PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UMA REVISÃO  SISTEMÁTICA SOBRE A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch102024171046


Aline da Silva Jorge;
Orientador: Profa. Naianne Georgia Sousa de Oliveira.


RESUMO 

Tendo em vista que os índices de adoecimento mental crescem a cada  dia, faz-se necessário estudo que tem como objetivo a investigação da promoção  em saúde mental na atenção primária em saúde, como instrumento para atuação da  enfermagem. Sendo o enfrentamento a diferentes patologias mentais, que  frequentemente acometem a população, sendo de grande impacto social, tornando-se  um problema de saúde pública com grande incidência nas comunidades. A  promoção da saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS) é uma estratégia  fundamental para a prevenção e redução da incidência de adoecimentos mentais na  população. Nesse contexto, a atuação da enfermagem destaca-se como essencial,  devido à proximidade e ao vínculo estabelecido com os pacientes, bem como pela  capacidade de identificar precocemente sinais e sintomas de transtornos mentais.  Objetivos: Investigar a relação entre promoção da saúde mental na atenção  primária em saúde e atuação da enfermagem com propósito de compreender a  incidência de adoecimento mental. Metodologia: Como metodologia, se utilizou uma  de caráter qualitativo, que teve como escopo captar e separar artigos que  discorresse acerca da temática, estes dos períodos de 2018 á 2024, de forma  sistemática, estes passaram por uma minuciosa análise e foram separados e  utilizados, aqueles que tinham conexão com o tema proposto. Respeitando os  critérios de inclusão, as bases de dados (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde  (BVS) e Pubmed. Foram selecionados 08 artigos Conclusão: O estudo, induziu a  conclui-se que a promoção da saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS) é  um campo essencial para melhorar o bem-estar psicológico e prevenir transtornos  mentais na população. Este enfoque visa não apenas tratar os sintomas, mas  também abordar os fatores subjacentes que contribuem para a saúde mental,  promovendo um ambiente que sustente o bem-estar psicológico de todos os  indivíduos A promoção da saúde mental envolve ações destinadas a criar condições  que apoiem a saúde mental e o bem-estar de indivíduos e comunidades. Inclui  intervenções que visam melhorar os fatores protetores e reduzir os fatores de risco  associados à saúde mental, como o fortalecimento das redes de suporte social, a  redução do estigma e a promoção de ambientes de vida e trabalho saudáveis. 

PALAVRA-CHAVE: Atenção Primária; Estratégias; Profissionais de Enfermagem;  Saúde Mental.

ABSTRACT 

Considering that mental illness rates are growing every day, a study is  necessary to investigate the promotion of mental health in primary health care, as an  instrument for nursing activities. It is the fight against different mental pathologies,  which frequently affect the population, with great social impact, becoming a public  health problem with a high incidence in communities. The promotion of mental health  in Primary Health Care (PHC) is a fundamental strategy for preventing and reducing  the incidence of mental illness in the population. In this context, nursing work stands  out as essential, due to the proximity and bond established with patients, as well as  the ability to identify signs and symptoms of mental disorders early. Objectives: To  investigate the relationship between mental health promotion in primary health care  and nursing performance with the purpose of understanding the incidence of mental  illness. Methodology: As a methodology, a qualitative one was used, which aimed to  capture and separate articles that discussed the topic, these from the periods of 2018  to 2024, in a systematic way, these went through a thorough analysis and were  separated and used, those that had a connection with the proposed theme.  Respecting the inclusion criteria, the databases (SciELO), Virtual Health Library  (VHL) and Pubmed. 08 articles were selected Conclusion: The study led to the  conclusion that the promotion of mental health in Primary Health Care (PHC) is an  essential field for improving psychological well-being and preventing mental disorders  in the population. This approach aims to not only treat symptoms but also address  the underlying factors that contribute to mental health by promoting an environment  that supports the psychological well-being of all individuals. Mental health promotion  involves actions aimed at creating conditions that support mental health. mental  health and well-being of individuals and communities. It includes interventions that  aim to improve protective factors and reduce risk factors associated with mental  health, such as strengthening social support networks, reducing stigma, and  promoting healthy living and working environments. 

KEYWORD: Primary Care; Strategies; Nursing Professionals; Mental health.

