JULIANA MONTEIRO CANDELORO
SÃO PAULO
2000
PROPOSTA DE PROTOCOLO HIDROTERAPÊUTICO PARA FRATURAS DE FÊMUR NA TERCEIRA IDADE
O aumento da expectativa de vida, ocorrido ao longo dos últimos anos, devido, principalmente aos avanços na medicina e na produção mundial de alimentos, vem permitindo um paulatino e persistente envelhecimento da população. O grupo etário de mais de 65 anos aumentou cerca de 2,2% a cada ano.
As fraturas mais comuns são a do colo do fêmur, que são fraturas observadas em idosos que caíram diretamente sobre o quadril. O tratamento conservador é pela tração para superar o deslocamento da fratura e o encurtamento dos músculos quadríceps e posteriores da coxa decorrente da fratura e do espasmo muscular. A intervenção cirúrgica pode incorporar pinos e placas, esse tipo de condução e a severidade da fratura determinam quando a hidroterapia deve ser iniciada.
Programas aeróbicos como exercícios destinados a aumentar a força muscular são medidas eficazes para aumentar a densidade dos ossos e reduzir o ritmo das perdas de tecido ósseo nas pessoas idosas (inclusive nas que apresentam osteoporose).
Através dos princípios físicos da água, os benefícios dos exercícios em água aquecida e os efeitos psicológicos que o ambiente oferece, propomos um protocolo no qual o paciente poderá realizar os exercícios sem riscos de quedas ou novas lesões, num ambiente agradável realizando exercícios que em terras não seriam possíveis. O protocolo consiste em prevenir as disfunções e ajudar no desenvolvimento, melhoria, recuperação ou manutenção da força normal, incluindo força e resistência muscular, flexibilidade e mobilidade, relaxamento, coordenação, redução do tempo de internação e melhora da qualidade de vida do paciente. Evitando assim, o isolamento e insegurança social, ruptura com a vida profissional, perda de status social, abandono social e familiar e bem como as patologias agravadas com o decúbito prolongado.
PROTOCOLO
ADAPTAÇÃO AO MEIO
Início após cicatrização óssea, estiverem medicamente estáveis e não apresentarem contra indicações, 2 à 3 sessões com duração de 30 minutos cada.
Reconhecimento do meio líquido e dos flutuadores. Adaptar o paciente com a água nos ouvidos e assoprar quando a mesma vir na boca.
Se possível marcha em águas profundas sem descarga de peso usando flutuadores, movimentos ativos livres, respeitando a dor e limitação de movimento.
FASE I
5 á 8 sessões com duração de 30 minutos cada
Aquecimento
– abdução e adução, horizontal (não cruzar a pernas)
– flexão e extensão, horizontal
– bicicleta
Alongamento
– passivo de quadríceps
– ativo de isquiotibiais
– tronco
Exercícios Ativos
– flexão e extensão de joelho
– flexão e extensão de quadril
– abdução e adução de quadril
– contração glútea
FASE II
8 à 10 sessões com duração de 45 minutos cada.
Aquecimento
– caminhada para frente, trás, lados ,com perna estendida
– passo cruzado
– bicicleta
Alongamento
– ativo de quadríceps e isquiotibiais
– flexores do quadril
– rotação interna e externa de quadril
– adutores e abdutores
Descarga de Peso
– na horizontal, Bad Ragaz
Fortalecimento
– flexores e extensores de quadril
– abdutores e adutores de quadril
– rotatores internos e externos de quadril
– circundação de quadril
– abdominal e tronco (Bad Ragaz)
– subindo no step
FASE III
8 à 10 sessões com duração de 45 minutos cada.
Aquecimento/Treino de marcha
– idem, aumentando intensidade.
– pivô de 4 cantos
– passada cruzada
– movimentos pélvicos
Alongamento
– idem, aumentando intensidade
– alongamento dos músculos da virilha
Descarga de Peso
– descarga de peso para frente
– descarga de peso para os lados
Treino de Equilíbrio/Propriocepção
– uso da prancha para frente, trás, lados, rotações e circundações
– treino de equilíbrio
– posição de cegonha
Fortalecimento
– idem, aumentando intensidade
– agachamento
FASE IV
8 à 10 sessões com duração de 45 minutos cada.
Aquecimento/Treino de marcha
– idem, aumentando intensidade.
– andar com resistência da prancha
Alongamento
– idem, aumentando intensidade
Descarga de Peso
– ficar em um só pé e fazer balanceios sem as mãos
Treino de Equilíbrio/Propriocepção
– uso da prancha para frente, trás, lados, rotações e circundações com turbulência
– uso da prancha de propriocepção, (movimentos de flexo-extensão, inversão e eversão, com os dois e um pé só)
Fortalecimento
– idem aumentando intensidade
– flexão de quadril com rotação externa
– salto cruzado em piscina funda
– salto com afastamentos
– cross-country em piscina funda
2 comentários em “PROPOSTA DE PROTOCOLO HIDROTERAPÊUTICO PARA FRATURAS DE FÊMUR NA TERCEIRA IDADE”
Comentários encerrados.
sou portador de sequela de poliomielite.em 10/10/18 sofri
uma fratura do femur extensa,mas nao afetou a cabeça do femur(perna esquerda).Depois de 2 a 3 meses de fisioterapia,tive queda e
houve
pequena fratura no joelho(patela).Provavelmente guando voltar ao medico (18/03/2019). ele removerá´a tala-imbilizaçao) da minha perna esquerda.
No meu caso que e´diferenciado,devido a sequela de Polio,
osteoporose o menos força muscular,qual tratamento é mais
indicado?
So´fisiotrapia?
Só hidroterapia?
os 2 juntos?
sei que o medico vai me orientar,más godtaria de saber a
opinião de voçes.59 anos-Luiz.E-mail:jarluca@gmail.com
02/03/2019
Luix Carlos Gasques Jarfim Responder
sou portador de sequela de poliomielite.em 10/10/18 sofri
uma fratura do femur extensa,mas nao afetou a cabeça do femur(perna esquerda).Depois de 2 a 3 meses de fisioterapia,tive queda e
houve
pequena fratura no joelho(patela).Provavelmente guando voltar ao medico (18/03/2019). ele removerá´a tala-imbilizaçao) da minha perna esquerda.
No meu caso que e´diferenciado,devido a sequela de Polio,
osteoporose o menos força muscular,qual tratamento é mais
indicado?
So´fisiotrapia?
Só hidroterapia?
os 2 juntos?
sei que o medico vai me orientar,más godtaria de saber a
opinião de voçes.59 anos-Luiz.E-mail:jarluca@gmail.com