronária causada pela doença cárie, já os dentes 35, 34, 33, 32, 31, 41, 42, 44 e 45 receberam restaurações com resina composta para corrigir lesões cariosas e desgastes. A execução dessas etapas iniciais trouxe condições anatômicas e funcionais das arcadas, assim criando uma formação sólida para a instalação das próteses parciais removíveis.(B)
Figura 3 – Avaliação endodôntico dente 13
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
3.2. PREPARO DE BOCA 2 (DOIS)
Depois de retirar todos os fatores etiológicos comprometedores para o prognóstico do tratamento protético, foi iniciado o Preparo de Boca 2.
De acordo com Beims et. al. (2015) essa é uma etapa considerada essencial para planejamento reabilitador, sendo os princípios biomecânicos fundamentais para o sucesso do preparo dental com fins protéticos, incluído a retenção, resistência e estabilidade.
Figura 4 – Moldeira de estoque em inox
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Como parte inicial desta etapa, realizaram-se moldagens anatômicas, utilizando-se moldeiras de estoque adequadas à arcada do paciente (Figura 4). Para o material de moldagem, optou-se pelo uso de alginato – um hidrocoloide irreversível da marca Hydrogum, fabricado pela Zhermarck (Figura 5), devido à sua precisão e estabilidade dimensional, características ideais para esse tipo de procedimento.
Após a moldagem, os modelos foram vazados com gesso pedra tipo III (Herodent, fabricante Vigodent), assegurando alta qualidade e resistência às réplicas obtidas (Figura 5). Esse processo possibilitou a confecção dos modelos de estudo (Figura 6), que serviram como base para a análise detalhada das condições anatômicas e planejamento protético minucioso.
Figura 5 – Alginato e gesso tipo III
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Os modelos de estudo trazem uma visão tridimensional da cavidade oral do paciente, para que seja identificado todas as possibilidades de suporte e retenção da prótese.
Figura 6 – Modelos de estudo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
O arco superior foi classificado como Classe I de Kennedy, modificação 1, tendo como pilares(retentores diretos) os dentes 16 e 13. O arco inferior também foi caracterizado como Classe I de Kennedy, modificação 1, com os dentes 35, 45, 44 e 42 como pilares (retentores diretos). Em ambos os arcos, o rebordo alveolar apresentava-se com bom suporte ósseo, indicando condições favoráveis para a reabilitação protética planejada.
Os modelos foram montados em um articulador semi-ajustável (Bio-Art) para análise da dimensão vertical de oclusão (DVO), permitindo ajustes precisos e uma oclusão funcional. Em seguida, os modelos foram submetidos à análise no delineador, com o objetivo de determinar a melhor biomecânica para a retenção e estabilidade das próteses removíveis.
Conforme Kapczinski, Budke, e Kappes, (2016) a escolha de elementos como grampos e barras é importante para a biomecânica protética, sendo assim, para o planejamento superior foi desenhada uma barra palatina dupla para maior estabilidade, além de grampo em ação de ponta em T no elemento 16, com apoios oclusais em mesial e distal e também no elemento 13, com apoio em cíngulo (Figura 7).
No arco inferior, foi desenhada barra lingual simples, grampos em ação de ponta em T nos pilares 45 e 35, grampo MD (mésio-distal) no pilar 42 e apoios oclusais nos elementos 35, 34, 44 e 45, visando a distribuição uniforme das forças mastigatórias.
Figura 7 – Escolha de elementos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Nos elementos 35, 44 e 45, observou-se a necessidade de realizar o plano guia para a remoção de ângulos mortos, que são áreas de difícil acesso e que podem comprometer a eficiência da prótese, caso não sejam adequadamente corrigidas. Para tanto, foi planejado um procedimento de desgaste dentário controlado, visando garantir que as forças de oclusão fossem distribuídas de maneira equilibrada e eficiente, sem causar desconforto ou danos aos dentes pilares (Figura 8).
