PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL EM PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS: REVISÃO DE TÉCNICAS CIRÚRGICAS E BIOMATERIAIS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411122159


GOMES-JÚNIOR, Phábio Batista1
SURUI, Agrael Oy Asoe Kuyxar2
Orientado Por Vitória Gonçalves De Oliveira3


RESUMO

A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma complicação frequente em procedimentos odontológicos, especialmente em extrações de dentes posteriores superiores, devido à proximidade anatômica com o seio maxilar. Esta revisão aborda as principais técnicas cirúrgicas e o uso de biomateriais no tratamento de CBS, com base em artigos publicados entre 2010 e 2024, encontrados em bases como PubMed, Science Direct, Google Scholar, Brazilian Journal e Research Gate. Fatores de risco, como a proximidade das raízes dentárias com o assoalho do seio maxilar e a idade avançada, aumentam a chance de CBS, sendo a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) uma ferramenta eficaz na avaliação pré-operatória. Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como a osteotomia controlada e a piezocirurgia, têm sido eficazes na prevenção de perfurações, enquanto biomateriais como membranas de colágeno e enxertos ósseos são amplamente utilizados no tratamento de perfurações maiores, promovendo a regeneração óssea e a cicatrização. A combinação de suturas adequadas e biomateriais é essencial para evitar complicações pós-operatórias, como sinusite crônica e fístulas. A revisão conclui que, apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas e no uso de biomateriais, ainda há lacunas na literatura sobre o manejo de perfurações complexas, destacando a necessidade de mais estudos comparativos para otimizar o tratamento de CBS. A abordagem integrada, incluindo avaliação pré-operatória, técnicas cirúrgicas adequadas e acompanhamento pós-operatório, é crucial para o sucesso do tratamento e a redução de complicações a longo prazo.

Palavras-Chave: Comunicação Buco-Sinusal. Biomateriais. Técnica Cirúrgica

ABSTRACT

Oroantral communication (OAC) is a frequent complication in dental procedures, especially in extractions of upper posterior teeth due to the anatomical proximity to the maxillary sinus. This review addresses the main surgical techniques and the use of biomaterials in the treatment of OAC, based on articles published between 2010 and 2024, found in databases such as PubMed and Scielo. Risk factors like the proximity of dental roots to the floor of the maxillary sinus and advanced age increase the likelihood of OAC, with cone-beam computed tomography (CBCT) being an effective tool in preoperative evaluation. Minimally invasive surgical techniques, such as controlled osteotomy and piezosurgery, have been effective in preventing perforations, while biomaterials like collagen membranes and bone grafts are widely used in treating larger perforations, promoting bone regeneration and healing. The combination of appropriate sutures and biomaterials is essential to avoid postoperative complications such as chronic sinusitis and fistulas. The review concludes that despite advances in surgical techniques and the use of biomaterials, gaps remain in the literature regarding the management of complex perforations, highlighting the need for more comparative studies to optimize OAC treatment. An integrated approach—including preoperative evaluation, appropriate surgical techniques, and postoperative follow-up—is crucial for treatment success and the reduction of long-term complications.

Keywords: Oroantral Communication. Biomaterials. Surgical Technique

Introdução

A comunicação buco-sinusal (CBS) é uma complicação frequente em procedimentos odontológicos, especialmente em cirurgias de remoção de dentes posteriores superiores devido à proximidade anatômica com o assoalho do seio maxilar (LIN et al. 2024). A CBS ocorre quando há uma perfuração acidental do seio, criando uma conexão anormal entre a cavidade oral e o seio maxilar. Se não tratada adequadamente, essa condição pode levar ao desenvolvimento de sinusite crônica e outras complicações mais graves, como infecções recorrentes e perda óssea (ALENCAR et al. 2024).

Os dados disponíveis na literatura indicam que a CBS é uma complicação relativamente comum em extrações de dentes maxilares posteriores, com taxas de incidência variando de 3,8% a 18,7% (POURMAND et al. 2014). Fatores de risco para a ocorrência de CBS incluem a proximidade das raízes dos dentes com o assoalho do seio, fraturas radiculares durante o procedimento cirúrgico e a idade avançada dos pacientes, que pode estar associada a uma menor espessura óssea. Estudos de imagem por tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) têm mostrado ser uma ferramenta eficaz na identificação pré-operatória desses fatores de risco (LOPES et al. 2023; OLIVA et al. 2024).

