REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10419345
Aryel Xavier De Oliveira
Charles Benjamin Braz Grice
Orientador: Prof. Dr. Roniery Carlos G. Galindo
RESUMO
Este trabalho oferece uma análise detalhada e abrangente das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos, um assunto de grande relevância para a indústria suinícola, o bem-estar animal e a saúde pública. O estudo se concentra em patógenos principais como Escherichia coli e Salmonella spp., notórios por sua presença frequente e impacto adverso na produção suinícola. Estas infecções não apenas prejudicam a saúde e o bem-estar dos suínos, mas também conduzem a perdas econômicas significativas, resultantes de mortalidade elevada e declínio na eficiência produtiva. A pesquisa destaca a crescente resistência bacteriana e o potencial zoonótico dessas doenças, sublinhando a necessidade urgente de diagnósticos precisos e tratamentos eficazes. O estudo ressalta como os suínos infectados podem servir como reservatórios de patógenos, apresentando riscos de transmissão para humanos. Além das perdas óbvias por mortalidade, a redução no desempenho dos suínos muitas vezes passa despercebida pelos produtores, acarretando prejuízos adicionais. A metodologia do trabalho envolve uma extensa revisão de literatura, incluindo pesquisa em bases de dados acadêmicas, livros e revistas de saúde animal, com artigos tanto em português quanto em inglês. Os principais achados da revisão são apresentados de forma clara e concisa, com uma discussão detalhada que alinha os resultados aos objetivos iniciais do estudo. A integridade e a ética acadêmica foram rigorosamente mantidas durante todo o processo de revisão, garantindo a confiabilidade e a validade dos resultados apresentados.
PALAVRA-CHAVE: Infecções gastrointestinais; Suínos; Resistência bacteriana.
ABSTRACT
This work provides a detailed and comprehensive analysis of gastrointestinal bacterial infections in pigs, a subject of great relevance to the pig industry, animal welfare and public health. The study focuses on key pathogens such as Escherichia coli and Salmonella spp., notorious for their frequent presence and adverse impact on pig production. These infections not only harm the health and welfare of pigs, but also lead to significant economic losses resulting from high mortality and a decline in production efficiency. The research highlights the growing bacterial resistance and zoonotic potential of these diseases, underlining the urgent need for accurate diagnoses and effective treatments. The study highlights how infected pigs can serve as reservoirs of pathogens, presenting risks of transmission to humans. In addition to the obvious losses due to mortality, the reduction in pig performance often goes unnoticed by producers, causing additional losses. The work methodology involves an extensive literature review, including research in academic databases, books and animal health magazines, with articles in both Portuguese and English. The main findings of the review are presented in a clear and concise manner, with a detailed discussion that aligns the results with the initial objectives of the study. Academic integrity and ethics were strictly maintained throughout the review process, ensuring the reliability and validity of the results presented.
KEYWORDS: Gastrointestinal infections; Pigs; Bacterial resistance.
1. INTRODUÇÃO
A incidência de infecções bacterianas gastrointestinais em suínos no contexto da indústria suícola é inegável, dada a sua influência direta no bem-estar animal e nas implicações econômicas para os produtores. Com o aumento da resistência às bactérias e ao potencial zoonótico dessas doenças, torna-se imperativa uma análise específica e contínua deste tema. Este trabalho visa realizar uma revisão abrangente da literatura focada em patógenos chaves como Escherichia coli e Salmonella spp., que são frequentemente identificados como causadores de tais infecções em suínos. As infecções gastrointestinais não afetam apenas o bem-estar dos animais, mas também resultam em perdas econômicas substanciais devido à mortalidade e à redução do desempenho produtivo dos animais, conforme destacado por Cooper em 2000.
Além disso, suínos infectados podem atuar como reservatórios de agentes patogênicos, apresentando um risco potencial de transmissão de doenças para seres humanos, conforme recomendado por Davies e Davies em 2010. Embora as perdas econômicas associadas à mortalidade sejam evidentes, a redução no desempenho nem sempre foi percebido pelo produtor, levando a prejuízos significativos. Este trabalho se concentra nas principais infecções bacterianas gastrointestinais em suínos, sublinhando a importância dessas doenças para a indústria suinícola, para o bem-estar animal e para a saúde pública.
O objetivo geral desta revisão é analisar as principais infecções bacterianas gastrointestinais em suínos, com foco específico nas infecções por E. coli – ETEC e Salmonella spp. O estudo visa apresentar formas de propagação, patogenia, sinais clínicos, diagnósticos e tratamentos dessas infecções, além de discutir seus impactos econômicos e no bem-estar animal, conforme destacado por Antunes et al. em 2011.
A metodologia adotada para esta revisão de literatura envolve uma pesquisa extensiva em bases de dados acadêmicos, livros e revistas de saúde animal, com a inclusão de artigos em português e inglês relevantes ao tema. A seleção dos materiais foi feita com base nos títulos e resumos, seguida pela leitura completa dos artigos selecionados. Informações sobre os patógenos, sintomas, diagnóstico e tratamento foram extraídas e categorizadas. Os principais achados foram apresentados de forma clara, com uma discussão detalhada. Todas as fontes utilizadas foram consultadas, garantindo a integridade e a ética acadêmica no processo.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Etiologia: Colibacilose e Salmonelose
A Escherichia Coli é o agente etiológico associado à doença em suínos denominada Colibacilose. Esse agente é comensal do intestino delgado de suínos (MORÉS et al., 2012), sendo a infecção neonatal comumente causada pelas cepas F4 e, em menor extensão, pelas cepas F5, F6 e F41. Em súnos pós-desmame a cepa mais frequentemente associada é a F4 ou F18 (BURROUGH, 2022).
A Salmonelose é decorrete da infecção por Salmonella spp, espécie S. Enterica com mais de 2500 sorovares, sendo que a doença clínica tem sido descrita, principalmente, pelas S. Choleraesuis e S. Thyphimurium. (ZANELLA; MORÉS; BARCELLOS, 2016).
2.2 Epidemiologia: Colibacilose e Salmonelose
O leitão adquire a E. Coli por transmissão advindo da lida pelo manejador, utensilios, contaminação residual por má desinfecção ou da mãe (MORÉS et al., 2012).
A infecção em lactentes, ocorre principalmente nas primeiras semanas posteriores ao desmame dos leitões, nas formas de diarreia e doença do edema (ZANELLA; MORÉS; BARCELLOS, 2016).
No caso da infecção por Salmonella na granja ocorre devido ao vazio sanitário que foi realizado de maneira incorreta gerando fontes de infecção, tais como ração e água contaminadas, presença de vetores, principalmente roedores (MORÉS et al., 2012).
