REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202505272144
Aline Piva Ferreira Gomes
Luciana de Sousa Silva
Luiza Santos de Oliveira
Milena Rodrigues Belchior de Lima
Rafaela Santos Correia
Rodrigo Andrade dos Santos
Orientador: Professor Renan Kelver Zagolin
Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência, os fatores de risco, e as causas associadas às lesões em bailarinos de ballet clássico e jazz, com foco em tornozelo e pé. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão literária utilizando dez estudos encontrados nos bancos de dados científicos Pubmed, Scielo, SBU-Unicamp, PEDro, nos idiomas em português, espanhol e em inglês, no período de 2006 até 2024. Os resultados revelaram que as lesões são altamente prevalentes nessas modalidades, afetando entre 70% e 95% dos bailarinos. O ballet clássico apresentou maior incidência de lesões no pé e tornozelo, como entorses sendo a mais comum, tendinites, fraturas por estresse, síndrome do impacto, tenossinovite, luxações e subluxações, síndrome do Trigonum, além dos acometimentos mais esperados como calos e bolhas e deformidades como hálux valgo, muitas vezes relacionadas ao uso da sapatilha de ponta e à repetição de movimentos. Já na modalidade jazz, observou-se predominância de lesões articulares, principalmente em cartilagens, afetando diversas regiões dos membros inferiores, lombar e joelho, caracterizando as entorses, distensões e sobrecarga como principais tipos de lesão. Em ambos os estilos, o treinamento intenso, a falta de orientação específica e a ausência de tratamento adequado contribuíram para a recorrência das lesões. A fisioterapia demonstrou ser fundamental na prevenção, por meio do fortalecimento muscular, treino proprioceptivo e correção de déficits neuromusculares, além de desempenhar papel essencial na recuperação funcional dos bailarinos, sendo indispensável para reduzir a incidência de lesões e promover longevidade na prática da dança.
Palavras chaves: Entorse de tornozelo e pé; lesões Ballet; lesões Jazz; lesões em dançarinos; contusões; lesões membros inferiores; Bailarinos.
Abstract
This work aims to analyze the prevalence, risk factors, and causes associated with injuries in ballet and jazz dancers, focusing on the ankle and foot. The research was conducted through a literature review using ten studies found in the scientific databases PubMed, SciELO, SBU-Unicamp, and PEDro, in Portuguese, Spanish, and English, from 2006 to 2024. The results revealed that injuries are highly prevalent in these modalities, affecting between 70% and 95% of dancers. Classical ballet showed a higher incidence of foot and ankle injuries, with sprains being the most common, tendinitis, stress fractures, impingement syndrome, tenosynovitis, dislocations and subluxations, os trigonum syndrome, in addition to the most expected conditions such as calluses and blisters, and deformities such as hallux valgus, often related to the use of pointe shoes and the repetition of movements. In the jazz modality, there was a predominance of joint injuries, mainly in the cartilage, affecting various regions of the lower limbs, lumbar spine, and knee, with sprains, strains, and overload being characterized as the main types of injury. In both styles, intense training, lack of specific guidance, and absence of appropriate treatment contributed to the recurrence of injuries. Physical therapy proved to be essential in prevention, through muscle strengthening, proprioceptive training, and correction of neuromuscular deficits, in addition to playing an essential role in the functional recovery of dancers, being indispensable for reducing the incidence of injuries and promoting longevity in the practice of dance.
Keywords: Ankle and foot sprain; ballet injuries; jazz injuries; dancer injuries; contusions; lower limb injuries; dancers.
