PREVALÊNCIA DE LESÕES PERIAPICAIS EM DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE

PREVALENCE OF PERIAPICAL LESIONS IN TEETH TREATED ENDODONTICALLY

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12788567


Rosana Maria Coelho Travassos1; Luca Pasquini2; Gustavo Moreira de Almeida3; Aline Oliveira da Conceição4; Cecília Alves Leopoldino5; Leonardo dos Santos Barroso6; Adriana Marques Nunes7; Renata Wiertz Cordeiro8; Kaick Mascarenhas de Santana Lima Silva9; Samara Pereira Silva10


RESUMO

O objetivo do presente estudo é determinar a prevalência de lesões perirradiculares em dentes anteriores permanentes tratados endodonticamente e em dentes portadores de retentores intrarradicular através da análise de radiografias periapicais. Foi feito levantamento de 1000 radiografias de pacientes tratados endodonticamente nas clínicas odontológicas da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP/UPE, constituindo uma amostra de 467 radiografias que se enquadravam nos critérios estabelecidos. Na análise foram coletados os seguintes dados, limite de obturação do canal, presença ou ausência de lesão periapical, homogeneidade do material obturador caracterizado como sem falha ou com falha quando presença de qualquer radiotransparência no canal radicular, presença ou ausência do espaço entre o retentor intraradicular e material obturador e selamento coronário classificado como adequado ou inadequado. Através dos dados obtidos as maiores frequências corresponderam aos dentes incisivos superiores. E indicou que o limite de obturação caracterizado como além do forame apical foi o de maior índice de presença da lesão periapical (66,7%), seguido do limite de obturação caracterizado como exato (32,4%).

PALAVRAS-CHAVE: Endodontia. Qualidade de tratamento. Radiografia periapical. Lesão periapical.

ABSTRACT The aim of this study is to determine the prevalence of apical periodontitis in endodontically treated permanent front teeth and teeth with intra root retainers through the analysis of periapical radiographs. It was done survey of 1,000 radiographs of patients endodontically treated in dental clinics in Pernambuco School of Dentistry – FOP / UPE, constituting a sample of 467 radiographs that met the established criteria. In the analysis were collected the following data, shutter limit of the channel, presence or absence of apical periodontitis, homogeneity of the filling material characterized as without fault or failure when the presence of any radiolucency in the root canal, presence or absence of space between the cap intra root and filling material and coronal sealing classified as appropriate or inappropriate. Through the data the higher frequencies correspond to the teeth upper incisors. And indicated that ther shutter limit characterized as well (66,7%) of the apical forame was the highest attendance rate of periapical lesion, followed by featured shutter limit how accurate (32,4%).

KEY WORDS: Endodontics. Quality of treatment. Periapical radiographs. Apical periodontitis.

INTRODUÇÃO

A Endodontia é a especialidade da Odontologia que estuda e trata das alterações da polpa dental, dos tecidos perirradiculares, dedica-se a avaliar sua morfologia, fisiologia e patologia. O estudo e a prática dessa área envolvem as ciências básicas e clínicas, incluindo a biologia da polpa saudável, a etiologia, o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das doenças e injúrias pulpares, associadas ou não, às alterações perirradiculares.

O tecido pulpar é protegido por sua estrutura natural de agentes bacterianos externos da cavidade bucal, no entanto quando fatores como cáries, traumas dentários ou restaurações possibilitam que a integridade dos tecidos que protegem a polpa seja rompida contribuem para o surgimento de infecções no complexo dentino-pulpar, ocasionando, possivelmente uma doença pulpar e periapical.

Como tratamento para essas infecções realiza-se o tratamento endodôntico, que atualmente tem favorecido o aumento nos índices de sucesso graças às novas técnicas, instrumentos, materiais e, principalmente, à conscientização dos profissionais. Porém, este fato não dispensa um controle clínico e radiográfico dos tratamentos endodônticos após a sua finalização.

“Existem vários métodos para diagnosticar lesões perirradiculares, entre eles está o método radiográfico. Dentre as possibilidades de tomadas radiográficas, a radiografia periapical é a que possibilita observar a região perirradicular proporcionando uma visão detalhada da raiz e estruturas circunvizinhas. ” (FREITAS, 1998).

“Estudos longitudinais realizados em locais onde o tratamento endodôntico é executado em ambientes controlados apontam 95% de chance de sucesso. ” (STRINDBERG, 1956; SJÖGREN et al., 1997). “Entretanto, em estudos onde este ambiente controlado não existe, ou até mesmo quando o tratamento endodôntico é realizado por profissionais clínicos gerais, a taxa de sucesso pode variar entre 35% e 60%. ” (ERIKSEN et al., 1995; SEGURA-EGEA et al., 2004).

