PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE): CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA TEMÁTICA OBESIDADE INFANTIL

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7890783


Eliane Cavalcante Ramos1
Jairo De Freitas De Sousa2
Kecyani Lima Dos Reis3
Percília Augusta Santana Da Silva4


RESUMO  

Introdução: O Programa Saúde na Escola visa realizar atividades de promoção, prevenção e assistência em saúde, dentre elas: ações de segurança alimentar e promoção da alimentação saudável, promoção das práticas corporais e atividades físicas nas escolas, educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), saúde e prevenção ao uso de álcool e outras drogas, realizando a integração com as equipes da Estratégia Saúde da Família. Objetivo: Descrever a atuação do Enfermeiro nas ações de promoção e prevenção à obesidade infantil dentro do programa Saúde na Escola. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizando uma análise descritiva, visando a identificação das ações do enfermeiro no programa Saúde na Escola e os seus efeitos. Os descritores escolhidos foram pesquisados nas bases de dados SCIELO, LILACS, PUBMED e BVS MS, tendo como critérios de inclusão artigos na íntegra publicados no Brasil nos anos de 2011 a 2021, excluídos os artigos duplicados, teses, trabalhos de conclusão de curso ou que não possuíam relação com o tema. Resultados e discussões: Foram selecionados 08 artigos, tendo sido considerados também trabalhos realizados com crianças acima dos 06 anos de idade, devido à escassez de pesquisas científicas com pré-escolares publicados por Enfermeiros. Conclusão: Propõe-se a busca de inclusão de atividades relacionadas à alimentação saudável e práticas de atividades físicas nos projetos pedagógicos das escolas, além da busca de parcerias e incentivos para que os enfermeiros possam realizar mais atividades de estudo com vistas à promoção, prevenção, recuperação e manutenção da saúde das crianças.

Palavras-chave: Obesidade pediátrica; serviços de saúde escolar; alimentação saudável; enfermagem; atividade física.

1 INTRODUÇÃO

Conforme a Associação Brasileira Para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, a obesidade é o acúmulo de gordura corporal excessiva, com prejuízo à saúde, decorrente de vários fatores, sejam esses genéticos ou ambientais, como padrões dietéticos e de atividade física, ou ainda fatores individuais de suscetibilidade biológica, entre muitos outros, que interagem na etiologia da patologia (SILVA et al., 2020).

A obesidade integra o grupo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANTs), tem caráter multifatorial e envolve questões biológicas, históricas, ecológicas, ambientais, sociais, culturais, políticas e de causas desconhecidas. Vários fatores contribuem para sua prevalência, dentre eles, o atual estilo de vida da população urbana, que se traduz em hábitos alimentares não saudáveis e baixo nível de atividade física (BREVIDELLI, 2015).

A modernização e as praticidades da alimentação fornecida nos dias de hoje têm tornado a qualidade de vida de adolescentes e crianças muito ruim, o que ocasiona insatisfação em relação ao corpo, tendo a obesidade infantil apresentando dados alarmantes conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), com dados crescentes. De acordo com o crescimento, as estatísticas apontam que até o ano de 2022 teremos mais crianças com obesidade do que com desnutrição moderada grave (OPAS, 2019).

O âmbito familiar e social é um fator de grande influência na condição de obesidade nas crianças. Diante desse aspecto, outro fator de grande contribuição para a obesidade na infância é o fato de os pais serem obesos. Nesse contexto, a família tem um peso grande para a prevenção da obesidade infantil (LINHARES et al., 2016).

Para minimizar o problema, a prevenção ainda é a melhor opção, incluindo a ação de profissionais da área da saúde responsáveis por aplicar decisões técnicas. Dentre esses profissionais, o enfermeiro possui grande importância na articulação com os demais setores da sociedade, visando enfatizar a promoção de atenção à saúde da criança nas escolas.

O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído pelo Governo Federal no ano de 2007, visa unir as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) com as da educação pública, fortalecendo a participação comunitária nas respectivas políticas de forma a promover trocas de informações entre escolas e unidades de saúde sobre as condições dos estudantes e suas famílias, com vista a combater vulnerabilidades nesse campo (BRASIL, 2007).

