PRIMEIROS SOCORROS: CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM UM MUNICÍPIO MARANHENSE  

FIRST AID: KNOWLEDGE OF BASIC EDUCATION TEACHERS IN A MUNICIPALITY IN  MARANHÃO

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ch10202507251640


Julia de Sousa Costa1; Suellen Regina Pereira da Cruz2; Gabriely Vieira Perinazzo da Silva3; Nathália Rocha Faria4; Senndy Madonh da Silva dos Santos5; Joanilce Nazareno Martins6; Joana Morena de Carvalho do Nacimento7; Naiara Coelho Lopes8 


Resumo 

O ambiente escolar é propício à ocorrência de acidentes, pois as crianças e adolescentes, pela  sua natureza exploratória, têm interesse em experimentar novas situações. Durante esta fase  crucial do desenvolvimento de suas habilidades, eles estabelecem interações que podem  resultar em acidentes dentro desses espaços. Dessa forma, esta pesquisa objetivou identificar  o nível de conhecimento dos professores da educação infantil e do ensino fundamental I da  rede municipal em relação aos primeiros socorros na cidade de Loreto-MA. Trata-se de um  estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Como instrumento para a coleta de dados  utilizou-se um questionário através da plataforma Google Forms, com questões de múltipla  escolha. Os resultados revelaram que a maioria dos profissionais não recebeu capacitação  específica na área de primeiros socorros. As questões com maior percentual de acertos  estavam relacionadas a queimaduras e cortes e arranhões, enquanto as com menor percentual  de acerto abordavam torções e lesões na cabeça. As situações em que a maioria dos  profissionais demonstrou não saber como agir estavam relacionadas à PCR e torções. Além  disso, muitos profissionais não possuem pleno conhecimento sobre a Lei Lucas. Diante disso,  evidencia-se a necessidade de inserir o enfermeiro nas escolas, por meio do Programa Saúde  na Escola (PSE), com o objetivo de implementar a educação continuada em saúde. Isso  permitirá capacitar funcionários e professores para agirem de maneira adequada em situações  que exijam medidas de primeiros socorros, contribuindo para a criação de um ambiente  escolar mais seguro e preparado para lidar com emergências. 

Palavras-chave: Conhecimento. Professores. Primeiros Socorros. 

1 INTRODUÇÃO 

Os acidentes representam a principal causa de óbito para crianças de 1 a 14 anos no  Brasil. Anualmente, mais de 3.300 crianças perdem a vida devido a esses eventos, e outras  112 mil são hospitalizadas em estado grave. Em média, nove crianças brasileiras falecem  diariamente em decorrência de acidentes (Criança Segura, 2023). 

O ambiente escolar é propício à ocorrência de acidentes, pois as crianças e  adolescentes, pela sua natureza exploratória, têm interesse em experimentar novas situações.  Durante esta fase crucial do desenvolvimento de suas habilidades, eles estabelecem interações  que podem resultar em acidentes dentro desses espaços (Silva, et al., 2019).  

É estimado que entre 10% e 25% dos acidentes que resultam em lesões em crianças  com menos de 14 anos aconteçam na escola ou em suas proximidades (Malta et al., 2021).  Diante do aumento constante desses casos, torna-se evidente a relevância de capacitar os  professores das instituições, a fim de que possam atuar de forma eficaz em situações adversas  (Pedrosa; Gusmão, 2021). 

Os primeiros socorros (PS) consistem em ações imediatas destinadas a uma pessoa que  sofre um acidente ou mal súbito, para preservar a vida e prevenir o agravamento de condições críticas até a chegada de assistência especializada. Qualquer pessoa treinada pode executá-los  com serenidade, compreensão e confiança (American Heart Association, 2020). A falta de conhecimento em primeiros socorros pode trazer inúmeros problemas,  como manipulação incorreta da vítima ou falta de preparo psicológico para atender com  eficiência o acidentado (Nogueira et al., 2022). Dessa forma, o domínio sobre os cuidados  iniciais a serem prestados por parte dos professores é imprescindível, podendo evitar desde  o chamamento desnecessário de socorro especializado até manter uma vida. Na maioria dos cursos de licenciatura, há uma ausência quase total de disciplinas  dedicadas ao ensino de procedimentos básicos de primeiros socorros. Isso resulta em uma  falta de preparo dos professores para lidar com situações de urgência no ambiente escolar  (Faria et al., 2020). 

Em 2018, no Brasil, foi criada a Lei nº 13.722, também chamada de Lei Lucas, que  torna obrigatório o treinamento em primeiros socorros para professores e colaboradores de  instituições de ensino da educação básica e recreação infantil, sejam públicas ou privadas  (Brasil, 2018).  

Apesar dessa obrigatoriedade, estudos evidenciam que os profissionais da educação  possuem um baixo nível de conhecimento em primeiros socorros, não sendo capazes de lidar  adequadamente com situações de emergência (Costa et al, 2023). 

A partir disso, surgiu o interesse em saber qual o nível de conhecimento em primeiros  socorros dos professores da educação básica em um município maranhense, devido à alta  frequência de situações de urgência no ambiente escolar segundo dados apresentados pela  literatura, que exigem respostas rápidas e adequadas para garantir a segurança dos alunos. 

Diante do exposto, a questão norteadora da presente pesquisa é: qual o nível de  conhecimento em primeiros socorros dos professores da educação básica? Para tanto, partiu-se das seguintes hipóteses: a maioria dos professores podem já ter  presenciado uma situação onde fossem necessários os primeiros socorros, os professores  podem apresentar pouco conhecimento sobre primeiros socorros; os professores podem não  ter recebido treinamento sobre os primeiros socorros nas escolas.  

A pesquisa possui como objetivo geral identificar o nível de conhecimento dos  professores da educação infantil e do ensino fundamental I da rede municipal em relação aos  primeiros socorros na cidade de Loreto-MA. Além de descrever o perfil sociodemográfico e  profissional dos professores; verificar se os professores já presenciaram alguma situação de  emergência dentro do ambiente escolar que necessitou de atendimento em primeiros socorros; investigar se os professores já receberam treinamento em primeiros socorros; e verificar o  conhecimento dos professores sobre a Lei nº 13.722/18. 

Acidentes escolares são imprevisíveis e podem ocorrer a qualquer momento, exigindo  respostas rápidas e eficazes. Este estudo é relevante por identificar lacunas no preparo dos  professores para lidar com situações de emergência, destacando a necessidade de formação  contínua em primeiros socorros.  