1. INTRODUÇÃO
O ballet clássico tem uma técnica rigorosa que inclui posições precisas dos pés e do corpo, giros saltos e movimentos seguidos. Além disso, exige força muscular principalmente nas pernas, abdômen e costas para suportar o peso do corpo na hora dos giros, saltos em posições estática e dinâmica. É importante também ter um bom equilíbrio e coordenação motora para realização de movimentos completos, sem perder a postura, deixando o corpo bem alinhado, principalmente a coluna, quadris e pés. Com toda essa exigência corporal podemos perceber o quanto a dança trabalha o corpo inteiro em si, exigindo mais de algumas musculaturas e movimentos. Consequentemente a dança pode trazer alguns riscos (FONTES-JUNIOR, 2023; SMITH, 2015).
Pesquisas anteriores mostraram que dançarinos de balé costumam sofrer lesões, e alguns fatores de risco por trás dessas lesões foram identificados. Aos dançarinos profissionais ou não profissionais, se exige uma combinação de fatores físicos e biomecânico, repetições de movimentos e a postura corporal. Os mecanismos de lesão comuns entre diversos dançarinos são: 1. Sobrecarga repetitiva; 2. Má postura; 3. Movimentos além da ADM; 4. Perda de equilíbrios; 5. Fadiga muscular. Lesões graves e repentinas, chamadas de lesões agudas, e geralmente acontecem quando o bailarino perde o equilíbrio durante ensaios ou apresentações, seja por fadiga ou execução incorreta. Porém, lesões causadas por excesso de esforço são mais comuns, afetando principalmente os membros inferiores e a região lombar. Os principais fatores de risco para lesões incluem treinamento intenso, movimentos de extrema flexibilidade, como abertura de perna, inabilidade dos movimentos do quadril, fraqueza dos músculos dos membros inferiores, baixa resistência física, e o esforço ao levantar parceiros (OLIVEIRA, 2020; SKWIOT, 2021).
A articulação do tornozelo assume um papel crítico na estabilidade estrutural e na facilitação do suporte biomecânico para o corpo. Permitindo movimentos como flexão, extensão, rotação e deslocamentos laterais. Lesões nessa articulação afetam tanto atividades físicas quanto a rotina diária, sendo comuns em esportes, especialmente entorses, que representam cerca de 15% de todas as lesões (GAO, 2024; MAILUHU, 2021; FENGFENG, 2022).
1.1. História Ballet e Jazz
O ballet clássico nasceu nas cortes italianas no século 16, no período renascentista, para entreter a nobreza. As danças podiam ser categorizadas em dois tipos distintos: haute danses (danças altas), que apresentavam corridas, saltos e movimentos de elevações dos pés, em contraste com as basse danses (danças baixas), que usavam movimentos e passos curtos e deslizantes para se mover pelo espaço. Danças executadas por camponeses em celebrações ao ar livre, em festivais ou em eventos da vida social acabaram se tornando danças executadas no interior de castelos nos salões de banquetes (KASSING,2016)
Segundo MARA, Luís XIV, o Rei Sol, teve um papel fundamental na institucionalização da dança no século XVII. Em 1661, fundou a Academia Real de Dança, marcando a sistematização da técnica e transformando a dança em um símbolo de status e etiqueta na corte. Sua política consolidou a dança como parte da imagem pública da nobreza e do governo. Além disso, em 1669, criou a Academia de Ópera, contribuindo para a profissionalização dos bailarinos e o aprimoramento dos espetáculos (ARNAUT; RAFAEL, 2012).
A Pierre Beauchamps (1636-1705) que também serviu ao rei como mestre de dança, coube o crédito de definir o número de posições de pés para as cinco posições, uma das bases do ballet clássico, originando uma sofisticada técnica e padrões de execução, com treinamento e disciplina onde Dançarinos profissionais assumiram o lugar dos cortesãos nas apresentações de ballet (KASSING,2016).