O PSE visa realizar atividades de promoção, prevenção e assistência em saúde, dentre elas: ações de segurança alimentar e promoção da alimentação saudável, promoção das práticas corporais e atividades físicas nas escolas, educação para a saúde sexual, saúde reprodutiva e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), saúde e prevenção ao uso de álcool e outras drogas, realizando a integração com as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) (BRASIL, 2007).

Para avaliação nutricional de indivíduos adultos, utiliza-se o Índice de Massa Corporal (IMC) para definir a obesidade, que é calculado utilizando-se a divisão do peso (em Kg) pelo quadrado da altura (em metros), cujo resultado pode ser classificado da seguinte forma: de 30 a 34,9 obesidade grau I (leve), de 35 a 39,9 obesidade grau II (moderada), e acima de 40 obesidade grau III (mórbida) (SILVA et al., 2020).

Dentro do eixo temático segurança alimentar e nutricional e da alimentação saudável, promoção das práticas corporais e atividades físicas nas escolas, visando tratar a obesidade infantil, o PSE tem como objetivo realizar atividades que visam à prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde de crianças e adolescentes em idade escolar, realizando intervenções de enfermagem com o apoio de equipe multidisciplinar (BRASIL, 2007).

Nesse ensejo, tendo a enfermagem um papel de grande relevância na promoção e articulação na assistência à saúde infantil, que envolve a consulta de puericultura e orientações, dentre outros, o Enfermeiro pode atuar de forma direcionada com a criança que já se encontra no quadro da obesidade, bem como de forma educativa aos demais, buscando meios de prevenção com intuito de prover uma melhora da qualidade de vida (PAS; SODER; DEON, 2019).

Em crianças, a obesidade é medida através de curvas percentuais ou escore -Z, onde os valores de percentil são classificados quando acima ou iguais a 97 e valores de score-z acima ou igual +2 representa obesidade em crianças com menos de 10 anos de idade, e adolescentes com valores de percentil acima de 99,9 e score-z maior que +3 (SILVA et al., 2020).

Nesta temática, o presente estudo busca apresentar as principais causas de obesidade infantil, de forma que a alimentação poderá contribuir para a prevenção da obesidade, com a intervenção do enfermeiro da unidade básica de saúde, onde o mesmo deverá estimular ações de promoção e prevenção através do PSE, demonstrando que, através da apresentação de alimentos saudáveis e exercícios físicos durante o período escolar, é possível promover uma ação de saúde onde haja a compreensão por parte dos discentes quanto à importância dos cuidados corporais e alimentares, como forma de garantir mais saúde e qualidade de vida para os pequenos (OLIVEIRA; COSTA, 2016). 

A problemática da pesquisa se baseia em apresentar a atuação do enfermeiro no programa saúde na escola voltado para o atendimento de crianças com obesidade infantil.

O objetivo deste trabalho é descrever a atuação do enfermeiro no atendimento de crianças com obesidade infantil dentro do Programa Saúde na Escola (PSE), especificando os seguintes aspectos:Investigar as estratégias educativas de saúde relacionadas a uma boa prática de alimentação saudável e atividade física com vistas à prevenção;Identificar quais as principais recomendações realizadas pelo enfermeiro às famílias dos alunos que se encontram na realidade da obesidade infantil e analisar de que forma as estratégias abordadas pelo enfermeiro contribuíram para o cuidado com a saúde, hábitos alimentares saudáveis e melhora da consciência corporal. 

A obesidade tem se tornado caso de saúde pública, trazendo grande preocupação ante o número alarmante de casos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo IBGE, o índice de pessoas adultas com obesidade no Brasil mais que dobrou nos últimos 17 anos, aumentando também entre os adolescentes de 15 a 17 anos (CABRAL, 2020).

Segundo Cavalcanti (2019), a obesidade infantil vem aumentando de forma alarmante em todo o mundo, apontando a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública, além de que, segundo a OMS, os dados da obesidade infantil tendem a crescer muito, e se nenhuma providência for tomada, a estimativa é que cerca de 75 milhões de crianças estejam com sobrepeso e obesidade no ano de 2025.

A escola é considerada como um local propício à formação integral. A partir dessa afirmação, com a instituição do Programa Saúde na Escola pelo Governo Federal, integrando as áreas de saúde e educação, pode-se afirmar uma preocupação com a construção do conhecimento no campo educacional básico de saúde, que inclui hábitos de vida saudáveis (BRASIL, 2007).