1 INTRODUÇÃO  

Tendo em vista que os índices de adoecimento mental crescem a cada dia,  faz-se necessário estudo que tem como objetivo a investigação da promoção em  saúde mental na atenção primária em saúde, como instrumento para atuação da  enfermagem. Sendo o enfrentamento a diferentes patologias mentais, que  frequentemente acometem a população, sendo de grande impacto social, tornando-se  um problema de saúde pública com grande incidência nas comunidades. A  promoção da saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS) é uma estratégia  fundamental para a prevenção e redução da incidência de adoecimentos mentais na  população. Nesse contexto, a atuação da enfermagem destaca-se como essencial,  devido à proximidade e ao vínculo estabelecido com os pacientes, bem como pela  capacidade de identificar precocemente sinais e sintomas de transtornos mentais. A  APS é a porta de entrada do sistema de saúde e possui um papel crucial na  promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde mental. A  atuação dos enfermeiros nesse nível de atenção envolve a realização de atividades  de educação em saúde, a oferta de suporte emocional, a implementação de  intervenções psicossociais, o acompanhamento longitudinal dos pacientes e a  articulação com outros serviços de saúde e redes de apoio comunitário. Os  enfermeiros estão em posição estratégica para promover a saúde mental por meio  de ações que incluem a identificação precoce de fatores de risco, a orientação e o  aconselhamento de pacientes e familiares, a promoção de ambientes saudáveis e a  capacitação de outros profissionais de saúde e da comunidade para lidar com  questões relacionadas à saúde mental. Além disso, os enfermeiros podem facilitar o  acesso a recursos de saúde mental, garantindo que os pacientes recebam o cuidado  necessário de forma contínua e integrada. Para a formulação e implementação  eficaz de políticas públicas na Atenção Primária em Saúde, especialmente voltadas  para a promoção da saúde mental, é necessário considerar alguns pressupostos  fundamentais. Esses pressupostos orientam a criação de políticas que são  baseadas em evidências, culturalmente sensíveis e centradas na comunidade,  garantindo que as intervenções sejam eficazes e sustentáveis. A promoção da  saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS) é um campo essencial para  melhorar o bem-estar psicológico e prevenir transtornos mentais na população. Este  enfoque visa não apenas tratar os sintomas, mas também abordar os fatores  subjacentes que contribuem para a saúde mental, promovendo um ambiente que sustente o bem-estar psicológico de todos os indivíduos A promoção da saúde  mental envolve ações destinadas a criar condições que apoiem a saúde mental e o  bem-estar de indivíduos e comunidades. Inclui intervenções que visam melhorar os  fatores protetores e reduzir os fatores de risco associados à saúde mental, como o  fortalecimento das redes de suporte social, a redução do estigma e a promoção de  ambientes de vida e trabalho saudáveis Definida pela Organização Mundial da  Saúde (OMS) como o primeiro nível de contato dos indivíduos com o sistema de  saúde, a APS oferece cuidados integrais, acessíveis, contínuos e coordenados. A  APS desempenha um papel crucial na promoção da saúde, prevenção de doenças,  tratamento e reabilitação Em resumo, a promoção da saúde mental na APS, com  ênfase na atuação da enfermagem, é uma abordagem eficaz para a redução da  incidência de adoecimentos mentais. 

Visto isso, a preocupação da presente revisão é investigar Como o  enfermeiro da Estratégia e Saúde da Família (ESF) pode contribuir, para a  prevenção do adoecimento mental na Atenção Primária ? 

Pois, a assistência dos profissionais de enfermagem é de suma importância,  assim justifica-se este estudo com base que a assistência dos profissionais de  enfermagem pode reduzir os índices de adoecimento mental grave, nas  comunidades, por meio da atuação proximal do enfermeiro com a comunidade. A  partir da implantação de políticas públicas de saúde de prevenção ao adoecimento e  promoção da saúde mental nas famílias. 

Tendo como objetivos, sendo o objetivo geral, investigar a relação entre  promoção da saúde mental na atenção primária em saúde e atuação da  enfermagem com propósito de compreender a incidência de adoecimento mental  nas comunidades, os específicos, analisar o conhecimento sobre promoção da  saúde mental na atenção primária em saúde; Explicar os tipos de atuação da  enfermagem; Verificar a importância do(a) promoção da saúde mental na atenção  primária em saúde; Compreender a relação entre políticas públicas e menor  incidência de adoecimento mental nas comunidades. 

Assim o trabalho se divide em introdução, que discorre de forma sucinta sobre  o trabalho, logo após dispõe seu objetivos, para encaminha-se ao referencial teórico,  que apresenta de forma mais aprofundada a temática, para posteriormente dispõe-se  a metodologia que explica como se chegou aos estudos utilizados no presente estudo, assim, encaminhou-se para resultados e discussões, chegando-se às considerações finais e por fim as referências.