Apesar do desenvolvimento de diversas técnicas para a prevenção e tratamento da CBS, a complicação ainda representa um desafio clínico significativo. As abordagens variam desde o fechamento primário da comunicação com sutura até o uso de técnicas mais complexas envolvendo biomateriais. No entanto, o sucesso do tratamento depende de uma série de fatores, como o tamanho da comunicação, a qualidade dos tecidos ao redor e a experiência do cirurgião dentista (BAZARIN; OLIVEIRA, 2018).

Recentemente, o uso de biomateriais no tratamento de CBS tem ganhado destaque, especialmente em casos onde a comunicação é extensa ou a regeneração óssea é necessária (MACEDO et al. 2020). Materiais como membranas de colágeno, enxertos ósseos e fatores de crescimento têm sido utilizados com sucesso para promover a cicatrização e restaurar a integridade da área afetada. A aplicação desses materiais biocompatíveis permite uma recuperação mais rápida e uma menor taxa de recorrência das complicações (BRAMBILLA; FABRIS, 2022).

Apesar dos avanços, ainda existem lacunas na literatura em relação à combinação ideal de técnicas cirúrgicas e biomateriais, particularmente no manejo de comunicações maiores e mais complexas. Além disso, a variabilidade nos resultados clínicos sugere a necessidade de mais estudos comparativos para determinar a abordagem mais eficaz, considerando as diferentes condições anatômicas e clínicas dos pacientes (DEMIRTAS; HARORLI, 2015).

Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo revisar e discutir as principais técnicas cirúrgicas e biomateriais utilizados no tratamento da CBS, com foco em intervenções minimamente invasivas e no uso de biomateriais regenerativos. A revisão busca oferecer uma análise abrangente dos resultados clínicos e das melhores práticas baseadas em evidências científicas recentes, visando contribuir para a redução da incidência e complicações associadas à CBS.

Metodologia

Fonte: Autor (2024)

Este trabalho trata-se de uma revisão descritiva e comparativa acerca do tema. Para a realização, foram selecionados artigos científicos e estudos clínicos publicados entre 2010 e 2024, que abordassem a comunicação buco-sinusal (CBS) em procedimentos odontológicos. A busca de dados foi realizada nas bases de dados PubMed, Science Direct, Google Scholar, Brazilian Journal e Research Gate utilizando os seguintes descritores: “comunicação buco-sinusal”, “tratamento da CBS”, “biomateriais em odontologia” e “técnicas cirúrgicas CBS”. Foram incluídos estudos que investigam as causas, prevenção e tratamento da CBS, assim como o uso de biomateriais em procedimentos reparadores.

Os critérios de inclusão foram artigos revisados por pares, estudos de caso, ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e meta-análises que abordassem as técnicas cirúrgicas e o uso de biomateriais no tratamento da CBS. Estudos que apresentassem dados sobre a incidência de CBS em cirurgias odontológicas, assim como fatores de risco associados, também foram considerados. Artigos em português e inglês foram incluídos, desde que tivessem acesso ao texto completo.

Os critérios de exclusão envolveram artigos que não abordavam diretamente a CBS, estudos com amostras insuficientes, publicações em idiomas diferentes do português e inglês com tradução disponível, trabalhos sem acesso ao texto completo e literatura cinzenta, como resumos de conferências e teses não publicadas. Estudos que não apresentavam dados clínicos relevantes ou que não contribuíam para os objetivos desta revisão também foram excluídos.

Para a análise dos dados, os estudos foram classificados de acordo com a abordagem cirúrgica e o tipo de biomaterial utilizado no tratamento da CBS. A eficácia de cada técnica foi avaliada com base nos resultados clínicos apresentados, incluindo taxas de sucesso no fechamento da comunicação, tempo de cicatrização, complicações pós-operatórias e recorrência de CBS. O uso de exames de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), foi investigado como uma ferramenta diagnóstica e preventiva. Essa análise permitiu identificar lacunas na literatura e sugerir áreas para futuras pesquisas, com o objetivo de otimizar o manejo clínico de pacientes com CBS.

