REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10799111
Amanda Borges Prado Silva1; Erica Francisca da Cunha Rocha2; Giselia Pereira da Silva3; Giovanna Kelly Carvalho dos Anjos4; Jamilly de Castro Paislandim de Alcantara5; Jenifer Vital Silva6; Luiz Gustavo de Medeiros7; Nely da Costa Santos8; Tatiele Oliveira Pinto9; Valdemar Aleixo dos Santos10; Orientador: Lucas Raniery Santos de Carvalho11
RESUMO
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva é um setor do ambiente hospitalar cujo objetivo é estabilizar o paciente crítico, são realizados procedimentos invasivos, como a intubação traqueal, onde quebra barreiras de proteção natural favorecendo o desenvolvimento de microrganismos resistentes. Objetivo: Identificar através de revisão literária quais são os achados de bactérias mais prevalentes e resistentes em aspirado traqueal de pacientes em UTI. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, a coleta de dados ocorreu no mês de Março de 2023 a Maio de 2023. As bases de dados da pesquisa foram: Google Scholar, BVS e Pubmed, e utilizados como descritores: antimicrobianos, prevalência bacteriana, UTI, aspirados traqueal. Resultados: Optou-se por fazer uma tabela, usando a identificação dos artigos selecionados, com as características de autor, título, método, objetivo e resultados. Discussão: Durante o estudo foram identificadas várias bactérias, mas as que prevaleceram e que teve maior resistência aos antimicrobianos foram: Acinobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiela pneumonae, Estafilococcus aureus. E tiveram resistência a diversos antimicrobianos, mas os que mais prevaleceram foram Ciprofloxacino, Piperaciclina tazobactan, Imipenem, Meropenem, Ceftazidina, Gentamicina, Sulfazotrim, Ceftriaxona, Amicacina. Conclusão: Esperamos que o resultado desta pesquisa venha contribuir para a ampliação do conhecimento acerca da prevalência e resistência bacteriana em UTIs.
Palavras-Chaves: Resistência. Antimicrobianos. Perfil.
ABSTRACT
Introduction: The Intensive Care Unit is a sector of the hospital environment whose objective is to stabilize critical patients. Invasive procedures are performed, such as tracheal intubation, which breaks down natural protective barriers, favoring the development of resistant microorganisms. Objective: To identify, through a literary review, which are the most prevalent and resistant bacteria found in tracheal aspirates from ICU patients. Methodology: This is a literature review, data collection took place from March 2023 to May 2023. The research databases were: Google Scholar, VHL and Pubmed, and used as descriptors: antimicrobials, prevalence bacterial, UTI, tracheal aspirates. Results: We chose to create a table, using the identification of the selected articles, with the characteristics of author, title, method, objective and results. Discussion: During the study, several bacteria were identified, but the ones that prevailed and had the greatest resistance to antimicrobials were: Acinobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiela pneumonae, Staphylococcus aureus. And they had resistance to several antimicrobials, but the most prevalent were Ciprofloxacin, Piperacycline, tazobactan, Imipenem, Meropenem, Ceftazidine, Gentamicin, Sulfazotrim, Ceftriaxone, Amikacin. Conclusion: We hope that the results of this research will contribute to expanding knowledge about bacterial prevalence and resistance in ICUs.
Keywords: Resistance. Antimicrobials. Profile.
INTRODUÇÃO
“A UTI é o local da instituição hospitalar destinado ao cuidado e monitorização de pacientes com grave instabilidade fisiológica ou potencial para isso, com necessidade de atendimento técnico especializado ou suporte de vida artificial” (PADILHA et al, 2010, p. 06).
De acordo com VIANA et al.(2020), em torno de 70% dos pacientes internados em Unidades De Terapia Intensiva (UTIs) gerais são mantidos com uma via aérea artificial (VAA), caracterizando uma condição frequente nessas unidades. A via de acesso para o sistema respiratório, em quase 90% dos casos, é a intubação orotraqueal (IOT).
”A intubação orotraqueal pode gerar alguns efeitos adversos, como instabilidade hemodinâmica, maior frequência de infecções respiratórias e lesões físicas na via aérea” (SOUZA, et al, 2011)
Conforme Azevedo et al.(2020), as infecções tem um peso importante na morbimortalidade dentro das unidades de terapia intensiva (UTI), e a prevalência de infecções graves no paciente crítico vem aumentando progressivamente ao longo dos anos, bem como seu impacto. Mais de 70% dos pacientes criticamente doentes internados em UTI receberão algum antimicrobiano durante seu período de permanência. Seja por conta da complexidade dos pacientes críticos ou do alto consumo de antimicrobianos nessas unidades, o cenário no qual esse problema se faz mais evidente é o ambiente de cuidados intensivos.