Considerando a temática apresentada, este trabalho possui relevância quanto ao papel do Enfermeiro no Programa Saúde na Escola voltado para o atendimento de crianças com obesidade infantil, sendo imprescindível que tal profissional desenvolva atividades voltadas para a promoção da saúde em relação à prevenção, podendo atuar como educador, instruindo familiares, adolescentes e crianças.

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que consiste na exploração do conhecimento atual sobre a temática escolhida através de sítios de busca na internet, utilizando-se de bases de dados online específicas de publicação de estudos científicos, com estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão.

Esse tipo de abordagem foi considerado o mais indicado para este estudo, visto que é baseada em evidências, possibilitando síntese e análise do conhecimento extraído do resultado da investigação sobre a temática, revestindo-se de rigor metodológico, proporcionando melhor confiabilidade das conclusões (COSCRATO; PINA; MELLO, 2010).

Diferente de outros modelos de revisão de literatura, integrativa se torna mais ampla com relação às revisões, pois permite a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais, além de combinar dados de literatura teórica e empírica, gerando um panorama consistente e compreensível de conceitos complexos, teorias ou problemas de saúde relevantes para a enfermagem (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

2.2 Amostra e coleta dos dados

Para levantamento dos artigos na literatura, foram utilizadas quatro bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), PUBMED database, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS – MS). 

SCIELO é o resultado de um projeto de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e que no ano de 2002 passou a contar com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), funcionando como uma base de dados eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiro (SCIELO, 2020). Segundo seus criadores, o projeto tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da pesquisa científica por meio do aperfeiçoamento e da ampliação dos meios, infraestruturas e capacidades de comunicação e avaliação dos seus resultados veiculados por periódicos de qualidade crescente do Brasil publicados em acesso aberto (SCIELO, 2020).

PUBMED é uma base de dados criada no ano de 1996 pelo National Center for Biotechnology Information (NCBI), na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América (NLM-EUA), contendo publicações originadas principalmente dos campos da biomedicina e saúde e disciplinas relacionadas, como ciências da vida, comportamento, química e bioengenharia, tendo como maior componente o MEDLINE que indexa revistas publicadas nos EUA e em outros países através do indexador Medical Subject Headings (MESH) (PUBMED, 2020).

LILACS é uma base de dados especializada na área da saúde, com literatura científica e técnica de 26 países da América Latina e do Caribe com acesso livre e gratuito, mantida e atualizada por uma rede composta por mais de 600 instituições de ensino, governo e pesquisa em saúde e coordenada pela BIREME, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e OMS (LILACS, 2020). Utiliza o Descritores em Ciências da Saúde (DECS) com descritores e sinônimos contextualizados à produção científica da região, com categorias específicas de Saúde Pública, Homeopatia, Vigilância Sanitária e Ciência e Saúde, servindo como complemento ao MEDLINE/PUBMED (LILACS, 2020).

BVS MS é a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde onde são publicadas, de forma gratuita, as informações bibliográficas produzidas pelo Ministério da Saúde e informações gerais na área de ciências da saúde, sendo possível ainda o acesso a bases de dados internacionais como MEDLINE, LILACS, dentre outras (BRASIL, 2014). 

Os descritores escolhidos para serem utilizados foram: “obesidade pediátrica”, “serviços de saúde escolar” e “enfermagem” nas línguas portuguesa e inglesa e suas combinações com a inclusão do operador booleano “and”, ressaltando que foram devidamente consultados nos sistemas DECS e MESH. Foi utilizada ainda pesquisa sobre a legislação específica referente ao Programa Saúde na Escola, considerando ser um programa oficial instituído pelo Governo Federal Brasileiro é regulamentado por lei.

Como critérios de inclusão, foram considerados artigos científicos com resumo disponível nas bases de dados descritas, publicados em eventos acadêmicos, revistas e periódicos científicos, que tenham correlação com o tema proposto, publicados na íntegra no idioma português dentro do período compreendido entre os anos de 2011 e 2020, sendo excluídos os trabalhos no formato de dissertações, teses, resumos e anais de eventos, bem como os duplicados e aqueles cuja temática não esteja alinhada ao escopo do trabalho.

