PREVALÊNCIA DE OBESIDADE INFANTIL EM CRIANÇAS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12655617


Bianca Aparecida Néris
Orientador: Profª. Cláudia Umbelina Batista Andrade


RESUMO

A obesidade infantil é um desafio complexo e multifatorial que afeta a saúde e o bemestar das crianças em todo o mundo. Suas consequências vão muito além do impacto físico, abrangendo também aspectos sociais, econômicos e psicológicos. Objetivo: Verificar a prevalência do sobrepeso/obesidade infantil em crianças. Material e método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por todas as crianças regularmente matriculadas em um Centro Educacional do município de AlfenasMG. O estado nutricional foi avaliado por meio da classificação do índice de massa corporal para idade preconizado pelo Ministério da Saúde. A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva. Resultados: Quanto ao perfil antropométrico nutricional, a prevalência de crianças classificadas como eutróficas foram 64%, risco de sobrepeso 12%, sobrepeso 8%, obesas 12% e magreza 4%. Conclusão: a prevalência do sobrepeso e obesidade infantil foi similar aos estudos brasileiros, assim, percebe-se a importância a atuação dos enfermeiros na detecção e tratamento dessa condição ainda na infância, devendo a avaliação nutricional ser prioritária nas consultas de puericultura.

Palavras chaves: Enfermagem; Obesidade; Criança.

ABSTRACT

Childhood obesity is a complex, multifactorial challenge that affects the health and wellbeing of children around the world. Its consequences go far beyond the physical impact, also covering social, economic and psychological aspects. Objective: To verify the prevalence of childhood overweight/obesity in children. Material and method: This is a cross-sectional, descriptive study with a quantitative approach. The sample was made up of all children regularly enrolled in an Educational Center in the city of Alfenas-MG. Nutritional status was assessed using the body mass index for age classification recommended by the Ministry of Health. Data analysis was performed using descriptive statistics. Results: Regarding the nutritional anthropometric profile, the prevalence of children classified as eutrophic was 64%, risk of overweight 12%, overweight 8%, obese 12% and thin 4%. Conclusion: the prevalence of childhood overweight and obesity was similar to Brazilian studies, thus, the importance of nurses’ role in detecting and treating this condition in childhood is clear, with nutritional assessment being a priority in childcare consultations.

Keywords: Nursing; Obesity; Child.

1  INTRODUÇÃO

 A obesidade infantil é um desafio complexo e multifatorial que afeta a saúde e o bemestar das crianças em todo o mundo. Suas consequências vão muito além do impacto físico, abrangendo também aspectos sociais, econômicos e psicológicos. Além disso, é importante considerar que a obesidade infantil persiste frequentemente na idade adulta, levando os maiores risco de doenças crônicas e problemas de saúde (ROCHA, 2013).

Esse problema vem sendo crescente, tornando-se essencial adotar medidas de

prevenção para a redução da obesidade infantil. A conscientização sobre os riscos associados à obesidade na infância é fundamental, assim como a implementação de políticas públicas e programas educacionais que promovam hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física. (MIRANDA, JM DE Q. et al., 2015).

A prevalência da obesidade infantil é uma medida crítica para entender a extensão desse problema de saúde pública, tratando-se sobre a proporção de crianças em uma determinada população que está acima do peso. (BRANDÃO, DANTAS, ZAMBON, 2023).

A prevalência da obesidade infantil é um indicador-chave que desempenha um papel fundamental na formulação de políticas, na implementação de programas preventivos e na promoção da saúde das crianças. Seu acompanhamento regular é essencial para combater eficazmente esse desafio de saúde pública e reduzir os riscos de doenças crônicas no futuro.(BRANDÃO, DANTAS, ZAMBON, 2023).

