REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR PÓS-COVID-19

CARDIOPULMONAY REABILITATION POST-COVID-19

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8377547


Mariana Fernanda De Souza¹
Luís Henrique Sales Oliveira²
Alexandre De Souza E Silva3
Ronaldo Júlio Baganha4
Pâmela Camila Pereira³


RESUMO

A COVID-19 é causada pelo vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2), com grandes comprometimentos funcionais nos pacientes infectados, prejudicando a realização das Atividades de Vida Diária (AVD’s) e sua funcionalidade. A Reabilitação Cardiopulmonar torna-se fundamental, tanto no tratamento, quanto no prognóstico dos pacientes após a infecção, tendo como objetivo diminuir a dispneia, preservar e/ou melhorar a função pulmonar, aumentando o condicionamento cardiopulmonar para melhora da qualidade de vida. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da Reabilitação Cardiopulmonar no pós-COVID-19. Trata-se de um estudo primário, exploratório, intervencional, qualitativo e transversal, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da FEPI. A pesquisa foi composta por 12 pacientes, submetidos a um protocolo de exercícios de Reabilitação Cardiopulmonar, foram avaliados dados clínicos e pulmonares para monitorização durante os atendimentos. A Reabilitação Cardiopulmonar pós-COVID-19 resultou em efeitos positivos na função pulmonar e na força muscular respiratória, impactando na redução dos principais sintomas como dispneia, fadiga e limitações funcionais.

Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação Cardiopulmonar. COVID-19.

ABSTRACT

COVID-19 is caused by the severe acute respiratory syndrome 2 virus (SARS-CoV-2), with major functional impairments in infected patients, impairing the performance of Activities of Daily Living (ADLs) and their functionality. Cardiopulmonary rehabilitation becomes essential, both in treatment and for a good prognosis of patients after infection, aiming to reduce dyspnea, preserve and/or improve pulmonary function, increasing cardiopulmonary conditioning to improve quality of life. Thus, the objective of the study was to evaluate the effects of Cardiopulmonary Rehabilitation in post-COVID. This is a primary, exploratory, interventional, qualitative and cross-sectional study carried out at the Clínica Escola de Fisioterapia da FEPI. The research consisted of 12 patients, where a protocol of Cardiopulmonary Rehabilitation exercises was used, and clinical and pulmonary data of the patients were evaluated for monitoring during the consultations. Post-COVID Cardiopulmonary Rehabilitation resulted in positive effects on lung function and respiratory muscle strength, impacting the reduction of main symptoms such as dyspnea, fatigue and functional limitations.

Key-words:  Physiotherapy. Cardiopulmonary Rehabilitation. COVID.

1. INTRODUÇÃO

A doença do coronavírus (COVID-19), causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma doença infectocontagiosa, que afeta, sobretudo, os sistemas respiratório e cardiovascular.

As consequências decorrentes da infecção incluem: fadiga, dispneia taquicardia, sarcopenia e diminuição da capacidade funcional (TOZATO et al., 2021).

Essas consequências geram um comprometimento funcional nos pacientes pós-COVID-19, prejudicando a realização das Atividades de Vida Diária (AVD’s) e funcionalidade, alterando o desempenho profissional e dificuldade de interação social, e como consequência, estes indivíduos podem se tornar sedentários, com aumento do risco de aparecimento de comorbidades (SANTANA, FONTANA e PITTA, 2021).

A fisioterapia se torna fundamental no tratamento, tendo como objetivo diminuir a dispneia, preservar e/ou melhorar a função pulmonar, aumentando o condicionamento cardiopulmonar para melhora da condição ventilatória, qualidade de vida e funcionalidade (PEREIRA, RODRIGUES e GOMES, 2021).

Os pacientes acometidos, necessitam de seguimento ambulatorial com uma equipe multiprofissional, devido ao impacto das consequências, necessitando de acompanhamento e realização de Reabilitação Cardiopulmonar (RCP); que pode melhorar consideravelmente a capacidade funcional do paciente, qualidade de vida, e principalmente o prognóstico da doença (FERREIRA, TOZATO e MOLINARI 2020; TOZATO et al., 2021).

Dessa forma, o principal objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da Reabilitação Cardiopulmonar em pacientes pós-COVID-19.  Além, de analisar a redução dos sintomas de dispneia, fadiga e limitações funcionais após a realização do protocolo de Reabilitação Cardiopulmonar.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo primário, intervencional, exploratório, longitudinal e prospectivo. A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário de Itajubá-FEPI. Foi realizado um levantamento de dados científicos, sobre o tema, com as seguintes palavras-chave segundo os DEC’s (Descritores em Saúde): COVID-19, pulmão, testes de função respiratória, modalidades de fisioterapia e dispneia, nos idiomas português e inglês, nas seguintes bases de dados: Lilacs, Scielo, Pubmed e Bireme, para embasamento científico e aplicabilidade da pesquisa.