Diferente da origem do ballet clássico, que provém da nobreza, a raiz do jazz dance provém da cultura negra, com suas características mais marcantes nas danças africanas, onde a dança não era produzida para um espetáculo, mas explorada como forma de comunicação. Os escravos negros criavam expressões próprias partidas do improviso, com influências de várias índoles, onde as músicas e o canto acompanhavam os movimentos, apreciadas nos ritmos e bailes africanos, como também nos ritos como símbolo de celebração do nascimento, petição de chuva e fecundidade. As danças se tornaram, principalmente para as sociedades que desconheciam o uso da escrita, um meio de narrar as aventuras cotidianas (BENVEGNU, 2011).
Outra forte influência se deu, a partir da dança branca e músicas populares de raiz europeia. Influências partidas da imitação as quadrilhas, polcas, marchas, danças irlandesas, bailes ingleses se misturaram com as danças autônomas, para dar lugar ao que nomeamos de jazz (BENVEGNU, 2011).
A música e a dança conhecidas como jazz, são resultados de uma fusão de relações que prosperaram e se expandiram em território americano a partir do século 18. O jazz elevou as perspectivas coreográficas da dança americana, que mesmo com grande influência da dança clássica, entendeu a necessidade de aperfeiçoamento dos bailarinos, não bastava mais que os solistas tivessem um bom tipo físico, seus critérios elevaram em técnica de dança, expressividade e canto paralelamente, por essa evolução surge também um crescente de boas bailarinas, capazes de se adaptar a uma dança comercial, a uma dança negra, à comédia musical e até ao ballet clássico. Beneficiando os grandes musicais da Broadway, e mais a frente se expandindo as grandes produções cinematográficas e programas de tv. (BENVEGNU, 2011).
1.2. Anatomia e Biomecânica do Tornozelo e Pé
A anatomia e biomecânica do tornozelo e do pé formam um complexo articular altamente especializado, essencial para a locomoção, equilíbrio e absorção de impactos. Essa estrutura é composta por ossos, articulações, ligamentos, músculos e tendões que trabalham de maneira integrada para proporcionar tanto mobilidade quanto estabilidade. O complexo tibiotársico, subtalar e médio-társico desempenha um papel crucial na sustentação do peso corporal e na adaptação do pé às diferentes superfícies e demandas biomecânicas impostas pela dança (SOUZA, 2016; PICON et al., 2002).
Figura 1 – Anatomia tornozelo e pé
Fonte: Imagem gerada por Inteligência Artificial, 2025.
A articulação do tornozelo, também chamada de articulação tibiotársica, é responsável pelos movimentos de dorsiflexão e plantiflexão, permitindo que o bailarino realize relevés, saltos e impulsões. Já a articulação subtalar e a médio-társica são fundamentais para os movimentos de eversão e inversão, essenciais para ajustes finos do equilíbrio e para a distribuição das forças durante giros e pousos. Os ligamentos que envolvem essas articulações proporcionam estabilidade, prevenindo deslocamentos excessivos que poderiam levar a lesões (CRUZEIRO et al. 2018; PICON et al., 2002).
A sustentação do corpo na dança é um aspecto biomecânico essencial, pois envolve a capacidade do bailarino de manter o controle postural e distribuir de maneira eficiente a carga exercida sobre os membros inferiores. O pé atua como uma base dinâmica que absorve o impacto dos movimentos e transfere energia para impulsões e deslocamentos. Estruturas como o arco plantar são fundamentais para essa função, pois ajudam a distribuir a pressão de forma equilibrada e evitam sobrecargas em regiões específicas do pé e tornozelo (SOUZA, 2016; PICON et al., 2002).
Além disso, a musculatura envolvida na sustentação, como o tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo), tibial anterior, fibulares e flexores plantares, desempenha um papel essencial na manutenção do alinhamento adequado durante os movimentos da dança. O fortalecimento e o controle dessas estruturas são fundamentais para prevenir lesões, já que a instabilidade ou fraqueza pode levar a sobrecargas excessivas e compensações inadequadas (FONTES-JUNIOR, 2023).
