PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE MAMA DE PACIENTES DO HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO NORTE

MAIN RISK FACTORS FOR BREAST CANCER IN PATIENTS OF THE REFERENCE HOSPITAL IN THE NORTH REGION

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12775220


Wellington dos Santos Silva1
Alessandra Marques Bacciotti1
Luciana do Porto Neves de Oliveira2
Francianne Silva Rocha1,2


RESUMO

O câncer de mama é um problema de saúde pública, não só em países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, mas também desenvolvidos, como Estados Unidos e em alguns países da Europa Ocidental. É raro antes dos 35 anos de idade, mas acima dessa faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. A frequência de distribuição dos diferentes tipos de câncer é variável em função das características de cada região, o que enfatiza a necessidade do estudo das variações geográficas, dos fatores de risco e dos padrões desta doença que perpassam pelas particularidades regionais.

O estudo é transversal e descritivo, realizado por meio de entrevista e análise de prontuários clínicos de 114 pacientes atendidas no Hospital Ophir Loyola, entre os anos de 2016 e 2017, no município de Belém, no estado do Pará. Os dados foram apresentados em forma de frequência absoluta e relativa. A maioria das mulheres pesquisadas era parda, com média de idade de 47 anos, encontrava-se acima do peso e possuía baixa escolaridade. Estes fatores de risco para o câncer de mama são passíveis de modificações. 

Palavras-chave: câncer de mama, fatores de risco.

ABSTRACT

Breast cancer is a public health problem, not only in underdeveloped countries such as Brazil but also developed, such as the United States and in some Western European countries, it is rare before the age of 35 but above of this age group, its incidence grows rapidly and progressively. The frequency of distribution of the different types of cancer varies according to the characteristics of each region, which emphasizes the need to study the geographical variations and risk factors of this disease, which is influenced by regional particularities.

Cross-sectional and descriptive study, performed through interviews and clinical records analysis of 114 patients attended at Ophir Loyola Hospital, between 2016 and 2017, in the city of Belém, state of Pará. Data were presented as a frequency absolute and relative. The majority of the women surveyed were brown, with a mean age of 47 years and the majority were overweight and with low schooling, being these risk factors for breast cancer susceptible of modifications.

Keywords: breast cancer, epidemiological profile and risk factors.

INTRODUÇÃO

Câncer é uma palavra originada do termo karkínos, do idioma grego, a qual faz referência ao termo caranguejo. Foi utilizada pela primeira vez por Hipócrates, o pai da medicina que viveu entre 460 e 377 a.C. Há relatos desta doença há mais de 3 mil anos antes de Cristo, no Egito antigo, onde se encontraram múmias que já apresentavam o comprometimento do corpo humano provocado por esta patologia (INCA, 2011).

Segundo Hendges, há dois principais fatores contribuintes para o surgimento do câncer: a hereditariedade e o ambiente. Este último refere-se ao meio em geral onde o ser humano está inserido (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos), o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida) (HENDGES, 2013).

As situações que aumentam as chances de uma pessoa vir a desenvolver uma determinada doença ou sofrer um determinado agravo podem ser encontradas no ambiente físico, ser herdados ou representar hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural (SANTOS; ARAUJO, 2012).

Dessa forma, determinar as variáveis que se relacionam aos fatores de risco na ocorrência para o câncer de mama é de extrema importância, dado que a detecção precoce e tratamento realizado no início do desenvolvimento da doença aumentam a sobrevida e consequentemente a redução da sua morbidade e mortalidade.

Estudos clínicos recentes demonstraram que o risco de desenvolvimento de câncer de mama está fortemente ligado às condições endócrinas moduladas pela função ovariana como a menarca precoce, menopausa tardia, bem como a utilização de estrógenos exógenos (TIEZZI, 2009). Além de nuliparidade ou oligoridade, a primeira gravidez tardia (após os 35 anos) e uso de terapia hormonal. Pois os esteroides sexuais atuam de forma a manter os lóbulos da mama em proliferação constante através da estimulação contínua cíclica da relação estrogénio-progestagénio (ovulação) (NAZARIO, et al 2016).

Outros principais fatores comprovados que aumentam o de risco de desenvolver o câncer de mama é o sexo feminino, idade, história familiar, herança genética, história reprodutiva e menstrual, exposição à radiação, história de doença na mama (TABELA 1).

Estudos recentes comprovam que fatores como o aleitamento materno e exercício físico possuem efeito protetor contra o câncer de mama, enquanto o consumo excessivo de álcool, dieta rica em gordura, síndrome metabólica e persistência da alta densidade mamográfica na pós-menopausa são fatores contribuintes para o desenvolvimento desta patologia (LUCARELLI, 2015).