Os animais portadores de sovares de Salmonella que comumente não causam infecção clínica em suínos são os mais importantes do ponto de vista da saúde publica, pois são as principais fontes de contaminação das carcaças nos abatedouros e passam despercebidos enquanto estão na propriedade, por sua vez, possui um grande potencial de amplificação ao longo da cadeia produtiva, uma vez que os animais portadores contaminam o lote, os companheiros de transporte ao abate e os novos grupos de animais no local de espera no abatedouro (ZANELLA; MORÉS; BARCELLOS, 2016).
O principal da sinal clínico da E. Coli é a diarreia com consistência que varia de pastosa a líquida, o que gera perda progressiva de peso. Os leitões afetados apresentam apatia, perda de apetite, desidratação e mau estado corporal. Como consequência da desidratação, podem ocorrer hemoconcentração, acidose metabólica e depleção de eletrólitos, que podem ser fatais (ZANELLA; MORÉS; BARCELLOS, 2016).
No caso da Salmonelose, a infecção por Salmonella spp acomete animais e humanos ao consumir alimentos contaminados. Após a ingestão, a bacteria invade a camada epitelial intestinal, alcança a lâmina própria, onde se multiplica e é fagocitada por células do sistema imunológico, resultando em uma resposta inflamatória (Fig. 1). Essa resposta, associada à liberação de substâncias estimuladoras, aumenta a secreção de água e eletrólitos, levando à ocorrência de diarreia aquosa. (SHINOHARA et al., 2008)
Figura 1. Infecção por Salmonella, áreas de necrose multifocal com algumas lesões coalescentes (úlceras em botão).
Fonte: Morés et al.,2012
O quadro clinico causado pela Salmonella Choleraesuis tem morbidade variável, porém dificilmete ultrapassa a taxa dos 10 % e manifesta-se através da inapetência, letargia, febre, dispneia, tosse e icterícia. Os animais podem apresentar o abdômen e extremidades cianóticas, não são raros os casos de morte súbita e não é frequente a observação de episódios diarreicos nestes casos, principalmente antes do quarto dia de manifestação da doença (FILSNER, 2018).
2.3 Diagnóstico
As cepas F4 e F18 são fortemente hemolíticas em ágar sangue; entretanto, nem todas as E. coli hemolíticas são patógenos. Dai se faz necessário a realização de ensaios de genotipagem por PCR para detectar o tipo de fímbria e a presença de genes de enterotoxinas (BURROUGH, 2022a).
O diagnóstico da Salmonella é realizado através da cultura de fezes ou mucosa intestinal usando meios seletivos, com ou sem enriquecimento. A cultura de linfonodos mesentéricos aumentados é mais específica para cepas enteropatogênicas e pode ser complementada com culturas de mucosas ou fezes. Sorotipagem é realizada para confirmar o sorotipo envolvido. Ensaios de PCR estão disponíveis e podem reduzir o tempo até o diagnóstico. O exame histológico do intestino e tecido hepático é valioso para diferenciar salmonelose intestinal de outras condições (BURROUGH, 2022).
2.4 Tratamento
Eliminar ou isolar os animais doentes, colocar um tratador exclusivamente dedicado ao manejo das baias com animais doentes, além da admnistração por via oral, recomenda-se a aplicação parenteral de antibióticos de largo espectro (GRIFFITH et al., 2019)
Os produtos mais eficientes são em geral as cefalosporinas, aminoglicosídeos, aminociclitóis, sulfas associadas à trimetoprima, colistina, florfenicol e as quinolonas (ZIMMERMAN et al., 2019).
2.5 Profilaxia e controle
A prevenção da colibacilose entérica inclui a redução dos fatores predisponentes (por exemplo, umidade e frio), melhoria do saneamento e vacinação. As porcas gestantes podem ser vacinadas com vacinas específicas para o pilus e os leitões desmamados podem ser tratados com cepas vivas atenuadas F4 e F18 sem enterotoxinas (ZIMMERMAN et al., 2019).
A prevenção da Salmonella deve ser realizada com limpeza e desinfecção minuciosas das instalações contaminadas e a eliminação da fonte do organismo diminuem a probabilidade de epidemias repetidas (GRIFFITH et al., 2019).
As vacinas vivas avirulentas administradas por via intranasal ou através da água potável são eficazes na prevenção de doenças causadas por S Choleraesuis e S Typhimurium (BURROUGH, 2022).
É fundamental adotar simultaneamente medidas de higiene e manejo, como as Boas Práticas de Produção, para controlar eficazmente as infecções em rebanhos suínos. A falta de biossegurança e manutenção adequada nas instalações é frequentemente associada ao aumento dessas infecções. Práticas essenciais incluem organização dos lotes, vazio sanitário eficaz, higiene constante de instalações, equipamentos e animais, controle de vetores (especialmente roedores e moscas) e garantia de qualidade dos alimentos e da água fornecida aos suínos (AMARAL et al., 2015).
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS INFECÇÕES BACTERIANAS EM SUÍNOS NA INDÚSTRIA SUINÍCOLA
A indústria suinícola, um setor vital para a economia agrícola de muitos países, enfrenta continuamente o desafio das infecções bacterianas. Doenças como a colibacilose, causada por Escherichia coli, e a salmonelose, devido a Salmonella spp., não só prejudicam a saúde e o bem-estar dos animais, mas também impactam as qualidades a eficiência produtiva e a rentabilidade das fazendas. Essas infecções representam um ponto crítico na gestão da saúde dos suínos, exigindo atenção constante e estratégias de prevenção e tratamento (ZIMMERMAN et al., 2019).
Os problemas de saúde nos suínos variam de diarreias leves a condições mais graves, impactando diretamente o bem-estar animal. A colibacilose e a salmonelose são preocupações comuns entre os produtores, exigindo monitoramento constante e medidas de controle rigorosas para evitar surtos e sua propagação. Estes realçam a necessidade de estratégias desafios eficazes e sustentáveis no cuidado e manejo dos suínos (BRUM, 2013).
Um desafio emergente e crescente na indústria é a resistência aos antimicrobianos. O uso excessivo e muitas vezes inadequado de antibióticos na suinocultura tem contribuído para este problema, destacando a necessidade urgente de encontrar alternativas eficazes e sustentáveis para o controle das infecções bacterianas. A resistência antimicrobiana não só complica o tratamento das infecções existentes, mas também representa um risco significativo para a saúde pública (VASCONCELOS, 2019).