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma medida amplamente utilizada para avaliar o estado nutricional de uma pessoa. Sendo particularmente útil para identificar a estatura linear da criança, sendo uma ferramenta de fácil interpretação e baixo custo. Além disso, o IMC é considerado o indicador mais sensível para comparar a qualidade de vida da população. Recentemente, o IMC foi incluído na Caderneta de Saúde Da Criança e é baseado nas referências do Ministério da Saúde (MS), sendo adotado no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

Por meio do monitoramento rigoroso das intervenções e da análise contínua das taxas de obesidade infantil, é possível compreender e agir em benefício de um futuro mais saudável para as gerações vindouras. (CADERNO ATENÇÃO BÁSICA 24, Brasília – DF 2009).

Neste contexto, o presente estudo objetivou verificar a prevalência do sobrepeso/obesidade infantil em crianças.

2  REFERENCIAL TEÓRICO
2.1  Obesidade Infantil

  A obesidade infantil é um problema que afeta o estado nutricional em crianças, levando ao acúmulo excessivo de gordura corporal e ganho de peso. Este é um desafio global, com altas taxas de ocorrência em crianças. Nos países desenvolvidos, é considerado um dos principais desafios de Saúde Públicas, mas também está crescendo em países em desenvolvimento, muitas vezes coexistindo com problemas de desnutrição (CORRÊA, PAIVA, BESEN, et al., 2017).

A infância desempenha um papel fundamental na formação dos padrões alimentares, dentre outros aspectos importantes para a vida da criança. Esses hábitos alimentares merecem um olhar atento e especial durante essa etapa (3-6 anos). É nesse período que se abre uma oportunidade para educar uma criança, auxiliando-a na construção de hábitos alimentares saudáveis (FECHINE, MACHADO, LINDSAY, et al., 2015).

A classificação da obesidade infantil é uma prática comum que se baseia no cálculo do Z-Escore do Índice de Massa Corporal (IMC) em crianças pré-escolares. Esse método compara o IMC da criança com valores de referência específico que levam em consideração a idade e sexo da criança. Normalmente, esses valores de referência são obtidos a partir de tabelas de crescimento ou gráficos específicos, como os fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

O processo para calcular o Z-Escore do IMC é da seguinte maneira: IMC = Peso (kg) / Altura (m2). Esse método é uma ferramenta útil para a avaliação do estado nutricional de crianças pré-escolares, principalmente em ambientes clínicos, é considerado obesidade com escore ≥ +3, classificados como sobrepeso escore-z ≥ +2 e ≤ +3, risco de sobrepeso escore-ze ≥ + 1 e ≤ +2, eutróficos ≥ -2 e ≤ +1, magreza ≥ – 3 e < – 2 e magreza acentuada ≤ -3. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

          É importante destacar que a obesidade infantil não deve ser exibida apenas com base no IMC. Outros fatores, como histórico médico, desenvolvimento físico e exames clínicos, também devem ser considerados na avaliação da saúde da criança. Além disso, é fundamental abordar a obesidade infantil de maneira sensível e multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde para desenvolver estratégias adequadas de manejo e prevenção (CORRÊA, PAIVA, BESEN, et al., 2017).

2.2  Fatores de Riscos para Obesidade Infantil Pré-Escolar

A etiologia da obesidade é multifatorial e envolve uma combinação de fatores endógenos e exógenos, o que significa que resulta de uma interação complexa entre elementos dentro do corpo e influência externos (MANTOVANI, VIANA, CUNHA, et al., 2008). Desde os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil préescolar:

A) Genéticos e Hereditários

A predisposição genética desempenha, indubitavelmente, um papel significativo na suscetibilidade à obesidade. Indivíduos que têm antecedentes familiares de obesidade têm uma probabilidade maior de desenvolvê-la. Compreender essa ligação entre genético e obesidade é crucial para abordar e tratar a questão de forma eficaz (MELLO, LUFT, MEYER, 2004).

Embora existam grupos de genes e cromossômicas associadas à obesidade, é importante notar que fatores genéticos extremamente raros são apontados como causa direta da obesidade infantil. Quando ocorrem, geralmente levam ao desenvolvimento de formas graves e precoces de doenças (MELLO, LUFT, MEYER, 2004).