Nesse contexto, apesar de ter uma grande importância nas unidades de terapia intensiva (UTI), os antimicrobianos, em seu uso indiscriminado e por um longo tempo, poderão trazer agravos severos, como a incidência de bactérias multirresistentes (VICENT, et al, 2011, apud CUNHA et tal, 2021).
Neste contexto, objetivou-se verificar quais são as bactérias mais prevalentes e resistentes encontradas em aspirado traqueal de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva.
METODOLOGIA
O seguinte estudo trata-se de uma revisão literária que busca responder a seguinte questão: Quais as bactérias mais prevalentes e resistentes encontradas em aspirados traqueal de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva?
A coleta de dados foi realizada no mês de Março de 2023 a Maio de 2023, nas bases de dados: Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Pubmed via Medline, utilizando os seguintes descritores: Unidade de Terapia Intensiva, Prevalência Bacteriana e Resistência bacteriana. Após a realização de busca em cada base de dados, foram encontrados 600 artigos científicos, esse total houve a análise temática e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão,
enquadrando-se apenas 06 artigos. Foi definido como critérios de inclusão nos estudos recortes de artigos originais e na integra, publicados no período de 2018 a 2022, nos idiomas português, espanhol e inglês. E como critérios de exclusão foram: teses, dissertações, relato de caso, artigos duplicados, publicados em anos anteriores a 2017, e que abordam a prevalência bacteriana em outros cenários, e em outros idiomas além dos já descritos.
Figura 1: Fluxograma apresenta uma descrição detalhada do processo de identificação e seleção dos artigos:
Fonte: Autoria própria
RESULTADOS
Os 06 artigos identificados, selecionados e incluídos apresentam discussões relevantes e atuais sobre a temática que foi abordada. Os artigos incluídos neste trabalho são apresentados no Quadro 1 seguindo as seguintes características: autor, título, método, objetivo e resultados. E no quadro 2 são apresentados as bactérias mais prevalentes e a resistência aos respectivos antimicrobianos.
Quadro 1: Distribuição dos artigos de acordo com o autor, titulo, método, objetivo e resultados
Autor | Título | Método | Objetivo | Resultados |
Batista SW, Nolêto MRJB, Sá, KVM,Castro, EOS, Agostinho, BEC, Barbosa, AFV, Fonseca, PC, Sirqueira, LM, ObataMK, Paiva, GM, Carvalho, ACP ( 2022). | Perfil microbiológico de pacientes internados no setor deterapia intensiva de hospital público da baixada maranhense | Estudo transversal, descritivo e retrospectivo | Determinar o perfil microbiológico dasculturas isoladas a partir de espécimes clínicos de pacientes internados na UTI adulta de um hospital público da baixada maranhense | Foram analisadas 183 amostras clínicas, onde29 dessas foram positivas para secreção traqueal. E foi evidenciada prevalência bacteriana para Pseudomonas aeruginosa e Klebsiela pneumonae, Pseudomonas aeruginosa mostrou 100% de resistência ás aminopenicilinas (ampicilina), benzilpenicilinas e ás Cefalosporinas, com relação aos aminoglicosídios observou uma resistência de 100% á gentamicina, enquanto a Klebsiela pneumonae mostrou resistência ás Cefalosporinas. |
Neto CAM, Pimentel MIS, Gomes YA, Rocha IV, Ribeiro SO (2019) | Perfil de resistência a antimicrobianos de Enterobacteria ceae isoladas de secreção traqueal e hemocultura de pacientes em uma Unidade de Terapia. | Observacional, descritivo e transversal | Verificar a presença e o perfil de resistência de enterobactérias frente a antimicrobianos, oriundas de secreção traqueal e hemocultura de uma unidade de terapia intensiva (UTI) | Foram analisadas 09 amostras de secreção traqueal, e as principais bactérias foram Protheus spp, Serratia spp, Enterobacter spp. e Providencia sp. Os isolados de Serratia spp. apresentou resistência a azitromicina, Ciprofloxacino, aztreonam, cefatoxina e Cefepime, enquanto Protheus spp. mostrou resistência a azitromicina, Cefepime, cefotaxima e Ciprofloxacino. |
Debarba E, Silvero KSV, Teixeira JJV, Silva CM, Peder LD (2018). | Prevalência microbiana em secreções traqueais de pacientes em unidade de terapia intensiva- experiência de 4 anos. | Análise quantitativa | Determinar o perfil etiológico e a resistência aos antimicrobian os dasprincipais bactérias isoladas a partir de secreções traqueais de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital público | Foram avaliados 312 pacientes e 62 apresentou cultura positiva para bactérias patogênicas. E as bactérias mais prevalentes foram as gram-negativas Pseudomonas aeruginosa e Stenotrophomonas maltophilia.E a mais resistente foi a Acinobacter baumanni, |
