PRINCIPAIS SEQUELAS RESPIRATÓRIAS CAUSADAS PELA COVID-19 EM IDOSOS NO BRASIL

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th10248281601


Evelin Ribas
Vanessa Elizabete Raue Rodrigues
Marciane Conti Zornita Bortolanza


RESUMO: O objetivo do presente trabalho foi identificar as principais sequelas respiratórias causadas pela COVID-19 na população idosa do Brasil. Para tanto, a metodologia se pautou numa pesquisa de revisão integrativa da literatura. A busca na literatura foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO) Web of Science e National Library of Medicine (PubMed). Utilizando os descritores: idosos, COVID-19, sequelas respiratórias, obteve-se os resultados de que as principais sequelas respiratórias descritas foram: dispneia, fibrose pulmonar, redução da capacidade pulmonar. Outras manifestações associadas foram: fadiga, desnutrição, problemas mentais como depressão e ansiedade. Os principais fatores de risco para desenvolvimento de sequelas são: idade avançada, obesidade, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças metabólicas, diabetes mellitus, câncer. Conclui-se que a COVID-19 causa sequelas respiratórias e outras manifestações que afetam a saúde geral e consequentemente a qualidade de vida das pessoas idosas, mais estudos devem ser feitos para obtenção de protocolos de avaliação e tratamento dessas sequelas.

PALAVRAS-CHAVE: IDOSOS, COVID-19, SEQUELAS RESPIRATÓRIAS

1.    INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2019, um novo vírus com potencial letal para humanos surgiu na cidade de Wuhan, na China, sendo nomeado como SARS-CoV-2 (Síndrome Respiratória Aguda Grave – Coronavírus 2). A doença resultante desse novo patógeno foi oficialmente denominada como COVID-19 (Doença por Coronavírus 2019). (Huang, et. al. 2020).

A pandemia originada pelo vírus SARS-CoV-2, emerge como um dos mais significativos obstáculos à saúde pública do século XXI. Seus efeitos se estendem globalmente, afetando milhões e deixando um rastro de consequências devastadoras em múltiplas esferas da sociedade. (Ministério da saúde, 2023).

No Brasil de acordo com dados atualizados obtidos através do portal do ministério da saúde: Coronavírus Brasil, foram registrados até o dia 10 de maio de 2024 38.795.966 de casos de COVID-19 no país, sendo que desse total 712.038 pessoas vieram a óbito pela doença. (Ministério da saúde, 2024).

A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global. (Brasil, 2024). A transmissão ocorre principalmente por meio do contato com gotículas respiratórias. Os sintomas podem variar desde casos assintomáticos e leves até casos graves que necessitam de hospitalização. Idosos, tabagistas, gestantes, obesos e pessoas com comorbidades são considerados grupos de risco para a doença, embora a suscetibilidade seja geral. (Brasil, 2021).

A imunossenescência torna os idosos mais vulneráveis a doenças infecciosas, desta forma o risco de desenvolver sintomas graves e até mesmo o óbito por COVID-19 cresce com a idade, tendo em vista que o maior número de mortes ocorre em idosos, especialmente os que possuem doenças crônicas. (Hammerschmidt; Santana, 2020).

Estudos mostram que pacientes com COVID-19 apresentam diferentes disfunções físicas, respiratórias e psicológicas, afetando principalmente os idosos. (Medeiros, 2021). As vulnerabilidades físicas e as comorbidades relacionadas ao envelhecimento colocam a população idosa brasileira ainda mais exposta aos efeitos deletérios de COVID-19. (Ministério da saúde, 2021)

O sistema respiratório é o mais afetado pela ação do coronavírus. O órgão alvo são os pulmões que tem suas trocas gasosas comprometidas. As manifestações clínicas incluem: cansaço, dispneia, dor no peito, tosse, dificuldade respiratória e dor de garganta. (Zhang, et. al., 2020).

Após a alta hospitalar, é comum que muitos indivíduos apresentem sequelas decorrentes da infecção pelo coronavírus. As sequelas respiratórias causadas pela COVID-19 tendem a afetar principalmente os pulmões. Dependendo da gravidade da doença, destacam-se uma série de sequelas, incluindo redução do volume e capacidade pulmonar, alterações nos exames de imagem, limitações na realização de exercícios e diminuição da capacidade funcional. (Ávila, et. al., 2020).

Os idosos representam um grupo de risco significativo para complicações graves relacionadas à contaminação pelo coronavírus, e a identificação das sequelas respiratórias e sua gestão adequada são de extrema importância para melhorar a qualidade de vida e a saúde dessa população vulnerável. Nesse contexto o presente estudo visa realizar uma busca na literatura procurando encontrar as principais sequelas respiratórias causadas pela COVID-19 na população idosa do Brasil e identificar meios de prevenção e tratamento para minimizar os impactos dessas sequelas na qualidade de vida e funcionalidade dos idosos.