Ao abordar essas fragilidades, a pesquisa visa orientar o desenvolvimento de  programas que capacitem os educadores, promovendo um ambiente mais seguro para alunos e  fortalecendo a confiança de toda a comunidade escolar. Assim, o estudo contribui diretamente  para a proteção e o bem-estar no espaço educacional. 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Acidentes no ambiente escolar 

Devido às suas características físicas, comportamentais e de desenvolvimento, as  crianças e adolescentes em idade escolar apresentam maior suscetibilidade a enfrentar  intercorrências de saúde (Faleiros et al, 2021). 

Dentre as situações de emergência mais frequentes na escola estão: choque elétricos,  ferimentos, quedas, contusões, afogamentos, engasgos, sangramentos nasais, queimaduras,  asfixia devido a engasgo por corpo estranho, entorses, luxações, fraturas, cortes e escoriações,  juntamente com condições clínicas específicas de cada indivíduo, como convulsões, síncopes  (Grimaldi et al., 2020; Pina; Martelli; Delbim, 2022). 

De acordo com Cruz et al. (2022): “Diante de um acidente, qualquer pessoa com  pouco conhecimento e técnica pode prestar uma assistência e evitar o agravamento do  problema, até que a vítima receba atendimento especializado”. 

A instituição escolar representa um ambiente em que crianças e adolescentes  permanecem uma parte substancial do dia, havendo uma incidência comum de acidentes  devido à presença de áreas de risco, como pátios, corredores, parques, banheiros, salas de  aula, escadas e quadras poliesportivas (Grimaldi et al., 2020). Diante disso, é essencial haver  indivíduos devidamente treinados para prestar socorro nesse ambiente. 

Por serem as pessoas com maior contato com as crianças e adolescentes nas  instituições de ensino, os professores devem possuir o conhecimento necessário para prestar  assistência em situações de emergência. No entanto, devido à sua formação centrada na  educação, os professores possuem conhecimentos e habilidades limitados para fornecer esse  tipo de cuidado (Cruz et al., 2022).

Estudos de comparação entre os resultados do pré e pós-teste evidenciam que o  treinamento em primeiros socorros para professores aumenta de forma significativa o  conhecimento sobre o assunto, havendo aumento no percentual de acerto das questões  (Moreira et al., 2021; Lima et al., 2021; Oliveira et al., 2022). Esses dados sugerem que a  capacitação é uma maneira eficaz para preencher a lacuna de conhecimento sobre os cuidados  iniciais. 

2.2 A importância dos Primeiros Socorros 

Os primeiros socorros são ações iniciais que devem ser realizadas de maneira imediata  em uma vítima de acidente ou mal súbito, a fim de preservar as suas funções vitais e evitar  piora do quadro até a chegada de profissionais especializados para prestar atendimento. Esses  cuidados iniciais podem ser realizados pela população geral, não necessariamente por um  profissional da saúde, desde que tenha o conhecimento adequado (Cornacine et al, 2019). 

A necessidade de aplicação de primeiros socorros é uma ocorrência comum nas  escolas, sobretudo no ambiente da educação infantil. A ausência de conhecimento sobre os  procedimentos iniciais pode resultar em diversos problemas, incluindo a omissão de socorro e  a manipulação inadequada da vítima, agravando a situação ou resultando em chamadas  desnecessárias para os serviços de emergência (Possuelo, 2022). 

Segundo informações do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no ano  de 2021, foram contabilizados 43.442 óbitos na faixa etária de zero a 14 anos. Dentre esses,  4.427 óbitos foram atribuídos a causas externas. Os acidentes de transporte constituem 966  desses casos, seguidos por afogamentos, com 839 casos, lesões autoprovocadas, com 224  casos, e quedas, com 158 casos (Brasil, 2021). 

De acordo com o Ministério da Saúde (2013) um acidente é definido como um evento  não intencional e evitável que resulta em lesões físicas e/ou emocionais, ocorrendo tanto no  ambiente doméstico quanto em outros contextos sociais, como no trabalho, no trânsito, na  escola, em atividades esportivas e de lazer. 

Segundo Grimaldi et al. (2020), o ambiente escolar, onde crianças e adolescentes  passam boa parte do dia, apresenta diversos locais de risco, como pátios, corredores, parques,  banheiros, salas de aula, escadas e quadras poliesportivas. Por isso, é essencial que se tenha  conhecimento adequado sobre como intervir em situações emergenciais, já que um  atendimento inadequado pode agravar o estado de saúde da vítima. 

As diretrizes da American Heart Association (2020), destacam a necessidade crucial  de pronto atendimento em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) por socorristas leigos. Isso se justifica pelo fato de que, em situações de emergência, muitas vezes são pessoas sem  formação na área da saúde que se encontram presentes, tornando essencial que a população  esteja familiarizada com os procedimentos adequados relacionados aos primeiros socorros.  

A dificuldade em identificar uma parada cardíaca ainda impede o salvamento de um  maior número de vidas. São definidos como principais pontos para o suporte básico de vida:  reconhecer a parada cardíaca e iniciar RCP, solicitar ajuda ao serviço médico de urgência,  iniciar as compressões torácicas, obter um desfibrilador automático externo (DEA) e aprender  a fazer RCP (European Resuscitation Council, 2021). 

Tendo em vista que acidentes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer  momento, os primeiros socorros, também denominado suporte básico de vida, devem ser  ensinados para a maior quantidade de pessoas possível, a fim de contribuir para um maior  número de vidas salvas. 

2.3 Programa Saúde na Escola 

A escola é um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e de prevenção  de agravos à saúde e de doenças. Para normatizar as ações relacionadas à saúde no ambiente  escolar, o Decreto nº 6.286, datado de 05 de dezembro de 2007, estabeleceu o Programa  Saúde na Escola (PSE), que tem como objetivo colaborar para a formação integral dos  estudantes da rede pública de educação básica, por meio de iniciativas voltadas à prevenção,  promoção e atenção à saúde (Brasil, 2011). 

O PSE é estruturado em cinco elementos fundamentais: avaliação das condições de  saúde dos estudantes, abrangendo crianças, adolescentes e jovens nas escolas públicas;  promoção da saúde e prevenção de doenças; educação contínua e capacitação dos  profissionais de saúde e educação, além dos jovens; e avaliação constante tanto da saúde dos  estudantes quanto do programa como um todo (Brasil, 2011). 

O programa é resultado da parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação e tem  como objetivos: promover a saúde e fomentar uma cultura de paz, coordenar as ações do setor  da saúde e da educação, fomentar condições para a formação completa dos estudantes,  contribuir para a estruturação de um sistema de atenção social, fortalecer a abordagem das  vulnerabilidades, facilitar a comunicação entre escolas e unidades de saúde, reforçar a  participação da comunidade nas políticas de saúde e educação básica em todos os níveis  governamentais (Brasil, 2007). 