2. OBJETIVOS 

2. 1 Objetivo Geral  

Investigar a relação entre promoção da saúde mental na atenção primária em saúde  e atuação da enfermagem com propósito de compreender a incidência de  adoecimento mental nas comunidades 

2.2 Objetivos Específicos  

∙ Analisar o conhecimento sobre promoção da saúde mental na atenção primária em  saúde  

∙ Explicar os tipos de atuação da enfermagem  

∙ Verificar a importância do(a) promoção da saúde mental na atenção primária em  saúde 

∙ Compreender a relação entre políticas públicas e menor incidência de adoecimento  mental nas comunidades

3. REFERENCIAL TEÓRICO  

No Brasil, a concepção de acolhimento em saúde mental tem sua origem em  debates sobre a organização do trabalho na área da saúde durante os anos 1990,  período em que se iniciou a construção da rede de serviços após a implementação  do SUS em 1988. Naquela época, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) surgiram  como alternativa ao modelo tradicional de assistência hospitalar. Com o avanço das  políticas de saúde e a consolidação do SUS, nos anos 1990, foram integrados à  rede de saúde dispositivos como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e o  Programa Saúde da Família (PSF). Enquanto o primeiro visava proporcionar um  tratamento menos centrado no hospital para pacientes psiquiátricos, o segundo foi  inspirado pelas discussões da Reforma Sanitária Brasileira para promover a saúde  da população de forma mais ampla. (Athié, et al, 2013). 

Atenção Primária à Saúde, sendo o primeiro contato do indivíduo com os  serviços de saúde, desempenha um papel fundamental na promoção da saúde  mental. Nesse sentido, é importante que o enfermeiro se enxergue como parte  desse processo é responsável por prevenir novos casos em sua área de atuação.  (Pessoa et al., 2020). 

Coutinho et al, (2015) afirma que a Atenção Primária em Saúde é a base que  direciona as ações dos demais níveis de cuidados. A APS é responsável por  coordenar a utilização eficiente dos recursos disponíveis para promover, manter e melhorar a saúde da população. 

De acordo com Silva (2020) a Estratégia de Saúde da Família, profissionais  de diferentes áreas trabalham juntos para cuidar de pacientes com transtornos  mentais, buscando atender suas necessidades básicas. Essas atividades são  contínuas e mostram o compromisso em promover a saúde e oferecer um cuidado  de qualidade, completo e acolhedor aos pacientes com transtornos mentais. No  Brasil, o principal modelo adotado para a APS é a Estratégia Saúde da Família  (ESF), que teve início em 1994 com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços de  saúde. Atualmente, a ESF é considerada o maior programa de assistência no país e  desempenha um papel crucial na reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS).  (Coutinho, et al., 2015). 

Dessa forma, é importante que a prática não seja limitada por uma visão  reducionista, permitindo assim que o cuidado seja baseado nas reais necessidades  do paciente, considerando todas as suas dimensões. (Pessoa et al., 2020). Geraldo, et al (2018) afirma que a integração da saúde mental na atenção primária ainda está  em estágio inicial; que a oferta organizada de cuidados é consideravelmente frágil;  há subnotificação de casos; falta de protocolos nas unidades de saúde; e um  desenvolvimento limitado de ações de promoção da saúde para usuários de álcool,  medicamentos psicotrópicos e outras substâncias. Estes problemas dificultam a  definição de fluxos e agravam a deficiência na gestão do cuidado em saúde mental. 

De acordo com Junior, Tobias e Teixeira, (2019): As ações voltadas para a  saúde mental abrem caminho para transformar e aprimorar as circunstâncias e  maneiras de viver, seguindo a perspectiva de promover a vida e o bem-estar, indo  além da simples busca pela cura de enfermidades. Isso implica na crença de que a  existência pode ser interpretada, vivenciada e experimentada de diversas maneiras.  Para isso, é essencial enxergar o indivíduo em todas as suas facetas, levando em  conta seus desejos, aspirações, princípios e decisões. 

O enfermeiro demanda por atualizações e treinamentos relacionados ao  tema, destacando a importância de uma educação continuada mais eficaz. É  fundamental que os profissionais de Enfermagem orientem suas ações de forma a  executá-las de maneira abrangente, colaborativa, considerando uma compreensão  global do conceito de saúde. (Pessoa et al., 2020). 

Segundo apontam os estudos, as equipes de ESF possuem papel  fundamental na promoção da saúde mental, levando em consideração as  necessidades básicas de cada indivíduo, uma vez que são os profissionais que  exercem maior contato com as comunidades. Podendo destacar o trabalho do  enfermeiro, relacionando a posição de proximidade com o um olhar mais técnico  acerca das patologias que acometem grande número populacional. Observando de  forma técnica os sinais e sintomas mais comuns que vão desde as alterações  comportamentais, a respostas físicas (Pessoa et al., 2020). 