A pesquisa forneceu dados relevantes para profissionais de saúde, formuladores de políticas públicas e cuidadores de idosos, contribuindo para uma melhor compreensão dos desafios enfrentados por essa população após a contaminação pelo coronavírus e ajudando a orientar intervenções eficazes para o manejo das sequelas respiratórias.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Esse método de pesquisa representa a abordagem mais abrangente em termos de revisões, possibilitando a inclusão tanto de estudos experimentais quanto não experimentais para uma compreensão abrangente do fenômeno em análise. Ele integra dados provenientes da literatura teórica e empírica, e engloba uma variedade de objetivos, incluindo definição de conceitos, revisão de teorias e evidências, e análise de questões metodológicas específicas de um determinado tópico. (Mendes; Silveira; Galvão, 2008).

A revisão integrativa obedece às seguintes fases: a) identificação do tema e formulação da questão da pesquisa; b) estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos estudos para amostragem; c) coleta dos dados que serão extraídos dos estudos; d) análise crítica dos estudos selecionados; e) interpretação dos resultados; f) apresentação da síntese estabelecida e revisão dos conteúdos. (Sousa, et.al., 2020).

Seguindo a primeira fase da revisão integrativa, formulou-se a seguinte questão norteadora: quais as principais sequelas respiratórias causadas pela COVID-19 na população idosa do Brasil?

A busca na literatura foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO) Web of Science e National Library of Medicine (PubMed/Medline). Foram considerados os seguintes descritores: idosos, COVID-19 e sequelas respiratórias.

Os critérios de inclusão adotados foram os seguintes: artigos científicos publicados no período de 2021 a 2024 relacionados a questão norteadora da pesquisa, com textos gratuitos completos disponíveis online em português. Foram adotados como critérios de exclusão: os artigos fora do período pesquisado, que não continham os descritores no título do trabalho, bem como títulos duplicados e artigos que não se encaixaram no tema da pesquisa.

A seleção ocorreu através do título dos artigos, leitura dos resumos e do texto na íntegra.

3.          O SARS-CoV-2 (COVID-19) E AS MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS PÓS RECUPERAÇÃO EM IDOSOS

O SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, apresenta um impacto significativo na saúde respiratória, especialmente em idosos, mesmo após a recuperação inicial da doença. Estudos indicam que as sequelas respiratórias podem persistir por um longo período, afetando a qualidade de vida e a funcionalidade diária dos sobreviventes idosos.

Após a internação hospitalar, muitos indivíduos podem apresentar sequelas que afetam principalmente os pulmões. No período de 6 a 8 semanas após a alta hospitalar, observa-se uma fraqueza muscular que varia de 6% a 20%. Dependendo do grau de infecção, destacam-se também: volume e capacidade pulmonar reduzidos, alterações nos exames de imagem, limitação durante a execução de exercícios e redução na capacidade funcional (Ávila et al., 2020).

Segundo Medeiros (2021), as pessoas idosas enfrentam desafios consideráveis no período pós-COVID-19, incluindo a persistência de sintomas respiratórios como dispneia e tosse crônica. A fragilidade típica da idade avançada agrava essas condições, demandando um acompanhamento contínuo e estratégias de reabilitação específicas para essa faixa etária.

Huang et al. (2020) descreveram em seu estudo que pacientes que se recuperaram da COVID-19 podem apresentar lesões pulmonares duradouras, como fibrose pulmonar. A fibrose pulmonar é uma sequela reconhecida da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) (Arnold, et al., 2021). A fibrose pulmonar inclui faixas parenquimatosas, bronquiectasias de tração, interfaces irregulares e faveolamento. (Han et al., 2021).

Essas alterações são especialmente preocupantes em idosos, pois a capacidade pulmonar já é reduzida naturalmente com o envelhecimento, exacerbando os efeitos das sequelas pós-infecciosas. (Huang, et al., 2020).

Em uma revisão realizada por Sousa et al. (2020), foi destacada a importância da atenção primária à saúde na monitorização e reabilitação dos idosos que se recuperaram da COVID-19. A continuidade do cuidado é essencial para a gestão das condições respiratórias crônicas e para a implementação de programas de reabilitação pulmonar que visam melhorar a função respiratória e a qualidade de vida dos idosos afetados.

Além disso, Hammerschmidt e Santana (2020) enfatizam que a pandemia revisitou a necessidade de uma abordagem mais complexa e integrada no cuidado aos idosos, especialmente no que tange às suas necessidades respiratórias. A saúde do idoso em tempos de COVID-19 requer uma atenção especial para prevenir complicações adicionais e promover a recuperação plena.

Estudos indicam que as sequelas respiratórias de longo prazo da COVID-19, como a diminuição da função pulmonar e o aumento do risco de doenças respiratórias crônicas, podem ser significativamente mitigadas mediante intervenções de reabilitação pulmonar estruturadas. (Carfi et al., 2020).

