PREVALENCE OF DENGUE IN BRAZIL BETWEEN 2017 AND 2021
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8368753
Stephanie Ballatore Holland Lins1 ; João Victor Lustosa Torres Lopes2
Luane Tavares de Oliveira3 ; Luiz Felipe Neves Frazão4
Guilherme José e Silva5 ; João Victor Souza Silva6
Moisés Souza Dias7 ; Mariana Silva Cardoso8
Ernani Silveira Júnior9 ; Gabriel de Jesus Santos10
Nayara da Silva Galdino11 ; Fernanda Cândida de Araújo Molinero12
Resumo
Introdução: Doença viral sistêmica aguda, a dengue se estabeleceu mundialmente como causa de endemias e epidemias, colocando um pesado fardo socioeconômico na carga global de doenças nas diversas regiões tropicais e subtropicais. Objetivo: Descrever a taxa de prevalência dos casos de dengue nas Unidades Federativas do Brasil, no período de 2017 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo, quantitativo, com base em dados secundários relacionados aos casos notificados de Dengue por Estado de residência, nos anos de 2017 a 2021, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultado e Discussão: Ao observar as taxas de prevalência e números de casos de dengue por unidade federativa no Brasil entre 2017 e 2021, o ano de maior taxa de prevalência foi em 2019 na região Centro-Oeste com 1,45% de 236.212 casos. A região que apresentou a menor taxa de prevalência e números de casos foi na Região Sul em 2017 com 0,00% de 29.644.948 casos. Conclusão: Com base nos dados apresentados, é possível perceber que as taxas de prevalência de dengue por Unidade Federativa e regiões do Brasil, mantêm-se em ascensão. Desse modo, é imprescindível que o público em geral tenha conhecimento sobre a doença, bem como, das ações necessárias a sua prevenção, de modo a evitar sua propagação. Além disso, o desenvolvimento de ações, principalmente educativas, com objetivo de reduzir os casos de dengue faz-se necessário na tentativa de diminuir a prevalência do agravo.
Palavras-chave: Dengue. Arbovírus. Prevalência. Brasil.
1 INTRODUÇÃO
A dengue pode ser conceituada, segundo o Ministério da Saúde, como uma arbovirose urbana, de alta prevalência nas Américas, tendo destaque principalmente no Brasil (MINISTÉRIO DA SAÚDE). É uma doença viral sistêmica aguda que se estabeleceu mundialmente como causa de endemias e epidemias, colocando um pesado fardo socioeconômico na carga global de doenças nas diversas regiões tropicais e subtropicais (BHATT et al., 2013).
O mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, é uma espécie sinantrópica e antropofílica, com predileção por se proliferar em áreas urbanas superpovoadas (RIBEIRO et al., 2021). Aliado a isso, países com clima tropical e úmido, como o Brasil, tem maior facilidade na transmissão do agravo, devido às mudanças climáticas características dessas regiões. Fatores como variações dos ciclos pluviais e elevação da temperatura são facilitadores para a manutenção do A. aegypti, contribuindo significativamente para o aumento da exposição da população (CAVALLI et al., 2019).
O vírus da dengue apresenta material genético composto por RNA, do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae e pode apresentar quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 (RIBEIRO et al., 2021). A dengue pode acometer qualquer indivíduo, independente de sexo ou idade, contaminando principalmente populações vulneráveis e que estão em ambientes propícios (BARRETO; TEIXEIRA, 2008). Assim, pode-se afirmar que a dengue apresenta grande impacto social, o que propicia o aumento da demanda por atendimento tanto clínico como hospitalar7.
No que tange ao manejo de pacientes com dengue, cabe afirmar que o reconhecimento precoce dos sinais de alarme, associado ao monitoramento do indivíduo e constante reposição hídrica são fatores que contribuem de forma significativa para um bom prognóstico7. Em relação ao quadro clínico, o paciente pode ser oligossintomático ou apresentar manifestações como febre, mialgia, sensação de mal-estar, entre outras4,8. Além disso, a presença de sintomas de alarme -como hemorragia, vômitos, hepatomegalia, plaquetopenia etc.- pode ser indicativa de agravamento do quadro clínico, tornando necessário um atendimento especializado (FERNANDES et al., 2013). É importante ressaltar, ainda, que, caso o paciente seja infectado por um dos quatro tipos de dengue supracitados, ele se torna imune ao mesmo, entretanto, ainda corre o risco de infecção pelas outras três cepas virais (DE LIMA; DA SILVA; DE SOUZA, 2021).
Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo descrever a taxa de prevalência dos casos de dengue nas Unidades Federativas do Brasil, no período de 2017 a 2021. Além de destacar quais as principais regiões acometidas e relacionar as condicionantes envolvidas na transmissão e proliferação da doença, buscando interferir de forma significativa na saúde da população, através da disponibilização de dados regionais, além de salientar possíveis soluções para a problemática.
1 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo, quantitativo, com base em dados secundários relacionados aos casos notificados de Dengue no Brasil entre os anos de 2017 e 2021, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), através da plataforma TABNET do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). As variáveis analisadas foram: número de casos prováveis de Dengue notificados por estado de residência e Distrito Federal, entre os anos de 2017 e 2021. Para o ano de 2021, exclusivamente, os dados referentes ao Estado do Espírito Santo, não foram considerados, tendo em vista que, a partir de 2020, o estado passou a utilizar o sistema e-SUS de Vigilância em Saúde.
Portanto, para os casos de Arbovirose urbanas do Espírito Santo foram considerados apenas os dados disponibilizados pelo TABNET até 2020. Todos os dados deste estudo foram coletados em abril e analisados em maio de 2022. As informações referentes à população de cada estado foram acessadas através do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA).
Utilizou-se o software Microsoft Office Excel 365® para a tabulação dos dados. O cálculo da taxa de prevalência foi feito pela fórmula:
Taxa de Prevalência =
2 RESULTADOS
Entre janeiro de 2017 a dezembro de 2021 foram notificados, no SINAN, 3.567.491 casos de dengue no Brasil. Conforme a Tabela 1, a maior prevalência de dengue entre todos os anos analisados foi encontrada na região Centro-Oeste, sendo 0,50% (80.016 casos) em 2017; 0,66% (106.938 casos) em 2018; 1,45% (236.212 casos) em 2019; 1,20% (198.799 casos) em 2020 e 0,68% (113.596 casos) em 2021.
Em 2017, a região que ocupou o segundo lugar em prevalência de dengue foi o Nordeste (0,15%), seguido das regiões Norte (0,12%), Sudeste (0,06%) e Sul (0,00%). O Nordeste, em 2018, permaneceu sendo a segunda região com maior prevalência de casos da doença (0,12%), acompanhado do Norte (0,10%), Sudeste (0,08%) e Sul (0,00%). No ano de 2019, todas as regiões tiveram aumento, no entanto, a região Sudeste (1,15%) ultrapassou o Nordeste (0,37%) na taxa de prevalência, seguida das regiões Norte (0,19%) e Sul (0,16%), como pode ser visualizado na Tabela 1.
Já em 2020, ano da pandemia de coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19), a região Sul chamou atenção por ocupar, pela primeira vez em 3 anos, o segundo lugar com 0,93% de prevalência de dengue, seguida das regiões Sudeste (0,34%), Nordeste (0,26%) e Norte (0,12%) (Figura 1).
Por fim, em 2021, a taxa de prevalência de dengue diminuiu em todas as regiões do país, quando comparada ao ano de 2020, exceto na região Norte que teve aumento de 0,12%, com 20.402 casos e prevalência de 0,24% (Figura 1). As demais regiões Nordeste, Sul e Sudeste, apresentaram taxa de prevalência de 0,23%, 0,22% e 0,21% respectivamente (Figura 1).
Em 2017, de acordo com a Figura 2, em relação às UF que apresentaram as maiores taxas de prevalência no País, destacaram-se: Goiás (0,95%), Ceará (0,44%) e Tocantins (0,32%). Já em 2018, as três UF que se sobressaíram foram: Goiás (1,32%), Acre (0,84%) e Rio Grande do Norte (0,68%).