Figura 8 – Preparo dos casquetes
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Com base nesse planejamento, foram confeccionados casquetes que funcionam como guias para os desgastes realizados em boca(figura 9), com o intuito de atestar a correta adaptação da prótese removível e a estabilidade oclusal. De acordo com Zavanelli, et. al. (2016) os casquetes devem ser projetados de maneira personalizada, levando em consideração as características anatômicas dos dentes do paciente e as necessidades específicas para a reabilitação protética.
Figura 9 – Casquetes para plano guia
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
A partir dos modelos de estudo previamente obtidos, foram confeccionadas as moldeiras individuais para os arcos superior e inferior, utilizando a técnica de gotejamento (figura 10).
De acordo com Santos et.al (2020) é uma técnica que trabalha na aplicação cuidadosa e precisa de material de resina acrílica auto-polimerizavel diretamente sobre os modelos de estudo, com o objetivo de criar uma cópia exata da estrutura copiada inicialmente, garantindo uma adaptação perfeita das moldeiras à arcada.
Figura 10 – Moldeira individu inferior e superior
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Já a confecção das moldeiras individuais realizado para o paciente, trabalha na personalização do tratamento, sendo feitar para que possa se adaptar de forma única a anatomia bucal, permitindo que a moldagem para a prótese seja realizada com maior eficiência e precisão dos tecidos duros e moles da cavidade, assegurando não apenas um bom encaixe, mas também a durabilidade e o conforto da prótese ao longo do tempo.
3.3. MOLDAGEM FUNCIONAL
Após a realização dos nichos e planos guias diretamente na cavidade bucal, foi iniciada a moldagem funcional.
No arco superior, foi utilizada godiva em bastão (marca Kerr) para realizar a cópia do selado periférico do lado esquerdo e posterior, garantindo o contorno adequado da base da moldagem. Em seguida, foi aplicado silicone por adição fluida (marca Panasil, fabricante Kettenbach Dental) para capturar com precisão os pilares e o rebordo total do arco superior (Figura 11 A). Conforme Santos et.al (2020) por meio deste processo é realizada a adaptação exata da prótese ao formato da arcada dentária do paciente, uma vez que o silicone possui alta capacidade de registro de detalhes anatômicos e estabilidade a longo prazo.
No arco inferior, a mesma técnica foi empregada, utilizando o silicone por adição fluida (marca Panasil, fabricante Kettenbach Dental), com o objetivo de copiar tanto os dentes quanto o rebordo total.
Figura 11 – Moldagem funcional superior e inferior.
Figura A Figura B
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Após a moldagem ser realizada, os moldes feitos com o silicone foram cuidadosamente preenchido com gesso especial tipo IV (Herostone Rosa, fabricante Vigodent), e assim obtidos os modelos de trabalho superior (figura 12)
Figura 12 – Moldagem
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Com os modelos de trabalhos recortados e com retenções pontuais, foi feita nova tomada do arco facial e nova montagem em Articulador Semi Ajustável (ASA) (Bio-Art), dessa vez com o objetivo de melhor registro de trabalho (figura 13).
Figura 13- Tomada do arco facial
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Os modelos foram enviados ao laboratórios montados em ASA (Articulador Semi-Ajustável) e com o desenho da armação detalhado, afim de orientar a confecção das armações metálicas. No laboratório, as armações metálicas superiores e inferiores foram confeccionadas com precisão, considerando o planejamento biomecânico realizado previamente. Este processo é essencial para garantir que as próteses se ajustem adequadamente aos modelos de trabalho, proporcionando funcionalidade, estabilidade e conforto ao paciente (Figura 14).
Figura 14- Armações metálicas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
As armações foram assentadas na cavidade bucal para a verificação da adaptação, retenção, estabilidade, inserção e oclusão. Durante essa etapa, foi possível avaliar a precisão do encaixe das armações nos dentes e nos pilares, além de garantir que a oclusão estivesse correta, proporcionando funcionalidade adequada. A adaptação e a retenção das armações foram testadas para assegurar que a prótese estivesse firmemente posicionada, sem causar desconforto ao paciente (Figura 15)
Figura 15- Verificação clínica deste processo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Os roletes de cera foram adaptados à armação após o primeiro teste da mesma na cavidade bucal. Utilizando a técnica de Willis (DRV – 3 = DVO), previamente estabelecida com o compasso de Willis, foi possível definir a nova Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) diretamente em boca. (63- 3 = 60). Além disso, foram realizados registros essenciais para o planejamento da montagem dos dentes, como a curva de Spee, plano oclusal, corredor bucal, linha alta do sorriso, linha média superior e inferior e guia canino, todos fundamentais para garantir a harmonia, estética e função das próteses (Figura 16).