O enfermeiro desempenha um papel fundamental na educação em saúde da população,  especialmente por sua experiência em atividades e programas educativos, como o Saúde na Escola, voltados para a promoção da saúde no ambiente escolar. Dessa forma, é  responsabilidade do enfermeiro levar conhecimento às escolas, utilizando seu saber e  competência para capacitar os profissionais envolvidos nesse processo (Dutra et al., 2021). 

No contexto dos primeiros socorros, possui a capacidade de orientar os profissionais  da educação para agirem diante de emergências, capacitando-os a reconhecer incidentes ou  condições médicas súbitas. Isso permite uma atuação correta, aplicando os procedimentos  adequados para garantir uma qualidade superior no atendimento à vítima (Mantovani, 2023  apud Oliveira, 2016). 

2.4 Lei nº 13.722: Lei Lucas 

No dia 4 de outubro de 2018 foi sancionada a Lei nº 13.722, conhecida também como  Lei Lucas, que torna obrigatória a capacitação em primeiros socorros para professores e  colaboradores de instituições de ensino públicas e privadas de educação básica, bem como  para estabelecimentos de recreação infantil (Brasil, 2018). 

Essa lei surgiu após o falecimento de um menino de 10 anos de idade durante um  passeio escolar, decorrente de um engasgo com alimento. Na ocasião, não havia ninguém que  tivesse conhecimento para realizar os primeiros socorros e realizar a manobra de desengasgo.  Alessandra Begalli Zamora, mãe de Lucas, relatou que o filho foi socorrido em estado grave e  inconsciente pelo SAMU, apresentando parada cardiorrespiratória e sinais de morte cerebral.  Infelizmente, ele faleceu dias depois devido a asfixia por engasgamento (Zamora, 2021). 

A tragédia vivida pela mãe da criança a motivou a buscar uma solução para evitar que  outras crianças passassem pela mesma situação. Seu esforço resultou no desenvolvimento de  uma lei voltada à capacitação de profissionais da educação infantil e básica, bem como de  funcionários e professores de escolas públicas e privadas, para prestar primeiros socorros aos  estudantes (Ferreira et al., 2022). 

A Lei Lucas determina que o curso de capacitação em primeiros socorros deverá ser  ofertado anualmente e que os estabelecimentos de ensino ou recreação, tanto públicos quanto  privados, devem possuir kits de primeiros socorros conforme as diretrizes das entidades  especializadas em atendimento emergencial à população (Brasil, 2018).

3 METODOLOGIA  

3.1 Tipo de Estudo 

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, com o objetivo de  identificar o nível de conhecimento dos professores da educação infantil e do ensino  fundamental I da rede municipal em relação aos primeiros socorros na cidade de Loreto-MA. 

A pesquisa descritiva visa fornecer uma descrição detalhada de um fenômeno ou  situação, permitindo uma compreensão clara das características de um indivíduo, grupo ou  situação, além de revelar a relação entre os eventos. Seu propósito principal é observar e  registrar os fenômenos sem investigar profundamente. Assim, essa abordagem busca apenas  determinar a frequência com que um sistema, método, processo ou realidade operacional  funciona (Pedroso; Silva; Santos, 2017).  

Nos métodos quantitativos, os dados são coletados em forma numérica por meio de  medições de grandezas, resultando em números acompanhados de unidades correspondentes.  Esses métodos produzem conjuntos extensos de dados que podem ser analisados utilizando  técnicas matemáticas, tais como porcentagens, estatísticas, probabilidades, métodos  numéricos, métodos analíticos e o desenvolvimento de equações ou fórmulas matemáticas  aplicáveis a determinados processos (Pereira et al, 2018).  

3.2 Cenário da Investigação 

A pesquisa tem como cenário o município de Loreto, situado no sul do estado do  Maranhão, na região das Chapadas das Mangabeiras. Em 2022, a população era de 11.597  habitantes, com uma densidade demográfica de 3,22 habitantes por quilômetro quadrado  (IBGE, 2022). 

A cidade conta com quatro escolas de ensino infantil, quatro escolas de ensino  fundamental I e II, uma escola estadual de nível médio, além de uma escola particular que vai  do ensino infantil ao ensino fundamental I. Para tanto, utilizou-se como campo de pesquisa as  escolas da rede pública de ensino infantil e ensino fundamental I, pertencentes à Zona Urbana  do município, devido a questões de acesso.  

De acordo com dados das coordenações das escolas, o grupo de professores da  educação infantil e do ensino fundamental I do município é composto por 83 professores,  podendo entre esses haver profissionais que trabalhem em mais de uma escola.

3.3 Participantes da Pesquisa 

Compuseram o estudo os professores de ensino infantil e ensino fundamental I das  escolas da rede pública da cidade de Loreto-MA que se enquadraram dentro dos critérios de  inclusão e manifestaram consentimento para participar da pesquisa através da aceitação do  Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B). 

Como critérios de inclusão foram utilizados: atuar como professor na educação infantil  ou de ensino fundamental I na rede municipal, ter mais de 18 anos e aceitar participar da  pesquisa consentindo por meio do TCLE. E os critérios de exclusão foram: estar de licença,  férias ou afastamento durante o período da coleta de dados, ter menos de 18 anos e não aceitar  participar da pesquisa por meio do TCLE. 

Para determinar a quantidade de professores que participariam da pesquisa e facilitar a  operacionalização do estudo, foi realizado um cálculo de amostragem. De acordo com Silva,  Fernandes e Almeida (2015), quando um estudo envolve um grande número de entrevistados,  a delimitação de uma amostra torna-se justificável, seja por questões de inviabilidade  econômica, limitação de tempo ou outras impossibilidades práticas.  

Portanto, através de amostragem aleatória simples foi realizado o cálculo amostral,  tendo a população conhecida de 83 professores do ensino infantil e fundamental I no  município de Loreto-MA, utilizando-se a equação de Fonseca e Martins (1996):

Onde:

Assim:

Dessa forma, obteve-se um tamanho amostral de 63 professores, considerando-se erro  relativo tolerável de 5% e intervalo de confiança de 95%, na população finita de 83  professores do ensino infantil e fundamental I no município de Loreto-MA. Para alcançar esse  número, 66 foram convidados a participar. A pesquisa teve fim ao alcançar o tamanho  amostral necessário.  