A complexidade das infecções bacterianas em suínos na indústria suína vai além do manejo individual de doenças; ela abrange aspectos epidemiológicos e de saúde pública. As parasitoses gastrointestinais, por exemplo, refletem as condições de criação e manejo, onde práticas convencionais podem favorecer a propagação de patógenos e agravar o estado de saúde dos animais. Estudos mostram que a densidade de alojamento e as condições sanitárias desempenham papéis fundamentais na prevalência de tais parasitas (ANTUNES et al., 2011).
Além disso, as interações entre os suínos e o ambiente são cruciais para entender a dinâmica das infecções. Fatores ambientais, como higiene das instalações e manejo adequado dos projetos, influenciam diretamente a saúde do rebanho. Estratégias que visam melhorar essas condições apresentam eficácia indicada na redução da carga parasitária e na melhoria geral da saúde dos suínos (AGUIAR, 2009).
Outro aspecto relevante é a diversidade de patógenos e sua capacidade de adaptação a diferentes sistemas de manejo. Estudos no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, apresentam variações na prevalência de parasitas gastrointestinais em suínos criados sob diferentes sistemas de manejo, evidenciando a necessidade de abordagens adaptadas a cada contexto específico (BARBOSA et al., 2015).
Além disso, a dinâmica das infecções bacterianas e parasitárias em suínos não é exclusiva das questões de saúde pública. A possibilidade de zoonoses, onde doenças são transmitidas de animais para seres humanos, é uma preocupação constante. Isso exige uma vigilância contínua e medidas preventivas para proteger tanto a saúde animal quanto a humana (AGUSTINA et al., 2017).
Diante desses desafios, a pesquisa e o desenvolvimento de novas estratégias de manejo, diagnóstico e tratamento são fundamentais. A compreensão profunda das infecções bacterianas nos suínos e seu impacto na indústria suinícola não se limita ao controle de doenças, mas também envolve a melhoria das práticas de manejo e a sustentabilidade da produção (ZANELLA et al., 2016).
A saúde animal e a prevenção de doenças na indústria suinícola são essenciais para mitigar os riscos associados às infecções bacterianas. Práticas de biossegurança, como isolamento de animais doentes, infecção regular das instalações e uso criterioso de antimicrobianos, são perigosas para prevenir a propagação de doenças. A conscientização e o treinamento dos trabalhadores da fazenda em práticas de biossegurança são igualmente importantes, pois o manejo inadequado pode ser um vetor significativo para a propagação de patógenos (ZIMMERMAN et al., 2019).
A nutrição adequada e o manejo do estresse também são componentes críticos para manter a saúde do rebanho. Uma dieta equilibrada fortalece o sistema imunológico dos suínos, tornando-os menos suscetíveis a infecções. O manejo do estresse, através de práticas como densidade adequada de alojamento e enriquecimento ambiental, pode reduzir a incidência de doenças e melhorar o bemestar geral dos animais (BRUM, 2013).
Outro aspecto importante é a compreensão dos fatores genéticos que podem influenciar a suscetibilidade dos suínos a infecções bacterianas. Pesquisas em genética e biotecnologia estão explorando maneiras de criar linhagens de suínos mais resistentes a doenças. Essas inovações podem levar a avanços avançados na prevenção de infecções e na melhoria geral da saúde animal (VASCONCELOS, 2019).
O animal bem-estar também é um fator crucial no controle de infecções. Animais mantidos em condições de bem-estar são menos propensos a doenças e têm melhor desempenho produtivo. Isso implica em práticas de manejo que respeitem as necessidades físicas e comportamentais dos suínos, contribuindo para a saúde e eficiência da produção (AGUIAR, 2009).
A sustentabilidade da produção suína também está intimamente ligada à gestão de infecções bacterianas. Práticas sustentáveis não apenas promovem a saúde animal e reduzem o impacto ambiental, mas também garantem as previsões econômicas ao longo prazo da indústria. Isso inclui o manejo responsável de projetos, a redução da pegada de carbono e a utilização eficiente dos recursos (AGUSTINA et al., 2017).
Finalmente, a educação contínua e a pesquisa são fundamentais para enfrentar os desafios das infecções bacterianas na suinocultura. Investir em pesquisa e desenvolvimento, compartilhar conhecimentos e práticas de sucesso, e educar continuamente todos os envolvidos na cadeia produtiva são passos essenciais para um futuro sustentável e saudável na indústria suinícola (ZANELLA et al., 2016).
Portanto, o controle efetivo das infecções bacterianas em suínos é um esforço multifacetado que exige uma abordagem holística e integrada. Desde a implementação de práticas rigorosas de biossegurança até o avanço na pesquisa genética, cada aspecto desempenha um papel vital na manutenção da saúde dos rebanhos e na sustentabilidade da indústria suinícola.
3.1 As infecções bacterianas grastointestinais por Escherichia Coli – ETEC e Salmonella spp. em suínos
As infecções gastrointestinais causadas por Escherichia coli (ETEC) e Salmonella spp. são significativos e desafiadores na indústria suínica. A E. coli, especialmente a cepa ETEC, é notória por causar diarreia neonatal e pós-desmame, afetando gravemente os leitões jovens. Esta condição é agravada por condições sanitárias insubstituíveis e manejo ineficaz, que facilitam a propagação de bactérias. Por outro lado, as infecções causadas por Salmonella em suínos são igualmente preocupantes, não apenas devido à gravidade dos sintomas nos animais, que podem variar de diarreia ao nível de condições sistêmicas graves, mas também por representarem um risco potencial à saúde pública à sua zoonose (ZIMMERMAN et al., 2019; AGUIAR, 2009).
A transmissão desses patógenos ocorre principalmente através do contato com fezes contaminadas ou pela ingestão de alimentos e água contaminados. As condições de alojamento dos suínos, as práticas de gestão e a higiene ambiental desempenham papéis cruciais na prevalência dessas infecções. Em rebanhos com alta densidade e condições sanitárias precárias, o risco de propagação de ETEC e Salmonella é significativamente aumentado. Essa situação ressalta a necessidade de práticas rigorosas de manejo e medidas de biossegurança para controlar a disseminação desses patógenos (AGUSTINA et al., 2017; ANTUNES et al., 2011).
O manejo eficaz dessas infecções envolve várias estratégias. Além da implementação de práticas de biossegurança para prevenir a transmissão, o uso de cuidados com antimicrobianos é crucial. Em alguns casos, a vacinação pode ser uma ferramenta útil. No entanto, a resistência crescente aos antimicrobianos apresenta um desafio significativo, especialmente no caso de infecção por Salmonella. Portanto, as estratégias de controle e prevenção devem ser adaptadas para cada fazenda, considerando as características específicas e a epidemiologia dos patógenos envolvidos (BARBOSA et al., 2015).
