PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA: ESTRATÉGIAS PARA OTIMIZAR A ASSISTÊNCIA

CARE PROTOCOLS IN OBSTETRIC EMERGENCY SITUATIONS: STRATEGIES TO OPTIMIZE CARE

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.11099160


Matheus Duarte Cantalice1
Maria Eduarda Bezerra do Nascimento2
Letícia Cristina da Silveira Cardoso3
Gliffityane Keiffer Maria de Sá4
Wanderson Paiva dos Santos5
Wilma Nunes Martins Zorzan6
Livia Aparecida Lourenço da Cunha7
Anay Cintra Alvarenga8
Elizabete da Silva Dantas de Jesus9
Cintia Rosa de Oliveira10


Resumo

Introdução: Nas emergências obstétricas, as enfermeiras obstétricas devem trabalhar em conjunto com uma equipe multidisciplinar para fornecer suporte de forma holística com o objetivo de gerenciar e reduzir a dor materna e fetal. Objetivo: Analisar na literatura as principais funções do enfermeiro no tratamento de doenças emergenciais e obstétricas. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrada realizada em seis áreas utilizando o Índice de Ciências Médicas (DeC): “Emergências obstétricas” “Assistências Emergentes” “Saúde” e “Obstetra”. Critérios de inclusão Todos os artigos portugueses, publicados entre 2015 e 2020, com os seguintes critérios de exclusão: 91 artigos que não responderam às questões norteadoras do estudo, entre outros tipos de artigos como artigos de revisão, livros, capítulos de livros, etc. Critérios de inclusão: identificados de acordo com os critérios de inclusão. São 08 artigos. Resultados e discussão: Foram elaboradas duas seções. (I) Atuação do enfermeiro nas urgências e emergências, (II) Atendimento à mulher no ciclo gravídico nos serviços de urgência/emergência. Os episódios mostraram a importância de todo o processo de enfermagem para determinar as intervenções realizadas. Considerações Finais: Isso aponta para a necessidade de ampliar as estratégias de testagem e aceitação de risco para mortes súbitas e inesperadas.

Palavras-chave: Emergências obstétricas, Assistências Emergentes, Saúde Obstetra.

1 INTRODUÇÃO

Às urgências e emergências obstétricas são condições que ocorrem durante a gravidez devido a anomalias que colocam a mãe e o bebê em risco e exigem uma resposta imediata de toda a equipe que cuida da gestante e do feto em risco. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 830 mulheres morreram em 2018 devido a complicações obstétricas, como hipertensão induzida pela gravidez, sangramento, infecção, aborto espontâneo, que ocorrem durante a gestação o parto e o pós-parto. (Monteiro et al., 2016)

Os cuidados prestados durante o atendimento de urgência e emergência obstétrica incluem o acompanhamento da mãe e do feto por meio de ausculta ultrassonográfica da frequência cardíaca fetal, frequência das contrações e apoio psicológico (a gestante deve ser informada de todos os procedimentos e do estado do bebê). Preparar mulheres grávidas para parto de emergência, se necessário. (Reis et al., 2015)

Deste ponto de vista, em qualquer situação de emergência aguda ou obstétrica, a gestante pode ser recebida em um centro de parto natural ou em qualquer outra instituição, onde o obstetra acolhe a mulher, a interna, avalia ela e o estado do feto, e quando o parto é realizado por profissionais obstétricas que apresentam parto grave e não apresentam anomalias, mas em caso de complicações, além das atividades citadas acima, devem aguardar avaliação médica e atendimento especializado. (Silva et al., 2018).

Portanto, a realização deste estudo justifica-se pela importância das principais doenças emergenciais e doenças emergenciais, classificando esses eventos em agudos ou inesperados, além de apresentar e discutir o que os especialistas sabem sobre o manejo da gestante. Deve ter sólidos conhecimentos e teorias relacionadas ao programa e habilidades técnicas para fornecer cuidados seguros e eficazes. Com base no exposto, este trabalho é muito relevante porque proporcionará boas oportunidades para profissionais de saúde das áreas de obstetrícia, ginecologia e neonatologia em geral, pois poderá fornecer conhecimento sobre problemas repentinos e inesperados que aparecem nos campos da vida familiar. Ajuda a desenvolver estratégias eficazes neste contexto, isso porque ajuda a compreender a opinião dos especialistas sobre os principais tratamentos que conhecem e fazem para reduzir a mortalidade materna. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Durante muito tempo, a morte da mãe foi, e ainda é considerada uma razão permanente para a condição da mulher. Contudo, cerca de 80% destas doenças podem ser prevenidas se o estilo de vida e a saúde da população forem mantidos. Nos últimos dez anos é necessário melhorar a qualificação dos enfermeiros devido ao desconhecimento da obstetrícia e à falta de cuidados às gestantes. (Oliveira; Persinotto, 2001)