3.4 Instrumentos, Procedimentos e Período de Coleta de Dados 

Como instrumento para a coleta de dados utilizou-se um questionário (APÊNDICE A)  através da plataforma Google Forms. O questionário compõe-se de duas partes: 10 questões  com objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico e profissional dos participantes e 13  questões específicas de múltipla escolha sobre os primeiros socorros.  

O instrumento foi elaborado tendo como base as Diretrizes Internacionais de Primeiros  socorros (2020) e American Heart Association (2020) e aborda questões relacionadas a asfixia  (engasgo), queimaduras, convulsão, ferimentos, fratura, entorses e torções, hemorragias, lesão  na cabeça, sensação de desmaio e parada cardíaca. 

A coleta foi realizada no período de julho de 2024 a agosto de 2024. Inicialmente, os  participantes foram abordados nas escolas, durante horário de trabalho, para uma breve  apresentação e convite para participar da pesquisa, além de respectivos esclarecimentos sobre  a mesma. Após isso, foram abordados por aplicativo de mensagens (WhatsApp) para envio do link do formulário. A contabilização das respostas foi feita através do Google Forms até que  fosse atingido o total da amostra. 

3.5 Organização e Análise dos Dados 

Os dados coletados através do Google Forms foram tabulados e analisados no  Microsoft Office Excel, versão 2016. 

Conforme destacado por Samara e Barros (2007), a tabulação de dados consiste na  conversão das respostas em formatos numéricos, simplificando assim a interpretação e análise  dos dados com o auxílio de planilhas. 

Os dados foram analisados utilizando a estatística descritiva, cujo principal objetivo é  sintetizar uma série de valores de mesma natureza, permitindo uma compreensão mais ampla  das variações observadas. Essa abordagem estatística foca na coleta, organização e  apresentação dos dados obtidos, conforme destacam Sampaio, Assumpção e Fonseca (2018). 

A estatística descritiva organiza e descreve os dados de três formas principais: tabelas,  gráficos e medidas descritivas (Guedes et al., 2005). As tabelas funcionam como quadros que  sintetizam um conjunto de observações, enquanto os gráficos oferecem uma maneira visual de  representar os dados, facilitando uma compreensão mais rápida e dinâmica do fenômeno  analisado (Diehl, Souza e Domingos, 2007). 

Conforme Sampaio, Assumpção e Fonseca (2018), os gráficos facilitam a visualização  e a compreensão do fenômeno, permitindo a representação de distribuições de frequência e  séries estatísticas. Além disso, ajudam na identificação de tendências associadas aos  fenômenos analisados. 

3.6 Aspectos Ético-legais 

A presente pesquisa atende às exigências da Resolução 466/2012 do Conselho  Nacional de Saúde, que reúne os aspectos éticos em pesquisa envolvendo seres humanos, e  está em conformidade com a Lei nº 14.874/2024, que dispõe sobre a proteção e os direitos dos  participantes de pesquisa científica no Brasil. Os participantes do estudo foram orientados  sobre o anonimato, natureza, objetivos e benefícios da pesquisa. 

De acordo com a resolução, considerando-se o respeito pela dignidade humana,  preservando a privacidade e a individualidade dos sujeitos, por meio do compromisso firmado  mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B)

Os riscos potenciais associados à participação nesta pesquisa incluíam possíveis  sentimentos de constrangimento, desconforto ou aborrecimento por parte de alguns  participantes durante a fase de questionamento, pois as perguntas podem despertar  sentimentos de vergonha e/ou ansiedade devido ao desconhecimento sobre o assunto  abordado. Para mitigar esses riscos, foram implementadas as seguintes medidas: uma  recepção acolhedora e uma orientação detalhada sobre a pesquisa e sua importância foram  fornecidas, destacando-se que a coleta de informações poderia ser adiada conforme  necessário, de acordo com as necessidades dos participantes. 

Como benefício direto de participação na pesquisa esperou-se uma reflexão acerca da  importância do tema e da aquisição de maior conhecimento sobre o assunto, que poderia  influenciar positivamente na busca de informações e, consequentemente, em um melhor  preparo frente às situações de emergência dentro do ambiente escolar e fora dele. 

Este projeto foi submetido à Plataforma Brasil e recebeu o Certificado de  Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 79732724.5.0000.5554, conforme preconiza  a Resolução 466/2012. 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES OU ANÁLISE DOS DADOS

Nesta seção, são apresentados os resultados e discussões relacionados à pesquisa. A  amostra foi composta por 63 profissionais da educação infantil e do ensino fundamental I,  atuantes no município de Loreto-MA. Os dados foram organizados em duas etapas: a primeira  aborda o perfil sociodemográfico e profissional dos participantes, enquanto a segunda discute  o conhecimento desses profissionais sobre primeiros socorros. 

Tais etapas apresentam as respostas obtidas por meio do questionário online enviado  para cada um dos participantes, composto por 23 questões objetivas. Os dados referentes ao  perfil sociodemográfico e profissional são apresentados em tabelas, enquanto os resultados  sobre o conhecimento em primeiros socorros são ilustrados por gráficos, facilitando a  visualização e interpretação dos resultados. 

4.1 Perfil sociodemográfico e profissional 

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico e profissional dos professores municipais da educação  infantil e do ensino fundamental I em relação à sexo, idade, etnia ou raça e formação  acadêmica. Loreto, MA, 2024.

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Conforme a tabela 1, dos 63 participantes da pesquisa a maioria pertence ao sexo  feminino (90,5%) e apenas seis pertencem ao sexo masculino (9,5%). Esse resultado  corrobora com estudos recentes que apontam prevalência do sexo feminino entre os  profissionais da educação infantil e fundamental I (Mantovani et al, 2023; Santos e Martins,  2024). 

A presença predominante de mulheres como professoras na educação básica é um  fenômeno comum, explicado por fatores históricos e socioculturais. Dados do Ministério da  Educação afirmam que no ano de 2023, 1,9 milhão (79,5%) dos docentes da educação básica  no Brasil eram mulheres (Brasil, 2023).  

Com relação à idade, a faixa entre 26 e 35 anos apresentou a maior representatividade,  com 28,6%. Em seguida, as faixas entre 36 e 45 anos e entre 46 e 60 anos corresponderam a 23,8% cada. A faixa de 18 a 25 anos reuniu 20,6% dos participantes, enquanto o grupo acima  de 60 anos teve a menor participação, com apenas 3,2%.  

Uma pesquisa realizada com profissionais de instituições de ensino fundamental de  um município no estado do Pará apontou que a faixa etária predominante entre eles varia de  35 a 50 anos, alinhando-se aos dados obtidos no estudo atual (Santos; Martins, 2024). Por  outro lado, a investigação conduzida por Mantovani et al. (2023) identificou que, em seu  levantamento, a maioria dos profissionais tinha entre 50 e 60 anos. 