Além do impacto direto na saúde animal, essas infecções têm implicações econômicas importantes para os produtores de suínos. As perdas decorrentes de mortalidade, tratamentos e redução do ganho de peso dos animais afetaram a rentabilidade da produção suinícola. Além disso, a presença desses patógenos pode limitar o comércio internacional de produtos suínos, pois muitos países impõem restrições à importação de animais e produtos de países onde essas infecções são prevalentes.
O diagnóstico preciso dessas infecções é outro aspecto crítico. Técnicas laboratoriais avançadas, como a cultura bacteriana e a ocorrência na cadeia da polimerase (PCR), são frequentemente utilizadas para identificar ETEC e Salmonella em amostras de fezes ou tecidos. Um diagnóstico rápido e preciso é essencial para a implementação oportuna de medidas de controle e tratamento.
O tratamento dessas infecções em suínos geralmente envolve a administração de antimicrobianos. No entanto, dada a preocupação crescente com a resistência antimicrobiana, é vital que os medicamentos sejam usados de forma responsável. Em muitos casos, medidas de suporte, como a manutenção da hidratação e a nutrição adequada, também são componentes críticos do tratamento.
Além do impacto na saúde animal e na economia da indústria suícola, há implicações significativas para a saúde pública. A transmissão de Salmonella dos suínos para humanos pode ocorrer através do consumo de carne contaminada. Por isso, medidas rigorosas de controle de qualidade e segurança alimentar são essenciais para prevenir a transmissão de patógenos para os consumidores.
A prevenção contra infecções começa com a implementação de práticas de manejo adequadas na granja. Isso inclui a manutenção da limpeza e desinfecção regular das instalações, gestão eficaz do estéreo e controle específico dos vetores, como roedores e insetos. Além disso, o manejo nutricional adequado dos suínos é crucial, pois dietas balanceadas fortalecem o sistema imunológico dos animais, tornando-os menos suscetíveis a infecções (ZIMMERMAN et al., 2019).
A segregação dos animais por idade é outra prática importante. Manter leitões jovens separados dos animais mais velhos minimiza o risco de transmissão de patógenos, já que os leitões são particularmente vulneráveis a infecções por ETEC e Salmonella. Isso também permite um manejo mais específico e direcionado para cada grupo de animais, otimizando as estratégias de prevenção e tratamento (AGUIAR, 2009).
A vacinação tem uma estratégia eficaz na prevenção de certas cepas de ETEC e Salmonella em suínos. Embora não substitua as práticas de manejo e biossegurança, a vacinação pode reduzir significativamente a incidência de infecções e a gravidade dos sintomas em rebanhos infectados. É importante notar, no entanto, que as vacinas devem ser selecionadas com base nas cepas prevalentes na região e na granja específica (AGUSTINA et al., 2017).
Além da gestão na granja, o controle dessas infecções também envolve medidas na fase de processamento de carne. Práticas de redução e processamento higiênico são essenciais para evitar a contaminação da carne por Salmonella, que é uma preocupação importante para a saúde pública. Isso inclui a inspeção rigorosa dos animais antes do abate e a manutenção da higiene durante todo o processo de processamento da carne (ANTUNES et al., 2011).
A educação e treinamento contínuo dos trabalhadores da granja são fundamentais. Os trabalhadores devem estar cientes das práticas de biossegurança e da importância de sua implementação para prevenir infecções. Eles também devem ser treinados para detectar sinais precoces de infecção em suínos, permitindo intervenções rápidas e eficazes (BARBOSA et al., 2015).
A investigação e monitoramento epidemiológico contínuo são necessários para entender melhor as dinâmicas dessas infecções em populações suínas. Uma pesquisa pode ajudar a identificar fatores de risco específicos, padrões de resistência a antimicrobianos e a eficácia de diferentes estratégias de prevenção e tratamento. Essas informações são cruciais para o desenvolvimento de abordagens mais eficazes para o controle dessas doenças (ZIMMERMAN et al., 2019).
Em termos de saúde pública, as agências de inspeção de alimentos desempenham um papel vital na prevenção da transmissão de Salmonella dos suínos para os humanos. A vigilância rigorosa e o cumprimento dos padrões de segurança alimentar são essenciais para garantir que a carne suína chegue ao consumidor livre de patógenos perigosos (AGUIAR, 2009).
A pesquisa entre veterinários, pesquisadores e produtores de suínos é essencial para enfrentar o desafio das infecções por ETEC e Salmonella. Uma troca de informações e experiências pode levar a uma compreensão mais profunda sobre doenças e estratégias de controle mais eficazes. Além disso, a colaboração internacional pode facilitar o compartilhamento de conhecimento sobre as melhores práticas e inovações no controle dessas infecções (AGUSTINA et al., 2017).
3.2 Disseminação da doença
As infecções bacterianas gastrointestinais, especialmente causadas por Escherichia coli (ETEC) e Salmonella spp., representam uma das principais preocupações na indústria suinícola. Essas doenças não comprometem a saúde e o bem-estar dos suínos, mas também causam impactos econômicos significativos devido aos custos com tratamentos, mortalidade e diminuição do crescimento dos animais. Além disso, algumas dessas infecções têm o potencial de afetar a saúde humana, especialmente quando produtos contaminados entram na cadeia alimentar, enfatizando a importância de estratégias estratégicas de controle e prevenção (ZIMMERMAN et al., 2019).
A Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) é uma das principais causadoras de diarreia neonatal e pós-desmame em suínos. Sua disseminação ocorre majoritariamente através do contato com fezes contaminadas ou por meio de um ambiente contaminado. Infelizmente, práticas inadequadas de manejo, como falhas na limpeza e contaminação das instalações, podem aumentar consideravelmente o risco de infecção. Assim, a prevenção da ETEC depende de uma combinação de melhorias no manejo, higiene e, em alguns casos, uso de vacinas (AGUIAR, 2009).
Por outro lado, a Salmonella spp. em suínos causa não apenas problemas gastrointestinais, mas também, em casos mais graves, septicemia. A contaminação por Salmonella ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada ou pelo contato com outros animais infectados. Controlar a Salmonella é particularmente desafiador devido à sua capacidade de persistir no ambiente e à existência de diversos reservatórios de animais (AGUSTINA et al., 2017).
Vários fatores influenciam a propagação destas infecções bacterianas em suínos, incluindo as práticas de manejo, a densidade de alojamento, o status sanitário da granja e a resistência dos patógenos e antimicrobianos. Altas densidades de alojamento podem facilitar a propagação rápida de patógenos, enquanto práticas confortáveis de limpeza e infecção causadas para a persistência de agentes infecciosos no ambiente (ANTUNES et al., 2011).