As causas obstétricas diretas são a principal causa de mortalidade materna (74%), incluindo eclâmpsia, hemorragia, síndrome puerperal e nado-morto. A maioria destas doenças pode ser prevenida através de cuidados pré-natais, partos, cuidados pós-natais, emergências maternas e doenças inesperadas. Nenhum investimento nos cuidados de maternidade pode garantir a vida das mulheres e dos recém-nascidos se os médicos e enfermeiros não forem capazes de identificar imediatamente riscos inesperados ou complicações obstétricas. (Brasil, 2007)

É importante lembrar também que aproximadamente 15% das gestações são consideradas de alto risco. A detecção precoce destes casos e a disponibilidade de serviços mais complexos para um acompanhamento adequado são fundamentais para a sobrevivência destas mulheres. Nos serviços de urgência e emergência, enfatizamos a assistência obstétrica, tratando muitos problemas cotidianos relacionados a todos os aspectos da gravidez e do puerpério, incluindo vômitos, aborto e complicações relacionadas, e sangramentos, doenças graves, como hipertensão gestacional. (Costa et al., 2003)

Procedimentos de emergência para mães e doenças de emergência podem ajudar a identificar casos perigosos, prevenindo o processo da doença. Para conseguir isso, o tratamento imediato e a avaliação precisam da condição e dos vários tratamentos são essenciais. O apoio a esses cuidados muitas vezes envolve uma redução nas queixas dos pacientes ou na ansiedade de serem encaminhados ao hospital de referência. (Oliveira et al., 2006)

METODOLOGIA 

O método de pesquisa deste estudo é a pesquisa descritiva utilizando o método de revisão integrada da literatura (ILR). O principal objetivo do RIL é coletar, sintetizar e analisar resultados de pesquisas científicas previamente publicadas sobre um tema específico para garantir que contenham novas informações e sintetizar o conhecimento coletado. Combina múltiplos métodos e estratégias de investigação para identificar e avaliar a qualidade e consistência das evidências existentes, bem como para comparar e sintetizar resultados (Marconi; Lakatos, 2009).

A coleta de dados foi realizada por meio da Base de Dados de Enfermagem (BDENF), da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), da PubMed e da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para obter informações relevantes sobre este tema, pesquisamos diversas publicações, incluindo artigos científicos, estudos e periódicos.

Para realizar esta busca foram utilizadas as seguintes descrições: “Emergências Obstetra”, “Assistências Emergentes” e “Saúde Obstetra”. Esses termos foram combinados utilizando o operador booleano “AND” para refinar a busca, resultando na seguinte estratégia de busca: “emergências obstetra” AND “assistências emergentes AND “saúde” AND “obstetra”. Dessa forma, você pode navegar pelos anúncios e lê-los com atenção para escolher aqueles que melhor atendem aos objetivos do seu negócio. Organizamos uma revisão da literatura com base na compreensão dos autores sobre as abordagens propostas para o projeto.

Os critérios de inclusão incluíram artigos originais, revisões sistemáticas, revisões abrangentes e relatos de casos e apenas os artigos disponíveis, publicados entre 2007 e 2024, não tinham critérios de local ou idioma. Foram excluídos dos critérios de exclusão publicações não científicas, artigos e resumos científicos, resumos, livros, manuscritos e manuscritos.

A parte opcional é definir os critérios de inclusão e exclusão e iniciar a busca de resultados no banco de dados usando descritores e operadores booleanos. Este estudo identificou os estudos que formaram os resultados deste estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

A gravidez é um fenômeno fisiológico e seu desenvolvimento geralmente ocorre sem problemas durante a gravidez, parto e pós-parto. Muitas mulheres têm maior probabilidade de desenvolver complicações para a gestante e para o feto devido a certos fatores de risco, doenças crônicas ou certas doenças relacionadas à gravidez. Essas gestantes constituem um grupo denominado “gestantes de risco”. Quando esses problemas ocorrem, podem levar a atendimentos obstétricos de emergência, que indicam risco de morte para a mãe e para o feto, sendo necessária uma intervenção imediata. (Rocha; Queiroz, 2009)

Os profissionais de emergência devem demonstrar o conhecimento necessário sobre uma variedade de situações de emergência e emergência que podem ocorrer e como pedir ajuda e intervenção para sobreviver. Ao lidar com gestantes em situações de urgência e emergência, é importante que o enfermeiro conheça as doenças mais comuns, os métodos de tratamento são independentes e fáceis de fornecer o suporte que esses pacientes necessitam (Oliveira et al., 2017).

Vale ressaltar que a atuação da equipe em situações de emergência obstétrica é voltada para diversas situações, o acompanhamento e a estabilidade são realizados quando as pacientes são encaminhadas ao setor de obstetrícia da universidade. Isso porque é evidente que muitas mulheres procuram os serviços hospitalares por problemas reprodutivos. Os cânceres da gravidez, como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, podem causar morte materna e fetal se não for demonstrado tratamento imediato e adequado para cada condição (Michilin et al., 2016).