No contexto do desenvolvimento da obesidade, é importante destacar a influência crucial do sistema leptina-melanocortina, um entroncado sistema regulador do apetite que opera no cérebro. Este sistema envolve uma complexa interação entre hormônios e neurotransmissores que desempenham um papel fundamental na regulação do peso corporal (PEREIRA, RESENDE, ABRÃO et al., 2022).

Dentro desse sistema, mutações no gene do receptor de melanocortina 4 (MCR4) é responsável por receber sinais relacionados à saciedade e ao controle do apetite, desempenhando um papel essencial na regulação no consumo alimentar, e às vezes são notáveis, pois representam as causas monogênicas mais comuns da obesidade (PEREIRA, RESENDE, ABRÃO et al., 2022).

Essas mutações genéticas não são os únicos fatores envolvidos na obesidade, mas ilustram como genética desempenha um papel crítico em algumas formas específicas das condições. A compreensão desses mecanismos genéticos ajuda os profissionais de saúde a identificarem e tratar eficazmente indivíduos em risco e a desenvolver abordagens mais direcionadas para o manejo da obesidade (COSTA, FONTES, RODRIGUES, 2020).

B) Hábitos Alimentares e Dieta

Nos últimos anos, apresentamos uma transformação nos padrões alimentares, com uma adesão crescente a uma dieta rica em calorias vazias, composta por alimentos processados e ricos em açúcar, o que contribui para o aumento do risco de obesidade (LEÃO, QUEIROZ, FREITAS, FERREIRA et al., 2022).

A formação dos hábitos alimentares, inicia-se desde a gestação e é influenciada pelo ambiente em que a criança cresce, com a maioria das preferências alimentares sendo adquiridas ao longo do tempo (CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, 2009).

Além disso, a influência dos pais é crucial na alimentação das crianças, positivamente ou as qualidades de suas escolhas alimentares. Estudos também ressaltam a importância de não utilizar alimentos como recompensas, pois isso pode afetar diretamente os hábitos alimentares das crianças (FREITAS, COELHO, RIBEIRO, 2009).

A indústria de alimentos desempenha um papel relevante na promoção de hábitos alimentares não saudáveis, enquanto a publicidade televisiva exerce influência sobre as escolhas das crianças. No entanto, as creches e pré-escolas surgem com ambientes cruciais para a educação nutricional, com abordagens coletivas e o envolvimento dos professores desempenhando um papel fundamental na promoção de uma alimentação saudável (ALMEIDA, NASCIMENTO, QUAIOTI, 2002).

Por fim, a importância de atividades práticas que envolvem as crianças, como jogos, experimentações de alimentos e o cultivo de hortas, como estratégias eficazes para melhorar os hábitos alimentares e promover atitudes positivas em relação à alimentação. Em suma, a educação nutricional deve ser realizada de forma envolvente e prática para obter resultados positivos na formação dos hábitos alimentares das crianças.

No contexto, o Guia Alimentar para a População Brasileira, fornecida pelo Ministério da Saúde, temos os Dez Passo para uma alimentação adequada e saudável e são:  – Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;

  • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinharalimentos e criar preparações culinárias; – Liminar o consumo de alimentos processados;
  • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
  • Comer com regularidade a atenção, em ambientes apropriados e , sempre que possível, comcompanhia;
  • Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
  • Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
  • Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
  • Dar preferência, quando fora de casa, os locais que servem refeições feitas na hora;- Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

C) Atividade Física

A ausência de atividade física pode resultar no aumento de peso excessivo em crianças na idade pré-escolar. Isso ocorre quando as crianças não se envolvem em atividades físicas regulares e não tem oportunidades de queima de energia. Além disso, uma dieta desequilibrada e rica em alimentos processados também pode contribuir para o ganho de peso excessivo nessa faixa etária (SILVA, BEZERRA, 2017).