No que diz respeito à etnia ou raça, 65,1% dos 63 participantes se autodeclararam  pardos, constituindo a maioria. Além disso, 19,0% identificaram-se como negros, enquanto  15,9% se declararam brancos. 

Em relação à formação acadêmica dos respondentes, observa-se que 41,3% possuem  graduação, constituindo a maior parcela. Além disso, 36,5% declararam ter pós-graduação,  enquanto 22,2% possuem apenas o ensino médio completo. Esses dados se alinham às  diretrizes do Ministério da Educação, que estabelece que os professores responsáveis pelos  primeiros anos da educação infantil e do ensino fundamental devem possuir, no mínimo,  formação no nível médio na modalidade normal (Vieira; Silva; Silva, 2024). 

Tabela 2 – Perfil sociodemográfico e profissional dos professores municipais da educação  infantil e do ensino fundamental I em relação ao tempo de experiência como professor (a),  tempo de vínculo com a instituição, regime de trabalho, renda mensal, trabalhar como  professor educação infantil ou ensino fundamental I em outra instituição da rede pública no  município de Loreto e satisfação com a profissão. Loreto, MA, 2024. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024.

Na Tabela 2 é possível observar a distribuição do tempo de experiência dos  participantes como profissionais da educação. A maior parte dos respondentes, 50,8% (32  professores), possui entre 1 e 5 anos de experiência. Seguem-se 34,9% (22 professores) com mais de 10 anos de experiência, 7,9% (5 professores) com entre 6 e 10 anos, e 6,4% (4  professores) com menos de 1 ano de experiência. 

Uma pesquisa realizada em uma escola de educação infantil na região da Grande  Vitória, Espírito Santo, revelou dados semelhantes. Entre os profissionais entrevistados, a  maior parte (38,7%) possuía entre 0 e 5 anos de experiência no ambiente escolar (Alcântara et  al., 2024). 

A maioria dos professores (61,9%) possui entre 1 e 5 anos de vínculo com a  instituição, seguida por 20,6% com mais de 10 anos de vínculo. Apenas 12,7% têm menos de  1 ano de vínculo, enquanto 4,8% possuem entre 6 e 10 anos de vínculo. A média geral de  tempo de vínculo com a instituição é de 5,40 anos. 

Em relação ao regime de trabalho, 81,0% (51 professores) trabalham meio período,  17,5% (11 professores) atuam em tempo integral e 1,5% (1 professor) está em outro regime de  trabalho. Quanto à renda mensal, 57,1% (36 professores) recebem até um salário mínimo,  25,4% (16 professores) ganham de um a dois salários mínimos e 17,5% (11 professores) têm  uma renda mensal de dois a cinco salários mínimos. 

Quanto ao vínculo com outras instituições de ensino infantil ou fundamental I da rede  pública no município de Loreto, 50,8% (32 professores) não lecionam em outras instituições,  enquanto 49,2% (31 professores) atuam também em outra escola pública. Isso indica que  muitos professores lidam com um maior número de crianças, o que aumenta a necessidade de  estarem preparados para fornecer os primeiros socorros. 

Por fim, em relação à satisfação com a profissão de professor (a), os dados indicam  que a maioria dos participantes se sente realizada: 50,8% (32 professores) estão satisfeitos, e  41,3% (26 professores) se consideram muito satisfeitos. Apenas 6,3% (4 professores)  manifestaram neutralidade quanto à profissão, enquanto 1,6% (1 professor) se declarou  insatisfeito (a). 

5.2 Conhecimento sobre primeiros socorros 

Após responderem as questões relacionadas às características socioedemográficas e  profissionais, os participantes responderam a questões específicas sobre o conhecimento em  primeiros socorros. Essa parte foi composta por 13 questões, algumas delas envolvendo  situações problemas, a fim de saber qual seria a atitude diante de algumas situações de  urgência comuns dentro do ambiente escolar. 

Gráfico 1 – Percentual de participantes que presenciaram situações de emergência no  ambiente escolar.

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Inicialmente, os participantes foram questionados sobre a experiência com situações  de emergência dentro do ambiente escolar em que fossem necessários os primeiros socorros.  Do total de entrevistados, 50,8% (32 professores) afirmaram nunca ter presenciado esse tipo  de situação, enquanto 49,2% (31 professores) relataram já ter vivenciado momentos em que  esses conhecimentos seriam necessários. Isso demonstra uma distribuição praticamente igual  entre os dois grupos, evidenciando a importância de capacitações preventivas para todos os  profissionais da área. 

Corroborando com os achados da pesquisa, Jonge et al. (2021) destacam que a escola  é o local com maior incidência de eventos adversos, ainda que não intencionais. Os dados das  investigações sobre o tema variam bastante: enquanto algumas pesquisas indicam que apenas  29% dos profissionais relataram ter presenciado situações de urgência que exigiram auxílio,  outras apontam percentuais mais elevados e preocupantes, com 85,3% e até 94,5% dos  entrevistados afirmando ter vivenciado tais ocorrências no ambiente escolar (Cunha et al.,  2021; Alcântara et al., 2024; Oliveira et al., 2022). 

Gráfico 2 – Percentual de participantes que participou de alguma capacitação em primeiros  socorros e em que ocasião.

Fonte: elaborado pela autora. 

A literatura destaca que a capacitação em primeiros socorros aprimora o conhecimento  e a segurança para agir em emergências. No Brasil, apenas educadores físicos têm  treinamento obrigatório nesta área, evidenciando uma deficiência na formação de outros  profissionais, o que pode comprometer a resposta em situações críticas (Morais, 2023;  Moreira et al., 2021). 

Quando questionados sobre sua participação em capacitações de primeiros socorros, a  maioria dos respondentes (79,4%) afirmou nunca ter recebido treinamento nessa área,  enquanto 20,6% relataram já ter participado de alguma forma de capacitação.  

Embora 49,2% dos participantes da pesquisa tenham relatado já ter presenciado  emergências no ambiente escolar, a maioria não possui a capacitação necessária. A falta de  conhecimento adequado sobre primeiros socorros entre os professores pode comprometer a  oferta de um atendimento rápido e eficiente em situações de urgência, aumentando o risco de  complicações após acidentes na escola (Cruz et al., 2022). 

Dentre aqueles que receberam treinamento, 17,5% mencionaram ter participado de  cursos extracurriculares, palestras ou treinamentos específicos, e apenas 3,1% declararam ter  obtido essa formação durante a graduação. 

