PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA DE SÍFILIS E HIV NO BRASIL NO PERÍODO DE 2015 A 2020

PREVALENCE AND INCIDENCE OF SYPHILIS AND HIV IN BRAZIL FROM 2015 TO 2020

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7347485


Yasmin Rabelo Batista1
Robson Souza de Oliveira Filho2
João Batista de Lima Junior3
Alcione de Oliveira dos Santos4


RESUMO

A prevalência de infecção por HIV entre os casos notificados de sífilis vem aumentando drasticamente, especialmente entre homens que fazem sexo com homens (HSH), sendo assim as taxas de sífilis entre HSH vem sendo muito mais altas em comparação com as taxas de homens que fazem sexo apenas com mulheres (HSM). O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a incidência e prevalência de sífilis e HIV no Brasil no período de 2015 a 2020. O estudo trata-se de uma revisão sistemática, realizada mediante a pesquisa de dados eletrônicos, onde foram incluídos os artigos científicos publicados entre os anos de 2015 e 2020, nos idiomas português, espanhol e inglês. A escolha inicial dos artigos que participaram da revisão foi dada após leitura e análise dos títulos e resumos dos mesmos, filtrando aqueles que estavam com seus textos completos disponíveis e estando dentro do período de 2013 à 2022. Excluindo todos os que tinham acesso restrito e os que estavam fora do período estimado. Contudo, os resultados da referida pesquisa apontaram que enquanto o perfil epidemiológico da AIDS, de acordo com o período analisado, apresentou diminuição de notificações ao longo dos anos, com predomínio da interiorização pela região Sudeste e Nordeste, os casos de sífilis no país aumentaram significativamente no período analisado.

Palavras-chave:  HIV. Sífilis. Saúde.

ABSTRACT

The prevalence of HIV infection among reported syphilis cases has been increasing dramatically, especially among men who have sex with men (MSM), so syphilis rates among MSM have been much higher compared to rates for men who have sex with men (MSM). sex only with women (MSM). The general objective of this research was to analyze the incidence and prevalence of syphilis and HIV in Brazil from 2015 to 2020. The study is a systematic review, carried out by searching electronic data, which included scientific articles published between the years 2015 and 2020, in Portuguese, Spanish and English. The initial choice of articles that participated in the review was given after reading and analyzing their titles and abstracts, filtering those that had their full texts available and being within the period from 2013 to 2022. Excluding all those that had restricted access and the that were outside the estimated period. However, the results of that research showed that while the epidemiological profile of AIDS, according to the analyzed period, showed a decrease in notifications over the years, with a predominance of interiorization by the Southeast and Northeast regions, syphilis cases in the country increased significantly. in the analyzed period.

Keywords: HIV. Syphilis. Health.

INTRODUÇÃO

A sífilis é uma doença infectocontagiosa de origem bacteriana que pode ser transmitida via sexual, vertical e mais raramente através de transfusões sanguíneas e transplante de órgãos. Descoberta no ano de 1905, a doença é causada pela bactéria Treponema pallidum, gênero Treponema da família dos Treponemataceae. Se não diagnosticada e tratada prontamente a enfermidade pode se manifestar em três fases (primária, secundária e terciária) e também uma fase latente.

Com a descoberta da penicilina, a sífilis era considerada uma doença com alto potencial de erradicação já que é uma doença curável e de fácil tratamento. Entretanto, atualmente apresenta-se como um grave problema de saúde pública, uma vez que, mesmo com medidas eficazes e de baixo custo para prevenção e tratamento tem-se observado um aumento na incidência dos casos mundialmente (PEELING, 2017). 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que entre o período de 2009 a 2016 a incidência de casos de sífilis no globo foi de 6,3 milhões. Paralelamente a situação observada no Brasil segue o mesmo padrão, denotando a necessidade de contenção da transmissão da doença (BRASIL, 2020). 

Além disso, devido às características epidemiológicas e microbiológicas semelhantes, como a forma de transmissão, os principais grupos populacionais atingidos, a redução do uso de preservativos e a ação sinérgica, os casos de coinfecção de sífilis e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) se tornaram cada vez mais frequentes, principalmente no que tange a população de homens que fazem sexo com homens (HSH) (KOJIMA; KLAUSNER, 2018).

A sífilis é uma enfermidade que faz parte do grupo de doenças sexualmente transmissíveis e que pode ser clinicamente segmentada em fases distintas, sendo elas: primária, secundária, latente e terciária. Quando não tratada, a doença pode se tornar sistêmica e ocasionar quadros mais complicados com complicações neurológicas e oftalmológicas, por exemplo. No entanto, outro fator que está diretamente relacionado a piora dos casos de sífilis é a coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) devido ao sinergismo entre os dois agentes etiológicos, tratando-se portanto, de uma situação extremamente preocupante.