É fundamental incentivar as crianças pré-escolares a participarem de atividades físicas específicas à idade, como brincadeiras ao ar livre, jogos ativos e esportes leves. Essas atividades não apenas ajudam a manter um peso saudável, mas também promovem o desenvolvimento físico e mental das crianças. Além disso, uma alimentação equilibrada com uma variedade de alimentos nutritivos, desempenha um papel crucial na prevenção do ganho de peso excessivo (BORBA, 2006).

Portanto, os pais e cuidadores desempenham um papel vital ao criar um ambiente que incentiva um estilo de vida ativo e uma dieta saudável para crianças pré-escolares. Isso inclui limitação do tempo de tela, oferecer opções de lanches saudáveis e o estabelecimento de um exemplo de vida ativa, para que as crianças aprendam bons hábitos desde cedo. Promover a saúde e o bem-estar desde a infância é essencial para um desenvolvimento saudável ao longo da vida (SILVA, BEZERRA, 2017).

2.3  Consequências da obesidade infantil pré-escolar

A obesidade em qualquer faixa etária é uma condição que pode ter profundas implicações físicas e psicossociais. Quando se trata de crianças, essas implicações podem ser ainda mais significativas, pois podem afetar o desenvolvimento físico e emocional em um período crucial da vida. As implicações em cada uma dessas áreas (LIMA, SILVA, et al., 2021).

A) Problemas de Saúde Física

Na faixa etária pré-escolar, a obesidade pode ter implicações significativas na saúde física, especialmente relacionadas a doenças cardiovasculares e seus fatores de risco (MANTOVANI, VIANA, CUNHA, et al., 2008).

As doenças cardiovasculares, o excesso de gordura corporal pode começar a influenciar negativamente o sistema cardiovascular, aumentando a probabilidade de problemas cardíacos no futuro (SILVA, ZURITA, 2012).

Além disso, a obesidade pode levar ao desenvolvimento da hipertensão arterial, mesmo em crianças pré-escolares. Isso ocorre porque o excesso de peso exige um coração mais esforçado para bombear o sangue, o que pode elevar a pressão arterial e sobrecarregar o sistema circulatório desde a tenra idade (RIOS, SOUZA, FALCÃO, 2023).

As crianças com excesso de peso podem também apresentar desequilíbrios metabólicos, incluindo níveis elevados de glicose no sangue e resistência à insulina, que são marcadores precoces de diabetes tipo 2. Essas condições podem afetar o crescimento e o desenvolvimento saudável da criança (SILVA, ZURITA, 2012).

É importante lembrar que as crianças pré-escolares obesas também podem enfrentar complicações adicionais, que tendem a persistir na vida adulta, aumentando o risco de problemas de saúde ao longo da vida (MANTOVANI, VIANA, CUNHA, et al., 2008).

B) Impacto Psicossocial

A obesidade infantil não apenas pode, mas frequentemente levar a uma série de problemas emocionais e sociais, que incluem baixa autoestima, depressão e isolamento social. Isso acontece em grande parte devido ao estigma e preconceito associado ao excesso de peso na sociedade (SOARES, PETROSKI, 2003).

As crianças que lutam com a obesidade muitas vezes enfrentam dificuldades em aceitar seu próprio corpo e se sentem bem as mesmas, o que pode afetar significativamente sua autoestima. Eles podem enfrentar comentários negativos por parte de colegas, o que pode agravar mais seus sentimentos de inadequação (SOUSA, 2019). A depressão é uma consequência preocupante da obesidade infantil, pois crianças podem se sentir sobrecarregadas pela pressão social e emocional. Isso pode levar a sentimentos de tristeza, ansiedade e desesperança, afetando o bem-estar (SOUSA, 2019).                

Além disso, o isolamento social é uma realidade de muitas crianças obesas. Eles podem servir de restauração de atividades sociais, evitando interações com colegas e amigos devido à vergonha ou constrangimento relacionado ao seu peso. No entanto, pode limitar seu desenvolvimento social e emocional e melhorar suas oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal (MELLO, LUFT, MEYER, 2004).