Assim, a literatura aponta para a necessidade de estratégias de saúde pública e intervenções clínicas direcionadas especificamente para a população idosa recuperada da COVID-19, a fim de reduzir as complicações respiratórias e melhorar a saúde geral desses indivíduos.

3.1.                            FATORES DE RISCO DO IDOSO EM RECUPERAÇÃO: IMPACTOS DE UMA PANDEMIA

Indivíduos com fatores de risco são especialmente vulneráveis às complicações do COVID-19. Entre os principais fatores de risco destacam-se: hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas, comorbidades subjacentes, doença hepática, câncer, entre outros. Essas condições também representam riscos significativos tanto durante a doença pelo SARS-CoV-2 quanto durante o processo de recuperação. Estudos indicam que tais condições podem agravar os efeitos da infecção e dificultar a plena recuperação. (Chen et al., 2020).

Alguns pacientes, após o contagio por COVID-19, podem desenvolver sequelas que podem ser temporárias ou permanentes. Essas sequelas não se restringem ao sistema respiratório, mas podem afetar outras funções corporais, visto que a COVID-19 impacta múltiplos sistemas do organismo. (Ferrari, 2020).

A hospitalização prolongada, a imobilidade e a inflamação sistêmica durante a contaminação podem levar à perda de massa muscular e força, o que aumenta o risco de quedas, lesões e incapacidade funcional (Landi et al., 2020).

A desnutrição é um problema comum entre os idosos e pode ser exacerbada durante a recuperação da COVID-19 devido à falta de apetite, dificuldade de deglutição e aumento das necessidades metabólicas. Um estado nutricional inadequado pode comprometer a imunidade e a capacidade do corpo de se recuperar de doenças infecciosas (Delgado et al., 2020).

A pandemia de COVID-19 tem causado um impacto significativo na saúde mental dos idosos. A ansiedade, depressão e o estresse pós-traumático são comuns entre aqueles que se recuperaram da doença, podendo influenciar negativamente a recuperação física e a qualidade de vida (Ministério da saúde, 2020).

O isolamento social impactou a qualidade de vida dos idosos durante a pandemia do coronavírus, alterando seus hábitos alimentares, reduzindo a prática de exercícios físicos e diminuindo a interação social, o que resultou em ansiedade, estresse, tristeza e solidão. (Araújo et al.,2021).

Os idosos muitas vezes enfrentam barreiras ao acesso a cuidados de saúde de qualidade, incluindo limitações financeiras, falta de transporte e disponibilidade de serviços de saúde especializados. Essas barreiras podem dificultar a continuidade do cuidado necessário para a recuperação completa após a COVID-19 (Who, 2021).

No âmbito emocional, a pandemia intensificou o medo e a preocupação com a própria saúde e a dos entes queridos. A constante exposição a notícias sobre a alta taxa de mortalidade entre os idosos contribuiu para o aumento do estresse e da ansiedade. Esse ambiente de incerteza e medo crônico pode levar ao desenvolvimento de transtornos emocionais duradouros (Almeida et al., 2021).

A qualidade de vida dos idosos sofreu impactos negativos devido ao isolamento social imposto como medida preventiva contra a disseminação do vírus. Estudos mostram que o confinamento prolongado levou ao aumento da sensação de solidão e ao declínio na participação em atividades sociais e recreativas essenciais para a manutenção de um estilo de vida saudável entre os idosos (Silva et al., 2021).

4.  RESULTADOS

A revisão integrativa da literatura foi realizada com buscas nas bases de dados SciELO e PubMed utilizando os descritores “idosos”, “COVID-19” e “sequelas respiratórias”. Durante a busca foram obtidos 68 artigos científicos da base de dados SciELO e 17 artigos da PubMed, totalizando 85 artigos. Após a leitura dos títulos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 artigos no total de ambas as bases de dados, para compor a presente revisão integrativa.

Os artigos foram selecionados de acordo com o fluxograma (Figura 1) abaixo:

Figura 1- Fluxograma do processo de seleção dos artigos.

Fonte: a autora.

Este trabalho é composto por: 4 estudos transversais, 2 revisões integrativas, 1 estudo de caso e 1 mapa de evidências.

Constatou-se que a maior parte dos artigos publicados e incluídos nesta revisão integrativa apresentou um recorte temporal recente na literatura, tendo em vista o tema atual da pesquisa, foram incluídos 4 artigos do ano de 2021, 1 artigo do ano de 2022, 2 artigos do ano de 2023 e 1 artigo do ano 2024.

Abaixo no Quadro 1, são apresentados os resultados da pesquisa bibliográfica, contendo a descrição dos artigos selecionados na seguinte ordem: autor, ano de publicação e tipo de estudo, título do artigo, objetivos e base de dados.

Quadro 1- Resultados da pesquisa com descrição dos artigos selecionados.