A preocupação é ainda maior atualmente, visto que a prevalência de infecção por HIV entre os casos notificados de sífilis vem aumentando drasticamente, especialmente entre homens que fazem sexo com homens (HSH), sendo assim as taxas de sífilis  entre HSH vem sendo muito mais altas em comparação com as taxas de homens que fazem sexo apenas com mulheres (HSM), vale ressaltar que nos Estados Unidos em 2015 a taxa estimada sífilis primária e secundária (P&S) entre jovens HSH foi 106 vezes a taxa de jovens HSM.(KIDD et al., 2018).

A partir disso, esse estudo tem como fundamento investigar as condições que podem contribuir para o aumento da incidência de sífilis associada com a infecção por HIV para através disso converter esses dados em tabelas e gráficos que poderão contribuir para o fortalecimento das medidas de Saúde Pública do município frente ao combate da patologia. Ainda mais, vale ressaltar a importância do diagnóstico de sífilis primária e secundária, pois ajudaria do ponto de vista de saúde pública a identificar as infecções por HIV que ainda não foram diagnosticadas e assim encaminhar essas pessoas para os cuidados e tratamentos adequados.

Desse modo, faz-se necessário que esse assunto de importância social e científica seja abordado de alguma forma, e a partir desse entendimento surge a base para essa pesquisa que tem como finalidade entender e apontar as possíveis causas desse perceptível aumento.

Por fim, tendo em vista o aumento da incidência de sífilis em escala mundial e seu sinergismo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), torna-se necessário o conhecimento do cenário epidemiológico de casos de coinfecção de sífilis/HIV. Nesse sentido, o presente projeto tem como objetivo promover uma análise quantitativa do número de casos de coinfecção de sífilis e HIV no município de Porto Velho, estado de Rondônia, a fim de demonstrar a incidência da enfermidade e de ofertar subsídios para posteriores pesquisas e estratégias de controle.

Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar a incidência e prevalência de sífilis e HIV no Brasil no período de 2015 a 2020. O estudo trata-se de uma revisão sistemática, realizada mediante a pesquisa de dados eletrônicos, onde foram incluídos os artigos científicos publicados entre os anos de 2015 e 2020, nos idiomas português, espanhol e inglês. A escolha inicial dos artigos que participaram da revisão foi dada após leitura e análise dos títulos e resumos dos mesmos, filtrando aqueles que estavam com seus textos completos disponíveis e estando dentro do período de 2013 à 2022. Excluindo todos os que tinham acesso restrito e os que estavam fora do período estimado.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Recentemente, as doenças sexualmente transmissíveis ganharam importância como problemas de saúde pública. No entanto, alguns fatos sobre o atendimento às DST nos Estados Unidos têm causado impressões desfavoráveis. Por exemplo, os dados de DSTs do país são limitados. As DSTs são de notificação obrigatória quando contratadas. As únicas de notificação obrigatória são AIDS, sífilis na gravidez e sífilis congênita (DOMINGUES et al., 2021).

Além disso, os portadores de DST continuam a enfrentar discriminação em todos os níveis do sistema de saúde. Isso inclui ser discriminado por médicos, enfermeiros e outras equipes médicas. Muitas populações prioritárias estão restritas ao atendimento de DST, incluindo adolescentes, homossexuais, bissexuais e profissionais do sexo, devido ao acesso limitado aos serviços. Além disso, as pessoas com DST muitas vezes vivenciam cuidados inadequados ou enfrentam situações constrangedoras devido ao despreparo, entre outros motivos (PAES, 2013).

Visitar farmácias comerciais para cuidados de saúde é uma das muitas imperfeições do sistema médico. Essas farmácias geralmente não têm os medicamentos corretos ou não fornecem resultados precisos dos testes. Por conta disso, as pessoas com DST sentem-se afastadas dos serviços de saúde. Além disso, essas farmácias não oferecem serviços de consulta ao mesmo tempo em que os resultados dos testes estão sendo concluídos. Uma das principais razões para isso é que muitos serviços de saúde não conseguem resolver seus problemas imediatamente (SILVA et al., 2020).

As DST têm uma magnitude significativa, transcendência, suscetibilidade ao controle e acessibilidade ao cuidado. Esses traços os tornam adequados às preocupações de saúde pública e requerem foco do Programa de Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde e serviços de referência sexual regionalizados. O acesso aos cuidados e a possibilidade de encontrar parceiros sexuais é facilitado com o auxílio do PSF, enquanto o tratamento adequado e o acompanhamento clínico são necessários com o envolvimento da UBS. É necessária a compra de medicamentos e insumos pelas organizações da sociedade civil envolvidas no acesso aos serviços. Além disso, preservativos e outros suprimentos são necessários para suprimentos que devem estar disponíveis (MOTA, 2018).

O controle das ações dessas organizações também é necessário para que elas possam participar do acesso aos serviços. Isso também inclui o controle de sua participação em internações e procedimentos para tratamento de complicações. Esses custos indiretos para a economia do país são causados ​​por DSTs e outras complicações decorrentes de tratamentos (BATISTA; FIGUEIREDO, 2020).