2.3 Análise de dados

O intuito do trabalho é realizar uma análise descritiva, visando a identificação das ações do enfermeiro no programa Saúde na Escola e os seus efeitos. Para isso, os resultados da pesquisa literária foram incluídos em uma planilha eletrônica elaborada através do aplicativo Excel que faz parte do pacote de aplicativos Office, desenvolvido pela empresa Microsoft1, uma vez que a autora já adquiriu uma licença do citado aplicativo.

A planilha é composta pelos títulos: base, título, autores, volume, nº, página do periódico, ano de publicação e revista.

Iniciando a busca pela plataforma Scielo utilizando o descritor “obesidade pediátrica”, foram encontrados 103 resultados. Adicionando os filtros:  coleções (Brasil, Saúde pública), Idioma (Português), Citados, Tipos de literatura (Artigo), Periódicos (Revista Paulista de pediatria, Caderno de Saúde Pública, Jornal de Pediatria, Revista de Saúde Pública, Epidemiologia e serviço de Saúde, Ciência e Saúde coletiva, Revista de Nutrição), Wos Áreas Temáticas (Medicine).  Ao final da busca foram encontrados 02 artigos como resultados.   

Na mesma plataforma, passou-se à nova pesquisa utilizando o descritor “Serviços de Saúde Escolar”, com os mesmos filtros, obtendo como resultado 10 artigos.

Utilizando o descritor “Enfermagem”, e selecionando os filtros da pesquisa anterior, foram localizados como resultados 05 artigos relacionados ao tema.

Após a pesquisa individual realizou-se a pesquisa truncada “obesidade pediátrica e serviços de saúde escolar” onde foram encontrados 02 artigos. Aplicando-se como filtros, Coleções (Brasil e saúde pública), foi encontrado apenas um artigo relacionado. Com a truncagem “obesidade pediátrica and enfermagem” e “serviços de saúde escolar e enfermagem” não foi retornado nenhum resultado.

Em nova pesquisa, agora utilizando a plataforma PUBMED seguiu-se a mesma sequência de utilização dos descritores. Considerando que a plataforma não possui versão em língua portuguesa, foram utilizados os descritores escolhidos na língua Inglesa. Para o descritor “obesity pediatric”, foram encontrados 20.134 artigos como resultado, porém aplicando-se os filtros: Full text, Books Documents, Classical Articles, Review, In The Last 10 years, Portuguese, obteve-se como resultado 11 artigos. Em seguida, foi utilizado o descritor “services health scool”, com os mesmos filtros, onde obteve-se como resultado 145 artigos.

Pesquisando com o descritor “Nursing”, foram encontradas 293 publicações, onde foram utilizados os filtros da pesquisa anterior.

Depois da pesquisa individual, passou-se à pesquisa truncada “obesity pediatric and services health school” onde o resultado foi nulo. Para os descritores “services health school and nursing” resultou em 46 artigos encontrados. 

Utilizando todos os descritores “obesity pediatric and services health school and nursing” juntos não foi encontrado nenhum resultado.

Após, passou-se à pesquisa na base de dados LILACS utilizando o descritor “obesidade pediátrica” com os filtros selecionados: Base de dados (LILACS), Assunto principal (obesidade pediátrica e Serviços de saúde Escolar), Idioma (português), foi encontrado como resultado 97 artigos. 

Com o descritor “serviços de saúde escolar” utilizando os filtros: Base de dados (LILACS), Assunto principal (obesidade pediátrica e serviços de saúde), e Idioma (português), foi obtido um total de 208 artigos encontrados. 

Pesquisando o descritor “Enfermagem” foram encontrados 40 artigos ao todo. Os filtros foram utilizados os mesmos da pesquisa anterior.

Utilizando os descritores “obesidade pediátrica e serviço de saúde escolar” foram encontrados 05 artigos relacionados à pesquisa. Os filtros aplicados foram: Base de dados (LILACS), Assunto principal (obesidade pediátrica), Idioma (português).

Foram pesquisados os descritores “obesidade pediátrica e enfermagem”, onde foram encontrados como resultados da pesquisa 04 artigos, os filtros utilizados foram os mesmos da pesquisa prévia. 

Na truncagem “serviços de saúde escolar e enfermagem”, não foi encontrado nenhum artigo. Os filtros utilizados foram: base de dados (LILACS), assunto principal (obesidade pediátrica), idioma (português).