MATERIAL E MÉTODOS

Foram selecionadas 1000 fichas radiográficas periapicais digitais, que corresponderam a 11186 dentes anteriores superiores e inferiores permanentes, proveniente de bancos de dados do mestrando da FOP Silvio Emanuel Acioly Conrado de Menezes, seguindo critérios específicos para seleção da amostra. Onde foram selecionadas 467 radiografias periapicais digitais, seguindo critérios de inclusão e exclusão. Os dados obtidos durante exame clínico e anamnese não foram conhecidos, bem como sexo, idade, nome, indicação do exame.

Foram selecionadas imagens de radiografia periapicais digitais de dentes anteriores superiores e inferiores permanentes, com rizogênese completa, obtidas na posição ortorradial. O paciente deveria apresentar o mínimo de um dente na região anterior superior ou inferior e excluídas as radiografias que sugeriam dentes submetidos a cirurgia de apicectomia, radiografias dos dentes posteriores (pré-molares e molares), dentes com rizogênese incompleta, presença de dente incluso e desdentados totais na região anterior.

A imagens foram visualizadas utilizado o programa Paint (Microsoft Windows, São Paulo, Brasil.Três avaliadores, especialistas em Endodontia, realizaram a observação. Após os dois primeiros avaliadores examinarem as imagens, os resultados conflitantes foram confirmados pelo terceiro avaliador. Para prevenir um possível comprometimento das análises por cansaço visual a luz do ambiente e o brilho do monitor foram reduzidos e o número de imagens limitadas a 90 exames em sequência. A interpretação foi conduzida em diferentes momentos do dia. Apenas a manipulação do brilho e contraste da imagem foi permitida.

Critérios para avaliação radiográfica

A Tabela 3.1 demonstra os critérios utilizados para preenchimento da planilha de dados da pesquisa. Foram considerados canais tratados aqueles que continham material radiopaco na cavidade pulpar ou dentro do canal radicular, desconsiderando aqueles que sugeriam fazer parte do retentor intrarradicular. E sendo classificado como lesão periapical, uma área radiolúcida em conexão com a raiz. Ligeiro alargamento do espaço do ligamento periodontal com lâmina dura intacta ou casos duvidosos foram registrados como ausente de patologia. Quanto ao limite longitudinal da obturação foi considerado AQUÉM quando a extremidade do material obturado ficou distante do ápice radiográfico mais de 2mm. Obturação com limite cemento – dentina – canal (CDC) quando essa distância foi entre 1,5mm e 1,0mm.

EXATA, quando esse limite coincidiu com o ápice. E ALÉM ocorreu quando o material obturador ultrapassou o limite do vértice radicular.

Apenas foi observado se o elemento dental possuía retentor intrarradicular ou não. Os méritos de tipo, qualidade e indicação não foram observados.

Tabela 0.1 – Critérios para avaliação radiográfica

LESÃO PERIAPICAL  1 – Ausente 2 – Presente¹
LIMITE DE OBTURAÇÃO  1 – Aquém 2 – Além¹ 3 – Exato¹ 4 – CDC  
  HOMOGENEIDADE DO MATERIAL OBTURADOR1 – Com falha 2 – Sem falha¹
  PRESENÇA DE RETENTOR INTRARRADICULAR   SELAMENTO CORONÁRIO1 – Ausente 2 – Presente¹     1 – Adequado 2 – Inadequado¹
  
DENTES11 21 12 22 13 23 33 32 31 41 42 43

Fonte: Autor do trabalho

Estatística

Os dados foram analisados descritivamente através de frequências absolutas e percentuais. Para avaliar associação entre duas variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson, o teste Exato de Fisher quando as condições para utilização do teste Qui-quadrado não foram verificadas e o teste da Razão de Verossimilhança quando não foi possível obter os resultados do teste Exato de Fisher. A margem de erro utilizada nas decisões dos testes estatísticos foi de 5%. Os dados foram digitados na planilha EXCEL e o programaestatístico utilizado para obtenção dos cálculos estatísticos foi o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 21.

RESULTADOS

Após a conclusão da análise das 1000 fichas radiografias, obteve-se um total de 467 dentes avaliados que se enquadravam no critério de inclusão. Na Tabela 3.2 apresenta os resultados relativos aos elementos dentários pesquisados e os dados clínicos. Desta tabela se destaca que: as maiores frequências corresponderam aos dentes 11 (19,1%), 21 (15,6%), 12 (15,4%), 22 (13,3%) e 23 (11,8%) e os percentuais dos demais dentes listados variaram de 1,9% a 9,0%. A presença de lesão periapical (21,6%); em relação ao limite da obturação para a maioria foi aquém (62,5%), seguido de CDC (21,6%); em um pouco menos da metade (45,8%) tinha falha na homogeneidade do material restaurador. A presença de espaço retentor foi verificada em 35,8% da amostra e o selamento coronário foi verificado em um pouco mais da metade (51,6%).   