Revisão de Literatura

Revisão Anatômica e Fatores de Risco

A anatomia da região maxilar posterior desempenha um papel crucial no desenvolvimento de complicações como a comunicação buco-sinusal (CBS) durante procedimentos odontológicos (ALENCAR et al. 2024). A proximidade entre as raízes dos molares superiores e o assoalho do seio maxilar aumenta significativamente o risco de perfuração do seio durante extrações dentárias e outros procedimentos cirúrgicos nessa área. Estudos radiológicos, especialmente com tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), indicam que as raízes dos primeiros e segundos molares superiores frequentemente se projetam ou estão em contato direto com o assoalho do seio maxilar, tornando esses dentes os mais vulneráveis à CBS (BAZARIN; OLIVEIRA, 2018).

Pesquisas indicam que o risco de CBS aumenta com a idade do paciente, à medida que a espessura do osso entre as raízes dentárias e o seio maxilar diminui. Essa redução da espessura óssea está frequentemente associada à reabsorção óssea relacionada à perda dentária ou ao envelhecimento natural (LIN et al. 2024). Além disso, fatores como a presença de cistos ou infecções periapicais podem enfraquecer ainda mais o osso alveolar, contribuindo para a facilidade de perfuração do seio durante intervenções cirúrgicas (ANDRADE et al. 2012).

A incidência de CBS também está fortemente relacionada com o tipo de retenção dentária e a dificuldade do procedimento. Dentes impactados ou com angulações anormais, como molares com raízes inclinadas mesial ou distalmente, apresentam maior risco de perfuração durante a extração (BRAMBILLA; FABRIS, 2022). Esses casos exigem abordagens cirúrgicas mais complexas, como a realização de osteotomias controladas e a utilização de técnicas para evitar o deslocamento radicular para o interior do seio. As fraturas radiculares, particularmente em dentes com raízes dilaceradas, são uma causa comum de CBS, especialmente quando fragmentos radiculares são deslocados para dentro do seio maxilar (ALENCAR et al. 2024).

Técnicas cirúrgicas avançadas têm sido desenvolvidas para mitigar os riscos de CBS. Abordagens minimamente invasivas, como a extração cuidadosa assistida por CBCT, permitem ao cirurgião visualizar claramente a posição das raízes em relação ao assoalho do seio, minimizando o risco de perfuração. Além disso, o uso de instrumentos rotatórios de baixa velocidade e piezocirurgia ajuda a preservar o osso ao redor das raízes dentárias, evitando danos inadvertidos ao assoalho do seio (DEMIRTAS; HARORLI, 2015).

Estudos recentes têm explorado o uso de biomateriais para fechar de maneira eficiente pequenas perfurações no assoalho do seio. Membranas de colágeno, enxertos ósseos e fatores de crescimento têm mostrado resultados promissores na promoção da cicatrização e na prevenção de complicações pós-operatórias (ROCHA et al. 2020). A aplicação desses materiais em conjunto com técnicas cirúrgicas refinadas pode reduzir significativamente a incidência de CBS, permitindo uma recuperação mais rápida e menos complicações (BAZARIN; OLIVEIRA, 2018).

Etiologia da Comunicação Buco-Sinusal

A comunicação buco-sinusal (CBS) ocorre como resultado da perfuração do assoalho do seio maxilar durante procedimentos odontológicos, sendo a extração de molares superiores uma das causas mais comuns (ANDRADE et al. 2012). Esse tipo de perfuração cria uma conexão anormal entre a cavidade oral e o seio maxilar, permitindo a passagem de líquidos, alimentos e bactérias para o seio, o que pode resultar em inflamação crônica ou sinusite. A CBS é frequentemente associada à fragilidade anatômica do assoalho sinusal e à proximidade dos ápices dentários ao seio, o que aumenta o risco de comunicação acidental durante a manipulação cirúrgica (ALENCAR et al. 2024).