O conhecimento da patologia principal requer ajuda imediata para compreensão dos sintomas apresentados. Portanto, percebe-se que a enfermagem exige conhecimento prático, teórico e científico e capacitação humana em saúde. Vale ressaltar que as gestantes recorrem ao pronto-socorro com problemas que não estão relacionados aos problemas da gravidez, mas que colocam em risco a vida da mãe e do feto, como parada cardíaca, dor de cabeça, dores no peito e no estômago, azia e outros problemas que todos precisam. (Correira et al., 2019).

O apoio prestado ajuda a prevenir e tratar problemas e questões associadas às doenças maternas. Também é importante enfatizar a importância da estratificação de risco para o tratamento com base nas prioridades que requerem tratamento urgente para o problema apresentado. Além disso, outros serviços são oferecidos, incluindo: os exames e análise das características clínicas apresentadas, flexibilidade e vulnerabilidade (Nunes et al., 2016).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar da falta de literatura sobre o assunto, os objetivos deste artigo foram alcançados. Assim, para doenças súbitas e inesperadas, as estratégias de classificação de risco e aceitação precisam ser ampliadas para melhor ampliar a aceitação e o tratamento dessas mulheres. Portanto, ressalta-se que a enfermagem é importante para reduzir e controlar a mortalidade por doenças reprodutivas.

Desta forma, o enfermeiro em situações de urgência e emergência poderá comprovar seus benefícios e conseguir dar bons resultados em situações obstétricas de urgência.

Portanto, para aprimorar o conhecimento prático e teórico das doenças emergenciais, é necessário que os profissionais que criam serviços de urgência e emergência realizem treinamentos contínuos voltados para a compreensão das doenças súbitas.

REFERÊNCIAS

1 AMORIM, F.C.M. et al. Perfil de gestantes com pré-eclâmpsia. Rev enferm UFPE on line, Recife, v.11, n.4, p.1574-83, abr, 2017.

2 ANDRADE, R.D. et al. Fatores relacionados à saúde da mulher no puerpério e repercussões na saúde da criança. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v.19, n.1, Jan/Mar, 2015.

3 ANTUNES. M.B. et al. Síndrome hipertensiva e resultados perinatais em gestação de alto risco. Ver Min Enferm, v.21, 2017.

4 ARAÚJO, S.T; SANCHES, M.E.T.L; NASCIMENTO, W.S. Analise do perfil epidemiológico das internações em uma unidade de terapia intensiva materna. Enferm. Foco, v.9, n.2, p.73-78, 2018.

5AVELAR, R.A. Atuação da enfermagem na morte materna por hemorragia. Rev. SIMP.T CC/Sem.IC, n.17, p.972-977, 2019

6 FIGUEIROA, M.N. et al. Acolhimento do usuário e classificação de risco em emergência obstétrica. Rev. Esc Anna Nery, Recife, v.4, n.21, p.1-7, 2017.

7 FILHO, L.A.M. et al. Competência legal do enfermeiro na urgência/emergência. Enferm. Foco, v .7, n.1, p.18-23, 2016.

8 GARCÍA-NÚÑEZ, L.M. et al. Emergências e emergências obstétricas no Hospital Militar Central (I): nossa visão e o horizonte epidemiológico. Cirurgia y cirurjianos, v.86, n.6, p.161-168, 2018.

9 GASPARETTO, C.A; FERNANDES, I.A. Assistência de enfermagem à gestante com placenta previa. Revista Gestão & Saúde, v. 12, p. 27-33, 2015.

10 LIMA, E.R. et al. Resultados maternos e perinatais em gestações com placenta prévia com e sem acretismo em maternidade terciária. Rev Med UFC, v.55, n.1, p.18-24, 2015.


Discente do Curso Superior em Medicina do Cesmac, Maceió – Alagoas, e-mail: matheus_duarte93@hotmail.com 

2 Discente do Curso Superior em Enfermagem do Centro Universitário Fametro, Manaus – Amazonas, e-mail: maddunascimento319@gmail.com  

3 Discente do Curso Superior em Enfermagem do Centro Universitário Una de Bom Despacho, Pitangui/MG, e-mail: leticiacristinalethy@hotmail.com

4 Discente do Curso Superior em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco- UFPE, Vitória de Santo Antão- PE, e-mail: gliffityane.keiffer@ufpe.br 

5 Graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Brasília – DF, e-mail: paivafacjk@gmail.com 

6 Doutorado Profissional em Gestão do Cuidado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina, e-mail: wezzorzan@hotmail.com 

7 Discente do Curso Superior em Enfermagem pelo Centro universitário vale do rio verde – UNINCOR, e-mail: liviasantana270894@gmail.com 

8 Discente do Curso Superior em Medicina pela Universidade de Franca (Unifran)- Franca, SP, e-mail: alvarengacanay@gmail.com 

9 Enfermeira/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. CHC-UFPR/ EBSERH Curitiba/PR, E-mail: elizabete.jesus@hc.ufpr.br

10 Pedagoga/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. CHC-UFPR/ EBSERH Curitiba/PR, Email: cintia.oliveira2@hc.ufpr.br