O estudo foi submetido, e previamente aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá-FEPI, pelo parecer número: 5.065.771/2021. A amostra foi composta por 12 pacientes, de ambos os sexos (homens e mulheres), com faixa etária de 30 a 60 anos, após 30 dias de diagnóstico positivo para COVID-19, sem hospitalização. Os voluntários foram orientados quanto ao procedimento da pesquisa, e devidamente alertados de todas as condições do estudo. Após o aceite, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), estando cientes de que a participação não ofertaria ônus ou bônus, sendo apenas contribuição científica.

Posteriormente, foi realizada uma Ficha de Avaliação para coleta de dados, composta por perguntas e testes que visaram caracterizar as alterações cardiopulmonares pós-COVID. Após a coleta dos dados clínicos, os pacientes foram encaminhados a iniciar o protocolo de exercícios para a Reabilitação Cardiopulmonar.

Os critérios de exclusão dos pacientes foram alterações tromboembólicas, como Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar, e Reabilitação Cardiopulmonar realizada anteriormente.

A função pulmonar foi avaliada por meio do Espirômetro (Figura 1) da marca Contec®, para mensuração do volume e dos fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e expiratórias máximas, manobras inspiratórias e expiratórias máximas forçadas ou lentas. Os parâmetros utilizados foram: Capacidade Vital Forçada (CVF) representada pelo volume máximo de ar exalado com esforço máximo, o que se dá a partir do ponto de máxima inspiração, Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1): caracterizado pelo volume de ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de CVF; relação VEF1/CVF: razão entre esses dois volumes.

Figura 1 – Espirômetro

Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT (2002).

A Tabela 1 apresenta os valores de referência para diagnósticos dos distúrbios ventilatórios por meio da espirometria.

Tabela 1 – Valores de referência para detecção de distúrbios ventilatórios pela espirometria.

DISTÚRBIOVEF1%CVF%VEF1/CVF%
Leve60 – LI60 -LI60-LI
Moderado41-5951-5941-59
Grave≤ 40≤ 50≤ 40
Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT (2002).

A força muscular inspiratória e expiratória foi realizada por meio do Manovacuômetro (figura 2) da marca Comercial Médica®. Para medir a Pressão Inspiratória Máxima (PIMáx) os voluntários sentaram-se com o tronco ereto a 90°, e utilizou-se um clipe nasal para evitar escape de ar. Foi solicitado aos voluntários para fazer uma expiração máxima até o Volume Residual (VR), posteriormente uma inspiração máxima mantendo esse esforço por 1 a 2 segundos. Para a aferição da Pressão Expiratória Máxima (PEMáx), foi realizado uma inspiração máxima até a Capacidade Pulmonar Total (CPT), seguida de um esforço expiratório máximo, mantendo de 1 a 2 segundos. Após realizar a manobra no mínimo 3 vezes para cada uma das pressões, o valor considerado foi o maior atingido.

Figura 2 – Manovacuometria.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT (2002)

Os pacientes foram avaliados sobre capacidade cardiopulmonar por meio do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6’), e sobre funcionalidade por meio da Escala Estado Funcional Pós-COVID-19 (PCFS) (Quadro 1).

Quadro 1 – Escala PCFS.

GRAU DA ESCALA PCFSDESCRIÇÃO
0 – Nenhuma limitação funcionalSem sintomas, dor, depressão ou ansiedade
1 – Limitações funcionais muito levesTodas as tarefas/atividades diárias em casa ou no trabalho podem ser realizadas com a mesma intensidade, apesar de alguns sintomas, dor, depressão ou ansiedade.
2 – Limitações funcionais levesTarefas/atividades diárias em casa ou no trabalho   podem ser realizadas em menor intensidade ou são ocasionalmente evitadas devido aos sintomas, dor, depressão ou ansiedade.
3 – Limitações funcionais moderadasTarefas/atividades diárias em casa ou no trabalho foram modificadas estruturalmente (reduzidas) devido aos sintomas, dor, depressão ou ansiedade.
4 – Limitações funcionais gravesNecessário assistência para as Atividades de Vida Diária (AVD), devido aos sintomas, dor, depressão ou ansiedade: requer atenção de cuidadores.
Morte
Fonte: Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória, Fisioterapia Cradiovascular e Fisioterapia em Terapia Intensiva – ASSOBRAFIR, (2021).