A etiologia da CBS envolve fatores anatômicos e cirúrgicos. Pacientes com raízes dentárias projetadas ou em contato próximo com o assoalho do seio maxilar apresentam um risco significativamente maior de desenvolver CBS durante a extração (ORTIZ-GONZÁLEZ; GUAMÁN-PROAÑO; SAMBACHE-VILLEGAS, 2024). Além disso, a utilização de força excessiva durante o procedimento pode levar a fraturas radiculares, com fragmentos de raiz deslocados para dentro do seio, exacerbando a comunicação (BHALLA; SUN; DYM, 2021). As técnicas cirúrgicas inadequadas, como a falta de planejamento pré-operatório adequado ou a não utilização de exames de imagem como a CBCT, aumentam o risco de erros que podem resultar em perfuração do seio (BRAMBILLA; FABRIS, 2022).

A CBS pode ocorrer tanto durante o procedimento cirúrgico quanto no período pós-operatório. Perfurações pequenas podem passar despercebidas durante a cirurgia, resultando em comunicação tardia quando o paciente apresenta sinais de sinusite, como dor e drenagem nasal purulenta (MACEDO et al. 2020). Quando não tratada imediatamente, a CBS pode evoluir para complicações mais graves, incluindo sinusite crônica, abscessos e formação de fístulas. Esses sinais e sintomas geralmente aparecem dentro de dias ou semanas após a cirurgia, exigindo intervenção para corrigir a comunicação e evitar a progressão da infecção (BHALLA; SUN; DYM, 2021).

Além dos fatores anatômicos e técnicos, a fragilidade óssea também desempenha um papel na etiologia da CBS. Pacientes idosos ou aqueles com perda óssea severa devido a doença periodontal ou condições sistêmicas, como osteoporose, têm uma maior predisposição a desenvolver CBS. A reabsorção óssea significativa nesses casos pode resultar em uma camada muito fina de osso entre a cavidade oral e o seio maxilar, aumentando a suscetibilidade à perfuração durante a cirurgia (CONCEIÇÃO et al. 2021).

As fraturas radiculares, particularmente em dentes com anatomia complexa ou raízes dilaceradas, são uma das causas mais comuns de CBS. Quando uma fratura radicular ocorre durante a extração, os fragmentos de raizes podem ser deslocados para dentro do seio, resultando em uma comunicação aberta (DEMIRTAS; HARORLI, 2015). Em muitos casos, a remoção desses fragmentos pode ser tecnicamente desafiadora e requerer intervenções adicionais para fechar a comunicação. O manejo adequado dessas complicações depende de uma intervenção rápida e do uso de técnicas e biomateriais adequados para promover o fechamento e a cicatrização da área afetada (COSTA, 2023).

Técnicas Cirúrgicas para Prevenção de CBS

A prevenção da comunicação buco-sinusal (CBS) depende de uma avaliação pré-operatória cuidadosa e da aplicação de técnicas cirúrgicas adequadas para evitar a perfuração do seio maxilar (BAZARIN; OLIVEIRA, 2018). A tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) é considerada o padrão-ouro na avaliação pré-operatória, permitindo ao cirurgião visualizar com precisão a relação anatômica entre as raízes dos dentes e o assoalho do seio maxilar. Essa avaliação detalhada ajuda a identificar pacientes com risco aumentado de CBS, como aqueles com raízes dentárias projetadas para dentro do seio ou com espessura óssea reduzida entre o dente e o seio (ANDRADE et al. 2012; STELA et al. 2023).

Uma das técnicas mais eficazes na prevenção de CBS durante a extração de molares superiores é a osteotomia controlada. Essa técnica envolve a remoção seletiva de osso ao redor das raízes dentárias para facilitar a extração sem aplicar força excessiva (BHALLA; SUN; DYM, 2021). A osteotomia minimiza o risco de fratura radicular e de perfuração do assoalho sinusal, especialmente em pacientes com raízes dilaceradas ou em contato próximo com o seio maxilar. Além disso, o uso de instrumentos de piezocirurgia, que utilizam vibrações ultrassônicas para cortar osso de forma precisa, tem sido associado a uma menor taxa de complicações relacionadas à CBS (DEMIRTAS; HARORLI, 2015).