Figura 16 – Rolete de cera em boca
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Após a definição dos roletes de cera, foi feita a seleção de cor dos elementos dentários das próteses removíveis, esta seleção foi feita com a escala de cor da marca EVO TRI e teve como referência a cor dos dentes remanescentes. A cor selecionada foi a 2A (Figura 17).
Figura 17 – Escala de cor
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Todas as informações foram enviadas juntos aos modelos montados em ASA, ao laboratório para a montagem dos dentes (Figura 18)
Figura 18 – modelos montados em ASA
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Na prova de dentes foram verificados os padrões exigidos no rolete de cera, além dos testes fonéticos e aprovação final do paciente (figura 19).
Figura 19 – montagem dentes
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
No arco inferior, na região de extremidade livre, foi feita a técnica de transferência em boca fechada, sobre a armação com silicona por adição fluida (marca Panasil, fabricante Kettenbach Dental), com o objetivo de melhor assentamento do acrílico ao tecido mole (figura 20).
Figura 20 – Assentamento do acrílico ao tecido mole
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Os modelos foram enviados ao laboratório sem serem readaptados ao ASA para evitar alterações nas posições dentárias em cera e prevenir o contato do silicone na extremidade livre inferior da moldagem.
O protético responsável seguiu os processos laboratoriais ideais para o reembasamento e acrilização das próteses.
Após a acrilização, as próteses foram novamente adaptadas ao ASA para os refinamentos da oclusão. Foram realizados ajustes oclusais para alcançar a máxima intercuspidação habitual, garantindo que os dentes se encaixassem de maneira funcional e confortável. No arco superior, a lateralidade esquerda recebeu um ajuste específico para promover a desoclusão em grupo, enquanto a lateralidade direita passou por um ajuste para uma eficaz lateralidade em guia de canino (figura 20). Esses ajustes garantiram a funcionalidade e a estabilidade das próteses, proporcionando ao paciente uma oclusão mutuamente protegida.
Figura 20 – próteses ajustadas e adaptadas ao A.S.A
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
Após os refinamentos e polimentos, as próteses foram instaladas em boca, conforme a figura 21
Figura 21 – Próteses parciais removíveis final
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
A figura do paciente com as próteses parciais removíveis na boca representa a positividade do tratamento, evidenciando a conclusão da reabilitação oral. Para o paciente, a adaptação das próteses tem um impacto direto em sua qualidade de vida, especialmente em aspectos funcionais, estéticos e psicológicos (figura 22).
Figura 22 – próteses instaladas em boca e sorriso final
Fonte: Elaborado pelo autor, 2024
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A reabilitação protética complexa apresentada neste estudo de caso evidenciou a eficácia do planejamento através das próteses parciais removíveis com estrutura metálica, associada a técnicas de ajuste oclusal e definição precisa da dimensão vertical de oclusão, demonstrou ser uma solução eficaz para casos de edentulismo parcial em pacientes idosos.
Além disso, o processo destacou a relevância de etapas fundamentais, como a instrução de higiene oral, a moldagem funcional com materiais adequados e o uso de equipamentos como o articulador semi-ajustável, que permitiram um tratamento personalizado e bem-sucedido, reforçando a importância do diálogo com o paciente, que participou ativamente da tomada de decisões e relatou satisfação plena com os resultados obtidos.
Por fim, teve o impacto positivo da reabilitação oral na saúde geral e no bem-estar do paciente, traz a necessidade de um acompanhamento periódico para assegurar a longevidade do tratamento. A experiência adquirida neste caso contribui para o aprimoramento das práticas clínicas e destaca o valor da abordagem interdisciplinar na odontologia.
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