As chaves para controlar epidemias de doenças sexualmente transmissíveis são identificar e tratar os indivíduos infectados de forma rápida e eficaz. Além disso, é imperativo fornecer aconselhamento adequado para essas doenças. Isso combinado com o foco em práticas sexuais mais seguras ajuda a alcançar um resultado mais positivo (DOMINGUES et al., 2021).

Prevenção

Manter a disseminação de DSTs e HIV sob controle requer uma estratégia básica de prevenção. Isso requer educação regular sobre percepção de risco, mudanças no comportamento sexual e promoção do uso adequado do preservativo. Além disso, atividades adicionais de educação e aconselhamento são necessárias para pessoas com DST e seus parceiros durante o tratamento. Isso porque ajuda os participantes a entender melhor a importância de um maior cuidado, autoproteção e prevenção de futuros surtos (MOTA, 2018).

Fornecer essa educação ao público em geral é fundamental para a prevenção. As pessoas que não apresentam sintomas ainda podem se beneficiar do tratamento. Fornecer preservativos em todos os locais de saúde é uma ótima maneira de promover o sexo seguro. Isso ajudará as pessoas a reconhecer a importância de um momento importante em sua prevenção (BATISTA; FIGUEIREDO, 2020).

Diagnóstico

A maioria dos profissionais de saúde diagnostica uma DST usando um dos três métodos. Trata-se do diagnóstico etiológico, no qual se utilizam exames laboratoriais para determinar a causa específica de uma doença. Alternativamente, eles podem usar o diagnóstico clínico, com base em sua experiência pessoal de sintomas (PAES, 2013).

Equipamentos laboratoriais e técnicos especializados nem sempre estão disponíveis quando a identificação etiológica de uma doença é necessária. Isso porque os profissionais de saúde empregam o método ideal para diagnosticar a doença, que é fazer a pergunta certa da maneira certa. Quando isso for impossível de fazer, métodos alternativos devem ser usados (DOMINGUES et al., 2021).

O diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis é difícil quando as técnicas de cultura não estão disponíveis. Atualmente, apenas exames laboratoriais avançados podem confirmar que uma mulher tem infecções por clamídia ou gonocócica. Esses exames são de difícil obtenção e normalmente não estão disponíveis nas unidades básicas de saúde. Nos casos de cancro mole e herpes e gonorreia, o teste é ainda mais complicado devido à ausência de técnicas de cultura. (SILVA et al., 2020).

Muitas vezes, as pessoas procuram tratamento para DST em unidades básicas de saúde, onde nem sempre há equipamentos, insumos e técnicos qualificados. Isso porque pode ser difícil e caro determinar um diagnóstico etiológico por meio de exames demorados. Também pode haver um atraso antes que os pacientes sejam tratados quando o diagnóstico etiológico é feito (MOTA, 2018).

Alguns médicos observam que identificar a infecção de um paciente é simples. Mesmo os especialistas podem estar incorretos quando apenas sua experiência pessoal informa seu diagnóstico. Pode ser difícil distinguir entre várias infecções, pois as infecções mistas são comuns. Além disso, algumas infecções não podem ser diferenciadas clinicamente, o que leva a complicações adicionais. Um paciente com múltiplas infecções deve ser tratado para todas elas. Tratar apenas uma das infecções evita que a outra, ou outras, progrida para complicações graves. Esta cadeia de transmissão não está quebrada (BATISTA; FIGUEIREDO, 2020).

Detecção de casos

É vital identificar portadores assintomáticos de infecções por DST. Isso pode ser alcançado por meio da triagem de gestantes, adolescentes e indivíduos que recebem atendimento ginecológico para clamídia, gonorreia ou sífilis. Também é importante rastrear portadores assintomáticos em serviços de planejamento familiar, pré-natal ou prevenção de câncer para mulheres. Alcançar essa mudança na forma como os profissionais de saúde tratam os pacientes é fundamental para proteger os pacientes em risco. Isso lhes daria diagnóstico e aconselhamento para que pudessem iniciar as medidas preventivas o mais rápido possível (RAMOS et al., 2021).

Tratamento imediato

Vários fluxogramas já foram criados, testados e comprovadamente funcionam. Esses gráficos ajudam os médicos a tratar seus pacientes imediatamente, quebrando a cadeia de transmissão. Os pacientes devem ser tratados com medicação oral em dose única ou com o menor número de doses possível. Este método é preferível a reunir sintomas que se agrupam para formar um diagnóstico. Isso ocorre porque permite que os médicos investiguem sinais e sintomas que se agrupam como um diagnóstico (MOTA, 2018).

Para que o tratamento seja executado adequadamente, deve-se coletar material que possa ser analisado em laboratório local ou de referência. Isso inclui a coleta de dados sobre os agentes etiológicos que comumente causam a síndrome em estudo. Componentes adicionais do tratamento geralmente envolvem aconselhamento de redução de risco, tratamento de parceiros e promoção de preservativos (PAES, 2013).