Utilizando a truncagem “obesidade pediátrica and serviços de saúde escolar e enfermagem”, foi encontrado 01 artigo referente à pesquisa. Os filtros aplicados foram: base de dados (LILACS), idioma (português). 

Já no portal de pesquisa da BVS Enfermagem, foi consultado o descritor “obesidade pediátrica” onde a busca resultou em 29 artigos encontrados. Foram selecionados os filtros: texto completo (disponível), base de dados (MEDLINE e BDENF), limite (humanos, criança e child, preschool), País/Região como assunto (Brasil), Idioma (português), ano de publicação (2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021), tipo de documento (artigo).

Com o descritor “serviço de saúde escolar” foram localizados 102 artigos, os filtros selecionados foram: texto completo (disponível), base de dados (MEDLINE e BDENF), limite (humanos, criança e child, preschool), País/Região como assunto (Brasil), Idioma (português), ano de publicação (2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021), tipo de documento (artigo).

Na pesquisa realizada com o descritor “Enfermagem”, foram encontrados 1.774 artigos, sendo utilizados os mesmos filtros da pesquisa anterior.   

 Com a trucagem “obesidade pediátrica and serviço de saúde escolar”, foram encontrados 02 artigos, os filtros utilizados foram: texto completo (disponível), base de dados (MEDLINE e BDENF), limite (humanos, criança e child, preschool), País/Região como assunto (Brasil), Idioma (português), ano de publicação (2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021), tipo de documento (artigo). 

 Com a trucagem “obesidade pediátrica e enfermagem”, foram localizados 02 artigos, os filtros selecionados foram os mesmos da pesquisa anterior.

Por fim, a pesquisa realizada com a truncagem “obesidade pediátrica and serviço de saúde escolar and enfermagem”, foi encontrado apenas 01 artigo relacionado, quanto aos filtros selecionados foram os mesmos da pesquisa anterior. 

Depois da pesquisa pelos descritores, foi realizada a análise dos artigos encontrados, para mais um filtro de afinidade com a temática e exclusão dos repetidos, sendo finalmente selecionados 08 (oito) artigos publicados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a análise dos artigos selecionados, foram identificados alguns aspectos referentes ao foco desta pesquisa, que serão apresentados em formato de tópicos de acordo com os questionamentos citados no objetivo específico a seguir:

3.1 Investigar as estratégias educativas de saúde relacionadas a uma boa prática de alimentação saudável e atividade física com vistas à prevenção

A partir do estudo realizado, ficou claro que o enfermeiro dentro do PSE, como um dos principais mediadores do processo ensino-aprendizagem de saúde, deve utilizar de métodos e técnicas que não levem à monotonia, mas que venham a causar transformações nas crianças, a partir do conhecimento e identificação do problema do excesso de peso, proporcionando atividades criativas que vão desde o desenvolvimento de dinâmicas de compras fictícias até teatros com fantoches (NASCIMENTO et al., 2016).

Outra perspectiva foi encontrada a partir do experimento de Saraiva, Medeiros e Araújo, com a confecção de um álbum seriado para crianças abordando o tema prevenção e controle do peso corporal. Esse álbum foi submetido à avaliação de especialistas em tecnologias educativas e/ou excesso de peso infantil, sendo validado para que possa ser utilizado em atividades de educação em saúde. Apesar dessa validação, não foram encontrados registros de que fora submetido ao público-alvo (SARAIVA; MEDEIROS; ARAUJO, 2018).

Na abordagem realizada por Miranda et al. (2020), há uma comparação entre o rompimento da obesidade com uma mordida de um hambúrguer, comparando de forma lúdica as migalhas que interligam a categoria ao conceito central (enfermeiro – equipe multiprofissional), visando a interação de forma integrada, conforme representado na figura 1.

Figura 1: Modelo teórico para o enfermeiro preocupando-se com o cuidado à criança com obesidade como área negligenciada na Atenção Básica de Saúde

Fonte: Modelo teórico de cuidado do enfermeiro à criança com obesidade (MIRANDA et al., 2020)

Foi encontrada também a utilização de oficinas de educação nutricional, física e psicológica que foram propostas como meio de prevenção e controle, utilizando-se de meios acessíveis aos alunos das escolas, como frutas da época, reconhecimento de saciedade, planejamento de metas alimentares, conhecimento dos alimentos industrializados, bem como atividades físicas como jogos, torneios, ou ir à pé para a escola ou de bicicleta, além de aprenderem exercícios que podem ser realizados em casa ou parques próximos de suas casas (FILGUEIRAS; SAWAYA, 2018).