Sobre a temática em estudo, Nunes (2020) afirma que os enfermeiros que  trabalham na Estratégia de Saúde da Família precisam expandir sua visão além da  saúde física e reconhecer a importância da saúde mental em qualquer contexto ou  ação realizada. Portanto, é necessário aprimorar a capacidade de integrar a Rede  de Atenção Psicossocial com a família, identificando as necessidades reais da  comunidade através da participação no planejamento das ações, oferecendo  cuidados abrangentes à família e ao paciente. Isso pode ser alcançado à medida  que as práticas e o ensino forem sendo reformulados.

Existem lacunas na formação dos profissionais, as quais devem ser supridas  por meio do acesso universal a protocolos e técnicas que possibilitem a  identificação, estratificação e abordagem segura dos problemas de saúde mental.  Os órgãos centrais de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) também devem  estabelecer protocolos e indicadores – atualmente inexistentes – que determinem  perfis e critérios de atendimento para esse público na atenção primária. (Gerbaldo et  al., 2018). 

A falta de acolhimento das pessoas com problemas mentais pelos  profissionais que trabalham no setor público, principalmente na atenção básica, é  um obstáculo que pode ser encontrado em diversas cidades, sejam elas pequenas  ou grandes, e muitas vezes está ligada à falta de preparo dos profissionais para lidar  com esse grupo de pacientes. (Junior, Tobias e Teixeira, 2019). 

A estrutura não deve ser determinante para que os enfermeiros não realizem  sua assistência com qualidade, respeitando os princípios do SUS. A assistência  integral permeia o uso de outras tecnologias, como a escuta qualificada, grupos,  acolhimento e vínculo, isto é, elementos que devem fazer parte do saber/fazer do  enfermeiro (Pessoa et al., p.6, 2020). 

Existem lacunas na formação dos profissionais, as quais devem ser supridas  por meio do acesso universal a protocolos e técnicas que possibilitem a  identificação, estratificação e abordagem segura dos problemas de saúde mental.  Os órgãos centrais de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) também devem  estabelecer protocolos e indicadores – atualmente inexistentes – que determinem  perfis e critérios de atendimento para esse público na atenção primária (Gerbaldo et  al., 2018). 

Nessa perspectiva, compreende-se que as intervenções em saúde mental são  desenvolvidas no dia a dia dos encontros entre profissionais e pacientes, onde  juntos criam novas formas e estratégias para compartilhar e construir o cuidado em  saúde. Diante disso, cabe compreender que a dedicação à saúde mental na Atenção  Primária e na Estratégia Saúde da Família consiste em cuidar de pessoas com  problemas psicológicos ou diagnóstico de transtornos mentais, além de implementar  medidas preventivas e de identificação precoce, que englobam o indivíduo e seus  familiares. Na atenção primária, à consulta de enfermagem em saúde mental é uma  ação privativa do enfermeiro que prioriza a pessoa expressar suas dificuldades,  identificá-las e buscar a resolutividade em conjunto com o profissional. Além disso, o enfermeiro é o suporte para a pessoa buscar sua recuperação. A enfermagem atua  na saúde mental das pessoas, visando o equilíbrio das emoções, adaptações e  níveis de estresse. A função do enfermeiro é de agente terapêutico que tem, como  base da consulta, o relacionamento terapêutico estabelecido com a pessoa. (Bolsoni  et al., p.4, 2015).

Os resultados esperados são o aprimoramento da equipe multidisciplinar, que  atua nesse serviço de saúde, incentivando a reflexão sobre suas práticas e a  adequação ao modelo da Reforma Psiquiátrica. Isso irá garantir uma melhor  assistência aos usuários, dentro de um ambiente familiar, e permitirá aos estudantes  de saúde mental a integração da teoria com a prática. (SILVA et al., 2015). 

Em conformidade com Bolsoni et al., (2015) ressalta “O enfermeiro é desafiado a  disponibilizar seu saber técnico e uma habilidade extra com a imprevisibilidade e a  diversidade do cotidiano.” Outra questão importante é a potencial discrepância entre  o que é preconizado na política de saúde mental e o que se vê na prática da ESF,  pois é frequente notar o encaminhamento dos pacientes para o Centro de Apoio  Psicossocial (CAPS) como forma de transferir a responsabilidade de cuidado para  esse ponto específico. 

Esse cenário apresenta um desafio adicional para as políticas de saúde  pública no Brasil. Existe uma hesitação por parte dos enfermeiros em lidar com o  atendimento e apoio aos pacientes com problemas de saúde mental. Essas atitudes  têm um impacto negativo e atrasam os avanços fundamentais em relação à Reforma  Psiquiátrica (RP), comprometendo assim a implementação efetiva da RAPS, a qual  só será concretizada de fato se estiver integrada com os demais serviços de saúde.  (Nunes et al., 2020). 