Além do impacto direto na saúde animal, as infecções bacterianas gastrointestinais nos suínos têm um impacto econômico significativo. As perdas decorrem de custos com tratamentos, redução no crescimento dos animais e, em alguns casos, morte dos suínos. A salmonelose, em particular, representa um risco para a saúde pública, especialmente quando produtos suínos contaminados são consumidos por humanos. Esta situação destaca a importância vital de práticas rigorosas de biossegurança, medidas de controle na produção de alimentos e a necessidade de uma vigilância constante para prevenir a propagação dessas doenças (BARBOSA et al., 2015).
Portanto, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em
suínos é um componente crítico para a sustentabilidade e a lucratividade da indústria suinícola, assim como para a proteção da saúde pública. A implementação de práticas de biossegurança adequadas, juntamente com uma abordagem proativa no manejo da saúde animal, é essencial para minimizar o impacto dessas doenças.
O diagnóstico preciso dessas infecções é fundamental para um tratamento eficaz e para evitar a propagação da doença. Técnicas como cultura bacteriana e ocorrência em cadeia de polimerase (PCR) são frequentemente empregadas para identificar patógenos específicos em amostras de fezes ou tecidos. Uma vez exposta, a infecção deve ser protegida com o uso de proteção de antimicrobianos, embora a resistência crescente a estes medicamentos seja uma preocupação significativa. Estratégias alternativas, como o uso de probióticos e medidas de suporte nutricional, estão ganhando atenção como complementos ou substitutos para a terapia antibiótica tradicional (ZIMMERMAN et al., 2019).
A gestão ambiental dentro das fazendas também desempenha um papel crucial no controle dessas infecções. Práticas como a gestão adequada de resíduos, manutenção da higiene nas instalações de alimentação e água, e o controle de vetores como roedores e insetos, são essenciais para reduzir o risco de contaminação. Além disso, a rotação de pastagens e a implementação de sistemas de confinamento podem ajudar a controlar a exposição dos suínos a patógenos ambientais (AGUIAR, 2009).
Outro aspecto importante é a educação e o treinamento dos funcionários envolvidos na criação de sonhos. Os trabalhadores devem estar cientes das práticas de manejo que evitam o risco de propagação de infecções, bem como os protocolos a serem seguidos em caso de surtos. Além disso, o monitoramento constante da saúde dos suínos e a resposta rápida a quaisquer sinais de doença são cruciais para controlar a infecção em estágios iniciais (AGUSTINA et al., 2017).
A colaboração entre fazendeiros, veterinários e pesquisadores é vital para o manejo eficaz dessas infecções. A pesquisa contínua é necessária para compreender melhor as dinâmicas de transmissão das doenças, desenvolver vacinas mais eficazes e encontrar soluções para a resistência aos antimicrobianos. Além disso, o compartilhamento de informações sobre surtos e estratégias de controle pode ajudar a comunidade suinícola a responder de forma mais eficaz a essas ameaças (ANTUNES et al., 2011).
Do ponto de vista da saúde pública, a vigilância e o controle rigorosos da qualidade dos produtos adequados são essenciais. Isso inclui inspeções regulares nas granjas e nos processos de abate, bem como uma garantia de que os padrões de segurança alimentar sejam mantidos ao longo da cadeia de produção. Estas medidas ajudam a prevenir a entrada de produtos contaminados no mercado e a proteger os consumidores de infecções transmitidas por alimentos (BARBOSA et al., 2015).
O controle de infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é um processo complexo que requer uma abordagem integrada. Desde práticas de manejo na granja até estratégias inovadoras de tratamento e prevenção, diversos elementos direcionados para a mitigação dessas doenças. A colaboração entre diferentes partes interessadas, juntamente com um compromisso contínuo com a pesquisa e o desenvolvimento, é essencial para proteger a saúde dos suínos, a sustentabilidade da indústria suinícola e a segurança dos consumidores.
A monitorização regular do estado de saúde dos suínos, por meio de exames clínicos e laboratoriais, é essencial para detectar precocemente infecções e implementar medidas de controle apropriadas. Esta prática permite não apenas o tratamento eficaz dos animais afetados, mas também a prevenção da propagação de doenças para o resto dos rebanhos (ZIMMERMAN et al., 2019).
A resistência aos antimicrobianos representa um desafio crescente no tratamento de infecções bacterianas em suínos. A utilização indiscriminada de antibióticos tem contribuído para este problema, destacando a necessidade de estratégias alternativas de controle. A pesquisa sobre novos antimicrobianos, bem como a implementação de práticas de manejo que reduzem a necessidade de seu uso, são essenciais. Além disso, a vacinação pode selecionar um papel crucial na redução da incidência de certas infecções, causando a dependência de tratamentos antibióticos (AGUIAR, 2009).
Outro aspecto importante é a gestão da nutrição e do estresse em suínos. Uma nutrição adequada é fundamental para manter um sistema imunológico forte, enquanto a gestão eficaz do estresse pode reduzir a suscetibilidade dos animais a infecções. Práticas como a fornecida de uma dieta equilibrada e a manutenção de um ambiente calmo e confortável para os animais são componentes importantes do manejo geral da saúde (AGUSTINA et al., 2017).
Além disso, o desenvolvimento de programas educacionais para produtores e trabalhadores da indústria suinícola é vital. Estes programas devem focar nas melhores práticas de manejo, na prevenção de doenças e no uso responsável de antimicrobianos. A educação e a conscientização são ferramentas poderosas para melhorar as práticas de manejo e reduzir a incidência de infecções (ANTUNES et al., 2011).
A cooperação internacional e o compartilhamento de informações também são fundamentais. As doenças não conhecem fronteiras, a troca de informações sobre surtos, medidas de controle e pesquisas pode ajudar a combater a propagação de infecções em nível global. Além disso, a colaboração pode facilitar o desenvolvimento de estratégias mais eficientes e a implementação de políticas de saúde animal mais eficazes (BARBOSA et al., 2015).
Por fim, a sustentabilidade da indústria suinícola está intimamente ligada ao controle eficaz dessas infecções. Práticas de manejo sustentáveis não apenas promovem a saúde animal, mas também minimizam o impacto ambiental da produção suinícola. Isso inclui o manejo responsável de projetos, a redução da pegada de carbono e a utilização eficiente de recursos naturais. Assim, a abordagem ao controle de infecções deve ser integrada e sustentável, visando proteger tanto a saúde animal quanto o meio ambiente (ZIMMERMAN et al., 2019).