Foi identificado ainda a elaboração de um programa de enfermagem denominado “Programa de Enfermagem Saúde na Escola” (PESE), estruturado como um programa de 10 meses, contemplando evidências, experiências práticas e participação da comunidade, contemplando necessidades e potencialidades locais. Esse programa é composto de cinco aulas semanais de atividades físicas e um encontro semanal para intervenção de enfermagem (VIEIRA et al., 2018).

O programa PESE despertou para necessidades da abordagem multidisciplinar, envolvendo temas como bullying, orientações e estímulo às escolhas alimentares saudáveis, disponibilização de exercícios físicos na escola (que não eram oferecidos antes do programa), opções de alimentos saudáveis na cantina, orientações para redução de peso nos casos de sobrepeso ou obesidade, necessidade de vínculo entre escola e UBS e busca de parcerias com universidades, buscando tratar a pessoa e não o problema, sendo que todas essas intervenções visam estimular a uma mudança de comportamento e adoção de escolhas a partir da própria conscientização do indivíduo (VIEIRA et al., 2018).

A produção de um jogo educativo também foi elencada, no formato de aplicativo, que tem como objetivo a prática de escolha de alimentos saudáveis e não saudáveis e prática de exercícios físicos, onde o usuário poderá identificar as consequências da ingestão desses alimentos dentro do corpo humano a partir da interação com o jogo (DIAS et al., 2016). Insta salientar que não foram encontradas informações sobre a aplicação desse jogo ao público-alvo.

O município de Itapevi/SP, a partir de questionários sobre alimentação saudável, bem como oficinas culinárias e trabalhos em hortas escolares, além de inserções de aulas de educação física, realizou a inclusão dessas práticas no projeto político-pedagógico das escolas participantes do estudo (BATISTA; MONDINI; JAIME, 2016).

Analisando as proposições de intervenções encontradas, ficou evidente que todas se baseiam na identificação de alimentos saudáveis ou não saudáveis, visando a adoção de boas práticas alimentares, bem como o desenvolvimento de atividade física na promoção do bem-estar nutricional, físico e psicológico da criança.

O enfermeiro, como educador e responsável pelo diagnóstico e intervenção, tende a buscar o empoderamento da criança no sentido de incentivá-la a fazer escolhas que irão proporcionar uma melhor qualidade de vida e bem-estar.

3.2 Identificar quais as principais recomendações realizadas pelo enfermeiro às famílias dos alunos que se encontram na realidade da obesidade infantil

Segundo MIRANDA et al. (2020), o enfermeiro, diante de um vasto leque de ações a serem desenvolvidas, buscando incluir o cuidado à criança com obesidade, se depara com problemas que impedem o fluir da assistência a esse público, dentre eles: falta de capacitação, insuficiência de recursos e de profissionais de saúde que lhe prestem apoio, uma vez que se trata de uma doença deixada em segundo plano pelos gestores, e que também necessita de um grande envolvimento dos familiares. Dessa forma, ainda segundo os autores, os dados indicam que para romper com a negligência da atenção à criança com obesidade, é necessário mais do que a elaboração de cadernos de planejamento da atenção básica para orientação sobre obesidade: é necessária uma força tarefa envolvendo todos os interessados no bem-estar dessa criança (responsabilidade compartilhada), visando romper com a fragilidade de corresponsabilidade dos pais, levando também o sistema de saúde do Brasil a monitorar e adotar medidas para conter o aumento da obesidade (MIRANDA et al, 2020).

 Filgueiras e Sawaya (2017), em seu estudo, ressaltam essa necessidade, com uma intervenção multidisciplinar, acrescentando ainda que haja motivação em vez de uma simples imposição de novos hábitos alimentares.

Nascimento et al. (2016) partem do princípio de que, com a conscientização despertada na criança em desenvolver práticas alimentares saudáveis através das palestras e atividades lúdicas, esta poderá transmitir as informações sobre tais práticas aos demais familiares, buscando reduzir a longo prazo a existência de adultos com doenças decorrentes de maus hábitos alimentares.