OBJETIVOS

O presente estudo objetiva descrever os principais fatores de risco aos quais as mulheres atendidas no hospital de referência na região norte do país estão submetidas e correlacionar com o perfil descrito na literatura. Justifica-se a pesquisa dos fatores de risco das pacientes para um melhor conhecimento dos mesmo possibilitando assim um planejamento de atendimento prioritário para as mulheres que estão submetidas a esses fatores e forem acometidas pelo câncer de mama, a fim de melhorar o prognóstico das mesmas. 

MÉTODOS 

Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas Científicas do Hospital Ophir Loyola (HOL). Estudo retrospectivo transversal e descritivo no ano de 2016 e 2017, no município de Belém, estado do Pará, Brasil. Este estudo compreendeu uma amostra de 114 pacientes portadoras de câncer de mama acompanhadas no serviço de mastologia do hospital.

As informações foram obtidas através de entrevista e análise dos prontuários, sendo os dados preenchidos em questionário previamente elaborado. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi submetido às participantes da pesquisa.

Os dados obtidos foram armazenados em planilhas no programa Microsoft Office Excel 2010 para formação de um banco de dados para análise descritiva por intermédio das distribuições de frequências relativa e absolutas e, posteriormente, apresentação dos resultados em tabelas e gráficos.

RESULTADOS

Quanto a média de idade das mulheres pesquisadas foi de 51 anos (entre 26-80 anos), e a maioria (75%) estava acima do peso (TABELA 2). Sendo os hábitos de etilismo mais prevalentes que o tabagismo (28,07% vs 16,67%) conforme tabela 3.

Em relação aos antecedentes ginecológicos e obstétricos das pesquisadas observou-se que a média de idade na menarca foi de 13 anos, coitarca de 18 anos e início da menopausa foi de 47,3 anos nas mulheres pós-menopausadas (63,15%). Foi feito uso de anticoncepcional por 43,86 % das entrevistadas, e a maioria (87,72%) não fez uso de terapia de reposição hormonal (TRH). Das pacientes com filhos (102 casos), apenas uma mulher relatou não ter amamentado, deste modo, 99% das mulheres amamentaram, das quais 85% amamentaram por mais de seis meses. A média de idade da mulher na primeira gestação foi de 21 anos e a média de filhos por mulheres foi de quase 3 (tabelas 4 e 5).

Quanto aos antecedentes familiares, 27,19% das pacientes tinham história de câncer de mama na família, nas quais os parentes com maior frequência de acometimento foram tia materna, com acometimento pelo câncer com média de idade em torno de 50 anos. Sobre outros tipos de câncer na família (irmãos, tios, pais e primos) foi referido por 42% das mulheres pesquisadas, dos quais o câncer gástrico foi o de maior ocorrência. (TABELA 6 E 7).

DISCUSSÃO 

Este estudo mostrou que a média de idade das mulheres paraenses acometidas por câncer de mama, atendidas em hospital de referência da região norte, foi de 51 anos e aproximadamente 75% estavam acima do peso, a maioria (83,3 %) das pacientes era não tabagista ou já havia parado de fumar por mais de cinco anos, 71,93% dos casos era não etilista. Esses achados são semelhantes a outros estudos como de Matos, Pelloso e Carvalho (2010), realizado em Maringá no estado do Paraná, região sul do país, em que a média da idade das pacientes foi maior que 50 anos, a maioria era não etilista, não tabagista e encontrava-se acima do peso.

É referido na literatura que a idade constitui um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento do câncer de mama. E neste estudo observou- se que a média de idade para o desenvolvimento da doença foi de 47 anos. Assim como outros estudos, este inferiu que o câncer de mama é mais prevalente em mulheres de idade mais avançada, por volta da quarta e quinta década de vida (PINHO e COUTINHO, 2007; JUNG et al., 2014, LLOGA et al., 2017)

Hábitos de vida como tabagismo e etilismo, neste estudo, foram relacionados com estilo de vida saudável, pois a maioria das mulheres não fumava e não fazia uso de bebida alcoólica. As estilistas relataram consumo da bebida apenas socialmente (pouca ingesta de bebida alcoólica), o que evidencia uma preocupação da mulher em relação a sua saúde, principalmente à medida que ficam mais velhas. Esses achados são semelhantes a outros estudos (MATOS, PELLOSO e CARVALHO, 2010, JUNG et al., 2014)

O etilismo é considerado potencial fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama (INCA, 2016). Pois, estudos indicam que o consumo de álcool pode aumentar os níveis séricos de estrogênio por meio do acetaldeído e a atividade de transcrição do receptor de estrógeno, elevando a resposta da célula à ação deste hormônio, influenciando no desenvolvimento do câncer de mama (SANTOS et al., 2013, MARTINEZ, SOUZA E AMADEI, 2016).