Em um estudo realizado por Alcântara et al. (2024), 54,8% dos entrevistados  relataram ausência de capacitação nessa área. De forma semelhante, um estudo realizado no  interior de São Paulo revelou que 88,9% dos profissionais não realizaram cursos sobre o tema,  enquanto apenas 11,1% participaram de alguma capacitação extracurricular (Oliveira et al.,  2022). 

Em uma outra pesquisa conduzida em duas escolas públicas do Sul do Tocantins, foi  constatado que 73,3% dos entrevistados na escola 1 não tinham experiência prévia em  treinamentos, ao passo que esse percentual foi reduzido para 41,7% na escola 2 (Nogueira et  al., 2022). 

Para Cruz et al. (2022, pág. 14): 

O conhecimento insuficiente dos professores sobre os primeiros socorros pode  reduzir a chance de oferecer atendimento adequado e oportuno nas situações de  urgência e emergência, o que pode aumentar o risco de complicações após qualquer  acidente no ambiente escolar. 

Com isso, observa-se a falta de preparação desses profissionais diante de situações de  urgência. A formação nessa área é frequentemente restrita a estudantes e profissionais de  saúde, estando ausente na grade curricular de cursos voltados à educação. Além disso, nota-se  a falta de cumprimento da legislação vigente, que determina treinamentos anuais obrigatórios  para professores (Necker; Silva, 2019; Alvim, 2019). 

A capacitação em primeiros socorros deve abranger toda a sociedade, pois  emergências podem ocorrer em qualquer contexto (Fernandes et al., 2021). Países como  Estados Unidos e nações europeias já incluem essa formação na grade escolar, promovendo  conhecimento adequado e amplo à população desde a infância (Jesus, Dias; Souto, 2024). 

Gráfico 3 – Conhecimento em primeiros socorros sobre engasgo.

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Quando questionados sobre qual atitude tomariam diante de uma criança engasgada, a  maioria dos participantes (54%) indicou que utilizaria a manobra de Heimlich, pressionando  rapidamente o abdômen da criança para desobstruir as vias aéreas.  

Conforme Santos e Martins (2024, pág. 4): “a manobra de Heimlich é considerada a  intervenção ideal para a desobstrução das vias aéreas, porém sua aplicação varia de acordo  com a idade, comprimento da vítima e estado de consciência em que a mesma se encontra”. 

Entretanto, outras respostas demonstram práticas incorretas ou incertezas: 14,3%  afirmaram que colocariam a criança de cabeça para baixo, enquanto 3,2% optariam por água  imediatamente para tentar desobstruir as vias aéreas. Além disso, 20,6% declararam que  realizariam compressões torácicas e 7,9% afirmaram não saber como proceder. 

As obstruções de vias aéreas por corpo estranho (OVACE), popularmente conhecidas  como engasgos, representam um importante problema de saúde pública. Globalmente, estima se que o engasgo seja responsável por 53% dos acidentes envolvendo crianças. No Brasil,  esse número é ainda mais alarmante, sendo atribuído a 94% dos incidentes em menores de  sete anos (Brasil, 2022). 

Um estudo comparativo realizado antes e após uma intervenção educativa sobre  primeiros socorros revelou que, inicialmente, apenas 25 indivíduos identificaram  corretamente a manobra de Heimlich como a conduta adequada. Após a capacitação, esse  número aumentou significativamente, com 31 dos participantes (89%) indicando a resposta  correta (Santos; Martins, 2024).  

Gráfico 4 – Conhecimento sobre primeiros socorros em queimaduras. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

O gráfico 4 apresenta as respostas dos participantes sobre qual atitude tomariam diante  de uma criança vítima de queimadura. A maioria (77,8%) escolheu a ação correta de resfriar a  queimadura com água corrente limpa durante pelo menos 10 minutos. Em contrapartida,  15,9% dos participantes afirmaram não saber como agir, enquanto 4,8% sugeriram aplicar  manteiga ou outra gordura sobre a queimadura, e 1,6% indicaram a aplicação de gelo  diretamente na área queimada. 

Dentre as temáticas abordadas no formulário, o tema queimaduras foi um dos que  obtiveram o maior percentual de acertos, assim como cortes e arranhões, ambos com 77,8%  de respostas corretas entre os pesquisados. 

A literatura aponta um percentual de acertos variável com relação a queimaduras. Os  acertos vão de 46,6% até 94,4%. Dentre as atitudes incorretas assinaladas, destaca-se a  aplicação de gelo e colocar panos nos locais de queimadura. Destaca-se o aumento desses  percentuais após passarem por treinamento (Almeida et al., 2020; Oliveira et al., 2022;  Grimaldi et al., 2020; Cunha et al., 2021). 

Gráfico 5 – Conhecimento sobre primeiros socorros em convulsão. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

As crises convulsivas são eventos frequentes no ambiente escolar, sendo fundamental  que os profissionais da educação estejam atentos às medidas adequadas a serem adotadas  nesses casos. Dentre as ações recomendadas, destacam-se deitar a vítima no chão, afrouxar  suas roupas e proteger sua cabeça, mantendo-a lateralizada (Jesus; Dias; Souto, 2024). 

Com relação às respostas sobre a temática, são evidenciandos diferentes níveis de  conhecimento em primeiros socorros. A conduta correta, proteger a cabeça da criança com  algo macio, foi mencionada por 38,1% dos respondentes. Contudo, 30,2% indicaram que  tentariam segurar os movimentos da criança, e 11,1% afirmaram que colocariam algo em sua  boca, ambas práticas inadequadas. Além disso, 20,6% declararam não saber como agir. 

De forma semelhante, uma pesquisa realizada em Barbacena, Minas Gerais, revelou  que 40% dos professores de escolas privadas adotariam condutas inadequadas diante de  emergências desse tipo. Contudo, após a realização de um treinamento, esse percentual foi  significativamente reduzido para 12% (Domiciano et al., 2024). 

Por outro lado, alguns estudos indicam um alto índice de acerto em questões  relacionadas a crises convulsivas. Silva et al. (2024) demonstram que 84% dos participantes  adotariam a conduta correta, percentual que aumentou para 99% após a capacitação.

Gráfico 6 – Conhecimento sobre primeiros socorros em cortes e arranhões. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Em casos de cortes e arranhões, deve-se higienizar as mãos, lavar o ferimento com  água e sabão ou soro fisiológico, pressionar com um pano limpo ou gaze e realizar um  curativo. Para ferimentos profundos, é recomendado buscar atendimento médico para  avaliação e possíveis intervenções (Lima et al., 2023). 