Na Tabela 3.3 se apresenta a ocorrência de lesão periapical segundo o dente analisado. Desta tabela é possível verificar que os percentuais com lesão periapical variaram de 12,7% a 30,6%, sendo mais elevadas nos dentes: 22 (30%), 12 (25,0%), 42 (25,0%) e menos elevadas nos dentes: 31 e 13 cada um com 16,7% dos casos, seguido do 23 (12,7%) e na Tabela 3.4 se apresenta os resultados do estudo da associação entre a ocorrência de lesão periapical com cada uma das variáveis: limite da obturação, homogeneidade do material obturador, espaço retentor e selamento coronário. Desta tabela se verifica que limite da obturação foi a única variável com associação significativa com a ocorrência de lesão periapical (p < 0,05) e para a referida variável se destaca que: houve lesão periapical em 4 (66,7%) dos 6 casos com obturação além e dos casos restantes o maior percentual com lesão ocorreu entre os que tinham o limite exato (32,4%).

Tabela 0.1 – Avaliação dos dentes analisados e dados clínicos

VariávelN%
Total467100,0
Dente estudado  
118919,1
127215,4
13429,0
217315,6
226213,3
235511,8
31183,9
32102,1
3391,9
41143,0
42122,6
43112,4
Lesão periapical  
Presente  
Ausente  
Limite de obturação  
Aquém  
Exata  
CDC  
Além  
Homogeneidade do material obturador  
Com falha21445,8
Sem falha25354,2
Espaço retentor  
Presente16735,8
Ausente30064,2
Selamento coronário  
Inadequado24151,6
Adequado22648,4

Fonte: Autor do trabalho

Tabela 0.2 – Avaliação da ocorrência de lesão periapical segundo o dente analisado

Lesão Periapical
Dente analisadoPresenteAusenteTotalValor de p
N%N%n%
Grupo Total10121,636678,4467100,0 
112123,66876,489100,0p(1) = 0,743
121825,05475,072100,0 
13716,73583,342100,0 
211419,25980,873100,0 
221930,64369,462100,0 
23712,74887,355100,0 
31316,71583,318100,0 
32220,0880,010100,0 
33222,2777,89100,0 
41321,41178,614100,0 
42325,0975,012100,0 
43218,2981,811100,0 

Fonte: Autor do trabalho

(1): Através do teste de Verossimilhança.

Tabela 0.3 – Avaliação do limite da obturação, homogeneidade do material obturador, espaço retentor e selamento coronário segundo a ocorrência de lesão periapical

Lesão Periapical
VariávelPresenteAusenteTotalValor de p
n%n%N%
TOTAL10121,636678,6467100,0 
Limite da obturação       
Aquém5819,923480,1292100,0p(1) = 0,005*
Exata2232,44667,668100,0 
CDC1716,88483,2101100,0 
Além466,7233,36100,0 
Homogeneidade do material obturador       
Com falha5224,316275,7214100,0p(2) = 0,197
Sem falha4919,420480,6253100,0 
Espaço retentor       
Presente3118,613681,4167100,0p(2) = 0,230
Ausente7023,323076,7300100,0 
Selamento coronário       
Inadequado5723,718476,3241100,0p(2) = 0,273
Adequado4419,518280,5226100,0 

Fonte: Autor do trabalho

(*): Associação significativa ao nível de 5,0%.

(1): Através do teste Exato de Fisher.

(2): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.

DISCUSSÃO

Como em vários outros estudos, as radiografias analisadas nesse trabalho foram obtidas por indicação de outro profissional da odontologia e não exclusivamente para fins da pesquisa, pois a avaliação radiográfica frequente em dentes hígidos com a única finalidade de detectar e monitorar os sinais de periodontite apical não está normalmente indicada por motivos de segurança em relação aos efeitos da radiação.

Em trabalhos anteriores a prevalência de periodontite apical variou de 1,4% a 27% de todos os dentes da amostra. Resultado semelhante foi encontrado nesse trabalho, quando a prevalência foi de 21,6%. Em seu estudo, Kabak e Abbott (2005) verificaram que a prevalência de PA em incisivos foi de 6% e em caninos de 4%, para Georgopoulou et al. (2005), essa prevalência foi de 9,4%. Em comparação ao trabalho citado, os incisivos centrais superiores tiveram uma prevalência bem superior, variando de 30,6% a 23,6%. Os incisivos inferiores tiveram resultados variando de 25,0% a 16,7%.