Além da influência hormonal, o etanol age aumentando a permeabilidade da membrana celular a carcinógenos, inibindo a detoxificação desses carcinógenos pelo fígado, causando prejuízo no metabolismo de nutrientes e induzindo ao estresse oxidativo. A associação entre câncer de mama e álcool é dose-dependente (MARTINEZ, SOUZA E AMADEI, 2016).

O tabagismo é um fator de risco de câncer de mama ainda não totalmente esclarecido, pois a literatura apresenta resultados contraditórios (INCA 2015). Entretanto, há evidências de que ele aumenta também o risco desse tipo de câncer em torno de 35%, pois entre as substâncias que compõem o tabaco (6.700 substâncias) quase 5.000 contêm poder mutagênico (BATISTON et al., 2011).

A relação da obesidade e câncer de mama é estudada há mais de 30 anos e vem sendo correlacionada como fator de risco e prognóstico desfavorável para pacientes com a doença (PAPA et al., 2013). Assim, estudos revelam que a  obesidade é um importante fator de risco para a incidência de câncer de mama na pós-menopausa e fator de risco para recorrência e morbidade da doença câncer em mulheres pré e pós-menopausadas (ROCH et al., 2014; Picon‐Ruiz et al., 2017).

De acordo com o trabalho de Neuhouser e colaboradores (2015), com 67.142 mulheres na pós-menopausa com idade entre 50-79 anos, a obesidade está associada ao aumento do risco de câncer de mama invasivo em mulheres na pós- menopausa em relação às mulheres com peso normal, sendo maior esse risco quando o IMC (índice de massa corporal) for maior ou igual 35 kg/m².  

Este estudo observou que das 114 mulheres com câncer de mama pesquisadas apenas 24,56% estavam com o peso normal, assim, a maioria das mulheres estava acima do peso. Esse dado é correspondente ao encontrado em outros trabalhos descritos na literatura (JUNG et al., 2014; LLOGA et al., 2017). O estudo de coorte realizado por Agnoli et al. (2015), com 22.494 mulheres recrutadas, em 1993-1998, de quatro centros italianos e acompanhadas por 15 anos, mostrou que a síndrome metabólica constitui fator de risco para câncer de mama em mulheres na pós-menopausa, mas não em mulheres na pré- menopausa. E este trabalho mostrou que a maioria das mulheres estava na pós- menopausa e acima do peso. 

A obesidade pode interferir no tratamento da doença, pois pacientes obesas recebem menor dose de quimioterapia devido à possibilidade de toxicidade excessiva, quando a dose é calculada de acordo com o peso real do paciente, assim, frequentemente os oncologistas reduzem de forma empírica a dose, o que pode interferir na redução do tamanho do tumor (PAPA et al., 2013).

Quando há tecido adiposo em demasia ocorre o aumento da produção de estrogênios, pois a enzima aromatase é encontrada nas células adiposas e faz a conversão de androstenediona em estrogênio. Ocorre o aumento da insulina, leptina e liberação de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-6 (IL6); a proteína C- reativa (PCR) e o fator de necrose tumoral-α (TNF-α). Ocorre também uma diminuição da produção de globulina de ligação a hormonas sexuais (SHBG), isso está relacionado com a recorrência e progressão do câncer da mama (DOERSTLING, O’FLANAGAN e HURSTING, 2017).

Desta forma, o peso constitui um fator de risco modificável, através de alimentação saudável e prática de exercícios físicos. Os estudos mostram que uma alimentação rica em frutas e verduras relaciona-se com a prevenção do câncer de mama, por possuir propriedades antioxidantes e baixo teor de gordura, o que pode diminuir os níveis de estrogênio circulante (SEDÓ et al., 2013; JUNG et al., 2014).

O trabalho de Silva, Mendes e Silveira (2013) realizado com 102 mulheres evidenciou significativamente que a escolaridade influencia no conhecimento do diagnóstico da doença e que quanto menor o nível de graduação maior é a dificuldade de compreensão da doença. Com isso, infere-se que o baixo nível de conhecimento interfere no tratamento, devido à dificuldade de compreensão das orientações, mas não na adesão. 

Condições endócrinas moduladas pela função ovariana, como menarca precoce, menopausa tardia e gestação, assim como a utilização de estrógenos exógenos são componentes relevantes do risco de desenvolvimento de Neoplasia mamária (SOUSA, FIGUEREDO E FERNANDES, 2016). Mulheres que tiveram seu primeiro período menstrual antes dos 12 anos têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama (NCI, 2012). Sobre antecedentes ginecológicos neste estudo, a média de idade na menarca foi de 13 anos e a idade mínima da entrada na menarca foi de 10 anos, e a máxima de 17 anos, semelhante aos estudos de Matos, Pelloso e Carvalho (2010) e Jung et al. (2014).