No ano de 2019, no entanto, o Estado de Mato Grosso do Sul (2,35%) teve a maior taxa de prevalência de dengue, seguido por Minas Gerais (2,26%) e Goiás (1,73%). Já em 2020, o Estado do Paraná despontou com um aumento considerável em sua taxa de prevalência (2,30%), acompanhado do Mato Grosso do Sul (1,87%) e Distrito Federal (1,55%). Por último, em 2021, as maiores taxas de prevalência foram encontradas no Acre (1,70%), Goiás (0,83%) e Tocantins (0,75%) (Figura 2).
FIGURA 1 – Número de casos prováveis e taxa de prevalência de dengue em porcentagem, por Região, Brasil, 2017-2021.
Fonte: Adaptado pelos autores do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) – 2023. *Para 2021 os dados referentes ao Espírito Santo não foram considerados, tendo em vista que, a partir de 2020, o estado passou a utilizar o sistema e-SUS Vigilância em Saúde. Portanto, foram considerados apenas os dados disponibilizados pelo TABNET até 2020.
TABELA 1 – Número de casos prováveis e taxa de prevalência de Dengue por Unidade Federativa (UF) e Região, Brasil, 2017-2021.
Fonte: Adaptado pelos autores do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) – 2023. *Para 2021 os dados referentes ao Espírito Santo não foram considerados, tendo em vista que, a partir de 2020, o estado passou a utilizar o sistema e-SUS Vigilância em Saúde. Portanto, foram considerados apenas os dados disponibilizados pelo TABNET até 2020.
FIGURA 2 – Taxa de prevalência de dengue em porcentagem, por Unidade Federativa (UF), Brasil, 2017-2021.
Fonte: Adaptado pelos autores do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) – 2023. *Para 2021 os dados referentes ao Espírito Santo não foram considerados, tendo em vista que, a partir de 2020, o estado passou a utilizar o sistema e-SUS Vigilância em Saúde. Portanto, foram considerados apenas os dados disponibilizados pelo TABNET até 2020.
3 DISCUSSÃO
O presente estudo evidenciou que as taxas de prevalência e números de casos de dengue foram maiores na Região Centro-Oeste dentre todos os anos analisados, com prevalência de 0,50% (80.016 casos) em 2017; 0,66% (106.938 casos) em 2018; 1,45% (236.212 casos) em 2019; e tanto em 2020, quanto em 2021, houve redução sendo 1,20% (198.799 casos) e 0,68% (113.596 casos), respectivamente, embora ainda maior se comparado às demais UF.
Estudos relatam que dentre os biomas brasileiros, o que mais se assemelha ao deserto do Egito, de onde surgiu o Aedes aegypti, é o Cerrado, localizado principalmente na região Centro-Oeste tornando a dengue um grande problema de saúde pública em todos os estados da região, o que corrobora com o encontrado no presente estudo (COSTA et al. 2019). Os picos das epidemias de dengue coincidem com estações de chuva e é importante ressaltar que, morar ou circular em áreas de ocorrência da doença, é considerado um fator de risco importante (LIRA et al., 2021).
Dentre os fatores que contribuem fortemente para a proliferação e disseminação do mosquito vetor, estão aspectos relacionados ao clima e à infraestrutura(DRUMOND et al., 2020; SILVA et al., 2020), principalmente à urbanização sem condições adequadas de saneamento (RIBEIRO et al., 2006), como coleta regular e descarte adequado do lixo. Além disso, qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo em pouca quantidade, pode virar um criadouro (SILVA et al., 2020). Assim, torna-se possível compreender as razões pelas quais é recorrente o aumento das taxas de prevalência da doença no Brasil (BÖHM et al., 2016; DRUMOND et al., 2020).
No entanto, apenas as condições supracitadas não regem, sozinhas, a epidemiologia da dengue, tendo em vista que outras questões, de caráter educativo, social e de gestão pública também influenciam nesses processos (SILVA et al., 2020). Ademais, a eliminação de criadouros propícios à reprodução do mosquito vetor é uma das mais importantes ferramentas de prevenção (EBI; NEALON, 2016).