Ribeiro TS, Santos RAAS, Batista KS, Aquino SR, Naue CR (2019). | Ocorrência e perfil bacteriano de culturas coletadas em pacientes internados na unidade de terapia intensiva em um hospitalterciário. | Estudo observacional, retrospectivo e descritivo com abordagem quantitativa | Verificar a ocorrência e o perfilbacteriano presente em pacientes internados na UTI de um hospital universitário | Dos 131 aspirados traqueais positivos, as espécies de maior ocorrências foram Acinobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa, staphylococcus aureus, Klebsiela pneumonae e Serratia marcencens, dentre essas espécies que teve maior resistência aos microbianos foram Acinobacter baumanni, Klebsiela pneumonae e Serratia marcencens. |
Naue CR, Colombo A, Silva CF, Leite, MIM (2021.) | Prevalência e perfil desensibilidade antimicrobiana de bactérias isoladas de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário do Sertão de Pernambuco. | Estudo observacional retrospectivo, descritivo | Determinar a prevalência e o perfil de sensibilidade das espécies bacterianas isoladas de pacientes internados na unidadede terapia intensiva (UTI) de um hospital universitário do sertão dePernambuco | Dos 91 aspirados traqueais positivos para bactérias patogênicas, as mais prevalentes foram Acinobacter baumanni, staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiela pneumonae. |
Mota FS, Oliveira HÁ, Souto RCF (2018). | .Perfil eprevalência de resistência aos antimicrobiano s de bactérias Gram- negativas isoladas de pacientes de uma unidade de terapia intensiva | Estudo observacional, descritivo e transversal | Verificar a presença e o perfil de resistência de enterobactéri as frente a antimicrobian os, oriundas de secreção traqueal e hemocultura de umaunidade de terapia intensiva (UTI) | Teve 29 amostras positivas para nos aspirados traqueais, onde teve maior prevalência as bactérias Acinobacter baumanni e Pseudomonas aeruginosa. E esses microrganismos teve resistência antimicrobiana a Ciprofloxacino e Meropenem, de 50% a 70% para Imipenem, Piperaciclina/tazobactan, cefoxitina, Ceftazidina e gentamicina, além de um isolado considerado pan-resistente. Os isolados de P. aeruginosa apresentaram uma menor taxa de resistência em geral, quando comparadas a outras espécies bacterianas, variando de 30% a 40% para cefoxitina, cefuroxima, Imipenem e Meropenem. |
Quadro 2: Perfil de prevalência e resistência dos microrganismos de importância epidemiológica
MICRORGANISMOS ANTIMICROBIANOS
ACINOBACTER BAUMANNI | Ciprofloxacino, Cefepime, Piperaciclina tazobactan, Imipenem e Meropenem |
PSEUDOMONAS AERUGINOSA | Imipenem, Ceftazidina, Meropenem, Gentamicina Sulfazotrim. |
KLEBSIELA PNEUMONAE | Cefepime, Ceftriaxona, Ciprofloxacino, Piperaciclina, Amicacina, Ceftazidina, Meropenem e Imipenem |
ESTAFILOCOCCUS. AUREUS | Ciprofloxacino, Cefepime, Piperaciclina tazobactan, Imipenem e Meropenem |
Fonte: Autoria própria
DISCUSSÃO
“São considerados multirresistentes (MDR) aqueles microrganismos resistentes a três ou mais classes de antimicrobianos testados” (MOTA et al, 2018, p. 273).
De acordo com o estudo de Naue et al (2021), a bactéria Acinobacter baumanni, foi a mais prevalente nos aspirados traqueais, e é condizente com os resultados do estudo de Mota et al (2018), e de Ribeiro et al (2019), onde também obtiveram os resultados de Acinobacter baumanni como a bactéria patogênica mais presente nas amostras coletadas.
Segundo Ribeiro et al apud Gomes (2019), os bacilos gram-negativos, como as espécies de Acinobacter, são bactérias aeróbias de grande relevância clínica. Esses microrganismos são capazes de persistir em ambientes hospitalares por longos períodos devido às escassas exigências nutricionais e à manifestação de fatores de virulência.
No estudo de Neto et al (2019), não foi encontrado amostra positiva para a bactéria Acinobacter baumanni, e nos estudos de Debarba et al (2020), e Batista et al (2022), essa bactéria apareceu com menos prevalência.
Em relação à bactéria citada acima, teve multirresistência às Cefalosporinas, quinolonas, aminoglicosídeos, inibidores de betalactamase, sulfonamidas, semi-sintéticos e polipeptídios. Corroborando com esse estudo Mota et al (2018), traz que, os carbapenêmicos se tornaram a principal opção terapêutica, porém, em diversos estudos, já se observa uma alta taxa de resistência ao Imipenem, que se torna cada vez ineficaz. De acordo com Batista et al (2022), apud Basso et al (2022), como tratamento de primeira escolha os carbapenêmicos tem sido observada a redução na eficácia de tais medicamentos, sendo necessário assim a intervenção com antimicrobianos mais potentes como as polimixinas.