Saraiva, Medeiros e Araújo (2018), ao desenvolverem seu álbum seriado para as crianças, optaram por excluir a questão familiar, para evitar conflitos com apresentação de núcleos familiares possivelmente diferentes dos habituais das crianças.

Henriques et al. (2018), apesar de considerarem positiva a participação dos familiares nos programas que visam tratar o assunto obesidade infantil no Brasil, entenderam que a regulação da disponibilidade de alimentos pode gerar tensão quanto às perspectivas referentes às liberdades individuais de escolhas alimentares.

Batista, Mondini e Jaime (2014) discorrem que uma das maiores dificuldades apontadas para o bom andamento das ações é a falta de apoio familiar para seguir em casa as orientações dadas na escola, por vezes devido à falta de recursos financeiros, mas em especial à ausência dos pais para participar das atividades, apesar dos convites.

Do apurado, ficou evidenciada a ausência de participação dos familiares nos programas direcionados ao trato da obesidade infantil, e que, mesmo tendo o enfermeiro o conhecimento e a competência para o diagnóstico do problema (VIEIRA et al, 2015), a necessidade de uma intervenção multidisciplinar é premente, cabendo ao enfermeiro organizar as intervenções, para que se obtenha um resultado satisfatório. Além disso, a grande maioria dos experimentos se baseia simplesmente na conscientização da criança, esperando que esta mobilize a sua família em relação às boas práticas de alimentação e atividade física para se ter uma vida saudável.

3.3 Analisar de que forma as estratégias abordadas pelo enfermeiro contribuíram para o cuidado com a saúde, hábitos alimentares saudáveis e melhora da consciência corporal

Diante dos resultados obtidos, verificou-se uma relevante aceitação das intervenções por parte dos escolares, progredindo para uma conscientização quanto a hábitos alimentares saudáveis e necessidade de atividade física.

Dentre os resultados encontrados e que foram colocados em prática, verificou-se uma efetividade que justifique a necessidade de ampliação dos trabalhos desenvolvidos. Levando-se em conta que alguns dos estudos foram realizados com crianças acima de 6 anos de idade ou adolescentes, e considerando que o foco deste trabalho se baseia na idade pré-escolar (3 a 6 anos), 

 Em análise dos gráficos com as preferências alimentares das crianças antes da intervenção (figura 2) e depois da intervenção (figura 3), foi observado que essas preferências mudaram, após as atividades educativas sobre o reconhecimento dos alimentos saudáveis aplicado de forma educativa (NASCIMENTO et al., 2016). 

Figura 2: Resultado das preferências alimentares das crianças da Escola Municipal Professora Antonieta Castro, Floriano- PI, 2015

Fonte: (NASCIMENTO et al., 2016).

Figura 3: Resultado da classificação alimentar após as atividades educativas na Escola Municipal Professora Antonieta Castro, Floriano-PI, 2015

Fonte: (NASCIMENTO et al., 2016)

Em análise das estratégias utilizadas com o público-alvo, em relação à obesidade infantil, ainda há muito a se fazer diante da magnitude do problema, destacando que a intervenção do profissional enfermeiro é muito tímida quanto à execução de tais ações, tendo que mobilizar os profissionais de saúde, os gestores e os pais para que haja um engajamento de todos para que se alcance o objetivo esperado, que é proporcionar uma melhor qualidade de vida para essas crianças. As ações realizadas em algumas escolas foram avaliadas de forma positiva despertando o interesse nas crianças em fazer boas escolhas na hora de selecionar os alimentos.    

4 CONCLUSÃO

O Enfermeiro, por ser o profissional dotado de compreensão científica para a percepção do problema apontado neste trabalho, precisa de incentivos para a produção de pesquisas abordando esta temática, no sentido de transpor as dificuldades impostas a ele, tendo em vista a falta de estrutura para o atendimento e acompanhamento, devendo também dedicar parte do seu tempo em fazer ciência, dedicando-se ao estudo e pesquisa científica que apontem soluções e contribuam para a prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde das crianças em idade pré-escolar.