2.4  Prevalência da Obesidade Infantil

A obesidade infantil é, indiscutivelmente, um sério problema de saúde pública que tem ganhado cada vez mais destaque devido às suas graves implicações para a saúde a curto e longo prazo das crianças (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

Estatísticas alarmantes indicam que 6,4 milhões de crianças no país estão carregando peso excessivo, sendo que 3,1 milhões delas já são específicas como obesas. Segundo dados Ministério da Saúde, a taxa de sobrepeso infantil atinge 14,8%, enquanto 7% das crianças já sofrem com a obesidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

A pandemia da COVID-19 veio agravar significativamente esse cenário já preocupante. As restrições de trânsito, o isolamento social e o fechamento das escolas tiveram um impacto negativo nos hábitos alimentares e nos níveis de atividade física de crianças. Muitas delas passaram a se dedicar mais ao sedentarismo e a recorrer a alimentos não saudáveis, o que contribuiu para o aumento da obesidade. Além disso, a interrupção das rotinas normais também afetou a saúde mental e o bem-estar das crianças, aumentando o risco de desenvolvimento excessivo de peso (LIMA, ABREU, BEZERRA, et al., 2022).

3  METODOLOGIA

O estudo foi do tipo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Foram avaliadas todas as crianças regularmente matriculadas em um Centro Municipal de Educação Infantil, localizado na cidade de Alfenas, Minas Gerais; totalizando 25 crianças entre 1 a 5anos de idade.

O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Professor Edson Antônio Velano e aprovado com o parecer número: 2.984.639.

 O peso foi verificado utilizando uma balança digital da marca MM, com capacidade de 180 Kg, onde as crianças foram pesadas descalças e vestindo roupas leves, permanecendo eretas, no centro da balança, com os braços esticados ao lado do corpo, sem se movimentar. A altura foi medida com uma fita métrica de parede com medição de 120 centímetros (precisão 0,1 cm), as crianças foram colocadas em posição vertical, eretas, com os pés paralelos e calcanhares, ombros e nádegas encostados na parede. Os valores foram registrados e classificados utilizando as curvas de crescimento do Ministério da Saúde como referência por três métodos: estatura para idade (E/I), peso para idade (P/I) e índice de massa corporal para idade (IMC/I). O IMC foi emitido através da razão entre o peso e a estatura ao quadrado (IMC=Peso/Estatura) (ANEXO A).

Para a classificação do estado nutricional, foi considerado como obesidade com escore -> +3, classificadas como sobrepeso escore-z ≥ +2 e ≤ +3, risco de sobrepeso escore-z ≥ + 1 e ≤ +2, eutróficos ≥ -2 e ≤+ 1, magreza ≥-3 e <-2 e magreza acentuada ≤-3.

Os dados coletados, foram armazenados e analisados no programa Excel for Windows e dispostos em tabelas e gráficos para uma melhor compreensão dos dados.

4  RESULTADO E DISCUSSÃO

Foi realizado avaliação nutricional em 25 crianças, na faixa etária entre 1 a 5 anos, regularmente matriculadas em um Centro Municipal de Educação Infantil de um município do estado de Minas Gerais. Utilizou-se a classificação do índice de massa corporal (IMC) para determinar o estado nutricional.

A Tabela 1 apresenta o diagnóstico nutricional das crianças avaliadas.

Tabela 1: Estado antropométrico nutricional e sexo das crianças estudadas. Alfenas, 20231

Verifica-se que das 25 crianças participantes do estudo, 11 (44%) eram do sexo feminino e 14 (56%) do sexo masculino.

Quanto ao perfil antropométrico nutricional, as crianças classificadas como eutróficas foram 16 (64%), as com risco de sobrepeso foram 3 (12%), as com sobrepeso 2 (8%), as obesas 3 (12%) e as com magreza 1 (4%).