Já a bactéria patogênica Pseudomonas aeruginosa esteve presente em 5 dos 6 artigos pesquisados. Segundo Debarba et al (2018), esta por sua vez é uma bactéria toxigênica e invasiva, bacilo gram-negativo com baixas necessidades nutricionais, está diretamente relacionada às infecções nosocomiais, tem a capacidade de desenvolver várias formas de virulência e resistência como pili, cápsula polissacarídea, flagelos, hemolisina e toxina A, promovendo necrose tecidual, além de ser a principal infecção causada por ventilação mecânica. De acordo com Batista et al, (2022), apud Basso et al, (2022), essa bactéria tem sido identificada na maioria dos casos em pacientes com algum tipo de comprometimento, com alteração do nível de consciência, tempo de internação prolongado ou submetidos a procedimentos invasivos tal como a traqueostomia, além disso, não é raro apresentarem resistência aos antimicrobianos.
A Pseudomonas aeruginosa teve resistência às sulfonamidas, betalactâmicos, lincosamidas, Cefalosporinas de terceira geração, aminoglicosídeos, semi -sintéticos, polipeptídios e quinolonas. Ainda segundo Batista et al, (2022), apud Gima et al( 2022), consideram tal patógeno um dos principais responsáveis pela alta morbimortalidade de pacientes em unidades de terapia intensiva.
Foi observado durante o estudo que a bactéria Klebsiela pneumonae, esteve presente em 05 dos 06 artigos pesquisados.
Conforme Leite et al, (2021), apud French et al ( 2021), infeções causadas por cepas de Klebsiela pneumonae têm tratamento difícil pela existência de cepas com plasmídeos, que codificam enzimas betalactamase de espectro estendido (ESBLs), conferindo resistência às drogas beta- lactâmicos, incidências maiores têm sido observadas em surtos epidêmicos hospitalares.
A bactéria Klebsiela pneumonae foi mais resistente aos antimicrobianos, Cefalosporinas de terceira geração, sulfonamidas, beta lactâmicos, aminoglicosídios e quinolonas. Corroborando com o esse estudo Leite et al (2021), e Oliveira et al, (2021), quanto aos mecanismos de resistência desenvolvidos pelo gênero Klebsiela pneumonae, observou-se que além da produção da enzima carbapenemase, a resistência pode acontecer devido à alteração de porinas ocasionando resistência aos antibióticos Imipenem e Meropenem, pois por apresentarem moléculas grandes possuem maior dificuldade em penetrar no microrganismo, além da bomba de efluxo. Já para o ertapenem, o mecanismo de resistência é a produção de carbapenemases e na perda de proteínas da membrana externa; e com relação às Cefalosporinas de terceira geração, sua resistência está relacionada à beta-lactamase de espectro estendido (ESBL).
No que diz respeito aos Estafilococcus aureus, houve amostras positivas bem significativas nas pesquisas de Leite et al (2021), de Ribeiro et al (2019) e Batista et al (2022), são bactérias que colonizam e infectam o paciente, principalmente os que permanecem internados por longo período. Segundo Batista et al (2022), apud Canzi et al (2013), a invasão desses microrganismos na traqueia estéril geralmente leva ao desenvolvimento de IRAS. Dentre estas, a pneumonia é a segunda causa mais comum é a primeira em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), representando 50% das infecções, sendo a maioria por pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM), em função da maior prevalência de fatores de risco como: população de imunocomprometidos, procedimentos invasivos e uso indiscriminado de antibióticos.
Os Estafilococos aureus teve resistência aos beta- lactâmicos, semi-sintéticos, fluoroquinolonas, aminoglicosídeos, polipeptídicos e Cefalosporinas de quarta geração.
Conforme Debarba et al, (2018), reporta que atualmente, a meticilina continua a ser o antibiótico de escolha para combater infecções por S. aureus, mas como já sabemos é muito preocupante frente aos níveis de resistência relatados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim o presente estudo, mostra que as bactérias Acinobacter baumanni, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiela pneumonae e Estafilococcus aureus prevaleceram nas amostras verificadas, onde os β-lactâmicos apresentaram maior taxa de resistência em geral.
Diante do alto perfil de resistência bacteriana, esperamos que com os resultados desta pesquisa, possam contribuir para a ampliação do conhecimento acerca da prevalência e resistência bacteriana em Unidades de Terapia Intensiva, e colaborar para a reflexão quanto ao uso de antimicrobianos de forma racional e evitar a propulsão aos mecanismos de resistência.
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