Dessa forma, compreender a anatomia e biomecânica do tornozelo e do pé no contexto da dança é essencial para otimizar a performance dos bailarinos, reduzir o risco de lesões e promover uma prática mais segura e eficiente. O equilíbrio entre mobilidade e estabilidade é um dos principais desafios enfrentados por esses atletas, tornando o conhecimento sobre essa região indispensável tanto para a prevenção quanto para a reabilitação de possíveis disfunções musculoesqueléticas.
1.3. Capacidades Físicas Exigidas
Força – A força muscular é um dos pilares na dança, permitindo a sustentação de posições desafiadoras e a realização de saltos e elevações com precisão. O fortalecimento específico dos músculos, como os dorsiflexores, plantiflexores, inversores e eversores, é crucial para aumentar a estabilidade articular e prevenir lesões, sobretudo em regiões sensíveis como os tornozelos (ARAÚJO et al., 2013).
Equilíbrio – Além da força, o equilíbrio desempenha um papel determinante na manutenção da postura durante a execução de movimentos técnicos. Estudos indicam que bailarinos com melhor controle postural conseguem realizar giros e posições complexas de forma mais segura, minimizando riscos de entorses e outras lesões (GAO et al., 2024).
Resistência – A resistência física é essencial para que os bailarinos mantenham a performance ao longo de apresentações prolongadas ou ensaios intensos. Pesquisas demonstram que a duração e a intensidade dos treinos podem influenciar a incidência de lesões, principalmente em articulações como os tornozelos, ressaltando a importância de um condicionamento físico adequado (MAILHU et al., 2021).
Flexibilidade – A flexibilidade permite que os artistas atinjam a amplitude de movimento necessária para executar posturas e extensões características do ballet e do jazz. Contudo, a prática contínua dessa capacidade deve ser cuidadosamente dosada para evitar sobrecargas articulares que possam comprometer a saúde dos bailarinos (SOUZA et al., 2020).
Risco de Lesões Musculoesqueléticas – A repetição intensa dos movimentos exigidos pelo ballet clássico está associada a um risco elevado de lesões musculoesqueléticas, especialmente nas extremidades inferiores. Dados indicam que a sobrecarga pode levar a problemas como entorses e disfunções articulares, evidenciando a necessidade de estratégias preventivas na formação dos bailarinos (SMITH et al., 2015).
Intervenções Fisioterapêuticas – Adicionalmente, a implementação de intervenções fisioterapêuticas tem se mostrado eficaz na reabilitação e prevenção de lesões, contribuindo para a melhora da amplitude de movimento, redução da dor e otimização da performance. Esse acompanhamento multidisciplinar é fundamental para garantir a integridade física dos bailarinos durante a prática do ballet e do jazz (SWIOT et al., 2021).
1.4. Corpo e Ensino individualizado
É conhecido que a busca do “corpo ideal” dos bailarinos nas modalidades de ballet e jazz vai além da população geral, aumentando suas exigências à medida que se profissionalizam, consequentemente a insatisfação pessoal sobre seu padrão. Apesar da trajetória histórica diferenciada, onde o jazz tem como base o improviso, explorando movimentos, não definindo normas e rigor estético, mas características individuais dos coreógrafos, diferente balé clássico que possui padrões técnicos no mundo todo, é observado a insatisfação da imagem corporal dos bailarinos em ambas as modalidades (HASS et al., 2010).
Compreende-se que essa imagem do corpo necessário para se dedicar na profissão, não provém apenas da cultura, mas da maneira que selecionam as grandes companhias, visando além da tríade subjugada de um corpo anatômico, um corpo técnico e um corpo expressivo, a acentuação na união de elementos físico/anatômicos como: um corpo magro, longilíneo, flexível, rotação externa dos membros inferiores “em dehors”, a hiperextensão de joelhos de membros inferiores para a estética; e no que se refere aos pés, é considerado um belo colo de pé e arqueamento ao realizar a flexão plantar. (SIMÕES et al., 2010).