O manejo adequado de casos de DST

Os serviços de triagem confidenciais são imensamente preferíveis ao processo de triagem; esses serviços são sempre realizados por profissionais de saúde treinados. Durante o tempo de espera, os participantes podem aprender lições de saúde por meio de vídeos educativos, discussões em grupo, abordagens sobre questões de cidadania e muito mais. Esse período também é útil para dar ênfase à educação em saúde individual e coletiva (SILVA et al., 2020).

Durante uma consulta, um médico reúne quaisquer testes ou informações anteriormente indisponíveis. Estes podem incluir amostras de sangue, urina ou outros fluidos corporais. Os sistemas imunológicos comprometidos são tratados com vacinas contra a hepatite B se tiverem parceiros sexuais com menos de 30 anos. Para o restante dos portadores de DST, apenas indivíduos suscetíveis com menos de 30 anos de idade são tratados com vacinas em regiões endêmicas. As consultas também incluem um exame detalhado e avaliação do histórico de saúde e estado atual do paciente (DOMINGUES et al., 2021).

É importante que os profissionais de saúde ouçam as preocupações de seus pacientes e estejam presentes durante os momentos difíceis. Eles também devem fornecer apoio emocional e ajudar seus pacientes a tomar decisões sobre o que podem fazer para evitar problemas futuros. Eles também devem fornecer informações e incentivar a refletir sobre questões passadas. Uma vez que muitos profissionais podem auxiliar na educação em saúde e na avaliação de situações de risco, eles também podem fornecer aconselhamento individual, educação em saúde e cuidados aos parceiros dos pacientes. Além disso, eles podem realizar avaliações que incluem prevenção e intervenção de DST. Isso porque eles são obrigados a abordar questões de sexualidade ou uso de drogas com uma mentalidade não intolerante (PAES, 2013).

Durante os últimos 30 dias, os pacientes devem se comunicar com os parceiros sexuais. Os profissionais recomendam o uso de cartões para se comunicar com parceiros sexuais. Para implementar serviços adicionais, devem ser consideradas as possibilidades específicas de cada serviço. É necessário buscar ativamente parceiros de gestantes com sífilis que não respondem ao tratamento (RAMOS et al., 2021).

Abordagem ao portador de DST

As especificidades no cuidado de pacientes com DSTs incluem a prevenção de transmissão adicional e evitar complicações da doença. Além disso, o tratamento eficaz deve minimizar os sintomas e impedir que a doença progrida de alguma forma. Este serviço visa proporcionar uma consulta única que inclui a disponibilização de exames de diagnóstico e tratamento adequados. Não há restrições quanto à obtenção ou oferta de exames laboratoriais (MOTA, 2018).

A importância do trabalho do laboratório não pode ser exagerada. Como parte indispensável dos cuidados de saúde modernos, continua a ser importante mesmo em instalações médicas maiores. O objetivo principal do laboratório é fornecer dados sobre as diferentes DSTs e sua suscetibilidade aos medicamentos prescritos. Ele também reúne informações sobre a sensibilidade de outros testes de DST (PAES, 2013).

Os profissionais que prestam serviço podem utilizar fluxogramas específicos para tomar decisões importantes. Esses gráficos já existem e foram testados, eles permitem que os profissionais determinem um diagnóstico sindrômico, implementem tratamentos, forneçam aconselhamento para incentivar a adesão ao tratamento, reduzir riscos, tratar parceiros e promover o uso do preservativo (RAMOS et al., 2021).

Cada decisão clínica e gráfico de ação inclui uma série de polígonos com informações básicas sobre o gerenciamento de pacientes. Para usar esses gráficos, um profissional primeiro determina o polígono superior da tabela relacionado ao seu problema clínico. Em seguida, eles seguem as etapas contidas em cada decisão para tomar as decisões necessárias em relação aos seus achados clínicos. As notas estão incluídas ao lado de cada polígono de decisão e ação no fluxograma da síndrome da psicologia. Essas notas, que pertencem a partes essenciais de cada polígono, são muito específicas para serem exibidas no próprio polígono (PAES, 2013).

Os médicos precisam saber como o corpo masculino e feminino funciona para diagnosticar várias DSTs. Eles também precisam conhecer os parceiros sexuais do paciente para que possam fazer um diagnóstico presuntivo das principais síndromes de IST (abordagem sindrômica). Além disso, eles devem coletar informações sobre a saúde geral e os sintomas do paciente como parte de sua anamnese. Como muitas DSTs passam despercebidas por longos períodos de tempo, é difícil acessar os testes de laboratório com rapidez suficiente. Portanto, os médicos percebem que o acesso rápido aos exames laboratoriais é um grande desafio (SILVA et al., 2020).

