PSICOLOGIA, MÚSICA E PSICANÁLISE: O INCONSCIENTE AO PÉ DA LETRA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10050628


Jaqueline Freire da Rocha Santos


O diálogo da Psicanálise, na perspectiva da Psicologia e a música com a Musicoterapia se inscreve na hipótese de que um elemento mínimo que se inscreve na estrutura da lalangue1 pode ser apanhado pelos efeitos da música sobre o sujeito. Assim, através desse artigo, discutiremos tais conceitos, bem como o diálogo desses elementos com o objetivo de alcance terapêutico ao indivíduo. Para isso, empreendemos uma revisão da literatura e à luz da Psicanálise, discutimos a relação da produção significante, invocada pela produção musical na construção de narrativas dentro do processo terapêutico.

É importante retomarmos aqui a afirmação de que a música sempre esteve presente no contexto humano, relacionando-se diretamente com as ciências, incluindo a Psicanálise.  Ainda que os grandes psicanalistas não tenham abordado amplamente o campo da música em suas teorias, existem fundamentos referindo-se às relações humanas em diversos campos de experiência.  Percebe-se em muitos trabalhos, a afinidade de Freud com as obras de artes: a literatura e a escultura, a pintura com menos frequência e o mesmo se diz incapaz de ter qualquer prazer, quando se refere à música, mas que de alguma forma a música lhe afeta (Freud 1958, p. 11). Compreende-se que na medida em que a música pode servir de auxílio para constituição do sujeito através da musicalidade da fala materna, e é reverberado também através da relação do sujeito com o Outro.

 Em seu texto Função e campo da fala e da linguagem, Lacan (1953) afirma que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, e o sujeito, marcado pela linguagem, é o efeito de uma articulação significante, a partir dos atos de fala por onde pode advir.

Assim, analisaremos como a função da letra se inscreve no inconsciente, por meio da música, na Musicoterapia, bem como o conceito de imagem acústica, conforme desenvolvido por Lacan (1957), no texto A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud.

Na lógica saussuriana (1996), fazendo alusão ao princípio de arbitrariedade dos signos, considera-se que um significante pode se unir a outro significado qualquer, reciprocamente. Assim, a união que resulta num signo não é eterna, um significante não está colado a um significado, isso permite que uma língua se transforme, permite a variabilidade de sons e sentidos. Considerando a música enquanto elemento que se utiliza da língua para se constituir, podemos correlacionar tais aspectos à tentativa de construção de signos, diferentes significantes se relacionam sobre a cadeia de significados, produzindo assim, uma interação mista de significações. Então, durante o fazer musical preexistem sentidos possíveis cuja fonte de significado está nos discursos do paciente, que a partir de sua intenção será acolhido e interpretado pelo musicoterapeuta.

Tomando a linguística como paradigma, temos que a língua é constituída de signos (objeto), significado (serventia desse objeto) e significantes (o que representa, para você, tal objeto). Pela concepção lacaniana, somos regidos pelo significante que é o que diferencia os indivíduos uns dos outros. O signo para Saussure se apresenta enquanto conceito, o significante como imagem acústica, a representação da imagem psíquica do som.

Saussure define o signo como a união do sentido e da imagem acústica. O que ele chama de “sentido” é a mesma coisa que conceito ou ideia, isto é, a representação mental de um objeto ou da realidade social em que nos situamos, representação essa condicionada pela formação sociocultural que nos cerca desde o berço (CARVALHO, 2014).

Então, compreendemos, a partir de Saussure, que o signo “une não uma coisa e uma palavra, mas sim um conceito e uma imagem acústica, esta que não é o som material, coisa puramente física, mas a impressão psíquica desse som” (1996, p.80). Para Saussure, só poderemos perceber essa imagem acústica como psíquica quando usamos a linguagem, mesmo sem mexer os lábios, falando internamente. Porém, o autor ressalta que mesmo que os signos linguísticos sejam essencialmente psíquicos, eles não são abstrações. Posteriormente, o autor substitui conceito por significado e imagem acústica por significante. Esse sistema de signos não depende da vontade do ser humano, eles são resultados das mudanças existentes ao longo da história (OLIVEIRA, 2013).