Portanto, o controle efetivo das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é um esforço multifacetado que exige uma abordagem integrada e sustentável. Desde a implementação de práticas de biossegurança até o avanço na pesquisa e desenvolvimento, cada estratégia é crucial para a saúde dos rebanhos suínos e a sustentabilidade da indústria. A colaboração entre diferentes stakeholders, aliada ao compromisso contínuo com a inovação e adaptação, é essencial para enfrentar os desafios presentes e futuros na suinocultura.
3.3 Impactos econômicos na produção, bem estar animal e na saúde pública
A indústria suinícola enfrenta desafios significativos devido às infecções bacterianas gastrointestinais em suínos, como a colibacilose e salmonelose. Essas doenças não só afetam a saúde e o bem-estar dos animais, mas também têm um impacto econômico considerável. Os custos associados com tratamentos veterinários e a perda de produtividade, juntamente com medidas preventivas e de controle, representam um fardo financeiro substancial para os produtores. Além disso, a presença dessas doenças pode afetar a exportação de carne suína, pois países importadores frequentemente estabelecem restrições rigorosas a produtos de áreas com surtos de doenças. Esses fatores combinados representam um desafio significativo para a sustentabilidade econômica da produção suinícola (MARCO et al., 2023).
O bem-estar dos suínos é diretamente impactado por essas infecções bacterianas. Doenças como a colibacilose e salmonelose causam desconforto e estresse aos animais, e em casos graves, podem resultar em dor significativa. A gestão eficaz dessas doenças é crucial não apenas para a saúde dos animais, mas também para cumprir normas éticas e de bem-estar. Práticas de manejo que promovam um ambiente saudável e limpo são fundamentais para minimizar a incidência dessas doenças e garantir o bem-estar dos suínos (MORÉS et al., 2012).
Além do impacto na indústria e no bem-estar animal, as infecções bacterianas em suínos também têm implicações importantes para a saúde pública. Salmonella spp., em particular, é uma preocupação, pois pode ser transmitida para humanos através do consumo de carne suína contaminada. O controle eficaz dessas infecções é essencial para proteger a saúde pública e manter a confiança dos consumidores em produtos suínos. A segurança alimentar, portanto, é uma prioridade tanto para produtores quanto para órgãos de saúde pública (SHINOHARA et al., 2008).
A nutrição dos suínos desempenha um papel crucial na prevenção de infecções. Uma dieta balanceada fortalece o sistema imunológico dos animais, tornando-os menos susceptíveis a doenças. A nutrição adequada também pode diminuir a dependência de tratamentos antimicrobianos, que são um custo significativo para os produtores. Assim, uma visão nutricional global e bem-informada é fundamental para a sustentabilidade econômica da produção suinícola (SANTOS, 2023).
Por fim, a compreensão dos aspectos epidemiológicos das infecções bacterianas é vital para implementar estratégias eficazes de prevenção e controle. Analisar padrões de surtos, vias de transmissão e fatores de risco associados à disseminação das infecções ajuda a indústria a tomar decisões informadas sobre medidas de biossegurança e gestão da saúde animal. Esta abordagem não só ajuda a proteger os animais, mas também a minimizar os impactos econômicos e de saúde pública dessas doenças (AGUIAR, 2009).
Portanto, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é um componente crucial para a saúde e bem-estar dos animais, para a sustentabilidade econômica da indústria suinícola e para a proteção da saúde pública. Através de uma combinação de práticas de manejo adequadas, nutrição balanceada, medidas de biossegurança e uma compreensão profunda da epidemiologia dessas doenças, é possível mitigar os impactos negativos e promover uma produção suinícola saudável e sustentável.
A biossegurança envolve uma série de medidas que visam prevenir a introdução e a disseminação de patógenos dentro das instalações. Isso inclui desde a desinfecção regular das instalações até a implementação de protocolos rigorosos para visitantes e novos animais. A manutenção de uma biossegurança eficaz é essencial para proteger os rebanhos de suínos contra infecções e para limitar a propagação de doenças entre as granjas (MARCO et al., 2023).
O manejo ambiental também desempenha um papel crucial na prevenção de infecções bacterianas. Isso envolve a gestão adequada do esterco e de outros resíduos para evitar a contaminação do ambiente e a propagação de patógenos. Além disso, o controle da qualidade da água e dos alimentos fornecidos aos suínos é essencial para prevenir a ocorrência de doenças. Estas práticas de manejo não só contribuem para a saúde dos animais, mas também para a sustentabilidade ambiental da produção suinícola (MORÉS et al., 2012).
A monitorização e o controle de doenças são fundamentais para entender e gerir as infecções bacterianas em suínos. Isso inclui a vigilância regular da saúde dos animais, bem como testes laboratoriais para identificar patógenos. A detecção precoce de doenças permite intervenções rápidas, o que pode significar a diferença entre um surto controlado e uma epidemia em larga escala. A monitorização eficaz também fornece dados importantes para a pesquisa e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento (SHINOHARA et al., 2008).
Além das medidas na granja, a educação e a conscientização dos consumidores sobre a segurança alimentar são fundamentais. Informar o público sobre como manusear e cozinhar adequadamente a carne suína pode ajudar a prevenir a transmissão de infecções bacterianas para os seres humanos. As campanhas de educação pública podem desempenhar um papel vital na promoção de práticas de segurança alimentar e na proteção da saúde pública (SANTOS, 2023).
A pesquisa e o desenvolvimento continuam sendo componentes essenciais no combate às infecções bacterianas em suínos. O investimento em pesquisa é crucial para desenvolver novas vacinas, tratamentos e estratégias de manejo que sejam mais eficazes e sustentáveis. A colaboração entre cientistas, veterinários e produtores é essencial para impulsionar a inovação e melhorar a saúde e o bem-estar dos suínos, bem como a segurança dos produtos suínos (AGUIAR, 2009).
Em resumo, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é multifacetado e requer uma abordagem integrada que englobe a biossegurança, o manejo ambiental, a monitorização e controle de doenças, a educação do consumidor e a pesquisa contínua. Através destas práticas, é possível não só proteger a saúde e o bem-estar dos suínos, mas também minimizar os impactos econômicos para os produtores e proteger a saúde pública. A indústria suinícola, portanto, deve se comprometer com a implementação de práticas sustentáveis e eficazes para garantir uma produção saudável e responsável.
A colaboração internacional em pesquisa e desenvolvimento é crucial para enfrentar eficazmente as infecções bacterianas em suínos. Compartilhar informações sobre surtos, estratégias de controle e avanços científicos pode ajudar a combater estas doenças globalmente. Essa colaboração pode levar ao desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, beneficiando a indústria suinícola em todo o mundo (VASCONCELOS, 2019).