Os estudos afirmam que mulheres que entram na menarca precoce, antes dos 12 anos de idade, possuem risco aumentado para o câncer de mama, devido à ação hormonal, estímulo estrogênico em lóbulos ainda indiferenciados sujeitos a alterações (INUMARU, SILVEIRA e NAVES, 2011).

A menopausa tardia, idade maior que 55 anos, também está relacionada com maior risco da doença neoplásica mamária, devido ao longo período de estimulação de estrogênio e progesterona nas mamas (MATOS, PELLOSO E CARVALHO, 2010; NCI, 2012). Este estudo constatou que 63,15% das pacientes estavam na menopausa e 36,85% eram pré-menopausadas.

Das entrevistas, 43,86% fizeram uso de anticoncepcional oral (ACO) com média de tempo de uso de 6,8 anos. No trabalho de Jung et al (2014) que teve por objetivo identificar os fatores de risco associados ao câncer de mama em Porto Alegre, no RS, mostrou, assim como este, que 60% das mulheres pesquisadas não faziam uso do contraceptivo oral.

Um estudo realizado na Dinamarca avaliou a associação entre o uso de ACO e o risco de câncer de mama invasivo em um estudo de coorte prospectivo, envolvendo 1,8 milhão de mulheres acompanhadas por aproximadamente 10 anos, entre 15 e 49 anos de idade. Este estudo mostrou que o risco de câncer de mama foi maior entre mulheres que fazem uso ou usaram ACO de baixa dose hormonal do que entre mulheres que nunca fizeram uso, e o risco aumenta de acordo com o tempo de uso (MØRCH et al., 2017).

Uma revisão de 47 estudos epidemiológicos realizados em 30 países envolveu 50.302 mulheres com câncer de mama invasivo e 96.973 controles, indica que o risco relativo de câncer de mama diminuiu em 4,3% (IC95% 2,9-5,8; p <0,0001) para cada 12 meses de amamentação. Deste modo, quanto mais tempo de amamentação, mais protegida a mulher estará contra o câncer de mama, independentemente da origem étnica, idade, etnia, presença ou não de menopausa e número de filhos.

Este trabalho revelou que das pacientes com filhos (102 casos), apenas uma mulher relatou não ter amamentado, deste modo, 99,02 % das mulheres amamentaram, das quais 85% amamentaram por mais de seis meses. Desta forma, o efeito protetor da amamentação no câncer de mama deve ser levado em consideração, pois é um fator de risco que pode ser modificado pela prática do aleitamento materno (BATISTON et al., 2011).

Foi encontrada uma média de idade da mulher na primeira gestação de 21 anos, com faixas etárias entre 13 a 35 anos, semelhante a outros estudos desenvolvidos no Brasil (MATOS PELLOS e CARVALHO, 2010; JUNG et al., 2014). Esses dados relacionam-se em importância com o câncer de mama pelo fato de que a gestação tardia e a nuliparidade constituírem fator de risco para o desenvolvimento do câncer mamário (MATOS PELLOS e CARVALHO, 2010). Diante disso, quando a primeira gestação ocorre em idade reprodutiva precoce, ajuda a diminuir os ciclos ovulatórios que estimulam as células mamárias, sendo assim, um fator de proteção contra mudanças das células mamárias, visto que a gestação tardia e nuliparidade tornam as mulheres mais vulneráveis ao câncer, pois possuem quantidade de lóbulos com maior número de células indiferenciadas (URSIN et al., 2005 ; JUNG et al., 2014).

O antecedente familiar de câncer de mama é considerado fator de risco que se encontra presente quando há pelo menos um parente do primeiro grau, como mãe, irmã e filha acometida pela doença. Alterações em genes como os da família BRCA, aumentam o risco de desenvolver câncer de mama. Entretanto, cerca de nove em cada dez casos de câncer de mama ocorrem em mulheres sem história familiar (INCA 2015).

CONCLUSÕES

Neste estudo observou-se que a maioria das mulheres estudadas estava com média de idade de 51 anos. Sendo que a maioria referiu não fazer ingestão de bebida alcoólica e/ou cigarros, no entanto, estavam acima do peso, com a média de idade de  47 anos, para menopausa e de 13 anos, para menarca. Grande parte não fez uso de contraceptivo oral ou TRH. Apenas 11% das mulheres não tinham filhos, sendo o período de amamentação, entre as que tiveram filho, por mais de seis meses. O grau de parentesco com maior acometimento de câncer foi de tia paterna e materna. 

Em relação aos principais fatores de risco para o câncer de mama, o sobrepeso e a idade foram as se identificou neste estudo. Deste modo, é necessário que ações para detecção precoce do câncer façam parte da atenção integral à saúde, como exame clínico das mamas, acesso rápido a mamografia e orientações quanto a um estilo de vida com hábitos saudáveis e controle do peso.

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1Universidade Federal do Pará
2Universidade do Estado do Pará
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