Durante a pesquisa, a temática apresentou um elevado índice de respostas corretas,  com 77,8% dos participantes indicando a ação inicial adequada de lavar a ferida com água  limpa e sabão. Outras respostas obtiveram percentuais menores: 12,7% sugeriram cobrir a  ferida com um curativo limpo, 6,35% indicaram colocar um curativo apertado para conter o  sangramento, enquanto 1,6% optaram por aplicar álcool diretamente no ferimento. Apenas  1,6% declararam não saber como agir. 

Pesquisas utilizando pré e pós-testes demonstraram um percentual de acerto no pré teste de 53,3% e 83,3% para questões relacionadas a cortes, com uma melhoria significativa  de, respectivamente, 86,7% e 100% no pós teste. Esses resultados ressaltam a importância da  capacitação para a obtenção de conhecimentos efetivos sobre o tema (Ilha et al., 2021;  Oliveira et al., 2022). 

Gráfico 7 – Conhecimento sobre primeiros socorros em torção. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

A entorse, ou torção, pode ser definida como uma lesão que afeta parcial ou totalmente  os ligamentos, resultante de uma torção abrupta da articulação. Entre os traumas ortopédicos,  destaca-se como uma das ocorrências mais frequentes, ao lado de fraturas e luxações (Gorayb  et al., 2024). 

Quando questionados sobre como agir diante de uma torção, a maioria dos  participantes (44,4%) afirmou que massagearia a área afetada, uma prática inadequada que  pode agravar a lesão. Apenas 22,2% indicaram a imobilização imediata, que seria a conduta  correta, enquanto 33,3% não souberam como agir.  

Dentre as situações de emergência analisadas na pesquisa, essa apresentou o menor  percentual de acertos, assim como os casos de lesão na cabeça (23,8%). Além disso, foi uma  das questões em que os profissionais mais declararam não saber o que fazer (33,3%). 

Martins (2020), ao investigar a preparação das escolas para lidar com situações de  primeiros socorros, revelou que 58,8% dos professores declararam saber como agir em casos  de entorse. Contudo, considerando que essa é uma das emergências mais comuns no ambiente  escolar, como apontado por Oliveira et al. (2022), os dados também reforçam a necessidade  de capacitação contínua para garantir respostas adequadas e eficazes a essas ocorrências. 

Gráfico 8 – Conhecimento sobre primeiros socorros em hemorragias intensas.

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Para Rodrigues et al. (2024, pág. 2): “Hemorragias são caracterizadas pela perda de  sangue dos vasos sanguíneos e do coração, desencadeando uma falência corporal, uma vez  que o equilíbrio na quantidade de sangue disponível é crucial para a oxigenação dos tecidos”. 

Sobre o tema de hemorragias intensas, 61,9% dos participantes apontaram a conduta  correta de pressionar a ferida com um curativo limpo. Contudo, 22,2% declararam não saber  como agir, e os demais mencionaram ações inadequadas, como elevar a área afetada (9,5%),  aplicar compressa fria (4,8%) ou realizar massagem cardíaca (1,6%).  

Da mesma forma, um estudo realizado com professores e funcionários de uma escola  de ensino fundamental e médio, antes e após uma intervenção educativa sobre primeiros  socorros, revelou que 57,9% dos participantes responderam de forma incorreta sobre como  lidar com hemorragias externas, o que evidencia a necessidade de aprimorar o conhecimento  sobre o tema (Mior; Dos Santos Cargnin; Cargnin, 2020). 

De acordo com Silva et al. (2023), o controle adequado de hemorragias é essencial  para a sobrevivência em casos de lesões graves. A eficácia do treinamento nesse contexto é  vista como uma importante contribuição para a saúde pública, uma vez que a abordagem  rápida e eficiente do sangramento ajuda a diminuir os riscos de morbidade e mortalidade  decorrentes de lesões traumáticas. 

Gráfico 9 – Conhecimento sobre primeiros socorros em lesão na cabeça. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

O trauma craniano ou lesão na cabeça em crianças pode ocorrer devido a quedas ou  em qualquer outra situação em que a criança sofra um impacto na cabeça contra uma  superfície ou objeto (Lima et al., 2024). 

O gráfico 9 mostra que 69,8% dos participantes indicaram manter a criança imóvel e  chamar ajuda médica imediatamente após um trauma craniano, enquanto 23,8% responderam  adequadamente e sugeriram mantê-la em repouso e observar possíveis mudanças nos  sintomas. Apenas 6,3% não souberam o que fazer.  

Uma pesquisa realizada por Brito et al. (2020) investigou a conduta de profissionais de  nível superior, principalmente professores, em casos de quedas infantis com trauma craniano  em ambiente escolar. Os resultados indicaram que, dos 162 entrevistados, apenas 73,5%  responderam adequadamente à questão sobre como proceder. O percentual se aproxima do  encontrado na presente pesquisa.  

A maioria dos traumas cranianos em pediatria é leve, sem causar lesões graves, com  apenas 10% dos casos evoluindo para complicações significativas. Contudo, é essencial saber  identificar os sinais de alerta para diferenciar casos simples de mais graves, como perda de  consciência ou vômitos. O manejo adequado dessas lesões é fundamental para prevenir complicações e garantir o tratamento adequado, destacando a importância da capacitação em  primeiros socorros para profissionais e cuidadores (Possuelo, 2022). 

Destaca-se a dificuldade em encontrar estudos específicos sobre lesões na cabeça em  crianças e os primeiros socorros necessários nesses casos, o que evidencia a necessidade de  investir mais nessa área de pesquisa.  

Gráfico 10 – Conhecimento sobre primeiros socorros em sensação de desmaio.

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

A síncope, ou desmaio, ocorre devido à falta de oxigenação adequada no cérebro e  pode ser desencadeada por diversos fatores, como jejum prolongado, emoções intensas, calor  excessivo, ambientes abafados, mudanças repentinas de posição e algumas doenças, entre  outros (Amadigi et al., 2022). 

Quando questionados sobre o que fazer diante de uma criança prestes a desmaiar,  36,5% dos participantes responderam corretamente, afirmando que deitariam a criança e  elevariam suas pernas. Em seguida, 30,2% sugeriram elevar os braços, enquanto 25,4%  admitiram não saber como agir. Ainda, 7,9% indicaram oferecer líquidos.  

Pesquisas sobre o sentimento de aptidão de profissionais da educação infantil sobre  primeiros socorros revelam que entre 33% a 35,7% dos pesquisados se consideram aptos a  agir diante de uma situação de desmaio (Cruz et al., 2022; Cruz et al., 2024).