Observou-se uma diferença entre os sexos onde 72% das meninas foram consideradas eutróficas, comparadas a 57% dos meninos.  Em relação ao risco de sobrepeso, 9% das meninas e 14% dos meninos foram identificados nessa categoria. O sobrepeso foi similar entre meninos e meninas, com 9% das meninas e 7% dos meninos. A obesidade foi maior entre os meninos (14%) em comparação às meninas (9%),

A análise dos dados revela diferenças significativas no estado nutricional entre meninos e meninas, indicando a necessidade de abordagens específicas para cada grupo. A prevalência de eutrofia é maior entre as meninas, enquanto os meninos apresentam maior prevalência de risco de sobrepeso e obesidade.

Resultados semelhantes foram encontrados em um estudo realizado em Bragança Paulista (SP) por Crescente et al. (2021), com uma amostra de 968 crianças, onde 1% das crianças apresentaram baixo peso, 62% eram eutróficas, 17% apresentavam risco de sobrepeso, 12% sobrepeso e 8% obesidade.

Ferreira et al (2013) realizaram um estudo longitudinal durante 13 anos e observou uma tendência no aumento da prevalência da obesidade infantil de 6,7% para 9,3%.

Estudo realizado com 871 crianças, 73,4% foram classificadas como eutróficas. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 8,2% e 2,5%, respectivamente. Entre as crianças do sexo feminino, a prevalência de sobrepeso foi de 6,4% e de obesidade de 1%. No sexo masculino, foi de 9,7% para sobrepeso e obesidade 3,9%.

Em contrapartida, o estudo De Souza et al (2013) não encontraram diferenças significativas entre meninos e meninas, mas foi observado que as meninas apresentaram uma alta predominância de sobrepeso e obesidade com relação aos meninos.

Ribeiro et al (2013) destacam que o sedentarismo e a alimentação inadequada podem ser alguns dos possíveis fatores responsáveis pelo aumento da incidência de sobrepeso e obesidade na infância

A detecção do excesso de gordura durante a infância é importante, por permitir uma intervenção precoce e evitar a instalação de suas complicações. Quanto mais idade tiver a criança e maior for o excesso de peso, mais difícil será a reversão do quadro, pelos hábitos alimentares incorporados e pelas alterações metabólicas instaladas.

Ao contrário do tratamento da obesidade no adulto, que envolve necessariamente uma perda de peso, para uma criança ainda em crescimento pode ser necessária apenas a manutenção de seu peso enquanto continua a crescer, permitido que a mesma progressivamente se adeque à estatura (ZLOCHEVSKY, 1996). Dessa maneira, percebe-se a importância a atuação dos enfermeiros na detecção e tratamento dessa condição ainda na infância, devendo a avaliação nutricional ser prioritária nas consultas de puericultura.

Como o estudo foi transversal não obtivemos uma explicação para esta prevalência de sobrepeso e obesidade nesta população. Mais estudos precisam ser realizados nesta faixa etária com o intuito de entender qual a relação entre o estado nutricional da criança e o possível desenvolvimento de excesso de peso na vida adulta, pois criança com excesso de peso tem maior chance de ser um adulto obeso (BAR-OR, 2000).

CONCLUSÃO

Neste estudo foi mostrado que a maioria das crianças foram classificadas como eutróficas. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 8% e 12% respectivamente.

Há uma proporção maior de sobrepeso e obesidade em relação à desnutrição, além de a prevalência de obesidade no sexo masculino ser maior que a do feminino.

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APÊNDICE (A)

TCLE – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

A.          DADOS DA PESQUISA

TÍTULO DA PESQUISA: A PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL EM CRIANÇAS NA IDADE PRÉ-ESCOLAR

PESQUISADOR: Cláudia Umbelina Baptista Andrade

PESQUISADORES PARTICIPANTES: Bianca Aparecida Neris

ENDEREÇO: Rua Maria José de Carvalho, 236

TELEFONE DE CONTATO: (35) 999143385

E-MAIL: claudia.andrade@unifenas.br PATROCINADORES: custeio próprio

Você está sendo convidado para participar, como voluntário, de uma pesquisa científica. Pesquisa é um conjunto de procedimentos que procura criar ou aumentar o conhecimento sobre um assunto. Estas descobertas embora frequentemente não tragam benefícios diretos ao participante da pesquisa, podem no futuro ser úteis para muitas pessoas.