É preciso entender que é preciso estabelecer uma relação profissional e paciente para obter informações precisas. Isso porque questões de DST como sexualidade, risco, violência, prazer e desprazer, saúde e outros temas são apresentados de diversas formas. Isso se deve ao histórico do paciente e do profissional, sua condição socioeconômica e personalidade. É importante que os profissionais de saúde tenham isso em mente ao ajudar os pacientes com DST (BATISTA; FIGUEIREDO, 2020).

Ao discutir as DSTs, os profissionais precisam ter clareza sobre os valores sexuais do paciente e os seus próprios. Isso os torna únicos, pois têm a oportunidade de falar sobre sexualidade e práticas íntimas. Além disso, eles precisam estar bem informados sobre os hábitos sexuais de seu paciente (DOMINGUES et al., 2021).

Ao mostrar compreensão e tolerância às diferenças, pode-se evitar criar divisões. O diálogo pode continuar sem criar animosidade ou outros efeitos nocivos. Isso pode incluir diagnósticos médicos incorretos, ignorar problemas sérios de saúde ou pensar demais neles. Além disso, a falha em abordar adequadamente problemas sérios de saúde pode causar estresse psicológico e até mesmo pares inadequados nos relacionamentos (RAMOS et al., 2021).

As pessoas têm mais do que apenas um sistema de órgãos e órgãos sexuais quando são diagnosticadas com uma doença sexualmente transmissível. Eles devem ser considerados como um todo com seus valores gerais, atitudes, crenças e sentimentos. Além disso, eles precisam levar em consideração outras práticas de risco, como comportamento sexual de risco e uso de medicamentos. Outras doenças que os pacientes podem ter, como diabetes ou dermatites, também podem dificultar o tratamento adequado das DSTs (MOTA, 2018).

Os profissionais de saúde devem examinar minuciosamente a genitália e a saúde sexual de um paciente, incluindo a busca de outras DSTs, educação para redução de risco e orientação sobre cuidados higiênicos seguros. Em relação ao teste de sífilis, deve ser oferecido aconselhamento Beanti-HIV, incentivo à adesão ao tratamento, promoção do uso de preservativo e notificação do caso. Sempre que possível, pesquisas adicionais e observação de achados que possam identificar outras doenças devem ser realizadas por meio de inspeção geral, controle da pressão arterial, toque retal, palpação mamária e citologia oncótica cervical (PAES, 2013).

Exame físico

Quaisquer lesões, irregularidades ou irregularidades na pele, caroços ou qualquer coisa incomum na pele devem ser questionados. Diferentes partes do corpo, cabeça, pescoço, tronco e membros devem ser examinadas para anomalias nos gânglios. As palmas das mãos e as solas dos pés também devem ser consideradas. Quaisquer áreas de relevo elevado ou baixo devem ser observadas. Quaisquer áreas que estejam edemaciadas ou hiperêmicas, hipercromáticas ou de forma irregular também devem ser observadas (SILVA et al., 2020).

A gonorreia pode afetar os olhos, garganta, abscessos na garganta e artrite, além dos genitais. A sífilis pode afetar áreas adicionais do corpo, como faringite, peri-hepatite e osteoartrite. Vários sintomas podem ser atribuídos ao linfogranuloma venéreo, incluindo lesões cutâneas edematosas multiformes e fortes dores de cabeça. Esta doença não deve ser diagnosticada a partir de apenas um sinal; um diagnóstico deve ser feito com informações e dados clínicos coletados (RAMOS et al., 2021).

Exame genital masculino e feminino

O exame de um paciente deve envolver ficar em pé com as pernas afastadas e um profissional de saúde sentado. Para um nível ainda maior de inspeção, o paciente pode deitar em decúbito lateral com os quadris e coxas antefletidos apoiados na mesa de exame. Isso permite um melhor exame tanto da região inguinal quanto da genitália externa. Observe quaisquer tumores, ulcerações, fístulas, fissuras ou outras irregularidades no pênis. Considere também assimetria testicular e desvios no eixo peniano. Além de examinar a próstata em busca de alterações, deve-se ter cuidado para avaliar a inflamação e as anomalias escrotais. Além disso, o toque retal deve ser realizado sempre que possível para identificar tumores e saliências. Além disso, alterações na próstata devem ser observadas durante o exame retal (MOTA, 2018).

Uma paciente do sexo feminino deve cooperar totalmente com seu médico, que deve confiar na confiança para sua cooperação. Isso porque o ginecologista ou clínico deve enfatizar que todos os materiais utilizados são esterilizados antes de realizar qualquer procedimento. Além disso, devem descrever todos os procedimentos a serem realizados. O exame deve ser realizado com a paciente em “posição ginecológica”. Idealmente, o exame deve ser realizado de forma estática. Observações adicionais devem ser feitas em relação aos lábios maiores e menores, clitóris, arranjo do cabelo, hímen, períneo, borda anal e outras anomalias anatômicas. Observações adicionais também são recomendadas para quaisquer condições de pele, tumores ou distrofias (SILVA et al., 2020).