Diante de todas essas exigências, muitos professores de dança idealizam alcançar esses objetivos estando despreparados para orientar seus alunos em questões anatômicas, cinesiológicas e fisiológicas, consequentemente não trazendo ensino individualizado a cada corpo; o déficit nesse conhecimento impede o rendimento técnico com segurança, e entra como um dos fatores de risco para lesões nos bailarinos (SIMÕES et al.2010).
Pode-se considerar os fatores extrínsecos como a abordagem incorreta na aplicação e abordagem do treino, sapatilhas impróprias, piso e temperatura inadequados; e fatores intrínsecos que estão relacionados com as características físicas de cada bailarino em seus aspectos musculoesqueléticos e biomecânicos, como por exemplo, as variações anatômicas, desequilíbrios musculares, hipermobilidade, fraqueza, instabilidade articular, aptidão física e idade (SKWIAT et al., 2021).
1.5. Carga Horária
Quanto ao tempo em que o profissional de ballet se dedica durante ao treinamento, o estudo aponta em média de 25 horas semanais, e também por cerca de 3 horas no total voltado para as aulas teóricas. De acordo de que os profissionais de ballet chegar a treinar cerca de 5 horas por dia. Contudo as repetições sucessivamente de posições antianatômicas podem levar uma sobrecarga no sistema musculoesquelético (SOARES, et al., 2002).
Estudos confirmam que devido ao tempo de prática, e repetições, as lesões articulares de membros inferiores são as mais acometidas (SIMÕES; ANJOS, 2010).
1.6. Importância do Acompanhamento Fisioterapêutico e Avaliação Postural para Evitar Lesões e Recidivas
Segundo Marian Paiva estima-se que de 67% a 95% de dançarinos se machucam por ano, considerando uma atividade de alto risco para lesões músculo esqueléticas e estudos comprovam a importância da prevenção fisioterapêutica (PAIVA, 2016).
Foi realizado um estudo de corte durante 5 anos em uma companhia com 70 dançarinos aonde este tipo de identificação precoce aonde foi referido dor ou lesão foi realizada a prevenção aonde diminuiu a incidência anual de lesões graves em 20% (PAIVA, 2016).
A falta de medidas preventivas como avaliação, testes, exames ou até mesmo anamnese podem acarretar a lesões profundas acometendo a excelência física do dançarino prejudicando as performances exigidas durante as execuções (PICON et al.; 2016).
A rotina do dançarino, como falta de descanso, desconforto, dor, fadiga, são sintomas ignorados pelos bailarinos que persistem em manter suas atividades sem acompanhamento (PICON et al., 2016).
2. OBJETIVOS
- OBJETIVOS
O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência de possíveis lesões, os mecanismos envolvidos e suas causas no tornozelo e no pé de bailarinos.
3. JUSTIFICATIVA
A elaboração deste estudo foi realizada a partir de revisões literárias, com o intuito de analisar quais tipos e mecanismos de lesões do tornozelo e do pé mais acometeram bailarinos profissionais e amadores, que dançavam uma ou mais modalidades, Ballet ou Jazz.
4. MÉTODOS
Foram realizadas buscas em bancos de dados científicos (PubMed, SciELO, SBU-Unicamp, PEDro), utilizando descritores com enfoque em tornozelo e pé. Os artigos selecionados, conforme critérios de inclusão, foram lidos na íntegra. As informações principais de cada estudo foram sintetizadas em uma tabela com os seguintes tópicos: autor(es) e ano, tipo de pesquisa, participantes, instrumentos de avaliação e resultados.
5. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
– Artigos que abordaram lesões no tornozelo e no pé de bailarinos;
– Artigos publicados nos últimos 15 anos;
– Somente artigos publicados em português, inglês e espanhol;
– Artigos que envolveram bailarinos profissionais e/ou amadores.
6. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
– Artigos que se referiram apenas a outras modalidades de dança que não fossem Ballet clássico ou Jazz;
– Artigos publicados em outros idiomas;
– Artigos que não citaram lesões no tornozelo e no pé.
7. RESULTADOS
Foram encontrados nas bases de dados citadas, 25 artigos (figura 1) que atendia a temática da pesquisa. Após avaliação dos títulos e resumos de cada artigo, foram selecionados 21 artigos para leitura completa, onde foram descartados 2 e restou 19.
Fig. 1 Fluxograma da amostra.


Fig. 2 Dados gerais dos artigos
Autor | Título | Métodos | Resultados |
COUTO, A. G.; PEDRONI, C. R., 2013. | Relação entre postura, queixa dolorosa e lesão em bailarinas clássicas. | A pesquisa analisou 15 bailarinas clássicas de Marília-SP, utilizando fotogrametria para postura, Questionário de Dor McGill, algometria de pressão e Inquérito de Morbidade Referida. Os dados foram quantificados por porcentagem e correlacionados pelo teste de Pearson. | 73,33% das bailarinas relatam ter sofrido algum tipo de lesão no último ano. A área de maior queixa dolorosa assinalada no McGill foi a região do pé (73,30%). |
FENGFENG, Li. et al,2022 | Riscos Biomecânicos Associados a Lesões no Pé e Tornozelo em Dançarinos de Ballet. | Revisão sistemática analisou nove estudos sobre fatores biomecânicos e lesões nos pés e tornozelos de bailarinos de balé, considerando o impacto das sapatilhas de ponta. | Esta revisão constou que lesão por uso excessivo está relacionada ao treinamento de alta intensidade e afetou tornozelo e pé; a lesão da articulação metatarsofalângica relacionada está função e estrutura do pé. Fortalecer o músculo da extremidade inferior também é uma recomendação para melhorar a coordenação muscular e reduzir lesões. |
FONTES-JUNIOR,Antonio, 2023. | Análise Biomecânica do Ballet Clássico e suas Implicações nos Tornozelo. | Revisão de literatura sobre lesões no tornozelo em bailarinos clássicos, com buscas em bases científicas usando descritores específicos. | As principais lesões encontradas nos tornozelos de bailarinos clássicos foram: distensões, tendinite de Aquiles, síndrome do impacto posterior, anterior e ântero-lateral do tornozelo, luxação e sub-luxação do tornozelo, fraturas por estresse no tornozelo e bursite no tornozelo.. |
HASS, Aline Nogueira, 2012. | Incidência de lesões em bailarinos de ballet clássico e dança jazz. | O estudo analisou a incidência de lesões em 72 bailarinas divididas em três grupos: ballet clássico, jazz e ambos. Um questionário abordou histórico de lesões, locais afetados e busca por tratamento. | O grupo do ballet teve maior incidência de lesões (74%), seguido pelo jazz(65%) e pelo grupo misto (43%). As lesões foram mais comuns nos membros inferiores, ocorrendo principalmente durante as aulas. Nem todas as bailarinas buscaram diagnóstico ou tratamento profissional. |
MINIKOVSKI, Geovana; EFING, Ricardo Germano, 2020. | Lesões que mais acometem bailarinos no Brasil: Uma abordagem da modalidade Jazz. | A pesquisa quantitativa analisou lesões em 24 bailarinos de Jazz no Brasil. O questionário, validado por professores da Uniguaçu e aprovado pelo comitê de ética, abordou prática, lesões e preparação muscular. Foi divulgado online, com participação consentida. | A maioria dos bailarinos (71% mulheres) relatou lesões em membros inferiores e lombar, incluindo distensões, entorses e sobrecarga. Homens tiveram mais distensões em coxa/virilha, enquanto 25% das mulheres relataram lesões no joelho. Nove dos 24 participantes pararam de dançar devido a lesões. |