Para decidir se aceita ou não participar desta pesquisa, o(a) senhor(a) precisa entender o suficiente sobre os riscos e benefícios, para que possa fazer um julgamento consciente. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador(a) ou com a instituição.

Explicaremos as razões da pesquisa. A seguir, forneceremos um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), documento que contém informações sobre a pesquisa, para que leia e discuta com familiares e ou outras pessoas de sua confiança. Caso seja necessário, alguém lerá e gravará a leitura para o(a) senhor(a). Uma vez compreendido o objetivo da pesquisa e havendo seu interesse em participar, será solicitada a sua rubrica em todas as páginas do TCLE e sua assinatura na última página. Uma via assinada deste termo deverá ser retida pelo senhor(a) ou por seu representante legal e uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável.

  1. Informações da pesquisa

    a. Justificativa: A obesidade é reconhecida como uma condição crônica que apresenta um aumento significativo em sua prevalência, afetando diversas faixas etárias. A escolha específica de direcionar a análise para fase pré-escolar revela uma oportunidade estratégica para intervenções precoces, não apenas prevenindo complicações a longo prazo, mas também instilando hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.

    b. Objetivos: Verificar a prevalência do sobre/peso obesidade infantil em crianças em idade pré-escolar.

    c. Metodologia: Se concordar em participar deste estudo, você irá responder três questionários. O primeiro contende informações de caracterização como: idade, sexo (biológico), identificação de gênero, identificando a idade com o peso. Segundo, será como para saber é alimentação da criança. Terceira, saber sobre a atividade física da criança no dia a dia. Será entregue para todos os participantes que aceitarem contribuir com a pesquisa os questionários impressos. Os dados coletados serão dispostos em software de planilha eletrônica e realizado estatística descritiva.

    d.Riscos e Desconfortos: se concordar em participar da pesquisa o risco será mínimo de constrangimento e manifestação de algumas emoções e ou sentimentos desagradáveis ao responder às perguntas dos questionários propostos pela pesquisadora, mas este será minimizado ao dar opção de responder aos mesmos de forma individual, garantia do anonimato e sigilo de suas respostas, sendo estas utilizadas apenas para cunho de pesquisa, sem seu compartilhamento ou divulgação sem fins didáticos. A instituição assumirá a responsabilidade da assistência integral às complicações e danos decorrentes dos riscos previstos. O estudo será suspenso imediatamente ao perceber algum risco ou danos à saúde do sujeito participante da pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento. Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização. Os dados da pesquisa serão publicados na comunidade científica. Não há conflito de interesses entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa. Os dados obtidos na pesquisa serão utilizados exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo e conforme acordado neste termo.

    e. Benefícios: a análise do risco de sobrepeso/obesidade na idade fase pré-escolar revela uma oportunidade estratégica para intervenções precoces, não apenas prevenindo complicações a longo prazo, mas também instilando hábitos de vida saudáveis.

    Privacidade e Confidencialidade: Os seus dados serão analisados em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a identificação de nenhum paciente sob qualquer circunstância. Solicitamos sua autorização para que os dados obtidos nesta pesquisa sejam utilizados em uma publicação científica, meio pelos quais os resultados de uma pesquisa são divulgados e compartilhados com a comunidade científica. Todos os dados da pesquisa serão armazenados em local seguro por cinco anos.
  2. Liberdade de recusar-se e retirar-se do estudo
  3. Acesso aos resultados: Você tem direito de acesso atualizado aos resultados da pesquisa, ainda que os mesmos possam afetar sua vontade em continuar participando da mesma.