Outra abordagem preventiva envolve o uso de técnicas de elevação sinusal limitada em casos onde as raízes dentárias estão muito próximas do seio maxilar. Essa técnica permite a separação do assoalho sinusal antes da remoção do dente, criando uma barreira protetora entre o seio e a cavidade oral (LUCIDARME et al. 2022). A elevação sinusal é particularmente útil em procedimentos de implantes dentários, onde a preservação da integridade do assoalho do seio é fundamental para o sucesso da reabilitação. Estudos demonstram que essa abordagem reduz significativamente o risco de CBS em procedimentos de alta complexidade (GORGONIO; ALENCAR, 2023).

Além das técnicas cirúrgicas, a escolha de suturas adequadas também desempenha um papel crucial na prevenção de CBS. O fechamento adequado do defeito após a extração pode evitar a formação de uma comunicação buco-sinusal (PIVETTA et al. 2023). Suturas tensionadas de maneira uniforme e retalhos de espessura total ajudam a proteger a área cirúrgica, minimizando a chance de abertura do defeito e posterior comunicação. Em casos de extrações complexas ou com risco elevado, o uso de retalhos cirúrgicos, como o retalho de Bichat, pode fornecer cobertura adicional e melhorar a cicatrização (CONCEIÇÃO et al. 2021).

A aplicação de biomateriais profiláticos durante a cirurgia é uma abordagem que tem sido explorada para a prevenção de CBS. Membranas de colágeno, por exemplo, podem ser colocadas sobre o defeito após a extração para atuar como uma barreira física entre a cavidade oral e o seio maxilar (LOPES et al. 2023). Essas membranas são biocompatíveis e reabsorvíveis, promovendo a cicatrização e diminuindo o risco de perfuração secundária. O uso profilático de biomateriais tem mostrado eficácia na redução das complicações pós-operatórias, especialmente em pacientes de risco (COSTA, 2023).

O treinamento e a experiência do cirurgião são fatores essenciais na prevenção de CBS. Cirurgiões experientes são mais capazes de avaliar o risco e aplicar as técnicas adequadas para cada caso, minimizando as chances de complicações (LUCIDARME et al. 2022). A utilização de protocolos baseados em evidências e a adoção de novas tecnologias, como a CBCT e a piezocirurgia, têm contribuído para uma abordagem mais segura e eficaz na prevenção de CBS. O aprimoramento contínuo das habilidades cirúrgicas e a familiaridade com técnicas avançadas são fundamentais para reduzir a incidência dessa complicação em procedimentos odontológicos (DYM; WOLF, 2012).

Tratamento da Comunicação Buco-Sinusal

O tratamento da comunicação buco-sinusal (CBS) deve ser planejado com base na extensão do defeito, no tempo decorrido desde a ocorrência da perfuração e na presença de infecções associadas (IWATA et al. 2020). Em casos de pequenas comunicações, o tratamento pode ser conservador, com o fechamento primário da comunicação por meio de suturas. No entanto, quando o defeito é maior, ou em casos crônicos, a intervenção cirúrgica mais complexa e o uso de biomateriais se tornam necessários. A escolha da medicação correta para controle da infecção, dor e inflamação também é crucial para o sucesso do tratamento (BRAMBILLA; FABRIS, 2022).

Para comunicações menores, com menos de 5 mm, a abordagem inicial envolve o fechamento direto do defeito com sutura. Essa técnica simples pode ser realizada imediatamente após a detecção da perfuração durante o procedimento cirúrgico (MARTORELLI et al. 2021). A sutura deve ser feita de forma a garantir uma vedação hermética, evitando que alimentos e líquidos penetrem no seio maxilar. Em muitos casos, o retalho gengival de espessura total é reposicionado sobre a área da perfuração, o que geralmente resulta em cicatrização adequada em poucas semanas
(IWATA et al. 2020).