A implementação de tecnologias avançadas na monitorização e no diagnóstico de doenças é outra estratégia importante. O uso de ferramentas de diagnóstico inovadoras, como testes genéticos e biossensores, pode permitir a detecção precoce de infecções, facilitando intervenções rápidas e eficazes. Além disso, a utilização de tecnologias de informação pode ajudar a rastrear a disseminação de doenças e a implementar medidas de controle em tempo hábil (ZANELLA et al., 2016).
A sustentabilidade da produção suinícola é diretamente afetada pela gestão das infecções bacterianas. Práticas sustentáveis não só promovem a saúde animal, mas também reduzem o impacto ambiental da produção. A gestão responsável dos resíduos, a utilização eficiente dos recursos e a redução da pegada de carbono são aspectos importantes para garantir uma produção suinícola sustentável e responsável (ZIMMERMAN et al., 2019).
O impacto dessas infecções no bem-estar dos trabalhadores da indústria suinícola também é um aspecto a ser considerado. Trabalhar em ambientes com alta incidência de doenças pode afetar a saúde física e mental dos trabalhadores, além de aumentar o risco de transmissão de zoonoses. Portanto, garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável é fundamental para o bem-estar dos trabalhadores e para a eficiência da produção (AGUIAR, 2009).
Por fim, a conscientização e o envolvimento da comunidade local são essenciais para o manejo eficaz dessas infecções. Informar a comunidade sobre as práticas de segurança alimentar, a importância do bem-estar animal e as medidas de controle de doenças pode fomentar o apoio público à produção suinícola sustentável e ética. A participação da comunidade também pode ajudar a identificar e responder rapidamente a potenciais surtos de doenças (AGUSTINA et al., 2017).
Em conclusão, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos requer uma abordagem holística que inclua a biossegurança, o manejo genético, a colaboração internacional, a implementação de tecnologias avançadas, a sustentabilidade da produção, a saúde dos trabalhadores e o envolvimento da comunidade. Através destas estratégias, é possível não apenas proteger a saúde dos suínos e minimizar os impactos econômicos, mas também garantir a segurança dos produtos suínos e a saúde pública, contribuindo para uma indústria suinícola sustentável e responsável.
A implementação de sistemas integrados de gestão de saúde animal é um passo crucial para controlar eficazmente as infecções bacterianas em suínos. Estes sistemas envolvem a coordenação de diferentes práticas, desde a biossegurança até o manejo nutricional, para criar um ambiente que minimize o risco de infecções. Além disso, a integração de sistemas de saúde animal com tecnologias de monitoramento e análise de dados pode proporcionar insights valiosos para a prevenção e controle de doenças (MARCO et al., 2023).
O papel da legislação e da regulamentação na gestão de infecções bacterianas não deve ser subestimado. Leis e regulamentos que definem padrões claros para a biossegurança, manejo de doenças e bem-estar animal são essenciais para garantir práticas consistentes e eficazes em toda a indústria suinícola. Além disso, a regulamentação do uso de antimicrobianos é crucial para combater a resistência a antibióticos, um problema crescente no tratamento de infecções bacterianas (MORÉS et al., 2012).
A colaboração entre os setores público e privado é outro aspecto fundamental. Parcerias entre governos, indústria suinícola, instituições acadêmicas e organizações de saúde pública podem facilitar a partilha de recursos, conhecimento e experiências. Essa colaboração pode acelerar o desenvolvimento de novas soluções para o controle de infecções e melhorar a eficácia das políticas de saúde animal (SHINOHARA et al., 2008).
A gestão de riscos é uma parte integral do controle de infecções bacterianas
em suínos. Identificar e avaliar os riscos associados a diferentes práticas de manejo e condições ambientais permite aos produtores tomar decisões informadas que minimizem a probabilidade de surtos de doenças. A gestão de riscos também inclui a preparação para emergências, garantindo que os produtores estejam prontos para responder rapidamente a surtos de doenças (SANTOS, 2023).
O papel da inovação na medicina veterinária na gestão dessas infecções é inestimável. O desenvolvimento de novas vacinas, diagnósticos e tratamentos pode proporcionar ferramentas mais eficazes no combate a infecções bacterianas. Investir em pesquisa e desenvolvimento é crucial para encontrar soluções inovadoras que sejam tanto eficazes quanto sustentáveis (AGUIAR, 2009).
A responsabilidade social das empresas suinícolas também é um aspecto crucial. As empresas devem se comprometer não apenas com a saúde e o bem-estar dos animais, mas também com a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade perante as comunidades locais. Práticas de produção responsáveis podem melhorar a imagem da indústria suinícola e aumentar a confiança dos consumidores (AGUSTINA et al., 2017).
Por último, o monitoramento contínuo das tendências do mercado e dos padrões de consumo pode ajudar a indústria suinícola a se adaptar a mudanças nas demandas dos consumidores e às expectativas relacionadas à segurança alimentar e sustentabilidade. A compreensão dessas tendências é vital para assegurar que a indústria continue a ser economicamente viável e socialmente responsável (ZANELLA et al., 2016).
Em resumo, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é uma tarefa complexa que requer uma abordagem multifacetada. A integração de sistemas de gestão de saúde animal, a regulamentação eficaz, a colaboração intersetorial, a gestão de riscos, a inovação em medicina veterinária, a responsabilidade social das empresas e o monitoramento das tendências de mercado são todos elementos cruciais para o controle destas infecções. Juntos, estes elementos contribuem para a saúde e bem-estar dos suínos, a sustentabilidade econômica da indústria suinícola e a proteção da saúde pública.
A capacitação e formação contínua dos profissionais envolvidos na indústria suinícola são fundamentais para o manejo eficaz das infecções bacterianas. O treinamento regular sobre as melhores práticas de biossegurança, manejo de doenças e cuidados com os suínos garante que todos os envolvidos estejam bem informados e preparados para lidar com as questões relacionadas à saúde animal. Além disso, a formação ajuda a assegurar que as inovações e avanços na área sejam rapidamente implementados nas rotinas das granjas (MARCO et al., 2023).
A gestão da informação é outro aspecto crítico. A coleta e análise de dados sobre a saúde dos suínos, ocorrência de doenças e eficácia de medidas de controle permitem a tomada de decisões baseadas em evidências. Sistemas eficazes de gestão da informação podem ajudar a identificar padrões de doenças, prever surtos e avaliar o impacto de diferentes estratégias de manejo (MORÉS et al., 2012).
As estratégias de comunicação eficaz entre os diversos stakeholders são vitais. Isso inclui a comunicação entre produtores, veterinários, autoridades de saúde e consumidores. Manter todos os envolvidos informados sobre os riscos, medidas preventivas e tratamentos disponíveis é essencial para uma abordagem coordenada e eficaz no controle de infecções (SHINOHARA et al., 2008).