Lacan (1957) procede a uma releitura da teoria saussuriana sobrepondo o significante ao significado. Ao atribuir maior importância ao significante, compreendemos que é através dele que os indivíduos se diferenciam uns dos outros, tornando-nos únicos. Ao longo de suas obras, Lacan (1953/ 1957/ 1988) reafirma a importância da fala, que só será considerada como transmissora da verdade, quando se tem uma escuta sensível e individualizada. Dessa forma, uma fala fragmentada revelada a outro sujeito, poderá ser ressignificada, o que permitirá ao sujeito encontrar um novo modo de lidar com o seu sintoma. Ainda segundo Lacan (1953), o significante só tem sentido por sua relação com outro significante. Desse modo, podemos compreender que é nessa articulação que reside a verdade do sintoma, que no caso dos psicóticos, por exemplo, é tomado no aspecto literal. 

Faz parte da musicalidade as figuras de linguagem, com destaque da metáfora e da metonímia, que Lacan (1957) relaciona a condensação com a metáfora e deslocamento com a metonímia. Diante desses dois processos, é possível entender que os desejos inconscientes declaram as carências do sujeito. Quando pensamos em meios terapêuticos e a linguagem/ linguística, não tem como não envolver a teoria psicanalítica, que busca de forma mais integral a compreensão do sujeito e seu sintoma reconhecendo-os a partir das palavras que são proferidas por ele. Assim, discutiremos aqui, a música enquanto instrumento terapêutico em pacientes que não necessariamente se utilizam da língua falada para dizer de si, mas manifestam seus sintomas de outras formas. Diante disso, avaliando analiticamente a intervenção musicoterapêutica em pacientes em sofrimento psíquico, por exemplo, podemos considerar que através do auto-relato (a partir de canções e expressões musicais) os indivíduos ressignificam suas demandas e passam a falar de sua loucura, ou de seu sintoma. E, por meio da escuta qualificada do musicoterapeuta, esse sujeito tem o lugar de fala, onde dispõe de novas possibilidades de provar.

Tomando como base o texto de Lacan Instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud (1957), compreendemos que para a letra agir enquanto linguagem, ela deve atuar na cadeia significante. Lacan (1957) revela a importância do valor do discurso, sem que precisássemos nos ater a forma com que ele se apresenta (falado ou escrito), aliando a isso a necessidade de sobressair o significante que gerará um significado, posteriormente. Neste mesmo texto, Lacan, retoma as descobertas freudiana a respeito do inconsciente e produz discussões sobre a natureza e sobre o funcionamento da linguagem, reafirmando a necessidade de considerarmos literalmente a letra, na leitura do significante “ao pé da letra”. Definindo letra como “suporte material que o discurso concreto toma emprestado da linguagem” (LACAN, 1957, p 498) a letra toma o lugar de “instância” no inconsciente, ou seja, lugar fluido que é um estágio temporário, pois logo ele receberá um significado que dará sentido a essa letra.

Assim, a linguagem, como estrutura, preexiste à entrada de cada sujeito num momento de seu desenvolvimento mental. Teorizando suas ideias sobre a linguagem e os signos, Lacan se utiliza de algoritmos, influenciado por Saussure, na tentativa de explicitação :

A cadeia de significante é instável e exerce uma supremacia à cadeia do significado.  A significação só é passível de se tornar significado quando atrelada a outras significações.

O deslizamento significante se dá, segundo Lacan, mediante os operadores da linguagem metafórica e metonímica. A relação metafórica do sintoma está no aspecto da inserção do simbólico no real; sendo assim, é possível que o sujeito recalque ou negue um dado saber, no plano do inconsciente. Na relação com a música, a letra entra no registro do significante e, por essa via, ou seja, para que a música se instale enquanto letra terá que cumprir esta condição, entrar na via do Outro. A música, através da musicoterapia, associada às lembranças e as significações que são remetidas, se comportam numa dimensão de letra, o que implica sua relação com o campo do sentido e do sintoma. 