Nos casos em que o defeito buco-sinusal excede 5 mm, ou quando há presença de sinusite crônica ou infecção do seio maxilar, o uso de biomateriais é recomendado para o fechamento da comunicação (ROCHA et al. 2020). As membranas de colágeno reabsorvíveis são amplamente utilizadas nesses casos, pois atuam como uma barreira física entre a cavidade oral e o seio maxilar, permitindo a cicatrização do tecido gengival sobre o defeito (GORGONIO; ALENCAR, 2023). Para defeitos maiores ou em áreas de perda óssea significativa, os enxertos ósseos são utilizados para restaurar a integridade estrutural do assoalho do seio. A combinação de enxertos ósseos e fatores de crescimento, como o plasma rico em plaquetas (PRP), pode acelerar a regeneração óssea e melhorar os resultados clínicos (BRAMBILLA; FABRIS, 2022).

Nos casos mais complexos, onde o fechamento com sutura ou biomateriais não é suficiente, é indicada a utilização de retalhos autógenos. O retalho de Bichat, por exemplo, utiliza o tecido adiposo bucal para cobrir grandes defeitos. Essa técnica é especialmente útil para perfurações crônicas ou em pacientes com falhas em tratamentos anteriores (LOPES et al. 2023). O tecido adiposo bucal é cuidadosamente reposicionado sobre a comunicação, criando uma barreira espessa e promovendo a cicatrização. Em casos onde o retalho de Bichat não é viável, o uso de retalhos palatinos pode ser uma alternativa eficaz (JUNG; CHO, 2012).

A medicação desempenha um papel importante tanto no controle da infecção quanto no alívio da dor e da inflamação. A antibioticoterapia é essencial, especialmente em casos de CBS associada à infecção ou sinusite (LEWUSZ et al. 2015; SHIOTA, 2019). A amoxicilina com clavulanato (875 mg de amoxicilina/125 mg de clavulanato) é o antibiótico de escolha, administrado a cada 12 horas por um período de 7 a 10 dias. Esse esquema terapêutico é eficaz na cobertura de patógenos orais e bacterianos comumente encontrados em infecções odontogênicas e sinusais. Em pacientes alérgicos à penicilina, a clindamicina (300 mg a cada 6 horas por 7 a 10 dias) é uma alternativa eficaz, cobrindo tanto bactérias aeróbias quanto anaeróbias que podem estar presentes na infecção (LEWUSZ-BUTKIEWICZ; KACZOR; NOWICKA, 2018).

Além dos antibióticos, o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como o ibuprofeno (600 mg a cada 6-8 horas) é indicado para o controle da dor e da inflamação. O ibuprofeno tem a vantagem de atuar também no controle do edema, ajudando a diminuir a inflamação nos tecidos peri-sinusais. Para pacientes que não podem usar AINEs, como aqueles com problemas gástricos, o paracetamol (500 a 1000 mg a cada 6-8 horas) pode ser usado como alternativa para o controle da dor, embora tenha menor efeito anti-inflamatório (KHANDELWAL; HAJIRA, 2017).

Em casos onde há inflamação significativa do seio maxilar ou sinusite aguda, o uso de corticosteroides pode ser indicado (OLIVA et al. 2024). A dexametasona (4 mg a cada 12 horas por 3-5 dias) pode ser utilizada para reduzir o edema e acelerar a recuperação, especialmente em pacientes com sintomas obstrutivos nasais ou inflamação extensa. Deve-se ter cautela no uso prolongado de corticosteroides devido ao risco de supressão imunológica, mas seu uso a curto prazo em doses controladas pode ser altamente eficaz na resolução de sintomas inflamatórios intensos (CONCEIÇÃO et al. 2021).

O uso de enxaguantes bucais com clorexidina a 0,12%, duas vezes ao dia, é recomendado para auxiliar na higiene oral durante o período de cicatrização (MEDEIROS, 2019). A clorexidina ajuda a controlar a carga bacteriana na cavidade oral, prevenindo infecções secundárias na área da CBS e garantindo que a cicatrização ocorra sem complicações. A manutenção de uma boa higiene oral é fundamental para prevenir a migração de bactérias da cavidade oral para o seio maxilar durante o processo de recuperação (GORGONIO; ALENCAR, 2023).