Grimaldi et al. (2020) e Mior, Dos Santos Cargnin e Cargnin (2020) identificaram  percentuais de acertos de 54,2% e 57,9%, respectivamente, em questões sobre desmaio antes  da capacitação, com aumento significativo no pós-teste. Em comparação, a pesquisa atual  apresentou um percentual de acertos inferior. 

O conhecimento sobre esse tipo de urgência é crucial para avaliar os sinais vitais da  vítima, a fim de garantir que não se trate de uma parada cardiorrespiratória, uma condição  muito mais grave que requer intervenção imediata (Amadigi et al., 2022). 

Gráfico 11 – Conhecimento sobre primeiros socorros em PCR. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Em casos de parada cardiorrespiratória em crianças, a resposta correta é iniciar  imediatamente as compressões torácicas, após pela solicitação de ajuda especializada, como  indicado por 47,6% dos participantes. Esta foi a questão que gerou maior dificuldade, com  36,5% dos entrevistados afirmando não saber o que fazer. Além disso, algumas pessoas  optaram por ações inadequadas, como dar tapas no rosto ou tentar estabilizar a respiração,  práticas que não são eficazes. 

Hadge et al. (2023), em uma pesquisa com simulações de casos de urgência em  ambiente escolar, apontaram dados mais alarmantes: nos casos de crianças vítimas de parada  cardiorrespiratória, 91,7% dos professores do ensino fundamental I (243 participantes)  responderam de forma incorreta. 

De forma similar aos dados apresentados nesta pesquisa, Cruz et al. (2022) revelam  que apenas 8,3% dos participantes responderam corretamente à questão sobre PCR, enquanto  47,7% não souberam respondê-la. Conclui-se, portanto, que essas é uma das emergências  escolares em que os educadores mais possuem dificuldade. 

A American Heart Association (2020) alerta que a cada minuto sem RCP ou  desfibrilação, as chances de sobrevida de uma vítima diminuem em 10%. Isso torna ainda  mais evidente a necessidade urgente de capacitação de indivíduos para lidar com situações de  emergência e agravos de saúde nos espaços acadêmicos. 

A execução correta e imediata da reanimação cardiopulmonar em casos de parada  cardiorrespiratória não só diminui os riscos de sequelas, como também aumenta  significativamente as taxas de sobrevida (Batista et al., 2023). 

Gráfico 12 – Conhecimento sobre a Lei Lucas. 

Fonte: elaborado pela autora, 2024. 

Somente 19% dos participantes da pesquisa demonstraram conhecimento sobre a Lei  Lucas, que torna obrigatória a capacitação em primeiros socorros para profissionais da  educação e recreação infantil. Esse baixo nível de conhecimento é atribuído à falta de  visibilidade da legislação. 

Embora tenha sido criada e sancionada há alguns anos, a Lei Lucas ainda é  amplamente desconhecida pela comunidade acadêmica. Muitos profissionais não estão  informados sobre o conteúdo e a aplicabilidade dessa lei nos ambientes educacionais (Sousa et al., 2023). Na pesquisa realizada, aproximadamente 81% dos participantes afirmaram não  conhecer a legislação. 

Um estudo semelhante revelou que apenas 18% dos participantes conheciam a  legislação, enquanto 82% não tinham conhecimento. Isso destaca a necessidade de incluir a  legislação nos currículos e capacitações, garantindo a preparação dos profissionais para  emergências nas escolas (Domiciano et al., 2024). 

Jesus, Dias e Souto (2024) ressaltam a importância de incluir a disciplina de primeiros  socorros também na grade curricular dos alunos, capacitando-os para intervir em situações de  emergência. Além disso, os autores defendem a formação de professores e funcionários  escolares por meio da Lei Lucas, a fim de adquirir conhecimentos e engajar toda a  comunidade escolar, preparando-a para enfrentar situações de emergência. 

5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Esse trabalho buscou identificar o nível de conhecimento dos professores da educação  básica sobre os primeiros socorros. Os resultados apontam que, embora quase metade dos  entrevistados tenha presenciado situações de emergência na escola, a maioria não recebeu  capacitação específica na área, o que limita a atuação em momentos de emergência. 

As questões com maior percentual de acerto estavam relacionadas a queimaduras e  cortes e arranhões, indicando que os profissionais estão mais familiarizados com esses tipos  de emergência. Por outro lado, as questões com menor percentual de acerto estavam  relacionadas a torções e lesões na cabeça, sugerindo uma lacuna no conhecimento sobre o  manejo adequado desses casos.  

Além disso, as questões em que a maioria dos profissionais demonstrou não saber  como agir estavam associadas à parada cardiorrespiratória (PCR) e torções, evidenciando a  necessidade de capacitação mais aprofundada nessas áreas específicas. 

A Lei Lucas representa um marco significativo na educação e na saúde, pois a  capacitação de profissionais em primeiros socorros é um passo crucial para a redução da  mortalidade em casos de emergência nas escolas. No entanto, foi observado que ainda existem  desafios na implementação plena dessa lei, uma vez que a maioria dos profissionais não  recebeu o treinamento conforme estabelecido ou não tem pleno conhecimento sobre essa lei. 

Diante disso, evidencia-se a necessidade de inserir o enfermeiro nas escolas, por meio  do Programa Saúde na Escola (PSE), com o objetivo de implementar a educação continuada  em saúde. Isso permitirá capacitar funcionários e professores para agirem adequadamente em situações que exijam medidas de primeiros socorros, contribuindo para um ambiente escolar  mais seguro e preparado para lidar com emergências. Dessa forma, evita-se a repetição de  tragédias como a morte do menino Lucas.

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1Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. E-mail:  ailuj.sousa@gmail.com;
2Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. E-mail: suellenregina1526@gmail.com;
3Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. E-mail: gabrielyperinazzo19@gmail.com;
4Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. E-mail: farianathalia85@gmail.com;
5Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. E-mail: madonhst@gmail.com;
6Enfermeira formada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Balsas. Especialista em  Gestão em Enfermagem em UTI pela Universidade Única de Ipatinga (FUNIP). E-mail: nilce.martins88@gmail.com;
7Docente do Curso Superior de Enfermagem Bacharelado da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA),  Campus Balsas. Mestre em Fisioterapia pela Universidade Ibirapuera (UNIB). E-mail: joanamorenac@hotmail.com;
8Docente do Curso Superior de Enfermagem Bacharelado da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA),  Campus Balsas. Mestranda em Cirurgia e Pesquisa Experimental pela Universidade Estadual do Pará (UEPA).  E-mail: nayaralopes12@gmail.com