Para exame direto, use luvas de procedimento descartáveis; colocar os dedos indicador e médio nas glândulas de Bartholi das doenças sexualmente transmissíveis (DST) 24 Ministério da Saúde – SVS – Programa Nacional de DST/AIDS. Em seguida, puxe os dedos para baixo e para fora para abrir a vulva o suficiente para expô-la. Em seguida, o médico deve orientar o paciente sobre o exame e realizá-lo. Para um exame especular, o médico deve primeiro explicar sua ferramenta ao paciente (DOMINGUES et al., 2021).

Antes de realizar qualquer procedimento de limpeza ou lubrificação, os materiais devem ser coletados para análise. As amostras devem ser coletadas nesta ordem: observar a cor e a textura da parede vaginal, observar a presença ou ausência de muco cervical, observar úlceras e lágrimas na parede vaginal, determinar a presença de secreções ou tumores no interior da cavidade corporal e avaliar rupturas no revestimento vaginal. Os materiais também devem ser coletados corretamente se as pacientes apresentarem lesões vegetantes ou ulceradas na vagina (PAES, 2013).

Após examinar a abertura cervical com o teste de Schiller, limpe o orifício externo com ácido acético a 5%. Se não houver corrimento cervical ou vaginal, ou se houver tratamento de secreções e lesões, realizar colpocitologia oncótica. Qualquer material coletado durante este processo pode ser submetido à pesquisa oncótica quando indicado. A remoção de um espéculo deve ser tão delicada quanto a colocação de um. Evite prender o pescoço entre as lâminas ou removê-lo completamente aberto; isso causará dor e trauma uretral. Ao remover um espéculo, observe as paredes da vagina enquanto o retira lentamente (BATISTA; FIGUEIREDO, 2020).

O exame peri-anal deve ser realizado com luva estéril. Isso pode ser feito sem alarmar o paciente de antemão. O ideal é que o aparelho já esteja disponível no momento da realização do exame. É importante observar toda a genitália, incluindo a vagina, vulva e ânus. Pressionar o períneo posterior com o dedo indicador ajudará a aliviar os músculos da área. Depois disso, os dedos médio e indicador lubrificados devem ser usados ​​para explorar a textura, elasticidade e presença de tumores ou protuberâncias na vagina. Os dedos também devem ser usados ​​para determinar o tamanho, firmeza e consistência do útero, bem como quaisquer aberturas no canal da mulher (RAMOS et al., 2021).

Sondar o útero e o colo do útero requer explorar os nós dos dedos da mão vaginal enquanto pressiona o colo do útero e a parte inferior do útero com a outra mão. Isso diminui o desconforto do paciente restringindo o movimento e evita mais danos à sua função corporal. Após essas explorações iniciais, a parede abdominal pode ser palpada com a outra mão. Este é o momento ideal para aplicar uma pressão suave para controlar a respiração e garantir que nenhum dano adicional seja causado (DOMINGUES et al., 2021).

O Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde afirma que as doenças sexualmente transmissíveis (DST) exigem nota. Estes incluem quaisquer anormalidades observadas durante a palpação de um paciente. Anormalidades como localização, tamanho, consistência, mobilidade e regularidade de forma devem ser observadas. Além disso, o ângulo do colo do útero e da vagina deve ser considerado. Finalmente, pacientes com tecido sensível podem sentir mais dor durante a palpação. Em alguns casos, essas estruturas podem ser difíceis de discernir através da pele. Se considerado palpável, mulheres com tireoide hiperativa ou pós-menopausa podem achar esses tubos mais visíveis. Da mesma forma, mulheres com excesso de massa corporal ou peso podem notar aumento da sensibilidade ao sentir as trompas (MOTA, 2018).

Ao realizar um exame de toque retal em pacientes, é necessário considerar o tamanho, forma, consistência e sensibilidade da massa que estão examinando. Isso deve ser explicado ao paciente e manuseado com lubrificante. Usando essas informações, é possível examinar os pacientes com mais facilidade, pedindo que eles empurrem o dedo examinador durante a inserção. Para localizar massas no canal anal, palpe a área com ambas as mãos. Em seguida, avalie o reto e a vagina através do mesmo processo. Para encontrar massas no fundo do útero posterior, preste muita atenção ao septo retrovaginal, ligamentos uterossacros, fundo de saco e fundo. Douglas destaca melhor essas formações quando examinadas de perto (PAES, 2013).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE SÍFILIS NO BRASIL (2015 A 2020)

Abaixo foram selecionados o total de quatro artigos que abordam sobre a incidência e prevalência de sífilis no Brasil no período de 2015 a 2020, no qual os resultados obtidos foram de suma importância para traçar uma conclusão sobre o assunto em questão.