O seguimento pós-operatório é igualmente importante para garantir o sucesso do tratamento. Revisões regulares devem ser realizadas para monitorar a cicatrização e identificar possíveis complicações precocemente. Em alguns casos, exames de imagem adicionais, como tomografias computadorizadas, podem ser necessários para avaliar o fechamento completo da comunicação e a regeneração óssea (LIN et al. 2024). A combinação de técnicas cirúrgicas adequadas, o uso de biomateriais e a prescrição correta de medicamentos promove um tratamento eficaz para a CBS, minimizando as chances de recorrência e complicações a longo prazo (JUNG; CHO, 2012).

Detalhamento da Técnica do Retalho de Bichat

A técnica do retalho de Bichat é uma abordagem cirúrgica amplamente utilizada para o fechamento de comunicações buco-sinusais (CBS) e fístulas orossinusais, especialmente em casos onde defeitos de tamanho moderado a grande não podem ser adequadamente tratados com métodos convencionais. Essa técnica envolve o uso do corpo adiposo bucal, conhecido como Bola de Bichat, que é um tecido gorduroso localizado na região da bochecha e possui rica vascularização, favorecendo a cicatrização e a integração tecidual (ROCHA et al. 2020).

No pré-operatório, é essencial uma avaliação clínica e radiográfica detalhada do paciente. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), são utilizados para determinar a extensão da comunicação e a relação anatômica com estruturas adjacentes. O paciente deve ser informado sobre o procedimento, seus benefícios e possíveis riscos. Profilaxia antibiótica pode ser iniciada para prevenir infecções, especialmente se houver sinais de sinusite ou infecção pré-existentes (NEDIR et al. 2017).

Durante o procedimento operatório, após a administração de anestesia local ou sedação consciente, realiza-se uma incisão na mucosa bucal próxima ao defeito, geralmente na região vestibular do maxilar superior. Cuidadosamente, o cirurgião disseca o tecido submucoso até identificar o corpo adiposo bucal. A Bola de Bichat é então gentilmente mobilizada, tracionando-se o tecido adiposo em direção ao defeito sem comprometer sua vascularização. O retalho adiposo é posicionado sobre a comunicação buco-sinusal, cobrindo-a completamente. Em seguida, o retalho é fixado à mucosa circundante com suturas reabsorvíveis, garantindo sua estabilidade. A mucosa bucal é reposicionada sobre o retalho e suturada, proporcionando uma dupla camada de proteção ao defeito (CONCEIÇÃO et al. 2021).

No pós-operatório, o paciente é orientado a manter repouso relativo e evitar atividades que possam aumentar a pressão intraoral, como assoar o nariz vigorosamente ou espirrar de boca fechada. Recomenda-se uma dieta pastosa e fria nas primeiras 48 a 72 horas para minimizar o trauma na região operada. A higiene oral deve ser mantida com cuidado, utilizando escovas macias e enxaguantes bucais antissépticos, como clorexidina a 0,12%, para reduzir o risco de infecção. O edema facial é uma ocorrência comum e tende a diminuir gradualmente; compressas frias podem ser aplicadas nas primeiras 24 horas para controlar o inchaço (ROCHA et al. 2020).

Em relação às medicações, a prescrição de antibióticos é fundamental para prevenir infecções secundárias. A amoxicilina com clavulanato (875 mg de amoxicilina/125 mg de clavulanato) administrada a cada 12 horas por 7 a 10 dias é frequentemente recomendada. Para pacientes alérgicos à penicilina, a clindamicina (300 mg a cada 6 horas) é uma alternativa eficaz. Analgésicos como o ibuprofeno (600 mg a cada 6-8 horas) são prescritos para controle da dor e inflamação. Em casos de edema significativo ou reação inflamatória intensa, corticosteroides como a dexametasona (4 mg a cada 12 horas por 3 dias) podem ser utilizados sob supervisão do dentista (ROCHA et al. 2020).

O acompanhamento pós-operatório inclui revisões periódicas para monitorar a cicatrização e identificar precocemente qualquer complicação, como deiscência da sutura ou infecção. A maioria dos pacientes apresenta boa evolução clínica, com fechamento adequado da comunicação e restauração da função normal. A técnica do retalho de Bichat é considerada segura e eficaz, oferecendo uma solução viável para o manejo de CBS complexas, minimizando o risco de recidivas e promovendo uma recuperação satisfatória (NEDIR et al. 2017).