A consulta de enfermagem é uma ferramenta importante para o atendimento  em saúde mental, pois auxilia o enfermeiro a entender e compreender o indivíduo na  sua face individual e também de forma coletiva e familiar, ajudando, assim, o  desenvolvimento de ações que repercutiram sobre o usuário, família e comunidade  ao qual está inserido. Na consulta, os enfermeiros promovem, restauram, mantêm e  reabilitam a saúde mental, tanto dos indivíduos quanto das famílias e comunidades.  As suas habilidades são baseadas na atenção psicossocial, teorias de  personalidade e comportamento humano (Bolsoni et al., p.4 2015) 

Dessa forma, os enfermeiros, ao desempenharem um papel central na  promoção de bem-estar psicológico e na prevenção de transtornos mentais, contribuem significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e  das comunidades. Assim, estudos apontam que para reduzir a incidência de  adoecimento mental, a atuação da enfermagem na APS deve ser baseada em  práticas colaborativas, centradas na pessoa e culturalmente sensíveis. Isso inclui a  utilização de abordagens baseadas em evidências, como o uso de protocolos de  triagem e intervenções psicoeducativas, além de estratégias de autogestão e  empoderamento dos pacientes. A formação contínua e a capacitação dos  enfermeiros em saúde mental são cruciais para garantir uma prática qualificada e  eficaz. 

4. METODOLOGIA 

4.1 TIPO DE PESQUISA 

A pesquisa consistiu em uma revisão sistemática, baseada em publicações de  artigos entre os anos de 2018 ao ano de 2024, com temática apresentada,  utilizando-se a revisão sistemática que tem por objetivo fornecer informações  abrangentes sobre o evento estudado, podendo influenciar na tomada de decisão e  na melhoria da prática clínica, além de apontar lacunas no conhecimento. O método  é confiável e facilita a utilização do conhecimento científico já que condensa os  resultados de várias pesquisas, tornando-os mais acessíveis ao leitor (Mendes;  Silveira; Galvão, 2008 p.98). 

4.2 SELEÇÃO DOS ESTUDOS 

A busca, considerada sistemática, teve sua seleção de estudos conduzida por  buscas realizadas em bancos de dados (Pubmed, BVS e Scielo). Sendo união de  termos definidos e aplicados uniformemente termos estes utilizados nas buscas:  „„Atenção Primária e Saúde Mental‟‟ „„Profissionais de enfermagem e Estratégias‟‟ ou  „„Saúde Mental e Profissionais de Enfermagem‟‟ utilizando OU e AND. Com referências na época de 2019 a 2024 com escritos enfermeiros, estudantes e outros  profissionais da saúde. Os descritores com combinação de palavras em língua  portuguesa e inglesa. Com os descritores „„Atenção Primária‟‟; „„Profissionais de  enfermagem‟‟; „‟Estratégias‟‟ e „‟Saúde Mental‟‟. 

4.3 COLETA DE DADOS 

Para coleta de dados utilizamos critérios de elegibilidade para que posteriormente foram sistematizadas, com intuito de conduzir a busca dos estudos  de forma independente. Estudos que foram analisados e estavam fora do objetivo e os  com dados duplicados foram excluídos, os demais foram avaliados e se  considerados elegíveis, foram selecionados e relacionou-se com à questão de  pesquisa principal, foram separados e minuciosamente analisados, respeitando os  critérios, de inclusão e exclusão. 

Seleção Final: a leitura das informações que tidas como relevantes para a  pesquisa foram separados, e tal estudo se tornou apto para a seleção, os demais  que foram contramão foram descartados. Diante disso, o mapeamento, buscou analisar de forma mais apurada os estudos, identificando dados pertinentes para  realização da presente revisão sistemática. 

Critérios de Inclusão: CI1-Foram utilizados artigos nos idiomas inglês,  português que irão abordar a temática, os que melhores se enquadrarem na  pesquisa. 

Critérios de Exclusão: CE1-Trabalhos duplicados, CE2-Revisões que irão  antemão à temática, relatos que fujam do tema. 

4.4 ANÁLISE DOS ESTUDOS 

A extração dos dados qualitativos e quantitativos foi realizada de forma  independente, os dados obtidos foram comparados para evitar erros, e garantir uma  maior qualidade, chegou-se a um conjunto de artigos aceitos, coletando dados para  responder às questões de pesquisa. A descrição do objetivo da pesquisa se  encontra descrita da seguinte forma, o Propósito: Compreender; Descrever; Explicar.  Em Relação: Identificar os desafios dos profissionais na saúde. Sob o ponto de vista:  De autores e pesquisadores.  

