BREAST CANCER PREVENTION AND CARE
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202412150015
Liana Mayra Melo de Andrade
Ciane Regina Alves Barros
Kamylle Pedrosa Gomes
Wilhames Rodrigues
Ana Beatriz Santos de Oliveira
Julia Fernanda Gouveia Costa
Gabriel Kisiolar Vaz Ferreira
Murilo Mendonça Aguiar
Felipe Dias Moreira
Vitoria Amaral Lima
Resumo
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável por elevadas taxas de morbidade e mortalidade, especialmente nos países em desenvolvimento. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um estudo sobre a importância da prevenção e cuidados do câncer de mama. A metodologia utilizada no estudo foi uma revisão de literatura, no qual foram baseados em livros e artigos científicos de diversas áreas referentes ao tema. Como resultados foi evidenciado que a prevenção e os cuidados relacionados ao câncer de mama representam pilares fundamentais para a redução da mortalidade e melhoria da qualidade de vida das mulheres. Este tipo de câncer é um dos mais prevalentes no mundo, mas também está entre os que apresentam maior potencial de controle quando detectado precocemente e tratado de forma adequada. Como conclusão ressalta-se ser imprescindível que ações de educação em saúde sejam fortalecidas, tanto para a população em geral quanto para os profissionais da área, visando ampliar o conhecimento sobre os fatores de risco, a importância do diagnóstico precoce e as possibilidades de tratamento, logo, campanhas educativas, aliadas à capacitação contínua dos profissionais, têm o potencial de transformar o panorama atual, reduzindo as taxas de mortalidade.
Palavras-chave: Câncer de mama. Mamografia. Atenção Primaria de Saúde.
Abstract
Breast cancer is the most common type of cancer among women and is responsible for high morbidity and mortality rates, especially in developing countries. In view of this, this study aims to develop a study on the importance of breast cancer prevention and care. The methodology used in the study was a literature review, based on books and scientific articles from various areas on the subject. The results showed that breast cancer prevention and care are fundamental pillars for reducing mortality and improving women’s quality of life. This type of cancer is one of the most prevalent in the world, but it is also among those with the greatest potential for control when detected early and treated appropriately. In conclusion, it is essential that health education actions are strengthened, both for the general population and for professionals in the field, with the aim of increasing knowledge about risk factors, the importance of early diagnosis and the possibilities of treatment; therefore, educational campaigns, allied to the continuous training of professionals, have the potential to transform the current panorama, reducing mortality rates.
Keywords: Breast cancer. Mammography. Primary Health Care.
1 INTRODUÇÃO
É conhecido que o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres, à exceção do câncer de pele não melanoma, a estimativa para o ano de 2022 é de aproximadamente 62.280 novos casos da doença, enquanto em 2020 ocorreram 17.825 óbitos em mulheres com câncer de mama, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), sendo considerada como a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil (INCA, 2022).
Neste cenário, autores como Costa et al. (2024) reforçam sobre os estudos ligados a prevenção do câncer de mama, pois ações preventivas contribuem para reduzir os gastos com assistência à saúde, visto que, famílias, as empresas e a sociedade em geral são impactadas pelos danos causados pelo diagnóstico de câncer de mama. Entre esses prejuízos, destacam-se a redução da produtividade no trabalho, impactos emocionais, elevação dos gastos com saúde, redução da expectativa de vida, além de óbitos precoces.
Assim, é necessário aprimorar as políticas nacionais de saúde para melhorar a qualidade de vida das mulheres, cuja prevenção primária do câncer de mama, a ação ocorre antes do início do processo patológico, alterando a exposição aos elementos que favorecem o aparecimento da doença (Silva et al., 2024).
Neste contexto, as ações preventivas mais eficazes contra o câncer de mama incluem o controle do peso, diminuição do consumo de álcool, alimentação equilibrada, atividades físicas, amamentação e proteção contra a exposição à radiação iônica e aos pesticidas (Frasson et al., 2019; Oliveira et al., 2020).