Autor (es) AnoTipo de estudo  TítuloObjetivosBase de dados
Pereira; Tomás (2023)Estudo transversalEstudo A1 Capacidade respiratória funcional em idosos após COVID-19: um estudo transversal.Identificar as principais sequelas na capacidade funcional e respiratória em idosos após COVID-19.PubMed
Paiva et al. (2021)Estudo transversalEstudo A2 Prevalência e fatores associados a SRAG por COVID- 19 em adultos e idosos com doença cardiovascular crônica.Descrever a prevalência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 e analisar os fatores associados a essa condição em adultos e idosos com doença cardiovascular no Brasil até a 30ª Semana Epidemiológica de 2020.PubMed
Romero et al (2021)Estudo transversalEstudo A3 Idosos no contexto da pandemia da COVID- 19 no Brasil: efeitos nas condições de saúde, renda e trabalhoCaracterizar a população idosa brasileira durantea pandemia de COVID-19,considerando suas condições de saúde, socioeconômicas, desigualdade de sexo, adesão ao distanciamento social e sentimento de tristeza ou depressão.PubMed
Derin et al. (2024)Estudo transversalEstudo A4 Hospitalização de idosos por COVID-19 no Paraná: uma análise de fatores associados  Analisar a prevalência e os fatores associados à hospitalização de idosos com COVID-19 no Estado do Paraná, PR, Brasil.SciELO
Sousa et al. (2022)Revisão integrativaEstudo A5 Alta hospitalar qualificada e orientações multidisciplinares aos pacientes idosos com COVID-19: revisão integrativaBuscar as evidências científicas disponíveis sobre orientações multidisciplinares ofertadas por profissionais da saúde aos pacientes idosos diagnosticados com a COVID-19 após a alta hospitalar.SciELO
Medeiros (2021)Revisão integrativaEstudo A6 Pessoas idosas e o Cuidado pós COVID-19Conhecer o comportamento da Covid-19 a longo prazo entre as pessoas idosas.SciELO
Tozato et al. (2021)Estudo de casoEstudo A7 Reabilitação cardiopulmonar em pacientes pós- COVID-19: série de casosDescrever a experiência de quatro casos, de diferentes gravidades, que realizaram um programa de reabilitação cardiopulmonar pós- COVID-19.SciELO
Ostolin et al. (2023)Mapa de evidênciasEstudo A8 Mapa de evidências sobre sequelas e reabilitação da COVID-19 pós-aguda: uma versão atualizada em julho de 2022Atualizar o mapa de evidências sobre os efeitos de intervenções para reabilitação de COVID-19 pós-aguda.SciELO

Fonte: banco de dados da autora.

5.  DISCUSSÃO

Todos os artigos destacam os impactos da COVID-19 em idosos, ressaltando a vulnerabilidade dessa faixa etária. A maioria dos estudos aborda diretamente as complicações respiratórias, fatores de risco associados e as estratégias de reabilitação necessárias para essa população e demonstram que apesar de existirem vários estudos sobre a infecção aguda pelo vírus Sars-coV-2, ainda faltam trabalhos sobre os possíveis efeitos a longo prazo da COVID-19 e protocolos para a identificação de manifestações após a fase aguda da doença.

Conforme o número de pessoas recuperadas da COVID-19 cresce, acredita-se que 10% dos recuperados podem apresentar sequelas de longo prazo, conhecida como: COVID-19 longa e síndrome pós-COVID-19, dentre dessas pessoas destacam-se como mais suscetíveis ao seu desenvolvimento as com idade superior a 70 anos e que necessitaram de hospitalização durante a infecção. (Sudre et al., 2021). Estudos sugerem que a resposta imunológica e as comorbidades frequentemente presentes em idosos podem contribuir para a maior duração dos sintomas (Carfì; Bernabei; Landi, 2020).

Medeiros (A6) cita em seu estudo a necessidade em conhecer o comportamento da Covid-19 a longo prazo, em especial entre as pessoas idosas que se constituem como uma população de maior vulnerabilidade e por isso existe urgência de se produzir conhecimento científico a respeito das consequências da COVID-19 para que as ações em saúde possam ser desenvolvidas de maneira efetiva, eficaz, resolutiva e que realmente atendam às necessidades de saúde das pessoas, sobretudo para a população idosa.

No estudo de Ostolin e colaboradores (A8), após revisão de 32 artigos sobre os efeitos de intervenções para reabilitação de COVID-19 pós-aguda, apenas 1 tratava a respeito dos efeitos de intervenções de tratamentos especificamente no grupo das pessoas idosas, corroborando com Medeiros (A6) sobre o déficit de informações referentes aos efeitos a longo prazo da doença em idosos.