Para Milán-Ramos (2007), 

A dialetização da letra pelo dizer supõe sua entrada na matriz da temporalidade subjetiva: requer um tempo, tempo para compreender, tempo de atenção flutuante. Nesse tempo o significante latente na letra entra em ação, movimenta-se, o significante “desestabiliza” a letra, e o sujeito recebe os efeitos (subjetivantes) que podem advir da sua singular inscrição no campo do Outro. Entre o escrito e o oral, entre o dizer e a letra, há um tempo de espera, a atenção flutuante  de um tempo para compreender, até que uma nova letra, eventualmente, precipita. Entre o escrito e o oral se constitui a própria trama da natureza inconsciente do pensamento teórico.  (MILÁN-RAMOS, 2007 p. 266)

O sintoma pode ser considerado como efeito da lógica significante que precisa ser identificado por meio da escuta, para o tratamento terapêutico. Significante é o elemento do discurso, do nível inconsciente que sobredetermina o sujeito. A partir dessa compreensão que percebemos a importância da musicoterapia em pacientes em sofrimento psíquico, pois é através dessa ferramenta que se coloca enquanto discurso verbal e não verbal que é possível uma tentativa de acesso às elaborações de alguns sintomas. É na relação com o significante que é possível definir o significado.  

A mensagem invocada através de uma canção, por exemplo, pode ser compreendida a partir do texto de Lacan (1953) Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise que, a partir dos pressupostos de Saussure, eleva o significante à condição de representante pulsional e a letra como seu suporte material.   A articulação significante se ancora no suporte simbólico, estando também articulado ao real e ao imaginário, uma vez que, para Lacan, o arcabouço da estrutura é sua configuração borromeana, onde real, simbólico e imaginário estão enodados. O sujeito, banhado pela linguagem, emerge nas relações transferenciais que empreende, nos diversos campos onde a relação com o outro2 e o Outro3 perpassa as experiências do sujeito com a ficção acerca da sua história, dos seus conflitos e do seu sofrimento, portanto expresso pelos sintomas: “o homem fala, pois, mas porque o símbolo o fez homem” (Lacan, 1953 p. 278).  

Através do texto A psicose e a letra, Milmann (2003) diz que, para Lacan, a lei do homem é a lei da linguagem e a falha na inscrição da função significante do Nome-do-Pai vai deixar as marcas sobre o próprio funcionamento da linguagem. 

Conde (2008) apud Maia (2012) afirma que o sujeito se sustenta não em um sofrimento, mas em uma satisfação que alude à relação do sintoma como gozo.  Por isso é tão difícil para o sujeito abrir mão do sintoma, pois ele manifesta, mesmo que de modo invertido, a sua vida de contentamento e sustentação.

O sintoma, enquanto produção e invenção do sujeito é marcado pela tentativa do sujeito de dar conta do real, sendo necessário para a existência humana. Assim, a teoria lacaniana prevê aos sujeitos novas formas de lidar com seus sintomas, através da invenção e criação do sujeito. Dessa forma, a música através da Musicoterapia “pode ter efeitos significantes, pois incide em um campo estruturado pelo Outro”, segundo Vivarelle (2012).

Lacan (2007, apud Maia et al , 2012) cria um novo conceito  de sinthoma,  com “th”  o  definindo-o  como  elo  das  estruturas  psíquicas.  É a partir do Sinthoma que é possível a junção do real, simbólico e imaginário que nos indivíduos psicóticos não fazem a interlocução necessária. O sinthoma é uma criação do próprio inconsciente para que o sujeito dê conta de algum mau funcionamento psíquico.  Pressupõe-se, assim, uma maneira de como atender as demandas do sinthoma, buscando a não submissão e isso depende do sujeito se desprender da ideia de que o Outro goza de seu sintoma, que encare a falta no Outro. O sinthoma ocupa o lugar de suplência, onde apresentava falha do nó, e neste lugar em que a relação sexual não se inscreve e o simbólico não alcança, onde as palavras não são suficientes.