Franco (2021) explica a importância da prevenção primária do câncer, através da adoção de uma vida saudável e da prevenção da exposição a fatores de risco que possam ser modificados, o autor inclusive indica um possível efeito da prática de exercícios físicos e uma dieta equilibrada na diminuição da prevalência da enfermidade ao longo do tempo.
Assim, a promoção da saúde emerge como a principal estratégia na prevenção primária do câncer de mama, por isso torna-se importante enfatizar a função da enfermagem nessas iniciativas (Silveira et al., 2021).
Diante disso a prevenção também pode ser realizada quando a doença já está presente biologicamente, com o objetivo de alterar sua progressão por meio da detecção e do tratamento precoce, isso pode ser alcançado por meio de estratégias de rastreamento (identificação em estágio subclínico) ou diagnóstico precoce (identificação dos primeiros sinais e sintomas).
Nesse contexto, é fundamental que tanto a população quanto os profissionais de saúde sejam capazes de reconhecer rapidamente os sinais e sintomas iniciais, o que pode ser promovido por campanhas educativas e pela capacitação desses profissionais (Oliveira et al., 2020). Assim, a detecção precoce, como parte da prevenção secundária, influencia a história natural da doença, contribuindo de forma significativa para evitar que o câncer de mama avance para estágios mais graves e de prognósticos menos favoráveis.
No Brasil, as diretrizes estabelecidas pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, pela Sociedade Brasileira de Mastologia e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia recomendam que o rastreamento do câncer de mama seja realizado em mulheres a partir dos 40 anos, por meio de exame físico e mamografia anual (OLIVEIRA et al., 2020).
Por outro lado, o INCA sugere que o rastreamento seja direcionado a mulheres entre 50 e 69 anos, com a realização de mamografias a cada dois anos (INCA, 2022). De acordo com o INCA, a mamografia é o único método com evidências científicas suficientes para sustentar essa recomendação (INCA, 2022; Migowski; Corrêa, 2021; Oliveira et al., 2020).
O autoexame das mamas tem sido desestimulado pelo Ministério da Saúde devido à ausência de evidências científicas consistentes que comprovem sua eficácia, no entanto, a importância de a mulher estar atenta ao aparecimento de sinais e sintomas iniciais, como nódulos mamários, não deve ser ignorada. Nesses casos, é essencial que a paciente procure uma avaliação médica o mais cedo possível (Oliveira et al., 2020).
Apesar da ampla divulgação sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama, os índices de mortalidade continuam elevados. Embora a realização de mamografias tenha apresentado um aumento progressivo desde 2012, os números ainda estão abaixo do ideal (INCA, 2022).
Diante disso, o trabalho possui a seguinte problemática: quais os desafios para a prevenção e cuidados do câncer de mama no brasil?
Assim, justifica-se a realização da presente pesquisa por compreender as relevâncias do tema, visto que, investigar as práticas de prevenção e cuidado do câncer de mama é essencial para subsidiar a criação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades no acesso aos serviços de rastreamento e ao tratamento. Ao mesmo tempo, busca-se promover mudanças comportamentais, estimulando o autocuidado, a adesão a hábitos saudáveis e a atenção aos sinais e sintomas da doença.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um estudo sobre a importância da prevenção e cuidados do câncer de mama.
2 METODOLOGIA
O trabalho foi uma revisão de literatura, que segundo Gil (2017) pode ser realizada como parte de diferentes tipos de estudos acadêmicos, como trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, artigos científicos e projetos de pesquisa. Ela é fundamental para contextualizar a pesquisa, embasar teoricamente os argumentos e fornecer uma visão abrangente do estado atual do conhecimento sobre o tema em questão.
Para garantir a relevância e a qualidade das informações coletadas, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: Estudos publicados entre 2020 e 2024; Artigos publicados em português, inglês ou espanhol; pesquisas que abordem aspectos preventivos, cuidados e políticas públicas relacionadas ao câncer de mama e estudos originais, revisões de literatura e diretrizes de instituições reconhecidas.