Uso de Biomateriais no Tratamento da CBS

O uso de biomateriais no tratamento da comunicação buco-sinusal (CBS) tem se mostrado uma abordagem eficaz, especialmente em casos de defeitos maiores ou em situações onde a cicatrização natural do tecido é insuficiente (BHALLA; SUN; DYM, 2021). Os biomateriais mais utilizados incluem membranas de colágeno, enxertos ósseos e fatores de crescimento, todos com o objetivo de promover a regeneração do tecido e restaurar a barreira entre a cavidade oral e o seio maxilar. Esses materiais proporcionam suporte estrutural e aceleram o processo de cicatrização, reduzindo a necessidade de intervenções adicionais (SOARES, 2021; COSTA, 2023).

As membranas de colágeno são um dos biomateriais mais amplamente utilizados para o fechamento de CBS. Elas são biocompatíveis, reabsorvíveis e atuam como uma barreira física temporária, permitindo que o tecido conjuntivo e epitelial cresçam sobre a área do defeito (KHANDELWAL; HAJIRA, 2017).

Isso impede a invasão bacteriana do seio maxilar e facilita o fechamento natural da comunicação. Além disso, essas membranas podem ser combinadas com enxertos ósseos em casos onde há perda de estrutura óssea significativa, oferecendo suporte adicional e promovendo a regeneração óssea (CONCEIÇÃO et al. 2021).

Os enxertos ósseos, por sua vez, são indicados em situações de reabsorção óssea extensa ou quando a perfuração compromete a integridade do assoalho do seio. Eles podem ser autógenos (retirados do próprio paciente) ou alógenos (derivados de doadores humanos), sendo aplicados para preencher o defeito e estimular a formação de novo osso (DEMIRTAS; HARORLI, 2015). Fatores de crescimento, como o plasma rico em plaquetas (PRP), também podem ser adicionados ao enxerto para acelerar o processo de cicatrização. Esses fatores estimulam a proliferação celular e a vascularização, facilitando a integração do enxerto e a regeneração do tecido (COSTA, 2023).

A escolha do biomaterial adequado depende de diversos fatores, incluindo o tamanho do defeito, a presença de infecção e a condição geral do paciente. Nos últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias e biomateriais tem permitido uma abordagem mais personalizada no tratamento da CBS (MARTORELLI et al. 2021). O uso combinado de diferentes biomateriais e técnicas cirúrgicas avançadas tem mostrado resultados promissores, com taxas de sucesso cada vez maiores na reparação de grandes defeitos e na prevenção de complicações a longo prazo (SILVA, 2016; DEMETOGLU; OCAK; BILGE, 2018; IWATA et al. 2020).

Considerações Finais

A eficácia no tratamento da comunicação buco-sinusal (CBS) depende de uma abordagem integrada que combina o uso adequado de técnicas cirúrgicas, biomateriais e medicação. A avaliação pré-operatória detalhada com exames de imagem, como a tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT), é fundamental para o planejamento do procedimento e para a escolha das técnicas mais apropriadas para cada caso. Além disso, o manejo correto de perfurações menores com suturas e o uso de biomateriais, como membranas de colágeno e enxertos ósseos, são essenciais para garantir o fechamento do defeito e evitar complicações pós-operatórias.

O acompanhamento pós-operatório também desempenha um papel crucial no sucesso do tratamento. Revisões regulares e o uso de medicações adequadas, como antibióticos e anti-inflamatórios, ajudam a prevenir infecções e a controlar a inflamação, promovendo uma recuperação mais rápida e eficiente. A integração de todos esses fatores, combinada com a experiência do cirurgião, é determinante para minimizar o risco de recorrência da CBS e garantir a cicatrização completa da área afetada.

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1 Graduando em Odontologia pela UNINASSAU – Centro Universitáio de Cacoal-RO. E-mail: phabiojr@gmail.com.
2 Graduando em Odontologia pela UNINASSAU – Centro Universitáio de Cacoal-RO. E-mail: agraelsurui1@gmail.com.
3 Graduada em Odontologia pela UNINASSAU – Centro Universitáio de Cacoal-RO e mentora do curso de Odontologia da UNINASSAU. E-mail: vitoriagonc@outlook.com.