A psicanálise freudiana já nos ensinara que o inconsciente se expressa pelos chistes, atos falhos, sonhos e sintomas. Segundo Maia et al (2012), ao longo da obra de Freud, o  sintoma aparece como expressão de um conflito psíquico, como mensagem do inconsciente  e como satisfação pulsional e Lacan, relendo Freud, apresenta o sintoma como mensagem-metáfora, como gozo e como invenção-criação. Maia (op. cit.) afirma, ainda, através de Miller (1987) e Ocariz (2003), que o tema do sintoma em Lacan pode ser compreendido de três modos: o sintoma como mensagem endereçada ao Outro, como gozo, e como produção e invenção do sujeito.

A música se constitui enquanto elemento pela qual o sujeito se utiliza para tornar manifesto aspectos de sua subjetividade, endereçando-se ao Outro, que o escuta. Também possui uma característica instigante em que os seres que se envolve com ela, se sentem impulsionados diante dessa arte. A produção sonora, caracterizada como linguagem endereçada ou Outro é carregada, não só de elementos musicais, altura e timbres, mas também o extinga a reagir diante dessa produção, os efeitos que repercute nesse Outro. 

Tomando como base a teoria freudiana, o inconsciente possui como uma de suas características principais a atemporalidade, e a pulsão é uma força constante (Freud, 1915/2004). Didier-Weill (1999) nos diz que a fala maternal é revestida de uma “musicalidade invocante” que transmite as dimensões de harmonia – sincronia e melodia – diacronia. Ela convida à simultaneidade, à continuidade, ao corte e à separação. Também na música, as dimensões da sincronia e da diacronia estão presentes, de uma só vez, podendo se associar a primeira a harmonia e a segunda a melodia.

Segundo esse mesmo autor, que define pulsão invocante como “o impulso específico”, a relação da pulsão invocante com a música pode se dá através da relação inconsciente, que se apresenta no fort da, a criança que para Lacan permite a entrada na fantasia. Esse impulso também é manifestado através da prosa, cujos investimentos literário e poético fazem com que a música se manifeste.

Com a música, por outro lado, o sujeito ouvinte tem acesso a outro testemunho, desta vez do compositor, onde é possível fazer algo com o objeto voz, organizando-se e criando em torno deste vazio. Justificando a afirmação de que pulsão é considerada como constante, a música se apresenta através de suas diversas formas, no tempo como marcador inscreve e escreve no silêncio, no vazio, notas de durações pré-determinadas e na relação entre si, possibilitando alguma organização e previsibilidade, em maior ou menor grau, dependendo do estilo musical ao qual o compositor se filia (AZEVEDO, 2008).

Por esse novo mundo que se abre para novos possíveis, ele não é mais obrigado a permanecer no lugar que lhe era atribuído pela lei simbólica: convocado pela música a deixar este lugar, irá se deslocar para habitar, de maneira nova, uma quarta dimensão que não é mais estruturada pela lei da fala. O impulso que vai guiá-lo e orientá-lo nesse novo mundo não obedeceria mais a nenhuma lei? (DIDIER-WEILL, 1999 P.10)

Dessa forma, podemos concluir que, o poder da música é o de evocar além do sentido, remeter a um ponto zero de significância naquilo que acendeu o sujeito à existência. A música inserida no campo da saúde, através da Musicoterapia é uma ferramenta em potencial que possibilita ao indivíduo a expressão de suas demandas de forma mais lúdica, e livre de formalidades. A voz participa dos circuitos de invocação entre o sujeito e o Outro: chamar, ser chamado, chamar-se. O sujeito endereça a voz ao Outro justamente porque esqueceu sua nota, a sua forma de chamar ou de evocar esse Outro.


 1Tradução adotada, a partir da publicação de Outros Escritos (Jorge  Zahar,  2002),  para  o  termo lalangue”, criado por Lacan a partir da junção do artigo la (“a”) com o substantivo langue (“língua”).
2O outro com representado no esquema lacaniano com “a”, que é o eu, ou mais exatamente a imagem do eu.
3O termo francês  “Autre”, traduzido para o português como “Outro” relaciona -s e ao latim alter, de onde vem a palavra “alteridade”. Foi utilizado para diferenciar de um outro que é semelhante ou próximo.  O representado com “A”, é o Outro de que s e trata na função da fala.


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