A fragilidade da atuação do profissional enfermeiro diante da magnitude da problemática onde o mesmo se depara com a necessidade de uma  responsabilidade distribuída, chamando a atenção para participação dos demais profissionais da saúde, gestores de saúde, familiares e todos os que estão inseridos na vida dessas crianças, para que juntos possam se mobilizar, adotando medidas que favoreçam o processo de enfrentamento do problema da obesidade infantil, que é um caso de saúde pública tanto na esfera nacional como  mundial, trazendo consigo grandes transtornos como: sociais, emocionais e psicológicos para as crianças com sobrepeso e obesidade. Se as práticas alimentares não saudáveis não forem corrigidas em tempo hábil, isso acarretará outros graves problemas de saúde futuros como: hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, problemas cardiovasculares, respiratórios dentre outros, acarretando uma série de limitações a esse indivíduo trazendo como reflexo grades despesas ao Sistema Único de Saúde. 

A atenção do cuidado desempenhada pelo enfermeiro à criança com obesidade deve ter um olhar holístico, visto que se trata de um processo complexo no qual é imprescindível a atuação da equipe multidisciplinar, onde o enfermeiro atua junto com os demais profissionais, sendo que  este tem responsabilidades específicas e qualificadas capazes de atravessar a debilidade da coparticipação dos pais no processo, significando que é necessária uma maior mobilização dos interessados em acabar com o atual problema da obesidade no Brasil.

 É necessário ainda que a APS busque a inclusão do trabalho de orientação às gestantes e puérperas, para que, desde o nascimento da criança e o aleitamento materno, até a inclusão na vida escolar, buscando sempre o bem estar da criança e a prevenção da obesidade infantil, com vistas a que, com o trabalho de parceria continuado (APS, escola e família), possa se tornar um adulto consciente de bons hábitos alimentares e práticas de atividades físicas, evitando o aparecimento das comorbidades próprias da ausência dessa consciência.

 REFERÊNCIAS

BATISTA, Mariangela da Silva Alves; MONDINI, Lenise; JAIME, Patrícia Constante. Ações do Programa Saúde na Escola e da alimentação escolar na prevenção do excesso de peso infantil: experiência no município de Itapevi, São Paulo, Brasil, 2014. Revista Epidemiologia, Serviço e Saúde, São Paulo, v. 26 n. 3 p. 569-578, jul./set. 2017. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ress/a/jRZhMdZgDsnPVQpbwCVsj8L/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 02 junho 2021.

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1Graduação em Enfermagem pela Faculdade Carajás (2021). Especialização em Enfermagem em Oncologia pela Faculdade CERQUILHO e Enfermagem em Urgência e Emergência pela Faculdade FAVENI. Atualmente Enfermeira Assistencial.
2Graduação em Farmácia Generalista pelo Centro Universitário Presidente Antônio Carlos-UNITPAC- Araguaína- TO (2011). Especialista em Farmácia Hospitalar Oncológica-PUC-GO (2013). Mestre em Genética e Toxicologia aplicada- Linha de Desenvolvimento de Fármacos- Universidade Luterana do Brasil-ULBRA-Porto Alegre- RS. Doutorando no Programa de Biotecnologia aplicada à saúde da universidade de Ribeirão Preto- SP.
3Enfermeira Mestra pelo Mestrado em Cirurgia e Pesquisa Experimental pela Universidade do Estado do Pará – CIPE (UEPA-2018), graduação em Enfermagem pelo Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão (2008). Atualmente é enfermeira assistencial da Prefeitura Municipal de Marabá. Discente do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas do Pará – FACIMPA, Diretora Científica da Liga Acadêmica de Diagnóstico Sindrômico LADIC – FACIM – PA e diretora de iniciação científica da Liga Acadêmica de Crescimento e Desenvolvimento Infantil na Amazônia – LACDIA- FACIMPA.
4Enfermeira Mestra em Cirurgia e Pesquisa Experimental pelo Mestrado CIPE pela Universidade do Estado do Pará-UEPA. Enfermeira Residente em Terapia Intensiva pela Universidade do Estado do Pará-UEPA. Enfermeira Especialista em Gerenciamento e Administração em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo. Enfermeira especialista em Epidemiologia para os Serviços de Saúde pela UEPA e Especialista em Educação Médica pela Universidade do Estado do Pará. Especialista em Educação para Profissionais de Saúde pela FIOCRUZ. Atualmente é enfermeira assistencial da Prefeitura Municipal de Marabá e Docente da Universidade do Estado do Pará-UEPA.