Tabela 1 – Resultados encontrados sobre a pesquisa de incidência e prevalência de sífilis no Brasil de 2015 a 2020

TítuloAutores/ B. DADOSObjetivoResultado
Perfil epidemiológico da Sífilis gestacional no Nordeste Brasileiro entre 2015 e 2020.Cavalcante et al. (2021)ScieloPerfil epidemiológico da Sífilis gestacional no Nordeste Brasileiro entre 2015 e 2020.No período estudado, foram notificados 54.518 casos de sífilis gestacional no Nordeste. Identificou-se uma maior incidência em 2018, com 14.780 casos notificados.
Em 11 anos, número de casos de sífilis no Brasil aumenta 16 vezesGuedes (2021)ScieloAbordar sobre o número de casos de sífilis no Brasil.Na realidade, todas as doenças infecciosamente transmissíveis têm como motivo a falta de tratamento, porque sem ele a circulação da bactéria é muito maior. Os homens geralmente têm mais receio de ir ao médico do que a mulher e isso influencia para o maior número de casos.
Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo nascer no BrasilDomingues e Leal (2016)PubMEdEstimar a incidência de sífilis congênita ao nascimento e verificar os fatores associados à transmissão vertical da sífilis.A sífilis congênita persiste como problema de saúde pública, estando associada à maior vulnerabilidade social e falhas na assistência pré-natal.
Análise epidemiológica e espacial dos casos de sífilis gestacional e congênitaConceição et al. (2019)PubMEdAnalisar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial dos casos de sífilis gestacional e congênita.Revelou-se frágil o manejo de investigação, tornando necessária a educação permanente para qualificar os profissionais, com o intuito de instituir a identificação precoce, o tratamento oportuno e o acompanhamento efetivo.
Fonte: Próprios autores (2022)

Segundo Cavalcante et al. (2021) o Brasil registrou 173 mortes por sífilis no país sul-americano em 2019. Desse número, 13.026 gestantes foram afetadas, o que representou cerca de 21,3% da taxa nacional de incidência de sífilis. Nesse mesmo ano, 61.127 casos gestacionais de sífilis e 152.915 casos de sífilis adquirida foram notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (ISNAD) do SINAN. Além disso, mais de 24.130 casos de Sífilis Congênita foram relatados.

De acordo com Guedes (2021), dados do Ministério da Saúde mostram que 23,1% de todas as mulheres que contraíram sífilis estavam nas classes mais altas do Brasil. Esse percentual é superior aos dados levantados pela médica Cecília Roteli, que observa que 66% de todas as mulheres infectadas com sífilis tinham entre 20 e 29 anos e a maioria era negra ou parda. Em todo o Brasil, 27.213 gestantes foram diagnosticadas com sífilis.

Domingues e Leal (2016), afirmam que o Brasil registra consistentemente taxas mais altas de sífilis durante a gravidez a cada ano. Em 2013, foram notificados 21.382 casos no país, com taxa de detecção de 7,4 por mil nascidos vivos. Um estudo de 3,4 países revela que aproximadamente 1% das mulheres grávidas sofrem de sífilis. Isso significa que cerca de 30.000 casos de sífilis ocorrem anualmente nos EUA. O baixo número de casos notificados indica dificuldade no diagnóstico e notificação da sífilis entre as gestantes.

Conceição et al. (2019), entre 2010 e 2016, o Brasil registrou um aumento significativo de casos de sífilis. Em particular, o número de casos de sífilis congênita aumentou de 2,4 para 6,8 por mil nascidos vivos, um aumento de cerca de 3 vezes o número original. Em contraste, os casos de sífilis gestacional aumentaram de 3,5 para 12,4 por mil nascidos vivos – um aumento de aproximadamente 6 vezes em relação ao valor inicial.

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE HIV NO BRASIL (2015 A 2020)

Abaixo foram selecionados o total de quatro artigos que abordam sobre a incidência e prevalência de HIV no Brasil no período de 2015 a 2020, no qual os resultados obtidos foram de suma importância para traçar uma conclusão sobre o assunto em questão.

Tabela 2 – Resultados encontrados sobre a pesquisa de incidência e prevalência de HIV no Brasil de 2015 a 2020

TítuloAutoresObjetivoResultado
Estudo epidemiológico da aids no brasil – BR, no período de 2015-2019, a sua história e políticas públicas criadas até os Dias atuaisMacedo Junior e Gomes (2020)PubMEdInformar a atual situação do Brasil frente a epidemia do HIV/AIDS.Foram analisados 170.513 mil casos, o maior número de notificação foi em 2015 na Região Sudeste.
Prevalência de casos de HIV/AIDS nos últimos 10 anos no BrasilBatista et al. (2021)PubMEdAnalisar através de dados estatísticos ao longo dos anos, qual a população é mais acometida pela infecção do HIV/AIDS no Brasil, como se dá o tratamento e qual a sua relação com as doenças oportunistas.Aumento da progressão gradativa de pessoas vivendo com HIV nos últimos 15 anos
O perfil epidemiológico da AIDS no BrasilTeixeira et al. (2021)MedlineUtilizar informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)para determinar o perfil epidemiológico da AIDS no Brasil, no período de 2015 a 2020.Foram notificados 118.228 casos de AIDS no Brasil entre janeiro de 2015 e junho de 2020, sendo o maior número de casos nas regiões Sudeste e Nordeste.
Perfil epidemiológico dos pacientes internados por HIV no BrasilSantos et al. (2020)PubMedAnalisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por HIV no Brasil, no período de 2010 a 2019.No período avaliado, foram registradas 338.966 internações por HIV no Brasil.
Fonte: Próprios autores (2022)