A escolha de entrar ou não nesse estudo é inteiramente sua. Caso o(a) senhor(a) se recuse a participar deste estudo, o(a) senhor(a) receberá o tratamento habitual, sem qualquer tipo de prejuízo ou represália. O(A) senhor(a) também tem o direito de retirar-se deste estudo a qualquer momento e, se isso acontecer, seu médico continuará a tratá-lo(a) sem qualquer prejuízo ao tratamento ou represália.

4. Garantia de Ressarcimento

O(A) senhor(a) não poderá ter compensações financeiras para participar da pesquisa, exceto como forma de ressarcimento de custos. Tampouco, o(a) senhor(a) não terá qualquer custo, pois o custo desta pesquisa será de responsabilidade do orçamento da pesquisa. O (A) senhor(a) tem direito a ressarcimento em caso de despesas decorrentes da sua participação na pesquisa.

5. Garantia de indenização:

Se ocorrer qualquer problema ou dano pessoal durante ou após os procedimentos aos quais o Sr. (Sra.) será submetido(a), lhe será garantido o direito a tratamento imediato e gratuito na Instituição, não excluindo a possibilidade de indenização determinada por lei, se o dano for decorrente da pesquisa.

6. Acesso ao pesquisador:

Você tem garantido o acesso, em qualquer etapa da pesquisa, aos profissionais responsáveis pela mesma, para esclarecimento de eventuais dúvidas acerca de procedimentos, riscos, benefícios, etc., através dos contatos abaixo:

Pesquisador:

Telefone: (35) 999143385

Endereço: Rua Maria José de Carvalho, 236

E-mail: claudia.andrade@unifenas.br

7. Acesso a instituição:

Você tem garantido o acesso, em qualquer etapa da pesquisa, à instituição responsável pela mesma, para esclarecimento de eventuais dúvidas acerca dos procedimentos éticos, através do contato abaixo:

Comitê de Ética – UNIFENAS:

Rodovia MG 179, Km 0, Alfenas – MG

Telefone: (35) 3299-3137

E-mail: comitedeetica@unifenas.br Segunda à sexta-feira das 14:00h às 16:00h

8. Consentimento do participante:

Eu, abaixo assinado, declaro que concordo em participar desse estudo como voluntário(a) de pesquisa. Ficaram claros para mim quais são os objetivos do estudo, os procedimentos a serem realizados, os desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso aos pesquisadores e à instituição de ensino. Foi-me garantido que eu posso me recusar a participar e retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me cause qualquer prejuízo, penalidade ou responsabilidade. A minha assinatura neste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dará autorização aos pesquisadores, ao patrocinador do estudo e ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Edson Antônio Vellano, de utilizarem os dados obtidos quando se fizer necessário, incluindo a divulgação dos mesmos, sempre preservando minha identidade.

Assino o presente documento em duas vias de igual teor e forma, ficando uma em minha posse.

NOME:____________________________________________________

RG:____________________________________ SEXO: M  F  ND

DATA DE NASCIMENTO:___/_____/______

ENDEREÇO:_______________________________________________

BAIRRO:__________________________________________________

CIDADE:________________________ ESTADO:______ CEP:_______ TELEFONE:_____________________

E-MAIL:___________________________________________________

RESPONSÁVEL LEGAL

NOME:____________________________________________________

GRAU DE PARENTESCO:____________________________________ RG:____________________________________ SEXO: M  F  ND

DATA DE NASCIMENTO:___/_____/______

          8.   Declaração do pesquisador:

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária, o Consentimentos Livre e Esclarecido deste participante (ou representante legal) para a participação neste estudo. Declaro ainda que me comprometo a cumprir todos os termos aqui descritos.

Alfenas, _____ de ____________ de _______

Assinatura Dactiloscópica

Voluntário

Representante Legal

Pesquisador Responsável

TESTEMUNHA (para casos de pacientes menores de 18 anos, analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de deficiência auditiva ou visual)

NOME:_____________________________________________________

ASSINATURA:_______________________________________________ RG: ____________________

ANEXO (A)

1° Gráfico de IMC da menina para idade de 2 a 5 anos.

2°Gráfico de IMC do menino para idade 2 a 5 anos.