A sustentabilidade financeira das estratégias de controle de infecções também deve ser considerada. O custo de implementação de medidas de biossegurança, tratamentos e outras estratégias de manejo deve ser equilibrado com os benefícios econômicos a longo prazo. Investir em saúde animal e prevenção de doenças pode ser mais custo-efetivo do que lidar com surtos de doenças e suas consequências econômicas (SANTOS, 2023).
A adaptação a novos desafios, como as mudanças climáticas, também é crucial. As mudanças climáticas podem afetar a incidência e a propagação de infecções bacterianas, tornando a adaptação e a resiliência parte integrante das estratégias de manejo. Isso pode incluir a alteração de práticas de manejo para lidar com condições climáticas extremas e o desenvolvimento de raças de suínos mais resistentes a doenças (AGUIAR, 2009).
A transparência e a responsabilidade na gestão das infecções são essenciais para manter a confiança do público na indústria suinícola. Isso inclui a divulgação aberta de informações sobre surtos de doenças, medidas de controle implementadas e os resultados dessas ações. A transparência ajuda a construir uma relação de confiança com os consumidores e as partes interessadas (AGUSTINA et al., 2017).
Por fim, a promoção da pesquisa e do desenvolvimento contínuo é vital para avançar no conhecimento e nas práticas relacionadas ao controle das infecções bacterianas em suínos. O apoio à pesquisa científica pode levar a novas descobertas que melhoram o manejo de doenças, a eficácia dos tratamentos e o bem-estar animal (ZANELLA et al., 2016).
Em resumo, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é um desafio multifacetado que exige uma abordagem holística. A combinação de capacitação profissional, gestão da informação, comunicação eficaz, sustentabilidade financeira, adaptação a desafios emergentes, transparência, responsabilidade e promoção da pesquisa são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos suínos, a viabilidade econômica da indústria suinícola e a proteção da saúde pública.
A implementação de práticas de bem-estar animal é essencial para reduzir o estresse e a susceptibilidade dos suínos a infecções. Isso inclui fornecer espaço adequado, enriquecimento ambiental e minimizar o manuseio estressante dos animais. Estas práticas não só promovem a saúde física, mas também o bem-estar psicológico dos suínos, o que pode ter um impacto positivo na resistência a doenças (MARCO et al., 2023).
O papel dos consumidores na definição de padrões da indústria suinícola também é significativo. A demanda crescente por produtos de origem animal produzidos de forma ética e sustentável está impulsionando mudanças nas práticas da indústria. Os consumidores informados podem exercer uma influência positiva sobre a maneira como os suínos são criados, tratados e processados (MORÉS et al., 2012).
O impacto das infecções bacterianas na imagem pública da indústria suinícola não pode ser subestimado. Surto de doenças podem afetar negativamente a percepção dos consumidores sobre a segurança e a qualidade dos produtos suínos. Portanto, é crucial que a indústria adote uma abordagem proativa no manejo de doenças e na comunicação com o público (SHINOHARA et al., 2008).
As parcerias público-privadas na pesquisa e no desenvolvimento são essenciais para avançar no controle das infecções bacterianas em suínos. Estas parcerias podem facilitar o financiamento de pesquisas, o desenvolvimento de novas tecnologias e a implementação de programas de controle de doenças em larga escala (SANTOS, 2023).
A importância de um enfoque holístico na saúde animal é evidente. O controle eficaz das infecções bacterianas em suínos requer uma abordagem integrada que considere todos os aspectos da saúde animal, desde a nutrição e o manejo até o ambiente de vida e o bem-estar dos animais (AGUIAR, 2009).
A gestão eficaz dos recursos naturais na produção suinícola é também um fator importante para a sustentabilidade. Isso inclui o uso eficiente da água, a gestão responsável dos dejetos e a minimização do impacto ambiental da produção. Tais práticas não só são benéficas para o ambiente, mas também podem contribuir para a saúde geral dos rebanhos e para a redução da incidência de doenças (AGUSTINA et al., 2017).
O impacto das infecções bacterianas nos trabalhadores da indústria suinícola também merece atenção. Além do risco de transmissão de zoonoses, trabalhar em ambientes com alta incidência de doenças pode afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Portanto, garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável é crucial para o bem-estar dos funcionários e para a eficiência da produção (ZANELLA et al., 2016).
Em conclusão, o manejo eficaz das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos é um desafio complexo que requer uma abordagem holística e integrada. A combinação de práticas de bem-estar animal, envolvimento e educação dos consumidores, gestão da imagem pública, parcerias público-privadas, uma abordagem holística à saúde animal, gestão sustentável dos recursos naturais e atenção à saúde e bem-estar dos trabalhadores são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos suínos, a sustentabilidade econômica da indústria suinícola e a proteção da saúde pública. Estas estratégias integradas são vitais para uma produção suinícola responsável e sustentável.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo aborda a complexidade das infecções bacterianas gastrointestinais em suínos, destacando seus impactos na economia, no bem-estar animal e na saúde pública. Enfocamos as infecções predominantes como Escherichia coli e Salmonella spp., que representam desafios significativos para a indústria suinícola, afetando a saúde animal e aspectos econômicos e sanitários da produção. Além disso, discutimos os impactos econômicos dessas doenças, incluindo os custos de tratamento, perdas de produtividade e desafios na exportação de carne, ressaltando o ônus substancial para os produtores e a importância do manejo focado na saúde e bem-estar dos suínos para a viabilidade econômica do setor.
A pesquisa também enfatiza a relevância da saúde pública, considerando os riscos de zoonoses e a segurança alimentar. A prevenção de infecções e a segurança durante o processamento da carne são vitais para proteger os consumidores e manter a confiança nos produtos suínos. Abordamos estratégias de prevenção e controle, incluindo biossegurança, manejo nutricional, vacinação, uso responsável de antimicrobianos e a necessidade de pesquisa contínua, desenvolvimento e colaboração entre os diversos stakeholders na medicina veterinária.
Finalmente, concluímos que uma abordagem integrada é essencial para gerenciar as infecções bacterianas gastrointestinais em suínos. Interligamos a saúde dos suínos, a sustentabilidade da produção, a segurança alimentar e a proteção da saúde pública, ressaltando a importância do comprometimento contínuo de todos os envolvidos na indústria. Enfatizamos que práticas de manejo responsáveis, pesquisa e inovação constantes e colaboração efetiva são cruciais para enfrentar esses desafios, visando um futuro sustentável e próspero para a indústria suinícola.
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