Como critérios de exclusão foram: Artigos com acesso restrito, sem informações completas; estudos que não abordem diretamente o tema e publicações duplicadas em diferentes bases de dados.
A busca foi realizada nas seguintes bases de dados: PubMed; Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Os descritores utilizados na busca foram selecionados com base nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH), combinados com operadores booleanos. Exemplos: “Prevenção do câncer de mama” AND “cuidados” AND “mamografia”. “Breast cancer prevention” OR “screening” AND “primary care”. “Câncer de mama” AND “detecção precoce” OR “políticas públicas”.
Os artigos foram selecionados em três etapas: Leitura dos títulos, ou seja, exclusão de estudos irrelevantes ou duplicados; Leitura dos resumos referente a Análise preliminar para verificar a adequação aos critérios de inclusão e leitura completa, isto é, avaliação detalhada dos textos para inclusão na revisão.
Portanto, a discussão foi estruturada com base nos objetivos definidos, relacionando os achados da literatura com as práticas atuais e propondo caminhos para futuras investigações, totalizando 15 artigos.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao longo dos artigos analisados observou-se a importância da prevenção e cuidados do câncer de mama, conforme o que explica que Teixeira e Araújo (2020) que que apresentam um panorama histórico, na primeira metade do século XX, sobre a existência de um debate clínico em curso sobre a identificação antecipada de enfermidades, fundamentado nas vivências dos médicos em atividade.
Neste cenário, examinaram quais métodos seriam mais adequados para o diagnóstico, discutindo a questão em publicações de ginecologia ou em publicações especializadas em câncer em geral. Nesse período, a compreensão acerca da incidência e mortalidade dessas enfermidades era restrita, com o exame clínico sendo o principal método de diagnóstico (Teixeira; Araújo, 2020).
Ainda sobre a temática, destaca-se a colaboração com o INCA juntamente com Ministério da Saúde deu início a um projeto-piloto para o controle do câncer de colo de útero, no qual tinha como objetivo principal era diminuir o efeito da doença nas mulheres do Brasil. Com a execução deste programa, foram estabelecidas diretrizes e estabelecida uma rede de suporte para o diagnóstico precoce do câncer de mama, impulsionando o avanço na formulação de políticas públicas (Teixeira; Araújo, 2020).
No seu trabalho, Paiva et al. (2021) reforça a importância da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, ao afirmar que o SUS está organizado para executar intervenções, promoção, prevenção e recuperação da saúde em três níveis diferentes de assistência.
Ainda para o autor acima, ele tem o dever de examinar e satisfazer todas as demandas de saúde dos cidadãos, desde as mais básicas até as de maior complexidade. A estratégia de detecção precoce visa estimular o diagnóstico e o rastreamento em áreas com maior incidência da doença.
Paiva et al. (2021) destacam que atualmente existe uma mobilização através de campanhas nacionais para sensibilizar a população acerca da relevância do diagnóstico precoce, nos quais tais ações promovem a execução de exames clínicos e a mamografia. Este empenho está em consonância com o planejamento de estratégias para combater as doenças crônicas.
Na Atenção Primária à Saúde (APS), ressalta-se o acolhimento dos usuários, o estímulo à ligação e responsabilidade entre pacientes e profissionais de saúde. Essas medidas aproximam as usuárias, permitindo que elas esclareçam suas dúvidas sobre o rastreamento e a detecção antecipada de um câncer de mama, além disso, as suas instalações próximas à comunidade possibilitam um entendimento mais profundo da realidade social, permitindo a realização de atividades tanto em grupo quanto individuais (Ferreira et al., 2020).
A pesquisa realizada por Landim et al. (2019), teve como o objetivo de analisar a integração sistêmica da assistência à saúde na linha de tratamento do câncer de mama, no contexto da regionalização da saúde na Bahia, sob a ótica da macrogestão.