De acordo com Sisó-Almirall et al. (2021) a COVID-19 longa pode ser definida como pacientes que, quatro semanas após o diagnóstico de infecção por SARS-coV-2, continuam a apresentar sinais e sintomas não explicáveis por outras causas e que podem durar meses, já a síndrome pós-COVID-19 pode ser caracterizada como um conjunto de sinais e sintomas que surgem durante ou após a contaminação por COVID-19 e persistem por mais de 12 semanas, sem serem atribuídos a outro diagnóstico. O termo “síndrome” indica a ocorrência simultânea de um grupo de sinais e sintomas que afetam múltiplos sistemas do corpo, com variações e sobreposições frequentes. Em alguns pacientes, esses sintomas podem apresentar um padrão de remissão e recorrência, além de poderem mudar ao longo do tempo, impactando qualquer sistema corporal.

Podemos observar que a idade avançada é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de complicações durante e também após a infecção aguda pelo vírus Sars-coV-2, como cita Sousa e colaboradores (A5), em seu estudo de revisão integrativa da literatura.

O diagnóstico envolve uma análise detalhada do histórico médico do paciente, exame físico, e pode incluir testes laboratoriais e de imagem para excluir outras possíveis causas dos sintomas. A falta de um teste específico para a COVID-19 longa significa que o diagnóstico é amplamente baseado nos relatos dos pacientes e na exclusão de outras condições. (WHO, 2021).

Os sintomas mais comuns da COVID-19 longa incluem fadiga intensa, que não é aliviada pelo repouso e pode interferir significativamente nas atividades diárias (Greenhalgh et al., 2020). Além disso, muitos pacientes relatam dificuldade respiratória persistente, mesmo após a recuperação inicial da doença. Este sintoma pode se manifestar como falta de ar ou dificuldade para respirar durante atividades físicas leves (Carfì; Bernabei; Landi, 2020).

Paiva e colaboradores (A2), descrevem em sua pesquisa que os sinais e sintomas mais frequentes associados à confirmação de SRAG por COVID-19, são dispneia, tosse e febre, indo de encontro com as outras pesquisas.

Tozato e colaboradores (A7) e Sousa e colaboradores (A5), também citam em seus estudos que os sintomas pós-COVID-19 são persistentes mesmo nos casos leves e as consequências decorrentes da infecção incluem fadiga, dispneia, taquicardia, perda de massa muscular e diminuição da capacidade funcional.

Pereira e Tomás (A1), identificaram que as principais comorbidades associadas ao maior risco de desenvolvimento da forma grave da doença e também de sequelas são: doenças cardíacas e metabólicas, indo de encontro com o estudo de Paiva e colaboradores (A2) que identificaram uma relação entre o desenvolvimento da síndrome respiratória aguda (SRAG) com doenças crônicas, já que 61% dos adultos e idosos hospitalizados que possuíam doenças cardiovasculares (DCV), obtiveram diagnóstico de SRAG por COVID-19. O trabalho de Romero e colaboradores (A3) confirma os dados do estudo A1, pois encontraram como fatores de risco a hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e o câncer.

Ainda com relação aos fatores de risco o estudo transversal de Derin e colaboradores (A4) observou que as doenças cardiovasculares aumentaram em 35% a prevalência da forma grave da doença, enquanto pneumopatias aumentaram em 64% a admissão em UTI, a obesidade foi associada a 45% de aumento no encaminhamento para UTI e a dispneia apresentou uma probabilidade 55% maior de desenvolvimento da forma grave da doença.

No estudo transversal de Pereira e Tomas (A1), cujo objetivo foi identificar as principais sequelas na capacidade funcional e respiratória em idosos após COVID-19, os resultados obtidos demonstram que os idosos podem apresentar sequelas por até seis meses após a infecção, com redução nos valores de pressão inspiratória máxima e da pressão expiratória máxima, redução na capacidade aeróbica, bem como dessaturação por esforço, valores aumentados de dispneia e do nível de fragilidade. Demonstrando que existem alterações relevantes da capacidade respiratória e funcional de pessoas idosas com diagnóstico de COVID-19 , em comparação com idosos sem diagnóstico prévio da doença.

 Declínios significativos na função pulmonar após a infecção por COVID-19, com diminuição da capacidade vital forçada (CVF) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) também foram relatados nos estudos de Tozato e colaboradores (A7) e Sousa e colaboradores (A5).

A fibrose pulmonar também é descrita em vários estudos, como uma das principais sequelas pulmonares decorrentes da COVID-19. Esta condição se caracteriza pelo endurecimento e cicatrização do tecido pulmonar, levando à diminuição da capacidade pulmonar e ao comprometimento das trocas gasosas, especialmente em pacientes que tiveram doença grave e necessitaram de ventilação mecânica (Baldi; Tanni, 2021; Avila et al., 2020).

Dores musculares e articulares também são frequentes, sendo descritas como mialgia e artralgia. Esses sintomas podem ser contínuos ou intermitentes e variar em intensidade (National Institute for Health and Care Excellence, 2020). Cefaleia crônica, frequentemente descrita como enxaqueca, é outro sintoma reportado por muitos pacientes que sofrem de COVID-19 longa (Davis et al., 2021).