O fator essencial para o sucesso endodôntico é a eliminação de microrganismos do sistema de canais radiculares por meio da associação de procedimentos, ou seja, limpeza, ampliação, modelagem, uso de medicações antimicrobiana intracanal e qualidade da obturação do canal e restauração coronária. Entretanto, limpeza e modelagem dos canais radiculares não podem ser avaliadas através de radiografia periapical porque uma imagem em duas dimensões não fornece informações completas sobre a qualidade do tratamento executado. Por esse motivo este trabalho avaliou apenas o limite longitudinal e a homogeneidade da obturação.

A presença de lesão periapical (21,6%); em relação ao limite da obturação para a maioria foi aquém (62,5%), seguido de CDC (21,6%); em um pouco menos da metade (45,8%) tinha falha na homogeneidade do material restaurador. A presença de espaço retentor foi verificada em 35,8% da amostra e o selamento coronário foi verificado em um pouco mais da metade (51,6%).

Canais mal obturados não indicam necessariamente falha, mas podem facilitar a invasão bacteriana e seus subprodutos para dentro dos canais radiculares, o que por sua vez pode originar doenças causando insucesso no tratamento (LOFTUS, KEATING, MCCARTAN, 2005). Periodontite apical é encontrada com menos frequência quando a qualidade do tratamento endodôntico é bom (ECKERBOM, FLYGARE, MAGNUSSON, 2007). Verificamos nessa pesquisa que 49% dos dentes em que a obturação se apresentou radiograficamente homogênea e 17% dos casos de dentes tratados no limite do CRT apresentaram periodontite apical. Os valores aumentaram quando o dente foi subobturado ou a massa obturadora não estava homogênea.

Para Segura-Egea (2004), Tavares et al. (2009), Peters et al. (2011) a obturação adequada tem um impacto mais significativo sobre o resultado do tratamento endodôntico do que a qualidade da restauração coronária. A presença de pinos intrarradiculares não influenciou a prevalência de PA no estudo de Boucher et al. (2002), 26% dos canais obturados possuíam pinos e desses 29% possuíam periodontite apical. Em 2008, Touré et al., observaram que 18,9% dos dentes tratados endodonticamente possuíam retentor intrarradicular e que 66,2% desses estavam associados a PA. Nos nossos dados, 18,6% dos dentes com pinos apresentaram lesão associada, resultado diferente quando se compara com os 24,3% de lesão associada a dentes com obturação não homogênea, e os 32,4% dos casos em que a obturação foi realizada no limite exato do canal. Mais uma vez, foi observado que a qualidade do tratamento foi fator mais importante na taxa de sucesso do tratamento.

CONCLUSÃO

Com a análise de todos os resultados obtidos através da literatura, adicionado a pesquisa realizada, e a discussão dos mesmos, é possível concluir que:

  •  Os dentes permanentes anteriores da maxila são mais comumente afetados pela periodontite apical;
  • O limite de obturação e a qualidade da obturação do canal foram o fator principal para causas de PA associada a dentes tratados endodonticamente;
  • O selamento coronário não influencia significativamente a prevalência de lesão periapical, mas é um fator importante.
  • A presença de um retentor não influencia a prevalência de PA nos dentes tratados endodonticamente.
  • Radiografias periapicais digitais é o método de escolha principal para detectar presença de lesões periapicais.

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1ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4148-1288
Universidade de Pernambuco, Brasil
E-mail: rosana.travassos@upe.br
2https://orcid.org/0009-0005-6009-6248
Faculdade São Leopoldo Mandic
E-mail: endodontialuca@gmail.com
3ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1404-099X
Faculdade do Instituto de Pesquisa e Ensino
E-mail: drgustavoalmeida01@gmail.com
4Departamento de Ciências Biológicas, UESC
https://orcid.org/0000-0002-7261-8251
aoconceicao@uesc.br
5ORCID: https://orcid.org/0009-0000-5632-6980
Faculdade do Instituto de pesquisa e ensino
E-mail: ce.leopoldino@gmail.com
6https://orcid.org/0000-0002-1273-5800
Centro Universitário de Volta Redonda-RJ (UNIFOA)
Email: leosbarroso@gmail.com
7https://orcid.org/0000-0002-6708-1197
E-mail: adrianaju@icloud.com
Centro Universitário de Volta Redonda-RJ
https://orcid.org/0009-0007-7664-4207
8Faculdade São Leopoldo Mandic
E- mail: renata.wccordeiro@gmail.com
9ORCID: https://orcid.org/0009-0001-4754-2638
Faculdade do Instituto de Pesquisa e Ensino
E-mail: drkaickmascarenhas@gmail.com
10ORCID: https://orcid.org/ 0009-0002-8090-6728
Faculdade: faculdade de Ilhéus ( CESUP)
E-mail samarapsilva.ss@gmail.com