Nos estudos de Macedo Junior e Gomes (2020), o maior número de casos analisados ​​foi em 2015 na Região Sudeste, com 170.513 mil notificações. Desses casos, 16.043 eram da Região Sudeste. A Região Sudeste também apresentou o maior número de pessoas vivendo com aids, (66.037). Teve uma taxa de 9,4%, que é mais alta do que qualquer outra região. Pessoas que vivem na Região Sudeste notificaram mais casos nas séries 5ª a 8ª incompletas, sendo 18,97% dos casos eram incompletos e 14,373% eram do ensino médio completo. No entanto, os homens heterossexuais representaram 30,3% de todos os casos (51.756), enquanto as mulheres representaram 69,06% de todos os casos (52.718). As taxas de incidência para esses dois sexos ocorreram na maior taxa em 2015, 8,09% para heterossexuais masculinos e 13,811% para heterossexuais femininos no Brasil.

Batista et al. (2021), ressaltam a porcentagem de mortes por AIDS diminuiu, assim como o número de novas infecções entre pessoas com mais de 15 anos. Além disso, houve aumento na progressão de pessoas com HIV e maior acesso à terapia antirretroviral.

Foi observada por Teixeira et al. (2021), que em junho de 2020, havia apenas 4% dos casos em comparação com a contagem de casos de 23% em 2015. O número de casos diminuiu 5% em 2016, 3% em 2017, 7% em 2018 e 0% em 2019. A análise abrangeu até junho de 2020 e incluiu dados para homens, bissexuais, pardos, ensino médio completo e faixas etárias de 20 a 49 anos.

Evidenciou-se no estudo de Santos et al. (2020), que as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram maior taxa de internação do que as demais regiões. Quanto às taxas de mortalidade, as regiões Norte e Sul apresentaram as menores com 17,06% e 12,19%, respectivamente. Também houve variação considerável nas taxas de doença entre a região Sudeste, que teve 26,6% casos de internação relacionada ao HIV, e a região Nordeste, que teve 25,5% casos. As internações foram predominantemente do sexo masculino, entre 30 e 39 anos; 31,5% das internações foram nessa faixa etária. Além disso, 63,9% das internações eram brancas.

Santos et al. (2020), ao analisar os regimes e características das internações, 51,35% das internações foram em hospitais públicos e 80,65% foram consideradas de urgência. Foram observados 41.101 óbitos (12,12%). A causa de morte mais frequente para pacientes do sexo masculino foi idade acima de 70 anos, 51,48% dos óbitos masculinos ocorreram nessa faixa etária. Por outro lado, pacientes do sexo feminino com 70 anos ou mais tiveram a menor taxa de mortalidade em 21,82%. Dentro desta perspectiva, nota-se que a infecção pelo HIV e, consequentemente as internações em decorrência desse fator, ainda proporcionam altos custos para a saúde pública do país.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificou-se que, a coinfecção entre sífilis e HIV possui uma alta incidência em diversas partes do mundo. Estratégias de saúde pública com o objetivo de controle para o diagnóstico de sífilis, favoreceria diminuição dos casos de coinfecção. Através dos dados obtidos conclui-se que há maior incidência dos casos de coinfecção na população de homens que fazem sexo com homens e que a sífilis primária favorece o contágio do HIV através, principalmente, das lesões ulcerativas característica dessa fase da doença.

Evidenciou-se neste estudo que existe a necessidade da notificação de casos para traçar um perfil epidemiológico condizente com a realidade brasileira para a criação de políticas públicas de saúde voltadas para a melhoria do panorama dessa doença.

Contudo, os resultados da referida pesquisa apontaram que enquanto o perfil epidemiológico da AIDS, de acordo com o período analisado, apresentou diminuição de notificações ao longo dos anos, com predomínio da interiorização pela região Sudeste e Nordeste, os casos de sífilis no país aumentaram significativamente no período analisado.

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1Graduanda do Curso de Medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho (UNIFIMCA)
http://lattes.cnpq.br/3944444634702866

2Graduando do Curso de Medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho (UNIFIMCA)
 http://lattes.cnpq.br/5054842539454611

3Graduando do Curso de Medicina, Centro Universitário Aparício Carvalho (UNIFIMCA)
 http://lattes.cnpq.br/5561539309047443

4 Docente, Centro Universitário Aparício Carvalho – FIMCA
http://lattes.cnpq.br/8120484084533828