Nos estudos dos artigos A1 e A5, a sarcopenia é descrita como preditivo de disfunção, morbidade e mortalidade e têm sido associada a um pior prognóstico na população idosa.

De acordo com o artigo A1, a diminuição da força muscular respiratória e da capacidade aeróbia podem afetar a capacidade de realizar as atividades da vida diária (AVD), além de implicarem um aumento da vulnerabilidade dos idosos, levando a uma maior fragilidade, que se relaciona diretamente com a diminuição da funcionalidade e, consequentemente, com o aumento das taxas de institucionalização e mortalidade. Esses fatores também geram impactos psicológicos, depressão, insegurança e reduzem a qualidade de vida dos idosos.

Romero e colaborados (A3) identificaram em seu estudo que solidão, ansiedade e tristeza foram frequentes entre os idosos, especialmente entre as mulheres.

Problemas cognitivos, como dificuldade de concentração, perda de memória e sensação de “nevoeiro mental”, são relatados comumente e podem afetar a capacidade de trabalho e a qualidade de vida dos pacientes (Blomberg et al., 2021).

Outros sintomas incluem distúrbios do sono, como insônia e pesadelos, além de sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão, que podem ser exacerbados pela incerteza e duração prolongada da condição (Sudre et al., 2021). Sintomas gastrointestinais, como náuseas, diarreia e dor abdominal, também foram relatados (Lambert; El-Azab, 2021). Esses dados nos fazem refletir sobre o tamanho do impacto da COVID-19 na saúde da população idosa, pois vão muito além de danos físicos, trazem também consequências psicológicas graves, reduzindo a qualidade e expectativa de vida.

O tratamento deve ser personalizado e pode envolver vários especialistas, como médicos de cuidados primários, pneumologistas, cardiologistas, neurologistas e fisioterapeutas. A reabilitação pulmonar e a fisioterapia são frequentemente recomendadas para pacientes com sintomas respiratórios e musculoesqueléticos persistentes (Carfì; Bernabei; Landi, 2020). O manejo adequado das sequelas pós infecção, são de extrema necessidade e dependem uma equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais de diversas áreas da saúde, como: fisioterapeutas, psicólogos, pneumologistas cardiologistas, nutricionistas, entre outros, para uma abordagem ampla e integrada.

Nos estudos A7, A8 e, fornecem dados relevantes sobre a importância do tratamento para as sequelas da COVID-19 baseados em protocolos de exercícios físicos, pois observaram que os mesmos trazem efeitos positivos para saúde mental, dispneia, fadiga e desfechos relacionados à aptidão física, principalmente aptidão muscular.

A gestão dos sintomas de COVID-19 longa pode incluir medicamentos para tratar sintomas específicos, como analgésicos para dores musculares e articulares, antidepressivos para sintomas de depressão e ansiedade, e medicamentos para melhorar a qualidade do sono (National Institute for Health and Care Excellence, 2020). Além disso, intervenções não farmacológicas, como terapia cognitivo- comportamental (TCC), podem ser úteis para lidar com sintomas psicológicos e problemas cognitivos (Davis et al., 2021).

Alguns exames podem orientar o diagnóstico e tratamento da síndrome pós- COVID-19, incluindo oximetria, espirometria, radiografia de tórax (RXT), ultrassonografia, escala de dispneia e tomográfica computadorizada (TC) de tórax. Este último exame é o padrão ouro para o diagnóstico de lesões pulmonares crônicas por COVID-19 e caracterização de lesões pulmonares fibróticas. (Sisó, et al., 2021).

Quanto as orientações e protocolos de tratamento após a infecção aguda pela COVID-19, os estudos analisados citam escassez de informações sobre as possíveis sequelas de longo prazo, bem como a falta de meios de identificar e tratar essas sequelas, principalmente com relação as pessoas idosas. Esses fatos revelam a necessidade da realização de mais estudos com essa temática, para que haja uma padronização com protocolos para a identificação e tratamento pós COVID-19.

6.  CONCLUSÃO

É possível concluir que os principais fatores de risco para o desenvolvimento de sequelas pós COVID-19, são: idade avançada e comorbidades pré-existentes como: doenças cardiovasculares, doenças metabólicas, hipertensão, diabetes, obesidade, câncer. A sarcopenia também foi descrita como um fator determinante para a evolução grave da doença.

As principais sequelas respiratórias são a dispneia, fibrose pulmonar, redução da pressão inspiratória e expiratória máxima, redução da capacidade pulmonar.

Outras sequelas importantes observadas foram: fadiga, problemas psicológicos como depressão e ansiedade, deficiência nutricional, redução na funcionalidade e qualidade de vida das pessoas idosas.