Posteriormente, submetidos a um protocolo de exercícios de reabilitação cardiopulmonar (exercícios aeróbicos em bicicleta ergométrica e esteira, e fortalecimento muscular de membros superiores e inferiores utilizando halteres e caneleiras – respeitando carga máxima do paciente – Teste de 1RM) (Quadro 2), com frequência de 2 vezes por semana, por 1 hora, durante 10 atendimentos. E o treinamento muscular respiratório foi realizado por meio do PowerBreathe da marca NCS®.  

Quadro 2 – Protocolo de exercícios de reabilitação cardiopulmonar.

Fonte: Autoria Própria.

Para análise dos dados foi utilizado Teste T – Student, calculadas as medidas-resumo e desvio padrão das variáveis envolvidas.

3. RESULTADOS

De acordo com os resultados obtidos, houve a predominância do sexo masculino com 7 pacientes (58,33%) e média de idade de todos os avaliados 55,3 anos.

Os dados, de acordo com o gráfico 1, demonstraram maior desempenho cardiopulmonar pós reabilitação cardiopulmonar (p=0,01), os pacientes do sexo masculino apresentaram maior significância, na distância percorrida em metros no TC’6 (450,7±135) em relação ao feminino (430,6±78,6), com p<0,004 (Gráfico 2).

Gráfico 1 – Distância TC6’

Fonte: Autoria Própria.

Gráfico 1 – Distância TC6’ – Comparação entre Homens x Mulheres

Fonte: Autoria Própria.

 Já o gráfico 3 é possível visualizar melhora na pontuação na Escala PCSF em relação a percepção funcional após a reabilitação, o gráfico 4 apresenta que sexo feminino obteve maior desempenho na funcionalidade, com menor pontuação (0,6±1,12) em relação ao masculino (1±1,06), com p<0,001. Também demonstrando significância.

Gráfico 3 – Escala PCSF

Fonte: Autoria Própria.

Gráfico 4 – Escala PCSF – Comparação entre Homens x Mulheres

Fonte: Autoria Própria.

            Conforme o gráfico 5, visualizamos força muscular inspiratória (PIMáx) e espiratória (PEMáx), observando um resultado significativo PIMáx após os atendimentos (p=0,03), sendo o sexo masculino apresentou maior força muscular respiratória, tanto inspiratória (-85,7±26,9) em relação ao feminino (-84±16,3), com p<0,007; e expiratória masculino (101,7 ± 20,1) e feminino (95±14,9), com p<0,007, apresentando significância (Gráfico 6 e 7).

Gráfico 5 – PIMáx e PEMáx

Fonte: Autoria Própria.

Gráfico 6 – PIMáx – Comparação entre Homens x Mulheres

Fonte: Autoria Própria.

Gráfico 7 – PEMáx – Comparação entre Homens x Mulheres

Fonte: Autoria Própria.

O gráfico 8 demonstra o resultado da espirometria, onde o valor de CVF antes da Reabilitação Cardiopulmonar foi (55,3±8,2) e após foi (62,5±8,2), com p<0,008. Já o valor de VEF1, anteriormente foi (71,1±5,9) e posteriormente (77±5,9), com p<0,007.

Gráfico 8 – Espirometria

Fonte: Autoria própria.

4. DISCUSSÃO

O programa de reabilitação cardiopulmonar pós-COVID-19 focou-se em promover independência, sobretudo, capacidade funcional para o paciente com possíveis sequelas após a infecção. Foi composto por 12 pacientes, onde a avaliação da função pulmonar foi realizada por meio da Espirometria, e a força muscular respiratória foi avaliada por meio da Manovacuometria.

O programa de RCP deste estudo baseou-se em exercícios aeróbios, exercícios resistidos e treinamento muscular respiratório com dispositivo de carga linear pressórica, com duração de 5 semanas.

Silva et al. (2021) realizaram um estudo que objetivou elencar as principais necessidades que o paciente pós-COVID-19 apresenta, como a deficiência de função dos músculos respiratórios e de tolerância ao exercício. Foi constatado no estudo, que frente ao cenário pandêmico, o fisioterapeuta é primordial na reabilitação de pacientes com sequelas de COVID-19 para a qualidade de vida e sua reinserção na sociedade.

Nosso estudo enfatiza a importância da atuação fisioterapêutica nas sequelas pós-COVID-19, a fim de reduzir as disfunções causadas pelo vírus, promovendo melhor função pulmonar e aumentando o condicionamento cardiopulmonar.

Cacau et al. (2020) mencionaram a importância do fisioterapeuta acompanhar os pacientes pós alta, principalmente nos 30 dias após a resolução da fase aguda da doença, mensurando parâmetros como a saturação periférica de oxigênio, a frequência cardíaca, a pressão arterial e a identificação de sinais como febre ou sintomas como a dispneia.