4.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 

Nesta seção coletou-se os artigos, de 2.856 artigos encontrados, sendo este  número a somatória de todas as bases de dados, separou-se 08 que foram os que  mais foram aptos ao estudo, estudos estes em idiomas português e inglês. 

Os termos que foram utilizados foram também agrupados e combinados,  realizou-se uma revisão, que procura buscar na íntegra estudos científicos sobre o tema abordado nessa proposta, para contextualizar o tema com artigos científicos,  documentos e capítulos, voltados para o tema trabalhado. 

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES  

Foram encontrados 2.856 estudos no total geral nas bases de dados supracitadas anteriomente, após rigorosos critérios de  exigibilidade, apenas 08 que tiveram compatibilidade com o tema, foram escolhidos que foram revisados por pares, para os  desfechos, organizou em subgrupos por tempo e por tipo de realização buscando assim uma alta qualidade de evidência, esta  seleção pode ser observada no Quadros que seguem. 

QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS NA REVISÃO SISTEMÁTICA, SEGUNDO AUTOR (ES), TÍTULO E ANO  DE PUBLICAÇÃO.

Fonte: (Próprio autor, 2024).

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

O cuidado, como objeto de estudo, tão abordado na sociedade  contemporânea, traz consigo a propriedade de ele ser considerado inerente à  condição humana, que orienta a essência do ser humano de cuidar e de ser  cuidado. Ao longo da história, esse cuidado passou a ser necessário,  estabelecendo-se como uma prática profissional e permitindo à sociedade o alcance  de cuidados que tivessem o intuito de promoção, prevenção e recuperação da saúde (Sousa, Costa e Jorge, 2019). 

O crescimento das doenças psicológicas, atreladas à saúde mental, está  associado às alterações do processo de saúde. Na área da saúde pública, a  Estratégia Saúde da Família (ESF), um instrumento essencial da Atenção Primária à Saúde (APS), visa à assistência integral aos portadores de doenças, pois executa  ações de saúde coletivas e individuais que compreendem prevenções, intervenções  de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção  da saúde. A atenção primária é o primeiro acesso da população aos serviços de  saúde e o controle da sistematização do cuidado prestada pelo sistema único de  saúde (SUS) (Oliveira et al.,2023), 

Em consonância a isso, o enfermeiro é o profissional que dispõe da  maior parte de seu tempo e de seu conhecimento com o intuito de ter com o  outro uma relação de interatividade e reciprocidade, por meio do cuidado, com a  finalidade de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao indivíduo de quem  cuida (Sousa, Costa e Jorge, 2019). 

Assim, o enfermeiro como membro da equipe multiprofissional tem uma  atribuição essencial no cuidado com a saúde mental que é consolidada através da  consulta de enfermagem voltada para promoção da atenção desse grupo, onde,  nesta consulta, inclui a avaliação multidimensional rápida e instrumentos  complementares, caso haja necessidade, a solicitação de exames complementares  e prescrição medicamentosa (Oliveira et al.,2023), 

Nesse sentido, pode-se afirmar que o conceito de cuidado em saúde vai muito  além de práticas corretivas de doenças; significa, em sua forma mais  genuína, dar atenção, acolher, respeitar e ensinar. Esse cuidado está  alicerçado no princípio da humanização do tratamento do indivíduo enfermo, cuidado esse que deve subsidiar o indivíduo para que ele busque domínio sobre seu  corpo, sua mente e seu estado de saúde-doença, firmado em uma assistência  integral e individualizada, com vistas à garantia da qualidade de vida para ele (Sousa, Costa e Jorge, 2019). 

Observa-se que a assistência à saúde mental foi se modificando à medida  que alguns movimentos foram surgindo em prol dos direitos da população, como,  por exemplo, a Constituição de 1988, a reforma sanitária e a reforma psiquiátrica.  Além disso, a atenção em saúde mental contribuíram para a transformação do  modelo assistencial dirigido. Em processo recente, desde 2003, têm-se os primeiros  Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) e, em 2004, o Ministério da Saúde (MS)  instituiu o Fórum de Saúde Mental, com apoio de diversos setores, criado com a  finalidade de construir as bases, princípios e diretrizes de uma política pública de  saúde mental a esse segmento (Fernandes et al., 2020) 