SANTIAGO, J. V. F. Et al, 2020 | Incidência de entorse de tornozelo em bailarinos de ballet clássico. | O estudo analisou a incidência de entorses de tornozelo em bailarinos de ballet clássico por meio de um questionário aplicado a dançarinos de diferentes níveis. Foram avaliados histórico de lesões, fatores de risco e impacto das entorses na prática da dança. | A maioria dos bailarinos relatou pelo menos um episódio de entorse, sendo o tornozelo a região mais afetada. Fatores como repetição de movimentos e uso de sapatilhas de ponta contribuíram para as lesões. Muitos não buscaram tratamento adequado, aumentando o risco de entorses recidivas. |
SIMÕES, Renata Duarte, 2010. | O ballet clássico e as implicações anatômicas e biomecânicas de sua prática para os pés e tornozelos. | O estudo identificou qual a prevalência de lesões no tornozelo e pé entre praticantes de ballet clássico na cidade de Vitória/ES, assim como seus aspectos causadores. Participaram da pesquisa 26 bailarinas com média de idade correspondente a 19,6 anos, que foram acometidas por lesão(ões) no tornozelo e/ou pé decorrentes da prática. Os dados foram coletados por meio de questionários semi-estruturados aplicados às dançantes. . | Concluiu que as lesões mais apresentadas foram as bolhas, calos, entorses, tendinites, hálux valgos (joanete), fraturas e luxações. Os principais causadores das lesões apontados foram: treinamento excessivo, os passos específicos do ballet clássico e o uso da sapatilha de ponta. |
PICON, Andreja P. Etal, 2016. | Perfil das lesões na dança: uma análise epidemiológica das modalidades. | O estudo analisou a incidência de lesões em diferentes modalidades de dança por meio de questionários aplicados a bailarinos, investigando tipo, frequência e fatores de risco das lesões. | Os resultados desta análise mostraram que a modalidade com o maior número de lesão foi o jazz com 95,87%, dentre as modalidades analisadas. Dessas lesões, o tecido articular foi o mais citado, principalmente o cartilaginoso com 50,53%. A faixa etária mais acometida foi entre 20-24 anos. |
VIEIRA, Sandro Emílio, 2020. | Tratamento fisioterapêutico para instabilidade articular nas entorses de tornozelo. | Revisão de literatura sobre fisioterapia na instabilidade articular por entorses de tornozelo, analisando abordagens como fortalecimento muscular e treino proprioceptivo. | Os achados indicaram que a instabilidade crônica do tornozelo está associada a déficits neuro musculares e que a fisioterapia, por meio de protocolos específicos, pode reduzir a reincidência de lesões e melhorara funcionalidade do tornozelo, proporcionando maior estabilidade e recuperação do paciente. |
Vosseller, J., 2019. | Ankle Injuries in Dancers. | Trata de uma revisão de literatura que analisou lesões no tornozelo em dançarinos. Os autores examinaram artigos relevantes para identificar os tipos mais comuns de lesões, seus mecanismos e abordagens de tratamento. | Foi descrito lesões mais exclusivas dos bailarinos como síndrome do trigonum e a tenossinovite do flexor longo do hálux. E as lesões que ocorrem tanto em dançarinos quanto no público em geral como impacto anterior do tornozelo um tratamento adequado a maioria dos bailarinos podem voltar a atuar a um nível elevado.. |
8. DISCUSSÃO
Picon et al (2016) comparou as modalidades e identificou que o Jazz possuía maior número de lesões articulares em comparação ao ballet clássico e as outras modalidades citadas, apesar da escassez bibliográfica as lesões que mais acometem os bailarinos de Jazz no Brasil ocorrem nos membros inferiores e na coluna, mais especificamente na região lombar. Sendo a coxa com maior incidência de lesões, seguida da lombar e joelho, e então o tornozelo, e ainda dentre as citadas, a de menor ocorrência foi o quadril. Notou-se também que o tipo de lesão mais incidente foi a distensão muscular.