Em 2017, 2018 e 2019, a região Sul teve menor prevalência e notificações de dengue, o que pode ser explicado pelo fato de estar situada abaixo do trópico de Capricórnio, com temperaturas que variam de 16°C a 20°C. Assim, se for considerado o papel que o clima desempenha na propagação da doença no Brasil, é de se esperar que os estados do Sul sejam menos afetados, haja vista que as regiões mais acometidas pela doença são as mais quentes e úmidas, como Centro-Oeste, que obteve a maior prevalência entre todas as regiões em todos os anos analisados.
A região Sudeste teve a segunda menor prevalência nos anos de 2017 e 2018, com 0,06% e 0,08% respectivamente, no entanto, em 2019, sua prevalência aumentou consideravelmente (1,15%), ficando atrás, apenas, do Centro-Oeste (1,45%). É importante ressaltar, no entanto, que, em 2019, todas as regiões tiveram aumento em suas taxas de prevalência, em relação aos anos anteriores. Dentre os inúmeros fatores que podem explicar essa elevação, que demonstra o caráter cíclico da doença, a imunidade transitória contra DENV de sorotipos distintos do infectante, merece destaque (AGUIAR E MOURA et al., 2022).
Assim, o surto de dengue em 2019, que acometeu mais de um milhão de pessoas no Sudeste, e elevou as taxas de prevalência em todas as outras regiões, pode ser explicado pela variabilidade genética e diversidade de sorotipos do DENV (AGUIAR E MOURA et al., 2022). No final do ano de 2018, de acordo com o Ministério da Saúde (SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2018), houve uma mudança de sorotipo circulante no país, de DENV1, predominante desde 2009, para DENV2, o que pode ter influenciado a dinâmica de transmissão da doença. Com isso, ainda que os indivíduos fossem imunes ao DENV1, tornar-se-iam vítimas em potencial da dengue, devido à susceptibilidade ao novo sorotipo circulante (AGUIAR E MOURA et al., 2022).
Durante 2020 e 2021, parece ter havido uma diminuição no número total de casos de dengue notificados em relação aos anos anteriores, embora os dados para este período ainda não estejam completos (SASMONO & SANTOSO, 2022). No entanto, conforme visualizado no presente trabalho, em 2020, a taxa de prevalência de dengue foi menor em quase todas as regiões, exceto no Sul, que alcançou a maior prevalência dentro do período estudado, com 0,93%, de um total de 280.363 casos notificados da doença, sendo que o Estado do Paraná liderou o ranking do Brasil, com 2,30% de prevalência sobre um total de 264.512 casos notificados (Tabela 1).
O COVID-19, identificado pela primeira vez no início de 2020, se disseminou globalmente e até o final daquele ano, 80 milhões de casos da doença haviam sido notificados (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2020). Por conseguinte, à medida que os casos de COVID-19 continuaram a aumentar, foram implementadas restrições da mobilidade nos países afetados, de modo a tentar conter o avanço da pandemia e suprimir a taxa de transmissão do SARS-CoV-2, no entanto, tais mudanças comportamentais também afetaram a transmissão de outras doenças infecciosas circulantes nas comunidades (SASMONO & SANTOSO, 2022).
Teoricamente, as restrições relacionadas ao COVID-19 poderiam tanto aumentar, quanto diminuir a transmissão da dengue devido à interrupção do controle vetorial, associada à redução do movimento humano restringindo a disseminação geográfica, bem como à diminuição do tempo gasto em ambientes não residenciais de alto risco (CHEN et al., 2022), além da provável subnotificação dos casos de dengue devido à intensificação das ações de combate ao COVID-19 (BRASIL, 2020).
Tais mudanças hipotéticas no risco provavelmente agiriam em diferentes escalas de tempo, com reduções mais imediatas em ambientes de alto risco (CHEN et al., 2022), conforme visualizado no presente estudo, cujas taxas de prevalência caíram drasticamente no Sudeste, passando de 1,15% em 2019 para 0,34% em 2020; Centro-Oeste (1,45% em 2019 para 1,20% em 2020); Nordeste (0,37% em 2019 para 0,26% em 2020) e Norte, cuja redução foi mais leve se comparada às demais regiões, passando de 0,19% em 2019 para 0,12% em 2020.