A reabilitação cardiopulmonar foca em tratamentos que visam melhorar a função respiratória, através de treino respiratório e exercícios aeróbicos para recuperação física e funcional do paciente.

Sales et al., (2020) também concordaram que a reabilitação cardiopulmonar tem um importante destaque na recuperação dos agravos pulmonares e limitações presentes nas AVD’S do indivíduo.

Tozato et al., (2021) corroboram com este estudo ao apresentar um aumento da distância percorrida no TC6’ entre 16% e 94%, demostrando impacto positivo nos casos acompanhados, com melhora da capacidade funcional, mesmo com a variabilidade da gravidade dos casos pós-COVID-19.

Em nosso estudo, o método utilizado para avaliar a capacidade funcional cardiopulmonar foi o TC6’. A variação foi de 23.3%, e os pacientes melhoraram em média 103m.

O estudo de Li (2020) e Sheehy (2020) corroboram com nosso estudo, demonstrando redução de sintomas e aumento da distância percorrida no TC6’ após a reabilitação.

Neste estudo, o TC6’ analisou a resposta global de todos os sistemas envolvidos em um exercício submáximo, como ocorre na rotina de diversos pacientes. O teste se torna uma ferramenta útil para a mensuração da capacidade física funcional cardiorrespiratória de pacientes que estão retomando o seu condicionamento físico após a doença.

Souza et al., (2020) também verificaram uma melhora TC6’ 320 a 480 metros, caracterizando a melhora da capacidade aeróbica, funcional e da qualidade de vida pós a COVID-19.

O estudo de Costa et al., (2021) verificou uma melhora na PIMáx. em 157,1% e na PEMáx. em 5,55%, na capacidade funcional em 77,7% e na qualidade de vida em 30% comparados aos valores iniciais. Assim como no nosso estudo, também, houve uma melhora de todas essas variáveis. Aumentando em 28.24% a PIMáx e 13,6% a PEMáx.

O estudo de Costa et al. (2021) também demonstrou que na espirometria realizada durante o programa de reabilitação, verificou que os índices espirométricos não sofreram grandes alterações, mantendo-se dentro da normalidade.

Já para Silva et al. (2021), o programa de Reabilitação Cardiopulmonar demonstrou resultados promissores de melhora do VEF1, CVF, difusão da capacidade pulmonar para monóxido de carbono, resistência e qualidade de vida.

Esse achado corrobora com nosso estudo, onde a função pulmonar de indivíduos infectados por SARS-CoV-2 apresentou valores significativos de CVF e de VEF­1 após a Reabilitação Cardiopulmonar.

De modo geral, os autores entrelaçam as ideias sobre o poder da Reabilitação Cardiopulmonar, e as possíveis melhorias existentes entre os pacientes e as técnicas escolhidas.

Assim, a Reabilitação Cardiopulmonar desempenha um papel importante no manejo respiratório e cardiovascular de pacientes pós a COVID-19, com aumento na independência e na função pulmonar.

5. CONCLUSÃO

A Reabilitação Cardiopulmonar pós-COVID-19 resultou em efeitos positivos na função pulmonar e na força muscular respiratória, impactando, nessa população estudada, a redução dos principais sintomas como dispneia, fadiga e limitações funcionais. Observou-se melhora significativa na capacidade cardiopulmonar dos pacientes avaliada pelo TC6’, na funcionalidade avaliada pelo PCSF, na força muscular respiratória avaliada pela manovacuometria, e na função pulmonar avaliada pela espirometria. Sendo assim, a Reabilitação Cardiopulmonar se torna imprescindível na melhora, evolução e diminuição da mortalidade após a COVID-19. Ressalta-se que um programa com tempo mais prolongado poderá oferecer maiores benefícios aos pacientes estudados.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) pela bolsa de iniciação científica, a qual possibilitou o desenvolvimento deste estudo.

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1Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Itajubá – FEPI,

2Doutor em Ciências pela UNIFESP; Docente dos Cursos de Fisioterapia e Educação Física do Centro Universitário de Itajubá – FEPI.

3 Doutor em Ciências do Movimento Humano pela UNIMEP; Docente dos Cursos de Fisioterapia e Educação Física do Centro Universitário de Itajubá – FEPI.

4 Doutor em Ciências do Desporto pela UTAD; Docente dos Cursos de Fisioterapia e Educação Física do Centro Universitário de Itajubá – FEPI.

5 Doutora em Engenharia Biomédica – UAM; Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Itajubá – FEPI.