Vieira e Rezende (2020) ressaltam que a exigência de movimentos repetitivos em ponta e meia-ponta aumenta a instabilidade articular, favorecendo o surgimento dessa lesão.
Com base na prevalência de lesões em bailarinos profissionais, Vieira e Rezende (2020) identificaram que 63,45% das lesões ocorreram nos membros inferiores, sendo a entorse de tornozelo uma das principais ocorrências. A literatura sugere que o fortalecimento muscular e o treinamento proprioceptivo podem reduzir a recorrência dessa lesão e melhorar a estabilidade articular
Um estudo de Leopoldino et al (2020) verificou que o fortalecimento dos membros inferiores melhora significativamente o equilíbrio e reduz a incidência de lesões em bailarinos. Esse achado é reforçado por Seo-Wong et al. (2020), que demonstraram que um programa de treinamento resistido focado na musculatura do tornozelo e quadril melhora a qualidade muscular e a aptidão funcional dos bailarinos, reduzindo a predisposição a entorses e outras lesões.
Além disso, Lichtemberg et al (2019) apontam que o treinamento resistido de alta intensidade, quando aplicado a bailarinos, resulta em maior resistência muscular e menor índice de lesões nos membros inferiores. Esses resultados são consistentes com o estudo de Vickberg et al. (2018), que demonstrou que um programa de treinamento resistido de 10 semanas levou ao aumento da massa magra e melhora da força funcional, evidenciando que a preparação física adequada pode reduzir significativamente o risco de lesões no ballet.
A adoção de protocolos de prevenção e reabilitação, incluindo fortalecimento muscular e correção postural, tem sido recomendada na literatura como estratégias fundamentais para minimizar as lesões no ballet clássico. Estudos como o de Viana et al (2022) demonstram que programas de fortalecimento com foco na musculatura do quadril e joelho podem melhorar o estado de fragilidade dos bailarinos e aumentar sua resistência a lesões. Dessa forma, a literatura revisada reforça a necessidade de estratégias preventivas baseadas no treinamento específico para garantir a longevidade na carreira dos bailarinos.
9. CONCLUSÃO
A presente revisão evidencia que os bailarinos, especialmente os praticantes de ballet clássico e jazz, estão expostos a um alto risco de lesões musculoesqueléticas com destaque para as entorses de tornozelo e outras disfunções associadas à sobrecarga repetitiva. Os estudos analisados apontam que a biomecânica exigida pela modalidade, aliada a fatores como desalinhamentos posturais e treinamento inadequado, contribui significativamente para a prevalência dessas lesões. Diante disso, a literatura revisada destaca a importância da implementação de estratégias preventivas, como fortalecimento muscular, treinamento proprioceptivo e correção postural, para reduzir a incidência de lesões e melhorar a longevidade na carreira dos bailarinos. Portanto, conclui-se que a prevenção e o tratamento das lesões no ballet clássico devem ser abordados de maneira multidisciplinar, envolvendo fisioterapeutas, preparadores físicos e instrutores de dança. A adoção de programas específicos de reabilitação e fortalecimento pode não apenas minimizar os impactos das lesões, mas também otimizar o desempenho dos bailarinos, permitindo uma prática mais segura e sustentável da modalidade.
10. REFERÊNCIAS
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COUTO, Amanda; OLIVEIRA, Leonardo; MORAES, Ana Beatriz; BORGES, Tatiane; SILVA, Tatiane. Relação entre postura, queixa dolorosa e lesão em bailarinas clássicas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2021. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/AmandaCouto/publication/348972568_Relacao_entre_postura_queixa_dolorosa_e_lesao_em_bailarinas_classicas/links/6019658a92851c4ed54214bb/Relacao-entre-posturaqueixadolorosa-e-lesao-em-bailarinas-classicas.pdf. Acesso em: 02 abr. 2025.
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