No entanto, devido a apresentação clínica de ambas as doenças ser semelhante, com sintomas inespecíficos como febre, dores no corpo, náuseas, vômitos entre outros é relevante pontuar a alta possibilidade de erro de diagnóstico (CHEN et al., 2022). É importante ressaltar, ainda, que indivíduos com coinfecção de dengue e COVID-19, podem evoluir a óbito mais rapidamente ou ficar em uma situação de saúde vulnerável (KHAIRUNISA et al., 2021)devido à sobrecarga dos sistemas de saúde (MASCARENHAS et al., 2020).
Consoante acima exposto, em 2021, devido à continuação da pandemia de COVID-19, a taxa de prevalência de dengue diminuiu ainda mais em todas as regiões, à exceção do Norte que, de 0,12% (24.253 casos) em 2020, aumentou 0,12% em 2021, alcançando uma taxa de 0,24% (44.655 casos).
Em 2021, ocorreu no Brasil o fenômeno La Niña, que provocou o aumento dos índices pluviométricos nas regiões Norte e Nordeste, com secas no Sul e Sudeste do país (DE MORAES et al., 2019), o que pode ter justificado a elevação de casos de dengue na região Norte.
A elevação no nível pluviométrico associada às falhas nas ações de controle do mosquito vetor colaboram com o aumento de casos de dengue no período sazonal da doença, normalmente entre março e junho (DE MORAES et al., 2019).
É importante salientar que, tanto o evento El Niño quanto La Niña tem capacidade de modular o clima das regiões tropicais, de modo que, em anos de ocorrência de El Niño, devido à redução do volume pluviométrico, há prolongamento do período de estiagem e, com isso, as condições ambientais necessárias para o desenvolvimento do Aedes sp. não são favorecidas (DE MORAES et al., 2019).
Entretanto, nos anos do fenômeno La Niña, que cursam com maior volume de chuvas, alagamentos e cheias, principalmente nas áreas urbanas, há maior proliferação de focos do vetor e, como resultado, aumento das notificações de dengue (DE MORAES et al., 2019).
Para o ano de 2021, exclusivamente, os dados referentes ao Estado do Espírito Santo, não foram considerados, tendo em vista que, a partir de 2020, o estado passou a utilizar o sistema e-SUS de Vigilância em Saúde, portanto, foram considerados, apenas, os dados disponibilizados pelo TABNET até 2020, o que pode ter influenciado nos dados da região Sudeste no ano em voga.
4 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que, as taxas de prevalência de dengue por Unidade Federativa e regiões do Brasil, mantêm-se em ascensão, tal como foi apresentado e discutido no decorrer desse estudo. Mediante os resultados, percebe-se que, o número de casos de dengue persiste em ser um obstáculo na qualidade de vida e no quesito de saúde pública da população brasileira.
Ademais, é notório que as regiões que apresentam um clima tropical, ou seja, com elevadas temperaturas e grandes quantidades de chuva, que possuem precariedade e ausência de saneamento básico são propícias para reprodução, transmissão e contaminação pelo mosquito Aedes aegypti, tornando-se assim, uma doença epidêmica de difícil controle.
Desse modo, nota-se a importância de ampliar o conhecimento sobre a doença, além do desenvolvimento de ações, principalmente educativas, tendo por objetivo a redução nos casos de dengue, com foco nos estados com maior prevalência, visto que essa redução está diretamente ligada à educação populacional, por ser uma ação coletiva.
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1Médica Veterinária e Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia. Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP/UFMS). E-mail: sbhlins@gmail.com
2Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: joaov.torreslopes@gmail.com
3Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: luanetavares8@gmail.com
4Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: frazao@gmail.com
5Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: guillamejoseesilva@gmail.com
6Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: joaovictor844@hotmail.com
7Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Aparecida de Goiânia.
E-mail: moisessd77@gmail.com
8Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: marianascardoso@icloud.com
9Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: silveiraernani@gmail.com
10Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: gabrieldejesus.med@gmail.com
11Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: nayara.med@outlook.com
12Discente do Curso de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV, campus Goianésia.
E-mail: fernanda.c.a.molinero@gmail.com