Esses achados destacam a necessidade do desenvolvimento de políticas de saúde pública voltadas para o diagnóstico e tratamento das sequelas pós COVID-19, pois a doença afeta não apenas a saúde e a qualidade de vida dos idosos, mas também sobrecarrega os sistemas de saúde com demandas por cuidados prolongados.

Este estudo apresenta algumas limitações, como a amostragem restrita, falta de dados de longo prazo e também o deficit de dados específicos das manifestações pós doença em idosos, tendo em vista que a temática do estudo ainda é recente e necessita de mais investigações a respeito dos possíveis efeitos da COVID-19 na saúde de pessoas idosas. A falta de dados específicos para idosos pode ter atrasado a identificação e o estudo aprofundado das sequelas específicas dessa faixa etária.

 Futuras pesquisas devem focar em acompanhar esses pacientes por períodos mais extensos e em contextos variados para obter uma compreensão mais abrangente das sequelas respiratórias da COVID-19.

Recomenda-se que as práticas clínicas adotem uma abordagem multidisciplinar na gestão dessas sequelas, incluindo profissionais de saúde de diferentes áreas, como médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros, para proporcionar um cuidado integral e eficaz aos idosos afetados.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, O. P. et al. Ansiedade e medo em idosos durante a pandemia de COVID-19: uma revisão. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 70, n. 3, p. 204-210, 2021.

ARAÚJO, C. S. et al. Impacto na qualidade de vida de idosos durante a pandemia de covid-19: revisão integrativa. In SILVA, P. F; LEITE, D. S.: Saúde Coletiva: avanços e desafios para a integralidade do cuidado – Volume 3. Editora Científica Digital, 2021. p. 294-306.

ARNOLD, D.T. et al. Krebs von den Lungen 6 (KL-6) as a marker for disease severity and persistent radiological abnormalities following COVID-19 infection at 12 weeks. PLOS ONE, v. 16, n. 4, e0249607, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0249607.

AVILA, P.; et al. Guia de orientações fisioterapêuticas na assistência ao paciente pós-COVID-19. Belém: UFPA, FFTO, Curso de Fisioterapia, 2020. 22 p.

BALDI, B.G.; TANNI, S.E. Fibrose pulmonar e acompanhamento de sobreviventes da COVID-19: necessidade urgente de esclarecimento. J Bras Pneumol., v. 47, n. 4, e20210213, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.36416/18063756/e20210213.

BLOMBERG, B. et al. Long COVID in a prospective cohort of home-isolated patients. Nature Medicine, v. 27, n. 9, p. 1607-1613, 2021. Disponível em:https://www.nature.com/articles/s41591-021-01433-3. Acesso em: 22 maio 2024.

BRASIL – MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de vigilância epidemiológica: emergência de saúde pública de importância nacional pela doença pelo coronavírus 2019 – COVID-19, 2021. Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp- content/uploads/2021/03/Guia-devigila%CC%82ncia-epidemiolo%CC%81gica-da- covid_19_15.03_2021.pdf. Acesso em: 06 abr. 2024.

CARFÌ, A.; BERNABEI, R.; LANDI, F. Persistent symptoms in patients after acute COVID-19. JAMA, v. 324, n. 6, p. 603-605, 2020. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2768351. Acesso em: 22 maio 2024.

CHEN, N. et al. Epidemiological and clinical characteristics of 99 cases of 2019 novel coronavirus pneumonia in Wuhan, China: a descriptive study. The Lancet, v. 395, n. 10223, p. 507-513, 2020.

DAVIS, H. E. et al. Characterizing long COVID in an international cohort: 7 months of symptoms and their impact. EClinicalMedicine, v. 38, p. 101019, 2021. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/eclinm/article/PIIS2589-5370(21)00003- 8/fulltext. Acesso em: 22 maio 2024.

DELGADO, J. et al. COVID-19 and malnutrition in elderly patients: a call to action. Clinical Nutrition, v. 39, n. 9, p. 2627-2631, 2020.

DERIN, V. N. et al. Hospitalização de idosos por COVID-19 no Paraná: uma análise de fatores associados. Acta Paul Enferm. 2024;37: eAPE002381.Disponível em: http://dx.doi.org/10.37689/acta-ape/2024AO00002381. Acesso em 19 de abril de 2024.

FERRARI, F. COVID-19: Dados Atualizados e sua Relação Com o Sistema Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 114, n. 5, 2020.

GREENHALGH, T. et al. Management of post-acute covid-19 in primary care. BMJ, v. 370, p. m3026, 2020. Disponível em:https://www.bmj.com/content/370/bmj.m3026.Acesso em: 22 maio 2024.

HAMMERSCHMIDT, K. S. de A.; SANTANA, R. F. Saúde do idoso em tempos de pandemia Covid-19. Cogitare Enfermagem. (Online) ; 25: e72846, 2020.Disponível em: http://doi.org/10.5380/ce.v25i0.72849. Acesso em 25 de março de 2024.

