PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR DE CORRENTE SANGUINEA PRIMÁRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA¹

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.8301774


Rosivalda Silva2
Bruna Almeida3


RESUMO 

A comunicação é um processo de diálogos onde se compartilham idéias, mensagens, emoções e sentimentos. Na assistência em saúde, através de uma boa comunicação estável, será possível identificar, reconhecer e resolver as necessidades dos clientes com deficiência auditiva de forma integral e humanizada. O objetivo deste estudo é mostrar as dificuldades enfrentadas pela enfermagem ao lidar com este público e as soluções encontradas. 

PALAVRAS-CHAVE: Infecção Hospitalar; Prevenção; Unidade de Terapia Intensiva. 

A Organização Mundial da Saúde define a deficiência como a perda ou a anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Entre as diversas deficiências, destaca-se a auditiva, pelo impacto que promove na vida social das pessoas. (OMS, 2013) 

A deficiência auditiva atribui-se a baixa capacidade de assimilação normal dos sons e é caracterizado surdo o indivíduo cuja audição não é funcional na vida habitual e parcialmente surdo aquele indivíduo cuja audição, ainda que deficiente é funcional com ou sem prótese auditiva. (GIUSTINA; CARNEIRO; SOUZA, 2015) 

A comunicação é uma aptidão indispensável na vida dos seres humanos, por permitir à convivência em sociedade. Nesse sentido a comunicação na enfermagem se torna muito importante para prestação de cuidados, possibilitando o relacionamento interpessoal entre o paciente e a equipe de enfermagem. (MARQUETE; COSTA; TESTON, 2018)

Para que seja possível a comunicação segura, compatível a uma eficiente assistência em saúde, cabe ao profissional habilidade técnica, experiência e capacidade para o desenvolvimento de comunicações e de vínculo interpessoal, visando à comunicação de maneira efetiva e clara, a fim de qualificar o cuidado prestado. (SOUSA; ALMEIDA, 2017). 

Diante ao exposto surge o questionamento que norteia este tema: como os profissionais da enfermagem podem melhorar a comunicação e a qualidade durante a sua assistência a este público? 

Segundo GIUSTINA, CARNEIRO E SOUZA (2015), as dificuldades enfrentadas no cotidiano dessa assistência mostram a necessidade desses profissionais e a importância da capacitação em libras desde a graduação de enfermagem para melhor lidar com essa população para um trabalho humanizado. 

Conforme NEVES, FELIPE E NUNES (2016), acredita-se que o primeiro passo para inclusão, humanização e a acessibilidade aos serviços de Saúde para as pessoas com deficiência auditiva só poderá ser efetivada quando mais profissionais de saúde compreenderem a importância de se comunicarem por libras ou o direito teórico de ter intérpretes nos estabelecimentos de saúde seja colocado em prática. 

Diante do cenário atual da pandemia do coronavírus , as dificuldades tornaram-se mais evidentes, isso porque uma das maiores questões é que as máscaras impedem a leitura orofacial por parte dessas pessoas, mas não devem deixar de ser usadas, pois previnem a contaminação e propagação do Covid-19. 

Dada a importância ao assunto, torna-se necessária a inclusão da disciplina de libras nas graduações de enfermagem, pois uma boa comunicação é essencial para que a assistência seja realizada com eficácia. As instituições de saúde devem direcionar o olhar a estes usuários e capacitar seus profissionais para que prestem um atendimento de qualidade e humanizado. 

E tudo isso, alinhado com a necessidade da implantação de um aplicativo móveis com diversos recursos, como: tradução da fala ou da escrita em português para a LIBRAS; conversão de imagens, textos e áudios para LIBRAS; dicionário com índice em LIBRAS. 

Em suma, as unidades de saúde devem buscar mecanismos para diminuir as barreiras de acesso dos portadores de deficiência auditiva às informações e para que a comunicação com as equipes de enfermagem sejam realizadas com mais clareza e sem dificuldades.

REFERÊNCIAS 

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS): Um manual prático para o uso da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Versão preliminar para discussão. Outubro de 2013. Genebra: OMS 

GIUSTINA, FPD; CARNEIRO, DMN & SOUZA, RM. A enfermagem e a deficiência auditiva: assistência ao surdo. Revista de Saúde da Faciplac Brasília, v. 2, n. 1, jan – Dez 2015 

MARQUETE VF, COSTA MAR, TESTON EF. Comunicação com deficientes auditivos na ótica de profissionais de saúde. Rev baiana enferm. 2018;32:e24055. Disponivel em : http://dx.doi.org/10.18471/rbe.v32.24055 

SOUSA, E.M.; ALMEIDA, M.A.P.T. Atendimento ao surdo na atenção básica: perspectiva da equipe multidisciplinar. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, Pernambuco, nº33, p. 72-82, 2017. Disponivel em : https://doi.org/10.14295/idonline.v10i33.589 

NEVES DB, FELIPE IMA, NUNES SPH . Atendimento aos surdos nos serviços de saúde : acessibilidade e obstáculos.Infarma ciência 2016 . Disponivel em : http://dx.doi.org/10.14450/2318-9312.v28.e3.a2016.pp157-165

Anexo 1


1Trabalho apresentado para a disciplina de Produção e Inovação Científica da Faculdade Laboro realizada no dia 14 de Agosto de 2021. 
2Aluno de Enfermagem em Terapia Intensiva,e-mail: rose.valda@hotmail.com 
3Orientadora do trabalho. Professora da Faculdade Laboro. Mestra em Comunicação. e-mail: professorabruna.almeida@gmail.com