Os resultados demonstram que, apesar das orientações do governo federal serem essenciais, elas não conseguem atenuar as desigualdades regionais e as disparidades do sistema de saúde, isso acontece porque a implementação de modelos padronizados confronta a diversidade e a heterogeneidade da realidade brasileira.
A pesquisa desenvolvida por Ferreira et al. (2020) revelou que os princípios da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) devem ser implementados pelos profissionais do Sistema Único de Saúde. O conhecimento, as práticas e as atitudes dos enfermeiros que atuam na atenção primária à saúde em cidades do interior do Ceará foram examinadas, utilizando um Inquérito de Conhecimento, Atitude e Prática, que foi aplicado a 62 enfermeiros através de um questionário com 27 questões.
Os achados indicaram que somente 6,4% dos profissionais de enfermagem tinham o conhecimento apropriado sobre a detecção do câncer de mama, sugerindo a necessidade de aperfeiçoamento neste campo. No que diz respeito à atitude, 85,4% dos profissionais apresentaram resultados adequados, enquanto 50% alcançaram resultados classificados como regulares (Ferreira et al., 2020).
Para Ferreira et al., (2020) esses achados são importantes justamente porque evidenciam a necessidade de melhorias como a urgência de implementar programas de educação permanente sobre detecção e controle do câncer de mama, para que áreas da saúde, como medicina e enfermagem possam ser mais efetivas e humanizadas.
Em outro estudo sobre o tema, Schuler et al. (2020) identificaram que a taxa de mortalidade se inicia aos 30 anos, mas intensifica-se após os 40 anos, especialmente em mulheres, devido à glândula mamária e à menopausa. Ademais, a prática comum entre as mulheres de usar contraceptivos para evitar gravidez, bem como terapias de reposição hormonal após a menopausa, são fatores de risco para o surgimento de câncer de mama (Guimarães et al., 2020).
Similarmente, o modo de vida atual, que inclui a ingestão de alimentos com alto teor de gordura animal, consumo de álcool, tabagismo, obesidade e sedentarismo, é um fator que favorece o aparecimento do câncer de mama (Viegas et al., 2020). Assim, mulheres com antecedentes familiares de câncer de mama, nuliparidade, menopausa precoce, primeira gravidez após os 50 anos e exposição a radiações ionizantes com menos de 35 anos (Lima et al., 2023).
Segundo Assis et al. (2020) a abordagem inicial para a detecção antecipada do câncer de mama engloba várias medidas de rastreio, incluindo a realização de autoexame das mamas, sendo que é um procedimento em que a própria mulher faz a palpação e a análise das mamas, seguindo diretrizes específicas da metodologia.
Dessa forma, o autoexame das mamas continua sendo a principal forma de diagnóstico desta doença na atenção primária à saúde, já que conforme Ferreira et al. (2021), o primeiro sinal clínico geralmente é identificado pela própria paciente ou pelos profissionais de saúde durante consultas que são rotineiras.
Em relação ao diagnóstico de câncer de mama, geralmente começa com uma queixa da paciente ou quando o profissional de saúde faz uma avaliação física e identifica um nódulo. Depois dessa descoberta, são necessários exames adicionais, tais como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biópsia, para finalmente estabelecer o diagnóstico (INCA, 2022).
É importante ressaltar que as evidências indicam casos de mortalidade a partir dos 30 anos, portanto, o autoexame já é recomendado, entretanto, para detecção precoce, recomenda-se a realização de mamografia anualmente, especificamente para indivíduos após os 40 anos (Monteiro Belfort et al., 2019).
Dado esse contexto, é importante frisar que o autoexame das mamas não tenha se mostrado eficaz na redução das taxas de mortalidade, ele ainda é recomendado como um meio de aumentar a conscientização sobre a saúde das mamas, facilitando assim a identificação precoce de quaisquer irregularidades (Lima et al., 2023).