O cuidado em saúde mental ainda remete muito aos transtornos mentais, por  isso, frente à indagação acerca da concepção dos profissionais em relação a  esse atendimento na unidade, a principal falha encontrada é que, em sua grande  maioria, esses casos são encaminhados para o médico, de preferência, quando  disponível na unidade, o psiquiatra. Com isso, percebe-se uma fragilidade na  atuação da enfermagem no campo da saúde mental, sendo notório que o modelo de  cuidado ainda está direcionado para a perspectiva biomédica e de cura. Nesse  cenário, o modelo biomédico reforça a ideia do médico como ordenador do processo  de trabalho, detentor do saber e autônomo em suas práticas, com isso, tornando-o a  principal figura na assistência à saúde, com os demais profissionais submissos à  sua prática. Essa prática distância a enfermagem de ser protagonista no seu modo  de cuidar. Ademais, no contexto da Atenção Primária, a Unidade Básica de  Saúde (UBS) é compreendida como a principal porta de entrada no serviço  de saúde e deve pautar suas ações com o objetivo de desenvolver uma atenção  integral que mude a autonomia, a saúde das pessoas e os determinantes e  condicionantes de saúde (Sousa, Costa e Jorge, 2019). 

Em 2011, por meio da portaria nº 3.088, foi instituída pelo Ministério da Saúde  a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), voltada às pessoas de todas as idades  com transtornos mentais e/ou que vivenciam dificuldades decorrentes do uso de  álcool ou outras drogas. A finalidade da RAPS é a criação, ampliação e articulação  dos dispositivos de atenção à saúde na esfera do SUS e, para além de equipamentos, trata-se de um conjunto de componentes e estratégias (atenção  básica, especializada, urgência e emergência, estratégia de redução de danos,  educação permanente, desinstitucionalização, entre outras) (Brasil, 2011). A RAPS é  constituída por uma rede, sendo que a Atenção Básica à Saúde (ABS) juntamente  com a atenção estratégica compartilham o papel de ordenação dessa rede e na  coordenação do cuidado (Brasil, 2011). Cabe ressaltar que a implantação da RAPS  tem como diferencial a centralidade dada à ABS e ao funcionamento em rede,  ampliando a ênfase da desinstitucionalização focada até então apenas na  especialidade (Fernandes et al., 2020).

Historicamente, os territórios constituem-se em espaços privilegiados para as  equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) prestarem assistência psicossocial aos  usuários acometidos por transtornos mentais, reconhecendo-os como integrantes da  comunidade, mesmo quando referenciado a outros níveis de atenção. Portanto, as  ações em saúde mental devem ser construídas pelas equipes, pautadas por um  processo de trabalho territorial, com população delimitada, vinculadas às redes  locais, tornando os usuários singulares ao seu atendimento e mantendo vínculos  entre as famílias e a comunidade (Simão, Vargas e Pereira, 2022). 

Cientes da importância de contribuir para a inserção da saúde mental na APS,  os autores partiram da hipótese que, os cursos e disciplinas de enfermagem em  saúde mental de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas do país, enfrentam  desafios para promover um processo formativo que dirija o enfermeiro generalista no  lidar com as questões de saúde mental na APS. Este estudo tem como objetivo  analisar limitações, estratégias, importância e entraves na condução do ensino de  saúde mental na graduação em Enfermagem, para a atuação do enfermeiro na  Atenção Primária à Saúde (Nobrega et al. 2020) 

Compreende-se com base nesse cenário que é preciso refletir sobre  estratégias que contribuam para a afinidade e maior aproximação dos profissionais  com o campo da saúde mental, visando qualificar o cuidado ofertado. Dessa forma,  investir na formação continuada, desde a graduação até a educação permanente, e  oportunizar situações de discussão e reflexão sobre saúde mental por meio do  acompanhamento de casos com o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF),  bem como a priorização do apoio matricial enquanto metodologia de trabalho na AB,  seriam ações que ampliaram as estratégias e práticas de cuidado junto a esse  público (Fernandes et al., 2020).

Contribuindo e avançando nessa discussão, e especificamente no que tange  à saúde mental, tem-se o estudo qual revelou que os profissionais da APS  compreendem a saúde mental com base nas vivências e ambientais, considerados  fatores relevantes e implicados nas dificuldades emocionais, tanto as vivências  familiares e ambientais como as condições socioeconômicas se aproximam dos  conceitos de vulnerabilidade e resiliência na perspectiva da abordagem sobre risco e  proteção ao desenvolvimento e saúde mental infantojuvenil. No entanto,  pesquisadores entrevistaram profissionais de saúde mental identificaram que a  concepção de saúde mental perpassa, ainda, por uma perspectiva pautada no saber  psiquiátrico e individualista, associada também a uma tentativa de superação desse  modelo, considerando os determinantes sociais ( Fernandes et al., 2022). 