HAN, X. et al. Achados de tomografia computadorizada de tórax de acompanhamento de seis meses após pneumonia grave por COVID-19. Radiology, v. 299, n. 1, p. E177-E186, 2021.

HUANG, C. et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. The Lancet, London, v. 395, p. 497-506, 2020.

LAMBERT, N. J.; EL-AZAB, S. A. COVID-19 survivors’ reports of the timing, duration, and health impacts of post-acute sequelae of SARS-CoV-2 (PASC) infection. JAMA Network Open, v. 4, n. 3, p. e210830, 2021. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2778090. Acesso em: 22 maio 2024.

LANDI, F. et al. Sarcopenia as a risk factor for falls in elderly individuals: results from the ilSIRENTE study. Clinical Nutrition, v. 31, n. 5, p. 652-658, 2020.

MEDEIROS, A. A. Pessoas idosas e o Cuidado pós Covid-19. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 24, n. 4, p. e210231, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562021024.210231. Acesso em 26 de abril de 2024.

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. de C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto – Enfermagem, v. 17, n. 4, p. 758–764, out. 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018. Acesso em: 27 abr. 2024.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Saúde Brasil 2020/2021: situação de saúde diante da COVID-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt- br/centraisdeconteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/saude-brasil-2020-2021_situacao- de-saude-diante-da-covid19.pdf. Acesso em: 02 abr. 2024.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. COVID-19. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt- br/assuntos/covid-19. Acesso em: 15 abr. 2024.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia COVID-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE. COVID-19 rapid guideline: managing the long-term effects of COVID-19. NICE guideline [NG188]. 2020. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/ng188. Acesso em: 22 maio 2024.

OSTOLIN T. L. V. P. et al. Mapa de evidências sobre sequelas e reabilitação da covid-19 pós-aguda: uma versão atualizada em julho de 2022. Rev Panam Salud Pública. 2023;47: e30. Disponível em: https://doi.org/10.26633/RPSP.2023.30. Acesso em 12 de abril de 2024.

PAIVA, K. M. et al. Prevalência e Fatores Associados à SRAG por COVID-19 em Adultos e Idosos com Doença Cardiovascular Crônica. Arq. Bras. Cardiol., v. 117, n. 5, p. 968-975, jun. 2021. Disponível em:DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20200955. Acesso em 28 de abril de 2024.

PEREIRA, F. A; TOMÁS, M.T. Capacidade respiratória e funcional em idosos após COVID-19: um estudo transversal. Saúde & Tecnologia. n. 28, p. 70–78, 2023. DOI: 10.25758/set.596. Disponível em: https://journals.ipl.pt/stecnologia/article/view/596.. Acesso em: 19 de abril de 2024.

ROMERO, E. D. et al. Idosos no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil: efeitos nas condições de saúde, renda e trabalho.Cadernos de saúde pública.vol. 37,3 e00216620. 31 mar. 2021. Disponível em: Doi:10.1590/0102-311X00216620. Acesso em 15 de abril de 2024.

SILVA, A. P. et al. Impacto do isolamento social na qualidade de vida de idosos durante a pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 24, n. 1, p. 15-24, 2021.

SISÓ-ALMIRALL, A. et al. Long Covid-19: propostas de diretrizes clínicas de atenção primária para diagnóstico e manejo da doença. Int J Environ Res Saúde Pública, v.18, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.3390/ijerph18084350.

SOUSA, A. J. M.; et al. Atenção primária à saúde e covid-19: uma revisão integrativa. Cadernos ESP, Ceará – Edição Especial, v. 14, n. 1, p. 45-52, jan./jun. 2020.

SOUSA, W. C. M. et al.. Alta hospitalar qualificada e orientações multidisciplinares aos pacientes idosos com COVID-19: revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 4, p. e230033, 2022. Disponível em:  https://doi.org/10.1590/1981-22562022025.230033.pt. Acesso em 16 de abril de 2024.

SUDRE, C. H. et al. Attributes and predictors of Long-COVID: analysis of COVID cases and their symptoms collected by the Covid Symptoms Study App. Nature Medicine, v. 27, n. 4, p. 626-631, 2021. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41591-021-01292-y. Acesso em: 22 maio 2024.

TOZATO, C. Et al. Reabilitação cardiopulmonar em pacientes pós-COVID-19: série de casos. Revista Brasileira de terapia intensiva, 33(1), 167–171. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-507X.20210018. Acesso em 23 de abril de 2024.

WHO. A clinical case definition of post COVID-19 condition by a Delphi consensus. World Health Organization, 2021. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-2019-nCoV-Post_COVID-19_condition- Clinical_case_definition-2021.1. Acesso em: 22 maio 2024.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Access to COVID-19 tools (ACT) accelerator: health systems connector. Geneva: WHO, 2020.

ZHANG, C. et al. Liver injury in COVID-19: management and challenges. The Lancet Gastroenterology & Hepatology, v. 5, n. 5, p. 428-430, 2020.