Um estudo conduzido por Guimarães et al. (2020) indica que intervenções direcionadas aos fatores de risco, como educar o público sobre a adoção de escolhas de estilo de vida mais saudáveis, eliminar hábitos sedentários, evitar alimentos ricos em gordura, alcançar o controle equilibrado do peso, minimizar o consumo de álcool e parar de fuma, mostram eficácia significativa na prevenção do câncer de mama e no aumento da expectativa de vida.
Por fim, é importante observar que as mudanças na demografia, epidemiologia e nutrição exacerbaram o impacto do câncer de mama, pois as mudanças na dieta e no estilo de vida influenciam a expectativa de vida e o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo o câncer de mama (Nascimento et al., 2024).
Conforme observado por Patriota e Silva (2021) e Viegas et al. (2020), as políticas de saúde pública devem implementar estratégias de prevenção primária para câncer de mama em mulheres para se concentrar na prevenção desta doença, facilitando o diagnóstico precoce e permitindo o tratamento oportuno para as mesmas.
Conforme afirmado por Costa et al. (2021), a prevenção primária diz respeito às escolhas de estilo de vida que podem ser alteradas, essa abordagem se concentra na detecção precoce de doenças, facilitando o diagnóstico e o tratamento adequado, o que, por sua vez, reduz as taxas de morbidade e mortalidade.
Diante disso, Lima (2023) explica que a estratégia mais eficiente para combater o câncer de mama em todo o mundo ainda é a prevenção primária, já que esta tática foca em prevenir que as pessoas contraiam a doença e requer o entendimento dos fatores de risco e proteção.
Para Silva et al. (2024) a educação em saúde promove o aprimoramento de habilidades e promove o acesso ao conhecimento, já que, trata-se de uma estratégia crucial que contribui para a promoção da saúde, criando novos hábitos para o autocuidado.
Inclusive estudos realizados por Costa et al. (2021) ressaltam a importância vital da atenção primária na detecção do câncer de mama em mulheres pós-menopáusicas, uma vez que essa área atua como o primeiro ponto de contato para as pacientes.
Portanto, campanhas focadas na prevenção primária são táticas cruciais na luta contra o câncer de mama para essa população, já que existe a capacidade de diminuir as taxas de mortalidade em mulheres com tal patologia, para reduzir a incidência e ampliar a propagação de ações preventivas.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do trabalho foi possível observar que a prevenção e os cuidados relacionados ao câncer de mama representam pilares fundamentais para a redução da mortalidade e melhoria da qualidade de vida das mulheres. Este tipo de câncer é um dos mais prevalentes no mundo, mas também está entre os que apresentam maior potencial de controle quando detectado precocemente e tratado de forma adequada.
Nesse contexto, medidas de prevenção primária e secundária são essenciais, embora diretrizes nacionais e internacionais recomendem a realização de mamografias periódicas em faixas etárias específicas, a adesão a esses protocolos ainda enfrenta desafios, como a desigualdade no acesso aos serviços de saúde, a falta de conhecimento sobre a importância do rastreamento e a carência de políticas públicas mais inclusivas.
Dessa forma, apesar do desestímulo ao autoexame das mamas, a conscientização sobre a necessidade de estar atenta aos sinais e sintomas iniciais da doença continua sendo uma abordagem relevante, especialmente em cenários onde o acesso à mamografia é limitado.
Por fim, é imprescindível que ações de educação em saúde sejam fortalecidas, tanto para a população em geral quanto para os profissionais da área, visando ampliar o conhecimento sobre os fatores de risco, a importância do diagnóstico precoce e as possibilidades de tratamento, logo, campanhas educativas, aliadas à capacitação contínua dos profissionais, têm o potencial de transformar o panorama atual, reduzindo as taxas de mortalidade e melhorando os resultados no enfrentamento do câncer de mama.
Portanto, acredita-se na relevância do esforço coletivo e integrado entre governo, sociedade civil e serviços de saúde para promover avanços significativos na prevenção e no cuidado dessa doença.
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