O enfermeiro é o profissional da saúde que atua em todos os dispositivos da  rede, e que passa a ocupar um lugar de protagonismo na atenção em saúde mental  ofertada à clientela adstrita. Entretanto, ainda que a atuação do enfermeiro da APS,  no âmbito da saúde mental, venha sendo discutida, incentivada e reconhecida como  importante estratégia para o enfrentamento das demandas psicossociais no  território, a descrição e a classificação dessas competências e intervenções são  apresentadas na literatura de forma pouco específica,(4) na maioria das vezes,  como intervenções gerais e compartilhadas por equipe multiprofissional,  destacando-se a dificuldades desses profissionais em atender essa demanda nos  serviços territoriais (Simão, Vargas e Pereira, 2022). 

Fragilidades são uma lacuna para o trabalho do enfermeiro na atenção  primária, evidenciando-se a necessidade de conhecer o território de atuação e  identificar o perfil com fatores de riscos associados ao suicídio. Somado a isso,  sugere-se a estratégia de educação permanente, para que esta possa permitir a  construção de novos saberes necessários para abordar o tema na prática do  enfermeiro e dos demais profissionais que atuam na atenção primária. Sugere-se,  ainda, que a área da saúde mental seja fortalecida na formação do  enfermeiro, para que os futuros profissionais possam incorporar essa problemática  no cotidiano do seu trabalho, visto que a saúde mental é uma realidade que  vem aumentando e requer assistência integral da Enfermagem (Pessoa et al.,  2019) 

A assistência prestada dentro dos serviços de saúde de Atenção Básica  envolve primordialmente o uso de medicamentos. Infere-se que essa realidade seja reflexo das raízes culturais inerentes ao atendimento realizado pelos profissionais,  pautado no modelo hospitalocêntrico que, muitas vezes, não coaduna com as  necessidades biopsicossocial frente a essa problemática em pacientes com saúde  mental afetada. Um ponto importante da realidade da Atenção Básica no Brasil, que  precisa ser revista com urgência é capacitar os profissionais enfermeiros para  atender pacientes com transtornos mentais e suas famílias, além da constatação da  ausência de rede entre os serviços de níveis de atenção à saúde que deveriam se  complementar e se referenciar efetivamente. Foi possível perceber, também, que os  enfermeiros participantes trabalham em saúde mental com conceitos psiquiátricos  fundamentados no modelo biológico evidenciando a necessidade da ruptura com  esse modelo de atendimento, sendo fundamental que esses conceitos e  comportamentos sejam desconstruídos (Nunes et al., 2019), 

A revisão de literatura proporcionou a análise acerca do papel da enfermagem  frente à garantia da saúde mental no contexto da APS. Buscando a promoção da saúde mental, foram identificadas que o papel primordial da enfermagem é contribuir  na redução de sintomas depressivos, na educação em saúde na perspectiva da  aprendizagem ativa, visando a alfabetização em saúde, fortalecendo assim os  espaços de socialização. É importante destacar a enfermagem como ferramenta  indispensável na construção de novas práticas em saúde mental, reconhecendo os  desafios. 

Dessa forma, destaca-se que ações de prevenção e promoção da saúde  mental também são de suma importância, sendo essas práticas já associadas no início  da graduação onde haverá o desenvolvimento de um profissional eficaz nessa  prática, agindo como melhora a qualidade de vida das pessoas ao longo da vida.  Identifica-se que o momento é de ampliação do escopo de ações para a produção  do cuidado na direção da integralidade, essa revisão sistemática, revelou-se potente  para a compreensão da temática, mesmo com o número reduzido de artigos  selecionados, contudo, os estudos aqui apresentados possibilitou construir um  panorama, com uma sucinta análise da temática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O estudo chegou-se a conclusão, ao separar os estudos e os analisar  minuciosamente que os profissionais de enfermagem assumem a função de  assistência a essa população que sofre com a saúde mental debilitada, pois os  enfermeiros podem atuar na atenção primária podendo proporcionar cuidados  efetivos, que podem prevenir assim o agravamento dos problemas. 

O presente trabalho apresentou com base em estudos importantes e atuais a  importância da intervenção da enfermagem, esta como estratégia baseada na  recuperação e estabilização da saúde mental, uma vez que esse profissional na  Atenção Básica de Saúde tem uma abordagem de serviços mais especializados e,  em alguns casos aconselhamento para que busquem esses serviços. 

Portanto, cabe enfatizar a necessidade de mais profissionais de enfermagem  atentos e especializados em tal meio para que possam agregar ao exercício do  cuidado nesse campo complexo e prioritário. Foi possível perceber, também, que os  enfermeiros evidenciam a necessidade de comportamentos desconstruídos, nessa  prática, demarcando-se a necessidade de serviços com potencialidades de  atendimento em saúde mental na Atenção Básica, a fim de se desenvolver uma  prática de cuidado efetiva e qualificada. Assim, conclui-se que há uma necessidade  de abordagem mais aprofundada da temática com o objetivo de diminuir  preconceitos e engajar mais enfermeiros. 

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